Coleção Brasiliana Itaú \ Espaço Olavo Setubal

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Espaço Olavo Setubal Coleção Brasiliana Itaú

guia de visitação

português


Foi movido pelo sonho de reunir registros artísticos e históricos do Brasil que Olavo Setubal, um dos líderes do Banco Itaú, começou, em 1969, a colecionar obras de arte, documentos, objetos e livros. A primeira aquisição foi o quadro Povoado numa Planície Arborizada, de Frans Post (exposto no núcleo O Brasil Holandês). Atualmente sob os cuidados do Itaú Cultural, esse acervo possui mais de 12 mil itens e é considerado o maior de uma companhia privada da América Latina. As peças expostas no Espaço Olavo Setubal integram duas coleções específicas desse universo – a Brasiliana Itaú e a Itaú Numismática – e revelam os cinco séculos da nossa história. Um recorte desse patrimônio foi organizado pela equipe do Itaú Cultural em homenagem a ele, um dos nomes determinantes para que o instituto seja hoje um relevante protagonista na democratização do acesso e no fomento à cultura e à arte brasileiras. O percurso por raros registros das artes e das ciências possibilita uma experiência inspiradora, didática e prazerosa, que revela nosso passado, explica nosso presente e projeta nosso futuro. Você é nosso convidado para conhecer esse legado e tornar realidade o sonho de Olavo Setubal de proporcionar a todos os interessados a experiência de conhecer a coleção. Aproveite a visita! Milú Villela

MARTIUS, Carl Friedrich Philipp von Astrocanyum gynacanthum, Bactris pertinata, Bactris hinta (detalhe), 1823



O Brasil Desconhecido O Brasil Desconhecido

Módulo 1 Módulo 1

Foi pelo litoral que o atual território brasileiro começou a ser desFoi pelo litoral que o atual território brasileiro começou a ser descoberto por navegadores europeus. Durante o primeiro século, coberto por navegadores europeus. o primeiro século, pouco se explorou o interior. O MapaDurante do Almirante, de 1522, delipouco se explorou o interior. O Mapa do Almirante, de 1522, neia apenas parte da costa e chama o país de Terra Nova ou deliTerra neia parte da costa e chama o país de Terra Nova ou Terra dosapenas Papagaios. dos Papagaios. Nenhum artista visitou o Brasil nesse período. As imagens existentes Nenhum artistana visitou o Brasil período. Aseimagens existentes foram criadas Europa comnesse base em relatos descrições escritas. foram criadas na Europa com base em relatos e descrições escritas. O tema dominante era o canibalismo, protagonista de grande parte Odas tema dominante era o canibalismo, de grande parte gravuras que descrevem o país. protagonista Os povos indígenas também das quevestidos descrevem o país. Os povos sãogravuras retratados à moda europeia ou emindígenas modelostambém atléticos são retratados vestidos à moda europeia ou em modelos imaginados pelos artistas europeus, que nunca os haviam atléticos visto. imaginados pelos artistas europeus, que nunca os haviam visto.

O Brasil Holandês O Brasil Holandês

Módulo 2 Módulo 2

Os oito anos passados por Maurício de Nassau no Nordeste valeram Os anos passadoslegado por Maurício de Nassau no Nordeste valeram aooito Brasil o precioso dos jovens cientistas e artistas da comiaotiva Brasil o precioso legado dos jovens cientistas e artistas da comi-as holandesa, que publicaram em grandes livros ilustrados todas tiva holandesa, que publicaram emnograndes imagens e informações colhidas país. livros ilustrados todas as imagens e informações colhidas no país. Neste módulo, destaca-se o quadro a óleo de Frans Post Povoado Neste destaca-se opeça quadro a óleodadeColeção Frans Post Povoado numamódulo, Planície Arborizada, inaugural Brasiliana Itaú. numa Planície Arborizada, peça inaugural da Coleção Brasiliana Itaú.in Entre os livros, figuram a obra de Barlaeus Rerum per Octennium Entre os livros, figuram a obraos defeitos Barlaeus Rerum per Octennium in Brasilia, de 1647, que exalta de Nassau, e os importantes Brasilia, de 1647, que exalta os feitos de Nassau, e os importantes registros da flora e da fauna do livro História Natural do Brasil (Hisregistros da floraBrasiliae), e da fauna do livroem História toria Naturalis impresso 1648. Natural do Brasil (Historia Naturalis Brasiliae), impresso em 1648.

WALDSEEMÜLLER WALDSEEMÜLLER Mapa do Almirante (detalhe), 1522 Mapa do Almirante (detalhe), 1522



O Brasil Secreto

Módulo 3

Após derrotar o invasor holandês, o governo de Portugal fechou o país aos visitantes estrangeiros por mais de 150 anos. A preocupação em manter o Brasil secreto aumentou após a descoberta de enormes jazidas de ouro e diamantes, por volta de 1700, em Minas Gerais. Ao longo desse importante ciclo econômico, brotaram grandes talentos poéticos, como Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, também envolvidos na Inconfidência Mineira. Nessa mesma época, surgiu um mito da arte nacional, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. É dele a imagem de cedro policromado Nossa Senhora das Dores.

O Brasil dos Naturalistas

Módulo 4

Com a chegada da família real e a abertura dos portos, em 1808, o país foi finalmente revelado ao mundo e, nas décadas seguintes, recebeu centenas de artistas e cientistas determinados em registrar o território, seus costumes, sua flora e sua fauna, movidos pela enorme curiosidade represada nos 150 anos em que o país ficou fechado. Desse período, destaca-se o álbum Viagens ao Brasil, publicado em Munique, em 1823, por J. B. von Spix e C. F. P. von Martius, com as mais belas gravuras de índios da época, entre as quais os retratos de Iuri, Miranha e Muxuruna. Outro relevante registro de cientistas e artistas europeus que documentaram o país no século XIX é o conjunto de 30 cromolitografias de pássaros, feitas com base nos desenhos do francês J. T. Descourtilz para a obra História dos Pássaros do Brasil, publicada em Londres entre 1854 e 1856.

MARTIUS, Carl Friedrich Philipp von; SPIX, Johann Baptiste von Iuri (detalhe), 1823



O Brasil da Capital

Módulo 5

Foco da atenção dos artistas viajantes, o Rio de Janeiro possui rica iconografia que retrata a variedade da vegetação, do mar e da topografia da segunda capital do Brasil. Destaca-se a aquarela Panorama de la Baie de Rio-Janeiro, de E. E. Vidal, por sua dimensão e qualidade. Paisagem e costumes cariocas ganham o traço do pintor alemão J. M. Rugendas, em gravuras litografadas em Paris, em 1835, com base em desenhos da década anterior. Também nas tintas do francês J. B. Debret surge, em 1835, o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, publicado em Paris e um dos mais famosos conjuntos de imagens do império antes da invenção da fotografia.

O Brasil das Províncias

Módulo 6

Menos retratadas que a capital, as diferentes regiões do Brasil foram às vezes documentadas por artistas viajantes. Encomendada pelo imperador D. Pedro I, Panorama da Cidade de São Paulo, do francês A. J. Pallière, é considerada a obra mais importante da iconografia paulistana anterior à fotografia. O óleo sobre tela desapareceu ao ser vendido após a Proclamação da República e ficou esquecido por 110 anos, até ser redescoberto em 2001, quando foi integrado à Coleção Brasiliana Itaú. Também esquecidas em coleções particulares, a Vista de São Luís do Maranhão, de cerca de 1860, e a Vista Panorâmica da Baía de Belém do Pará, de 1870, ambas pintadas por J. L. Righini, são essenciais na iconografia amazônica.

DEBRET, Jean-Baptiste Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (detalhe), 1835



O Brasil do Império

Módulo 7

A família real, depois imperial, foi amplamente retratada e desempenhou papel fundamental no desenrolar da arte no Brasil. Pintor da corte, Debret presenciou e registrou a cerimônia de casamento de D. Pedro I com sua segunda mulher, D. Amélia. A ideia era que um óleo sobre tela de grandes proporções fosse feito com base na obra exposta nesse espaço. Com a abdicação do imperador, em 1831, o quadro maior não foi produzido. A primeira versão da Peça da Coroação, feita no ano da Independência do Brasil (1822) para a sagração do imperador e cunhada em ouro, é tida como a mais valiosa moeda brasileira. Reprovada pelo imperador, sobreviveu em raríssimos exemplares.

O Brasil da Escravidão

Módulo 8

Capítulo tenebroso e determinante da história brasileira, a escravidão foi retratada por uma série de artistas viajantes. O inglês Henry Chamberlain visitou o Rio de Janeiro em 1817 e, cinco anos depois, lançou em Londres a primeira coleção de gravuras focada na mão de obra escrava. Também presentes no acervo, trabalhos de Rugendas e de Debret mostram cenas da escravidão em contextos diferentes – o rural e o urbano, o cotidiano de trabalhos forçados e os raros momentos festivos.

DEBRET, Jean-Baptiste Casamento de D. Pedro I e D. Amélia (detalhe), 1829



O Brasil dos Brasileiros O Brasil dos Brasileiros

Módulo 9 Módulo 9

O Brasil chega ao século XX. Enquanto a república se consolida, O Brasil chega ao século XX. Enquanto a república se consolida, a cultura nacional se reconhece – seja questionando a tradição e a cultura nacional se reconhece – seja questionando a tradição e absorvendo elementos estrangeiros, como fez o modernista Oswald absorvendo elementos estrangeiros, como fez o modernista Oswald de Andrade na coletânea de poemas Pau Brasil, de 1925, seja comde Andrade na coletânea de poemas Pau Brasil, de 1925, seja compondo crônicas visuais focadas nos tipos da cidade e no meio polípondo crônicas visuais focadas nos tipos da cidade e no meio político, trabalho que o cartunista J. Carlos realizava com senso crítico tico, trabalho que o cartunista J. Carlos realizava com senso crítico e bom humor. e bom humor. São produzidos os chamados livros de artista, fruto da colaboração São produzidos os chamados livros de artista, fruto da colaboração entre nossos maiores escritores e pintores. Entre livros artista, entre nossos maiores escritores e pintores. Entre os os livros de de artista, destaca-se Mangue, publicado no Rio de Janeiro em 1943, com ilusdestaca-se Mangue, publicado no Rio de Janeiro em 1943, com ilustração de Lasar Segall e textos de Jorge de Lima, Mário de Andrade tração de Lasar Segall e textos de Jorge de Lima, Mário de Andrade e Manuel Bandeira. e Manuel Bandeira.

ANDRADE, Oswald ANDRADE, Oswald de de Brasil (detalhe), 1925 PauPau Brasil (detalhe), 1925



Piso 4 1

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3 9

Entrada Módulo 1: O Brasil Desconhecido Módulo 2: O Brasil Holandês

Módulo 3: O Brasil Secreto Módulo 4: O Brasil dos Naturalistas

Piso 5 5

5

6 7

9

Módulo 5: O Brasil da Capital Módulo 6: O Brasil das Províncias Módulo 7: O Brasil do Império

terça a sexta 9h às 20h sábado, domingo e feriado 11h às 20h Pisos 4 e 5

8

Módulo 8: O Brasil da Escravidão Módulo 9: O Brasil dos Brasileiros

itaucultural.org.br atendimento@itaucultural.org.br fone 11 2168 1777 avenida paulista 149 01311-000 são paulo sp Alvará de Funcionamento de Local de Reunião Protocolo: 2016.0.189.341-4 – Lotação: 742 pessoas Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) Número: 406986 – Vencimento: 30/4/2022


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