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cena 4
Na casa dos Capuleto, os pais de Julieta recebem a visita de Páris, o nobre pretendente de Julieta. Eles conversam sobre o ocorrido e o pai de Julieta se explica: – As coisas tomaram um rumo tão infeliz que nem sequer tivemos tempo de falar com a nossa filha. Ela gostava muito do primo Tebaldo. A verdade é que nascemos para morrer. Já é muito tarde, ela não vai mais descer. Eu também, não fosse por sua companhia, já estaria recolhido há uma hora. – Esse tempo de dor não é propício para visitas de amor. Senhora, boa noite. Recomendações a sua filha – diz Páris.
A senhora Capuleto concorda e diz que falará com a filha assim que amanhecer.
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E o pai de Julieta enche o pretendente de esperanças: – Senhor Páris, posso adiantar que ela aceitará, que se guiará por mim. Sim, estou certo disso. – O pai de Julieta pede que a mãe avise do casamento com Páris na quarta-feira e diz: – Mas fale com carinho... Que dia é hoje? – Segunda-feira – Páris responde. – Ah! Ah! Segunda-feira! Muito bem. Não, quarta-feira é muito cedo. Quinta. Sim, diga a ela que na quinta-feira irá se casar com o nobre conde Páris. O que acha? Aprova tanta pressa? Não faremos muito barulho. Uns dois ou três amigos, nada mais. Nada de grande festa, porque Tebaldo morreu há pouco e poderiam pensar que estamos fazendo
pouco caso, um parente tão próximo e tão querido. Então, só meia dúzia de amigos e pronto. Quinta-feira. O que acha? – Queria que quinta-feira já fosse amanhã – diz Páris com entusiasmo. – Ótimo. Então, quinta-feira. Vá falar com ela, mulher... Prepare-a para o casamento. Adeus, senhor. Boa noite.