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Guerra virtual DESCUBRA QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS AMEAÇAS DIGITAIS ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS E COMO COMBATÊ-LAS
m 2020, a pandemia de covid-19 exigiu que empresas se adaptassem a um novo cenário. O home office é a mudança mais vistosa neste sentido. Ele foi adotado em massa para que funcionários não precisassem ir até os escritórios e corressem o risco de se contaminar. Isto é, com o novo coronavírus, uma série de ameaças digitais permaneceram no ar. Com cada pessoa trabalhando em um canto, por exemplo, foi necessário encontrar uma forma de proteger o acesso à rede virtual. “Até então, a empresa tinha que cuidar apenas do link do seu data center. Mas esse ponto deixou de ser centralizado com o teletrabalho. E as companhias não estavam preparadas para isso”, afirma Gustavo Chamadoira, Gerente de Engenharia de Canais da Fortinet. “As áreas de TI e de segurança da informação tiveram de ‘dar nó em pingo d’água’ para manter a operação em casa”, completa. Outra demanda crescente estava relacionada a soluções de proteção de cloud – uma vez que mais empresas migraram para o ambiente digital, incluindo o boom de e-commerces e aulas remotas.Esses novos cuidados necessários com a segurança digital, inclusive, incentivaram as companhias a se dedicarem mais ao assunto. Tanto é que 91% das empresas ao redor do mundo pretendem aumentar os gastos relacionados à cibersegurança ainda em 2021. As informações são da pesquisa da IDG Research Services. “O Brasil tendia a adotar soluções de
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segurança de maneira reativa e, antes da pandemia, a cultura era propagada por poucos. Mas novas diretrizes forçaram as empresas a olhar para dentro de seu ambiente e ver a real necessidade da adoção de medidas técnicas e organizacionais de proteção”, diz Giovanna Shimabukuro Moser, Senior Sales Engineer da Forcepoint. Ameaças para ficar de olho Como o Brasil é o segundo maior alvo mundial de ciberataques – com 7,1% das ameaças totais e ficando atrás apenas dos Estados Unidos (21,7%), de acordo com relatório da empresa NETSCOUT –, o cuidado impulsionado pela pandemia de covid-19 ainda é pouco quando o assunto é segurança digital. Os especialistas entrevistados pela IM Magazine concordam que são três as principais ameaças que devem estar no radar dos empresários. A primeira delas está relacionada ao conhecido ransomware, que visa sequestrar os arquivos da empresa. “Aqui, o conteúdo só é resgatado mediante um pagamento milionário. A opção de formatar o equipamento, entretanto, pode ser usada desde que se tenha um backup recente”, comenta Chamadoira. Ataques Zero-Day – também chamados de Dia-Zero –, por sua vez, são aqueles que hackers exploram uma falha antes que as empresas tenham a chance de lidar com ela. Daí vem o nome: a companhia acabou de conhecer a vulnerabilidade. Neste contexto, os antivírus tradicionais são inúteis, sendo necessário buscar um mix de programas e