O renascer do elo entre o Homem e a Natureza.
INTRODUÇÃO O presente documento tem como propósito dar a conhecer a nova estratégia criativa para a Ufarm assim como apresentar algumas peças criativas, que ilustram as nossas ideias para o futuro da comunicação desta marca. O nosso plano de comunicação não segue as características usuais que um plano de comunicação genérico seguiria pois, após a análise do briefing e do estudo da marca, apercebemo-nos de que esta empresa está ainda no seu inicio (em germinação), o que precisava concretamente era de uma construção de uma marca forte. Concluímos que a ufarm não tinha as raízes bem assentes na terra enquanto marca (talvez porque foi criada sob pressão, prazos de entrega e com poucos recursos). E por isso, o trabalho que desenvolvemos tem um carácter de rebranding muito forte. A própria fundadora da marca tinha algumas incertezas em relação a múltiplos aspectos da identidade corporativa, não se sentindo confiante com a imagem que a marca transmitia, embora acreditasse profundamente na ideia de negócio que representa. Além disto, a marca ainda não teve uma presença significativa no mercado logo, faz todo o sentido apostar numa estratégia de penetração de mercado que contará com uma forte componente de branding mas também de activação de marca.
Acreditamos no potencial desta empresa e queremos, com o trabalho que desenvolvemos, que esta tenha todo o potencial para vingar no mercado. Irá ser apresentada uma identidade principal, que achamos ser a que mais se adequa à marca, e algumas alternativas que transmitem estilos e linguagens visuais diferentes mas que podem adequar-se ao pretendido. Com isto, queremos dar várias alternativas à fundadora da empresa, que afinal de contas, é quem melhor a conhece. Uma identidade estará mais dirigida para o género e faixa etária do grupo alvo, enquanto que a outra tenta apelar mais ao público jovem, moderno, urbano, cosmopolita. A proposta principal concentrou-se mais neste segundo grupo-alvo, que se encontrará a gravitar para uma imagem mais moderna, irreverente e divertida. Mas, enquanto experimentávamos com logotipos e imagens de marca, percepcionamos uma aceitação geral por parte de várias demográficas pelo logotipo mais tradicional, que apreciavam a sua natureza simplista e rústica com uma subtileza feminina muito característica. A nossa equipa está satisfeita com as duas identidades. Decidimos apresentar as duas pois traçam rumos muito distintos para a marca e a decisão final, não nos cabe a nós fazê-la.
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identidade visual
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NOME Uma das maiores decisões feitas foi a alteração do nome da empresa. O nome Ufarm, a nosso ver, acarretava alguns problemas, que podem distorcer a percepção do consumidor do que é a marca, logo após ler o nome. O farm, como foi explicado pela Eng.ª Rosário, tem conotações com a indústria farmacêutica devido à semelhança entre as duas palavras e houve mesmo quem a tivesse questionado acerca dessa situação. Outro dos problemas detectados prende-se ao significado da palavra quando se traduz para português. Farm pode ser quinta ou cultivar mas em grandes campos e as pessoas podem pensar que o produto é para quintas ou jardins de grande dimensão, algo que vai completamente contra o objectivo principal da marca. Para além destes problemas, notou-se que o nome é demasiado simples, apenas com um significado concreto, que traduzido à letra significa “Tu Cultivas”. Com tudo isto em mente, a nossa proposta para o novo nome é uGrow. Manteve-se o U que lido em inglês lê-se como you que significa “Tu”. O Grow vem da expressão inglesa do acto do cultivo e plantar como “I grow vegetables in my backyard”. Também é aplicada a qualquer tipo de plantas, sejam elas interiores ou exteriores, o que se adequa perfeitamente ao conceito da marca. A palavra grow significa também crescer, o que se aplica às pessoas, pois estas embarcam numa nocva actividade que lhes permite o desenvolviento pessoal e que resulta num crescimento psicológico e emocionalmente ao lidar e cuidar de hortícolas. Este duplo significado, de crescer e cultivar, é um óptimo conceito para o nome da marca, pois o consumidor irá plantar (grow) e ao fazê-lo, irá crescer (grow) psicológica e emocionalmente, através dos cuidados, atenção e carinho que dará à sua planta.
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LOGOTIPO O logotipo desenvolvido foi profundamente inspirado pelo estilo e tom que foram definidos, podendo notar-se bastantes parecenças entre o aqui apresentado e o que seria idealizado através do moodboard. A ideia era que esta marca tivesse uma identidade visual que ressoasse com um público moderno, divertido, urbano, cosmopolita e jovem de espírito. Fazer da actividade hortícola algo cool e divertido, totalmente descomplicado e que se aplicasse ao estilo de vida do público-alvo. Queríamos também que o look da marca tornasse as mensagens que se pretendem comunicar (formativas, informativas e aspiracionais) mais “leves” e apelativas. Para esse efeito, optou-se por uma tipografia sem serifas e com um traço recto que transmite modernidade mas sem muito rigor na simetria, algo aleatória, para transmitir o espírito jovem e irreverente. O “u” de “uGrow” encontra-se em lower case para ajudar a diferenciar as duas palavras e também para facilitar a leitura do nome. Como forma de tornar o logotipo mais divertido escolheu-se substituir o “o” de “uGrow” pelos diferentes legumes que a empresa comercializa. Além de animar o logotipo, as ilustrações personalizam-o e informam de imediato qual o produto que a marca comercializa, tornando óbvia a conotação de grow presente no nome da empresa - you grow tomatoes, you grow peppers, you grow eggplant. Os ícones dos vegetais foram feitos de modo a simplificar ao máximo o seu formato e a obedecerem ao estilo flat (o minimalista é sempre associado a algo moderno) mas tentando dar um aspecto de cartoon para os tornar mais divertidos. As cores simples e vivas auxiliam também nesse aspecto.
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alternativa_1 A inspiração para este logotipo vem através de uma observação e análise dos produtos da empresa e da percepção de que todos eles são diferentes em cores, tamanhos e formatos mas que têm uma coisa em comum: o pedúnculo. O pedúnculo é o elemento comum a todos os produtos da marca e fizemos dele um símbolo para a sua identidade. A partir daí seleccionou-se uma tipografia que reflectisse um contexto mais tradicional, feminino e rústico. Adjectivos que podem ser facilmente associados à marca. A fonte IM Fell Great Primers consegue transmitir na perfeição aquilo que esperávamos. O facto de ser uma tipografia com serifas e com muitos detalhes redondos faz com que as letras e o logotipo em si fiquem com um ar tradicional e feminino. Este tipo de letra, por dotar de um traço irregular em que as letras não são desenhadas rectas nem perfeitinhas, torna-o algo tosco e isso dá um ar rústico e artesanal. O factor de diferenciação e de memorização deste logótipo está indiscutivelmente na transformação da letra “o” de “uGrow” num fruto. É propositado que o fruto representado seja pouco perceptível. Pode ser qualquer um. Desta forma, se o leque de oferta da marca aumentar o logo mantém-se adaptável. Embora haja frutos com formatos mais característicos como o pimento ou a beringela, todos são arredondados e todos têm um pedúnculo. O “o” pode ser qualquer fruto, desde que… tenha pedúnculo. logo.
O ponto entre “u” e “grow” serve apenas para unificar o nome da marca e facilitar a sua leitura, dá completude ao
A assinatura da marca poderá e deverá ser utilizada em conjunto com o logo pois clarifica a actividade da empresa. A assinatura encontra-se noutro tipo de letra: Open Sans. Esta foi escolhida com o objectivo de contrastar com a usada para o nome da marca. Os dois tipos de letra a ser usados pela marca são os referidos sendo que a IM Fell Great Primer deve ser usada em títulos e a Open Sans para corpo de texto. 11
alternativa_2 A ideia por detrás deste logotipo é aproveitar a semelhança entre o “u” de “uGrow” e um vaso para plantas visto de perfil para criar assim um símbolo para a marca: o vaso com uma planta. Desta forma conegue-se ligar o nome da marca ao produto e ao conceito de fazer crescer plantas. Para obedecer ao tom e ao estilo delíneados procurou-se uma tipografia trendy de modo a ressoar com um target com uma mentalidade mais jovem e as cores vivas e alegres fazem com que o logotipo se torne divertido e jovial.
ESTACIONÁRIO Na adaptação do logotipo para o estacionário, foi tido em conta a estética naturalista do produto o que resultou na escolha de um papel reciclado castanho para ser usado no cartão de visita e envelope. O papel de carta, por questões práticas e de custos, será papel branco genérico com uma faixa de cor correspondente à cor do fruto utilizado no logotipo. Seria importante a criação de um manual de normas para a correcta aplicação do logótipo em todos os meios.
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alternativa_1 O papel de carta, os envelopes e os cartões de visita da empresa devem todos demonstrar a consciencialização ambiental da marca. Se a marca promove a Natureza também tem de a preservar. Em qualquer que seja o meio, terá de ser utilizado papel reciclado. Escolheu-se a cor castanha para o papel pois achamos que harmoniza com toda a temática que se desenvolveu para a marca e as suas ligações à Natureza e ao campo de cultivo.
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PACKAGING No sentido de atender à problemática que nos foi apontada pela Engª Rosário, acerca dos custos operacionais adicionais de grande relevo que o packaging actual faz decorrer, decidimos tentar arranjar um modo de identificar e diferenciar os produtos da uGrow de uma forma menos dispendiosa mas esteticamente apelativa e útil. Os custos de produção do packaging actual da uFarm são tão altos que tornavam necessário à empresa distinguir entre os tipos de consumidores (plantadores e profissionais) para que não fosse necessário fornecer o packaging ao consumidor em todas as compras. Ou seja, os “profissionais”, consumidores que já estão familiarizados com a produção de vegetais ou clientes que efectuam compra repetida, não levam o packaging, apenas a planta no seu vaso biodegradável. A razão porque não levam o packaging é porque este tem uma componente informativa (fornece a nomenclatura da espécie, a sua origem, curiosidades, entre outros), o que é de maior interesse para estreantes na actividade do cultivo. Essa componente informativa do packaging original foi uma das coisas que achámos mais interessante e quisemos manter na nossa proposta. O que nos agradou menos, foi o facto do suporte em que vinha toda essa informação acerca do produto não ser prático, nem de fácil utilização para os consumidores que a desejam guardar para consultar mais tarde ou ao longo das várias fases de crescimento da planta - o suporte é uma caixa de cartão. O packaging da uFarm (caixa de cartão) embrulhava os vasos biodegradáveis que a marca oferece, escondendo-os. A nossa equipa considera que estes vasos biodegradáveis que vêm incluídos com as plantas da marca são bastante úteis, práticos e modernos, alinham-se na perfeição com toda a estética naturalista que é característica das plantas e para além de tudo isso denotam uma consciência ambiental e social por parte da marca, o que é sempre um ponto positivo. Podem mesmo ser uma das maiores vantagens competitivas da empresa em relação aos seus concorrentes. Queremos, na nossa proposta de packaging, celebrar este vaso biodegradável pois alinha-se na perfeição com os valores da marca assim como com os valores e o estilo de vida do nosso consumidor alvo.
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Tendo em consideração todos estes factores, desenvolvemos umas etiquetas/panfleto que designam e apresentam os produtos além de fornecerem informação acerca do método de cultivo, algumas curiosidades e dicas. As etiquetas serão desenvolvidas de forma a potenciar a praticidade das mesmas, de forma a que o utilizador as possa guardar e consultar quando necessário. O design será optimizado também nesse sentido e deverá dar prioridade a uma estética mais moderna para satisfazer as necessidades a que o público cosmopolita está já acostumado. A nossa proposta pretende, portanto, maximizar a disponibilização e uso de conteúdo informativo e formativo, ao fazer a etiquetagem das plantas/produtos de forma a ser armazenável e coleccionável. Simultaneamente vamos exacerbar o ângulo eco friendly e naturalista do vaso biodegradável, tornando-o mais visível ao consumidor. Pretendemos deixar a consciencialização ambiental da uGrow à mostra.
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O TOMATE
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alternativa_1
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comunicação
WEBSITE Tomando como inspiração a cidade, focamo-nos nas janelas como principal ponto de interesse e elemento representativo.
Há cada vez menos janelas destas, das bonitas.
É um pormenor interessante das cidades, as janelas das casas e dos prédios. São sempre tão características, tão identificáveis como pertencentes a um certo sítio. As janelas de Lisboa são diferentes das de Veneza e estas são também diferentes das do sul de França ou de Nova Iorque.
note!
As janelas são a alma das cidades. Elas deixam-nos espreitar as vidas das pessoas que as habitam. Em Lisboa, as de sacada costumam ser as mais bonitas, por vezes cheias de vasos e plantas que drapeiam pelas paredes dos prédios abaixo. Chamam sempre à atenção, estas janelas cobertas de flores, cobertas de vida. A uGrow pode ter um papel aqui.
A uGrow quer trazer o campo para a cidade e quer que se Quer ver as janelas das casas cheias de vida.
Outros, como nós, que acham que as janelas são a alma da cidade, já se inspiraram também. É o caso da pintora portuguesa dos anos 70, Maluda, que desenvolveu uma série de quadros que retratavam as várias janelas de Lisboa. Mais recentemente, o fotógrafo português André Vicente Gonçalves, desenvolveu um projecto que ganhou grande visibilidade no qual fotografa janelas de cidades no mundo inteiro. Após estudar estes trabalhos, quisemos utilizar esta temática como inspiração para os nossos meios de comunicação.
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Tentámos utilizar o nosso conceito e pegar num pormenor que fosse característico tanto da cidade como da marca: as janelas. As plantas que a empresa comercializa são pequenas, praticas e compactas fazendo com que sejam ideais para pequenos espaços, como varandas. Além disso, uma planta não sobrevive sem luz solar, o seu lugar é à janela. O website irá ilustrar esta associação da marca com a cidade: as janelas. Deste modo, esperamos que o utilizador faça também esta associação que, para nós, parece tão perfeita. A interface será uma ilustração das janelas de Lisboa, algo ao estilo do trabalho da Maluda, mas no registo da nova identidade visual da uGrow. O utilizador do website é convidado a explorar e abrir as janelas de modo a aceder às páginas de conteúdo, que estarão devidamente assinaladas. Ao dar um conceito ao site tornamos a experiência do utilizador mais interactiva, o que faz com que haja um factor de memorização da marca. Através deste tipo de storytelling no website, o utilizador ganha, de forma intuitiva, uma percepção acerca da marca e da sua personalidade. Além de tornar tudo mais divertido, que sempre foi o objectivo!
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alternativa_1 O website seguirá o conceito mais tradicional presente no logotipo para que haja coerência ao logo de todos os suportes mas num registo que seja interactivo para o utilizador. O website não deve ser meramente informativo e corporativo, terá de ter um elemento de memorização. A ideia para o website surgiu através de inspiração do campo, da actividade hortícola e de elementos particulares (cesto de verga, enxada, a pá, espantalho…) que traduzem um estilo de vida rural e rústico que se revela bastante universal. Introduzindo os produtos da empresa em conjunto com estes elementos, cria-se um certo ambiente que os futuros consumidores da marca apreciaram, com certeza. O facto de utilizar estes elementos rústicos para promover a marca dá-lhe uma autenticidade que não seria credível com designs modernos, pareceria desenquadrado. A interface do website tentará emular o ambiente do campo de cultivo com vários elementos de forma a criar um quadro que cative, na mente do consumidor, esse desejo de personificar um outro lado de si, de querer ter o melhor dos dois mundos: o rural e o urbano, ter ambos presentes na sua vida. Pensámos que poderia ser um cinemagraph, que é uma fotografia estática em que ocorrem movimentos subtis e repetidos de maneira a dar algum dinamismo à fotografia. Essa fotografia seria de um campo cultivado banhado com a luz do amanhecer em que apenas os raios de luz e uma pequena brisa se notavam a dar movimento à fotografia. A marca quer, desta forma, associar-se ao seu elemento natural de forma a ser sinónimo de autenticidade. A ideia é todos os elementos que estão presentes no campo de cultivo serem botões selecionáveis que levam às páginas de conteúdo do website. Por exemplo, o cesto de verga que repousava no campo de cultivo correspondia aos carrinhos de compra dos websites, ou seja, conduzia à página de shopping online. A enxada conduzia à página de conteúdo que disponibiliza infographs acerca das formas de cultivo e da maneira mais apropriada de cuidar dos vegetais, o manual de instruções das plantas. E o campo de cultivo tinha os tomates, os pimentos e as beringelas em fruto e ao clicar em cada um deles sabíamos mais sobre a sua origem e curiosidades acerca de cada vegetal. 27
FACEBOOK A uGrow tem um potencial tremendo para se tornar numa marca líder de mercado e com um grande número de seguidores. Neste sentido, é fundamental começar, desde o início, a criar uma comunidade entre os seus consumidores. Como foi tornado evidente através do novo nome da marca, cada cliente, assim que adquire o produto irá iniciar um processo de cultivo mas também irá iniciar um processo de crescimento pessoal. Crescer e fazer crescer não é fácil, por isso se o fizermos em conjunto pode facilitar e ser também certamente, mais divertido. A marca poderá usar o Facebook para se conectar com os seus clientes, ao criar um ecossistema de entreajuda entre as duas partes. A partilha de dicas, conselhos, factos, instruções, curiosidades, entre outros, poderá beneficiar largamente a relação da marca com os seus clientes.
As marcas têm que se comportar no Facebook de certa maneira, avaliando e tendo noção do espaço em que se inserem e das pessoas com quem comunicam. Há uma urgência na reforma do comportamento das marcas no Facebook. A divulgação de conteúdo relevante por parte das marcas é algo que não pode deixar de ser frisado. O conteúdo que a marca escolhe publicar e partilhar com os seus consumidores tem de ir de acordo com os seus interesses e os interesses que têm em comum com a marca. Além das dicas, sugestões, curiosidades, a marca podia partilhar receitas para fazer com os vegetais, maneiras de decorar as mini hortas ou conselhos de bricolage e jardim. Com o motivo apresentado no site, também poderiam partilhar fotografias de varandas floridas da cidade de Lisboa como forma de inspiração ou até fazer um concurso para ver quem tem a varanda/janela mais viva de Lisboa.
É preciso ter atenção à regularidade das publicações, sendo que uma vez por semana será pouco mas uma ou mais vezes por dia em média pode ser em demasia.
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CALENDÁRIO A ideia de criar um calendário para a marca advém da necessidade de informar e esclarecer o publico e o consumidor acerca da sazonabilidade dos vegetais. Cada vegetal tem uma certa altura para ser plantado, uma certa altura para crescer sob um determinado clima e uma certa altura para dar fruto. Se o consumidor não estiver informado acerca destes detalhes da actividade hortícola poderá ter uma experiência infrutífera com a marca, o que faz com que não sinta desejo de continuar a desenvolver o seu novo hobby com medo de um novo insucesso e tudo isso resulta numa má imagem e reputação da uGrow no mercado. Sendo tudo isto coisas a evitar, decidiu-se criar um calendário de oferta ao consumidor através da compra de qualquer um dos produtos de modo a fidelizar os clientes e garantir o sucesso no desenvolvimento da actividade. O calendário terá destaques com o objectivo de formar o consumidor na actividade hortícola, informando acerca do melhor mês para plantar os produtos, quando regar, quando deverão começar a dar fruto… Pensámos também incluir em certos dias vales de desconto. Por exemplo: em Março quando se plantam os tomates, no dia 15, a marca oferece 15% de desconto. Estéticamente, os calendários, poderão seguir o mesmo conceito aplicado no website das janelas.
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ACTIVAÇÃO DE MARCA Como forma de dar a conhecer ao público esta nova marca pensámos em elaborar uma acção de marketing de guerrilha que ponha em prática o nosso conceito: trazer o campo para a cidade, literalmente. É isso mesmo que pretendemos fazer. Cultivar nos parques e jardins municipais os produtos da uGrow, de forma a que os jardins passem a ser um showroom para a marca, além de se mostrar na realidade que o ambiente rural e o urbano não são mutuamente exclusivos. Pretende-se fazer uma parceria com as Juntas de Freguesia/Câmara Municipal de Lisboa, para que, durante um tempo limitado possam albergar mini-hortas nos seus parques e jardins. As hortinhas estariam todas devidamente identificadas com tabuletas de madeira com a identidade da marca. É desta forma que gostaríamos de apresentar a marca aos seus consumidores. Em ambiente urbano e nos centros de vida das cidades (os parques), mostrar o produto, o seu potencial e a sua capacidade de se integrar tão harmoniosamente no campo como na cidade. É uma forma de publicidade pouco intrusiva que acreditamos ser apreciada pelo target que queremos alcançar. Acreditamos que esta acção tem capacidade ainda para gerar algum buzz nos media pelo seu carácter original e inovador.
CALENDARIZAÇÃO
A identidade visual começou a ser construída em finais de Março, com o prazo final de fim de Maio. Em paralelo será feita a construção do website pelos web designers, que necessitam apenas de um mês para efectuar a parte gráfica por completo. Os testes de usabilidade do website serão feitos em Junho, de forma a se ter a certeza que não existem erros nem bugs quando o site for on-line, em Julho. Em Junho terá início o Facebook como forma de marketing de redes sociais. Começa um mês antes do website pois contará com alguns posts em formato teaser, como por
exemplo “Está a crescer uma Marca” ou “Marca em Cultivo”, de forma a despertar a curiosidade dos consumidores. Manter-se-á activo por tempo indeterminado pois é facilmente actualizável e não tem custos. A activação de marca no Jardim da Estrela, Jardim do Príncipe Real, entre outros, terá início em Setembro, altura em que as férias terminam e a grande maioria das pessoas já se encontram na cidade. Terá a duração de dois meses no mínimo, pois a sua continuidade dependerá da parceria e da forma como as plantas aguentarem ao tempo mais frio.
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ORÇAMENTO Acção
Valor
Identidade Visual
1 000
Website
2 500
Activação de Marca
Entre 50
Total
Entre 3550
e 200 e 3700
Identidade Visual Toda a identidade visual da marca, como o logo, papel de carta, cartão de visita, packaging, calendário e o design do website, ficará a cargo dos designers Tomás Ramalho e Jorge Graça. O valor por todo o trabalho feito é de 1000€. Activação de Marca Website O site ficará a cargo da Digital Works, empresa especializada na concepção de websites e outros tipos de produção digital. Envolve apenas a conversão do design, feito pela dupla de criativos responsável pela identidade visual, para formato on-line, testes de usabilidade e por fim, pôr o site activo. A sua manutenção já se encontra dentro do orçamento. O custo final ronda os 2500€.
Esta acção tem custos relativamente baixos, pois é apenas necessário utilizar o próprio produto da marca e uma placa de madeira com o logo gravado a laser. O valor total da acção depende dos espaços que a Câmara/Junta de Freguesia atribuir para a acção, pois a quantidade de espaços fará com que seja necessário mais placas e, consoante a dimensão, uma maior quantidade de plantas. Com isto, o valor deverá situar-se entre 50€ e os 200€, partindo do pressuposto que cada placa rondará os 15€/20€ e cada planta cerca de 1,5€. 36
CONTROLO Tendo em conta a fase em que a empresa se encontra, é com alguma facilidade que se controla e avalia o impacto que a nova identidade visual e as acções realizadas obtiveram. Devido ao facto da empresa ter apenas um funcionário, a Engª. Rosário, o controlo e a avaliação serão efectuados por ela. O controlo das acções irá ser feito quinzenalmente, devido à fase em que a empresa se encontra pois a Engª. Rosário tem de efectuar, sozinha, todos os aspectos de gestão da sua empresa e, um controlo e avaliação semanal, é extremamente complicado. A forma de avaliação quantitativa irá ser efectuada através das vendas. O seu aumento é um indicador de que a nova identidade visual da marca e as acções realizadas obtiveram o impacto desejado, mas o oposto pode também acontecer e nesse caso implementar-se-á o plano de contingência. Apesar de ser necessário esta avaliação, ela não espelha a 100% o impacto que a marca conseguiu obter pois uma grande percentagem do público-alvo não compra de imediato o produto, logo as vendas não traduzem o universo total de pessoas impactadas. De forma a se poder avaliar de forma mais abrangente o impacto da marca, ir-se-á avaliar qualitativamente as acções, através do número de “gostos” da página de Facebook, visitas ao website e e-mails com dúvidas sobre qualquer parâmetro do negócio (produto, venda, entregas, preços, etc.). Desta forma é possível analisar, num espectro mais abrangente, o impacto obtido através das acções e da identidade visual.
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PLANO DE CONTINGÊNCIA Qualquer plano de comunicação necessita de um plano de apoio, caso alguma das acções não esteja a ter o resultado obtido ou tenha até prejudicado a imagem da empresa. Este tipo de plano inclui acções diferentes das implementadas no plano inicial, podendo ser algum tipo de acção que complemente as já em execução ou uma acção completamente diferente. As acções propostas neste plano de comunicação não devem, de forma alguma, prejudicar a marca, pois são acções com um carácter amistoso, que vai ao encontro da personalidade da marca, não são acções arrojadas, que saem um pouco foram daquilo que a empresa é. Possivelmente, o problema que as acções poderão encontrar é pouca visibilidade, o que significa que a marca não irá ter o impacto desejado nos consumidores e, por consequência, não irá trazer reconhecimento suficiente do público-alvo, que a empresa necessita para iniciar as vendas e aumentá-las gradualmente. Numa primeira análise, cremos que marketing social não é o ideal para a faixa etária que pretendemos atingir, mas essa opção mantém-se em aberto no plano de contingência pois pode resultar, e as nossas convicções estarem erradas. O impacto das redes sociais e a resposta de certas faixas etárias aos seus esforços de marketing ainda não é um tópico estudado a 100%, logo a única forma de saber se isso resulta é experimentar. O plano de marketing digital em redes sociais iria manifestar-se através do pagamento por post, que determinada celebridade (ex. Carolina Patrocínio) iria pôr nas suas páginas do Facebook e Instagram a promover o produto. Desta forma, pensamos que o patrocínio do produto por uma celebridade poderá ser uma forma eficaz de atingir alguma percentagem do público-alvo, no caso das acções originalmente planeadas não correrem como esperado. Em último caso, poderá ser necessário modificar a identidade visual. Com isto em mente, qualquer uma das propostas visuais apresentadas neste plano, podem ser consideradas para o plano de contingência. Existe a possibilidade da primeira escolha não ter sido a mais correcta e uma das outras propostas ser a mais pertinente.
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