Revista Mirante - nº 43 - setembro de 1960

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MIRANTE Plano da Volkswa-

gen: 100% de na-

cionalização.

Assistência aos municipios, meta que vem sendo cumprida

Apelo prefeitoSalgot.

0 79.0 Aniversário Colégio Piracica-

bano.

Delícias de uma pes-

caria no rio Tietê.

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BIS! JOAQUIM DO MARCO São os espetáculos teatrais, os concertos ou recitais de música, de canto e declamaçãoformas antigas e tradicionais de recreação espiritual do público, que se revestem, em maior ou menor grau, de intenções artísticas, culturais e educativas. Modernamente, com a influência avassaladora do rádio, tipicamente norte-americana, tais exibições vão sendo absorvidas pelos chamados «shows» — autênticas miscelâneas de palco, de

instrumentos, de prosa e, principalmente,de picadeiro de circo, nas quais impera tanto o mau gôsto dos programas quanto o mau comportamen-

to da assistência. De qualquer maneira, exibições

antigas ou «shows» modernos, o que elas objetivam, no fundo, é divertir os ouvintes, propor-

cionando-lhes momentos ou horas agradáveis Acontecem, porérn, fatos que as desvirtuam inteiramente e que as transformam em verdadeiros tormentos, pelo menos para os espíritos mais sensíveis e que buscam emoçÕesmais finas e legítimas. Um dêsses fatos é o «bis», que alonga prejudicial e desnecessàriamente o espetáculo. Mais acentuado e maçante nas exibições tradicionais do que nos «shows», pois nestes o ouvinte pode safar-se sem ofensa a uma cortesia que não existe, o «bis» é algo que merece condenação severa e cancelamento sistemático. O «habitat», digamos assim, preferido do «bis» costuma situar-se nas ditas apresentações

MIRANTE

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da «prata da casa», isto é, naqueles espetáculos de côr e gente locais, de conservatórios, escolas

de música ou declamaçãoda própria cidade. Porque os «atores» ou «artistas» têm parentes e amigos na platéia, contam também com uma claque

garantida, insistente e feroz, que exige o «bis»,

quando mais não seja para aproveitar a vestimenta cara e aparatosa do apresentado. E isso obriga

os que não são do grupo a atuarem repetições sensaboranas, que dilatam o programa no qual há geralmente números que desejam ouvir: Não é só nas apresentações de e amigos, porém, que o fato sucede. Há figurantes, màrmente os endeusados pelo rádio e pela televisão, cuja farna é sempre muito maior do que seu real mérito artístico, que são ferozmente disputados pelo «bis» de uma claque inconsciente e mal educada. E isso, para quem deseja aproveitar todo o programa, é um tormento que lhe estraga tôda a diversão esperada. Considerandobem o assunto, em benefício do próprio espetáculo e até do figurante, o «bis» deveria ser definitivamente proibido. De nossa parte, é sempre com o coração leve e confiante no bom efeito da exibição que lemos no programa a nota tranqüilizadora:—«Não haverá bis nos números apresentados». Sem «bis», temos a cer-

teza de que o espetáculo será sempre melhor ou, o que também vale muito, mais curto.

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júbilo. Aquela será Seu coração transborda defará parte da compasua última noite. Não mais será internaseguinte dia nhia de fantoches. No de alguns meses estará depois e do no hospital,

nova em em outra curado,começaráassimvidajunto de Madô.

cidade, em outro emprêgo, devolveu-lhea sede Deve muito a Madô. Ela êle faz parte daporque de viver. Compreende-omesma comédia sórdida. na Atuam lugar. quele e foi ali que a cave a Freqüenta assiduamente ordinário. A vinho de. copos dois conheceuentre olhos cinzentos os vulgar, ser sem sensual, bôca confiança. e Ela amor logo e profundos ,inspiram Percebeu nêle o instinto aprendeu a conhecê-lo. de conhemórbido que lhe aflora n'alma. Antes viver. Embopara razões muitas tinha não cê-la pessoas, sentiade cercado ra estivesse sempre a dizer: se infeliz. Lembra-se da voz dela Jean, você não pode continuar vivendo sem se cuidar. Deixe de lado os ressentimentos, as queixas contra a vida... Você deve lutar, querido. Sabe que esta doença é curável, talvez a mais curável das doenças. Não seja tão pessimis-

ta entregando-seà sorte.

Jean, a isto, apresenta inúmeros argumen— a falta de dinheiro, tempo, mêdo de ficar tos

inativo no hospital.

Não, encoraja, Madô, você não teme a doença e o tratamento no hospital. Querido, você

Fatalidade CONTO— A. C. LACERDA Ilustração — WUTKE O ambiente está saturado de odores de vida cave ilho e fumo. Enxameiam pelos assentosenvolveu já noite A rudes. indivíduos de feições Lisboa, depositando sôbre aquelas velhas casas; quietude resposteiros antigos, uma disciplinada ofusluzes as brilham de. Na escuridão noturna cantes das caves. São os restaurantes situados no subsolo de algum edifício lisboeta. A burguesia, casuais,

a classe bem aquinhoada, e os turistaspredileto. fazem delas. muitas vezes,seu recreio Dedos amarelados de nicotina repassam maquinàlmente a corda da guitarra. No ar, as notas formam uma melodia. E' o fado. pela Os olhos negros e límpidos passeiam ambiente mesmo O parecidas. multidão de faces lançados de sempre, os mesmos risos duvidosos, mesag Algumas ao acaso como um contrassenso. painéis parede, na desordenadamente, dispostas sob o arco com figuras de pescadores, um palco constitui o que o sàmente é tão de concreto lugar. adôrno daquele por Seu corpo é constantemente sacundido das proVir parece que irritante, uma tosse sêca, formam perfeita fundezas d'alma. Ele e a música noturno. harmonia com o ambiente Entretanto, sente-se feliz naquele momento

à teme outra coisa — teme a vida. Agarrou-se no Coiocou-se hipótese de uma morte inevitável. papel de mártir que aguarda o fim. Sabe que poderá ir a um bom hospital e pagar o estágio em prestações... Encare friamente os fatos e verá que teme você mesmo, a sua falta de coragem

para enfrentar a existência de modo diverso dêste a que está acostumado num trabalho sério e bem pago. Assim, Madô descobre e progressivamente ataca o conflito íntimo de seu ser. O verdadeiro mal, o mêdo do mundo que se lhe aprofunda na sensibilidade. Fôra terrível o seu temor ao saber do estado doentio do corpo. Êste temor fôra lentamente transformado em depressão — um sen-

tido latente d emalôgro e impotênciacontra a vida. A vida parece a culpada da existência que

leva. Aquêle modo de viver fôra indubitàvelmente o causador do mal. Aprendeu a aceitá-lo como inevitável.

Entretanto, a linda criatura que surge como por encanto faz ver que sua existência está errôneamente organizada. O que êle aceita como inevitável é um embuste, uma anormalidade física que

tem de ser combatida, tanto quanto seu sistema de vida precisa adaptar-se a outro ambiente. Naquele momento sente o volume que pesa no bolso esquerdo do paletó. Aquêle envelope é a esperança. Dentro dêle encerra-se o mapa de sua vida nova. Madô ficará contente ao ver aquêle mapa a radiografia. Momentos antes ao recebê-la das mãos do médico êste adiantou que o mal avançou muito pouco, apenas existe uma mancha no pulmão esquerdo, que breve, com um tratamen-


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to, será debelada. Jean repassou os últimos acordes do fado,

que morre entre o vozerio.Vai ao bar, e depois ao receber o ordenado dirige-se à água furtada onde vive com Madô. Ao passar pelo salão, diversos fregueses lhe

SUPERKAVEA

acenam. Jean, meio indiferente aos cumprimentos,

encaminha-separa a porta do restaurante. Achase de repente no silêncio das ruas. Seus passos apressados repercutem pelos becos, ecoam até sumirem pelas esquinas.

A escada íngreme e carunchosa parece mais acessível naquela noite. Ao chegar ao tôpo nota que o pulmão não arfa como sempre. Sente-se

já curado.

— Madô... Madô...

chama. Procura no

centro do quarto o fio da luz, e comprimeo interruptor. A lâmpada balança-se como um pêndulo. Ilumina aos poucos o aposento. O armário está aberto e vazio. Ali não há vestidos. No penteador as gavetas estão escancaradas. Mostram que dali foram retirados os pós

e cosméticosque anteriormente as atulhavam. Jean sente um poder irresistível que paira

no quarto, nos móveis, e nêle mesmo

sente

tôda a fôrça da solidão. Ao deparar com a carta que lhe é endereçada e que repousa na mesinha, vê-se desamparado, seu corpo amolece, estatela-se no chão como se nunca estivesse integralmente unido. Chora. Quando o acesso de pranto e tosse melhoram, levanta-se e seus olhos sorriem a um pensamento. Leva a mão ao bolso interno do paletó, retira de lá o compridoenvelope da radiografia. Rasga-o calmamente. Os pedaços de papel descrevem uma curva no ar e expelem outro fragmento

— de celulóidenegro.

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ou interno

«Fado, Fado». Diversas vozes pedem-lhe um fado. Jean dedilha pelas cordas esticadas da gui-

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tas de madeira. Ei, você, faça o favor de tocar um fado. tarra. Faz vibrar os primeiros acordesda música que se eleva por entre as risadas boêmias. O rítmo repercute pelo ambiente da cave. O fado é um gênero de música que desperta que atinge o fundo.do coração. encantamento um Sua origem é desconhecida,mas crê-se qtV nasceu de velhas poesias lusas, e dos dramas íntimos

do povo. E' música que fala sempre de tristezas. Conta histórias repletas de enrêdo melancólico. O ambiente escurece. As feições agitam-se. Os risos roucos vibram como sons distantes. O dia nasce lá fora . Contudo alí dentro a comédia principia„sem entreato, os fantoches não abandonam o palco. A peça renasce revigorada. Repetida novamente pe10s figurantes que interpretam fielmente o mes-

mo pape.

Os fantoches trabalham ao som lúbricp da

guitarra. Não há espectadores. Todos são artistas.

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funcionam, além de equiNa enorme sala de prensas, capacidapamentos auxiliares, 15 prensas de grande de 1.100toneladas, esde. Duas delas com capacidade tampam todas as partes das carroçarias.

Várias etapas foram vencidas até ser atingida a atual fase de expansão. A primeira delas foi a aquisição, em 1955, do primeiro terreno no km. 23,5 da Vila Anchieta, onde em outubro do mesmo ano, foram iniciadas as obras do primeiro prédio da fábrica, concluídas em fins de 1956. Nessa época, quando a Volkswagen se transferiu para as novas instalações, era produzida uma média diária de 20 veículos, com emprêgo ae 25% de material nacional.

A Vo}kswagen,tendo apresentadoao GEIA, ent outubro de 1956, projeto para fabricação no Brasil da sua linha de camionetas, obteve a aprovação daquêle órgão no mês seguinte. Em setembro de 1957, iniciou sua produção. O plano de fabricação de carros de passagei,

ros, encaminhado ainda em outubro daquêleano

e aprovado pelo GEIA em dezembro, concretizouse em janeiro de 1959, quando foi lançado no mercado o Sedan nacional, apresentando as mesmas características do Volkswagen produzido na Ale-

VOLKSWAGEN :

PLANO 0 100 /0

de

Nacionalização Reportagem de MIRANTE

Fundada em 23 de março de 1953, a Volkswagen do Brasil iniciou no ano seguinte, em outubro, a montagem de automóveis em regime próprio, com uma produção média diária de 8 veícujos, num prédio alugado no bairro do Ipiranga, cm São Paulo. Passaram-se seis anos e no dia 31 de maio de 1960, em instalações próprias à bei-

ra da Via Anchieta, no município de São Bernardo do Campo, a 40 minutos da capital paulista, já havia produzido, com elevado índice de nacionalização, 14.227 carros de passageiros e 17.219 camionetas.

A carroçaria passa inicialmente por um túnel de lavagem com jatos de vapores à base de detergentes, para eliminar resíduos de graxa e ferrugem.


Wilhelm Schultz-Wenk; diretor-tesoureiro, sr. Fritz Jensen; diretor da Produção, Sr. Walter Fischer; diretor-secretário, dr. Joaquim Monteiro de Carvalho. Só de impostos, a Volkswagen pagou em T9õ9

a apreciável soma de 914 milhões e trezentos mil cruzeiros. Para se ter uma idéia do que signiüca

essa quantia, basta dizer que supera o montante da receita, em 1959, de cada um dos seguintes Es-

tados da União: Mato Grosso, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Por outro lado, a emprêsa dispendeu no mesmo período, em ordenados e salários pagos aos seus funcionários, a qauntia de quatrocentos e cinquenta e três milhões de cruzeiros. Neste ano,

conünua

I)ttas demãos de primer (base da pintura) são aplica-

das na carroceria,Sendo a primeirapor imersão.

manha. Nessa data, com uma área construída de

cêrca de 30.000 m2, abrangendo sala de prensas, linhas de montagem, pintura, estofamento, almoxarifados, escritórios e instalações auxiliares, a fábrica estava produzindo a média diária de 55 unidades.

PRODUÇÃO ATUAL Hoje, nas suas instalaçÕes que cobrem . 125.900 m2 de área construída, fora as obras em andamento que deverão ocupar mais 52.150 m2 até o fim dêste ano, a Volkswagen está produzin-

do uma média de 100 veículos por dia — 60 automóveis de passageiros e 40 camionetas, com um índice de nacionalização que se eleva, ressôbre o pêso. e pectivamente,a A emprêsa, dentro do programa de expansão que está cumprindo um rítmo acelerado, pretende, nos prÓximos meses, dobrar sua atual capacidade de produção .

Neste ano, de janeiro a maio, foram fabri-

-cados 5.782 Sedans e 3.641 camionetas, num total de 9.423 unidades. Comparando-se com o mes-

mo período do ano anterior, quando a produção foi de 3.304 Sedans e 2.512 camionetas, num total de 5.816 unidades, verifica-se que houve um aumento de 62 ENTRE AS MAIORES

A Volkswagendo Brasil, hoje com um capital de 4 bilhões e 45 milhões de cruzeiros, inscreve-se entre as dez maiores sociedades anônimas do Brasil, empregando atualmente mais de 5.000 pessoas .

Sua diretoria está assim constituída: presidente, prof. Heinz Nordhoff, que também é o Diretor Geral da Organização Mundial Volkswagen, com sede em Wolfsburg, na Alemanha Ocidental; 1.0 vice-presidente, dr. Olavo Egydio de Souza Aranha; diretor-superintendente, sr. Friedrich

mais de 5,000da emprêsa mais de 500

Dentre os trabalham noite afora. Nas secções cujo regime de trabalho não permite paralizacões, operários revezam

se constantemente.

Operários trabalhando na montagem do motor.


de janeiro a abril, já gastou para êsse fim cento e oitenta milhões de cruzeiros. O valor das compras realizadas no mercado

nacional pela Volkswagen elevou-se, em 1959, ao total de 2 bilhões, 44 milhões e 500 mil cruzeiros. NACIONALIZAÇÃO COMPLETA

No momento, a Volkswagen do Brasil trabalha com mais de 1*000máquinas operatrizes. Esse nÚmero deverá ser acrescido de mais 700 máquinas, já encomendadas à Alemanha e cujo prazo de instalação em São Bernardo se estenderá ainda por muitos meses. Essa maquinaria se des-

tina à fabricaçãode partes mecânicasdas caixas de câmbio, motores e eixos.

Este será o último passo para a nacionaliza. Cão total dos veículos fabricados pela Volkswa-

uma média de produção por hora de até 70 ata. dos, podendo pesar cada um de 120 a 280 kg. E' um processo altamente econômico e único na América do Sul: as aparas que caem das prensas são automàticamente levadas por correias transportadoras, situadas no subsolo, até a prensa de empacotar, onde são comprimidas e acondicionadas em atados, prontos então para serem vendidos.

Na Sala de Prensas, que mede 260 metros de frente e 25 metros de altura, por uma largura de 30,5 metros, além dos equipamentos auxiliares, como furadeiras, recortadeiras, dobradeiras,

etc., estão em atividade 15 prensas de grande capacidade (duas delas com capacidade de 1.100

toneladas, estampam tôdas as partes das carrocarias, tanto para as linhas de montagem como para partes de reposiçãosenquanto que as restantes variam de capacidade entre 400 e 750 toneladas) , 31 prensas excêntricas de 40 até 250 toneladas a I relaminadora. Ainda na Sala de Prensas, duas pontes rolantes totalmente construídas no Brasil são utilizadas para o transporte de chapas, matrizes, fer-

As carroçarias prontas vem suspensas para serem montadas aos chassis.

gen e significa o cumprimento da promessa feita pelo prof. Heinz Nordhoff ao presidente Jusceli-

ramentas, além de auxiliarem na montagem de novas prensas. Cada uma está provida de dois guindastes, com capacidade de IO e 50 toneladas c. IO e 30 toneladas, respectivamente. Dentre as máquinas de outras seções, como as utilizadas para a usinagem de cilindros, as 9 Monfort automáticas para a usinagem de tambores de freio, destaca-se uma máquina única no Brasil e que, desde 1958, presta serviços não só à fábrica da Volkswagen,como a outras fábricas de automóveis do Brasil. Trata-se de um conjunto de equipamentos de solda, desbaste e acabamento de chapas finas, denominado «trem de soldagem de tôpo», cuja função é suprir a falta de chapas largas, que até agora a nossa indústria siderúrgica não está capacitada a fornecer.

no Kubitsbchek durante a inauguração oficial da

fábrica, no dia 18 de novembro de 1959. Disse então o Diretor Geral da Organização Mundial

Volkswagen: «Os planos de fabricação aprovados pelo GEIA exigem um índice de nacionalização,

para a camioneta e na última etapa, de 90 95% para o automóvel de passageiros. Não desejo, entretanto, que a Volkswagendo Brasil dependa eternamente da fábrica alemã. Desejo que ela seja totalmente independente e, por isso, de. Cidi iniciar imediatamente os trabalhos para um produto 100 Ç/ brasileiro» . NA SALA DE PRENSAS

Dentro dêsse programa de aquisiçãode maquinaria, espera-se nos próximos dias a chegada de 4 prensas que serão incorporadas ao conjunto de 61 máquinas em funcionamento na Sala de Prensas. Trata-se de duas grandes prensas hidráulicas destinadas à estamparia de chapas; uma prensa com capacidade de 1.600 toneladas que trabalhará no acabamento de peças forjadas; e uma prensa hidráulica para empacotar sucata, com

Montagem das carroçarias nos chassis.


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INSTALAÇÃO DE PINTURA

Outro conjunto digno de nota é a instalação de pintura com 432 metros de comprimento,

inteiramente automática, da qual sai a cada 4 minutos uma carroçaria pronta. Esta passa, inicialmente, por um túnel de lavagem com jactos de vapor à base de detergentes, para eliminar resí-

duos de graxa e ferrugem, e por um banho de tegem contra a corrosão. Recebe, então, numa primeira cabine, duas demãos de primer, que é a base da pintura, a primeira por imersão e a segunda por pulverizafosfatização e outro de neutralização, que a pro-

cão. Passa ainda por mais .duas cabines de pintura, onde, por pulverização, são aplicadas duas demãos de surfacer e duas de esmalte sintético.

Uma última cabine de pintura é reservada para

truída, que serão concluidos até o fim dêste ano. distribuem-se da seguinte forma: para o anexo ao edifício que abriga a seção de usinagem, 25.00Cm2; para o novo edifício da seção de peças, 25.000m2;

para a seção de galvanoplastia, 1.600m2; e para o tanque de água industrial, 550m2. Com a construção da nova seção de peças. que terá 180 metros de frente, os prédios que dão

vista para a Via Anchieta se estenderão por 550 metros. Em futuro próximo, deverão ser inicia-

das as obras do prédio de seis andares que conterá o conjunto da administração da fábrica. Até fins de maio já haviam sido pavimentados 6 km de ruas, num total de 57.000m2,incluindo parques de estacionamento. Além disso, a área ajardinada ocupa 15.000m2. A FÁBRICA NÃO PÁRA

Dentre os mais de 5.000 funcionários da em-

prêsa, mais de 500 trabalham noite afora. Nos setores da produção, a maioria das seções funciona das 7 às 17r30 horas, mas algumas delas, cujo regime de trabalho não permite sua paralisa-

cão, trabalham com turmas de operários que se

revezam, como é o caso das seções de contagem de chapas, prensas pequenas e grandes, funilaria da camioneta, ferramentaria, montagem do motor, inspeção e manutenção de máquinas, entre outras. As seçÕesque empregam maior número de

Aqui a linha de montagemdos carros Volks-

Imponentevisão da linha de montagemfinal dos carros Volkswagen

os veículos que devem ser pintados com duas cô-

Tôdas essas operações são intercaladas por processos de secagem em estufas, no total de sete, e de lixamento, em três locais, seguido de limpeza. No interior da instalação o ar é renovado constantemente. Brevemente uma nova instalação de pintura para chassis e uma para partes da carroçaria estarão formando ao lado da já existente.

CROMAÇÃO

A cromação de frisos e acessórios metálicos, que até agora está sendo executada fora da Volkswagen por subcontratantes, será, dentro em breve, iniciada na própria fábrica, onde já está em vias de montagem a seção de galvanização. NOVAS OBRAS

Novas obras estão em curso no vasto ter-

reno de propriedade da Volkswagen, que ocupa hoje 661.000 m2, com 1.400 metros de frente

para a Via Anchieta por um fundo máximo de 780 metros. Assim, os 52.150 m2 de área cons-

wagen-Kombi


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operários, substituidos a cada 8 horas, são a da funilaria da camioneta, com 336 homens, e a de

inspeção, com 327 empregados. Executando serviços considerados de muita responsabilidade, 336 operários, aestacadas nas seções de estofamento, soldagem, pintura, etc., estão demonstrando, na Volkswagen, que um novo campo de trabalho es-

tá aberto à mulher na indústria.

5.000REFEIÇôES DIÁRIAS

158 empregados que trabalham na coziriha da fábrica, dotada de 8 caldeirões com capacidade de 500 litros cada um, preparam uma média diária de 5.000 refeições, fornecidas pelo prede cr$ 15,000 para horistas e de cr$ 25,00 para mensalistas. Há também uma comida especia!, preparada de acôrdo com os cardápios do Hospital das Clínicas, para as pessoas que fazem dieta. Os funcionários têm à sua disposição 4 refeitórios: 2 para operários com capacidadepara 950 pessoas e 2 para mensalistas,com capacidade para 450 pessoas. Os gastos mensais com a compra de mantimentos atingem cêrca de 5 milhões de cruzeiros. No ano passado, quando forneceu um total de 865.543 refeições, a emprêsa gastou 32 milhões e 500 mil cruzeiros. Dêste total, os funcionários pagaram II milhões e duzentos mil cruzeiros e a fábrica 21 milhões e trezentos mil cruzeiros. Esta despesa, prevista no orçamento, representa

3 Sensacionais lancamentos da

Volkswagen: TURISMO

cnRR0

e FRIGORIFICO

uma parcela de assistência dada pelo Volkswagen aos seus empregados. Projeta-se para daqui a algum tempo a cons-

trução de um novo restaurante, com capacidade para 1.200 funcionários, além de uma padaria

aue poderá fabricar cêrca de 12.000 pães por dia, va-Aueserá anexada a confeitaria já existente. ASSISTÊNCIA SOCIAL

No setor ae assistência aos seus empregados, a Volkswagervconta com um bem organizado serviço social, que engloba várias funções. Em 1959, por exemplo, concedeu adiantamentos aos funcionários no valor de Cr$ 7.350.000,00para casos de doença, construção de casa própria, situação financeira precária, etc.. No setor de assistência médica e dentária, conta com um ambulatório que, em 1959, aten-

deu gratuitamente a 9.251 consultas; conta com

uma sala de fisioterapia e com um serviço de enfermagem que funciona diàriamente durante 24 horas. Êste serviço, com 7 enfermeiros, fêz em 1959 uma média diária de 87 aplicações, entre curativos, injeções, pequena cirurgia, medicação

A camioneta

Kombi-TurismoEspecial é um verdadeiro apartamento ambulante para duas pessoas, confortàvel e prático, porque durante a semana o veículo serve como instrumento de trabalho.

por via oral, etc.

Os casos de internação são encaminhados à Policlínica de São Paulo. O Serviço Social da Volkswagen ainda presta assistência aos empregados em questões de trabalho, familiares e jurídicas. Também está afeta a êle a Coperativa dos empregados, fundada em outubro de 1959 e com mais de 2.000 sócios. Para possibilitar oportunidades de recreação aos funcionários, foi fundado há mais de um ano o Volkswagen Clube, com sede em São Bernardo do Campo e com cêrea de 1.400 sócios:-

Ainda neste mês será lançada a adaptação da camioneta Kombi-EspeciaI VW para turismo. A adaptação ficou a cargo das firmas Cama Bruno S. A. e Mercantil Suissa S. A., que se responsabilizam pela instalaçã oe pelo funcionamento dos acessórios. Para informação dos nossos amigos Revendedores, transcrevemos a seguir uma breve descrição dêste tipo de veículo, que certamente achará muitos adeptos uma vez que, além das suas conhecidas vantagens de uma Kombi co-


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mum, oferece a possibilidade de ser fàcilmente convertida numa verdadeira casa sôbre rodas. CARACTERÍSTICAS

I) Os dois bancos estofados, opostos entre si, quando armados, transformam-se em cama para casal. Possuem revestimento externo em tecido de alta qualidade, beleza e durabilidade. Os sofás são montados sôbre duas caixas de madeira de imbuia, com portinhodas, que permitem usáIas como armários. 2) Mesa de madeira de imbuia, com extensão especial para aumentar seu tamanho original. E' instalada em um painel, também de imbuia, e possui uma trava com mola, que permite sua fixação na posição horizontal ou embutida no painel, quando fechada. 3) Lavatório especial, montado em móvel de imbuia com sistema especial para embutir a pia e torneira. Possui uma pia de aço inoxidável, com

Uma mesa e 4 cadeiras especiais para praia fazem parte do elegante conjunto.

torneira cromada e todo o sistema de drenagem de água usada. 4) Há dois armários: um guarda-roupa e ou-

tro para fins diversos. O armário guarda-roupa possui porta-cabides e espêlho embutido na porta; o armário para fins diversos possui uma porta

dupla e uma prateleira. 5) O conjunto berço especial, é constituído por duas partes de lona com ganchos e uma vareta cromada, que quando devidamente colocados, formam com o encôsto do banco do motorista um berço para crianças até IO anos. 6) Acompanham o equipamento duas barracas. A barraca menor, é do tipo individual,de armação simples de tubos de ferro, que serve de local para trocar de roupa. A barraca maior, com armação de tubos de ferro, revestida de Iona, usa como ponto de apôio 0 bagageiro, formando uma barraca grande e confortável. Possui três laterais de Iona, que se prendem ao teto por meio de

No interior, dois bancos estofados, oposto entre si. quando armados, transformam—se em cama para

casal

grampos.

7) Uma mesa e quatro cadeiras especiais para praia; a mesa é armada com tubos de ferro esmaltados e possui tampo de fórmica. As cadeiras também em tubos de ferro esmaltado, com assento e encôsto de Iona. Todo o conjunto é fàcilmente desarmável. 8) Bagageiro reforçado, construído em tubos de aço, com estrado de ripas; é colocado de forma a permitir a instalação da barraca citada em (6); possui uma esacada removível e lugares determinados com respectivas correias para guar-

dar as ferragens das barracas. Possui também uma caixa d'água, com registro, que ligada ao lavató-

rio por meio de uma mangueira plástica, fornece água corrente. 9) Cortinas de padrão moderno, colocadas em galerias cor rodízios, cobrindo tôdas as janeIas. As galerias são de imbuia e acompanham o acabamentointerior. IO) — Acessórios: a) Revestimento do assoalho com tapete de plástico especial. b) Dois planfoniês de luz, colocados de forma a iluminar o ambiente.

Vista lateral da camioneta Kombi-TurismoEpecial. Em primeiro plano o lavatório embutido, com

revestimento de madeira de ótima qualidade.

Outro lançamento a ser efetuado em breve é o do CARRO-BAR,mais uma adaptação da camioneta Kombi-Volkswagen,que acreditamos será de grande interêsse para o comérciode bebidas e sorvetes. A seguir apresentamos algunó detalhes dêste veículo, que bem demonstra as possibilidades da camioneta VW. Desejamos salien-

tar ainda, que a adaptação para CARRO-BARfoi provada e testada durante tempo suficientepara justificar plenamente a sua„utilização em condições as mais diversas.


12

CARACTERÍSTICAS

1) O equipamento Bar possui dois armários:

um com portas de correr e prateleiras; e outro com gavetões e gavetas. A parte inferior é envernizada e os tampos revestidos de fórmica. 2) As prateleiras divididas em duas seções, são montadas sôbre os balcões;-pintura de esmalte sintético. 3) Pia de aço inoxidável, com torneira e sistema de escoamento.

4) Fogão de duas bôcas, especial para gás de botijão, montado sôbre mesa de alumínio e com proteção lateral: acompanha um sistema especial para fixar o botijão de gás. 5) Bagageiro reforçado constituído de tubos de aço soldados, com estrado de ripas; acompanha escada móvel e uma caixa de água para alimentar a pia . 6) Tôldo especial, com as respectivas ferragens, usando coom apôio engates colocados no

Interior do Carro-Bar com suas magníficas insta-

lações: armários, prateleiras, balcões, pia, fogão, geladeira, etc.

bagageiro.

7) Geladeira especial para gêlo picado, com forração interna em chapa galvanizada e tampo

eficiente e econômico de bens deterioráveis, o CARRO-FRIGORÍFICO VW é um veiculo ideal. CARACTERÍSTICAS

Um sistema especial de polias e transmissÕes permite acionar o compressor pelo motor do próprio veiculo. Na cabine do motorista há um ter-

mômetro para contrôle da temperatura no compartimento de carga, isolado com 5 cm de lã de vidro e 10 cm de «Scyrophor» (isolante à base de Polyester) . O revestimento interno é de chapas de alumínio com um estrado de madeira sôbre o piso, A pintura externa pode ser escolhida

O Carro-Bar, outra adaptação da camioneta Kombi-

pelo comprador. A alimentação da câmara frigorífica é feita através de corrente externa de 110 ou 220 volts, ou pelo acionamento do motor. A temperatura interna da câmara é reguiável até 25e C, com temperatura externa de até 509 C. A temperatura pode ser regulada de acôrdo com as neces-

de bebidase sorvetes.

sidades.

Volskswagen,de grande interesse para o comércio

de alumínio. Devidamente isolada, garantindo perfeita refrigeração dos produtos armazenados. 8) Acessórios: a) Banqueta giratória especial, que corre sôbre trilhos para permitir movimentação fácil da pessoa encarregada de servir no balcão. b) Assentos especiais, em lugar do assento original da Kombi; êsse assento permite passagem da cabine do motorista para o compartimen-

to traseiro.

Principalmente nas condições do nosso clima,

a conservação de gêneros alimentícios e outros produtos sensíveis às variações de temperatura constitui um problema. Para resolvê-lo, a Volkswagen do Brasil criou mais uma adaptação da ca-

mioneta Volkswagen — 0 CARRO FRIGORÍFICO.

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ENVELHECEM PAULO BOMFIM Os heróis não envelhecem, nós sim é que va-

mos deixando os cabelos ficarem brancos e o arado do tempo cavar fundas rugas na superfície de

nosso rosto . Cada vez que descubro num jornal as histórias em quadrinhos que deliciaram minha meninice, sinto que as horas pararam de correr para meus personagens favoritos de antigamente. Pela lei da vida, o «Fantasmo Voador» deverá ter hoje, aproximadamentequarenta e cinco anos, «Tim e Tom», os patrulheiros das selvas, teriam se tornado comandantes de seus destacamentos, «Big Ben» estaria aposentado em sua carreira de boxeur, Brick Bradfor e Flash-Gordon

teriam constituido respeitáveis famílias em algum dos planetas que tivessem visitado e tanto

o Pinduca como «os sobrinhos do Capitão» seriam

homens de minha idade, com os meus problemas, arcando com as responsabilidadesque possuo. Se os heróis envelhecessem, «O Reizinho» te-

ria uma respeitável barba branca e muito juizo

debaixo de sua pequena coroa dourada, «Tarzan» seria um pacato Lord inglês envelhecendono fundo de uma poltrona num clube aristocrático de

Londres, «Pafúncioe Marrocas»estariam calmamente suportando a velhice, cercados de netos e bisnetos, «Mandrake» em companhia de Narda vi-

veriam numa casa muito grande rodeadosde pe— queninos mágicos„. e «Zé Mulambo» a esta altura chamar-se-ia Dr. José Mulambo,respeitável cidadão com vasta chentela em Rancho Fundo! Se as horas passassem também pelas histórias em quadrinhos, só o milenar Brucutu resistiria a essa geada de minutos amargos que branqueia nossos cabelos. Mas, felizmente, os heróis são sempre moços,

e nós que não somos heróis podemos envelhecer tranqÜilamente, certos de que ninguém torce por nós, de quemossas pobres aventuras nem mesmo

a nós próprioschegama interessar.


a chegada a esta cidias um espetáculoinédito: INÉDITO ESPETÁCULO — Piracicabaassistiu há media aproximadamente 18 m. carreta A fim. esse para especial carreta em dade de 8 carros Dauphine,transportados ou menos, formando um dar um total de 20 m mais de comprimentoe somada ao chassis que a rebocava, deveria recebeu com gran_ Piracicaba foto. pela ver pode se como conjunto majestoso. Os carros alinhavam-se em dois níveis com agência á rua Figueiredo Inaldo e Escrivão Argemiro de simpatia os concessionários Dauphine nesta praça Srs.comercial porque transporta para nossa cidade o famoso Gov. n. 926. O acontecimento, na verdade, não é apenas também, «um sucesso piracicabano». Foto: Lacôrte «slogan»: «l)auphine, um sucesso mundial», que é agora,

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Telefone e Energia Elétrica, para o bairro da Conceição e Telefones para Dois Córregos, Tupí e Bela Vista, importantes realizações da atual administração municipal.

O prefeito Dr. Francisco Salgot Castillon, cumprimen-

ta o sr. Guerino Biason por acasiáo da instalação de

telefonesno bairro da Conceicão.Um aparêlho foi instaladona residênciado Sr. Guerinoe outrono sitio S. Pedrode Esio Toledo.Ambos porém telefones públicos.

Fotos: Cicero No bairro da Bela Vista quandoera inaugurado o telefonena residênciado Sr.João Furlan. Outro aparelhofoi instalado no armazem de

Italo Bachin, ambos de utilidade pública. Experimentando o aparêlho aparece o bresiden-

te da Telefónica,sr. AntonioFaraht

Assistência

aos munici-

pios, meta que vem sen-

do cumprida pelo prefeito

Salgot I


19

Inauguração de .Energia Elétrica no Bairro da Conceicão. Naquela oportunidade, os moradores do bairro, ofereceram um banquete ao prefeito Salgot na resi— dência do Sr. João Jacob Dihel e sra.

O presidente da Câmara Municipal sr. Manoel Lourenço quando experimentava o aparêlho telefónico no Bairro de DOISCórregos, no armazem de Joanin Benatti. No flagrante, o prefeito Salgot, vereadores e demais pessoas presentes.

Na oficina do sub.prefeito de Tupy, sr. Milton Flaminio de Arruda também foi instalado um telefone de utilidade pública. No cliché, o vereador Mario Stolf ao fazer uma ligação, o prefeito Salgot vereadores e pessoas presentes.


20

CUMULOS ACUMULADOS Em todos os ônibus tem um letreiro assim:

Escreve:

ZÉ TAQUARA

Taquarísticas O trabalho enobrece, mas qual a vantagem de ser nobre?

E' proibidoconversarcom o motorista,

Os passaoeiros não conversam, mas o cobrador conversa com êle a viagem toda.

CABOCLA da MINHA TERRA ZÉ TAQUARA Caboclada minha terra

Que nasceu ao pé da serra Num ranchinho a bêra-chão. Produto bem brasilêro Vale mais do que o dinhêro Orguio da minha Nação.

Dizia aquela loirinha: Ontem eu passei tão bem! Almocei em casa de uma família muito rica e comi, maionese,

lagosta, lasanha e feijão.

Tú tens as face corada E as tranças bem trançada Pretas que nem carvão. Cabocla que não se pinta,

Que não percisa das tinta Prá machucá os coração. Em Pereiras não vi um só pé de pêra.

Cabocla forte, bonita!

Na porta do cinema do povoado alguns caboclos conversavam: — Faiz tempão — dizia o nhô Pedro — que eu não vejo aqui na porta o Tonho, dono do cinema !

— Eu também tenho notado isso, arrematou

o Nicola, venho toda noite aqui e num tenho visto êle. — Ora essa pessoá, — falou o João

pois

vanceis ainda não discubriro o negócio? — Que negócio? perguntou o Guilherme. E o João com uma cara de riso falou: — Vanceis ainda não arrepararo que o Tonho só aparece aqui na porta quando êle passa uma fita boa, pois quando a fita não é boa êle não aparece prá mór que a turma aqui na porta dana a falá mar do cinema e dêle que não é vida!

De vestidinho de chita Com uns risquinho de cô. Caboc'a que ansltn vestida Fica mermo parecida Com a mata toda in frô!

Caboclaque se alevanta Quando a passarada canta Saudano a linda arvorada. Caboclaque o dia intêro Ajuda lá os vaquêro Na marcaçãoda boiada. Caboclada minha terra

No teu corpo moreno incerra Toda a beleza da «raça».

Cabocla,és meu enlêvo, A tua saúde eu bebo

Uns deiz copo de cachaça.


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22

Solidariedade

No Paraguai, país que mantem estreitíssimas relações de amizade com o Chile, esses dramáticos acontecimentos tiveram a mais profunda e sincera repercussão. Por lá também andamos e não houve uma

só pessoa que não fizesse

uma referência constrangedora aos efeitos aniquiladores dos abalos sísmicos. Mais do que isso, o

ao

Paraguai que é apontado como país de curtos recursos, não deixou de participar com destaque da ponte aérea que o mundo organizou para le-

var suprimentos e socorros aos chilenos.

Chile A. S. OLIVEIRAJúNIOR Constrange ainda o coração de toda a humanidade o que o Chile vem de sofrer com uma se-

qüência de terremotos e de abalos sismicos que

não só causaram avultadíssimos prejuizos ao país, mas, o que é mais lamentável, atingiram em cheio a família chilena, impondo-lhe a perda de muitos

milhares de vidas e a desorganizaçãode outros tantos milhares de lares. O povo chileno que é sem dúvida um gran-

de povo, um povo laborioso, inteligente, honesto

e simpático, ao ocorrer essa tragédia que tanto

impressionou todas as pessôas bem formadas, teve oportunidade de receebr numerosas provas de afe-

to e de solidariedade.

Todos os países do mundo souberam mostrar

seus sentimentos bons. Ainda dos países mais dis-

tantes, passaram a ser enviados ao Chile supri-

E o Brasil? Está bem presente na lembrança de todos o que o Brasil também procurou fazer nessa hora de adversidade da nação irmã. Nosso Exército, nossa Marinha de Guerra, nossa Aeronáutica, numerosas instituições oficiais e particulares se esmeraram na concretização dos nos-

sos programas de solidariedade enquanto algumas crianças brasileiras que freqüentam a Escola Chile, do atual Estado da Guanabara, numa concorrida missa mandada celebrar em sufrágio das almas das vítimas dos terremotos do Chile, . na Igej.ade São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, traziam estampadas nas suas cândidas fisionomias todo o constrangimento e toda a solidariedade do povo brasileiro.

Batismo de Paulo Eduardo, filho de

nosso repórter-fotográfico José Paulo Lacôrte

mentos e mais suprimentos destinados às vítimas dos terremotos do Chile. Não cabe aqui destacar êste ou aquele país. A verdade é que todos os paí-

ses, na medida de suas fôrças e possibilidades, procuraram revelar ao Chile que êle não estava só. Logo depois da pase mais aguda dessa dan-

tesca tragédia,.a RepúblicaArgentina estava em grandes festas, comemorando solenemente 0 150.0

aniversário de sua Independência. Lá nos achavamos, também, podendo observar quanto os argentinos sentiam os acontecimentos dramáticos que se haviam desenrolado na nação vizinha. Tinha-se a impressão de que os argumentos não vibravam com todo o entusiasmo que lhes poderia proporcionara comemoraçãoda grande data nacional. E' que sentiam no desenvolvimento daque-

Ias festas patrióticas a dor de quem vê um irmão sofrer. Todos os argentinos tinha uma expressão de constrangimento e de lamÚria. A esplendorosa cidade de Buenos Aires estava então superpovoada de delegaçõesestrangeiras provenientes de oitenta países e no seio delas essas manitestações de solidariedade se reproduziam.

No último domingo,realizou-sea cerimónia de batismo do menino Paulo Eduardo, filho do casal José Paulo P. Lacôrte - Maria Dirce F. Lacórte. Foram padrinhosdo neófitoo sr. ClovisLacôrte e srta. Maria Angela

Lacórte. No flagrante, a. do batismo. Mirante deseja felicidades ao cerimónia Paulinho. (Poto Lacôrte)


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A sempre lembrada Miss Martha H. Watts, fun-

dadora do Colégio Piracicabano, hoje Instituto Educacional O Piracicabano.

aniversário do COLÉGIO

PIRnclt TEXTO DE JAIR TOLEDO VEIGA

Em 27 de Janeiro de 1884 0 Colégio Piracicabano passou a funcionar em casa própria, no mes-

mo local onde atualmentese

acha, na rua da Boa Morte.

No cliché, 0 1.0 edifício do Colé-

gio.


25

A 13 de Setembro de 1881 foi aberto em

Piracicaba o conhecido educandário «Colégio Pi-

racicabano»,numa pequenacasa alugadana Rua dos Pescadores, hoje Prudente de Moraes, nas proximidades do Largo São Benedito, mudandose logo depois para a rua São José, no prédio onde

até há poucoexistia a «FarmáciaNormal»para,

em 27 de Janeiro de 1884, passar a funcionar em casa própria, no mesmo local onde atualmente

se acha, na rua da Boa Morte.

Sob a atual competente

direção do Rev. Norman Jorge Kerr o I. E. O Piracicabano vai cumprin-

do seu brilhante destino de renomadoeducandário.

Foi fundado sob os auspícios das senhoras metodistas do Sul dos Estados Unidos, pela sempre lembrada Miss Martha H. Watts, com a finalidade de dar uma educação liberal vens piracicabanaspara estendenrem o seu horizànte cristão tanto como o intelectual. Escolhendo o caráter cristão como o melhor de todos, o estabelecimentoprocura colocar perante os olhos dos alunos tanto pelo exemplo como por preceitos, a mais alta moral, facultandolhes os meios convenientes para que possam alcançá-la.

Tendo os princípios das Escrituras Sagradas como alicerces, pedra angular, superestrutura e

teto do edifício moral que se chama caráter, vem o tradicional Colégio, crescendo com a cidade de Piracicaba, empreendendo com firmeza essa gloriosa tarefa.

No seu internato, desde a instalação na sua

própria casa, foram recebidas as filhas dos mais importantes fazendeiros e outros homens progres-

sistas, como o vem fazendo até hoje. As ex-alu-

nas e ex-alunosencontram-seem todo o Brasil e são todos cidadãos úteis à Nação.

Acompanhandoo grande desenvolvimento

da instrução pública, durante êstes últimos anos, o educandário tem sempre aumentado o seu programa de estudos e seus edifícios.Acha-se abrigado em prédios espaçosos e cômodos e os seus continua

.Em 1899 0 idifício foi remodelado, apresentando-se com este aspecto. No medalhão, Miss Lily Stradley, outra diretora de saudosa memória.


26

Aspecto atuai do I. E. Piracicabano

cursos o colocam entre os melhores Colégios de qualquer País, constituidos aquêles de Jardim da Infância (modêlo) , Curso Primário, Ginásio Diurno e Noturno, Científico, Normal, Aperfeiçoamento do Normal, Técnico de Contabilidade, Comercial Básico, Datilografia, Preparatório ao Ginásio, Pintura e Curso de Música: Piano, Violino, Harmônica, Violão, Teoria e Solfejo.

A data comemorativaé pois de real impor-

tância e o passado do educandárlo é razão de sobra para rejubilar-se o povo piracicabano porque é um valioso veículo de progresso intelectual e moral que se consolida e se amplia nesta inconfundível Noiva da Colina. Justifica-se o entuiasmo ao programa comemorativo levado a efeito na sua data máxima, no qual o orador oficial dr.

-Francisco Antonio Coelho não esqueceu de home-

nagear a diretora-fundadora e sucessores que tenazmente lutaram pelõ seu engrandecimento. pois deve ser tribuAo «PIRACICABANO» tada a homenagemque merece,

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Fotos Cantarel li

Aqui, compadre Alcindo, Acacio, Zé Cantarelli e Dico, mostram o que poderíamos chamar de

umvaralde curimbatás

Delícias de uma pescaria no rio Tietê Waldemar, compadre Alcindo, Dico e Acacio exibem. órgulhosos, os curimbatás apanhados no rio Tietê, desemboque do Rio Sorocaba. I

'Tietê.Menú:CurimAlmoçoda turma a beira do rioDa esquerda para a batá frito e caninha Tatuzinho. direita: Waldemar, Acacio, compadrt3 Alcindo, Zé Cantarellie Dico.


29

Uma pescaria proveitosa: mataram 32 curimbatás em 2 dias.

Secando a rêde

Artistico flagrante contra a luz na maravilhaso pai-

sagem do lendário rio Tietê

Local: rio Tietê e foz do rio Sorocaba. Boa turma, boa pescaria, boa caninha, local maravilhoso, resultado: um paraiso na ter-

O amanhecer do rio Tietê


30

Ao Vagabundo SYDNEYG. W. BARRETO

Conselho DUILIO GAMBINI

Sê bom! Não te magoe a fúria insana daqueles que te querem torturar! Perdoa sempre a estupidez humana, verás como é sublime perdoar!.

A paga do que fazes do Alto emana, que entre os homens o lema é desprezar todo bem, todo gesto que promana da vontade infinita de doar!.

Tu que andas sempre solitário pelo mundo vagando errante como um pobre vagabundo, sob o véu negro da piedade popular... Por que não trilhas no caminho verdadeiro? porque não cantas por teu dia derradeiro que neste mundo é sempre próximo a chegar? Não vês que tudo que te cerca é cintilante? Não vêc que a vida brilha mais a cada instante e que é tão bela a natureza sôbre a terra? Deixa essa vida tão penosa de boêmio... Receberásde Deus então um grande prêmio: A própria vida nas belezas que ela encerra! (Araraquara)

(Do livro «SOLEDADE»)

Ao próprio coração, que a. treva densa da ncite, de torpor cobrir quisera, envolto em sombras de melancolia,

resta a esperança que é recompensa, e faz feliz e radiosa a espera da alvorada purpúrea de outro dia!.

Avaré

A Noiva da Colina

Cena da Poça Na larga rua do arraial deserto,

Vê-se a casinha do Mané Trabuco, O domador mais hábil, mais esperto,

Piracicaba, a Noiva da Colina Que aguarda, ansiosa, a vinha do nubente, A fronte cinge com a grinalda olente E sôbre o espêlho do caudal se inclina.

Que mora cá nas bandas do Macuco. Alí, junto da casa, alí bem perto Da soleira da porta, o seu filhinho, Que parece viver num céu aberto, Afaga um pobre gato, de mansinho.

Como a cumprir a mais gloriosa sina, Exalta a messe do labor ingente, Afaga os dotes da brasília gente

E ama o Progresso,a Paz e a Disciplina.

Rosna o felino, arrepiando o pêlo, Nervoso, electrizado, satisfeito,

Por ser tratado com tão grande zêlo.

Berço augusto de poetas e de artistas E estrada real das cívicas conquistas, De ti Piratininga se envaidece.

Ouvem-se sons tristonhos de violão. Mané, sentado e curvo sôbre o peito, Tira bichos do pé com seu facão.

Netos que são de hercúleos bandeirantes, Teus filhos dizem, no porvir confiantes: Piracicaba é arrôjo, é sonho, é prece

(Do livro inédito: «Regionais») JOÃO TEIXEIRA ARAUJO

S. SUANNES


31

DICIONÁRIO

PENSAMENTOS

QUADRADO

de CASANOVA ALL-RIGHT

Procuro, e sempre lhes dou definições 100%: O F é um P que furou,

ó um P com escapamento.

FELICIDADE

O dinheiro compra tudo, exceto a felicidade. Mas, convenhamos, contudo,

que ajuda barbaridade!

Devemos a All-Right, brihante cronista do Rio de Janeiro, a divulgaçãoda facêta filosófica

— geralmente desconhecida — do famoso Dom Juan Veneziano, que foi Casanova, o qual ao mor-

rer, com 73 anos de idade, exclamava: «Grande Deus, e vós todos, testemunhas de minha morte: vivi como um filósofoe morro como um cristão». Eis alguns pensamentos selecionados pelo

brilhante cronista:

A felicidadeestá na simplicidade e não na

cstentação.

Para as mulheres,a juventudeé o primeiro

dos tesouros . Vícios e virtudes, isso que denominamos de costumes .

GRIPE

Para a pessoa gripada sempre receito aguardente. Pode falhar, sim. Mas nada falha tão gostosamente..

Definhar ao lado de uma bela insensível ou caprichosa, é ser parvo. A felicidadenão deve ser nem muito fácil nem muito difícil. A curiosidademuito se aproxima do amor. Mesmo na carreira do vício, agrada-me reconhecer que fui sempre um apaixonadoda virtude.

As lágrimas não são mais do que uma vã homenagemque não nos restitui aquêlesque nôIas fizeramverter.

A misériae o amor,quandose unema um

SATISFAZER

Satisfazer um desejo como enfastia ligeiro!

Nunca vi segundo beijo ter o gôsto do primeiro.

falso espírito de bravura, produzem extravagância no mundo inteiro. Quando a infelicidadepersegue alguém, tu-

do se junta para fazê-losucumbir. A imaginaçãoda mulher vai sempre mais longe que a do homem, quando se trata do coração, das paixões e do prazer. Gozar e deixar gozar foi sempre minha di-

visa; e ela o será até a morte, embora no ponto em que estou, desgraçadamente, o prazer para mim não exista mais do que nas record•çõcs. TENTAÇÕES

Raramente a gente escapa às tentações, sim, pois antes cair nelas pelas que perder algumas interessantes..

Quandose fala de amor e os raciocíniosdi-

zem respeito aos interessados nêle, o amor-próprio

e o sentimento tornam o assunto inesgotável. Ensinou-me a olhar- como supérfluo tudo o

que não temos. Esta a verdadeira do homem de bem O amor é o Deus da natureza. Nós o conhecemos, sabemos dos seus caprichos extravagantes, mas o adoramos.

Quanto menos nos sentimos elevados em

VIDA

A vida

nossa própria opinião, mais queremos parecer

Cebola amarga,

cebola de máu agouro.

A cada casca tirada, vem mais trabalho e mais chôro. Santos

EMO THEODORO WANKE

distinguidos ao solhos dos outros.

E' precisoamar as mulheres e não ser curio-

so de seus mistérios. O amor alarmado perde em fôrça o que ganha em raciocínio.


32

ECCE SACERDOS

a fé, a alma religiosa, a ansiedade espiritual de tôda uma população ardendo por seu guia, ove-

lhas fiéis à espera do seu novo pastor. E êste, feliz de certo, neste primeiro contato com os seus

MAGNUS

LINOvrrrl Eis o grande sacerdote! Eis, melhor diremos, o grande Pai! Órfã momentânea que ficou, a Dio-

cese de Piracicaba vê chegar o grande Pai — «sa cerdos magnus». E o fez com aquêle mesmo carinho, com aquêle mesmo amor, com aquela manifestação de júbilo, espontânea e vibrante, como só o sabem fazer os filhos que revêem o pai. Rindo e chorando, batendo palmas e enxugando pranto eufórico, Piracicaba recepcionou o seu 2.0 Bispo — Dom Aniger Francisco Maria Melillo. «Ecce Sacerdos Magnus», entoava a multidão, abençoada pelas lágrimas plu€ais com que a natureza se dignou enfeitar a tarde de 15 de agôsto, como se também ela quisesse demonstrar o transbordamento de seu júbilo, roubar a emoção dos corações piracicabanos. No olhar de cada rosto, no sorriso de cada lábio, na impaciênciade cada passo, no aceno de cada mão, e sobretudo, no timbre de cada canto e no calor de cada discurso, viu-se transparecer

INSTITUTO

Aprenda

súbditos, adivinha nêles, de pronto, a boa vontade que haverá de encontrar na árdua tarefa de dirigir a Diocese. Viu, nessa primeira vibrante manifestação, a fôrça de que necessita para levar a bom têrmo o apostolado episcopal de que vem revestido. Viu o amor e o devotamento do povo católico de sua Diocese,tudo num transbordamento de virtudes, armas boas e sumamento necessárias ao progresso dela. Dêste cantinho humilde, desta última página, embora já um tanto fora de tempo, desejamos nós também saudar o grande Sacerdote — «sacerdos magnus». Desejamos-lhe as. boas vindas e uma feliz permanência junto de seu rebanho. Que os diocesanos constituam um exército aguerrido sob o seu comando, no combate ao êrro, à imoralidade, ao materialismo, ao desamor, que sejam uma falange bendita de caridade e de fé, quando mister se faça uma cruzada de redenção de almas, de conversão de coraçÕes. «Ecce sacerdos»! O sacerdote ai está. Mas que não fique só, que não se veja sôzinho nessa ingente, pesada, duríssima porfia de dirigir os destinos de nossa diocese. Eis o sacerdote, que respondeu presente. Cabe agora aos diocesanos responder também — presente.

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Há 40 anos

Vista aérea das Oficinas Dedini em Vila Rezçnde

as as indústrias Dedini não pararartÉ

grande aí. Hoje elas se desdobram.em

em futuro - -laminação de perfilados próximo produzirão aço. .)iracicabano! Isso -tudo representa grandeza para S. Paulo e progresso pataJ_.o Brasil! M, Dedini S. A. — Grande lamiriaçA0,dé perfilados

. v' Antes de Dedini, tôda maquinaría ara a indú3tra do açúcar

tinha de ser importada. Isto representava gastos astronômicos para o Brasil! construiu aquí Depois veio M. D. o fabrico do tôdas as máquinas açúcar e em seguida usinas completas.

É

fácil imaginar a economia em

divisas que isto representou para o nosso país.

Por isso êle é com inteira justiça PAI DO AÇÚCAR".


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