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Crise acelera adoção e demanda do mercado por novas tecnologias
EXECUTIVOS DA INGRAM MICRO FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE ADAPTAR À NOVA REALIDADE
A chegada da pandemia pegou empresas do mundo inteiro de surpresa. Em pouquíssimo tempo, elas tiveram de investir em adaptações tecnológicas e estratégicas para lidar com a necessidade de distanciamento social e contornar os impactos econômicos desencadeados pela crise do novo coronavírus.
A ampla adoção do trabalho remoto, por exemplo, foi uma das principais mudanças na rotina corporativa. “Antes da pandemia, o Brasil já era o terceiro país com mais pessoas trabalhando em home office, atrás dos Estados Unidos e da China. Entretanto, ainda tínhamos que avançar muito”, conta Flávio Moraes, Diretor de Soluções Digitais da Ingram Micro. “Muitas empresas acreditavam que nunca conseguiriam funcionar 100% de forma remota. Elas não adotavam tecnologias para habilitar a mobilidade dos funcionários por uma questão cultural”, completa.
Os paradigmas começaram a ser quebrados quando os modelos de trabalho a distância tiveram de ser adotados às pressas. Moraes explica que foi preciso implementar tecnologias rapidamente para ter funcionários em casa e oferecer todas as ferramentas necessárias para que eles tivessem a mesma experiência do escritório, como as possibilidades de fazer reuniões e executar as atividades de forma segura, com performance e disponibilidade.
A computação em nuvem foi uma das grandes habilitadoras dessa rápida adaptação. “As ferramentas usadas atualmente permitem fazer uma reunião como se fosse presencial, com câmera, compartilhamento de arquivos e apresentações. Essas tecnologias de colaboração são escaláveis e entregues utilizando sistema de nuvem, o principal recurso capaz de atender à demanda gigantesca que tivemos de um dia para o outro”, comenta.
A cloud computing também teve um papel importante na adequação de infraestruturas. Antes, as demandas aconteciam dentro do escritório e em redes corporativas. Atualmente, elas precisam ser distribuídas para as casas dos funcionários por meio de servidores virtuais em nuvem.
Reforço na segurança
Todas essas mudanças voltaram a atenção das companhias para um ponto importante: proteção tecnológica. “A partir do momento em que uma empresa tem funcionários fora de seu ambiente e, muitas vezes, em dispositivos novos, acessando uma rede que não é corporativa, a necessidade de pensar em segurança nesse novo modelo de trabalho é vital”, diz Moraes.
O especialista afirma que muitos negócios não forneceram computadores e permitiram que os funcionários usassem suas próprias máquinas. Esses dispositivos precisam estar dentro de todos os requisitos de segurança. O acesso às aplicações corporativas e às bases de dados das empresas, por exemplo, deve seguir uma rede segura VPN, que funciona como um canal de acesso privado para a rede corporativa.
Com a adoção do home office, os riscos relacionados à segurança da informação são mais diversificados. Por isso, além de apostar em tecnologias que protejam os dispositivos, a rede e as informações corporativas, é preciso intensificar o treinamento dos funcionários. “O próprio profissional precisa conhecer as principais ameaças, estar pronto para identificá-las e saber como reagir”, recomenda o diretor.
Novos modelos de negócios
O cenário atual exige discernimento sobre a estratégia a adotar, capacidade de adaptação do modelo de negócios estabelecido e coragem para enfrentar os novos desafios.
“A tecnologia desempenha um papel fundamental. Empresas que anteciparam os seus processos de transformação digital estão, certamente, mais preparadas para competir no novo ambiente de negócios. Ferramentas de comunicação, plataformas de negócios virtuais, inteligência artificial aplicada, são exemplos de como a tecnologia contribui para a continuidade de diferentes negócios em setores tão diversos como a educação, o comércio on-line, serviços de delivery e até mesmo na saúde”, explica Shedia Nassif, Líder das áreas de Training e IM Consulting da Ingram Micro.
Contudo, ela ressalta que somente a tecnologia não é suficiente para o êxito na transição que as empresas devem efetuar — o mais importante é a capacidade de reação e a velocidade na adoção de medidas que façam a diferença. E para tal, são necessários conhecimento, competência e experiência nesse processo de transformação que os novos tempos exigem.
Juntos contra a crise
Há 3 anos no mercado, a unidade de consultoria da Ingram Micro, a IM Consulting, já atuou com mais de 100 empresas e revendas, levando inovação, metodologias e soluções para acelerar resultados por meio de iniciativas como palestras, workshops, mentorias especializadas, consultorias estratégicas e serviços de marketing digital. Em 2020, ela também se mobilizou para ajudar parceiros e clientes no processo de adaptação ao cenário da pandemia.
“Desenvolvemos, no início da crise no Brasil, ainda em março, um e-book contendo uma série de recomendações, no âmbito das ações estratégicas, condensadas numa Matriz de Priorização”, conta Shedia. “O conteúdo disponibilizado visa fornecer orientações em diferentes áreas do conhecimento que dominamos na IM Consulting: finanças, gestão, vendas e marketing”, diz.
A unidade de consultoria de negócios da Ingram Micro também se reuniu com parceiros e clientes para identificar novas oportunidades de mercado. “Além disso, iniciamos um conjunto de iniciativas cujo propósito foi acompanhar de perto os nossos parceiros, por meio de webinars com a participação da nossa equipe, abordando temas com aplicabilidade imediata, ou ainda para ajudar os nossos clientes a se prepararem para a nova realidade do mercado”, aponta Shedia.