Diálogos em Educação Especial V - Livro de Resumos 2022

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Nota de Abertura

Estimado leitor,

Nas páginas seguintes podemos antever alguma da investigação realizada pelos nossos alunos e docentes ao longo do ano letivo 2021/2022 nas áreas da intervenção precoce, cognitivo e motor, e audição e surdez.

O livro de resumos Diálogos em Educação Especial V tem como objetivo sinalizar a variada produção académica e interesses dos alunos, docentes, e investigadores, associados à formação pós-graduada e especializada em educação especial do Instituto de Estudos Superiores de Fafe. É, também, um guia e um convite a potenciais interessados para a leitura dos artigos recenseados.

A exemplo de anos anteriores, os temas abordados nos artigos são variados e refletem tanto as preocupações quotidianas dos profissionais como problemáticas estruturantes da educação especial: À reflexão sobre a implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho, inevitável dado o caráter da mesma e as suas repercussões nas escolas, profissionais e famílias, junta-se o interesse pela intervenção precoce, o trabalho colaborativo dos profissionais com as famílias, e o impacto e potencialidades das tecnologias no trabalho em educação especial. Reconhecendo o consenso nacional sobre a importância da Língua Gestual portuguesa, refletido no Decreto-Lei n.º 16/2018, de 7 de março e na Resolução da Assembleia da República 328/2021, de 17 de dezembro, por exemplo, salientam-se, ainda, os estudos sobre a Língua Gestual Portuguesa e a inclusão de alunos com deficiência auditiva.

Enquanto responsáveis pelos cursos, é com grande satisfação que saudamos os autores dos diversos artigos pela sua participação no grande empreendimento do IESF de criação e disseminação do conhecimento científico na área da educação especial.

Os organizadores, Estrela Paulo, Rosa Martins, João Pascoinho


ÍNDICE

COLABORAÇÃO DA FAMÍLIA NA INTERVENÇÃO PRECOCE: PERSPETIVAS DE PAIS E PROFISSIONAIS Carla Gonçalves & Rosa Martins

INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA: A PERSPETIVA DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA PERANTE UMA CRIANÇA EM DESENVOLVIMENTO Claúdia Pereira & Sónia Leite

PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADA NA FAMÍLIA E ENVOLVIMENTO PARENTAL VISÃO DOS PROFISSIONAIS Fernanda Leal & Olívia de Carvalho

PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADAS NA FAMÍLIA E ENVOLVIMENTO PARENTAL VISÃO DAS FAMÍLIAS Filipa Terroso & Olívia de Carvalho

DOCUMENTOS NORMATIVOS QUE REGEM A INTERVENÇÃO PRECOCE E A INCLUSÃO EM PORTUGAL: A PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA EM CONTEXTO CRECHE Liliana Ferreira & Olívia de Carvalho

PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADAS NAS FAMÍLIAS REPRESENTAÇÕES DOS PROFISSIONAIS Liliana Monteiro & Olívia de Carvalho

A PARENTALIDADE POSITIVA EM INTERVENÇÃO PRECOCE – VISÃO DOS PROFISSIONAIS Maria José Gama & Olívia de Carvalho

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NAS PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE AS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO Mário Faria & Sónia Leite

PERCEÇÃO DOS PROFESSORES SOBRE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR Mónica Inácio & Ana Isabel Abreu

A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE PARA AS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Rita Oliveira & Rosa Martins

A PERCEÇÃO DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA SOBRE O SEU PAPEL NA INTERVENÇÃO PRECOCE Sara Vasconcelos & Rosa Martins

OS EDUCADORES DE INTERVENÇÃO PRECOCE E O SEU PAPEL NA INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Tânia Silva & Sónia Leite

APRENDIZAGEM PRECOCE DA LGP POR CRIANÇAS SURDAS – A PERCEÇÃO DOS PAIS


Aldónio Pestana & Rosa Martins

VANTAGENS DA INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO CONTEXTO SALA DE AULA Bernardete Duarte & Celeste Lopes

A IMAGEM COMO UM SUPORTE IMPORTANTE NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS SURDAS Cátia Carvalho & Rosa Martins

A TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA DOS ALUNOS SURDOS E O PAPEL DO CENTRO DE RECURSOS – UM ESTUDO DE CASO Inês Damas & Celeste Lopes

LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA COMO OFERTA NAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1ª CICLO: PERCEÇÃO DE PROFESSORES OUVINTES Sandra Pinto & Alexandrina Martins

ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Marta Santos & Rosa Martins

A INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA PERTURBAÇÃO DE GILLES DE LA TOURETTE Alexandra Marisa da Costa Gomes & Victor Sil

SER CRIANÇA COM DIREITOS: OS DESAFIOS DA INCLUSÃO Ana Catarina da Costa Gomes & Olívia de Carvalho

INCLUSÃO DE ALUNOS COM PROBLEMAS COGNITIVOS NO ENSINO REGULAR Ana Cristina da Costa Gonçalves & Victor Sil

A PROMOÇÃO DE COMPETÊNCIAS DE PARENTALIDADE POSITIVA: A PERCEÇÃO DO EDUCADOR DE INFÂNCIA Ana Mafalda de Castro e Pinho & Olívia de Carvalho

O RECURSO À MUSICOTERAPIA COMO APOIO NA COMUNICAÇÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E DESENVOLVIMENTAL NO 1.º CICLO Ana Raquel da Costa Martins & Ana Isabel Abreu

INCLUSÃO: DO CONCEITO À PRÁTICA Ana Rosa Marques dos Santos & Maria Celeste Lopes

OS RECURSOS DIGITAIS E A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DISLEXIA – O PAPEL DO PROFESSOR Ana Patrícia de Sá Silva & Ana Isabel Abreu

O DESAFIO DA INCLUSÃO NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Adriana Sofia Gomes Andrade & Olívia de Carvalho

TREINO DE VISUALIZAÇÃO MENTAL NO DESPORTO ADAPTADO André Jorge Pinto Amorim & Victor Sil

A PERSPETIVA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DE AUTISMO


Armanda Oliveira Luís & Olívia de Carvalho

A MÚSICA COMO UM VEÍCULO FACILITADOR DE INTERAÇÃO COM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO COM PROJETO DE INTERVENÇÃO Bruno Cristiano Moreira da Silva Alvim & Victor Sil

OS ERROS ORTOGRÁFICOS NO 1.º CICLO: RELAÇÃO ENTRE A FLUÊNCIA DA LEITURA E A ORTOGRAFIA Carla Susana Carvalho Bedulho & Maria Celeste Lopes

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO GLOBAL NO ENSINO REGULAR Carla Costa & Maria Celeste Lopes

O IMPACTO DO NASCIMENTO DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL NO SEIO DA FAMÍLIA Carla Sofia da Costa Gonçalves & Victor Sil

INCLUSÃO DA CRIANÇA NO PRÉ-ESCOLAR. DESAFIOS E OPORTUNIDADES Carla Maria Lima Ramos Madureira & Olívia de Carvalho

AS TEIAS QUE A FAMÍLIA TECE… PERCEÇÃO DO ALUNO SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO Carlos Manuel Baldaia Teixeira & Victor Sil

A INCLUSÃO DE UM ALUNO COM A SÍNDROME DE NANCE-HORAN Catarina Isabel Faria da Costa & Victor Sil

A CONVENÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E A LEI DA INCLUSÃO Cecília Madalena Alves de Freitas & Olívia de Carvalho

A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA ENQUANTO FATOR DE INCLUSÃO PARA ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO Cláudia Patrícia Lopes Vilas Boas & Ana Isabel Abreu

OS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NA COMUNICAÇÃO COM ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO Cristiana Sofia da Costa Soares Afonso & Ana Isabel Abreu

O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: CONCEÇÕES E PRÁTICAS DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO Daniela Patrícia Nogueira Duarte & Ana Isabel Abreu

INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NEE EM CONTEXTO ESCOLAR: PERCEÇÃO DOS PAIS Daniela Cristina de Sá Neiva Teixeira & Maria Celeste Lopes

ATITUDES SOCIAIS EM RELAÇÃO À INCLUSÃO: PERCEÇÕES DE ALUNOS DO 4.º ANO – ESTUDO DE CASO Delmina Cardoso Oliveira & Maria Celeste Lopes

COMPETÊNCIAS PARA O TRABALHO COM OS PAIS – PARECER DOS INTERVENIENTES QUE ACOMPANHAM UMA JOVEM COM DEFICIT COGNITIVO E MOTOR EM TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA – ESTUDO DE CASO


Dília Pinto de Matos & Maria Celeste Lopes

O IMPACTO DO DECRETO-LEI N.º 54/2018 NO PAPEL DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Eusébio Dionísio Gonçalves Brazão & Olívia de Carvalho

PRÁTICAS INCLUSIVAS. PERSPETIVA DOS EDUCADORES E DOS PAIS Ezequiela de Fátima Silva Pereira Resende & Olívia de Carvalho

O MODELO BIOECOLÓGICO DO DESENVOLVIMENTO DE BRONFENBRENNER: IMPLICAÇÕES PARA A INCLUSÃO Fernando Paulo Cardoso Valor & Ana Isabel Abreu

UM OLHAR TRANSDISCIPLINAR SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE Filipa Rodrigues Terroso & Olívia de Carvalho

O MERCADO DE TRABALHO E AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA: AS EXPETATIVAS DOS PATRÕES Hélio Luís de Sousa Cabral & Maria Celeste Lopes

PORTUGAL E FRANÇA - DOIS PAÍSES, DUAS REALIDADES - PERCEÇÃO DOS PROFESSORES RELATIVAMENTE À ESCOLA INCLUSIVA Joana Ferreira dos Santos Lóio & Victor Sil

A UTILIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DE ESPETRO DE AUTISMO, NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Joana Isabel Machado Teixeira & Ana Isabel Abreu

AS ATITUDES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA FACE À INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO José Augusto Sousa Silva & Victor Sil

O SUCESSO EDUCATIVO NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO (PDHA). PERCEÇÕES DE DOCENTES DO 1.º E 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO À LUZ DO DECRETO-LEI N.º 54/2018 Lígia Daniela Ribeiro Fernandes Gomes & Ana Isabel Abreu

PERCEÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS EM RELAÇÃO AO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Maria Olinda de Magalhães Ribeiro & Ana Isabel Abreu

PERCEÇÃO DOS PROFESSORES NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO Marina Patrícia Carvalho Azevedo & Maria Celeste Lopes

O PAPEL DAS LIDERANÇAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A PERSPETIVA DOS DOCENTES DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Marta Sofia Lopes Cardoso Leitão & Maria Celeste Lopes

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA QUEROLÓGICA DE DUAS CRIANÇAS COM DIFERENTES MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Marta Filipa Raposo Picôa Pratas dos Santos & Victor Sil


EXPECTATIVAS E PERCEÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL RELATIVAMENTE AO PROGRAMA DE PSICOMOTRICIDADE EM MEIO AQUÁTICO Luís Miguel Lemos Jesus & Victor Sil

GARANTIR OS DIREITOS DAS CRIANÇAS: DA CONSTRUÇÃO TEÓRICA À REALIDADE PRÁTICA Sérgio Augusto da Silva Cabral & Olívia de Carvalho

O DESAFIO DA INCLUSÃO NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Adriana Sofia Gomes Andrade & Olívia de Carvalho

ESCOLA INCLUSIVA, QUE DESAFIOS? Sónia Filipa Dantas Rodrigues & Olívia de Carvalho

A INCLUSÃO ESCOLAR DA CRIANÇA COM AUTISMO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Vítor Manuel da Silva Lemos & Victor Sil


COLABORAÇÃO DA FAMÍLIA NA INTERVENÇÃO PRECOCE: PERSPETIVAS DE PAIS E PROFISSIONAIS Carla Gonçalves & Rosa Martins gcarla6@hotmail.com / rosamartins@iesfafe.pt

Este estudo tem como finalidade aprofundar os fatores que contribuem ou dificultam a colaboração da família no processo de apoio da Intervenção Precoce (IP), bem como conhecer e compreender as perspetivas de pais e profissionais. Para a compreensão do fenómeno em estudo foi utilizada uma metodologia de natureza qualitativa, com recurso à entrevista como instrumento de recolha de dados. Participaram neste estudo três famílias que recebem apoio numa ELI e três profissionais. São mais os fatores coincidentes entre os profissionais e as famílias do que divergentes. No geral verifica-se que as famílias estão satisfeitas com o trabalho desenvolvido. Referem como fatores positivos o apoio, as estratégias e o desenvolvimento de competências da criança e, como dificuldades, os horários laborais, a falta de informação e formação para as famílias. Por sua vez, os profissionais referem como fatores positivos as reuniões, os contactos com a família, o apoio domiciliário e a evolução demonstrada pela criança, em contraste com as dificuldades dos horários laborais e o número de casos afetos a cada profissional. As famílias reconhecem a importância de todo o apoio que recebem por parte dos profissionais e das evoluções que os filhos demonstram. Por outro lado, referem que o afeto que os filhos demonstram para com os profissionais que os acompanham deve ser fonte de motivação e conforto para que os profissionais continuem a desenvolver práticas de qualidade no apoio às famílias em IP. Palavras chave: Colaboração; Famílias; Profissionais; Intervenção Precoce. INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA: A PERSPETIVA DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA PERANTE UMA CRIANÇA EM DESENVOLVIMENTO Claúdia Pereira & Sónia Leite lauccp@gmail.com/ sonialeite@iesfafe.pt

É sabido que, o conceito de Intervenção Precoce foi-se modificando ao longo dos últimos anos. A Convenção dos Direitos da Criança e a Declaração de Salamanca foram os principais pilares para o surgimento do Decreto-Lei n.º 281/2009, no âmbito do Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade, com a criação de um Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). Este decreto é essencial, para que a Intervenção Precoce, seja a mais adequada possível, a cada família que esteja a ser intervencionada. Recentemente com o Decreto-Lei n.º 54/2018, que veio acabar com o modelo do Educação Especial, criando sim, uma escola para todos, sem exceção, a tão desejada educação inclusiva, onde cada aluno tem o direito a ter um ensino à medida das suas necessidades e potencialidades. Este decreto baseia-se numa educação inclusiva, pois tem como principal objetivo que cada aluno tenha direito a uma educação que corresponda às suas necessidades e diferenças. A finalidade deste estudo foi compreender o papel dos Educadores de Infância face o desenvolvimento da criança, ao nível da Intervenção Precoce. Com o intuito de dar uma resposta ao propósito, bem como aos objetivos definidos para este estudo, utilizou-se um inquérito por questionário, aos educadores de infância, do concelho de Braga, onde estes responderam a uma sequência de perguntas acerca das suas práticas pedagógicas em contexto escolar (escola/educadores/família). Concluiu-se que cabe a cada escola e aos seus profissionais de ensino reconhecer que cada aluno é um aluno individual, um ser com capacidades diferenciadas. Palavras-chave: intervenção precoce; educadores de infância; práticas; família/escola.


PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADA NA FAMÍLIA E ENVOLVIMENTO PARENTAL VISÃO DOS PROFISSIONAIS Fernanda Leal & Olívia de Carvalho fernanda.janeiro.leal@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Todas as pesquisas na área da Intervenção Precoce, defendem a abordagem centrada na família, como aquela que mais possibilidade tem de obter resultados para as crianças e suas famílias, considerando-a como o elemento-chave no processo de tomada de decisão e no apoio à criança, nos seus contextos naturais e em colaboração com o profissional. De acordo com as referências bibliográficas e dada a implementação da Equipa Local de Intervenção Precoce | Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, em Portugal, com base no Decreto-Lei nº281/2009, identificamos a necessidade de compreender as interações entre os profissionais das equipas, as famílias e as crianças, durante o apoio prestado para verificar a participação da família nos programas de IP. O estudo realizado - acerca das " Práticas de Intervenção Precoce Centrada na Família e Envolvimento Parental -Visão dos Profissionais” pretendeu-se responder a algumas questões: Como é que as famílias apoiadas por profissionais das ELI|SNIPI, participam no apoio prestado. Conclui-se que ainda existe um desfasamento entre a teoria e a realidade prática, sendo benéfico mais estudos qualitativos para evoluirmos na prática centrada na família. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Profissionais da ELI; Famílias; Criança. PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADAS NA FAMÍLIA E ENVOLVIMENTO PARENTAL VISÃO DAS FAMÍLIAS Filipa Terroso & Olívia de Carvalho filiparterroso@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Todos os estudos elaborados por diversos autores na área da IP, defendem a abordagem centrada na família, como aquela que mais possibilidade tem de obter resultados para as crianças com necessidade de medidas de apoio à aprendizagem e à inclusão e às suas famílias, considerando a família como o elemento-chave no processo de tomada de decisão e no apoio à criança, nos seus contextos naturais e em colaboração com os Profissionais. De acordo com as referências e dada a implementação das Equipas Locais de Intervenção Precoce (ELI)|Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), em Portugal, com base no Decreto-Lei nº281/2009, verificamos a necessidade de compreender as perceções das Famílias que beneficiam de intervenção em ELI relativamente às práticas de Intervenção Precoce e Envolvimento Parental. Desta forma, realizamos uma análise qualitativa, aplicando o inquérito por questionário a 60 Famílias. Conclui-se que as Famílias consideram, na sua maioria, essenciais todas as práticas que constroem relações autênticas com as famílias/profissionais práticas relacionais e ainda as que orientam nas escolhas, no poder de decisão e no envolvimento da família, práticas participativas. Palavras-Chave: Família; Profissionais; Intervenção Precoce. DOCUMENTOS NORMATIVOS QUE REGEM A INTERVENÇÃO PRECOCE E A INCLUSÃO EM PORTUGAL: A PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA EM CONTEXTO CRECHE Liliana Ferreira & Olívia de Carvalho lilianacsferreira@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A Intervenção Precoce deve iniciar-se o mais atempadamente possível, havendo uma maior hipótese de se superarem as dificuldades da criança com necessidades de medidas de apoio à aprendizagem ou em risco de as vir a manifestar. O papel dos educadores tem sido reconhecido como fundamental no encaminhamento dessas crianças para a Intervenção Precoce. É neste sentido, que é importante que eles possuam conhecimentos e competências


que lhes permitam identificar possíveis fatores de risco e encaminhar as crianças que sejam consideradas elegíveis para a Intervenção Precoce. Este estudo tem como objetivo averiguar o conhecimento destes profissionais que exercem funções em contexto creche sobre os documentos normativos que regem a Intervenção Precoce em Portugal. Pretendemos, também, compreender se os Educadores de Infância desenvolvem práticas inclusivas. A investigação assumiu uma abordagem quantitativa, de carácter descritivo, tendo-se recolhido dados por questionário junto de trinta e um Educadores de Infância de diferentes Instituições Particulares de Solidariedade Social. No que concerne ao grau de conhecimento dos documentos normativos, Decreto-Lei 281/2009 de 6 de outubro e o Decreto-Lei 54/2018 de 6 de julho, a maioria dos inquiridos revelam não terem conhecimento suficiente sobre os mesmos. Os resultados deste projeto revelam que os inquiridos promovem práticas inclusivas, embora se denotem algumas fragilidades, razão pela qual este estudo apresenta algumas recomendações. Palavra-chave: Intervenção Precoce; Educadores de Infância; Creche; Práticas Inclusivas.

PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADAS NAS FAMÍLIAS REPRESENTAÇÕES DOS PROFISSIONAIS Liliana Monteiro & Olívia de Carvalho monteiro_liliana@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Se anteriormente a Intervenção Precoce (IP) na infância o enfoque das suas práticas centrava-se nas crianças, atualmente, incluísse também as suas respetivas famílias e comunidade envolvente. O objetivo principal desta investigação foi fazer o levantamento da importância que o Profissional de Educação (PE) atribui a práticas de Educação Parental (EP), das necessidades de formação na área e se são aplicadas técnicas de EP. A amostra desta investigação é constituída por 120 profissionais, da área da saúde, educação e serviço social. Para a consecução desta investigação foi aplicado o questionário “Competências para o Trabalho Com os Pais Visão dos Profissionais” Pye - Tait, (2001), An Occupational and Standard Map of the UK Parenting Educacion and Support Sector. Harrogate. (Adaptado por A. Almeida, M. Ribeiro dos Santos e O. Carvalho, 2009) e contempla igualmente a caracterização sociodemográfica dos sujeitos. Atualmente, é unânime que a sociedade deve assumir uma abordagem inclusiva, devendo-se respeitar as características de cada indivíduo e das suas famílias. Os profissionais procuram dar uma resposta eficaz às necessidades das crianças e das suas respetivas famílias, no entanto verificamos constrangimentos que impossibilitam a concretização de práticas e a necessidade de formação que é transversal a todos os profissionais. Palavra-Chave: intervenção precoce, educação parental, profissionais, família, formação. A PARENTALIDADE POSITIVA EM INTERVENÇÃO PRECOCE – VISÃO DOS PROFISSIONAIS Maria José Gama & Olívia de Carvalho mjgama66@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A Intervenção Precoce na Infância tem evoluído, ao longo dos anos. As suas práticas começaram por se focar apenas nas crianças dos zero aos seis anos de idade. Actualmente, o seu público-alvo são essas mesmas crianças, incluindo também as respectivas famílias e comunidades, tendo como base de aprendizagem e desenvolvimento as suas rotinas. É cada vez mais reconhecido o impacto das relações positivas entre pais e filhos no desenvolvimento e bem-estar das crianças e na construção de um ambiente familiar saudável. Consequentemente, várias perspectivas teóricas e recomendações internacionais salientam a importância de apoiar os pais e desenvolver serviços e medidas de carácter universal promotores de uma parentalidade positiva na comunidade onde vivem as famílias. Assim sendo, é necessário reformular os métodos de intervenção e o papel que os profissionais da área necessitam de adquirir, pois este também sofre múltiplas alterações, de forma a adequarse às famílias e às suas rotinas. Deste modo, este estudo tem como objectivo analisar o


conhecimento dos educadores de infância relativamente às necessidades de apoio à parentalidade positiva. Palavras-chave: Intervenção precoce, Parentalidade positiva, profissionais, crianças. IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NAS PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE AS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO Mário Faria & Sónia Leite mariofaria@sapo.pt/ sonialeite@iesfafe.pt

As famílias com crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) são confrontadas com diversos desafios, tanto no momento do diagnóstico como também ao longo da intervenção. Nessa medida, aferir as preocupações e necessidades das famílias relativamente ao apoio da Intervenção Precoce (IP) deve ser tida em consideração. Com o objetivo de conhecer e identificar as práticas dos profissionais de IP e perceber se as mesmas vão ao encontro das necessidades das famílias, realizou-se um estudo de caso com a participação de um professor do 1º Ciclo e a mãe de um aluno com PEA. Após aplicação de um questionário para recolha de dados, constatou-se que o profissional atuante implementa as medidas que contribuem para amenizar a ansiedade da família e incentivar a participação desta no processo de intervenção junto da criança. Por outro lado, o profissional refere que ao desenvolver um trabalho de parceria com a família, esta se sente mais segura, mais informada e melhor preparada para responder às necessidades da criança com PEA. Com este estudo, conclui-se que a IP, além de contribuir para o desenvolvimento da criança, também vem reforçar a importância da participação ativa da família, em todos os momentos do apoio da IP. Palavras-chave: Intervenção Precoce, Perturbação do Espectro do Autismo, Família, Inclusão. PERCEÇÃO DOS PROFESSORES SOBRE PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR Mónica Inácio & Ana Isabel Abreu monica.patricia.inacio@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

A Educação Inclusiva é uma realidade que tem vindo a ganhar particular relevância na sociedade contemporânea. Os normativos em Portugal, respondem ao desafio, convocando-os para esta transformação. Com o novo paradigma de carácter profundamente inclusivo, é urgente construir comunidades educativas inclusivas. Considerando que inclusão é um fenómeno social complexo, que depende principalmente do planeamento e da capacidade dos agentes envolvidos no processo, tornase fundamental entender que perceção têm os professores acerca da inclusão de crianças no ensino regular que, ao longo do seu percurso escolar, precisam de algum tipo de apoio. A presente investigação assumiu uma abordagem quantitativa. Para a obtenção dos dados, foram aplicados dois instrumentos, um questionário sociodemográfico e um outro questionário intitulado “My Thinking About Inclusion”, traduzido e adaptado para a população portuguesa. Os resultados obtidos demonstraram ausência de relações estatisticamente significativas. Verificou-se apenas existência de uma relação estatisticamente significativa entre a perceção dos professores acerca da Educação Inclusiva, no ensino regular e a sua idade. De acordo com os resultados obtidos, destacam-se a formação de professores e a colaboração entre pares, como, aspetos ao qual tem de ser dada uma maior importância, a fim de que esta distância entre saberes teóricos e prática profissional seja encurtada. Conclui-se que os professores conhecem o conceito de Educação Inclusiva, contudo, para estes, ainda há “algumas arestas a limar” para que o ponham em prática de forma confiante e eficaz. Palavras-chave: Educação Inclusiva, Escola Inclusiva, Perceção dos professores.


A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE PARA AS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Rita Oliveira & Rosa Martins rita_oliveira00@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

Este trabalho aborda a importância da intervenção precoce para famílias com crianças com necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. O estudo realizado incidiu sobre várias dimensões, tanto a nível familiar como social. Tentou-se perceber o apoio prestado pelas Equipa de Intervenção Precoce e a importância que esta tem para cada família. Este trabalho incidiu no estudo de 4 famílias com filhos com necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, oriundas de diferentes freguesias do concelho de Mafra. Para a realização deste estudo optou-se por uma investigação qualitativa, tendo por base entrevistas semiestruturadas a pais de crianças com necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. Aferiu-se com este estudo que as famílias sentem apoio da Equipa de Intervenção Precoce na reorganização familiar, nomeadamente nas fragilidades que vão surgindo. No entanto, consideram insuficiente o tempo de apoio às crianças, uma vez que as terapias na sua maioria são de apenas uma vez por semana. Palavras – Chave: Família; crianças; apoio; inclusão; Intervenção Precoce. A PERCEÇÃO DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA SOBRE O SEU PAPEL NA INTERVENÇÃO PRECOCE Sara Vasconcelos & Rosa Martins sarac.vasconcelos@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

Hoje em dia as nossas escolas apresentam-se como um espaço de elevada diversidade, as crianças apresentam características/dificuldades muito próprias que as tornam únicas, que as distinguem das demais e que devem ser identificadas o mais cedo possível. A educação inclusiva apresenta-se como uma das prioridades do sistema educativo e, nesse sentido, o papel dos educadores é crucial. Para efetuar uma reflexão sobre as perceções dos educadores no Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva, aplicou-se um questionário às educadoras do referido agrupamento e uma entrevista à coordenadora da educação pré-escolar. Com este trabalho tentou-se perceber a importância que estas profissionais atribuem ao papel que desempenham no que concerne a práticas de inclusão, se estas lhe permitem identificar os fatores que podem levar ao encaminhamento de crianças e se a falta de formação em Educação Especial pode ser percecionada como um fator que contribui uma maior dificuldade na sinalização das crianças para a Intervenção Precoce. Os resultados sugerem, que a experiência na sinalização de crianças para a Intervenção Precoce é considerada uma mais valia para as educadoras e que a formação em Educação Especial deveria ser integrada, não só na formação inicial, como na formação contínua, para fazer face às adversidades sentidas na sinalização e encaminhamento para a Intervenção Precoce. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Educadoras de infância; Formação. OS EDUCADORES DE INTERVENÇÃO PRECOCE E O SEU PAPEL NA INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Tânia Silva & Sónia Leite tania_assilva@hotmail.com/ sonialeite@iesfafe.pt

A crescente relevância da Educação Inclusiva tem levado os agentes educativos a refletir sobre as suas práticas educativas em contexto escolar com o intuito de influenciar positivamente o


desenvolvimento da criança com PEA. Nos dias de hoje é unânime que a Escola deve assumir uma abordagem inclusiva. Neste sentido, Carvalho (2011), refere que devemos respeitar as características individuais de cada aluno com vista a responder às suas necessidades e proporcionar o desenvolvimento das suas competências físicas, sociais, emocionais e cognitivas. Este trabalho tem como propósito aferir se o papel do educador na inclusão da criança com PEA em contexto escolar esta a ser cumprido e compreender como o educador pode ser um veículo promotor da inclusão da criança com PEA nas diferentes dimensões da Educação Inclusiva, a saber, cultura, políticas e práticas inclusivas. Através do Google Forns foi aplicado o questionário da autoria de Mel Ainscow e Tony Booth (2002), instrumento constante no Manual de Apoio à Prática-Para uma Educação Inclusiva, dirigido a uma amostra de 200 professores a exercer funções no território nacional. Os resultados realçam positivamente, o papel da escola na valorização de todos os alunos, na minimização das formas de descriminação e o papel do educador de Intervenção Precoce (IP) na inclusão de crianças com PEA está a ser cumprido pois estes são um veículo na inclusão. Por outro lado, constata-se uma necessidade de melhorar, o trabalho de parceria entre professores e pais, a distribuição de forma justa dos recursos materiais de apoio à inclusão e que longo ainda é o caminho relativamente à sua plena participação nas nossas escolas. Palavras chave: Educadores, Perturbação do Espetro do Autismo; Cultura; Política; Práticas Inclusivas. APRENDIZAGEM PRECOCE DA LGP POR CRIANÇAS SURDAS – A PERCEÇÃO DOS PAIS Aldónio Pestana & Rosa Martins aldoniopestana@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

A linguagem possui, além da função comunicativa, a função de constituir pensamento. Trazendo estas afirmações para a problemática da surdez, percebe-se que os problemas comunicativos e cognitivos da criança surda não têm origem na criança, mas sim, no meio social em que ela está inserida, que frequentemente não é adequado, ou seja, não utiliza uma língua que a criança tenha condições de adquirir de forma espontânea. Este trabalho fala da importância da comunicação e da utilização de uma língua específica, a língua gestual portuguesa. A partir da realização de um inquérito aos encarregados de educação de crianças e jovens surdos, pretende demonstrar a perceção desta população relativamente à implementação precoce da língua gestual portuguesa nas crianças surdas e ao impacto que terá no seu desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional. Os resultados destes inquéritos espelham nitidamente a importância da implementação precoce da Língua Gestual Portuguesa (LGP). É através do envolvimento parental a par com uma forte sensibilização e informação que os encarregados de educação podem tomar consciência da importância da língua gestual portuguesa e da sua mais-valia para o bem-estar dos seus filhos/as surdos/as e do seu sucesso escolar, relacional e comunicacional. Palavras-chave: Língua Gestual Portuguesa, envolvimento parental, crianças surdas, comunicação. VANTAGENS DA INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO CONTEXTO SALA DE AULA Bernardete Duarte & Celeste Lopes bernardete.vaz@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O presente trabalho aborda o tema da Educação Inclusiva enquanto paradigma da educação do indivíduo com Necessidades Educativas Especiais, inserindo-se no âmbito do trabalho de Projeto Final do Curso de Formação Especializada em Educação Especial - Domínio Audição e Surdez. O tema escolhido situa-se no âmbito da Educação Inclusiva: Vantagens da Inclusão dos


alunos com Deficiência Auditiva no contexto sala de aula. Neste sentido pretendemos abordar as vantagens da inclusão dos alunos com Deficiência Auditiva no contexto sala de aula, e respetiva contribuição para o seu desenvolvimento. A integração destas crianças nas escolas do ensino regular é ainda uma questão complexa, pois é necessário algumas mudanças a nível político, a nível de condições e mais importante por vezes de atitudes. O objetivo do trabalho é verificar as vantagens e desvantagens da inclusão das crianças com Deficiência Auditiva no ensino regular. Para isso, optou-se pela realização de uma investigação quantitativa, tendo por base 40 questionários a professores, distribuídos de forma aleatória. Da investigação realizada concluímos que o processo de inclusão de crianças com Deficiência Auditiva no contexto sala de aula é, sem dúvida, um factor decisivo para a educação e desenvolvimento destas, contribuindo de forma significativa para um sucesso global no seu desenvolvimento. Palavras-chave: Deficiência Auditiva; Inclusão; Necessidades Educativas Especiais. A IMAGEM COMO UM SUPORTE IMPORTANTE NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS SURDAS Cátia Carvalho & Rosa Martins jaguar2280@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

Atualmente a sociedade está em constante desenvolvimento e por vezes demasiado rápido, por isso o processo educativo deve acompanhar essa evolução. Para facilitar as aprendizagens aos surdos será necessário partir da imagem pois só assim os surdos conseguem consolidar e compreender melhor o que é transmitido visto que as suas maiores dificuldades se centram na comunicação com a sociedade, família e muitas vezes no seio da escola com os colegas, professores e outros intervenientes.O presente projeto pretende demonstrar a importância do uso da imagem no processo de ensino-aprendizagem em crianças surdas em que a sua Língua Materna é a Língua Gestual Portuguesa. O grupo de estudo é constituído por quatro alunos surdos com idades compreendidas entre os 10 anos e os 12 anos. O resultado desta pesquisa mostra que, através da imagem é possível motivar as crianças surdas para a aprendizagem de conceitos num espaço de tempo muito mais curto que o necessário para a aprendizagem desses mesmos conceitos. Palavras chave: Ensino de Surdos, Imagem, conceitos através da imagem, aprendizagem. A TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA DOS ALUNOS SURDOS E O PAPEL DO CENTRO DE RECURSOS – UM ESTUDO DE CASO Inês Damas & Celeste Lopes imdamas@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O trabalho desenvolvido focaliza-se no modo como se integram os alunos surdos no mercado de trabalho quando terminam a escolarização. O trabalho está estruturado da seguinte maneira: primeiramente, foi elaborado uma revisão de literatura que incide no processo da transição para a vida ativa, na importância do centro de recursos para a inclusão, os objetivos e o plano de ação e a origem do centro de recursos da Casa Pia de Lisboa. De seguida, é apresentada a metodologia, os resultados e a discussão, e as considerações finais. A metodologia utilizada para esta pesquisa foi a entrevista. Contou-se com a colaboração do Coordenador do Centro de Recursos da Casa Pia de Lisboa e com alguns jovens adultos surdos que se encontravam inseridos no mercado de trabalho. Por fim, apresentam-se os resultados e a discussão deste trabalho. Conclui-se importância do papel do centro de recursos na integração dos jovens surdos no mercado de trabalho, verificando-se também que a formação profissional é um pilar fundamental para a aquisição de competências num emprego futuro. Palavras-chave: adultos surdos, centro de recursos, transição para a vida ativa.


LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA COMO OFERTA NAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1ª CICLO: PERCEÇÃO DE PROFESSORES OUVINTES Sandra Pinto & Alexandrina Martins 37270@iesfafe.pt/ fam.martins@gmail.com

Uma educação multicultural desde a infância permite reconhecer a diferença, respeitá-la o que implica um desenvolvimento pessoal e social das crianças. A Língua Gestual Portuguesa é considerada língua oficial em Portugal, como primeira língua de pessoas surdas e ouvintes. O ensino da Língua Gestual Portuguesa, para surdos e ouvintes, ao nível do Primeiro Ciclo do Ensino Básico restringe-se às Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos. A sua aprendizagem deveria ser expandida para as todas escolas, como forma de inclusão e comunicação acessível a todos. Este estudo pretende recolher a opinião dos professores do Primeiro Ciclo sobre a oferta da Língua Gestual Portuguesa como Atividade de Enriquecimento Curricular. Nesse sentido, foram feitos questionários a docentes que trabalham no primeiro ciclo e nas Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos. O resultado foi surpreendente, apercebeu-se da disponibilidade e “abertura” de um grande número de docentes para o contato com uma nova língua e cultura. Os questionários revelaram que a maioria dos professores concordam com a oferta da Língua Gestual Portuguesa em todas as escolas. Palavras-Chave: Língua Gestual Portuguesa, Atividades de Enriquecimento Curricular, Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos, Docentes, 1º Ciclo do Ensino Básico. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Marta Santos & Rosa Martins marta78santos@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

A entrada das crianças na escola básica representa um momento de transição relevante, contribuindo diretamente para a relação futura que a mesma terá com a escola, e para o seu sucesso escolar. No caso específico da criança surda, o diagnóstico e intervenção precoces são fundamentais, assim como a inclusão escolar que garanta o respeito dos alunos pelas suas diferenças individuais. Contudo, a literatura enfatiza o facto de, no ambiente escolar, existirem diversas falhas relativamente às estratégias e metodologias adequadas ao processo de ensino e aprendizagem do aluno surdo. Este projeto pretende identificar as estratégias de comunicação que devem ser adotadas para promover a aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva de acordo com as experiências das crianças. Para tal, foi implementada uma metodologia qualitativa, através da realização de entrevistas qualitativas semiestruturadas a 3 crianças surdas, inscritas no 1º ciclo de escolaridade de uma escola de referência da cidade de Viseu. As entrevistas foram conduzidas por um investigador previamente treinado para esse fim, com conhecimento e experiência em LGP. O guião de entrevista inclui questões objetivas e abertas, de forma a conseguir captar a realidade e as experiências dos participantes. Este estudo contribuirá para aumentar a consciencialização da importância da adoção de estratégias de comunicação facilitadoras da aprendizagem, desde o 1º ano de escolaridade do ensino básico. Palavras-chave: inclusão escolar; primeiro ciclo; surdez; transição; comunicação; aprendizagem. A INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA PERTURBAÇÃO DE GILLES DE LA TOURETTE Alexandra Marisa da Costa Gomes & Victor Sil


gomesalexprof@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Atualmente deparamo-nos com uma enorme preocupação, quer das escolas, das famílias e até da própria sociedade em que estamos inseridos. Esta preocupação remete-nos para os alunos que não acompanham as expetativas, quanto às aprendizagens e ao seu percurso escolar. Neste contexto, insere-se as crianças portadoras da síndrome de Gilles de La Tourette. Esta perturbação consiste num distúrbio neuropsicológico crónico, que resulta de anomalias ao nível dos neurotransmissores cerebrais. É caracterizada por fenómenos compulsivos, que desencadeiam tiques motores e vocais e origina problemas a nível social, emocional e sobretudo na adaptação e integração no meio escolar. O conhecimento desta perturbação, dos sintomas associados e essencialmente a capacidade de elaborar estratégias de intervenção educativa destinadas aos diversos agentes educativos, fomenta uma integração escolar e social mais eficiente. Cabe à escola e aos seus intervenientes, estarem atentos a estas dificuldades de aprendizagem específicas e adotar um trabalho diferenciado de forma a conseguir que estes alunos ultrapassem as suas limitações e se sintam parte integrante de uma escola verdadeiramente inclusiva. Palavras-chave: Intervenção educativa, síndrome de Gilles De La Tourette, estratégias, inclusão.

SER CRIANÇA COM DIREITOS: OS DESAFIOS DA INCLUSÃO Ana Catarina da Costa Gomes & Olívia de Carvalho catarinagomes66@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O século XX surge como um marco importante na busca do bem-estar, proteção e promoção do desenvolvimento das crianças sendo considerado o século dos direitos da criança. Por conseguinte destes três princípios houve a criação de associações e instituições de âmbito nacional e internacional bem como, a concretização de congressos e a aprovação de leis e convenções internacionais. Neste seguimento, surge a Declaração de Salamanca de 1994 e a Declaração dos Direitos da Criança, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959 que objetivam a promoção da proteção dos direitos das crianças, declarando que a sociedade deve contribuir neste feito. Este documento visa estudar e compreender em que medida as crianças/jovens têm conhecimento sobre a Convenção dos Direitos das Crianças e sua interligação com a inclusão. Assim sendo, esta investigação incorpora os diferentes métodos investigativos, assim como traduz as reflexões sobre os resultados apurados. Como técnicas de investigação foi aplicado um inquérito por questionário, em duas instituições de ensino público, a qual englobou uma amostra total de 39 alunos, que se enquadram na faixa etária entre os 14 e os 18 anos. Nesta conformidade, este estudo procura realçar a importância dos direitos das crianças no desenvolvimento físico e psíquico, na educação, na segurança e consequentemente no seu futuro. Palavras-chave: Crianças, Direitos, Inclusão, Educação

INCLUSÃO DE ALUNOS COM PROBLEMAS COGNITIVOS NO ENSINO REGULAR Ana Cristina da Costa Gonçalves & Victor Sil ana_cris_4@hotmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O presente trabalho tem como tema “Inclusão de alunos com Problemas Cognitivos no Ensino Regular” porque consideramos que é uma problemática de grande pertinência, ou seja, é uma questão que hoje a Escola tem de solucionar, uma vez que estes alunos têm o pleno direito à educação e a uma boa integração na vida em sociedade. Assim, para melhor percebermos a sua problemática, no enquadramento teórico, fizemos um


estudo diacrónico da conceção de DSM-V apresentamos várias definições de deficiência mental, tendo em conta a sua etiologia e características, consubstanciados pela opinião de especialistas na matéria. Abordamos o tema a fim de podermos demonstrar que é possível a inclusão/integração das crianças portadoras de Problemas Cognitivos, quer no ensino regular quer na sociedade. Na segunda parte do trabalho, investigação empírica, apresentamos todos os processos metodológicos, definimos o problema; alegamos os nossos objetivos, formulamos as hipóteses, a partir do problema inicial. Caracterizamos o instrumento de recolha de dados, o inquérito por questionário, que foi realizado a 38 professores dos 1º e 2º Ciclos, para que nos seja possível conhecer as suas auto-percepções acerca da integração/inclusão destas crianças nas turmas regulares, com as quais trabalham. Palavras-chave: Inclusão, Problemas Cognitivos, Direito à Educação.

A PROMOÇÃO DE COMPETÊNCIAS DE PARENTALIDADE POSITIVA: A PERCEÇÃO DO EDUCADOR DE INFÂNCIA Ana Mafalda de Castro e Pinho & Olívia de Carvalho anacastropinho@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A teoria bio-ecológica de Bronfenbrenner suportou este estudo no âmbito da ligação que este estabelece entre pais ou encarregados de educação e profissionais de educação, numa perspetiva do exercício de uma parentalidade positiva. O exercício da parentalidade encontrase no nível “microssistema” da estrutura bio ecológica do autor e, no mesmo nível, situam-se os profissionais de educação. Assim, tendo como objetivo averiguar a perspetiva dos educadores de infância a desempenhar funções na educação pré-escolar, da Região Autónoma dos Açores, face à importância que atribuem às práticas de promoção de competências de parentalidade positiva, questionaram-se os profissionais relativamente a aspetos relacionados com o desenvolvimento de competências parentais e no âmbito da importância que atribuem à prática de “Educador/Formador Parental”. Palavras-chave: parentalidade, parentalidade positiva, educação inclusiva, educador/formador parental, Região Autónoma dos Açores

O RECURSO À MUSICOTERAPIA COMO APOIO NA COMUNICAÇÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E DESENVOLVIMENTAL NO 1.º CICLO Ana Raquel da Costa Martins & Ana Isabel Abreu anatrombone@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

O presente trabalho encontra-se englobado no plano de estudos da especialização em Educação Especial e tem como objetivo compreender de que forma a musicoterapia é um auxílio à comunicação na pessoa com deficiência intelectual e desenvolvimental. Esta técnica de terapia de grande relevância, recorre à utilização da música com o propósito de desenvolver as potencialidades da criança, através da utilização de métodos e técnicas específicas, que a ajude a desinibir-se e dessa forma adquirir novas aprendizagens. Para estes alunos é bastante importante a socialização. Vários estudos já realizados apontam que essa mesma socialização é responsável pelo desenvolvimento de capacidades. Neste contexto, a musicoterapia atua como um veículo de estimulação para esse desenvolvimento. Palavras-chave: Musicoterapia, Comunicação, Deficiência Intelectual e Desenvolvimental.

INCLUSÃO: DO CONCEITO À PRÁTICA Ana Rosa Marques dos Santos & Maria Celeste Lopes arms1981@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt


O sucesso da inclusão de alunos com necessidades específicas na escola regular decorre das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos alunos, do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. O presente estudo, perspetiva-se equacionando as diferenças entre o que está legislado e o que é posto em prática. Com recurso a um método de amostragem não-probabilística por conveniência, foi realizado um estudo de caso através de um enfoque metodológico qualitativo. Pudemos verificar que os discursos mudam mais rapidamente do que as práticas e que, porventura, ainda há muito caminho a percorrer para que a Escola Inclusiva seja uma realidade. Palavras-chave: Inclusão, Escola, Família, Educação, Igualdade.

OS RECURSOS DIGITAIS E A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DISLEXIA – O PAPEL DO PROFESSOR Ana Patrícia de Sá Silva & Ana Isabel Abreu apss21@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

Temos assistido, nas últimas décadas, ao crescendo de importância das Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC). Elas poderão representar uma forma eficaz de chegar até aos nossos alunos, de os ouvir, de conseguirmos passar a mensagem e de comunicar com eles. Também os alunos com Necessidades de Medidas de Apoio à Aprendizagem e Inclusão, nomeadamente dislexia, podem beneficiar das inovações tecnológicas, quer em contexto familiar quer em contexto escolar. Cabe à Escola canalizar esses recursos como motivadores para a aprendizagem dos alunos da educação inclusiva. Neste sentido, o objetivo principal deste estudo é averiguar se os alunos com dislexia beneficiam com a utilização das TIC ao nível da leitura e da escrita e percecionar o papel do professor como mediador no processo da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação. Palavras-Chave: Tecnologias da Informação e da Comunicação, Necessidades de Medidas de Apoio à Aprendizagem e inclusão, Dislexia, Leitura e Escrita, Recursos Digitais.

O DESAFIO DA INCLUSÃO NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Adriana Sofia Gomes Andrade & Olívia de Carvalho asofiagandrade1203@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente artigo enquadra-se no âmbito do trabalho de projeto no domínio da formação, que dá por concluso o Curso de Formação Especializada em Educação Especial, Domínio Cognitivo Motor, no Instituto de Estudos Superiores de Fafe, doravante siglada IESF. Sendo a Educação uma ciência alvo de evolução constante, este estudo visa compreender a perspetiva dos professores relativamente ao tema da inclusão e apurar o grau de formação no que diz respeito à educação especial. Nesta conformidade, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica que aborda os temas que permitiram fundamentar o estudo em questão bem como a descrição dos métodos e resultados obtidos na análise da aplicação de um questionário de uma amostra de 60 professores de diversas áreas geográficas de Portugal. Os resultados obtidos permitiram concluir que os docentes inquiridos revelaram através das suas vivências uma perspetiva positiva no que diz respeito à promoção de práticas inclusivas e à criação de políticas e culturas inclusivas. Através dos resultados, é notório um crescimento por parte das escolas e dos seus intervenientes na mudança em prol de uma escola mais inclusiva, no entanto, existe uma preocupação pelo reduzido número de docentes com formação em


Educação Especial. Neste seguimento, é necessário uma aposta na formação específica para responder aos alunos e às suas individualidades para que atinjam o sucesso escolar. Palavras-chave: Educação; Inclusão; Escola.

TREINO DE VISUALIZAÇÃO MENTAL NO DESPORTO ADAPTADO André Jorge Pinto Amorim & Victor Sil andreamorim01@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Vários estudos sugerem que as técnicas psicológicas, como a visualização mental (VM), são eficazes na melhoria do desempenho de praticantes de desporto adaptado. Neste estudo, foi avaliada a eficácia de um treino de VM na modalidade de Boccia, numa Unidade de Necessidades Educativas Especiais. Foram incluídos 18 alunos com idade média de 7,8 anos (DP=1,47), subdivididos em Grupo Controlo (treino regular) e Grupo Experimental (treino regular e treino de VM). No início do estudo e após 12 semanas, foi avaliado o desempenho em 2 tarefas específicas de Boccia nos 2 grupos e foi avaliada a habilidade de VM do Grupo Experimental através do questionário MIQ–3. A análise de dados foi realizada pelo método de inferências baseadas na magnitude dos efeitos. Os resultados revelaram que os praticantes do Grupo Experimental, aumentaram a pontuação no MIQ-3 e registaram melhorias no desempenho. No entanto, não ficou demonstrada uma correlação significativa entre a habilidade de VM e o desempenho das tarefas de Boccia nos dois momentos de avaliação. Os resultados evidenciam que o treino de VM potencia o desenvolvimento da habilidade de VM e das ações motoras em praticantes de Boccia do desporto escolar adaptado. Palavras-chave: necessidades educativas especiais, desporto escolar adaptado, treino de visualização mental, modalidade Boccia, desempenho desportivo. A PERSPETIVA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DE AUTISMO Armanda Oliveira Luís & Olívia de Carvalho armandaluis@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente artigo incide no estudo sobre a Perspetiva dos Professores de Educação Especial na inclusão de alunos com Perturbação do Espetro de Autismo. Este estudo tem a participação de 111 Professores de Educação Especial que exercem funções em Portugal e na Guiné-Bissau. Foi aplicado um inquérito por questionário enviado para as Escolas e inserido em grupos sociais online de Professores de Educação Especial. Perceciona-se que a inclusão de alunos com Perturbação do Espetro de Autismo enriquece o contexto escolar. Todavia, saliente-se a existência de carências de recursos humanos qualificados e de espaços adequados às necessidades específicas dos alunos com PEA. É crucial que os professores estejam sensibilizados para os percursos de aprendizagem individualizados e que tenham conhecimentos pedagógicos adaptando os currículos aos diferentes casos de alunos com PEA. Palavras-Chave: inclusão; alunos; perturbação do espetro de autismo; professores; escola. A MÚSICA COMO UM VEÍCULO FACILITADOR DE INTERAÇÃO COM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO COM PROJETO DE INTERVENÇÃO Bruno Cristiano Moreira da Silva Alvim & Victor Sil balvim80@gmail.com /victorsil@mail.telepac.pt


No estudo apresentado pretende-se compreender de que forma a música pode contribuir para a interação com crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), referindo e sustentando a ideia de que trará benefícios comportamentais para estas crianças que apresentam défices específicos ao nível da comunicação, interação social, comportamentos estereotipados e resistência à alteração das rotinas. Pretende-se demonstrar que a música adaptada assume um papel de destaque na intervenção e melhoria dos comportamentos destas crianças. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa com uma abordagem exploratória e descritiva que integra um projeto de intervenção. Trata-se de um estudo de caso de uma criança com PEA que frequenta a Unidade de Ensino Estruturado da Escola Básica de Matosinhos, no concelho de Vila Nova de Gaia. Neste estudo, participaram elementos da família (pais) e as docentes (professora de educação especial e professora titular de turma). Para a recolha de dados recorremos à aplicação de diferentes técnicas e instrumentos como: análise documental, entrevistas, observação não participante com registos no diário de bordo e observação participante com registos na grelha de observação. Os resultados permitem-nos concluir que as sessões de música adaptada assumem um papel importante como facilitador da concentração, da interação, da comunicação e da socialização de crianças com PEA, desenvolvendo capacidades de autorregulação comportamental, emocional e social, contribuindo assim para o seu bem-estar e desenvolvimento cognitivo. Palavras-chave: Música adaptada, Perturbação do Espectro do Autismo, Interação, Comunicação, Socialização.

OS ERROS ORTOGRÁFICOS NO 1.º CICLO: RELAÇÃO ENTRE A FLUÊNCIA DA LEITURA E A ORTOGRAFIA Carla Susana Carvalho Bedulho & Maria Celeste Lopes carlabedulho@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O ensino da leitura objetiva a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores aptos à comunicação escrita. O presente trabalho teve como objetivo verificar a relação entre a fluência da leitura e a produção de erros ortográficos. Ou seja, constatar se os sujeitos com melhor fluência na leitura têm também um melhor desempenho na ortografia. Primeiramente foi feita uma revisão da literatura sobre o tema e, posteriormente, foi feito um estudo empírico com 20 crianças (10 alunos do 3.º ano e 10 do 4.º ano de escolaridade) que foram submetidas a provas de medição da leitura e de ditado. Em termos gerais, constatou-se que existe uma relação positiva entre a fluência da leitura e a produção de erros ortográficos. Palavras-chave: Leitura, ortografia, fluência, erros, categorização. A INCLUSÃO DE ALUNOS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO GLOBAL NO ENSINO REGULAR Carla Costa & Maria Celeste Lopes kunkinha12@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A inclusão rege-se por um princípio comum baseado no conceito de que todas as crianças devem aprender juntas, garantindo a qualidade de ensino numa escola aberta e inclusiva. O objetivo é compreender qual a perceção que os professores têm face à inclusão de alunos com Atraso Global de Desenvolvimento nas escolas regulares. Foi aplicado um instrumento que avalia as perceções da inclusão nas escolas regulares. Os dados parecem sugerir, genericamente, uma perceção da inclusão pelos professores, especialmente na implementação das políticas inclusivas, contudo, ainda existe falta de recursos e formação para lidar com os desafios da educação inclusiva, no entanto, a maioria tende a adaptar-se na forma como apoia todos os alunos na sala de aula.


Palavras-chave: Inclusão; Perceção; Professores.

O IMPACTO DO NASCIMENTO DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL NO SEIO DA FAMÍLIA Carla Sofia da Costa Gonçalves & Victor Sil gcarla6@hotmail.com /victorsil@mail.telepac.pt

RESUMO: A Paralisia Cerebral está referenciada como a desordem física mais comum na infância. É originada por uma lesão cerebral que ocorre em períodos pré-, peri- ou pósnatais, sendo o movimento e a postura as áreas mais comumente afetadas. O exercício da parentalidade com uma criança com estas características traz desafios e também necessidades acrescidas, por exemplo, necessidades de informação. O objetivo do presente estudo foi o de compreender melhor o conhecimento que as mães possuem sobre P.C. e o impacto desta sobre a dinâmica familiar, como a capacidade de gerirem tudo isso com um segundo filho, analisando ainda a aceitação ou não do irmão com PC. Para tal foi usado um desenho qualitativo, no qual os três participantes responderam a uma entrevista semiestruturada centrada na sua experiência de educar uma criança com uma esta perturbação desenvolvimental. As entrevistas foram analisadas segundo uma abordagem temática. Surgiram então três temas: (1) Relação entre casal, (2) Relação com os filhos, (3) Relação entre irmãos. Foi ainda possível identificar o(s) contexto(s) e o(s) período(s) de desenvolvimento em que os desafios e as necessidades ocorrem. As limitações percebidas são principalmente atrasos geral e atraso motor. O impacto na família, positivo ou negativo altera a dinâmica familiar, e a mãe é a principal afetada. Palavras-chave: Impacto; paralisia cerebral; família. INCLUSÃO DA CRIANÇA NO PRÉ-ESCOLAR. DESAFIOS E OPORTUNIDADES Carla Maria Lima Ramos Madureira & Olívia de Carvalho carla_madureira@sapo.pt/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Em Portugal, a extensão dos serviços de Educação Especial à Educação Pré-Escolar é relativamente recente. Os estudos que avaliam as perceções dos educadores de infância sobre as práticas inclusivas são escassos. Neste trabalho, pretende-se aferir as perceções de 52 educadores de infância, assim como dos pais ou encarregados de educação sobre a inclusão. A investigação assumiu uma abordagem quantitativa, tendo-se recolhido dados por questionário. Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de melhoria em todas as áreas, principalmente na promoção de práticas inclusivas. Relativamente às 21 respostas obtidas no questionário destinado aos pais ou encarregados de educação, estas evidenciam que ainda subsiste alguma falta de informação sobre a Educação Inclusiva. Os resultados apresentados neste estudo são discutidos à luz da literatura existente. Palavras-chave: Inclusão; Pré-escolar; Educadores de infância; Pais; Práticas Inclusivas.

AS TEIAS QUE A FAMÍLIA TECE… PERCEÇÃO DO ALUNO SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO Carlos Manuel Baldaia Teixeira & Victor Sil carlos_tmarco@hotmail.com /victorsil@mail.telepac.pt

As atitudes dos/as adolescentes face à inclusão dos pares com incapacidades surgem na literatura como um dos fatores fundamentais para a promoção de uma escola inclusiva. Contudo, é na família que a criança adquire conhecimentos que se repercutem nos alicerces para a sua vida futura e que, possivelmente, serão a base da sua personalidade. Participaram


no estudo um aluno do segundo ciclo do Ensino Básico e respetiva família, de estrutura hétero normativa. O estudo seguiu uma abordagem descritiva, qualitativa e caráter exploratório, sob a forma de um estudo de caso. Os dados obtidos através da entrevista semiestruturada indiciam atitudes positivas do adolescente face à inclusão, contribuindo, para isso, a família na estruturação da personalidade do jovem. Palavras-chave: Atitudes; Inclusão; Família; Pares.

A

INCLUSÃO

DE

UM

ALUNO

COM

A

SÍNDROME

DE

NANCE-HORAN

Catarina Isabel Faria da Costa & Victor Sil catarinafariacosta@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

A escola inclusiva é um espaço onde todas as crianças aprendem juntas, com as mesmas oportunidades e é essencial existir condições para tal. O presente estudo tem como objetivo geral aferir o nível de inclusão de um aluno na comunidade escolar que frequenta. Tendo em consideração que a problemática está associada a um conjunto de incapacidades, pretende-se perceber quais as barreiras e o impacto que estas têm nas suas atividades diárias e, por conseguinte, ao nível da inclusão escolar e social. Deste modo, o trabalho empírico seguiu uma metodologia de carácter quantitativo e qualitativo, mais especificamente, o estudo de caso, de sujeito único. A criança em estudo tem 10 anos, apresenta uma síndrome de Nance-Horan e frequenta o 4ºano de escolaridade numa escola de ensino regular, da região norte de Portugal. Participam no estudo intervenientes ligados ao processo educativo da criança, a saber: os professores, os colegas da turma e a mãe. A recolha de dados foi efetuada através de questionários aos professores e aos colegas de turma e através de entrevista semiestruturada à mãe, tendo os resultados empíricos obtidos incidido na análise de conteúdo sobre estes, revelando duas visões distintas sobre o processo de inclusão do aluno, onde os professores e alunos definem-na globalmente como positiva e a família como um processo demasiado longo e difícil, embora já fossem esperadas dificuldades. Palavras-Chave: Escola Inclusiva; Síndrome de Nance-Horan; Integração; Igualdade; Direitos Universais; Entreajuda.

A

CONVENÇÃO

DOS

DIREITOS

DAS

CRIANÇAS

E

A

LEI

DA

INCLUSÃO

Cecília Madalena Alves de Freitas & Olívia de Carvalho ceciliafreitas79@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente artigo científico incide no conceito de escola inclusiva sob a perspetiva da criança, abordando os principais marcos históricos que contribuíram para o desenvolvimento desta enquanto cidadão passivo, tornando-se numa pessoa com direitos e com voz ativa. Atualmente, os Direitos da Criança são legislados internacionalmente através da Convenção sobre os Direitos da Criança, uma referência histórica na construção dos direitos humanos. Este documento não proporciona apenas um quadro legislativo, como também estabelece um conjunto de princípios fundamentais que deverão ser aplicados pelos serviços, tutores e profissionais que trabalham e cuidam diretamente com as crianças. Os direitos das crianças, a sua proteção e a promoção do bem-estar das mesmas começam a ser uma preocupação e surge a necessidade de criar documentos com valor jurídico, iniciando-se assim, uma luta diária que ainda hoje não terminou. Sendo a educação um direito de todas as crianças, a inclusão escolar surgiu como um processo que pretende alcançar uma escola acessível e adaptada às características individuais de cada um. Ainda hoje, se continua a lutar por uma escola mais inclusiva. Palavras-chave: Crianças; Inclusão; Escola; Direitos da Criança;


A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA ENQUANTO FATOR DE INCLUSÃO PARA ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO Cláudia Patrícia Lopes Vilas Boas & Ana Isabel Abreu cpvilasboas@hotmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

Pese embora a inegável relevância da comunicação verbal no âmbito do processo de ensinoaprendizagem e da socialização, as crianças diagnosticadas com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), não raras vezes, apresentam uma linguagem disfuncional, situação que pode obstaculizar o seu desenvolvimento integral (Walter & Nunes, 2008). Perante este quadro clínico, é incontornável, no seio de uma escola inclusiva, a implementação de um Sistema Aumentativo e Alternativo de Comunicação (SAAC), ou seja, um conjunto integrado de técnicas, ajudas, estratégias e capacidades que a pessoa com dificuldades de comunicação usa para comunicar (Ferreira, Ponte & Azevedo, 1999). Através da aplicação de um questionário a um grupo de 72 docentes, foi possível inferir que, de acordo com os inquiridos, a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) afigura-se um elemento facilitador com vista ao desenvolvimento da comunicação em alunos com PEA, consubstanciando-se a sua utilização enquanto fator de inclusão para este tipo de discentes, constituindo-se, por conseguinte, como elemento promotor da sua autoestima, bem como auxiliador no processo de aquisição das aprendizagens essenciais, alavancando, consequentemente, o desenvolvimento integral destes alunos. Contudo, os inquiridos sublinharam a importância da formação especializada para recorrer a estes sistemas em contexto educativo. Palavras-chave: Escola Inclusiva; Perturbação do Espetro do Autismo; Comunicação Aumentativa e Alternativa; Inclusão.

OS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NA COMUNICAÇÃO COM ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO Cristiana Sofia da Costa Soares Afonso & Ana Isabel Abreu cristianaafonso@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

Este projeto foi desenvolvido no âmbito do curso de Especialização em Educação Especial – Domínio Cognitivo-Motor, como parte de um projeto de investigação, da unidade curricular de Trabalho de Projeto e procurou, através de um questionário direcionado a docentes de todas as disciplinas, analisar a preparação dos professores do sistema de ensino português para trabalhar com alunos com Perturbações do Espetro do Autismo (PEA), a sua capacidade de inclusão destes alunos nas turmas que lecionam e o seu conhecimento e uso dos Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (SCAA). Verificou-se uma lacuna ao nível da formação em educação especial destes professores e o desconhecimento dos SCAA embora a vontade de incluir todos os alunos seja uma realidade nas nossas escolas. Palavras-chave: Educação Especial; Perturbações do Espetro do Autismo; Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa. O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: CONCEÇÕES E PRÁTICAS DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO Daniela Patrícia Nogueira Duarte & Ana Isabel Abreu daniela.duarte84@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

A Inteligência Emocional (IE) tem ocupado um lugar de destaque no campo da investigação e, cada vez mais, nos vários contextos da vida humana. Sob a égide de que importa ao ser humano saber identificar os próprios sentimentos e os dos outros, autonomizar-se na gestão das emoções, que emergem dos seus relacionamentos com o próximo, o foco de atenção da


Escola deve também passar pelas questões emocionais dos alunos que, muitas vezes, estão na origem de dificuldades na aprendizagem. O presente estudo procurou conhecer as conceções, práticas e formação de professores dos vários ciclos do Ensino Básico, relativamente à IE. Apresenta um cariz quantitativo, com uma abordagem descritiva, exploratória, de caráter transversal, no qual participaram 162 professores/as dos ensinos público e privado. A recolha de dados decorreu através de inquérito por questionário, sob a forma de formulário online. Os resultados sugerem que a maioria dos participantes acredita que a motivação e o sucesso na aprendizagem estão ligados ao desenvolvimento da IE, indiciando que há dificuldades de aprendizagem com origem em problemas emocionais. Relativamente às práticas, os resultados revelam que a maioria do/as docentes integra temáticas relativas à IE nas suas atividades letivas, apesar de os currículos não a contemplarem. É no 1.º ciclo que esta dinâmica se verifica mais, não havendo diferença significativa entre os ensinos público e privado. Esta investigação mostra, ainda, que a formação dos professores é escassa nesta área, contudo a maioria sente-se satisfeita com o seu conhecimento acerca de atividades e dinâmicas relacionadas com a IE. Palavras-chave: Inteligência Emocional; Emoções; Dificuldades de aprendizagem; Quociente Emocional (QE); Quociente de Inteligência (QI) INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NEE EM CONTEXTO ESCOLAR: PERCEÇÃO DOS PAIS Daniela Cristina de Sá Neiva Teixeira & Maria Celeste Lopes daniela.teixeira40@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O principal objetivo deste estudo foi analisar na perspetiva dos pais dos alunos do 1.º ciclo, se existe inclusão na Escola EB 2,3 de Arco de Baúlhe, face às crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Utilizou-se uma abordagem qualitativa, com vista à melhor compreensão da problemática explorada. Participaram neste estudo 3 pais (1 do sexo masculino e 2 do sexo feminino), de 3 crianças com NEE. Os dados foram recolhidos através da entrevista semiestruturada e submetidos à análise de conteúdo. Com base no levantamento das questões e após analisar afincadamente as respostas dadas pelos pais, é possível concluir que a Escola EB 2,3 de Arco de Baúlhe é inclusiva, apesar de não ser perfeita. Palavras-chave: Perceção Parental; Inclusão; Escola.

ATITUDES SOCIAIS EM RELAÇÃO À INCLUSÃO: PERCEÇÕES DE ALUNOS DO 4.º ANO – ESTUDO DE CASO Delmina Cardoso Oliveira & Maria Celeste Lopes delminaoliveira@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

No processo de inclusão, além de se querer atingir o sucesso educativo para todos os alunos, torna-se também fundamental compreendermos as suas atitudes sociais em relação aos seus pares com deficiência. Neste sentido, este estudo teve como objetivo aferir as atitudes sociais de uma turma do 4.º ano de escolaridade, do distrito do Porto, constituída por 18 alunos, relativamente à inclusão de um colega com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Foi aplicada a “Escala Infantil de Mensuração de Atitudes Sociais em relação à Inclusão - Forma B” em dois momentos e realizada uma sensibilização. Os resultados revelam a aceitação do aluno com PEA pelos seus pares, e indicam existir uma atitude positiva na interação grupo pares da turma/ escola. Palavras-chave: Inclusão; atitudes sociais; intervenção; alunos do 4.º ano; PEA. COMPETÊNCIAS PARA O TRABALHO COM OS PAIS – PARECER DOS INTERVENIENTES QUE ACOMPANHAM UMA JOVEM COM DEFICIT COGNITIVO E MOTOR EM TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA – ESTUDO DE CASO


Dília Pinto de Matos & Maria Celeste Lopes diliapmatos@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

RESUMO: O objetivo deste trabalho de investigação foi conhecer, analisar e refletir a visão dos professores e encarregada de educação de uma aluna com deficit cognitivo e motor sobre as competências essenciais para o trabalho com os pais de alunos que apresentam necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. O estudo de natureza qualitativa foi aplicado a todos os docentes e encarregada de educação de uma aluna em fase de transição para a vida pós-escolar. A recolha de dados consistiu na realização de uma entrevista semiestruturada aplicada individualmente. Os dados recolhidos, permitem constatar que os docentes inquiridos procuram implementar práticas educativas inclusivas e promotoras de sucesso educativo dos alunos, em contexto escolar e na transição para a vida em sociedade, colaborando com a família. Palavras-chave: Família; Transição; Relação; Adaptação; Escola. O IMPACTO DO DECRETO-LEI N.º 54/2018 NO PAPEL DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Eusébio Dionísio Gonçalves Brazão & Olívia de Carvalho eusebiobrazao@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Um dos maiores desafios da educação inclusiva na atualidade, prende-se com a necessidade de maior envolvimento parental no processo educativo dos seus educandos, nesse sentido urge refletir sobre o papel dos encarregados de educação com o novo enquadramento legal, sendo particularmente indispensável a colaboração permanente entre os professores e os encarregados de educação. O objetivo deste estudo é caracterizar o impacto que teve o Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, no papel dos pais ou encarregados de educação e os níveis de participação destes em tudo o que se refere ao processo educativo dos seus educandos, nomeadamente, no que concerne à participação na implementação de todas as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. Neste estudo participaram 40 colegas de curso, que responderam ao questionário online, através da aplicação “google forms” sobre o impacto do decreto acima citado no papel dos Encarregados de educação. Os resultados apontam globalmente para baixos níveis de participação e envolvimento dos Encarregados de educação na implementação da educação inclusiva. Palavras-chave: O papel dos pais ou dos encarregados de educação; Envolvimento parental; educação inclusiva e manual de apoio à prática; decreto-lei: 54/2018 de 6 de julho.

PRÁTICAS INCLUSIVAS. PERSPETIVA DOS EDUCADORES E DOS PAIS Ezequiela de Fátima Silva Pereira Resende & Olívia de Carvalho ezequielaresende@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Este trabalho pretende dar a conhecer a realidade atual, como os docentes do pré-escolar e pais percecionam a escola inclusiva, decorridos praticamente três anos e meio de implementação do DL n.º 54/2018, de 6 de julho. Neste estudo participaram 52 educadores de infância e 13 pais. No sentido de organizar, planificar e desenvolver todo o trabalho de projeto, recorri a duas metodologias, uma foi de pesquisa bibliográfica e documental, com base no levantamento de dados de variadas fontes com a finalidade de recolher informações pertinentes a dar resposta ao problema em investigação. A outra metodologia foi a quantitativa, através do uso de um questionário online. Os resultados obtidos evidenciam a existência de perceções claras e positivas, sobre as práticas inclusivas. Palavras-chave: Inclusão; Perceções; Educadores de infância; Pais; Perfil de Competências.


O MODELO BIOECOLÓGICO DO DESENVOLVIMENTO DE BRONFENBRENNER: IMPLICAÇÕES PARA A INCLUSÃO Fernando Paulo Cardoso Valor & Ana Isabel Abreu paulovalor@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

O modelo bioecológico proposto por Bronfenbrenner, que aqui se apresenta nos seus traços genéricos, constituiu um relançar da discussão em torno de como abordar o desenvolvimento humano, tendo em conta os contextos, os processos interativos e a dimensão temporal. Trazendo para a psicologia o conceito de ecossistema, Bronfenbrenner analisa de forma sistemática as inter-relações que se estabelecem entre a pessoa e o ambiente, e como diferentes processos e estruturas ecológicas se relacionam entre si. Na segunda parte deste artigo, procura-se dar conta do modo como alunos do 2.º ciclo percecionam a sua escola, no âmbito da inclusão, tendo por base um questionário de Mel Ainscow e Tony Booth. Palavras-chave: Desenvolvimento humano; modelo bioecológico; ecossistema; inclusão; processos proximais. UM OLHAR TRANSDISCIPLINAR SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE Filipa Rodrigues Terroso & Olívia de Carvalho 37140@iesfafe.pt/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A Intervenção Precoce na Infância (IPI) tem evoluído, ao longo dos anos. As suas práticas começaram por se focar apenas nas crianças dos 0 aos 6 anos de idade. Atualmente incluemse também as respetivas famílias e comunidade, passando-se de IPI centrada na criança para uma IPI centrada na família, baseada nas rotinas, incluindo o meio social e os três ministérios predominantes da intervenção - Educação, Saúde e Solidariedade Social, dando assim origem às Equipas Locais de Intervenção (ELI) transdisciplinares. Assim sendo, é necessário reformular os métodos de intervenção e o papel que os profissionais das diferentes áreas têm junto das famílias adequando-se às suas rotinas. Este estudo tem como objetivo saber as perceções e conhecimentos que os profissionais das diferentes áreas de intervenção têm em relação ao Decreto-Lei 54/2008, se conhecem os sistemas que representam e constituem as ELI e também as funções e destino das suas intervenções. A amostra desta investigação é constituída por 63 profissionais da área da Educação, Saúde e Solidariedade Social. Para a consecução desta investigação foi construído uma entrevista que contempla questões relacionadas com o Decreto-Lei 54/2008 e com a IPI. Os principais resultados mostram que a maioria dos profissionais têm conhecimento do Decreto-Lei 54/2018 assim como o principal valor deste documento legislativo e têm algumas perceções sobre a IPI. Contudo as suas perceções ficam aquém das espectativas esperadas, pois, um número considerado de profissionais não tem noção em que contexto a intervenção é feita e focam a criança como principal interveniente na intervenção. Palavras-chave: Intervenção Precoce na Infância; Profissionais das diferentes áreas Transdisciplinares O MERCADO DE TRABALHO E AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA: AS EXPETATIVAS DOS PATRÕES Hélio Luís de Sousa Cabral & Maria Celeste Lopes helioluiscabral@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A integração das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, assim como a materialização do potencial profissional a par com a legislação e as medidas de apoio à contratação destes indivíduos, é um tema emergente e socialmente merecedor de especial atenção. Contudo, urge-se fundamental definir, em contexto real, onde se


posicionam as expetativas das entidades empregadoras, relativamente a estas contratações. Assim, o presente trabalho, de cariz qualitativo, tem como principal objetivo analisar as expetativas dos patrões, cujos dados recolhidos através de entrevistas semiestruturadas, resultam numa possível caracterização do mercado de trabalho ainda que no contexto da Região Autónoma dos Açores, relativamente ao parâmetro supracitado. Para tal, o estudo inclui a contextualização teórica do tema e outros conceitos relacionados, a metodologia aplicada, a análise dos dados recolhidos e as respetivas conclusões. Palavras-chave: Pessoas com deficiência; Mercado de Trabalho; Expetativas; Patrões; Integração. PORTUGAL E FRANÇA - DOIS PAÍSES, DUAS REALIDADES - PERCEÇÃO DOS PROFESSORES RELATIVAMENTE À ESCOLA INCLUSIVA Joana Ferreira dos Santos Lóio & Victor Sil joanafsloio@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O Direito à Educação de e para todos os alunos é um dos maiores desafios para aqueles que são os responsáveis pela educação das crianças, dos jovens e dos adultos, já que o acesso a uma escola de qualidade pode realmente fazer a diferença. Ser excluído, discriminado e segregado não tendo, por isso, tido acesso à Educação pode fazer toda a diferença, sobretudo quando se fala de um futuro com uma vida pessoal e social bem-sucedida. É com base na premissa de uma educação de e para todos que é feita esta investigação, uma vez que a mesma tem como principal objetivo aferir qual a perceção que os professores, de Portugal e de França, têm em relação à escola inclusiva. Palavras-chave: Educação inclusiva; Integração Social; Política de Integração, Igualdade de Oportunidades; Formação de Professores; Portugal; França

A UTILIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DE ESPETRO DE AUTISMO, NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Joana Isabel Machado Teixeira & Ana Isabel Abreu joanaisabelteixeira@hotmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

O presente artigo científico, incide na utilização e importância das TIC no desenvolvimento das crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), procurando investigar, essencialmente, a opinião dos professores portugueses e compreender a sua posição sobre a utilização das TIC no desenvolvimento das crianças com PEA; perceber quais as suas dificuldades nesta temática. Torna-se pertinente a exploração deste tema, uma vez que a sociedade atual se encontra em constante evolução, e a escola necessita de acompanhar este desenvolvimento, para que permita reconhecer o direito à diversidade. Como tal, o papel do professor é fundamental. Estes necessitam de formação contínua para se atualizarem e acompanhar todos os desafios que possam surgir, e proporcionar aos alunos motivação e práticas pedagógicas mais apelativas. Palavras-Chave: Crianças; Professores; Perturbações de Espetro de Autismo; Tecnologias de Informação e Comunicação.

AS ATITUDES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA FACE À INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO José Augusto Sousa Silva & Victor Sil


jose.silva.14@hotmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

As atitudes em relação aos alunos com deficiência representam um dos mais importantes fatores para o sucesso da escola inclusiva. Para avaliar as atitudes dos professores quanto à educação inclusiva, um questionário com escala tipo Likert, foi aplicado a 19 professores do Agrupamento de Escolas Pinheiro Rosa, na região do Algarve. No presente estudo analisámos as experiências dos professores com alunos com Perturbação do Espectro do Autismo, no qual 100% dos inquiridos demonstrou ter experiencia, tentamos compreender ainda a perceção do professor de educação física quanto ao processo de inclusão escolar, no qual demonstram ter conhecimento para lidar com estes alunos, no entanto demonstram dificuldades em controlar o seu comportamento e para finalizar tentamos compreender de que forma os professores adaptam os seus currículos com alunos com PEA. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Perturbações Espectro Autismo; Educação Física; Adaptações curriculares. O SUCESSO EDUCATIVO NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO (PDHA). PERCEÇÕES DE DOCENTES DO 1.º E 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO À LUZ DO DECRETO-LEI N.º 54/2018 Lígia Daniela Ribeiro Fernandes Gomes & Ana Isabel Abreu ligiagomes81@gmail.com/ anacarvalho@iesfafe.pt

O presente estudo tem como objetivo principal perceber como se pode intervir eficazmente, à luz do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de junho, e apoiado no Manual De Apoio À Prática – Para Uma Educação Inclusiva –, junto de crianças com Perturbações de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) que frequentam o 1.º ou o 2.º Ciclo do Ensino Básico no sentido de alcançarem um desempenho escolar positivo. De forma a refletir sobre esta problemática, formularam-se as seguintes questões de investigação: i) É possível crianças com PHDA que frequentam o 1.º ou o 2.º Ciclo do Ensino Básico alcançarem resultados académicos positivos?; ii) Que grau de PHDA (ligeiro, moderado, grave ou profundo) revelam essas crianças?; iii) Quais as principais dificuldades de aprendizagem dessas crianças com PHDA? iv) Que medidas de suporte à aprendizagem e inclusão indicadas no Decreto-Lei n.º 54/2018 (medidas universais, seletivas ou adicionais) são aplicadas a essas crianças com PHDA?; v) No recurso a medidas universais, que acomodações curriculares, indicadas pelo Decreto-Lei n.º 54/2018 e no Manual De Apoio À Prática – Para Uma Educação Inclusiva –, se têm revelado mais eficazes para promover a participação e a melhoria da aprendizagem nessas crianças com PHDA? vi) Que fatores da escola indicados pelo Decreto-Lei n.º 54/2018 e no Manual De Apoio À Prática – Para Uma Educação Inclusiva –, os docentes do 1.º e do 2.º Ciclos do Ensino Básico consideram que afetam de forma significativa, positiva e negativamente, o progresso e o desenvolvimento dessas crianças com PHDA? Neste sentido, realizou-se um estudo seguindo uma metodologia de natureza quantitativa, tendo 255 docentes respondido a um inquérito por questionário online com 32 perguntas baseadas nesses documentos. Verificou-se que é possível as crianças com Perturbações de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) que frequentam o 1.º e o 2.º Ciclos do Ensino Básico alcançarem um desempenho escolar positivo. Conclui-se que as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão mobilizadas pelos docentes, ao nível das acomodações curriculares, estão a dar resposta a esses alunos promovendo a sua participação e melhoria das aprendizagens através da implementação de ações e estratégias integradas e flexíveis. Palavras-chave: Crianças com PHDA; Educação Inclusiva; Sucesso Educativo; Acomodações Curriculares; Docentes do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. PERCEÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS EM RELAÇÃO AO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL


Maria Olinda de Magalhães Ribeiro & Ana Isabel Abreu molindaribeiro@sapo.pt/ anacarvalho@iesfafe.pt

Para que a inclusão seja uma realidade é necessário implicar recursos físicos, um corpo de agentes da educação, capaz de olhar para cada aluno, respeitando a sua identidade e ser capaz de acolher e ajudar a desenvolver as suas competências. O presente trabalho centra-se no aluno e na sua perspetiva em relação ao professor de educação especial, tendo como pano de fundo os Direitos da Criança, a legislação em vigor, o manual de apoio à prática, apontamentos dos conteúdos lecionados e o perfil do professor de educação especial, na perspetiva de vários autores. Por último, apresentamos os resultados e algumas considerações finais, tendo como base a articulação entre a fundamentação teórica e o trabalho empírico realizado. Palavras-chave: Escola inclusiva; Convenção dos Direitos da Criança; Educação Especial; Perfil do professor de Educação Especial; Necessidades Especiais. PERCEÇÃO DOS PROFESSORES NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO Marina Patrícia Carvalho Azevedo & Maria Celeste Lopes marinapcazevedo@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A educação especial em Portugal vive um novo paradigma fruto do Decreto-Lei n.º 54/2018, o qual premeia a educação inclusiva. Isso acarreta consigo desafios, tal como a inclusão dos alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), o que se torna ainda mais evidente por se tratar de um espectro. Neste sentido, este estudo pretende verificar as perceções dos professores face à inclusão de alunos com PEA. Para tal, foi aplicado um questionário, no qual participaram 50 docentes. Os resultados indicam perceções maioritariamente favoráveis, onde apenas em alguns itens foi possível constatar resultados dissonantes, tais como no que se refere à preparação dos professores, às necessidades dos alunos com PEA, e à resistência dos docentes na inclusão destes alunos. Palavras-chave: Perturbações Espectro do Autismo; Inclusão; Perceção dos Professores. O PAPEL DAS LIDERANÇAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A PERSPETIVA DOS DOCENTES DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Marta Sofia Lopes Cardoso Leitão & Maria Celeste Lopes martasleitao@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A investigação no âmbito da liderança das organizações educativas tem demonstrado que os líderes escolares podem fazer a diferença e contribuir para uma educação mais inclusiva. Com este estudo pretendemos verificar se na perspetiva dos docentes a desempenhar funções nas unidades orgânicas da Região Autónoma dos Açores (RAA), existe uma relação entre o papel da liderança e a implementação de uma educação inclusiva nas escolas. Para o efeito, recolhemos dados com recurso ao inquérito por questionário, realizado aos docentes da RAA. Os dados recolhidos foram, posteriormente, alvo de tratamento estatístico e de procedimentos de análise de conteúdo. Os resultados indicam que, de um modo geral, o líder escolar influencia diretamente a prossecução da educação inclusiva nas escolas. Palavras-chave: Liderança; líder escolar; educação inclusiva.

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA QUEROLÓGICA DE DUAS CRIANÇAS COM DIFERENTES MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Marta Filipa Raposo Picôa Pratas dos Santos & Victor Sil marta.pratas@hotmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt


A avaliação da Consciência Querologia (CQ), presente na Língua Gestual, assume um papel importante no processo de aquisição da linguagem das crianças surdas. Neste estudo, foi avaliada a CQ de 2 crianças surdas (9 anos), com medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão distintas. A criança com comorbilidade de Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental, com uma exposição tardia à sua língua natural e por isso, com medidas adicionais, revelou uma CQ inferior à criança com medidas seletivas e exposição inicial. Pode constatar-se que as medidas aplicadas a esta criança corroboram o seu perfil, refletido na baixa CQ, revelando-se num prejuízo no processo de aquisição da linguagem. Assim, a aplicação das mesmas, promove a inclusão, igualdade e desenvolvimento do percurso académico. Palavras-Chave: Surdo; Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental; Consciência Querológica; Língua Gestual Portuguesa; Avaliação; Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão.

EXPECTATIVAS E PERCEÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL RELATIVAMENTE AO PROGRAMA DE PSICOMOTRICIDADE EM MEIO AQUÁTICO Luís Miguel Lemos Jesus & Victor Sil lmiguellj@hotmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Este estudo pretende aferir as expectativas que os Professores de Educação Especial (PEE) tinham inicialmente relativamente ao Programa de Psicomotricidade em Meio Aquático (PPMA) e a perceção do impacto que este tem nos seus alunos, determinando assim sua relevância/importância. Foi aplicado um questionário a 10 PEE. Os resultados obtidos demostram que os inquiridos tinham elevadas expectativas relativamente ao PPMA e que o impacto do mesmo na vida dos seus alunos ou correspondeu, ou superou na sua globalidade as expectativas iniciais, com claros benefícios para os alunos abrangidos. Palavras-chave: Psicomotricidade; Psicomotricidade em Meio Aquático; Professores de educação Especial

GARANTIR OS DIREITOS DAS CRIANÇAS: DA CONSTRUÇÃO TEÓRICA À REALIDADE PRÁTICA Sérgio Augusto da Silva Cabral & Olívia de Carvalho sergiokabral@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A aprovação por aclamação da Convenção sobre os Direitos da Criança na Assembleia Geral das Nações Unidas constituiu o marco mais importante de toda a história na proteção da infância. É, por isso, fundamental, que todos os intervenientes que, de alguma forma, interferem direta ou indiretamente, na vida das crianças, tudo façam para que estes direitos sejam garantidos. As próprias crianças devem conhecê-los para poderem ter um papel ativo na denúncia de situações de violação dos mesmos direitos. Este estudo pretendeu analisar a perceção de 86 alunos de uma escola privada, no que se refere ao cumprimento dos seus direitos e ainda compreender as diferenças de perceção entre alunos de dois anos de escolaridade. Como instrumento, foi aplicado um questionário, previamente validado, cujas questões foram organizadas, para análise, em três categorias de direitos: participação, provisão e proteção, tendo-se concluído que os direitos de proteção assumem particular atenção no que concerne ao seu cumprimento. Palavras-chave: Direitos da criança; Educação inclusiva; Contexto/ambiente das crianças.

O DESAFIO DA INCLUSÃO NA PERSPETIVA DO PROFESSOR Adriana Sofia Gomes Andrade & Olívia de Carvalho asofiagandrade1203@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt


O presente artigo enquadra-se no âmbito do trabalho de projeto no domínio da formação, que dá por concluso o Curso de Formação Especializada em Educação Especial, Domínio Cognitivo Motor, no Instituto de Estudos Superiores de Fafe, doravante siglada IESF. Sendo a Educação uma ciência alvo de evolução constante, este estudo visa compreender a perspetiva dos professores relativamente ao tema da inclusão e apurar o grau de formação no que diz respeito à educação especial. Nesta conformidade, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica que aborda os temas que permitiram fundamentar o estudo em questão bem como a descrição dos métodos e resultados obtidos na análise da aplicação de um questionário de uma amostra de 60 professores de diversas áreas geográficas de Portugal. Os resultados obtidos permitiram concluir que os docentes inquiridos revelaram através das suas vivências uma perspetiva positiva no que diz respeito à promoção de práticas inclusivas e à criação de políticas e culturas inclusivas. Através dos resultados, é notório um crescimento por parte das escolas e dos seus intervenientes na mudança em prol de uma escola mais inclusiva, no entanto, existe uma preocupação pelo reduzido número de docentes com formação em Educação Especial. Neste seguimento, é necessário uma aposta na formação específica para responder aos alunos e às suas individualidades para que atinjam o sucesso escolar. Palavras-chave: Educação; Inclusão; Escola

ESCOLA INCLUSIVA, QUE DESAFIOS? Sónia Filipa Dantas Rodrigues & Olívia de Carvalho filipa_dantas@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O sucesso educativo e a integração de todo e qualquer cidadão na sociedade é um dos objetivos da escola inclusiva. A evolução sociocultural faz-se acompanhar de convenções e diplomas para que todo o cidadão tenha acesso às mesmas oportunidades, com as devidas adaptações, sempre que assim se justifique. No entanto, percebemos neste estudo empírico junto de um total de 48 inquiridos, entre educadores, docentes dos diferentes ciclos e técnicos especializados, com base nas suas respostas ao inquérito denominado Indicadores para a Inclusão, traduzido e adaptado de: Mel Ainscow e Tony Booth (2002), que se encontra no Anexo 1, como Recurso Indicativo, no ponto número um, Compromisso com a inclusão, do manual Para Uma Educação Inclusiva – Manual de Apoio à Prática, que há ainda um longo caminho a percorrer para que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas. Palavras-chave: Escola Inclusiva; Inclusão; Educação para a cidadania; Docentes.

A INCLUSÃO ESCOLAR DA CRIANÇA COM AUTISMO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Vítor Manuel da Silva Lemos & Victor Sil viclemos@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O presente trabalho de estudo intitula-se a inclusão da criança com autismo: desafios e possibilidades e teve a finalidade de realizar uma reflexão sobre a inclusão educacional do aluno com autismo em sala de aula. O objetivo foi compreender como acontece a inclusão educacional de alunos com deficiência no ensino regular. Diante dos estudos realizados para desenvolvimento deste trabalho de pesquisa científica no que concerne ao conceito ficou evidente que o autismo é um transtorno global do desenvolvimento caracterizado por alterações significativas no desenvolvimento, prejudicando totalmente a capacidade na comunicação, na interação social e no comportamento da criança. A metodologia utilizada baseou-se numa estratégia de sondagem assente na aplicação de um questionário que compreendeu a caracterização dos elementos de estudo e a estruturação da postura dos professores nas escolas regulares. Também elaborou-se uma entrevista ao um professor do 1.º


ciclo que tem um aluno com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Ao longo do estudo perceberam-se como resultados: a importância do processo de inclusão no ensino regular, assim como a mediação do professor neste processo e no desafio de ensinar o aluno autista para o seu desenvolvimento pleno, com suas limitações, numa escola com o paradigma da inclusão. Palavras-chave: Inclusão; Autismo; Desafios; Possibilidades.


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