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Tecnologia e arte sobre a mesa

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O fim de uma era

O fim de uma era

JOSE TORRES, DIRETOR DE VENDAS DA WACOM, FALA SOBRE CRIATIVIDADE DIGITAL NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA

A s mesas digitalizadoras têm um papel fundamental na vida de artistas que trabalham com desenvolvimento de games, animação e desenhos digitais em geral. Por isso, esses profissionais precisam investir em equipamentos de qualidade, como os da Wacom, que está há mais de 35 anos no mercado e é pioneira no desenvolvimento de periféricos relacionados à criatividade digital. Jose Torres, Sr. Director Latin America da companhia, explica que a empresa está empolgada com o Brasil e que acredita no trabalho do canal para o desenvolvimento do mercado criativo e a expansão de seus negócios no País. Veja a entrevista do executivo à IM Magazine.

IM Magazine: Poderia falar um pouco sobre a atuação da Wacom no Brasil e na América Latina?

Jose Torres: O Brasil é um mercado muito importante para nós. São 200 milhões de pessoas. Portanto, muitas oportunidades. A Wacom atua na América Latina há mais de 15 anos. Nós temos suporte total, ótimos parceiros de distribuição e uma ampla área de revendedores focados em nossos produtos. Temos times no México, na Colômbia, no Chile, na Argentina e no Peru. Por isso, estamos investindo muito na América Latina e no Brasil.

IM Magazine: Qual é o potencial mercado que pode ser desenvolvido no Brasil?

JT: O Brasil é o terceiro maior usuário de internet do mundo e o segundo maior quando o assunto é redes sociais. Os brasileiros são conectados e isso é muito atrativo para nós, que somos uma empresa voltada à criação de conteúdo digital. O País tem mais de 400 universidades, com novas carreiras que são realidade hoje, mas que não existiam há um, dois, três anos. Alguns jovens que estão se formando fizeram graduações que ainda nem existiam quando eles começaram a estudar na escola. Muitas dessas disciplinas estão ligadas à área criativa. Nós queremos focar nessas pessoas, porque boa parte delas está partindo para áreas de desenvolvimento de games e qualquer outro tipo de conteúdo digital.

IM Magazine: O mercado de criatividade digital deve ganhar popularidade no Brasil?

JT: O mundo é menor agora. Todos estão conectados, principalmente no Brasil. Isso significa que um artista que vive no País pode trabalhar para a Disney, para a DreamWorks e para qualquer outra empresa baseada nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia. Acredito que o Brasil está se tornando, cada vez mais, um hub de criatividade. As coisas estão mudando. Os pais já aceitam que a imaginação e a possibilidade de colocar coisas em formato digital é uma carreira – e nós estamos validando isso na educação.

IM Magazine: Como a Wacom enxerga possibilidades de crescimento no Brasil e na América Latina?

JT: A América Latina passou por alguns problemas, mas há otimismo. A crise financeira da Argentina afetou a América do Sul inteira. Além disso, 2018 foi um ano de distrações, com eleições na Costa Rica, no Paraguai, na Colômbia, no México, no Brasil, em Cuba e na Venezuela. Também tivemos a greve dos caminhoneiros no Brasil e a Copa do Mundo. Nesses períodos, as pessoas não estavam nas lojas comprando produtos. Mesmo assim, tivemos um bom resultado e o nosso objetivo é crescer dois dígitos no próximo ano. Algo em torno de 20%.

IM Magazine: Quais são as estratégias que a Wacom vai adotar para crescer no Brasil?

JT: Vamos focar alguns pilares. O primeiro é o de varejo (loja física) e de varejo online (e-tail). Nós temos revendedores específicos focados apenas em e-tail, mas a maioria dos parceiros com quem trabalhamos aposta em omnichannel, com vendas em lojas físicas e online. Vamos ter um novo headcount no Brasil, que vai liderar o processo de trabalhar com esse time. O B2B também é muito importante para nós, com foco nos mercados corporativos e de educação. Também vamos focar a expansão regional. O Brasil é enorme, mas nós estamos muito concentrados em São Paulo. Precisamos da ajuda de bons parceiros para começar a olhar para onde podemos expandir a curto e longo prazos. Para finalizar, queremos falar das coisas únicas da Wacom. Existem muitos competidores mais baratos, mas nós somos líderes, criamos essa categoria e estamos focados em adicionar valor e mostrar os nossos diferenciais. Temos o melhor software e somos os únicos que permitem que a pessoa desenhe no papel e tenha o resultado em formato digital.

IM Magazine: Como a Wacom está mudando a maneira de criar arte ao redor do mundo?

Artistas e profissionais criativos não gostam que as pessoas falem como eles devem fazer seus trabalhos. Cada pessoa gosta de posicionar o papel de uma forma ou de usar um tipo especial de caneta, por exemplo. Existem muitas coisas que são únicas. E a arte é tão única. Nós damos o hardware para as pessoas criativas e oferecemos várias configurações customizadas. São centenas de opções, pois queremos inspirar as pessoas a ser criativas do jeito que elas são.

IM Magazine: Quais são as novas tecnologias que a Wacom oferece para encorajar trabalhos artísticos e incentivar a criatividade digital?

JT: Sempre lançamos novos produtos, mas a nossa base continua a mesma. Temos pentablets que podem ser conectados a qualquer tipo de computador via bluetooth ou USB. Também temos pencomputers, que podem ser usados em uma plataforma Windows e levados a qualquer lugar. Atualmente, estamos focados em pen display, que permite trabalhar direto na tela, sem a necessidade de um tablet. Nossos produtos estão indo nessa direção. Recentemente, também lançamos uma versão mais acessível da nossa linha Cintiq, que vai deixar o produto disponível para mais pessoas por um preço mais razoável.

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