Em 1990 escrevi, a pedido, uma leve crônica sobre a Vila Rezende,
para contar um pouquinho das coisas boas do meu bairro querido.
Trinta dias depois, ou melhor, dormindo pouco durante trinta noites seguidas,
estava eu com o primeiro volume de um livro que ousei titulá-lo
de “Memória da Vila”.
Em 1991, ainda no embalo, complementei-o com o volume dois,
recolhendo aquelas que considerava como lembranças remanescentes,
afinal, não era eu o único a escrever sobre a Vila Rezende. E o resultado
foi um fato inédito: Piracicaba registrou o lançamento simultâneo de
dois livros de memória sobre um único bairro.
O tempo passou, deixando-me mais velho, com os cabelos mais
brancos e em menor quantidade, com a magreza de sempre e, por certo,
com a teimosia acentuada. A lamentar? Sim, pela inexorável perda de
amigos e companheiros diletos, que se foram para sempre.
Dizia-me o caro Babico Carmignani: – “Pierim, ocê é vilarezendino
incardido, mesmo! Teimoso feito uma mula! Tá aí de novo...”. – Pois
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