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cena 2

Na casa dos Capuleto, o pai de Julieta já está cuidando dos preparativos para o casamento com Páris. Ele, a esposa e a Ama estão em alvoroço. Capuleto reúne os serviçais e anuncia que irá servir um banquete inesquecível para um grande número de convidados. Para isso, manda chamar nada mais nada menos que vinte cozinheiros. Depois de distribuir as funções, ele pergunta se a filha foi mesmo visitar o Frei e a Ama responde que sim e avisa que Julieta está chegando.

Ao avistá-la, o pai vai logo perguntando: – Então, cabeça-dura? Onde esteve?

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E Julieta responde disfarçando seus reais sentimentos o máximo que pode: – Onde aprendi a me arrepender de verdade do pecado grave de desobedecer a suas ordens. Frei Lourenço, esse santo homem, ordenou que eu viesse aqui pedir o seu perdão de joelhos. Me perdoa, pai, eu imploro. De agora em diante vou sempre obedecer. – Vá chamar o conde e conte a ele. Amanhã mesmo realizaremos o enlace. – Encontrei o conde no retiro do Frei Lourenço e, dentro da modéstia, fiz o possível para agradar.

– Isso me alegra muito. Então levanta. Assim vai tudo bem. Deus seja louvado. Esse frade reverendo, toda a cidade tem grande estima por ele. – Ama, quer vir comigo até o meu quarto me ajudar a escolher os adereços para a festa? – Vá, Ama, vá com ela. Amanhã iremos até a igreja.

E a senhora Capuleto se mostra preocupada: – Não vai dar tempo de arranjar nada. Já é quase noite.

Mas o senhor Capuleto a tranquiliza: – Pode deixar que eu cuido disso. Vai dar tudo certo, mulher, eu garanto. Vá ajudar Julieta nos enfeites. Agora me deixem. Hoje não vou me deitar. Dessa vez eu serei a dona de casa. Saíram todos? Então eu mesmo me levarei até o conde Páris, para animá-lo para amanhã cedo. Meu coração ficou tão leve desde que essa menina entrou nos trilhos.

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