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cena 1

Romeu e seus amigos saíram da festa e agora estão num beco, junto ao muro do jardim dos Capuleto.

Romeu está perdido em pensamentos: – Como ir embora se o meu coração está aqui? Volta, corpo pesado de argila e procura o teu centro.

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Desesperado, resolve escalar o muro da casa de Julieta. Benvolio e Mercúcio, que ainda pensam que ele está apaixonado por Rosalina, procuram por ele. – Veio correndo até aqui e pulou o muro que dá no jardim. Vá chamá-lo, Mercúcio – diz Benvolio.

Mercúcio chama por Romeu: – Romeu! Gênio! Louco! Amante! Apaixonado! Apareça sob a forma de um suspiro. Eu ordeno, pelos olhos brilhantes de Rosalina, por seu rosto, os lábios escarlates, as belas pernas, as coxas tremulantes e adjacências. Ordeno que você apareça, do jeito que for. – Se ele estiver ouvindo, vai ficar bravo com você – adverte Benvolio. – Não, isso não o deixa chateado. O que o deixaria irritado seria se eu invocasse um espírito estranho na frente de sua amada e o largasse ali, até que ela o exorcizasse. Só estou dizendo o nome dela para ver se ele se anima e aparece.

– Vamos embora. Ele está escondido entre as árvores, para ficar perto da noite úmida. Seu amor é cego e combina bem com a escuridão – diz Benvolio. – Se o amor é cego, não vai acertar o alvo nunca. É bem possível que tenha ido sentar debaixo do pé de ameixa na esperança de que sua querida amada seja uma fruta que caia de madura em seus braços. Ó Romeu! Se ela fosse, se ela fosse um “Et cetera”, bem aberto, uma pera açucarada! Romeu, boa noite, vou deitar na minha cama de armar, porque estou achando essa cama de folhagem muito úmida para dormir. Vamos? – Vamos, então. É muito chato ficar procurando quem não quer ser encontrado – Benvolio conclui.

Cansados da noitada, Mercúcio e Benvolio resolvem ir embora e deixam Romeu para trás.

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