IM Magazine - Edição 15 - Metaverso

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BUSINESS INDUSTRIES SOLUTIONS TECHNOLOGY

ANO 6 N O 15 BR SET/OUT/NOV/DEZ 2021 / JAN 2022

PROJETO NA NUVEM

Como Ingram Micro Brasil e Triple S ajudaram a Comerc Energia a migrar para o cloud

metaverso ENTENDA O PAPEL DAS EMPRESAS NA CRIAÇÃO DESSE MUNDO VIRTUAL PARALELO QUE REPLICA E AUMENTA A REALIDADE

TRABALHO HÍBRIDO

Especialistas debatem os desafios das organizações para adotar essa nova tendência

IOT E 5G

Como a internet das coisas deve evoluir a partir do novo protocolo de dados móveis

FINTECHS

Um raio-x das startups que revolucionaram o mercado financeiro e de TI



editorial

BUSINESS INDUSTRIES SOLUTIONS TECHNOLOGY

ANO 4 N O 15 BR SET/OUT/NOV/DEZ 2021 / JAN 2022

PROJETO NA NUVEM

Como Ingram Micro Brasil e Triple S ajudaram a Comerc Energia a migrar para o cloud

metaverso ENTENDA O PAPEL DAS EMPRESAS NA CRIAÇÃO DESSE MUNDO VIRTUAL PARALELO QUE REPLICA E AUMENTA A REALIDADE

TRABALHO HÍBRIDO

Especialistas debatem os desafios das organizações para adotar essa nova tendência

IOT E 5G

Como a internet das coisas deve evoluir a partir do novo protocolo de dados móveis

FINTECHS

Um raio-x das startups que revolucionaram o mercado financeiro e de TI

ANO 6 • N O 15

EXPEDIENTE CONSELHO EDITORIAL Marcelo Marino, Marcio Oliveira e Welington Sousa PRODUÇÃO Agência Entre Aspas www.entreaspas.com.br EDIÇÃO DE ARTE Alexandre Dias (Nani) EDIÇÃO DE TEXTO Paulo Basso Jr. e Sérgio Vinícius REPORTAGEM Beatriz Ceschim, Bianca Bellucci, Marcella Blass e Maria Beatriz Vaccari REVISÃO Beatriz Ceschim CONTATOS (11) 2078-4200 marketing.brasil@ingrammicro.com www.ingrammicro.com.br A revista IM MAGAZINE é uma publicação da Ingram Micro Brasil, maior distribuidor mundial de tecnologia e líder global da cadeia de suprimentos de TI. Além dos serviços de distribuição de soluções e produtos, oferece apoio para o desenvolvimento de seu ecossistema, com benefícios exclusivos, recursos de logística e de mobilidade, suporte profissional técnico e soluções financeiras, atuando como um elo vital na cadeia de valor de tecnologia. No Brasil desde 1997, a Ingram Micro dispõe de produtos e soluções de mais de 80 fabricantes, além de ampliação do portfólio em diversas verticais do mercado e soluções de big data e advanced analytics, security cloud, customer experience, IoT, infraestrutura convergente e mobilidade, para pronta-entrega e importação exclusiva. As informações contidas nas páginas de publicidade são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

O Metaverso e o futuro da ti metaverso veio para ficar em 2022 – e não somente para pessoas. Empresas começam a investir nesse mundo digital para desenvolver negócios e captar novos clientes. A reportagem de capa desta edição da IM Magazine trata justamente deste assunto. Nela, você vai ler sobre a diferença entre essa realidade e os games, sua imensidão e os desafios de se implementar essa novidade. Outra reportagem que se destaca nas próximas páginas é a “Sucesso na nuvem”. Ela aborda o processo da Flávio Moraes Junior, Comerc Energia ao levar sua VP & Brazil Chief Executive infraestrutura física para a nuvem – da Ingram Micro Brasil um projeto desenhado pela empresa de tecnologia Triple S em parceria com a Ingram Micro Brasil. Além dela, trazemos para você, na página 24, o artigo “Projetado para o varejo”, escrito por Cássio Pedrão, Country Manager da Toshiba Global Commerce Solutions. No texto, o especialista explica a importância de empresas e fornecedores se conectarem com os varejistas, desenvolvendo e criando produtos voltados para esse meio. Sabemos da importância de manter o planeta mais limpo e verde, por isso investimos muito na reciclagem do nosso lixo eletrônico. Para descobrir mais sobre esse tema, a matéria “Reciclagem de TI” mostra como funciona todo o processo e de que forma os parceiros Ingram Micro nos ajudam a seguir cuidando do meio ambiente. Já em “IoT com o 5G”, temos previsões de como a chegada dessa nova conexão móvel irá impactar o mercado. Além disso, conhecemos um pouco sobre dois projetos inteligentes que podem revolucionar os setores de agro e segurança: a Horta IoT do Instituto Mauá de Tecnologia e as Câmeras Corporais da Axis Communications. No conteúdo sobre fintechs, por sua vez, descobrimos um pouco sobre o panorama brasileiro em relação a essas empresas e como elas podem impactar o setor financeiro. Para finalizar, na matéria sobre trabalho híbrido, mostramos um pouco do novo modelo de negócios – aderido na época da pandemia – e o que as companhias precisam ficar de olho ao escolher esse método.

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Boa leitura! 3


sumário

capa Como o metaverso pode mudar, também, a relação profissional e empresarial

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As novidades e conquistas da Ingram Micro Brasil.

case AWS

16 20

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Como a Comerc Energia conseguiu mais segurança e agilidade por meio de um projeto na nuvem.

5G e iot

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O novo protocolo de dados móveis, finalmente, popularizará a internet da coisas.

artigo toshiba

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Cássio Pedrão explica porque soluções sob medida são primordiais quando o assunto é varejo.

fintechs

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As startups do mercado financeiro chegaram para ficar – entenda porque isso muda tudo.

reciclagem de ti

28 36 4

A tendência que envolve negócios e sustentabilidade é também primordial para o futuro do planeta.

Jornada híbridA

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Especialistas debatem a mescla entre home office e o trabalho presencial, que já virou realidade.



1minuto

Ingram Micro adquire BRLink COM A TRANSAÇÃO, DISTRIBUIDORA EXPANDE SEU ECOSSISTEMA E PASSA A TER PORTFÓLIO MAIS COMPLETO DE SERVIÇOS EM NUVEM Ingram Micro Brasil anunciou a conclusão da aquisição da BRLink, provedor de serviços gerenciados (MSP) líder no Brasil. Adicionar o pacote de soluções da empresa fornece aos parceiros da Ingram Micro acesso a um portfólio ainda mais completo de serviços em nuvem, bem como a oportunidade de aproveitar a experiência da BRLink em entregar uma jornada de nuvem completa. Juntas, as duas empresas esperam continuar a investir para entrar em novos mercados de nuvem e expandir seu ecossistema combinado de soluções e serviços de maneira acelerada. O fundador e diretor da BRLink, Rafael Marangoni, continuará liderando a empresa, que se torna uma

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unidade de negócios da Ingram Micro Brasil, mantendo toda sua identidade, cultura e marca. O valor do negócio não foi divulgado. A aquisição se dá em um excelente momento para o mercado de Cloud na América Latina, principalmente devido à necessidade crescente das empresas de terem soluções para transformar seus ambientes em arquiteturas e serviços. De acordo com dados apresentados pela IDC no IDC Digital Roadshow Dynamic Enterprise Brasil, 52% das empresas brasileiras já utilizam algum tipo de nuvem como parte de sua infraestrutura digital e 39% dos CIOs do Brasil entrevistados pela consultoria disseram que a computação em nuvem estava entre suas iniciativas estratégicas em 2021.


1minuto

identidade aumentada INGRAM MICRO FECHA ACORDO DE DISTRIBUIÇÃO COM IDEMIA Ingram Micro Brasil passa a distribuir soluções da IDEMIA, líder global em Identidade Aumentada e especializada em gerenciamento de identidades físicas e digitais através de ofertas que integram recursos como biometria sem contato e reconhecimento facial. A parceria comercial complementa o portfólio da unidade de Segurança Física e IoT da Ingram Micro, alocada em Advanced Computing, e inclui as linhas completas de soluções de controle de acesso e terminais biométricos, com destaque para dispositivos de identificação biométrica de alta performance sem contato. Entre as soluções que serão distribuídas pela Ingram Micro se destacam o Morphowave, utilizado para controle de acesso de usuários em movimento sem necessidade de contato, e o VisionPass, um novo dispositivo de reconhecimento facial 3D que funciona por

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ingram fecha parceria com Razer Ingram Micro Brasil anunciou a distribuição dos produtos da Razer, líder mundial em estilo de vida gamer. A parceria engloba a linha completa de periféricos da Razer, que inclui headsets, mouses, teclados e mouse pads, entre outros equipamentos de alta performance para jogos. O novo acordo com a Razer segue a estratégia da Ingram Micro Brasil de buscar as principais novidades em tecnologia para atender as necessidades de todos os ramos de negócios e de seus parceiros. Entre os produtos da Razer que serão distribuídos pela Ingram no Brasil estão best-sellers, como o mouse gamer Deathadder V2 PRO, o headset Blackshark V2 PRO e o teclado Razer Blackwidow V3 PRO.

múltiplos ângulos e em qualquer condição de luz. Estes e os demais produtos da IDEMIA estão alinhados às mais rigorosas regulamentações de privacidade, tais como a GDPR e a LGPD, e são certificados e qualificados por padrões internacionais, como o Common Criteria, ISO 15408 e EAL3+ Level.

Atendimento omnichannel em foco INGRAM MICRO BRASIL, IBM E GENESYS PASSAM A OFERECER SOLUÇÃO INTEGRADA Ingram Micro Brasil anunciou a distribuição de uma solução que pode transformar a relação de varejo com os seus clientes digitais, como resultado da integração dos esforços do distribuidor, IBM e Genesys — para Inteligência Artificial e Contact Center as a Service, respectivamente. É um ecossistema de inovação baseado em resultados, fruto da combinação das tecnologias Genesys Cloud para o atendimento digital “omnichannel” para clientes com IBM Watson Assistant, para a criação de estratégias de serviço ao cliente usando Inteligência Artificial. O ecossistema é uma base sólida e fundamental para as empresas que operam no varejo brasileiro alcançarem o sucesso das métricas de Customer Experience, como NPS (Net Promoter Score), CES (Customer Effort Score) e CSAT (Customer Satisfaction).

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Atendimento digital “omnichannel” é um dos focos da parceria

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capa

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capa

A nova era da internet ENTENDA POR QUE AS EMPRESAS ESTÃO INVESTINDO NO METAVERSO E O QUE A TECNOLOGIA RESERVA PARA O FUTURO

o filme de ficção científica “Jogador Nº1”, os humanos se transferem para um ambiente virtual paralelo com o intuito de fugir da miserável realidade de 2045. Esse universo é chamado de Oásis e permite aos usuários criarem personas da forma que desejarem e viverem sem barreiras físicas. Ao deixar de lado o contexto social do longa-metragem, a interação digital é, provavelmente, o melhor exemplo para explicar o que é o tão comentado metaverso. “É um universo integrado, constituído pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet em um espaço coletivo e compartilhado, no qual as pessoas poderão interagir e realizar quaisquer atividades – trabalhar, jogar, comprar –, como se fosse em um ambiente físico. A ideia é que seja uma espécie de internet 3D, no qual comunicação, diversão e negócios existirão de forma imersiva e interoperável”, explica Rafael Camillo, Head of Partner Organization da VMware no Brasil. Em resumo, trata-se de um universo virtual que replica e amplia a realidade, podendo ser acessado por meio de dispositivos digitais, principalmente, óculos de realidade virtual. Isso significa que será possível se transportar digitalmente, como um holograma, para uma reunião de trabalho, encontrar amigos para curtir um show ou assistir a uma palestra e interagir com quem está ao seu lado. Tudo isso sem a necessidade de deslocamento e no conforto do sofá, da cadeira ou da cama de casa. Tamanha possibilidade tem despertado o interesse de empresas. O exemplo mais conhecido é o Facebook, que passou a se chamar Meta e está investindo US$ 150 milhões, além de contratar 10 mil profissionais, para criar um ambiente próprio. É por essas e outras que, embora ainda em fase inicial e apenas com jogos explorando esse universo, o metaverso é considerado a nova era da internet.

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A imensidão do metaverso De acordo com Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação e professor convidado da Fundação Getulio Vargas (FGV), as empresas estão 11


capa Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil

Metaverso x Games

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conceito do metaverso se confunde bastante com o universo dos jogos. Mas é importante entender que são mundos diversos. Embora os games incorporem recursos como experiência imersiva e avatares 3D, esse tipo de atividade é vista como um passatempo. O objetivo do metaverso, no entanto, é ser uma nova realidade de fato. “Estamos falando de plugar essa camada gamificada em uma vertente de negócios. O conceito não é drasticamente diferente. O que difere são as possibilidades em relação ao que há disponível hoje”, explica Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação. Um exemplo didático nesse contexto é Minecraft. O jogo permite a criação de mundos virtuais e a interação entre os players para a construção de cidades, mas não passa disso. Não há a união do mundo físico ao virtual. Ainda assim, o gostinho que esses jogos entregam a respeito do metaverso no futuro tem se mostrado um ramo lucrativo. A receita gerada por tais games pode chegar a US$ 400 bilhões em 2025, segundo um relatório publicado pela gestora de ativos digitais Grayscale.

investindo no metaverso porque as pessoas estão cada vez mais online. Prova disso é que o Brasil se encontra na segunda posição global dentre os países que mais gastam tempo na internet. Em média, são 10 horas e 8 minutos por dia conectados, seja para trabalho, seja para lazer. Os dados são de um estudo da Hootsuite em parceria com a WeAreSocial. “Se as pessoas estão ficando essa imensidão de tempo na web e estão usando cada vez mais plataformas imersivas, como Roblox e Fortnite, é lá que as marcas precisam estar”, comenta o especialista. É válido destacar também que a quantidade de pessoas que podem ser atingidas online é bem maior do que no mundo físico. Um exemplo nesse sentido é a iniciativa do Boticário. A empresa de perfumes e cosméticos inaugurou uma loja virtual no jogo Avakin Life e recebeu 9 milhões de visitantes em menos de um mês. “É um número absurdo. É praticamente impossível uma loja de shopping atingi-lo”, afirma Igreja.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação

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Desafios da implementação Apesar do potencial, o metaverso tem alguns pontos que ainda jogam contra sua implementação. O principal deles está no fato de que a tecnologia não é popular. “As gerações Z e Alpha estão familiarizadas e confortáveis com o conceito, pois são adeptas de jogos imersivos como Fortnite, Minecraft e Roblox. Mas as


EXPECTATIVA É QUE UM PÚBLICO EXPRESSIVO ESTEJA NO METAVERSO EM ATÉ CINCO ANOS; USO EM MASSA SÓ DEVE OCORRER EM 2029 gerações Y, X e Baby Boomer, não”, destaca Camillo. “Existe a necessidade de as pessoas conhecerem esse novo modelo para conseguirem se conectar com a realidade virtual em larga escala”, completa. Essa adesão deve ocorrer primeiro com os chamados early adopters – os entusiastas, os vanguardistas. Hoje, esse grupo representa apenas 6% dos internautas no Brasil. Segundo informações da Kantar IBOPE Media, essas pessoas já são adeptas de ambientes virtualizados, a exemplo de Second Life e World of Warcraft (WoW). O segundo ponto é que a conexão e as interfaces precisam melhorar. “Para que o metaverso decole de fato, necessitamos de atualizações para os sistemas e as tecnologias existentes, incluindo mais poder de computação e gráficos de alta qualidade, bem como uma estrutura universal que permita ao usuário mover-se sem problemas de uma parte para outra”, alerta o especialista da VMware. Isso pode ser uma barreira para que o metaverso avance em grande escala no País, uma vez que 8,7 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à rede 4G, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). E mais: 19% da população sequer tem contato com a internet, segundo pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). “A falta de infraestrutura, no entanto, não vai barrar o metaverso no Brasil, mas vai fazer com que se popularize primeiro nas capitais, principalmente em áreas nobres como a Faria Lima, em São Paulo, e o Leblon, no Rio de Janeiro. Será o mesmo movimento que ocorreu com outras tecnologias”, informa Igreja. Uso em massa Gigantes de tecnologia estão discutindo e testando ferramentas para que o metaverso se popularize mais rápido. Uma delas é a Microsoft. De acordo com Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, a empresa vem investindo no metaverso há 12 anos, desenvolvendo soluções e dispositivos como os óculos de realidade virtual HoloLens. “Trabalhamos com um conjunto abrangente de recursos para potencializar o metaverso, desde a construção em escala de Internet das Coisas (IoT) e soluções digitais gêmeas (Digital Twins) até amplas implementações de inteligência artificial, o futuro das

Rafael Camillo, Head of Partner Organization da VMware no Brasil

reuniões com equipes e a realidade mista. Estamos trazendo todo o nosso conhecimento para possibilitar o futuro da computação para empresas e consumidores”, aponta a profissional. Aqui, também é possível destacar o trabalho da Samsung, que lançou o aplicativo de realidade aumentada Dreamground e replicou uma de suas lojas de rua no metaverso de Decentraland. Outro exemplo é a Cisco, que liberou o Webex Hologram, uma solução de realidade aumentada para reuniões, que entrega hologramas 3D imersivos em tempo real. Todo esse movimento de mercado, entretanto, não passa de uma fase inicial. “Quando a tecnologia muda nossas vidas, geralmente, não é de um dia para o outro. A internet, os smartphones e a nuvem, por exemplo, vieram ao mundo precedidas por suas versões beta, em constante desenvolvimento. Nesse sentido, penso que o metaverso poderá ser a força propulsora que criará uma geração de companhias, de forma similar com o que aconteceu a partir da popularização da internet. Porém, tudo a seu tempo. A transformação só está começando”, ressalta Tânia. A expectativa de Igreja é que um público expressivo esteja dentro do metaverso entre três e cinco anos. O especialista acredita, por sua vez, que a tecnologia só vai atingir a população de forma massiva em 2029. “O assunto vai continuar em alta em 2022, mas os negócios não vão se virtualizar por completo este ano. Uma série de subidas e descidas ainda vão fazer o conceito amadurecer e se consolidar”, conclui. 13




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Sucesso na nuvem

COMERC ENERGIA CONSEGUE MAIS SEGURANÇA, AGILIDADE E INOVAÇÃO COM PROJETO DE NUVEM DESENVOLVIDO POR TRIPLE S E INGRAM MICRO BRASIL Comerc Energia é líder no mercado brasileiro de energia, com cerca de 1,3 mil clientes em todo o País e uma média de 1,4 GW de eletricidade gerada por mês. Mesmo estando em uma posição confortável, o setor em constante crescimento e a alta competição mostraram que a companhia precisava fazer alguns ajustes se quisesse manter os resultados positivos.

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Neste contexto, a principal mudança estava atrelada à infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI). O ambiente próprio e físico que a Comerc Energia possuía já não era compatível com as necessidades da empresa há um tempo. Assim, com o objetivo de evitar falhas – inclusive de energia – e ganhar mais agilidade e produtividade na operação, a companhia resolveu adotar um sistema baseado em nuvem.


Melhor solução A equipe da DOC88, empresa de tecnologia que integra o grupo Comerc Energia, ficou responsável por avaliar as soluções em nuvem disponíveis no mercado brasileiro. O objetivo era encontrar um serviço capaz de lidar com três desafios da companhia: a transferência do grande volume de dados (cerca de 20 TB), a fácil adaptação do cliente final ao novo modelo e o custo relacionado à flexibilidade do cloud. A solução que melhor preenchia esses requisitos foi oferecida pela Triple S – empresa de tecnologia que fornece soluções de nuvem personalizadas para projetos de diferentes tamanhos – em parceria com a Ingram Micro Brasil. “Sempre buscamos entender as necessidades dos nossos parceiros de maneira ágil, inteligente e com foco no sucesso dos negócios. Assim que houve entendimento do trabalho a ser executado para a Comerc Energia, discutimos juntos a melhor forma de atender o cliente. A Triple S, com a sua competência e destreza, teve êxito na apresentação e entrega do projeto, cobrindo todos os pontos de necessidade e agregando valor”, diz Viviane Gatto, Account Manager da Ingram Micro Brasil. O serviço adotado foi o VMware Cloud on AWS – produto de uma parceria entre VMware e AWS. Mais especificamente, foi utilizado o VMware HCX – Hybrid Cloud Exchange, que permite a extensão de ambientes locais para a nuvem de maneira contínua e simplifica a migração de aplicações, o rebalanceamento da carga de trabalho e a continuidade de negócios. “A Ingram Micro, como distribuidora de valor agregado, é um parceiro fundamental para os nossos negócios e foi importante, mais uma vez, nesse momento. Houve colaboração e agilidade no suporte operacional ao cliente, entregando recorrências de faturamento conforme necessidades específicas, cumprindo períodos fiscais, resultando em fôlego financeiro no pagamento e impactando em flexibilidades diversas no projeto”, destaca Marcos Ferrari, Sales Manager da Triple S. Ganhos reais A migração do sistema de gestão da Comerc Energia para a nuvem trouxe uma série de benefícios para a operação. Por exemplo, ao comparar a performance de três indicadores (leitura, gravação e alteração de dados) com a rotina anterior, é possível notar um ganho que varia entre 43% e 52% em cada ocasião. “Com o VMware Cloud on AWS, também passamos a ter uma média de 45% em ganho de produtividade. Além disso, deixamos de nos

A DOC88, DO GRUPO COMERC ENERGIA, AVALIOU SOLUÇÕES EM NUVEM NO MERCADO E ESCOLHEU A TRIPLE S, EM PARCERIA COM A INGRAM MICRO BRASIL preocupar com questões corriqueiras em torno de disponibilidade, agilidade e segurança. Se pensarmos na rotina de backup, por exemplo, com a migração para a nuvem, começamos a realizar backups em 30% do tempo que disponibilizávamos antes para a ação em servidores internos”, conta Alex Fonseca, Chief Product Owner da DOC88. Com os ganhos observados, a adoção da nuvem foi rapidamente aprovada por usuários e líderes da Comerc Energia. Para o futuro, a companhia pretende estender o projeto para uma estratégia multicloud que segmente produtos e serviços para a combinação de melhor custo-benefício. Além disso, a empresa já avalia a estruturação de um data lake armazenado em nuvem. A intenção é instituir o conceito data driven, com foco em análise de dados para melhores respostas de problemas de negócio e atendimento aos clientes. “A nuvem trouxe benefícios que vão além dos nossos objetivos iniciais, em sua maioria, técnicos. Hoje, percebemos mais confiança dos clientes e mais engajamento de colaboradores, entre outras razões que impulsionam novas medidas e constante inovação interna”, finaliza Fonseca. 17




imespecial

a Internet das Coisas, ganha vida A CHEGADA DO 5G IRÁ REVOLUCIONAR O MERCADO, IMPACTANDO ÁREAS COMO SEGURANÇA E AGRO

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especial

m 2020, a pandemia de covid-19 exigiu que empresas se adaptassem a um novo cenário. O home office é a mudança mais vistosa neste sentido. Ele foi adotado em massa para que funcionários não precisassem ir até os escritórios e corressem o risco de se contaminar. Isto é, com o novo coronavírus, uma série de ameaças digitais permaneceram no ar. O ano de 2022 marca a chegada – de fato – do 5G ao Brasil. O protocolo apresenta diferenças fundamentais, quando comparado a versões anteriores, como 3G e 4G. A velocidade é só uma delas. No geral, o 5G pode impactar diversas áreas do mercado, principalmente quando se trata da Internet das Coisas. Por meio da IoT, compradores adquirem dispositivos inteligentes, como lâmpadas, sensores e veículos, que irão automatizar processos e agilizar suas vidas. Além disso, esses itens fazem toda a diferença em empresas, já que garantem mais praticidade, levando a um aumento na produtividade. Com a chegada do 5G no Brasil, esses dispositivos inteligentes terão eficácia e eficiência ainda maiores. O aumento da velocidade da conexão permitirá um desempenho melhor dessas tecnologias, que conseguirão coletar dados e transmitir informações de forma mais rápida, mais bem otimizada e, se pensar em telas, em melhor e mais alta resolução.

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Impacto do 5G na Internet das Coisas “O 5G se destaca em quatro áreas essenciais ligadas ao acesso à rede: alta velocidade, baixa latência, operação em alta densidade de dispositivos e estabilidade de conexão na mobilidade”, diz o engenheiro elétrico Robson Calvetti, professor na Universidade São Judas Tadeu. Uma das áreas que mais será influenciada pela chegada do 5G é o agronegócio. Como é uma atividade fundamental para a economia brasileira, o investimento nesse setor e em novas tecnologias para ajudar nos processos pode aumentar ainda mais em 2022. “Alguns projetos que terão grande relevância neste mercado são o monitoramento individual e remoto das plantações; os sistemas inteligentes para irrigação e fertilização; o controle em tempo real das cadeias de abastecimento, manipulando grandes quantidades de dados com rapidez e eficiência, possibilitando a integração total das zonas rurais aos grandes centros de distribuição e consumo”, comenta Calvetti.

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imespecial

Robson Calvetti, professor na Universidade São Judas Tadeu

Fernando Martins, professor do Instituto Mauá de Tecnologia

Um exemplo de projeto que pode revolucionar esse setor é a Horta IoT, do Instituto Mauá de Tecnologia. Ela foi criada pelos professores Alessandra Dutra Coelho e Wânderson de Oliveira Assis e os engenheiros Fernando de Almeida Martins e Rogério Cassares Pires. Como o Brasil tem necessidade muito grande de boas tecnologias para o agronegócio, esse projeto pode trabalhar em cooperação com a demanda do setor agropecuário. “A Horta IoT visa uma plantação automatizada, com irrigação automática e sensores de umidade na terra, que garantem boas condições climáticas para o crescimento das hortaliças e dos legumes. Esses sensores detectam a umidade no ar e na terra, ligando e desligando os irrigadores em dias mais secos ou chuvosos”, explica Fernando de Almeida Martins, engenheiro e professor do Instituto Mauá de Tecnologia. Esse projeto pode ser benéfico para auxiliar agricultores a automatizar suas plantações e não permitir que a colheita morra por falta ou excesso de água. Com a chegada do 5G, essa tecnologia ganha muito mais agilidade e consegue coletar os dados de forma mais rápida. Assim, é possível estudar a fundo o cultivo otimizado, documentando com muito mais precisão todas as informações. Revolução na segurança Outra área que ganha destaque a partir de agora, por conta da IoT e da chegada do 5G, é a de telecomunicações 22

Glaucio Silva, National Sales Manager da Axis Communications

e segurança. A Axis Communications, por exemplo, será muito beneficiada por essa novidade, já que seus equipamentos necessitam de uma boa conexão móvel para captar imagens, áudios e outros dados. “O nosso foco está no aprendizado – no Machine Learning. Então, uma câmera que antes tinha somente a função de capturar imagens no ambiente, agora, com a IoT, pode aprender comportamentos. Assim, o produto identifica o movimento de alguém entrando numa loja, diferencia o que são pedestres e ciclistas


especial

Câmeras corporais Axis Communications

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om a Internet das Coisas (IoT) e o 5G, a área de segurança pública também será muito beneficiada. Para ajudar esse setor, a Axis Communications criou câmeras corporais inteligentes, que podem ser utilizadas por policiais e outros agentes no dia a dia. Esses aparelhos são capazes de auxiliar nas ações desses profissionais, coletando imagens em alta resolução que serão enviadas para o centro de controle e

comando. Dessa forma, os supervisores conseguem analisar as situações e tomar decisões mais rapidamente. “Com a chegada do 5G, acreditamos que as empresas irão investir bastante nessa tecnologia, para levar essa malha de comunicação a regiões do País que não possuem conectividade e precisam de mais segurança”, diz Glaucio Silva, National Sales Manager da Axis Communications.

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na rua. No fim do dia, todos esses dados são produzidos em grande volume e ajudam na tomada de decisões”, ressalta Glaucio Silva, National Sales Manager da Axis Communications. O 5G será essencial para o crescimento e a revolução desse setor, já que fornecerá maior velocidade para os dispositivos. Com isso, os aparelhos conseguirão captar e distribuir melhor os dados coletados, além de transmitir imagens, sons e outras informações de maneira mais nítida e com uma resolução melhor. “A IoT, hoje, deixou de ser uma tendência. Ela se tornou uma extrema realidade. Cada vez mais os dispositivos são conectados, justamente

para que as pessoas agreguem novos serviços para quem vai utilizá-los”, destaca Silva. Portanto, é fundamental que as empresas invistam nessa tecnologia. A partir disso, elas poderão tomar decisões mais rápidas e certeiras, que aumentarão a produtividade dos funcionários e ajudarão a melhorar a experiência dos usuários. Contudo, é muito importante investir em cibersegurança também. “Com o aumento de dispositivos conectados, as pessoas e companhias ficam mais suscetíveis a ataques cibernéticos. Então, é essencial que escolham aparelhos com sistemas de proteção confiáveis, para não ficarem expostos”, complementa o especialista da Axis Communications. 23


imcoluna

Cássio Pedrão*

A robustez diferenciada dos equipamentos projetados especificamente para o varejo são determinantes para o sucesso de um comércio

varejo sob medida Por que isso é tão importante para uma empresa? Ora, pelo preço de um produto seu, eu consigo comprar três ´normais´, usados no meu escritório!”. Quantas vezes nos deparamos com respostas deste tipo de um cliente varejista? Sabemos que, quando apenas o preço é levado em conta, isto é fato e vale para qualquer item utilizado no varejo que tenha similares aplicados ao uso doméstico ou mesmo em escritórios. Para resolver situações como essa, é importante defender os valores de sua solução e o que ela oferece – e deixar de lado o preço. Para isso, vários pontos podem ser abordados, mas quatro podem ser considerados os mais relevantes: a robustez diferenciada dos equipamentos projetados especificamente para o varejo (talvez o principal dos argumentos), o ciclo de vida prolongado destes produtos, suas características específicas e o respaldo disponível para uma manutenção com cobertura nacional, exatamente da maneira que o varejista necessita.

Robustez de equipamentos O ambiente de varejo, no geral, não pode ser considerado exatamente ideal para equipamentos eletrônicos. Dependendo de onde se encontra instalado, ele pode sofrer variações térmicas abruptas, receber derramamentos de líquidos em grandes 24


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volumes e ficar sob o ataque de uma enorme quantidade de pó, fuligem e outras contaminações em forma de partículas ao longo dos vários dias em que deve operar ininterruptamente, às vezes até 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso tudo, sem considerar os periódicos processos de limpeza com diversos produtos químicos bastante agressivos presentes nos limpadores de uso geral. Quando projetado especificamente para o varejo, um equipamento precisa estar seguramente apto a suportar todas estas intempéries. Manter-se não apenas esteticamente bem apresentável, mas principalmente plenamente operante é a condição ideal para produtos como PDVs, impressoras, pin pads, teclados e monitores de vídeo. Ciclo de vida do produto No ambiente doméstico, ou mesmo em muitos escritórios, manter-se sempre com a última geração em equipamentos é a palavra de ordem. No entanto, no varejo, é necessária uma certa estabilidade nas especificações, de modo a minimizar os impactos causados pelas frequentes atualizações em pontos bastante importantes. O custo para o processo de homologação (compatibilização entre os diversos itens que compõe a solução, incluindo o software) é um exemplo. Ajustes físicos de check-outs, implementações de programas, necessidade de adaptações de periféricos e o complexo processo de treinamento de operadores, que têm uma alta rotatividade e demandam capacitação frequentes, são outros.

NO VAREJO, UM EQUIPAMENTO PRECISA ESTAR SEGURAMENTE APTO A SUPORTAR TODO TIPO DE INTEMPÉRIE

Produtos com características para o varejo Tomando uma CPU como exemplo, quando destinada ao varejo, esta deve ser capaz de ter conectado diversos periféricos. Entre eles, balança, leitor de código de barras, pin pad, monitor de vídeo, leitor de biometria, teclado, gaveta de dinheiro, SAT (para os estados onde se aplica), mouse e, eventualmente, display do cliente. CPUs genéricas geralmente não possuem tantas interfaces assim e requerem o uso de hubs, por exemplo. Isso, em um check-out, torna-se um desafio para que a estabilidade do sistema seja mantida. O mal contato é o vilão principal de instalações com adaptadores e hubs. Somente um equipamento projetado especificamente para o varejo permite a conexão organizada e devidamente suportada por características técnicas, como a capacidade de fornecimento de corrente elétrica a tantos periféricos através de suas interfaces. Atendimento on site em todo território nacional Por mais prestativo que um revendedor possa ser, pode chegar um momento em que ele não acompanhará mais o crescimento de seu cliente e não possuirá condições de ampará-lo em todos os seus pontos de venda, espalhados pelo País. Contar com um fornecedor de serviços especializado em varejo, capaz de atender seu parceiro varejista em todo território nacional, oferecendo diferentes níveis de serviços (SLA) e um padrão internacional de qualidade, num atendimento presencial (on site) no qual seja possível o reparo de eventuais problemas ou mesmo a realização de manutenções preventivas na primeira visita é algo que pode ser considerado vital para seus negócios. A opção poderá manter seu parceiro varejista fidelizado, mesmo muito longe de sua cidade de atuação e pode evitar que seu atual cliente busque outro ou outros revendedores para apoiá-lo em sua expansão.

*Cássio Pedrão é Country Manager da Toshiba Global Commerce Solutions no Brasil, empresa líder mundial em soluções para o varejo, fornecedora de equipamentos desenvolvidos especificamente para este mercado e com capacidade de oferecer serviços de manutenção corretiva, preventiva e preditiva em todo território nacional, para produtos de diferentes marcas e modelos.

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imespecial

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especial

Revolução das finanças ENTENDA QUAL É O PANORAMA BRASILEIRO QUANDO O ASSUNTO SÃO AS FINTECHS E DESCUBRA COMO ESSAS EMPRESAS PODEM OTIMIZAR O UNIVERSO FINANCEIRO erivado das palavras em inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia), o termo Fintech é usado para identificar uma categoria de empresas que desenvolvem soluções digitais voltadas para as finanças. Sua principal característica é a forma como elas mudaram a maneira com a qual as pessoas lidam com o dinheiro – seja na hora de armazená-lo e pagar as contas ou receber créditos e investimentos. “Este é um mercado que vem crescendo em ritmo acelerado. Muito devido à tecnologia, inovação e rapidez para atender às demandas dos consumidores, atingindo até mesmo os desbancarizados”, explica Davi Holanda, fundador do Bankly, CEO da Acesso e Diretor de Serviços Financeiros do Méliuz. Ele destaca que, antes, as pessoas tinham que ir até a oferta de serviço, mas agora a oferta vai até o consumidor por meio das plataformas digitais, com agilidade e segurança. “Nesse cenário, caminhamos para um recorde de investimentos, superando os US$ 3,2 bilhões já aportados em startups do setor”, conta Bruno Diniz, sócio da consultoria Spiralem e Diretor América Latina da Financial

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Davi Holanda, fundador do Bankly, CEO da Acesso e Diretor de Serviços Financeiros do Méliuz

Data and Technology Association (FDATA). Sem contar o interesse crescente em internacionalização, por conta das oportunidades que existem no P aís e os avanços regulatórios – que têm aberto espaço para o surgimento de modelos de negócio ainda mais inovadores. Cenário aquecido De acordo com Holanda, o Brasil é o maior ecossistema de Fintechs da América Latina. A tendência é que esse mercado continue crescendo nos próximos anos. Atualmente, o país já atingiu um momento de maturidade bastante positivo, com grandes nomes como PagSeguro, Stone e Nubank fazendo sua abertura de capital no exterior. “No País, as fintechs vieram em uma primeira 29


imespecial onda por meio dos bancos digitais. Muitos brasileiros puderam usufruir de um produto que vai além do bancário tradicional e de uma maneira mais democrática, barata e conveniente”, diz Caio Ribeiro, General Manager Brazil da fintech de pagamentos Addi. Fato que, segundo ele, naturalmente forçou as empresas que já estavam no mercado a terem que se reinventar para oferecer um serviço ainda melhor. Isto aconteceu porque, como em qualquer empresa de tecnologia, as fintechs promoveram grande inovação. Especialmente em cenários nos quais as soluções tradicionais não estavam trazendo otimizações com agilidade para o consumidor, por conta da baixa competição do mercado até então. Disrupção do mercado Ribeiro destaca que a principal característica de startups e empresas nascentes de tecnologia é que elas são organizadas com um propósito muito grande de resolver os problemas dos clientes. “Mais do que isso, elas se baseiam em metodologia ágil e focada, permitindo endereçar e adaptar problemas para as suas soluções de forma muito mais rápida”, explica. Desse modo, as fintechs conseguem fazer em semanas o que empresas maiores demorariam meses ou semestres. Mais do que isso, as empresas de tecnologia financeira trouxeram uma série de novas alternativas para os consumidores. “Essas companhias ampliaram a competição no mercado e ajudaram a bancarizar uma parte da população que estava desassistida e à margem do sistema financeiro”, explica o Diretor América Latina da Financial Data and Technology Association (FDATA). Isso foi possível pois as fintechs direcionaram o foco para trazer cada vez mais praticidade aos clientes, atendendo às mais variadas necessidades dentro do universo de finanças. De acordo com Diniz, elas aprimoraram, de fato, a experiência de consumo e reduziram os custos em um setor que, durante muito tempo, tinha baixos níveis de satisfação. Outro ponto que potencializa a atuação dessas empresas em resolver problemas no País é que o consumidor brasileiro tem a característica de ser entusiasta de tecnologia – aderindo muito rapidamente às novidades. “Temos aquela primeira onda de usuários muito intensos, que dão feedbacks e são muito críticos quanto ao que funciona ou não”, destaca Ribeiro. Com isso, as fintechs podem colher informações e corrigi-las ou reproduzi-las com bastante rapidez. A própria Addi é um exemplo de como o consumidor brasileiro guia o desenvolvimento dessas soluções. Quando chegou ao Brasil, a fintech era baseada em boletos parcelados. “Mas percebemos que essa era uma 30

Caio Ribeiro, General Manager Brazil da fintech de pagamentos Addi

COM NOVAS ALTERNATIVAS, A TECNOLOGIA FINANCEIRA AJUDA A BANCARIZAR PARTE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ferramenta em desuso e adaptamos o produto para o PIX, que, segundo os clientes, fazia muito mais sentido como meio de pagamento e validação de identidade ou biometria”, diz Ribeiro. ISVs Mais do que mudar a forma com a qual as pessoas se relacionam com o dinheiro, as fintechs revolucionaram também o universo de TI. Afinal, apesar de atuarem no setor financeiro, essencialmente elas são empresas de tecnologia. “Com o crescimento das fintechs, surgiram novas regulamentações, além de processos necessários para garantir a segurança das transações, que estão em constante desenvolvimento”, explica Holanda. Isso tem feito com que as instituições financeiras e de pagamento invistam cada vez mais em tecnologia para garantir esses e outros pontos fundamentais.


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Esse cenário tem impactado diretamente na contratação de pessoas. “A demanda por profissionais como desenvolvedores e cientistas de dados aumentará muito à medida que o setor se desenvolver. O que vai gerar ainda mais competição por esses especialistas que já são muito demandados por diferentes mercados”, destaca Diniz. Só no Méliuz, por exemplo, 53% dos colaboradores trabalham diretamente ligados ao setor de tecnologia e produto. “Atualmente, 70% dos desenvolvedores da companhia estão atuando em features, melhorias e novos produtos que devem ser lançados no próximo ano”, conta o fundador do Bankly, CEO da Acesso e Diretor de Serviços Financeiros do Méliuz. O Diretor América Latina da Financial Data and Technology Association (FDATA) explica que toda essa demanda vai expandir o ecossistema de ISVs como um todo. Afinal, será necessário atender a necessidade de crescimento e aprimoramento das operações dessas startups. Segundo Holanda, a digitalização da oferta de serviços financeiros está em constante desenvolvimento. O que significa que vai precisar de novos softwares e soluções inteligentes a todo momento. “Por isso, os Independent Software Vendors que estiverem atentos e acompanharem as tendências e carências do mercado poderão se beneficiar muito com o crescimento do setor”. Futuro promissor “A ascensão das Fintechs está só começando, e há um cenário muito positivo para o futuro”, diz Holanda. Ele destaca que a digitalização das soluções financeiras têm um papel importantíssimo na descentralização da oferta, já que proporciona muito mais autonomia e poder de escolha para o consumidor. “Por isso, acredito que seguiremos batendo recordes de investimentos no setor tanto no Brasil, que tem se tornado referência em tecnologia para serviços financeiros, quanto no mundo”. A verdade é que todo o globo caminha para uma realidade na qual as linhas que separam o mercado

Bruno Diniz, sócio da Spiralem e diretor da FDATA

financeiro dos demais estão ficando cada vez mais tênues. Diniz destaca que, a partir daí, se vê empresas de diferentes segmentos – como varejo, telefonia móvel e tecnologia em geral – já começando a distribuir suas soluções digitais. Fato este que vem alterando de maneira drástica o panorama competitivo que já vinha sendo transformado pelo fenômeno das startups e empresas de soluções financeiras. “Daí a importância de ter em mente que esse é um cenário bem mais amplo do que apenas bancos de um lado e fintechs do outro”, completa o Diretor América Latina da Financial Data and Technology Association (FDATA).

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o futuro passa pela

Reciclagem de TI ENTENDA POR QUE É IMPORTANTE INVESTIR NESSA TENDÊNCIA DO PONTO DE VISTA DE NEGÓCIO E SUSTENTABILIDADE

om a transformação digital e o avanço constante da tecnologia, as empresas têm não apenas substituído, mas adotado uma série de novos equipamentos de Tecnologia da Informação. Esse cenário, por sua vez, criou outro grande mercado: o de descarte responsável e reciclagem dos produtos que ficaram obsoletos. “A reciclagem de TI se tornou uma necessidade urgente à medida que o volume de lixo eletrônico só tem aumentado”, conta Carla Albino, SR. BD. Manager ITAD da Ingram Micro Services. Considerando, ainda, que os recursos naturais são finitos, realizar esse processo é essencial para garantir a reutilização de materiais e a reinserção de plástico, vídro, metais e outros elementos na cadeia produtiva. A Ingram Micro é reconhecida globalmente por prestar um serviço de excelência em Lifecyclo dos

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David Centamori, Operations Manager da Iron Mountain

equipamentos de TI. “O foco do nosso trabalho é estimular a Economia Circular, oferecendo ao mercado brasileiro não somente os serviços de gestão de reciclagem de aparelhos, mas a extensão do ciclo de vida dos produtos. Proporcionando a inclusão de outros nichos de mercado nessa cadeia”, explica Carla. “A geração de lixo eletrônico é um problema do mundo moderno. E considerando que existem componentes altamente poluentes em sua fabricação, é essencial que exista o processo de reciclagem”, destaca Carla. E que ele seja feito de maneira correta, por empresas reconhecidas e que certifiquem toda a sua cadeira de parceiros. Do início ao fim Hoje, a operação de ITAD – IT Asset Disposition ou, em português, Disposição de Ativos de TI – da Ingram Micro Brasil está inserida em uma grande unidade de negócios chamada Ingram Micro Services. Ela é dedicada a oferecer serviços de ponta-ponta, desde a desativação física de equipamentos até a compra de ativos de TI seminovos, passando por sanitização de dados e a reciclagem eletrônica propriamente dita. Esse processo começa com a busca dos produtos obsoletos (que podem ser qualquer ativo de TI, de notebooks e monitores a data centers) nos locais determinados pelo cliente em qualquer lugar do Brasil. Eles serão encaminhados para o centro de análise da Ingram Micro onde os técnicos farão a avaliação completa da situação de cada equipamento, separando o que tem possibilidade de reuso – e irá para o remarketing – e o que será reciclado. “Na sequência, notebooks e outros aparelhos nesse sentido têm seu disco rígido totalmente apagado. Pois mesmo que a área de TI das empresas tenha formatado o HD, sempre pode ficar algum resquício”, diz Ricardo Rodrigues, Director & Chief 33


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Commercial Executive da Ingram Micro Brasil. Para isso, a companhia usa um software que faz a limpeza de dados e garante toda a parte de LGPD. “Dessa forma, o cliente tem a certeza de que nenhuma informação remanescente será vazada”. Depois, os eletrônicos que não vão para o remarketing passam pelo processo de manufatura. Isso é, são desmontados, e os materiais separados por tipos para serem encaminhados a um destino correspondente à sua composição. Carla explica que o plástico, por exemplo, é moído e, na indústria de reciclagem, misturado a outros componentes para a fabricação de uma série de outros produtos, incluindo móveis novos. De acordo com Rodrigues, a Ingram garante aos clientes uma experiência de descarte correto de seus ativos de TI. “Todo o processo é feito com empresas parceiras certificadas e homologadas, que seguem todas as regras ambientais e, no final, emitem um documento para atestar que o processo de reciclagem foi realizado de forma adequada e sustentável”. Usar enquanto é útil O segundo ponto de vantagem da reciclagem é a possibilidade de ter uma forma lucrativa de aproveitar o processo. “Muitas vezes, as empresas não sabem o que fazer com esses aparelhos de TI e acabam realizando a venda por quilo”, destaca o Director & Chief Commercial Executive da Ingram Micro Brasil. Mas, nessa dinâmica, ele explica que além de perder o controle de como aquele descarte será realizado, os negócios tendem a receber valores muito baixos pelo peso. Já com os serviços de ITAD da Ingram Micro Brasil, essas mesmas empresas teriam todos os seus equipamentos analisados para que aqueles que ainda têm vida útil possam ser revendidos no canal de reciclados da companhia. “Com isso, nós conseguimos gerar um valor maior para esses eletrônicos e repassar uma parte dele de volta para o cliente”, destaca Rodrigues. Nessa dinâmica, o parceiro da Ingram ganha dos dois lados. Primeiro porque se compromete a não depositar mais produtos poluentes no meio ambiente. Segundo porque ele terá a possibilidade de receber uma remuneração muito maior ao fazer a reciclagem adequada de seus ativos de TI. Garantindo que parte do investimento possa voltar para a empresa. Consciência crescente A Ingram Micro é parceira global da Iron Mountain para serviços de Disposição Segura dos Ativos de TI 34

Ricardo Rodrigues, Director & Chief Commercial Executive da Ingram Micro Brasil

Carla Albino, SR. BD. Manager ITAD da Ingram Micro Services

(ITAD). A empresa de serviços de gerenciamento de informações empresariais utiliza, em especial, as iniciativas de desmagnetização no site dos clientes por meio de equipamento Degausser, fragmentação de ativos e destinação segura de resíduos, assim como serviços de remarketing.


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“A Iron Mountain tem como premissa realizar suas atividades de forma consciente e responsável. Garantindo a segurança e trabalhando com parceiros certificados para as atividades dos programas de destruição segura e reciclagem, que envolvem papéis, aparas, materiais plásticos, mídias e ativos de TI”, destaca David Centamori, Operations Manager da Iron Mountain. A partir dos serviços de ITAD, a companhia busca oferecer oportunidades para seus clientes por meio da economia circular eficiente. Reduzindo, por consequência, o lixo eletrônico na comunidade, abrindo caminho para um futuro mais sustentável. Além disso, David alerta que o descarte inadequado de ativos de TI pode ter consequências graves para as empresas. Mais do que o impacto ambiental, existe uma relação direta com privacidade de dados, gestão correta de ativos de TI e perda de oportunidade de geração de receita. “Por isso a importância de trabalhar com parceiros certificados que garantam a destinação segura e com responsabilidade social durante todas as etapas”. O Deutsche Bank é outro parceiro global da Ingram Micro para serviços de descarte de recursos tecnológicos. “Com o modelo de trabalho adotado em conjunto com a Ingram, garantimos que não ocorra nenhuma perda ou acesso indevido às informações do banco”, explica Marcelo Costa, CTO do Deutsche Bank S.A. Já em relação ao descarte, a companhia usa os serviços de ITAD com o comprometimento de não gerar lixo eletrônico. Isso porque, segundo Marcelo, os equipamentos são destruídos ou reutilizados e reciclados de forma alinhada com a sustentabilidade. “A preocupação no correto fim e a segurança nas tratativas das informações são pontos determinantes para termos um processo controlado de descarte certificado”, diz. No Brasil, já há uma série de segmentos engajados nesse mercado. A unidade de ITAD da Ingram, por exemplo, já tem clientes das áreas de consumo, tecnologia, serviços e consultorias mundiais. Na outra ponta, de maneira bastante ampla, Carla destaca que a reciclagem de TI acaba por interligar vários nichos correspondentes. “Indo desde o setor logístico até a indústria de joalheria, que utiliza metais nobres em seus processos de fabricação”. Apesar das empresas já estarem tomando consciência da importância de se preocupar com o destino de seus eletrônicos, ainda é uma

cultura que precisa ser espalhada e fomentada. Para ajudar nessa jornada, a Ingram trabalha e oferece serviços especializados para agregar valor às revendas e aos clientes por meio de toda a sua infraestrutura e relacionamento. Impacto além do negócio Optar pela reciclagem de TI adequada ainda vai muito além da corporação, sendo um grande compromisso e responsabilidade e inclusão social. Com o remarketing e o retorno de produtos em bom estado para o mercado feito pela Ingram, pessoas e empresas com baixo orçamento podem ter acesso a produtos de boa qualidade e com vida útil de pelo menos dois anos. De acordo com Rodrigues, essa é uma demanda que não tem volta e cada vez mais vai permear dentro das organizações e na sociedade como um todo. “Preocupada com esse cenário, a Ingram Micro, através da unidade de negócios de ITAD, trabalha para levar essa consciência aos nossos clientes para que consigamos fomentar ainda mais esse mercado e seus impactos nas empresas, no meio ambiente e na vida das pessoas”.

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NOVA DINÂMICA NAS EMPRESAS ESPECIALISTAS DEBATEM O AVANÇO, AS VANTAGENS E OS DESAFIOS DA PROFISSIONALIZAÇÃO DO TRABALHO HÍBRIDO vitar deslocamentos cansativos, ganhar tempo para atividades pessoais e poder passar mais tempo com filhos, familiares e pets são algumas das vantagens de quem trabalha em casa. De olho nesse cenário, empresas de todos os portes adotaram modelos híbridos, que oferecem os benefícios do home office, mas sem abandonar as vantagens dos encontros presenciais no escritório algumas vezes durante a semana. Um levantamento do site Vagas.com, especializado em soluções de recrutamento, mostra que 42% dos funcionários preferem trabalhar de forma híbrida. 31% deles dão preferência à modalidade porque acreditam nas vantagens do home office, mas defendem que a interação presencial com outros colaboradores também é muito importante. “Hoje, os candidatos já chegam nas entrevistas de emprego perguntando se as empresas oferecem a opção de trabalho híbrido”, conta Eloisa Devito, Channel and Distributor Manager VC Brazil da Logitech. “A modalidade se tornou uma necessidade no currículo das companhias, que precisam oferecer isso para conquistar colaboradores e talentos do mercado”, completa.

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As ondas do trabalho híbrido Apesar de ganhar força durante a pandemia, o trabalho híbrido já estava no radar de algumas empresas antes mesmo da necessidade de distanciamento social. “Podemos dividir os diferentes momentos desse cenário em ondas. Na primeira, antes da covid-19, somente 3% das companhias do mundo estavam preparadas para a 36

modalidade. Isso porque não existia essa necessidade. Além disso, as ferramentas e soluções tecnológicas não enxergavam possibilidades para desenvolver novos recursos, pois não existia tanta demanda”, destaca Adriano Gaudêncio, Diretor de Colaboração da Cisco para a América Latina. A chegada da pandemia deu início à segunda onda do trabalho híbrido. De um dia para o outro, colaboradores passaram a trabalhar em casa, eventos foram organizados virtualmente e reuniões presenciais se transformaram em videoconferências. “A preocupação das empresas era garantir que a produtividade dos funcionários seria a mesma do escritório. Para isso, buscaram o que havia disponível de ferramentas no momento e as opções mais fáceis de implementar. Cada um usou o que tinha”, comenta Gaudêncio. A surpresa foi que, mesmo com a pressa e, muitas vezes, sem todas as soluções adequadas, a produtividade dos colaboradores aumentou com o home office. Atualmente, estamos na terceira onda. Hoje, boa parte das empresas já percebeu que essa modalidade veio para ficar. “De acordo com um estudo da Dimensional Research, 77% das grandes companhias vão adotar o trabalho híbrido. Isso mostra que é preciso profissionalizar esse cenário. Não dá mais para ‘brincar’ de mandar o funcionário para casa de qualquer jeito”, ressalta o especialista. Cuidados com a equipe e o relacionamento Para Eloisa, o trabalho híbrido oferece uma série de vantagens tanto para as empresas quanto para


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Imagem corporativa Além dos benefícios para os funcionários e das vantagens financeiras para as empresas, o trabalho híbrido funciona como uma oportunidade para melhorar ainda mais a imagem de uma marca. Com ela, as companhias podem conseguir selos importantes e que conferem ainda mais credibilidade aos negócios. “Isso porque muitos funcionários deixam de se locomover de carro. Além disso, algumas

empresas adaptam a ida do colaborador ao escritório poucas vezes por semana, o que reduz a emissão de poluentes e o excesso de gastos com energia e até com materiais como papel”, diz Eloisa Devito, Channel and Distributor Manager VC Brazil da Logitech. “Por mais que as pessoas estejam trabalhando em casa, há um consumo diferenciado, que traz muitos benefícios”, completa. 37


imespecial os funcionários. Entre elas, destacam-se a possibilidade de atuar com pessoas de qualquer parte do mundo e a otimização do tempo. “De acordo com algumas pesquisas, o deslocamento dos funcionários até o escritório gira em torno de uma hora a 1h20. Com o home office, a pessoa pode usar esse tempo para dormir mais, tomar seu café da manhã com calma, levar o filho para o colégio e fazer coisas que não eram possíveis antes”, explica. Os benefícios são grandes, mas a modalidade traz alguns desafios, principalmente relacionados à saúde mental. Isso porque muitos colaboradores tiveram de aprender a dividir espaço com outras pessoas da casa. Além disso, outros fatores colaboram para o aumento do estresse de quem faz home office, como passar horas em frente ao computador sem fazer pausas e não ter todas as ferramentas e soluções adequadas para realizar as atividades – uma cadeira confortável e uma webcam de boa qualidade, por exemplo, são capazes de tornar a rotina menos cansativa. “É preciso se preocupar com o apoio ao funcionário. No escritório, ao ver uma pessoa chorando ou nervosa, é fácil identificar que ela não está bem e dar assistência para tentar ajudar. Nas reuniões presenciais também é possível ter essa percepção”, afirma Gaudêncio. “No caso do trabalho híbrido é preciso ter ferramentas para sentir como está aquele funcionário, como é o proveito dele em trabalhar de casa e como está a sua satisfação”, completa. A especialista da Logitech acredita que a atenção com os funcionários pode ser uma Cuidado com a saúde mental dos colaboradores é um dos grandes desafios do trabalho híbrido

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oportunidade para aproximar ainda mais os colaboradores. “Antes, o RH, por exemplo, era um departamento. As pessoas tinham de ir até lá para conversar. Agora, esse relacionamento é feito por videoconferência. Por meio dessa solução, especialistas conseguem identificar as necessidades do funcionário e acompanhá-lo com mais precisão e frequência. Além disso, muitas pessoas que nem se conheciam pessoalmente, pois trabalhavam em andares ou setores diferentes, passaram a se relacionar nas reuniões virtuais”, destaca. Infraestrutura em casa Uma das chaves para o sucesso do trabalho híbrido é garantir que os funcionários tenham tudo o que precisam tanto em suas casas como nos escritórios. Dispositivos e soluções tecnológicas são essenciais para suprir essas necessidades e tornar as rotinas de trabalho mais produtivas e agradáveis. De acordo com Eloisa, é necessário oferecer periféricos de alta qualidade e com fácil usabilidade. Mouses, teclados e webcams que funcionam após uma simples conexão USB, por exemplo, são ótimas pedidas para simplificar a rotina dos colaboradores e garantir que o trabalho não fique mais cansativo do que deveria. Também é preciso contar com soluções que integram e facilitam diversas interações, como a plataforma Webex, da Cisco, que pode ser customizada com base na necessidade de cada empresa. Com ela, é possível gerenciar a parte de telefonia, trocar mensagens, compartilhar vídeos, realizar reuniões online e até administrar a área de contact center. Escritórios do futuro Com boa parte dos funcionários trabalhando em casa durante alguns dias da semana, as companhias poderão reestruturar seus escritórios e reformular ambientes conforme suas novas realidades e necessidades. Será possível ter, por exemplo, salas de reuniões menores, já que muitos colaboradores participarão das conferências remotamente. Em contrapartida, os ambientes terão de ser equipados com bons sistemas de áudio e vídeo. “Outra proposta interessante é a parte de hot desk. Trata-se de uma estação de trabalho que não pertence a ninguém. Quando o colaborador vai para o escritório, ele pode reservar uma mesa. Com isso, além de ganhar espaço, é possível reduzir custos para a empresa”, destaca Gaudêncio. Para ele, é importante garantir que essas iniciativas estejam integradas às ferramentas e soluções usadas pelos funcionários no dia a dia.

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