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Cidades Inteligentes (E conectadas)

SMART CITIES DEVEM MELHORAR A VIDA NAS METRÓPOLES AO UNIREM IOT, DEVICES, BIG DATA E TECNOLOGIA EM GERAL

Smart cities são cidades inteligentes. Assim como smartphones e smart TVs, seu conceito visa integrar em um mesmo ambiente (nesse caso, metrópoles) diversas plataformas e serviços, cruzar dados e usar e “abusar” da tecnologia para entregar aos seus usuários (no caso, moradores) soluções que visem melhorar seu cotidiano. Nova York, nos Estados Unidos, e Amsterdã, na Holanda, são dois exemplos com projetos de smart cities. Ambas têm contratado cientistas e especialistas em cultura e desenvolvimento digital para fazer parte do governo. Na prática, o envolvimento da ciência na gestão pública tem sido importante para o desenvolvimento das cidades inteligentes. Usar big data para analisar os grandes volumes de dados e cruzar informações, por exemplo, pode melhorar o trânsito ou otimizar serviços públicos, como coleta de lixo e transporte público. Há alguns anos, a Microsoft fechou uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O propósito era realizar pesquisas sobre o tráfego de veículos da cidade, analisando os dados de forma minuciosa. A ideia era desenvolver um sistema de monitoramento capaz de detectar quando uma via estaria congestionada, com uma hora de antecedência. Com isso, os motoristas poderiam ter acesso a novos caminhos, em vez de ficarem presos no trânsito.

“De acordo com a empresa de pesquisas Gartner Group, 70% da população mundial deve viver em grandes cidades até 2050. Com esse rápido crescimento urbano, a infraestrutura de metrópoles vai ser muito testada”, diz Simão Fernandes, da área de Segurança Física e IoT da Ingram Micro. “Para acomodar esta nova demanda, diversos municípios no mundo estão se voltando à inovação de IoT, de forma a otimizar seus serviços, reduzir custos e melhorar a comunicação e interação.”

Outro forte aliado nesse crescimento das smart cities é o desenvolvimento dos devices. Cada vez mais conectados entre si, são outro ponto fundamental para o desenvolvimento das cidades inteligentes. A internet das coisas tem permitido que novas possibilidades sejam criadas em diversas áreas, como agricultura e saúde.

No caso da primeira, algumas empresas têm criado novos sensores e câmeras, que conseguem fazer com que o trabalho no campo seja mais inteligente e produtivo, ao mesmo tempo que reduzem os custos. Algumas soluções conseguem analisar, por meio da inteligência artificial, qual o índice de qualidade dos produtos agrícolas. Para o campo da saúde, a IoT tem permitido que os gestores conheçam melhor as necessidades das regiões, quais são suas características, e como é possível desenvolver um tratamento adequado para a população. Vale novamente lembrar Amsterdã, que tem conseguido melhorar o atendimento a pessoas com depressão.

Aplicações

Dentro da área sustentável das smart cities, a internet das coisas tem potencial para transformar até a maneira como as cidades consomem água. Medidores inteligentes podem melhorar a detecção de vazamentos e a integridade dos dados.

“Dessa forma, seria evitado o desperdício de um recurso natural, além da perda de receitas devido à ineficiência”, aponta Fernandes. “Outra possibilidade seria a de monitorar qualidade da água e variação do nível de rios, reservatórios e barragens, prevenindo inundações.”

Os sistemas inteligentes de monitoramento de energia podem evitar, em um futuro próximo, o desperdício de eletricidade em prédios comerciais. Eles ficariam encarregados de conectar sistemas de aquecimento, resfriamento, iluminação e segurança – como o de incêndio – a um aplicativo de gerenciamento central. Este, por sua vez, teria como objetivo alertar os operadores sobre problemas que necessitam de reparos, as áreas de maior consumo de energia e quais são suas fugas.

Não é só a gestão de recursos naturais que pode ser melhorada com a aplicação das inovações de internet das coisas nas smart cities. A área da segurança já tem

Os sistemas que usam IoT transformam todas as câmeras anexadas em um sensor, com computação de bordo e análise a partir da fonte. Tecnologias de inteligência artificial, como aprendizado de máquina, completam a avaliação e enviam imagens de vídeo para todos os agentes da cidade que podem reagir rapidamente para resolver problemas e manter os moradores seguros. As cidades também estão melhorando a segurança pública com iniciativas de iluminação inteligente que substituem postes públicos de iluminação tradicionais por infraestrutura de LED conectada. Não só essas luzes duram mais tempo e economizam energia como também fornecem informações sobre interrupções em tempo real. Os agentes públicos podem usar esses dados para garantir que áreas importantes sejam bem iluminadas para dissuadir crimes e fazer o público se sentir mais seguro.

O conceito das smart cities está em seu estágio inicial, mas se desenvolve fortemente. É um terreno fértil e fundamental para um futuro mais conectado, sustentável e eficiente para a população.

Presente e futuro

Veja o que se tem desenvolvido em diversos setores de tecnologia e o que analistas apostam que será o futuro:

IoT: permite que objetos do cotidiano se conectem à internet. A ideia é que os dados gerados sejam analisados por outras máquinas, já que o objetivo é interligar os sistemas de informações.

Devices: atualmente, diversos gadgets conseguem se conectar entre si, como acontece entre os smartwatches e celulares. Aparelhos de realidade virtual e realidade aumentada também entram nesta categoria.

Agronegócio: câmeras e sensores inteligentes têm ajudado no processo da colheita. O controle de pragas é outro ponto que deve ser melhorado. No Japão, já existem drones que aplicam os defensivos agrícolas com mais eficiência.

Saúde: um dos objetivos das cidades inteligentes é melhorar a qualidade de vida dos habitantes. O projeto Seeing AI da Microsoft promete tornar a vida dos cegos mais acessível, pois seus algoritmos podem descrever cenários e ler textos.

Mercado financeiro: como cidades inteligentes são mais otimizadas e utilizam menos recursos, elas devem proporcionar uma grande economia financeira.

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