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Jardim

Faça isso, sim — responde Marta.

E a moça estará aqui também? — pergunta Mefisto, dirigindo-se a Margarida: É um bom rapaz, muito viajado e trata as senhoritas com muito agrado.

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Ali no jardim, atrás da casa, encontraremos os senhores à tarde — Marta se apressa em dizer.

jardim

No dia seguinte, conforme combinado, todos se encontram no jardim de Marta. Margarida passeia de braço dado com Fausto, e Marta e Mefistófeles caminham juntos de um lado a outro.

Reconheceste a mim, meu anjinho, logo que pisei no jardim? — pergunta Fausto a Margarida.

Então não notaste? Baixei os olhos no mesmo instante — responde ela.

Envergonhada, apanha uma flor bem-me-quer

e desfolha uma pétala após a outra

O que é isso? Um buquê — Fausto quer saber.

É só uma brincadeira — diz ela enquanto tira as pétalas murmurando a meia voz — bem-me-quer… mal-me-quer… — arranca a última pétala com enorme alegria e grita — bem-me-quer!

Sim, minha menina! Que essa palavra floral seja a expressão divina: Ele te quer! — declama Fausto enquanto toma-lhe as duas mãos.

Estou tremendo — diz Margarida.

Não tremas! — diz Fausto, querendo acalmá-la — Deixa que este olhar, que este aperto de mão te diga o impronunciável: a entrega absoluta e o gozo, que deve ser eterno!

Margarida aperta as mãos dele, desprende-se e foge. Fausto fica um instante absorto em pensamentos, depois a segue.

Começa a anoitecer e Marta e Mefistófeles também se despedem. Marta pergunta:

E o nosso casalzinho?

Saiu voando, ali atrás dos arbustos. Passarinhos travessos! — responde Mefistófeles.

Parece que ele está gostando dela — provoca Marta.

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