Diálogos em Educação Especial IV - Livro de Resumos 2021

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Nota de Abertura

Nesta nota de abertura da publicação de mais um e-book Diálogos em Educação Especial, o quarto da série, apraz-nos sublinhar a qualidade dos trabalhos apresentados mas especialmente relevar a excepcionalidade profissional e a resiliência dos seus autores.

A um ano lectivo 2020/21 que se caracterizou pela incerteza, com a opressão diária de uma infeliz contabilidade a pairar sombria sobre o quotidiano e o futuro do mundo e das Escolas, e pelo medo da omnipresença insidiosa do vírus, responderam os autores dos estudos aqui apresentados com a confiança no conhecimento científico e a constância nos propósitos. Perante desafios profissionais e pessoais únicos, impossíveis de antecipar ao nível da formação inicial ou contínua, os professores responderam com uma clara aposta na formação e na investigação, multiplicando-se de forma a corresponderem às exigências profissionais, familiares e da investigação.

Assumindo o estudo e a investigação como a resposta aos desafios das comunidades educativas, o conjunto de artigos recenseados reflete alguns dos temas mais presentes nas preocupações de investigadores e profissionais da educação especial. A par da continuada reflexão sobre a implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho, da formação inicial e contínua dos professores em educação especial, assiste-se a um interesse renovado pela intervenção precoce, visível até no número de artigos apresentados, e pelo trabalho colaborativo dos profissionais com as famílias e a comunidade. O debate sobre a digitalização da educação, fortemente presente nas preocupações dos professores desde o início da pandemia, tornou-se mais sofisticada, oferecendo-se em múltiplas interações e perspectivas - da justiça social, à formação, da produção de conteúdos à avaliação de recursos tecnológicos.

Uma nota final para cumprimentar os autores dos artigos pelo contributo para a criação e disseminação do conhecimento científico na área da educação especial.

Os organizadores, Estrela Paulo, Rosa Martins, João Pascoinho


ÍNDICE

AS EXIGÊNCIAS DA PROFISSÃO NA SAÚDE FÍSICA E EMOCIONAL DO PROFISSIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE: BURNOUT? Ana Calmão & Rosa Martins

CAPACITAÇÃO PARENTAL: CAMINHO PARA UMA PARENTALIDADE POSITIVA Ângela Vaz & Olívia de Carvalho

PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA ADOTADA Beatriz Silva & Paula Marques

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO EM INTERVENÇÃO PRECOCE Carla Morais & Ana Isabel Abreu

PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS SOBRE O TRABALHO COLABORATIVO NUMA EQUIPA LOCAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE Carla Santos & João Carlos Pascoinho

O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO – A INCLUSÃO Carla Sousa & Olívia de Carvalho

OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DO YOGA EM CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Célia Ferreira & Rosa Martins

PERSPETIVAS DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE COM CRIANÇAS DOS 0 AOS 6 ANOS Maria Clara Nunes & João Carlos Pascoinho

A IMPORTÂNCIA DAS FAMÍLIAS NA INTERVENÇÃO PRECOCE: O PODER DOS LAÇOS SOCIAIS E EMOCIONAIS Claúdia Moreira & Rosa Martins

INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA: IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA ABORDAGEM À FAMÍLIA: ENCONTROS (IN)COMPLETOS Cristina Catarino & Olívia de Carvalho

A PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA EM RELAÇÃO À INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA Dulce Corvo & Ana Isabel Abreu

OS EMOJIS NA COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Filipe Baio & Ana Isabel Abreu


A INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA – PERCEÇÃO DO IMPACTO DA INTERVENÇÃO À DISTÂNCIA DEVIDO À PANDEMIA POR COVID-19 Helena Ortega & Rosa Martins

A INTERVENÇÃO PRECOCE E A TRANSIÇÃO PARA 1ºCEB Inês de Almeida & Paula Marques

A COLABORAÇÃO ENTRE TÉCNICOS DE EDUCAÇÃO E FAMÍLIA COMO CONDIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN – UM ESTUDO DE CASO. Isabel Trindade & Paula Marques

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Joana Cardoso & Rosa Martins

IMPACTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO UM ESTUDO DE CASO Julieta Duarte & Paula Marques

O PERFIL DA SUPERVISÃO PARENTAL E O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES LOCOMOTORAS E MANIPULATIVAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR Luís Lima & João Carlos Pascoinho

O CONHECIMENTO E PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE CARATERÍSTICAS E SINAIS DE ALARME NA LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO DOS 0 AOS 3 ANOS DE IDADE Luísa Ramos & Ana Isabel Abreu

A IMPORTÂNCIA DA DETEÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO - PERSPETIVA DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Lurdes Rodrigues & Ana Isabel Abreu

O TRABALHO COLABORATIVO NA INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL. UM ESTUDO DE CASO Mafalda Santos & Paula Marques

A IMPORTÂNCIA DAS ROTINAS NAS CRIANÇAS DOS 3 AOS 6 ANOS NA PERSPETIVA DA EDUCADORA DE INFÂNCIA Margarida Vieira & Ana Isabel Abreu

OS ÁLBUNS INFANTIS NA PROMOÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO PRÉESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO Maria Luísa Matos & Paula Marques

IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA FAMÍLIA, EM CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA Natália Mota & Rosa Martins

INDICADORES DE INCLUSÃO EM CONTEXTO ESCOLAR: CULTURA, POLÍTICA E PRÁTICAS Paulo Campos & Rosa Martins


RESULTADO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA TRANSIÇÃO PARA O 1.º CICLO: ESTUDO DE CASO Rita Pacheco & João Carlos Pascoinho

CONSULTORIA COLABORATIVA EM INTERVENÇÃO PRECOCE NO CONTEXTO PRÉESCOLAR: PERCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Rosa Machado & Paula Marques

CRIANÇAS COM MEDIDAS SELETIVAS: O IMPACTO DA SUA INCLUSÃO JUNTO DOS SEUS PARES Sandra Guerreiro & Olivia de Carvalho

O CONHECIMENTO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE Sara Ferreira & Rosa Martins

A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA NA DETEÇÃO PARA A INTERVENÇÃO PRECOCE Sónia Santos & João Carlos Pascoinho

O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Maria Susana Ataíde & Olívia de carvalho

INCLUSÃO; PERSPETIVAS E CONTEXTOS: O CASO DO MOVIMENTO DA ESCOLA MODERNA Susana Barbosa & Olívia de Carvalho

CONTEXTOS INCLUSIVOS- PROMOTORES DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS Susana Simões & Olívia de Carvalho

AUSÊNCIA DE LINGUAGEM ORAL NA CRIANÇA: IMPACTO NO SISTEMA FAMILIAR Teresa Lopes & Olívia de Carvalho

A INTERVENÇÃO PRECOCE E O ENVOLVIMENTO PARENTAL Teresa Tavares & João Carlos Pascoinho

A INTERVENÇÃO PRECOCE E O ENVOLVIMENTO PARENTAL Teresa Tavares & João Carlos Pascoinho

O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DE ESPECTRO DO AUTISMO Maria José Neves & Olívia de Carvalho

O SINDROME DE DRAVET ESTÁ OU NÃO A COMUNIDADE EDUCATIVA PREPARADA PARA EDUCAR E FORMAR INCLUSIVAMENTE Olga da Costa & Victor Sil

ESCOLA INCLUSIVA – FAMÍLIA: PERCEÇÕES DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS ESPECIAIS Albana Ferreira & Olívia de Carvalho


STRESS SUPORTE SOCIAL PARENTAL NA INFÂNCIA: ESTUDO SOBRE CRIANÇAS COM E SEM REFERENCIAÇÃO NA INTERVENÇÃO PRECOCE Ana Isabel Pinto & Olivia de Carvalho

A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NAS AULAS DE VIOLINO EM ALUNOS COM DISTÚRBIOS DE FALA Ana Catarina Pinto & Ana Isabel Abreu

ADAPTAÇÕES CURRICULARES NÃO SIGNIFICATIVAS COMO PROMOTORAS DE SUCESSO ESCOLAR NAS CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS: PERCEÇÃO DOS DOCENTES Ana Filipa Lopes & Victor Sil

PERCEÇÃO DOS/AS PROFESSORES/AS SOBRE PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO DE ESCOLA INCLUSIVA Ana Raquel Martins & Maria Celeste Lopes

EDUCAÇÃO MUSICAL INCLUSIVA: ESTUDO DE CASO Brigita dos Santos & Maria Celeste Lopes

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELOS EDUCADORES DE INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS COM TRISSOMIA 21

PARA

O

Carla Sousa & Victor Sil

EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA: SIM OU NÃO? (COMPORTAMENTOS DOS DOCENTES) Carla Sousa & Victor Sil

REPRESENTAÇÕES DOS FORMADORES DO CURSO DE INTERPRETAÇÃO DE UMA ESCOLA DE ARTES SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA Carolina Pinto & Olívia de Carvalho

A LINGUAGEM DO SILÊNCIO QUE LUGAR OCUPA A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Maria Cecília Lopes & Ana Isabel Abreu

INCLUIR A DIFERENÇA – DIFICULDADES PERCEBIDAS POR PROFESSORES DO 1º CICLO EB NA CRIAÇÃO DA ESCOLA INCLUSIVA Cátia Prazeres & Maria Celeste Lopes

UMA ABORDAGEM ÀS FONTES DE CONHECIMENTO SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DOS PROFESSORES: CONTRIBUTO PARA UMA APROXIMAÇÃO DE SABERES Catarina Costa & Victor Sil

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM MEDIDAS EDUCATIVAS ESPECIAIS EM CONTEXTO ESCOLAR Claúdia Reis & Olívia de Carvalho

O CONTRIBUTO DA PEDAGOGIA WALDORF PARA CRIANÇAS COM MEDIDAS EDUCATIVAS ESPECIAIS Denise Resende & Olivia de Carvalho


IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES NECESSIDADES ESPECÍFICAS

DE

APRENDIZAGEM

DE

ALUNOS

COM

Domingos Silva & Victor Sil

ESCOLA INCLUSIVA, UM “ESPECIAL” CONTRIBUTO DA EDUCACÃO EMOCIONAL PROJETO PEDAGÓGICO COM UMA TURMA DO 6º ANO DE ESCOLARIDADE: MESA EMOCIONAL Emília Figueiredo & Ana Isabel Abreu

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COOPERATIVAS E COLABORATIVAS NUMA PERSPETIVA INCLUSIVA: INTERAÇÃO NO ETWINNING Ezequiel Gomes & Victor Sil

O IMPACTO DA EQUITAÇÃO TERAPÊUTICA NA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO Filipa Mendes & Maria Celeste Lopes

A IMPORTÂNCIA DOS SAAC PARA AS FAMÍLIAS DAS CRIANÇAS COM AFASIA Isabel Ferreira & Maria Celeste Lopes

TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA DE JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS NA ILHA DE SÃO JORGE Isabel dos Santos & Maria Celeste Lopes

INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PRINCIPAIS DIFICULDADES SENTIDAS POR PARTE DOS DOCENTES AO NÍVEL DA INCLUSÃO E DA ADAPTAÇÃO DAS AULAS Joana Costa & Maria Celeste Lopes

A PERSPETIVA DOS DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE OS SISTEMAS ALTERNATIVOS E AUMENTATIVOS DE COMUNICAÇÃO Joana Sousa & Ana Isabel Abreu

PERCEÇÃO DOS DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE O USO DOS JOGOS EDUCATIVOS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NO ENSINO BÁSICO Juliana Alves & Maria Celeste Lopes

ANSIEDADE EM ALUNOS ENTRE OS 12 E OS 16 ANOS: O IMPACTO NAS APRENDIZAGENS E A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Lúcia Lopes & Ana Isabel Abreu

UM OLHAR SOBRE O TRABALHO COLABORATIVO DE PROFESSORES DE 2.º E 3.º CICLO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS Maria de Lurdes Rafael & Maria Celeste Lopes

DÉFICE VISUAL NAS APRENDIZAGENS INFLUÊNCIA NAS APRENDIZAGENS DE CRIANÇAS COM DEFICITE VISUAL: SUA DETEÇÃO E CORREÇÃO Manuela Guerreiro & Olívia de Carvalho

ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO NO JARDIM DE INFÂNCIA- ESTUDO DE CASO Maria Eduarda Lopes & Maria Celeste Lopes


ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM CARACTERÍSTICAS DE SOBREDOTAÇÃO Marta Costa & Olívia de Carvalho

PERCEÇÃO DOS DOCENTES FACE À APLICAÇÃO DO DECRETO LEGISLATIVO N.º 54/2018, FACILITADOR DE INCLUSÃO? Paulo Santos & Victor Sil

PERCEÇÃO SOBRE A ADOÇÃO DE POLÍTICAS E PRÁTICAS PROMOTORAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA POR PARTE DOS DOCENTES E ESCOLA Pedro Carvalho & Victor Sil

REPRESENTAÇÕES SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Sofia Brum & Olívia de Carvalho

EVOLUÇÃO DA OPINIÃO DOS PROFESSORES DO 1.º CICLO RELATIVAMENTE À INCLUSÃO. O ANTES E O DEPOIS DO DECRETO-LEI N.º 54/2018, DE 6 DE JULHO Susana Martelo & Ana Isabel Abreu

O IMPACTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL COVID 19 NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A AUTOESTIMA DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DE AUTISMO Tânia Libório & Victor Sil

A CONTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Tânia Monteiro & Ana Isabel Abreu

ESTUDAR FRAÇÕES PELO MÉTODO MONTESSORI: ESTUDO DE CASO Vera Mota & Ana Isabel Abreu

SEM PEDRAS NO CAMINHO – A PREVENÇÃO DO BULLYING NO PRÉ-ESCOLAR PARA INCLUSÃO DA CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Vitória Meireles & Maria Celeste Lopes


AS EXIGÊNCIAS DA PROFISSÃO NA SAÚDE FÍSICA E EMOCIONAL DO PROFISSIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE: BURNOUT? Ana Calmão & Rosa Martins acalmao@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O presente estudo pretende analisar se os profissionais de Intervenção Precoce na Infância apresentam um quadro de burnout, de acordo com a exigência da profissão. Burnout ou exaustão emocional é um fenómeno que afeta um grande número de profissionais, nomeadamente aqueles que estabelecem contatos diretos com pessoas. Faz-se acompanhar de sentimentos de frustração, incapacidade, desilusão e desespero, levando a uma diminuição da autoestima e da eficiência do trabalho. Este estudo teve como participantes 23 profissionais de Intervenção Precoce da Infância de várias Equipas Locais de Intervenção. No resultado obtido verifica-se que estes profissionais não apresentam um quadro de burnout. No entanto, conclui-se pelos dados obtidos na dimensão Exaustão Emocional, que estes profissionais, apresentam sinais de desgaste físico, emocional, cansaço, fadiga e stress. Palavras-chave: Desgaste físico e emocional; Burnout; Profissionais de Intervenção Precoce na Infância. CAPACITAÇÃO PARENTAL: CAMINHO PARA UMA PARENTALIDADE POSITIVA Ângela Vaz & Olívia de Carvalho angelavaz@adcarlosi.pt/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Este trabalho procurou fazer uma breve abordagem teórica e conceptual sobre a prática de capacitação parental adquirida durante a intervenção centrada na família. O estudo de caso apresentado teve como objetivo compreender a perceção da família de uma criança com alterações nas funções e estruturas do corpo, face à capacitação parental de acordo com a eficácia da intervenção, o progresso da criança e a promoção e encorajamento da Parentalidade Positiva. Esta temática suscitou uma motivação pessoal e profissional no modo como a família se foi posicionando à medida que se sentiu mais envolvida e capacitada para o exercício da parentalidade face aos desafios do desenvolvimento da sua criança. Foi realizada uma revisão de literatura que forneceu contributos para um referencial teórico emergente da temática da capacitação parental. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, de cariz compreensivo e interpretativo. Foram utilizados os seguintes instrumentos: entrevistas semiestruturadas e o Programa Portage. A amostra foi constituída por três participantes da família em estudo. Os resultados obtidos comprovaram que a família se sentiu mais capacitada para o exercício parental e experimentou sentimentos que conferiram uma parentalidade positiva face ao desenvolvimento da sua criança. Verificou-se ainda que as interações desenvolvidas no sistema familiar contribuíram para o desenho de caminhos que levaram à consecução dos interesses dos participantes neste estudo de caso. Palavras-chave: Relações Sistémicas; Capacitação Parental; Parentalidade Positiva. PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PRECOCE: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA ADOTADA Beatriz Silva & Paula Marques beatrizsilva@aes.edu.pt/ docpaulamarques@gmail.com


Com o objetivo de investigar, analisar e comparar se as práticas de Intervenção Precoce, implementadas numa família que adota uma criança, foram eficazes na promoção de competências parentais e do desenvolvimento global da criança, efetuouse este estudo, tendo colaborado nele uma Educadora, um Terapeuta da Fala, uma Técnica de Intervenção Precoce e a Mãe (representante da família). É um estudo qualitativo, comparativo e compreensivo. Na recolha de dados, utilizou-se como instrumento a entrevista semiestruturada. Os resultados mais significativos demonstram a relevância e sintonia das práticas centradas na família, como as representações das mesmas, como se pode inferir no discurso dos entrevistados, estando de acordo com os normativos portugueses para a Intervenção Precoce. Palavras-Chave: Intervenção Precoce; Práticas; Adotado. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO EM INTERVENÇÃO PRECOCE Carla Morais & Ana Isabel Abreu carrrlap@hotmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

Hoje vivemos numa era em que a tecnologia é indispensável e numa sociedade que mostra uma grande sujeição dos sistemas de informação e comunicação, daí que o estudo destas questões se revista de uma importância cada vez maior. Atualmente, em família, e em grande parte devido à Pandemia Covid-19, utilizam-se tecnologias para o teletrabalho, para o Ensino à Distância e para uso pessoal. Com esta investigação, pretende-se perceber se são utilizadas tecnologias da informação e comunicação na inclusão de uma criança com Perturbação do Espetro do Autismo. Também se pretende identificar capacidades e dificuldades, perceber que tipo de tecnologias são usadas e com que fim e ainda vantagens e desvantagens desta utilização. Trata-se de um estudo de caso, de caráter descritivo, baseado em entrevistas semiestruturadas, realizadas a um encarregado de educação, a um técnico de intervenção precoce e a um educador de infância. Estas entrevistas foram realizadas através da plataforma Zoom, devido à situação pandémica atual. Os resultados mostram que são utilizadas tecnologias na inclusão desta criança em Intervenção Precoce, no entanto as docentes indicam algumas barreiras como a falta de recursos tecnológicos e softwares específicos e identificam ainda a necessidade de formação específica nesta área. Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação; Intervenção Precoce; Perturbação do Espetro do Autismo. PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS SOBRE O TRABALHO COLABORATIVO NUMA EQUIPA LOCAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE Carla Santos & João Carlos Pascoinho carlaguerrasantos@hotmail.com/ joaopascoinho@iesfafe.pt

A Intervenção Precoce não é apenas intervir o mais precocemente possível, é um método de ação que pressupõe uma série de recursos e serviços de apoio centrados na criança e na família. Este apoio será resultante de uma articulação de agentes e serviços que funcionando segundo um modelo transdisciplinar, orientam-se para a concretização de uma maior participação social das crianças e famílias elegíveis. Perante a perspetiva das equipas de intervenção que estão atualmente ainda em fase de constituição ou de arranque, são praticamente nulos os estudos sobre as vantagens


da implementação deste tipo de trabalho multidisciplinar com uma dinâmica de atuação transdisciplinar, este trabalho investiga e recolhe dados para obter uma perceção da atuação de uma Equipa Local de Intervenção sob a perspetiva de uma dinâmica de trabalho transdisciplinar. Participaram no estudo, respondendo a uma entrevista semiestruturada, nove membros de uma equipa multidisciplinar, com funcionamento transdisciplinar. Os resultados salientam que esta equipa vai ao encontro às práticas centradas no modelo transdisciplinar, uma vez que o serviço é coordenado e integrado entre os diversos elementos da equipa, de forma a atender às necessidades complexas da família e da criança. Existindo uma corresponsabilização na tomada de decisões, nas intervenções, havendo um apoio mútuo e uma partilha de informação e de saberes, tendo por base a construção de uma relação de confiança entre os diferentes elementos, estes cooperam com os seus conhecimentos específicos, competências e partilha de responsabilidades para um processo conjunto de resolução de problemas com vista a intervenção com a família e criança. Palavras – chave: Intervenção Precoce; Modelo transdisciplinar; Equipa local intervenção; Família; Criança.

O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO – A INCLUSÃO Carla Sousa & Olívia de Carvalho calexandracunhasousa@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Este estudo tem como tema o Contributo da Intervenção Precoce nas crianças com Perturbação do Espectro do Autismo – A Inclusão. A intervenção precoce desempenha um papel fundamental como forma de prevenção de resultados e de oportunidades de desenvolvimento para as crianças sinalizadas, ou já diagnosticadas com este espectro. Pretende-se com este estudo, aprofundar conhecimentos que permitam ajudar a entender até que ponto a intervenção precoce na infância, as suas práticas centradas na família e as dinâmicas de intervenção são inclusivas para o público-alvo. Neste sentido é fundamental perceber qual o contributo e as boas práticas de intervenção, dos educadores de infância, dos professores de educação especial e dos técnicos especializados no contexto escolar, assim como da equipa técnica, denominada por, equipa local de intervenção (ELI). O que é que estes profissionais oferecem nas suas práticas para progredir no desenvolvimento, nos benefícios e nas potencialidades que a estimulação precoce proporciona a estas crianças. O método de pesquisa utilizado para recolha de dados, foi o inquérito por questionário, dos documentos fornecidos pelo Ministério da Educação “Para uma Educação Inclusiva – Manual de Apoio à Prática”. Recorreu-se a uma amostra por conveniência, de 35 participantes constituídos por educadores/professores e técnicos especializados. Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística, da qual se concluiu que a equipa técnica da ELI, os educadores de infância, os professores de educação especial e os técnicos especializados, contribuem positivamente e orientam a sua prática de intervenção que consideram ser a mais indicada para o desenvolvimento da criança com esta problemática, assim como das suas famílias, no sentido de definir estratégias e atividades no contexto escolar, e tarefas com um plano individualizado de apoio à família, por forma a desenvolver favoravelmente o seu potencial de modo inclusivo e


integrador. No entanto, apenas uma reduzida percentagem dos inquiridos tem formação específica nesta área. Esta realidade, foi confirmada pelos resultados obtidos, sendo primordial que no futuro haja uma maior aposta na formação especializada. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Educação; Inclusão; Perturbação do Espectro do Autismo.

OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DO YOGA EM CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Célia Ferreira & Rosa Martins celiacristina_ferreira@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O mundo todo já conhece os benefícios do Yoga para a saúde física e mental e, por isso, essa filosofia milenar indiana tem sido cada vez mais divulgada. Através de posturas corporais, técnicas de respiração, meditação, relaxamento e mantras, o corpo e a mente entram em uma fabulosa sintonia capaz de eliminar dores, problemas psicológicos e até algumas doenças. O objetivo geral deste artigo é reconhecer os benefícios das sessões de yoga que fazem parte do “Programa Equipa-te” nas crianças com Necessidades de Medidas de suporte à aprendizagem e à Inclusão do pré-escolar do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior no Concelho de São João da Madeira. O método utilizado nesta investigação consiste numa metodologia qualitativa. Optou-se pela criação e aplicação de entrevistas semiestruturadas aos educadoras de infância dos alunos com Necessidades de Medidas de suporte à aprendizagem e à Inclusão deste agrupamento. Os resultados do estudo sugerem que a prática semanal do yoga influência positivamente o desenvolvimento das crianças com Necessidades de Medidas de suporte à aprendizagem e à Inclusão. Verificando-se que: todos os educadores são unânimes quanto à importância do yoga em contexto escolar na medida que contribui para a regulação emocional e consequentemente para o processo de ensino-aprendizagem; A participação no projeto contribui para um melhor conhecimento de si próprio, desenvolvendo competências pessoais e sociais. Palavras-chave: Yoga; Crianças; Pré-escolar; Necessidades de Medidas de suporte à aprendizagem e à Inclusão. PERSPETIVAS DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE COM CRIANÇAS DOS 0 AOS 6 ANOS Maria Clara Nunes & João Carlos Pascoinho claranunes@soaresbasto.pt/ joaopascoinho@iesfafe.pt

O artigo aborda as perspetivas de Educadoras de Infância sobre a Intervenção Precoce com crianças dos 0 aos 6 anos, com o objetivo de caraterizar os conceitos de Intervenção Precoce e Educação Inclusiva. É abordado o papel do Educador de Infância no contexto da educação inclusiva. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, a partir de um guião de Roberto (2018, p. 51-53), a quatro Educadoras de Infância. Os resultados são consistentes com a investigação publicada, constatando-se pouca clareza nas respostas dos sujeitos quanto ao tipo de acompanhamento da Intervenção Precoce e da Educação Inclusiva. Finalmente, são sugeridas algumas ações para atenuar a situação detectada.


Palavras – Chave: Educadoras de Infância; Intervenção Precoce; Educação Inclusiva; Acompanhamento. A IMPORTÂNCIA DAS FAMÍLIAS NA INTERVENÇÃO PRECOCE: O PODER DOS LAÇOS SOCIAIS E EMOCIONAIS Claúdia Moreira & Rosa Martins claudiamoreira_7@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O presente estudo tem como finalidade analisar a importância da família na intervenção precoce na infância, destacando a relevância dos laços sociais e emocionais, em contexto de família, no desenvolvimento da criança. No decorrer do estudo, procurou-se também, compreender e identificar as dificuldades das famílias na resposta às necessidades do trabalho colaborativo nas relações sociais e emocionais. Participaram quatro famílias, quatro educadores de infância (EI) e quatro elementos da equipa local de intervenção (ELI). Trata-se de um estudo qualitativo, analisado interpretativamente. Como técnica de recolha de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada, visando a compreensão e interpretação das respostas das famílias, dos educadores de infância e dos profissionais de IP. Os principais resultados sugerem que existem conhecimentos, vínculos e cooperação - coincidentes por parte da família, educadores de infância e profissionais de IP. Demonstram que os grupos entrevistados têm consciência da importância do seu papel, valorizando os laços sociais e emocionais criados por todos os intervenientes. As diferentes entrevistas indicam também grande satisfação na efetiva colaboração entre todos; avaliação e planeamento conjunto, o que indicia existir uma prática colaborativa de trabalho transdisciplinar, no que concerne aos laços sociais e emocionais da criança. A apreciação das relações de colaboração e cooperação foi unânime, havendo uma relação de equipa e partilha. É possível constatar que as famílias são um elemento primordial na construção afetiva e social da criança. A IP assume-se como uma intervenção centrada na família, enfatizando a importância essencial do envolvimento, fazendo um trabalho de parceria entre família e técnicos envolvidos. Palavras-Chave: Família; Intervenção Precoce; Laços sociais e emocionais; Trabalho Colaborativo. INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA: IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA ABORDAGEM À FAMÍLIA: ENCONTROS (IN)COMPLETOS Cristina catarino & Olívia de Carvalho cristinacatar@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A primeira abordagem à família, por parte dos técnicos de Intervenção Precoce (IP), está na base da relação futura entre ambos. Problematiza-se a relevância do primeiro encontro, tendo como objetivo perceber, qual a frequência e importância atribuídas às práticas utilizadas, o que valorizam e quais as perceções, que os técnicos de IP têm da primeira abordagem às famílias, e o que valorizam e quais as perceções que as famílias têm desse mesmo momento, realizou-se o presente estudo qualitativo, de cariz descritivo e comparativo. Foram utilizados como instrumentos de colheita de dados online, inquéritos por questionário e Escala de Avaliação de Práticas em Intervenção Precoce Centradas na Família - Brass-Tacks - Primeiros encontros com as Famílias, organizada sob a forma de escala de Likert. A amostra por conveniência, compreende


quatro técnicos de IP, que exercem a sua atividade numa Equipa Local de Intervenção (ELI), e quatro famílias de crianças que integram a IP na área de abrangência daquela ELI, perfazendo um total de oito elementos. Os resultados mostram que a frequência e importância atribuídas às práticas, pelos técnicos de IP, nem sempre apresentam consenso com as representações das famílias sobre essas mesmas práticas, estando no geral, concordantes com normativos e práticas recomendadas em IP, em Portugal. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Práticas; Primeira abordagem; Família.

A PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA EM RELAÇÃO À INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA Dulce Corvo & Ana Isabel Abreu corvo.9@hotmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

Atualmente considera-se que as respostas às dificuldades específicas das crianças/ famílias acompanhadas pela intervenção precoce, devem sempre que possível serem prestadas aos cuidadores, nos ambientes naturais em que as crianças se encontram. Sendo o jardim de infância um contexto educativo e os educadores de infância os principais cuidadores, tornou-se pertinente compreender a sua perceção em relação ao seu papel na intervenção precoce na infância. Fez-se um estudo qualitativo de caracter interpretativo, a recolha de dados, foi realizada através de uma entrevista semiestruturada aplicada a seis educadoras de Infância que têm experiência com crianças abrangidas pela intervenção precoce. Através da análise de conteúdos das entrevistadas verificou-se que as educadoras consideraram ter um papel muito importante na deteção, sinalização e encaminhamento das crianças para a intervenção precoce; um papel ativo e privilegiado na promoção do desenvolvimento das crianças, com reforço de estratégias na rotina da sala; um papel dinâmico no diálogo com pais e profissionais de intervenção precoce; a implementação da intervenção em contexto de jardim de infância é feita dentro das salas, com periodicidade semanal, com apoio e colaboração dos profissionais de intervenção precoce e respetivas famílias. Concluiu-se que as educadoras de infância têm consciência do seu papel na intervenção precoce em contexto de jardim de infância, considerando-o dinâmico ao longo de todo o processo desde a deteção e sinalização à implementação e monotorização do plano individual de intervenção precoce com colaboração dos profissionais e famílias, num trabalho colaborativo entre todos os intervenientes. Palavras-chave: Educador de Infância; Implementação; Colaboração; Intervenção Precoce na Infância. OS EMOJIS NA COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Filipe Baio & Ana Isabel Abreu baio.filipe@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

Nem todas as crianças têm a mesma facilidade em comunicar, o que é necessário para a sua integração na sociedade, pois facilita as interações. Quando tal não ocorre, há que solucionar ou menorizar as limitações. Uma das formas de colmatar a situação é recorrer à comunicação aumentativa, compensando ou substituindo os métodos tradicionais, quando estes se apresentam funcionalmente alterados/diminuídos.


Quanto mais cedo se diagnosticar a sua perturbação e se facultarem à criança os meios aumentativos, maior é o contributo para o seu desenvolvimento e integração global. Porém, o uso do sistema de comunicação aumentativo, deverá ser aplicado nos diferentes contextos da criança. Neste trabalho, o sistema de comunicação aumentativo optado foi o emoji por este ser já utilizado entre a criança e seus intervenientes no suporte às medidas de aprendizagem, respeitando as suas idiossincrasias. A família e todos os outros intervenientes têm um peso indelével na melhoria das condições de vida da criança, já que, apesar dos multidesafios, souberam manter o equilíbrio entre a desilusão e a esperança. Resultado: uma criança integrada numa turma em regime geral. Quem a não conhecer e não souber ler os sinais que dela emanam, não se apercebe que se encontra perante uma turma com criança PEA. Para finalizar, apesar deste trabalho se apresentar colado ao discurso de vários autores, seria interessante aprofundá-lo com um estudo mais científico para lhe conferir um grau académico e ser um modelo de referência. Pais e profissionais perspicazes fazem crianças capazes com intervenções eficazes. Palavras-chave: Perturbação do Espectro do Autismo; Comunicação Aumentativa e Alternativa; Emojis. A INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA – PERCEÇÃO DO IMPACTO DA INTERVENÇÃO À DISTÂNCIA DEVIDO À PANDEMIA POR COVID-19 Helena Ortega & Rosa Martins helena.ortega@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O presente estudo apresenta como objetivo conhecer a perceção do impacto das práticas em Intervenção Precoce à distância, durante o período de confinamento, devido à Pandemia por Covid-19. Após as atividades presenciais dos profissionais da Intervenção Precoce na Infância terem sido suspensas, de acordo com as recomendações para a contenção da propagação do vírus, foi necessário iniciar uma forma de trabalhar a partir do domicílio de cada profissional. A intervenção à distância, revelou-se um desafio, tanto para os profissionais como para as famílias, no qual, se torna importante perceber como decorreu, no sentido de ajustar práticas, na eventualidade de situações idênticas futuras, em que seja necessária uma intervenção à distância. É um estudo qualitativo de caracter interpretativo. A recolha de dados foi realizada com base num inquérito por questionário a cinco Educadoras de Infância do contexto de inclusão de crianças acompanhadas pela Intervenção Precoce e um inquérito por entrevista a oito famílias, de crianças acompanhadas pela mesma equipa. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se um esforço dos profissionais de Intervenção Precoce e Educadores de Infância do contexto de inclusão, na procura de estratégias ou alternativas, readaptando-se no sentido de colmatar falhas e barreiras de uma intervenção à distância. Todas as famílias foram acompanhadas, com base num trabalho em equipa, assente numa prática centrada na família, onde se destacou como aspeto positivo, mais tempo com os filhos, que permitiu momentos de maior envolvimento parental, tão importante para potenciar o desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Intervenção à distância; Covid-19.


A INTERVENÇÃO PRECOCE E A TRANSIÇÃO PARA 1ºCEB Inês de Almeida & Paula Marques inesalmeida@soaresbasto.pt/ docpaulamarques@gmail.com

Este artigo tem como objetivo problematizar a complexidade da Intervenção Precoce, cujo foco se centra no processo de transição das crianças intervencionadas – préescolar e 1º Ciclo do Ensino Básico. Deste modo, evidenciamos as vozes de duas professoras que, nos seus contextos profissionais in loco se deparam com esta problemática, dando a conhecer alguns dos inúmeros desafios inerentes ao processo e que dificultam a sua ação. Como desígnio maior, apresentamos a urgência em se procurarem respostas eficazes para o complexo processo em evidência. Trata-se de um estudo de caso único, cujas metodologias adotadas se centraram na análise qualitativa feita às entrevistas efetuadas aos sujeitos participantes da pesquisa. A principal conclusão a que se chegou é que a Intervenção Precoce é fundamental para que seja efetuada uma transição com sucesso para o 1º CEB. Palavras-Chave: Intervenção Precoce na Infância; Inclusão; Transição. A COLABORAÇÃO ENTRE TÉCNICOS DE EDUCAÇÃO E FAMÍLIA COMO CONDIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN – UM ESTUDO DE CASO. Isabel Trindade & Paula Marques isabelpereiratrindade@gmail.com/ docpaulamarques@gmail.com

Este trabalho procurou fazer uma breve abordagem teórica e conceptual sobre a problemática da inclusão numa escola da rede pública. O estudo de caso apresentado teve como objetivos perceber em que medida é que a legislação em vigor potencia a inclusão; quais as conceções de pais e docentes sobre a inclusão e ainda compreender qual o papel da família e do docente no processo de inclusão. Esta temática suscitou uma motivação pessoal e profissional no modo como se faz e vive na escola a inclusão e qual a perspetiva da família relativamente a esse assunto. Foi realizada uma revisão de literatura que forneceu contributos para um referencial teórico emergente da temática da inclusão e da importância da família. A amostra foi constituída por dois participantes e tratou-se de um estudo qualitativo de cariz compreensivo e interpretativo. Foram utilizados, como instrumentos, entrevistas semiestruturadas. Os resultados obtidos comprovam que a família e a escola se assumem como fator central no desenvolvimento da criança e da sua inclusão na escola. Ambas têm um papel importante mostrando que uma criança com Trissomia 21 pode desenvolver de uma forma expectável desde que tenha uma estimulação precoce e eficaz tanto na escola como no contexto familiar. Palavras-chave: Família; Técnicos de Educação; Inclusão. A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO Joana Cardoso & Rosa Martins joanaferncardoso@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O presente trabalho tem como objetivo reconhecer a recetividade dos Encarregados de Educação cujos filhos não têm Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão na integração de crianças com Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão (MSAI)


na sala de Pré-escolar e, perceber as estratégias adotadas por parte dos Educadores de Infância para fomentar a recetividade. Definiram-se as metodologias a utilizar, o contexto/Universo do estudo e as fontes, técnicas, instrumentos e tecnologias a usar na recolha de dados, e procedeu-se ao seu tratamento. O método de pesquisa utilizado para recolha de dados foi o questionário, tanto a Encarregados de Educação como Educadores de Infância. Recorreu-se a uma amostra por conveniência, em que foram auscultados dez educadores de infância e quarenta e quatro Encarregados de Educação de três Agrupamentos de Escola em território nacional. Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística interpretativa. Os resultados demonstram que os Encarregados de Educação bem como os Educadores de Infância inquiridos estão recetivos à inclusão de alunos com MSAI em classes regulares. Concluindo-se, assim, que a inclusão de alunos com MSAI nas turmas do ensino regular é viável, desde que se tenha em atenção a complexidade de tal processo. O desenvolvimento harmonioso e de qualidade da escola inclusiva obriga o envolvimento de todos os agentes educativos. Palavras-chave: Inclusão; Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão; Relação escola-família; Recetividade e Intervenção.

IMPACTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO UM ESTUDO DE CASO Julieta Duarte & Paula Marques julietadua@gmail.com/ docpaulamarques@gmail.com

Visando conhecer o impacto de um Programa de Intervenção Precoce no desenvolvimento global da criança, o presente estudo reflete sobre a Equipa Local de Intervenção Precoce, que acompanhou o percurso de desenvolvimento de uma criança – dos dois aos cinco anos de idade. Para o efeito, apresentando-se o perfil de desenvolvimento inicial à data da referenciação, estabelecemos a ponte com o perfil atual conquistado. Trata-se de um estudo de caso qualitativo, cuja metodologia de investigação realizada se sustentou na análise documental e em entrevistas semiestruturadas concretizadas aos agentes envolvidos. Palavras-Chave: Intervenção Precoce; Família; Programa Individual de Intervenção Precoce; Perturbação do Espectro do Autismo.

O PERFIL DA SUPERVISÃO PARENTAL E O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES LOCOMOTORAS E MANIPULATIVAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR Luís Lima & João Carlos Pascoinho lvasco_lima@hotmail.com/ joaopascoinho@iesfafe.pt

A necessidade de ajustar as práticas parentais às etapas de desenvolvimento da criança implica práticas de supervisão parental diferenciadas. O objetivo deste estudo é relacionar o perfil de supervisão parental com as competências locomotoras e manipulativas em crianças dos 3 aos 6 anos. A amostra do presente estudo é constituída por 80 crianças do Infantário-Creche “O Miúdo”, na cidade de Amarante, com idades compreendidas entre os 36 e os 60 meses (37 do género feminino e 43 do género masculino), com idade média de 49,38 meses (±6,62). Para avaliar o desenvolvimento das crianças utilizou-se a Escala de Avaliação das Competências do Desenvolvimento Infantil, a Schedule of Growing Skills II (SGS-II). Para a avaliação do Perfil de Supervisão Parental foi utilizado o Parental Supervision Attributes Profile


Questionnaire (PSAPQ), aplicado a 80 pais. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a relação entre as variáveis. Constatou-se que o modelo ajustado se apresenta muito significativo na correlação do perfil parental proteção com as competências locomotoras e significativo para as competências manipulativas. Ainda com base nos resultados deste estudo verificou-se que o perfil parental supervisão revelou correlação significativa nas competências manipulativas. Palavras-chave: Supervisão parental; Competências locomotoras; Competências manipulativas. O CONHECIMENTO E PERCEÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE CARATERÍSTICAS E SINAIS DE ALARME NA LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO DOS 0 AOS 3 ANOS DE IDADE Luísa Ramos & Ana Isabel Abreu luisavazneves@hotmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

O artigo que se segue teve como principal objetivo, aferir o conhecimento e a perceção que os educadores de infância têm sobre as características e sinais de alarme, nas crianças dos 0 aos 3 anos ao nível da linguagem e comunicação. Procedeuse à abordagem de diversos assuntos, tais como marcos da linguagem, sinais de alarme e a importância da vigilância e intervenção precoce ao nível da comunicação, de maneira que se considerou pertinente perceber o envolvimento do terapeuta da fala numa perspetiva de aconselhamento prevenção e encaminhamento, quando necessário, em idades mais precoces. Para isso foi aplicado um questionário aos profissionais da área, que estejam ou tenham trabalhado com esta faixa etária, onde foram colocadas questões sobre a formação frequentada, caraterísticas da linguagem recetiva e expressiva e a identificação de sinais de alarme por idade. Concluiu-se que a maioria dos educadores possui conhecimento sobre caraterísticas ao nível da comunicação e linguagem, no entanto o estudo refere ainda alguma resistência à sinalização e encaminhamento, assim como a consistência de opinião para a identificação de sinais de alarme. Perante estes resultados considera-se pertinente criar um projeto, que tente colmatar as necessidades detetadas, assumindo um caráter informativo de sinais de alerta e proposta de atividades promotoras de desenvolvimento de linguagem de maneira a que os profissionais envolvidos consigam atuar numa perspetiva de prevenção e encaminhamento quando se justifique. Palavras-chave: Educadores; Linguagem; Comunicação; Características; Sinais de alarme. A IMPORTÂNCIA DA DETEÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO - PERSPETIVA DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Lurdes Rodrigues & Ana Isabel Abreu lurdesacr@hotmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

O presente estudo tem como objetivo compreender o que pensam os educadores de infância acerca da deteção precoce e intervenção atempada em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), no sentido de refletir intervenções, melhorar práticas educativas rumo a uma educação inclusiva, de acordo com as características e necessidades de cada um. Trata-se de um estudo quantitativo, de caracter interpretativo, cuja recolha de dados foi realizada através da aplicação de um inquérito por questionário a educadores de infância da rede pública e privada e IPSS, a


trabalhar com crianças na faixa etária dos 0 aos 6 anos de idade, no distrito de Bragança. Os dados obtidos permitiram verificar que os educadores de infância identificam os sinais de alerta, valorizando uma deteção atempada que minimize as dificuldades no desenvolvimento da criança. Constatou-se que os participantes se encontram sensíveis e atentos na deteção dos sinais, na intervenção prestada e na valorização e abertura para o trabalho colaborativo entre família/ educadores de infância/profissionais de Intervenção Precoce na Infância/Educação Especial, valorizando o papel de cada um. Os educadores de infância reconhecem benefícios na inclusão de crianças com PEA no grupo turma, embora identifiquem dificuldades na intervenção com estas crianças, o que leva a uma reflexão, que permita ultrapassar as barreiras e proporcionar respostas mais eficazes no âmbito de uma escola inclusiva. Palavras-chave: Educadores de Infância; Perturbação do Espectro do Autismo; Deteção precoce.

O TRABALHO COLABORATIVO NA INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL. UM ESTUDO DE CASO Mafalda Santos & Paula Marques mafaldasantos.psiedu@icloud.com/ docpaulamarques@gmail.com

Este artigo tem como objetivo avaliar o trabalho colaborativo na inclusão de uma criança com paralisia cerebral. Apresenta o estudo de caso de uma criança, que transitou do domicílio para o jardim de infância da rede pública e pretende avaliar a eficácia do trabalho colaborativo entre a educadora do regular, a técnica de Intervenção Precoce e a família na sua inclusão. Trata-se de um estudo qualitativo de cariz compreensivo, apresentando-se análise bibliográfica resultante da pesquisa documental, damos ainda a conhecer a análise comparativa realizada pelos diferentes intervenientes deste estudo. Com o instrumento de coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturas à família, educadora e técnica em evidência e ainda análise a relatórios de intervenção. Através da discussão dos dados recolhidos e analisados, pretendemos dar a conhecer os resultados, objetivando-se espelhar os aspetos confluentes e díspares, no que diz respeito à parceria entre educadora, técnica e família. Palavras Chave: Inclusão; Intervenção Precoce; Família; Trabalho colaborativo; Paralisia Cerebral.

A IMPORTÂNCIA DAS ROTINAS NAS CRIANÇAS DOS 3 AOS 6 ANOS NA PERSPETIVA DA EDUCADORA DE INFÂNCIA Margarida Vieira & Ana Isabel Abreu margaridavie@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt

A educação pré-escolar destina-se a crianças a partir dos cinco anos de idade como obrigatória e de universal acesso e tem como referência fundamental as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar. A criação de rotinas é um aspeto transversal aos objetivos da educação pré-escolar, enquanto espinha dorsal do quotidiano, na medida em que traduz a prática das atividades planeadas. Dado isto, o presente trabalho visa explorar a importância das rotinas nas crianças dos 3 aos 6 anos, na perspetiva da educadora de infância. Para tal, adotou-se uma metodologia qualitativa,


operacionalizada por meio de análise documental de informação relativa às Orientações Curriculares para a Educação Préescolar e de entrevistas semiestruturadas a cinco educadores de infância do pré-escolar. Encontraram-se dados que permitem situar as perceções das educadoras sobre as rotinas na educação pré-escolar como convergentes com a teoria. Em suma, as educadoras de infância reconhecem a importância das rotinas diárias, implementam rotinas diárias tendo em mente os seus benefícios, ajustam as práticas às especificidades das crianças e identificam e mobilizam estratégias que potenciam as vantagens das rotinas para as crianças. Neste âmbito, o potencial das rotinas diárias para a promoção de uma educação inclusiva é destacado. Palavras-chave: Educação Pré-escolar; Rotina diária; Aprendizagem.

OS ÁLBUNS INFANTIS NA PROMOÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO PRÉESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO. Maria Luísa Matos & Paula Marques luisacmatos@hotmail.com/ docpaulamarques@gmail.com

A escola inclusiva está cada vez mais vigente na nossa sociedade, assumindo um dos grandes desafios e desígnios educativos nos mais diversos contextos, entre eles, na educação Pré-Escolar. A literatura, por sua vez, assume um papel fundamental na aquisição de novas aprendizagens. Desta forma, pretende, analisar-se o poder dos álbuns de potencial receção leitora infantil e o papel do mediador de leitura, como instrumento facilitador na promoção da inclusão. Considerando que o presente estudo se aplicou e desenvolveu num cenário real e concreto, optou-se por um estudo de caso, sendo que a metodologia utilizada foi a observação participante, na qual se insere o próprio investigador. O estudo desenvolveu-se numa sala homogénea, cujas idades se centram essencialmente nos quatro anos, com um total de treze participantes e respetiva educadora. Concluiu-se que através das narrativas de potencial receção leitora infantil, pode promover-se uma educação com características inclusivas. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Aprendizagens; Literatura Infantil.

IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA FAMÍLIA, EM CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA Natália Mota & Rosa Martins goncalves_natalia@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O objetivo geral deste artigo é perceber a importância do brincar no desenvolvimento da criança, acompanhada pela Intervenção Precoce na Infância, e refletir qual o papel e o contributo dos pais em todo esse processo. Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas a cinco famílias acompanhadas, anteriormente, por uma equipa de Intervenção Precoce. Os resultados revelam que o brincar, na família, é fundamental para o desenvolvimento da criança. A vivência instantânea provocada pelo brincar dálhe oportunidade de exteriorizar os seus sentimentos, praticar a sua iniciativa, assumir a responsabilidade das suas ações, aprender a viver e a trabalhar a sua autoestima.


Compete à família criar condições de expressão, comunicação e interação para que a criança, através do brincar, tenha uma visão consciente do seu mundo. Palavra-chave: Brincar; Desenvolvimento; Criança; Família.

INDICADORES DE INCLUSÃO EM CONTEXTO ESCOLAR: CULTURA, POLÍTICA E PRÁTICAS Paulo Campos & Rosa Martins f943.poc@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

A crescente relevância da Educação Inclusiva tem levado os atores educativos a refletir sobre as práticas educativas em contexto escolar com o intuito de influenciar positivamente o desenvolvimento da criança e dar apoio às famílias. Nos dias de hoje é unânime que a Escola deve assumir uma abordagem inclusiva, devendo respeitar as características singulares de cada aluno com vista a responder eficazmente às suas necessidades. Este trabalho tem como propósito avaliar a apropriação dos atores educativos nas diferentes dimensões da Educação Inclusiva, a saber, cultura, políticas e práticas inclusivas através da aplicação do questionário da autoria de Mel Ainscow e Tony Booth, instrumento constante no Manual de Apoio à Prática-Para uma Educação Inclusiva, dirigido a uma amostra de educadores, docentes de Educação Especial, alunos e pais de um Agrupamento de Escolas em Sintra. Os resultados realçam positivamente, o papel da escola na valorização de todos os alunos, na minimização de todas as formas de descriminação e exclusão e no encorajamento à participação de todos os alunos. Por outro lado, constata-se uma necessidade de melhorar o respeito mútuo entre professores e alunos, o trabalho de parceria entre professores e pais e a distribuição de forma justa dos recursos materiais de apoio à inclusão. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Cultura; Política; Práticas Inclusivas.

RESULTADO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA TRANSIÇÃO PARA O 1.º CICLO: ESTUDO DE CASO Rita Pacheco & João Carlos Pascoinho pacheco.ritagouveia@gmail.com/ joaopascoinho@iesfafe.pt

Atualmente, em família, nos Jardins de Infância e nas Escolas de 1.º Ciclo públicos e noutras instituições privadas ou de caráter social, urge perceber o resultado facilitador/ desfavorável da IP no processo de transição da Educação Pré-escolar para o 1.º Ciclo de um aluno com Perturbação do Espetro de Autismo. No descrever de estratégias de atuação comuns na IP e no 1.º Ciclo do caso em estudo compreende-se o processo de promoção da inclusão das crianças nas rotinas do quotidiano escolar. Com esta investigação, pretende-se perceber quais são as metodologias utilizadas pelos docentes, técnicos e terapeutas com influência verificada neste artigo numa criança com Perturbação do Espetro do Autismo. Também se pretende identificar capacidades e dificuldades na inclusão desta criança em Intervenção Precoce e no 1.º ano, no entanto, as docentes indicam algumas barreiras identificam ainda a necessidade de formação específica nesta área da Intervenção Precoce. Palavras-chave: Inclusão; Intervenção Precoce; Perturbação do Espetro do Autismo.


CONSULTORIA COLABORATIVA EM INTERVENÇÃO PRECOCE NO CONTEXTO PRÉESCOLAR: PERCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Rosa Machado & Paula Marques rosamachado.ed@gmail.com/ docpaulamarques@gmail.com

O presente estudo de caso desenvolveu-se num agrupamento de escolas do concelho de Barcelos e teve como objetivo conhecer as perceções dos educadores-deinfância (EI), sobre consultoria colaborativa, observando a sua participação nesse processo. Assim sendo, a metodologia utilizada foi a realização de entrevistas, com recurso à descrição e categorização dos discursos. Como sujeitos participantes de pesquisa, encontram-se seis EI cujos testemunhos nos permitiram inferir os resultados. A pertinência do estudo, baseia-se no que o EI deve usar práticas inclusivas e adotar um trabalho colaborativo com os profissionais da Intervenção Precoce (IP) promovendo a inclusão de todos. Esse trabalho, assente na consultoria colaborativa, tem como desígnio maior, dar a conhecer as potencialidades inerentes promotoras de maior qualidade no que concerne ao desenvolvimento global das crianças beneficiadas. Através da análise de conteúdo efetuada às entrevistas realizadas, foi-nos possível verificar a real importância que pode e deve assumir a consultoria colaborativa para uma eficaz IP. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Consultoria Colaborativa; Educador de Infância.

CRIANÇAS COM MEDIDAS SELETIVAS: O IMPACTO DA SUA INCLUSÃO JUNTO DOS SEUS PARES Sandra Guerreiro & Olivia de Carvalho sandra1guerreiro@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A prática educativa tem evoluído no sentido de que a educação seja um direito efetivo de todos e não um privilégio só de alguns. Isso implica vontades, práticas e aprendizagem cooperativa, uma escola inclusiva garante a equidade de todos e para todos. Para um trabalho na escola, efetivo e de qualidade devem ser considerados o conceito de inclusão e a legislação que o suporta nomeadamente, o Decreto-Lei nº 54/2018. Realizou-se o presente estudo de caso que tem como objetivo compreender o impacto da inclusão de uma criança com medidas seletivas junto dos seus pares. Trata-se de um estudo qualitativo de cariz compreensivo e interpretativo, cuja metodologia de investigação realizada se sustentou na análise documental e em entrevistas semiestruturadas concretizadas aos intervenientes envolvidos. Os resultados revelam fortalecimento de laços de fraternidade, espírito de grupo, solidariedade, companheirismo e preocupação entre pares de um para todos e de todos para um, salientando-se a importância da prática inclusiva como objetivo da promoção de um desenvolvimento global. Palavras-Chave: Práticas inclusivas; Pares; Interação social. O CONHECIMENTO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A INTERVENÇÃO PRECOCE Sara Ferreira & Rosa Martins saraferreira80@gmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

A Intervenção Precoce deve iniciar-se o mais atempadamente possível, havendo uma maior hipótese de se superarem as dificuldades da criança com necessidades de


medidas de apoio à inclusão. Neste sentido, o objetivo principal desta investigação foi fazer um levantamento sobre o conhecimento que os educadores de infância têm sobre o serviço de Intervenção Precoce e compreender o impacto da Intervenção Precoce nas suas práticas educativas. A amostra desta investigação foi constituída por 15 educadores de infância a exercer as suas funções na Santa Casa da Misericórdia (creches e infantários) do Concelho de São João da Madeira e que colaboram com o serviço de Intervenção Precoce. Para a consecução desta investigação foi construído um questionário que contempla a caracterização sociodemográfica dos sujeitos, questões relacionadas com a formação em intervenção precoce, com o conhecimento e articulação com o serviço, e com a importância da intervenção precoce. Os principais resultados mostram que a maioria dos educadores têm conhecimento do serviço de Intervenção Precoce e sabem como entrar em contacto com a equipa; que ao nível da articulação com outros parceiros, mostram uma forte consciência da importância da articulação com outros profissionais e outros parceiros do contexto educativo; que é ao nível do trabalho individual com a criança que estes consideram que a Intervenção Precoce pode oferecer mais apoio e que a maioria dos educadores não possuem formação em Intervenção Precoce, quer inicial, quer contínua. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Educadores de Infância; Conhecimento. A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA NA DETEÇÃO PARA A INTERVENÇÃO PRECOCE Sónia Santos & João Carlos Pascoinho macedodossantos@gmail.com/ joaopascoinho@iesfafe.pt

Tendo em conta que a Intervenção Precoce deve iniciar-se o mais atempadamente possível, havendo um maior suporte e hipótese da criança superar as suas dificuldades. O presente estudo, com uma metodologia de carácter misto, com método por questionário, teve como objetivo principal, conhecer as perceções que os/as educadores/as de infância têm sobre i. o papel que desempenham na deteção, avaliação, diagnóstico e acompanhamento na Intervenção Precoce, ii. Se sentem que o seu papel é valorizado, pelos encarregados de educação e restantes profissionais, iii. se reconhecem ter as ferramentas necessárias para a deteção nas varias dimensões do desenvolvimento e direcionamento das crianças elegíveis para a intervenção. Os resultados indicam que as 200 os/as educadores/as de infância participantes no estudo consideram, na sua maioria, ter um papel ativo, nas varias vertentes e que o papel dos profissionais que trabalham nas estruturas educativas destinadas à infância é reconhecido no encaminhamento e acompanhamento das crianças com necessidades de medidas de apoio à inclusão. É neste sentido, que é importante que eles possuam conhecimentos e competências que lhes permitam identificar possíveis fatores de risco e encaminhar as crianças que sejam consideradas elegíveis para a Intervenção Precoce. Palavras-chave: Educador de Infância; Deteção; Intervenção Precoce.


O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE NAS CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Maria Susana Ataíde & Olívia de carvalho susana.f.ataide@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente projeto reflete o desenvolvimento de um estudo acerca do Contributo da Intervenção Precoce na Perturbação do Espetro do Autismo, que vai assumindo um papel cada vez mais importante e ativo, não só no meio familiar, como também no meio escolar. O objetivo do nosso estudo é perceber até que ponto a intervenção precoce na infância, as suas práticas centradas na família e as dinâmicas de intervenção são benéficas para o público-alvo, bem como conhecer a perceção das famílias relativamente às práticas utilizadas no contexto educativo com os seus educandos. Assim sendo, define-se um problema, que procuraremos dar resposta “Qual o contributo das práticas da Intervenção Precoce no desenvolvimento das crianças com Perturbação do Espectro do Autismo”. A metodologia de investigação utilizada foi a avaliação quantitativa, foi aplicado o Instrumento de Autorreflexão sobre Ambiente de Educação Pré-Escolar Inclusivo que se encontra em anexo no Manual de Apoio à Prática-Para uma Educação Inclusiva. Este estudo abrange 20 famílias, que tenham um filho(a) PEA, a frequentar o ensino Pré Escolar, do concelho de Santa Maria da Feira e acompanhadas pela ELI. Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística interpretativa, da qual se concluiu que a maioria das famílias considera que os contextos educativos frequentados pelos seus educandos com PEA desenvolvem um ambiente social inclusivo Verificamos também que grande parte das famílias inquiridas consideram, que nem sempre as educadoras utilizam material adaptado, os brinquedos nem sempre são interessantes e nem sempre estão facilmente acessíveis às crianças de forma a facilitar o brincar e a aprendizagem das mesmas. Com estas respostas podemos constatar que existe um caminho a percorrer e que deve ser proporcionado a estas educadoras um desenvolvimento profissional contínuo relacionado com educação inclusiva e confirmou-se que a Intervenção Precoce é um veículo de estimulação para o desenvolvimento das crianças com PEA. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Perturbação do Espectro do Autismo; Famílias; Jardim de Infância. INCLUSÃO; PERSPETIVAS E CONTEXTOS: O CASO DO MOVIMENTO DA ESCOLA MODERNA Susana Barbosa & Olívia de Carvalho su_ese@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O atual conceito e a legislação sobre a inclusão no sistema educativo português sugerem que todas as crianças e jovens dispõem de medidas de suporte à inclusão. O Movimento da Escola Moderna (MEM) assume-se como um modelo pedagógico democrático, que pressupõe práticas pedagógicas inclusivas. Neste estudo, procurouse compreender de que modo as educadoras de infância refletem e perspetivam a inclusão e comparar a perspetiva de inclusão de profissionais que exercem atualmente funções na educação pré-escolar, em jardins de infância públicos. Tratou-se de um estudo exploratório com oito participantes, em que metade refere adotar aquele modelo pedagógico. Para a recolha de dados fez-se uma adaptação ao Instrumento de Autorreflexão – Ambiente de Educação Pré-escolar Inclusivo e uma análise do Perfil de Utilização do MEM no Desenvolvimento do Currículo. Ambos os questionários foram


passados em formato eletrónico. Os resultados obtidos sugerem a existência de diferenças pouco significativas entre as educadoras que referem adotar o MEM e as restantes. Os dados sugerem também que, de um modo geral, todas as educadoras afirmam promover a inclusão das crianças nas rotinas, contudo, segundo as participantes, não temos uma inclusão plena. De acordo com as respostas obtidas, as educadoras perspetivam a inclusão como algo relacionado com: a organização um ambiente educativo acessível e diversificado; o planeamento de atividades diversificadas; e a valorização das interações. Para a concretização na prática desta perspetiva, todas educadoras parecem sentir falta de apoio e/ou de formação. Estas são questões pertinentes para aprofundar em futuras abordagens, preferencialmente com uma amostra de maiores dimensões. Palavras chave: Inclusão; Educação Pré-escolar; Educadores de Infância; Movimento da Escola Moderna. CONTEXTOS INCLUSIVOS- PROMOTORES DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS Susana Simões & Olívia de Carvalho susanajsimoes@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O principal objetivo da escola inclusiva é que todos os alunos aprendam juntos, independentemente das suas características. Além de pretender o sucesso educativo, existem outras metas sociais que se posicionam no caminho que a inclusão terá de percorrer. Com o objetivo de compreender de que forma o Jardim de Infância está a contribuir para o desenvolvimento da interação social numa criança com necessidades de saúde especiais, realizou-se o presente estudo de caso. Este estudo está organizado numa metodologia qualitativa de cariz compreensivo e interpretativo. Os instrumentos utilizados para a recolha de dados foram grelhas de observação naturalista e entrevistas semiestruturadas aos vários intervenientes do processo (mãe, educadora, professor de ginástica e terapeuta da fala). Os resultados deste estudo evidenciam que a criança observada se envolve com os pares de uma forma positiva, sendo bem aceite e ajudada pelos outros. No entanto, continua a ser necessário apoio por parte dos adultos e a criação de estratégias para estimular a sua inclusão, assim como o trabalho em equipa. O contexto escolar onde ela se insere é propício à aquisição de competências sociais. Palavras-Chave: Inclusão; Interação social; Pares. AUSÊNCIA DE LINGUAGEM ORAL NA CRIANÇA: IMPACTO NO SISTEMA FAMILIAR Teresa Lopes & Olívia de Carvalho teresalopes@adcarlosi.pt/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente estudo com a finalidade de conhecer e compreender o impacto da ausência de linguagem oral da criança no sistema familiar teve por objetivos: perceber a sensibilidade da família; percecionar as alterações e influências no sistema familiar e conhecer as preocupações da família face ao futuro. O estudo pretendeu analisar as opiniões, as perceções inerentes às experiências com uma criança com ausência de linguagem oral e as representações desenvolvidas num dado sistema familiar tendo presente a visão sistémica da família formada por pares que interagem entre si. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, de cariz compreensivo e


interpretativo, através da utilização de instrumentos na forma de entrevistas semiestruturadas junto de três participantes: a mãe, a avó e a terapeuta da fala, utilizando a técnica de análise de conteúdo como meio privilegiado de obtenção da informação necessária à investigação. Os resultados permitiram encontrar determinados impactos no sistema familiar, acerca da ausência de linguagem oral na criança. À luz das conclusões da investigação recente, a discussão permitiu compreender os esforços emocionais desenvolvidos no sistema familiar; conhecer os esforços comportamentais desenvolvidos para lidar com as sucessivas experiências de vida e projetar evidências sobre as suas preocupações e incertezas quanto ao surgimento da linguagem oral e ainda, numa perspetiva resiliente, o fortalecimento na capacidade de lidar com problemas num contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Palavras-Chave: Ausência de Linguagem oral; Impacto; Sistema Família. A INTERVENÇÃO PRECOCE E O ENVOLVIMENTO PARENTAL Teresa Tavares & João Carlos Pascoinho tezita@gmail.com/ joaopascoinho@iesfafe.pt

A intervenção centrada na criança e na família resulta de uma abordagem ecológica e sistémica que salienta o papel da família na intervenção precoce. Nesta conceção, o técnico deverá funcionar como um catalisador, incentivando e ajudando as famílias a implementar estratégias apropriadas para lidar, não só com as dificuldades do seu filho, mas com todas as alterações que a existência de uma criança com necessidades de medidas de apoio acarreta. Segundo alguns estudos, a satisfação das famílias está diretamente dependente do seu grau de envolvimento nos programas de intervenção precoce. Assim a metodologia utilizada foi qualitativa, estudo de caso, por se considerar que serve melhor a perspetiva sistémica e reflexiva que se pretende, sendo o principal objetivo saber qual o papel da família na Intervenção Precoce. A amostra usada foi uma família que foi acompanhada por uma Equipa Local de Intervenção Precoce na Infância. Os participantes no estudo são a mãe da criança alvo, os profissionais responsáveis de caso que a acompanhou, a docente de IPI e a docente titular de turma que a recebeu e as técnicas (Terapeuta da Fala e Psicóloga). A recolha de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada, construída para o efeito. O relato da mãe mostrou que o acompanhamento que o filho teve tanto por parte das técnicas como por parte das profissionais de educação serviram para uma melhoria considerável no desenvolvimento do filho. A principal conclusão retirada desta investigação é que a proximidade da equipa de IP, a relação entre Pais e Profissionais, assim como o seu grau de satisfação, e o desenvolvimento da criança estão intimamente ligados. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Envolvimento das Famílias; Crianças; Satisfação das Famílias.


O CONTRIBUTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DE ESPECTRO DO AUTISMO Maria José Neves & Olívia de Carvalho mariajose.g.n@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O Contributo da Intervenção Precoce (IP) em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é analisado ao longo deste estudo de investigação. A IP na PEA é crucial para a prevenção de desenvolvimentos negativos e na maximização de oportunidades de desenvolvimento para as crianças sinalizadas. O enquadramento legislativo português relativo à IP, nomeadamente nos Decreto-Lei nº 281/2009 e no Decreto-Lei n.º 54/2018, estabelecem os princípios e as normas que garantem a inclusão de todas as crianças e, como tal, das crianças com PEA. A Educação Inclusiva revela-se um fator importante para garantir as aprendizagens da criança com PEA. Participaram no estudo 21 Educadores de Infância que lecionam ou já lecionaram crianças com PEA em articulação com a Intervenção Precoce, mais especificamente, com a ELI Feira/Arouca, que responderam ao questionário “Instrumento de Autorreflexão - Ambiente de Educação Pré-Escolar Inclusivo” (adaptado). Os principais resultados revelam um elevado número de respostas “concordo” no Clima Geral de Acolhimento (CGL) e também um elevado número de respostas afirmativas no Ambiente de Envolvimento da Família (AEF). Esta investigação aponta para que o contributo da IP, num âmbito escolar, tenha aumentado revelando uma maior articulação dos profissionais da IP com os Educadores de Infância, bem como, a importância deste contributo no envolvimento das famílias para possibilitar uma verdadeira inclusão das crianças com PEA. Os educadores na sua grande maioria estão a aplicar as práticas da IPu; contudo, necessitam de formação especifica. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Perturbação do Espectro do Autismo; Educadoras de Infância; Inclusão. O SINDROME DE DRAVET ESTÁ OU NÃO A COMUNIDADE EDUCATIVA PREPARADA PARA EDUCAR E FORMAR INCLUSIVAMENTE Olga da Costa & Victor Sil costaolga@sapo.pt/ victorsil@mail.telepac.pt

O Síndrome de Dravet é uma doença rara, sem cura. Problemática crescente nas escolas, é perceber se a Escola está ou não preparada para educar e formar de modo verdadeiramente inclusivo estes os alunos. O presente trabalho pretende abordar, a partir de um Estudo de Caso, numa primeira fase, de modo muito sucinto, os principais aspetos da doença; numa segunda fase, perceber o modo como estas crianças são acolhidas na escola e quais os principais problemas que poderão enfrentar, diariamente, os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem. Este estudo é composto por duas partes: análise documental e entrevista. A opção da entrevista prende-se com o facto de não se poder aferir sentimentos e as preocupações, em respostas fechadas, como acontece num questionário. Palavras-chave: Síndrome de Dravet; Diagnóstico; Intervenção; Socialização.


ESCOLA INCLUSIVA – FAMÍLIA: PERCEÇÕES DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES DE MEDIDAS ESPECIAIS Albana Ferreira & Olívia de Carvalho educ.albanaferreira@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Atualmente a inclusão é um processo social complexo, para o qual é necessário o envolvimento de diversos agentes educativos, que visem responder à diversidade das necessidades de todos os alunos. O presente trabalho teve como principal objetivo compreender as perceções dos pais e encarregados de educação de alunos com necessidades de medidas especiais face a uma política de escola inclusiva. Para tal, utilizou-se uma metodologia qualitativa, recorrendo-se a uma entrevista semiestruturada. Participaram no estudo 6 encarregados de educação. Os principais resultados mostraram que os entrevistados mantêm uma relação muito positiva com a escola, ressalvando a comunicação, a partilha de ideias e o trabalho em equipa. Para um envolvimento pleno, os pais consideram que os compromissos laborais dificultam uma participação mais ativa no processo educativo. Palavras- chave: Inclusão; Família; Cooperação; Comunicação; Envolvimento. STRESS SUPORTE SOCIAL PARENTAL NA INFÂNCIA: ESTUDO SOBRE CRIANÇAS COM E SEM REFERENCIAÇÃO NA INTERVENÇÃO PRECOCE Ana Isabel Pinto & Olivia de Carvalho anacasanovapinto@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A Parentalidade traz desafios que implicam a mobiliação de recursos práticos e emocionais, especialmente em famílias com crianças com necessidade de medidas. O objetivo deste estudo é caracterizar os níveis de stress e as necessidades de apoio parental de famílias com crianças em idade pré-escolar, com e sem necessidade de medidas da Educação Inclusiva. Participaram 10 mães de crianças, 6 com necessidade de medidas e 4 sem necessidade de medidas da Educação Inclusiva, que responderam ao Questionário Sociodemográfico, Escala de Stress Parental e Escala das Funções de Apoio. Os resultados apontam globalmente para baixos níveis de stress parental e necessidades de apoio, em famílias com e sem necessidade de medidas da Educação Inclusiva. São apontadas pistas para a intervenção com as famílias. Palavras-chave: Stress Parental; Funções de Apoio; Intervenção Precoce; Pré-Escolar; Equipas Local de Intervenção.

A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NAS AULAS DE VIOLINO EM ALUNOS COM DISTÚRBIOS DE FALA Ana Catarina Pinto & Ana Isabel Abreu Catarina_vln@hotmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

A linguagem oral – a fala, é, sem dúvida, o sistema de comunicação mais comum, contudo, “(...) nem todas as pessoas conseguem falar, sendo necessário o recurso a outras formas de comunicação” (Carvalho, 2020, p. 37). Assim, o principal objetivo desta pesquisa centra-se precisamente na compreensão da importância dos Sistemas de CAA, e de que forma é que estes podem ou não ser aplicados nas aulas de violino, em indivíduos com distúrbios de fala. Desta forma, através de uma investigação de cariz qualitativo, traduzida num estudo de caso que envolveu 30 professores (15


professores de violino e 15 professores de outras áreas de ensino), foi possível concluir- se que 100% dos professores inquiridos sentem dificuldades acrescidas no processo de ensino-aprendizagem dos alunos que apresentam distúrbios de fala; 93,3% dos professores inquiridos têm ou já tiveram alunos com estes problemas; a maioria dos docentes inquiridos (93,3%) desconhece as técnicas de comunicação aumentativa e alternativa; apenas 1 docente (3,3%) afirmou ter tido formação docente incidente nesta temática; 100% dos docentes considerou pertinente a utilização de técnicas de comunicação aumentativa/ alternativa nas mais diversas áreas do ensino, nomeadamente nas aulas de violino do ensino artístico especializado da música; e todos os docentes consideraram importante a criação de estratégias específicas de comunicação aumentativa e alternativa, explicando, através das suas respostas, a necessidade de conhecimento de técnicas para uma melhor comunicação com os alunos (com e sem estas necessidades específicas), de forma a tornar a comunicação mais profícua, perspetivando um ensino-aprendizagem mais democrático e inclusivo. Palavras-chave: Ensino do Violino; Comunicação; Aumentativa; Alternativa; Distúrbios de Fala.

ADAPTAÇÕES CURRICULARES NÃO SIGNIFICATIVAS COMO PROMOTORAS DE SUCESSO ESCOLAR NAS CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS: PERCEÇÃO DOS DOCENTES Ana Filipa Lopes & Victor Sil anafilipalopes13@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O interesse desta investigação, emergiu pelo facto de serem escassos os estudos das Ciências Experimentais (CE), direcionados a alunos com Necessidades Educativas. O presente artigo pretende analisar se as Adaptações Curriculares Não Significativas (ACNS) promovem sucesso escolar no processo de aprendizagem do aluno nas CE. Através da aplicação de um questionário a professores do 3o Ciclo do Ensino Básico e Secundário, pretende-se refletir como se realiza o atendimento educativo, por parte dos docentes das CE, a alunos abrangidos pelas medidas seletivas em aula, as adequações à sua prática docente e as estratégias de ação utilizadas. Conclui-se que uma prática colaborativa entre docentes, a variedade de intervenções/estratégias de ensino e a compreensão do conceito ACNS, são cruciais para que estes consigam dar resposta eficaz à diversidade de alunos e assim promover o sucesso escolar nas CE. Palavras-Chave: Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão; Adaptações Curriculares Não Significativas; Ciências Experimentais. PERCEÇÃO DOS/AS PROFESSORES/AS SOBRE PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO DE ESCOLA INCLUSIVA Ana Raquel Martins & Maria celeste Lopes raquel_arlom@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

As escolas são cada vez mais heterógenas e a nova legislação referente ao Decreto-Lei nº54/2018 assume que a escola deve ser inclusiva e deve responder à diversidade de necessidades e potencialidades de todos. Este artigo tem como objetivo caracterizar a competência docente em práticas inclusivas. Participaram 70 docentes (Midade = 40.46, DP = 10.3), 57 (81.4%) mulheres e 13 (18.6%) homens. Igualmente, existem


diferentes níveis do desenvolvimento profissional dos docentes. Foi recolhida informação sociodemográfica dos/as participantes, que responderam a um questionário. Os resultados do estudo descritivo sugerem que existem algumas práticas com as quais os/as docentes se identificam e outras que discordam. Discutemse os resultados com base na literatura e salienta-se a importância dos/as professores/as compreenderem o impacto que têm na implementação de práticas inclusivas. Realça-se, ainda, a formação dos docentes e a promoção de práticas inclusivas, com o objetivo de promover o desenvolvimento holístico do aluno, independentemente das suas características. Palavras-chave: Desenvolvimento Profissional dos/das Docentes; Práticas Inclusivas; Escola Inclusiva.

EDUCAÇÃO MUSICAL INCLUSIVA: ESTUDO DE CASO Brigita dos Santos & Maria Celeste Lopes brigitasolange@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

Este artigo aborda a importância que a disciplina de Educação Musical tem para uma aprendizagem inclusiva a todos os alunos em sala de aula, tendo em conta o enquadramento legislativo português. Através da metodologia Observação Participante, aliada a uma análise documental, pela recolha de dados por grelhas de observação, avaliou-se o impacto desta disciplina ao nível dos benefícios nas áreas da psicomotricidade, socialização e comunicação. Participaram no estudo de caso dois alunos do pré-escolar, onde se implementou um programa de atividades de Expressão Musical – Oficina de Música Adaptada. Os resultados obtidos revelaram que o programa teve um impacto positivo nas competências em análise, enfatizando que a disciplina de Educação Musical apresenta uma relevância para o ensino inclusivo. Palavras-chave: Educação Musical; Inclusão; Currículo; Ensino Inclusivo; Prática Letiva.

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELOS EDUCADORES DE INFÂNCIA DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS COM TRISSOMIA 21

PARA

O

Carla Sousa & Victor Sil educ.carlasousa@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Num contexto atual da escola inclusiva torna-se crucial abordar a questão da comunicação uma vez que a mesma se assume como um fator primordial para que a inclusão seja uma realidade com sucesso. Partindo deste importante pressuposto este artigo tem como principal objetivo aferir quais as estratégias utilizadas pelos Educadores de Infância para desenvolverem a linguagem em crianças com Trissomia 21. Trata-se de um estudo quantitativo, de cariz interpretativo, para o qual foi utilizado como instrumento o inquérito. As respostas evidenciam que os Educadores adotam diferentes metodologias com vista à promoção da linguagem em crianças portadoras de Trissomia 21. No global são valorizadas as diversas áreas de conteúdo através da adoção de metodologias diversificadas. As estratégias utilizadas são similares tanto no contexto do ensino regular como no contexto da ELI, e as mesmas vão de encontro com o que a literatura preconiza. As principais divergências encontram-se essencialmente na implementação de estratégias especificas, como por exemplo o recurso a gestos e imagens como suporte ao diálogo, ou a utilização de sistemas de Comunicação Alternativa e/ou Aumentativa, metodologias que se encontram mais presentes no contexto da ELI.


Palavras-chave: Inclusão; Trissomia 21; Comunicação; Linguagem; Estratégias.

EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA: SIM OU NÃO? (COMPORTAMENTOS DOS DOCENTES) Carla Sousa & Victor Sil carlotasousa_1992@hotmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Atualmente as práticas de exclusão evoluíram para uma perspetiva de inclusão, assim como para a consciencialização dos direitos e deveres de cada um, como forma de dar resposta à sociedade heterogénea existente. As atitudes dos professores face aos alunos com deficiência têm melhorado significativamente (Ribeiro, 1999), no entanto o processo de inclusão destas crianças no ensino regular não está isento de problemas. O presente estudo tem como objetivo principal perceber se a disciplina de educação física em alunos com NEE é uma disciplina inclusiva ou não, assim como quais os comportamentos que os docentes têm perante os mesmos durante as aulas. Para a recolha de dados foi constituído um inquérito por questionário e de seguida realizouse a análise de resultados. Concluiu-se que a experiência e a formação no ensino de alunos com deficiência influenciam significativamente a atitude dos professores face à formação necessária. Palavras-chaves: Inclusão; Comportamentos dos docentes; Educação Física; Alunos NEE; Formação.

REPRESENTAÇÕES DOS FORMADORES DO CURSO DE INTERPRETAÇÃO DE UMA ESCOLA DE ARTES SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA Carolina Pinto & Olívia de Carvalho carolinapinto90@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente trabalho teve como propósito analisar as perceções dos formadores do curso de Interpretação de uma escola de Artes, quanto à educação inclusiva preconizada no Decreto Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, e à sua implementação na prática letiva. Assim, como objetivos procurou-se: por um lado, caracterizar, de um ponto de vista teórico, a concretização, ou não, da prática inclusiva no ensino artístico; por outro lado, aferir acerca das conceções sobre a abordagem multinível por parte dos formadores da parte técnica do referido curso artístico; e ainda, conhecer as opiniões dos diferentes formadores sobre a política de educação inclusiva praticada na sua escola. Para responder aos objetivos propostos, realizou-se um estudo qualitativo exploratório centrado num estabelecimento escolar do concelho de Famalicão, a Academia Contemporânea do Espetáculo. Os resultados dos dados recolhidos por entrevista destacam as condições bastante satisfatórias que um curso de Interpretação proporciona para a prática inclusiva, mas demonstram que a formação de todos os envolvidos nem sempre é a mais adequada, o que resulta em práticas educativas muito baseadas na experiência e pouco suportadas pela literatura relativa à inclusão. Palavras-chave: Educação Especial; Educação Inclusiva; Artes.


A LINGUAGEM DO SILÊNCIO QUE LUGAR OCUPA A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Maria Cecília Lopes & Ana Isabel Abreu cecilialopes@live.com.pt/ anaisabelabreu@sapo.pt

Este trabalho tem como intuito refletir sobre a relevância da Comunicação Aumentativa e Alternativa na Escola Inclusiva. Neste sentido, foi elaborado um inquérito aplicado a 90 professores do primeiro, segundo e terceiro ciclos, secundário e da educação especial baseado na escala de Likert e enviado online. Os resultados da pesquisa sugerem que a maioria dos professores inquiridos desconhecem os sistemas de CAA. Todavia, os inquiridos que dizem conhecer estes sistemas afirmam ser uma ferramenta fundamental para os alunos com perturbações a nível da linguagem e da comunicação, pois permite ao aluno a aquisição de aprendizagens essenciais, promove o desenvolvimento emocional do aluno e contribui para uma melhoria na sua autoestima facilitando assim a sua inclusão na escola e na sociedade. Palavras-Chave: Comunicação Aumentativa e Alternativa; Linguagem; Comunicação; Inclusão. INCLUIR A DIFERENÇA – DIFICULDADES PERCEBIDAS POR PROFESSORES DO 1º CICLO EB NA CRIAÇÃO DA ESCOLA INCLUSIVA Cátia Prazeres & Maria Celeste Lopes caty-vieira@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O presente artigo pretende aferir dificuldades percebidas pelos professores do primeiro ciclo do Ensino Básico na criação da escola inclusiva e, de como estas, protelam a efetivação da inclusão na construção da escola inclusiva e de uma sociedade inclusiva. Realizou-se um estudo que contou com a participação de 30 docentes, de um universo de cerca de 60 professores a lecionar nos concelhos de Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso. A metodologia investigativa é quantitativa e o instrumento utilizado foi o inquérito. Os resultados evidenciam dificuldades transversais a toda a comunidade docente, sendo os principais impedimentos à escola inclusiva as turmas numerosas, a insuficiente formação especializada dos docentes e a desmesurada burocratização, comparativamente à falta de tempo para a individualização. Palavras-Chave: Escola Inclusiva; Educação Especial; Professores; Formação; Abordagem Multinível.

UMA ABORDAGEM ÀS FONTES DE CONHECIMENTO SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DOS PROFESSORES: CONTRIBUTO PARA UMA APROXIMAÇÃO DE SABERES Catarina Costa & Victor Sil ccostadesigner@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O presente trabalho teve como objetivos gerais identificar as fontes de conhecimento sobre educação inclusiva de professores, bem como os fatores que influenciam a sua opção pelas mesmas, e compreender se existe, e em que medida, partilha de conhecimento sobre educação inclusiva entre os detentores de conhecimento especializado/técnico e científico e os professores do ensino regular. Para o efeito, foi aplicado um questionário tratando-se de um trabalho de natureza eminentemente


quantitativa. Participaram neste estudo cento e oito professores de escolas do ensino básico e secundário da Região Autónoma dos Açores. Os resultados obtidos demonstram a importância do contexto escolar como fonte de conhecimento, e um perfil profissional prático que valorizando tanto o conhecimento de cariz especializado como o de cariz científico privilegia as fontes “de contacto”. Revelou, também, existir já partilha de conhecimento sobre educação inclusiva entre os detentores de conhecimento especializado/técnico e científico e os professores do ensino regular, embora com níveis diferentes e com necessidade de melhoria. Palavras-chave: Fontes de conhecimento; Conhecimento dos professores; Prática colaborativa; Identidade Profissional Docente; Educação Inclusiva. A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM MEDIDAS EDUCATIVAS ESPECIAIS EM CONTEXTO ESCOLAR Claúdia Reis & Olívia de Carvalho claudiareisprof1@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O estudo visou reconhecer as atitudes dos professores relativamente à inclusão de crianças com medidas educativas de inclusão e suporte à aprendizagem em contexto escolar. Utilizou-se metodologia quantitativa tendo como instrumento um questionário. Aproximadamente 78% dos docentes responderam considerando que as atitudes eram consideradas mais positivas se a escola tivesse recursos materiais e humanos. Incluir na turma uma criança com MEE fortalecerá a sua independência social, para um nível de significância, existiram opiniões divergentes, os professores mais favoráveis à inclusão das crianças com MEE tiveram formação especializada. Na conclusão, constatou-se o facto de os professores terem amigos ou familiares com filhos com MEE não influenciar a opinião dos professores relativamente à inclusão dos alunos com MEE. Palavras-chave: Educação Especial; Atitudes /Aprendizagem; Inserção/Inclusão. O CONTRIBUTO DA PEDAGOGIA WALDORF PARA CRIANÇAS COM MEDIDAS EDUCATIVAS ESPECIAIS Denise Resende & Olivia de Carvalho resende.denise.silva@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Com o presente estudo pretende-se conhecer o contributo da Pedagogia Waldorf (PW) para crianças com Medidas Educativas Especiais (MEE). Este estudo foi estruturado de forma a, descrever e identificar os elementos e práticas dessa pedagogia que favoreçam a escolarização na perspetiva do atendimento à diversidade (escola inclusiva). Diversidade essa por três grandes motivos: pelo respeito ao indivíduo, pela sua organização didática, e pela tónica nas relações sociais. Foi elaborada uma entrevista individual à profissional com mais experiência em PW em Portugal, Leonor Malik. Os resultados foram alvo de tratamento e, após a sua análise, foi possível observar que a Pedagogia Waldorf desempenha um papel muito importante e diferenciador promovendo o sucesso e autonomia dos alunos com Necessidades Educativas Especiais. Palavras-chave: Pedagogia Waldorf; Educação Especial; Processo Ensino/Aprendizagem; Inclusão.


IDENTIFICAÇÃO DE DIFICULDADES NECESSIDADES ESPECÍFICAS

DE

APRENDIZAGEM

DE

ALUNOS

COM

Domingos Silva & Victor Sil domingosmartins7@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

A escola pública tem por missão disponibilizar as condições suficientes às crianças sem exceção, de modo a adquirirem competências a fim de lhe conferirem maior autonomia e facilitar a integração na sociedade envolvente, incluindo as que têm necessidades de saúde especiais (NSE). Com o D.L. nº 54/2018 de 6 de julho, acentuouse uma verdadeira ”cruzada" no domínio da educação especial, ao encontro da Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959), e a Declaração de Salamanca (1994). O presente estudo será levado a cabo numa escola básica e secundária situada no Concelho de Mafra. Um trabalho cooperativo entre as equipas dos CRI, professores de Educação Especial e professores (titulares de turma) é condição fundamental para a identificação célere dos graus de dificuldade dos alunos com NSE e a mitigação das mesmas. Palavras-chave: Inclusão; Deficiência; Autonomia; Saúde; Educação. ESCOLA INCLUSIVA, UM “ESPECIAL” CONTRIBUTO DA EDUCACÃO EMOCIONAL PROJETO PEDAGÓGICO COM UMA TURMA DO 6º ANO DE ESCOLARIDADE: MESA EMOCIONAL Emília Figueiredo & Ana Isabel Abreu susanasufi@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

Este artigo está em concordância com a orientação inclusiva do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, que vem fortalecer o direito de cada um dos alunos a uma educação anuente com as suas potencialidades, expetativas e necessidades, num conjunto de respostas planeadas no âmbito de um projeto educativo comum e plural, que proporcione a todos a participação e o sentido de pertença nas mesmas condições de equidade. Esta abordagem permite-nos repensar modos de fazer e, ainda, transformar a escola numa comunidade de aprendizagem, onde a inovação e a cooperação sejam modos de ser e estar. O presente projeto de intervenção pedagógica centra-se na conceção, implementação e avaliação do projeto/programa Mesa Emocional, utilizando a metodologia de investigação/ação e investigação inclusiva e procura responder às exigências advenientes de uma escola que reconhece as diferenças, progride com essa diversidade e dá sentido e significado ao desenvolvimento académico, sócio emocional e pessoal dos seus alunos. Os resultados da pesquisa sugerem que a educação emocional é um ponto fundamental a desenvolver em todas as crianças, com especial cuidado nas que usufruem de medidas de suporte à aprendizagem. Palavras-chave: Escola Inclusiva; Educação Emocional; Mesa Emocional. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COOPERATIVAS E COLABORATIVAS NUMA PERSPETIVA INCLUSIVA: INTERAÇÃO NO ETWINNING Ezequiel Gomes & Victor Sil ezequielgms@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O presente artigo tem por objetivo aferir a opinião de professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico relativamente ao uso de práticas pedagógicas cooperativas e


colaborativas numa perspetiva inclusiva, nomeadamente através da interação na plataforma eTwinning. No sentido de realizar este estudo, utilizámos a metodologia de investigação quantitativa, com a aplicação de um questionário dirigido a docentes do 1.º Ciclo do Ensino Básico que lecionam na Região Autónoma dos Açores e que recorrem à plataforma eTwinning e às TIC para promoverem a interação colaborativa e cooperativa com os alunos, fomentando a prática inclusiva na sala de aula. O estudo realizado revela que, com o desenvolvimento e a conceção de momentos inclusivos através da plataforma do eTwinning, todos os alunos se tornam seres críticos, cidadãos responsáveis e inclusivos. Gostam de partilhar e de trocar experiências, cooperam e interagem-se num trabalho de equipa, possibilitando o intercâmbio de ideologias, através da multiculturalidade e experiências contribuindo para o desenvolvimento de competências digitais, para a aprendizagem de uma segunda língua e para a interação entre os participantes. Através da realização deste estudo constata-se, também, que esta plataforma se tornou num elo de ligação entre a escola e os alunos ao longo do tempo em que foi estabelecido o Ensino à Distância derivado da pandemia COVID 19. Palavras-chave: Educação Inclusiva; eTwinning; Trabalho Colaborativo e Cooperativo. O IMPACTO DA EQUITAÇÃO TERAPÊUTICA NA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO Filipa Mendes & Maria Celeste Lopes mendesfilipa@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A Perturbação do Espectro do Autismo é uma desordem neurológica que se caracteriza pela falta de relação interpessoal, dificuldade na comunicação, movimentos repetitivos e estereotipias, bem como por dificuldades psicomotoras. No seu tratamento é necessária a intervenção de uma equipa multidisciplinar, com recurso a diferentes abordagens terapêuticas. A revisão de literatura comprova que a equitação terapêutica se revela um tratamento adequado, visando um desenvolvimento biopsicossocial. Perante o exposto, o presente estudo objetivou analisar o impacto desta terapia no desenvolvimento da criança autista através de um estudo de caso, com recurso a entrevistas semiestruturadas e grelhas de observação. As principais constatações foram favoráveis e congruentes com a literatura, patenteando que a equitação terapêutica coadjuva nos aspetos físicos, psicológicos e sociais do praticante. Palavras-Chave: Perturbação do Espetro do Autismo; Equitação terapêutica; Benefícios. A IMPORTÂNCIA DOS SAAC PARA AS FAMÍLIAS DAS CRIANÇAS COM AFASIA Isabel Ferreira & Maria Celeste Lopes isabelmafer@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

É da responsabilidade dos pais, essencialmente nos primeiros anos de vida, estimular a criança ao longo do seu desenvolvimento e criar condições que possibilitem que desenvolva todas as suas competências. Quando é cedido um SAAC a uma criança afásica, a família deve fazer parte integrante do processo. Neste trabalho, aferiu-se a importância dos SAAC nas famílias de crianças com afasia. Com o recurso ao método qualitativo, feito através da entrevista a três encarregadas de educação e cujos educandos que sofrem de afasia, foi-lhes atribuído um SAAC. Verificou-se que as famílias reconhecem vantagens nos recursos aos SAAC, consideram que estes


contribuem para a aprendizagem, inclusão e socialização dos seus educandos. Por esta razão, uma criança afásica que não consegue comunicar deverá ter acesso, o mais cedo possível a um SAAC. Palavras-chave: Afasia; família; Sistema de comunicação Alternativo Aumentativo. TRANSIÇÃO PARA A VIDA ATIVA DE JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS NA ILHA DE SÃO JORGE Isabel dos Santos & Maria Celeste Lopes imargaridasantos01@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

O processo de transição para a vida ativa de jovens com necessidades educativas é entendido como processo que se constrói ao longo do tempo, onde se destaca a relevância dos vários agentes sociais (escola, família e comunidade). Neste sentido, numa abordagem descritiva, qualitativa e quantitativa foi feita uma pesquisa da literatura publicada, e aplicaram-se questionários aos vários agentes sociais envolvidos no processo de transição na ilha de São Jorge. Os resultados desta investigação indicaram que os jovens, as encarregadas de educação e os docentes de educação especial participaram na elaboração do Plano Individual de Transição, e referiram que os estágios contribuem para a construção do projeto de vida dos jovens, ainda que, a empregabilidade após os estágios seja reduzida. Os empresários mostraram-se, recetivos à contratação destes jovens, apesar do desconhecimento da legislação e consideram os estágios como fatores importantes na inclusão desses jovens na vida ativa. Palavras-chave: (Transição; Vida ativa; Inclusão; Necessidades Educativas; Plano Individual de Transição (PIT)). INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PRINCIPAIS DIFICULDADES SENTIDAS POR PARTE DOS DOCENTES AO NÍVEL DA INCLUSÃO E DA ADAPTAÇÃO DAS AULAS Joana Costa & Maria Celeste Lopes costa_joana@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

A inclusão de alunos com NSE vem sendo um tema de grande abordagem nos últimos tempos, falamos não só da sua integração no ensino regular como na sociedade em geral. No caso deste estudo, a análise realizada incidiu na análise das atitudes dos professores de Educação Física face à inclusão de alunos com Necessidades de Saúde Especiais nas aulas de Educação Física (EF). Pretendeu-se saber a opinião dos docentes acerca a inclusão dos alunos com Necessidades de Saúde Especiais, as suas posturas enquanto docentes, quais as suas reais aptidões para lidar com estes alunos e possíveis soluções para ultrapassar as dificuldades. Foi aplicado um questionário aos professores de Educação Física tendo-se recolhido uma amostra de N = 188. A análise das respostas foi feita de maneira descritiva a partir dos resultados estatísticos obtidos e comparados com a literatura. Os resultados demonstram que o entendimento e atitudes dos professores são contraditórias. Esse fato pode, em parte, ser explicado pelo fato dos professores que participaram da pesquisa não se considerarem completamente aptos para o atendimento de alunos com NSE nas aulas de EF em turmas comuns, apesar de se mostrarem recetivos ao processo. Sendo assim, o presente estudo, verificou a necessidade de um projeto de habilitação profissional que


se inicie nos cursos de formação de professores e que se perpetue por toda sua vida profissional, visto que o professor é um dos principais agentes da inclusão educacional de alunos com NSE no ensino comum. Palavras-chave: Inclusão; Necessidades de Saúde Especiais; Educação Física; Atividade Física; Escola; Educação Inclusiva. A PERSPETIVA DOS DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE OS SISTEMAS ALTERNATIVOS E AUMENTATIVOS DE COMUNICAÇÃO Joana Sousa & Ana Isabel Abreu Joana.sousa.fm@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

A comunicação é crucial para o desenvolvimento de crianças e ao longo de todo o ciclo vital. No entanto, para que se possa desenvolver de forma adequada, é necessário criar oportunidades comunicativas adaptadas às várias interações e dinâmicas. Os Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (SAAC) permitem colmatar essa necessidade mas igualmente permitem a inclusão em contexto escolar. O presente estudo tem como objetivo analisar o conhecimento dos Docentes de Educação Especial (DEE) sobre os SAAC, permitindo o mapeamento de uso e satisfação, dificuldades sentidas e o grau de importância ou desacordo. Para tal, através de um questionário online temos um N total de 117 respondentes. A análise descritiva da informação confirma que os DEE conhecem os SAAC através de formação complementar. As suas perceções demonstram as vantagens dos SAAC para a inclusão mas afirmam que há falta de formação e de recursos. Palavras-chave: Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação; Docentes de Educação Especial; Formação; Inclusão. PERCEÇÃO DOS DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE O USO DOS JOGOS EDUCATIVOS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NO ENSINO BÁSICO Juliana Alves & Maria Celeste Lopes alvesju@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

Os jogos educativos assumem uma crescente importância como recursos educativos, e com especial foco para a criação, desenvolvimento e prática do conhecimento, de forma lúdica, interessante e desafiante. Este trabalho tem como objetivo trazer à luz desta crescente importância e valorização, a perceção do uso da componente lúdica através do jogo nas práticas inclusivas. O conceito e uso do jogo educativo, na escola inclusiva, é essencial para o desenvolvimento de todo o processo de ensino aprendizagem de alunos com medidas de suporte à aprendizagem, explorando as suas múltiplas competências, nomeadamente o desenvolvimento da linguagem, da criatividade e da imaginação, do autoconhecimento, da descoberta de potencialidades, da promoção da autoestima e da prática de exercícios de relacionamento social, com reais repercussões no desenvolvimento efetivo das capacidades, integrando-os como peça central desse processo. Faz assim uma reflexão sobre o brincar e o uso dos jogos educativos, apresentando algumas conjeturas inerentes à sua aplicabilidade e às vantagens e desvantagens da utilização dos mesmos. Palavras-chave: Jogos Educativos; Práticas Pedagógicas; Escola Inclusiva; Docentes de Educação Especial.


ANSIEDADE EM ALUNOS ENTRE OS 12 E OS 16 ANOS: O IMPACTO NAS APRENDIZAGENS E A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Lúcia Lopes & Ana Isabel Abreu luciamorga@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

A ansiedade está a crescer na sociedade e, por inerência, afeta o contexto escolar e os alunos, o que é fator de preocupação. Na sequência desta realidade, foi elaborado um questionário aplicado a 166 professores do 3.º Ciclo, Ensino Secundário e Educação Especial, baseado na Escala de Likert e submetido online. Os resultados do estudo sugerem que os professores são capazes de identificar a generalidade dos sintomas de ansiedade e acham ter competências que lhes permitem gerir estas situações. Salientam o impacto na aprendizagem dos alunos nas idades compreendidas entre os 12 e 16 anos. A intervenção da Educação Especial é enaltecida, mas incorre na necessidade da aquisição de mais recursos por parte destes profissionais e encorajamento à colaboração da comunidade educativa. Palavras Chave: Ansiedade; Aprendizagem; Adolescência; Educação Especial; Escola Inclusiva. UM OLHAR SOBRE O TRABALHO COLABORATIVO DE PROFESSORES DE 2.º E 3.º CICLO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS Maria de Lurdes Rafael & Maria Celeste Lopes mariarafael77@hotmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

Este trabalho tem como finalidade reflectir sobre a importância e contributo do trabalho colaborativo na escola inclusiva, salientando o papel do professor da Educação Especial. Neste propósito foi elaborado um inquérito aplicado a 92 docentes do 2.º e 3.º ciclo baseado na escala de Likert e enviado online. A análise dos resultados reflete o reconhecimento do trabalho colaborativo como uma competência fulcral para o sucesso educativo e profissional dos docentes. Contudo nem sempre concretizável devido ao facto de não disporem de condições. Por outro lado verificouse a disponibilidade de grande parte dos docentes para adquirir formação subjacente ao trabalho colaborativo. Palavras-chave: Trabalho Colaborativo; Escola Inclusiva; Aprendizagem; Sucesso Educativo; Necessidades Educativas. DÉFICE VISUAL NAS APRENDIZAGENS INFLUÊNCIA NAS APRENDIZAGENS DE CRIANÇAS COM DEFICITE VISUAL: SUA DETEÇÃO E CORREÇÃO Manuela Guerreiro & Olívia de Carvalho manuelaguerreiro.cfq@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A visão desempenha um processo primordial no desenvolvimento, na comunicação e nas aprendizagens. As crianças começam a conhecer o mundo que as rodeia, primeiramente através dos seus olhos. O desenvolvimento da visão é complexo, incluindo as inúmeras fases de evolução. Os modos infato-comportamentais passam através de fases progressivas de maturidade que relacionam coordenação e controlo de mãos, visão, aquisição e desenvolvimento cognitivo e intelectual e, posteriormente, desenvolvimento da emoção e da personalidade. A criança que nasce com um defeito visual/ocular, cega ou que o adquire através do seu desenvolvimento será penalizada segundo os efeitos correspondentes provocando um desequilíbrio no seu crescimento,


desenvolvimento físico, emotivo, educacional, social, funcional e de aprendizagem. O inconforto visual associado a constrangimentos do crescimento podem constituir uma desvantagem real temporária, reversível, progressiva ou irremediável no desenvolvimento da criança. Segundo Bivar et al, 2003, a função visual consiste na competência dos indivíduos em dar significado aos estímulos físicos captados pelo sistema visual, não se podendo definir baixa visão sem ter em consideração a funcionalidade da visão como principal fator. Incluir a criança com défice visual no ensino, de forma a apreender os conteúdos de igual modo às demais crianças, sentirse integrada e autónoma, é premissa fundamental da escola, do docente e da comunidade. Nesse sentido tem-se vindo a promover que qualquer aluno, no decorrer do seu percurso académico, “independentemente da sua situação pessoal e social” possam ter medidas de suporte à aprendizagem “facilitadoras da sua plena inclusão social”, tal como consta no Decreto-Lei nº 54/2018, o qual se respeitará integralmente. Palavras-chave: Incluir; Autonomia; Sucesso; Aprender; Desenvolvimento Emocional e Social. ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO NO JARDIM DE INFÂNCIA- ESTUDO DE CASO Maria Eduarda Lopes & Maria Celeste Lopes eduarda15.lopes@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

No sentido de se conhecer as estratégias de inclusão de uma criança com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) no jardim de infância, realizou-se o presente estudo que contou com a participação de uma educadora de infância, uma professora de educação especial, uma terapeuta da fala, uma terapeuta ocupacional e a mãe de uma criança de três anos com (PEA). Analisamos a família e os profissionais têm alguma perceção sobre a inclusão e se consideram que o jardim de infância tem os recursos necessários à inclusão. Trata-se de um estudo qualitativo de cariz compreensivo e interpretativo. Como instrumento de recolha de dados foi aplicado a entrevista semiestruturada. Os principais resultados demonstram que uma série de estratégias concretas, aplicadas pela equipa educativa, visam a inclusão da criança com PEA, as quais passam pela organização do ambiente educativo, bem como pela fomentação de relações de proximidade entre adultos e crianças. Há uma prática inclusiva que é, por vezes, limitada por causa de alguns aspetos, tais como a falta de formação especializada da Educadora de Infância, a falta de recursos humanos e materiais, o tempo reduzido de apoio da Equipa Local de Intervenção (ELI) e o número elevado de crianças no grupo. Palavras-chave: Perturbação do Espetro do Autismo (PEA); Inclusão; Estratégias; Jardim de Infância. ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE UMA CRIANÇA COM CARACTERÍSTICAS DE SOBREDOTAÇÃO Marta Costa & Olívia de Carvalho sofia_martita@hotmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

Na área da educação a sobredotação é uma temática pouco clara não existindo consenso entre os autores sobre o seu conceito, diagnóstico e intervenção. O objetivo deste trabalho visa mostrar a importância de uma escola inclusiva, com estratégias


inclusivas para crianças com características de sobredotação. A escola inclusiva, atenta à diversidade e à igualdade de oportunidades, deverá proporcionar respostas inclusivas para que todos os alunos possam partilhar dessa inclusão. Deste modo, este estudo tem como ponto de partida a intervenção com um aluno do 1.º ciclo com altas habilidades, a necessidade de adaptação e de diferenciação curricular para responder às suas características individuais. A recolha de dados foi feita através de uma entrevista à professora titular, à docente de educação especial e à encarregada de educação do aluno. Os resultados evidenciam que a escola e os intervenientes educativos realçam a importância de atender às individualidades e características deste aluno, elencando as estratégias que são aplicadas apesar das dificuldades sentidas ao nível da formação e adequação no atendimento a este aluno. Palavras-chave: Escola Inclusiva; Altas Habilidades; Sobredotação. PERCEÇÃO DOS DOCENTES FACE À APLICAÇÃO DO DECRETO LEGISLATIVO N.º 54/2018, FACILITADOR DE INCLUSÃO? Paulo Santos & Victor Sil pjls1972@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

Esta investigação procura aferir a forma como os docentes percecionam a implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018. Demanda-se identificar as condições, orientações e formação que o Ministério da Educação e as escolas disponibilizaram e oferecem aos seus docentes para dar corpo à escola inclusiva. Para o efeito, e dado ser uma temática recente, seguiu-se uma abordagem quantitativa, de matriz descritiva, exploratória e correlacional, através da aplicação de um questionário em linha que nos possibilitou recolher dados sistematicamente. A maioria dos docentes considera positiva inclusão de todos os alunos no ensino regular, tendo este normativo contribuído para melhorar o esforço de inclusão. Contudo, os inquiridos pugnam, entre outros, por mais formação, melhores recursos humanos e físicos na escola e na comunidade para corporizar significativamente a educação inclusiva. Palavras-chave: Decreto-Lei n.º 54/2018; Inclusão; Integração, Currículos Flexíveis; Currículos Multiníveis. PERCEÇÃO SOBRE A ADOÇÃO DE POLÍTICAS E PRÁTICAS PROMOTORAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA POR PARTE DOS DOCENTES E ESCOLA Pedro Carvalho & Victor Sil carvalho.paf@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O presente artigo é o resultado de um estudo que teve como objetivos: aprofundar conhecimentos, clarificar princípios e normas da educação inclusiva; aferir conhecimentos e capacidades dos docentes face à educação inclusiva e práticas que se coadunam com a mesma; avaliar a adoção de políticas promotoras da educação inclusiva por parte da escola; perceber se, na opinião dos inquiridos, o Decreto-Lei nº 54/2018 melhorou ou não a capacidade de resposta aos alunos. Participaram neste estudo 62 docentes a exercer funções no mesmo Agrupamento de Escolas (AE) da cidade Barcelos, que procederam ao preenchimento de uma Lista de Verificação de Autoavaliação adaptada do Manual de Apoio à Prática (Direção Geral da Educação, 2018). As dificuldades sentidas pelas escolas e professores face ao DL nº 54/2018 de 6 de julho, Diploma que regulamenta a educação inclusiva, têm sido várias. Vão desde a


falta de recursos, passando por défices no envolvimento e cooperação entre os intervenientes, até à formação insuficiente por parte dos docentes. Os inquiridos revelam com este estudo que a educação inclusiva não está implementada na sua plenitude, bem como o DL nº 54/2018, mas passos significativos têm sido dados nesse sentido. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Princípios; Políticas e Práticas Inclusivas. REPRESENTAÇÕES SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Sofia Brum & Olívia de Carvalho spacheco@sapo.pt/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

A “(…) ação governativa aposta numa escola inclusiva onde todos e cada um dos alunos, independentemente da sua situação pessoal e social, encontram respostas que lhes possibilitam a aquisição de um nível de educação e formação facilitadoras da sua plena inclusão social (…)” (Preambulo Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho). Este diploma jurídico procura atender à diversidade na sala de aula, abandonando os sistemas de categorização de alunos com necessidades educativas especiais, criando um continuum de respostas educativas respeitando a individualidade de cada aluno. Todavia, a mudança processual não basta para se poder contemplar uma nova realidade nas escolas portuguesas, os seus recursos humanos carecem também de mudança na forma de olhar e vivenciar os princípios orientadores da educação inclusiva, para que todos acedam ao currículo equitativamente. Desta forma, com este projeto de estudo exploratório, procura-se refletir sobre o conceito de educação inclusiva assim como compreender qual o perfil do Docente de Educação Especial (DEE) e que competências lhe estarão associadas. Importa perceber, neste curto tempo de vida da educação inclusiva nas escolas, que representações possuem os intervenientes escolares relativamente à ação deste profissional. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Docente de Educação Especial; Perfil e Competências. EVOLUÇÃO DA OPINIÃO DOS PROFESSORES DO 1.º CICLO RELATIVAMENTE À INCLUSÃO. O ANTES E O DEPOIS DO DECRETO-LEI N.º 54/2018, DE 6 DE JULHO Susana Martelo & Ana Isabel Abreu susanammartelo@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

O presente estudo realizará uma análise crítica da evolução da opinião dos professores do 1.º ciclo relativamente à inclusão, o antes e o depois do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, de 6 de julho, de 6 de julho. Além dos avanços legislativos há ainda muito a refletir acerca do que é realizado em contexto educativo, tendo em conta a inclusão. A evolução do conceito de inclusão escolar traduz-se em termos educativos numa inclusão do ser no seu todo, o ser familiar, o ser social e o ser como eu individual e evolutivo, em crescimento. É feito um inquérito parcialmente adaptado com base no Índex para a Inclusão, Tony Booth e Mel Ainscow (2002). Palavras-chave: Inclusão; Educação; Necessidades Educativas Especiais.


O IMPACTO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL COVID 19 NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A AUTOESTIMA DE CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DE AUTISMO Tânia Libório & Victor Sil tsliborio@gmail.com/ victorsil@mail.telepac.pt

O mundo vive um momento de alerta sem precedentes com a disseminação do coronavírus. O distanciamento social é necessário para a preservação da vida humana, cabendo destacar, que nos autistas, este momento é constante, fazendo referência à sua introspeção. O isolamento vivido pelo autista é o seu eu consigo mesmo, mergulhado no mundo que criou e vivendo exclusivamente nele, negando interferências exteriores. (MARTINEZ; POSSIDIO, 2020, p.14). As famílias são continuamente confrontadas por desafios, mudanças e oportunidades, e as diversas mudanças na sociedade têm produzido alterações nas relações familiares. Tais desafios são para cumprir rigorosamente as recomendações em resposta às orientações da Organização Mundial da Saúde frente à pandemia. (PARKE; BURIEL, 2013, p.18). Partindo desta situação real e atual, o objetivo deste artigo é, com base na análise dos desafios que se colocam aos autistas e às suas famílias, no momento que o mundo atravessa, da pandemia Covid 19, compreender como a afetividade, o amor, os afetos e a socialização, são elementos facilitadores na inclusão dos autistas e analisar as relações interpessoais e a autoestima dos autistas. Palavras-chave: Autismo; Família; Covid-19.

A CONTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO Tânia Monteiro & Ana Isabel Abreu tania.trabulo@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

A comunicação humana é muito importante para que aconteça um processo de interação social, e o meio mais comum de comunicação é a linguagem verbal. Quando a linguagem verbal está comprometida devem-se procurar soluções. No caso do autismo, alguns indivíduos têm dificuldades na comunicação verbal, sendo muitas vezes necessária a ajuda de um sistema de comunicação para se conseguir desenvolver as capacidades comunicativas. Esta pesquisa tem como principal foco analisar a contribuição da comunicação aumentativa ou alternativa em crianças com Perturbação do Espetro do Autismo. A pesquisa desenvolveu-se mediante o método do estudo de caso numa criança de 3 anos com Perturbação do Espetro do Autismo e entrevista à terapeuta da fala. A intervenção baseou-se na aplicação do sistema pictográfico de comunicação com o intuito de desenvolver a intencionalidade comunicativa, desenvolver a oralidade e promover interações comunicativas. Os resultados mostraram-se positivos. Já que antes da intervenção a criança emitia alguns sons e verbalizava algumas palavras. Depois da intervenção a criança mostrou uma maior intencionalidade comunicativa e desenvolveu a verbalização. Palavras chave: Autismo; Comunicação; Sistemas Aumentativo Alternativo. ESTUDAR FRAÇÕES PELO MÉTODO MONTESSORI: ESTUDO DE CASO Vera Mota & Ana Isabel Abreu vera.vera.mota@gmail.com/ anaisabelabreu@sapo.pt

Este artigo analisa os contributos do método Montessori para o desenvolvimento da mente matemática das crianças, com especial destaque para as que apresentam


necessidades de saúde especiais do foro mental. Para tal, realizou-se um estudo de caso, onde foram trabalhadas competências matemáticas relacionadas com o estudo das frações com um aluno que apresenta um grau de desenvolvimento cognitivo abaixo do que seria expectável para a sua idade. Os resultados mostram que a aplicação desta metodologia se revelou muito profícua. A aprendizagem deve partir, sempre que possível, do concreto e sensorial para o abstrato, de modo a que se torne mais apelativa e envolva mais as crianças, através de um processo de autoconstrução. Palavras-chave: Necessidades de Saúde Especiais; Maria Montessori; Mente Matemática, Frações. SEM PEDRAS NO CAMINHO – A PREVENÇÃO DO BULLYING NO PRÉ-ESCOLAR PARA INCLUSÃO DA CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Vitória Meireles & Maria Celeste Lopes vitoriajosefa@gmail.com/ celestelopes@iesfafe.pt

No estudo apresentado procurou-se evidências científicas que justificassem a prevenção do bullying sobre as crianças com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino pré-escolar. A pesquisa bibliográfica indica que estas crianças são as que mais tendem a ser vítimas de bullying, podendo dificultar o seu processo de inclusão escolar. Verificou-se que as crianças do pré-escolar já têm maturidade suficiente para aprenderem e desenvolverem competências de controlo e gerenciamento dos comportamentos e emoções. A facilidade dada pelo contexto de sala de aula, é um ótimo meio para trabalhar os comportamentos violentos e discriminatórios, podendose aí intervir. As entrevistas aplicadas às responsáveis educativas de um pré-escolar, não apontam para comportamentos discriminação, mas revelam alguns sinais de necessidade de formação e trabalho nesta área. Palavras-chave: Criança com Necessidades Educativas Especiais; Bullying; Prevenção; Inclusão.



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