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Pré-leitura

culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.

Por meio do relato de um soldado em campanha, a obra propõe que o estudante reflita acerca das circunstâncias sociais e das culturais de matrizes conceituais. Espera-se que os estudantes reflitam sobre passado e presente no Brasil, sobre personagens fictícios e reais, mediante atividade analítica e propositiva.

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EM13CHS103 Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de natureza qualitativa e quantitativa (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos, mapas, tabelas etc.).

Todo texto literário é uma obra que procura por um interlocutor capaz de dotá-la de novas e múltiplas análises. As atividades propostas devem fazer com que, após a leitura do livro, os estudantes formulem hipóteses sobre os acontecimentos descritos pelo enredo do livro. Como Avante, soldados: para trás tem características de ficção histórica, espera-se que os estudantes sejam capazes, por meio das atividades propostas, de elaborar uma leitura analítica do passado, com vistas ao mundo de hoje.

PRÉ-LEITURA

Ao retratar o cenário de guerra, a obra viabiliza a realização de atividades que envolvam conhecimentos próprios das Ciências Hu-

manas e Sociais Aplicadas. Avante, soldados: para trás apresenta características de ficção histórica.

A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas para todos os envolvidos, afetando não só a área territorial de cada país, mas sua economia e população. No Brasil, o conflito deixou uma dívida pública enorme, fortaleceu o exército como instituição e marcou o início da decadência da monarquia, além de tirar a vida de milhares de brasileiros.

Espera-se que os estudantes, por meio das atividades, sejam capazes de entender as consequências dessa guerra para a população negra do Brasil, bem como para o desenvolvimento diplomático entre os países do sul do continente.

Pode-se solicitar aos estudantes que, no decorrer da leitura, identifiquem os personagens históricos que representam a conexão entre realidade e ficção literária. Ou seja, o professor deve instigá-los a indicar figuras que são conhecidas em razão de sua relevância histórica, independentemente do papel que exercem na narrativa. Alguns exemplos: o imperador Dom Pedro II; o presidente do Paraguai, Francisco Solano López; o Visconde de Taunay e o Coronel Camisão. Quem são essas pessoas e que papéis exerceram durante o conflito? Procure estimular os estudantes a estabelecer relações entre os personagens e os conhecimentos históricos que possuem.

Mediante uma abordagem histórica da obra, a aula inicial poderá contextualizar o período entre dezembro de 1864 e março de 1870, quando aconteceu o conflito de maior duração e proporção de toda a história da América do Sul: a Guerra do Paraguai.

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