NELSON LEIRNER
O Itaú Cultural apresenta o projeto Ocupação, criado para fomenta r o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram. O evento integra o trabalho perene do instituto com programas como o Rumos, que há 12 anos incentiva a produção contemporânea colaborando para o aprimor amento de criadores, a difusão de suas obras e a reflexão sobre a arte atual. A preserva ção da memória artística também faz parte dessa atuação, com as enciclopédias abrigadas no site itaucultural.org.br, que disponibilizam dados biográficos, imagens , vídeos e textos analíticos sobre profissionais das artes visuais, do teatro, do cinema, da literatura e das artes tecnológicas. O que faz um artista ser referência? No caso de Nelson Leirner, que ocupa a primeira edição do projeto, destacam-se, entre outros aspectos, a atuação acadêm ica. Por mais de 20 anos, Leirner participou do processo de formação de toda uma geração criativa, que, semelhante ao mestre, tem representatividade nacional e internacional. Atualmente, permanece como farol para sua classe ao continuar criando e explorando as fronteiras entre a representação popular e a arte consagrada. A exposição é uma oportunidade para que vários perfis de público tomem contato com o artista, por meio da remontagem de obras históricas, exibidas ao lado de trabalhos recentes. É também um espaço para que a instituição direcion e sua ação educativa para o aprofundamento e a compreensão do papel de artistas como Leirner, que “formam opinião” sobre a arte, seus movimentos e períodos. Além das artes visuais, Ocupação vai apresentar, neste ano, referênc ias em outras áreas de expressão. A próxima edição será protagonizada por Zé Celso Martinez Corrêa, um dos encenadores mais abertos a ideias ousadas e renovad oras da linguagem teatral. Itaú Cultural
abertura quarta 27 maio 2009 20h visitação o quinta 28 maio a domingo 28 junh terça a sexta 10h às 21h sábado domingo feriado 10h às 19h
Ao contrário das xícaras, das cadeiras, dos postes, dos tratores e dos porta-aviões que as indústrias nos entregam prontos e em séries iguais, as grandes obras de arte são, de certo modo, inacabadas. E isso acontece porque elas nunca cessam de nos surpreender, de puxar pela nossa inteligência, chamando-nos a atenção para aspectos novos, delas e, feitas as contas, de nós mesmos. Cada obra de arte é uma aventura que só se completa com a leitura de quem entra em contato com ela. Há também o fato de que aqueles que a produzem, os artistas, sejam perpetu amente insatisfeitos: terminada uma obra, eles, mesmo sem o pedido de ninguém, indiferentes ao mercado, partem para o trabalho seguinte, o que é um modo de tratar da sua insatisfação, dilatando infinitamente sua pesquisa. Por isso é que cada obra dialoga com as anteriores, mesmo que seja bem diferente delas. É isso que leva Nelson Leirner a trazer obras realizadas nos anos 1960 – O Porco, Tronco com Cadeira, Homenagem a Fontana II e Stripencores – para colocá-las ao lado de outras produzidas agora. O leitor deve considerar que as produções de 40 anos atrás têm história própria e foram igualmente responsáveis pela amplitude crítica do seu trabalho , da sua procura em alargar o território da arte, saindo dos museus e galerias para as ruas e as páginas dos jornais, passando por lojas de armarinhos, praças e ruas. E que as criações recentes, dialogam perfeitamente com as antigas. Dialogam porque compart ilham o idioma, isto é, são iguais e, ao mesmo tempo, diferentes. Como nós. Agnaldo Farias curador
os Unidos entre stano nascido em 1932, morou nos Estad Nelson Leirner é artista intermídia. Pauli Brasil, estudou ao r volta Ao luiu. conc ia têxtil, curso que não 1947 e 1952, onde estudou engenhar ldo de Barros Gera e Lee Ponç, em 1956. Com Wesley Duke pintura com o artista espanhol Joan intervenções e ava realiz que ica artíst a erativ rtante coop fundou, em 1966, o Grupo Rex, impo de Brasília um de , enviou ao 4º Salão de Arte Moderna exposições na capital paulista. Em 1967 do Jornal da Tarde, meio por er, Leirn o. alhad emp o porc sos: o seus trabalhos mais polêmicos e famo a na década de 1960, levaram o júri a aceitar a obra. Aind chegou a questionar os critérios que para ser reproduzidos s iplos (trabalhos artísticos concebido começou a produzir seus primeiros múlt Bienal Internacional 10ª na cial espe sala sua u icos, fecho em escala industrial). Por motivos polít , criou alegorias da 1970 anos ite para outra, em 1971. Nos de São Paulo de 1969 e recusou conv o regime militar. Por ava critic que ais, Anim dos lião Rebe série A situação política e, em 1974, expôs a io de melhor proposta sta dos Críticos de Arte (APCA) o prêm essa série, recebeu da Associação Pauli para entregar aos dou ao artista, em 1975, um trabalho do ano. A mesma associação encomen as se negaram a artist os sto, prote de sinal Em . de xerox premiados, mas o recusou por ser feito ndo Alvares Arma ação Fund da De 1977 a 1997, foi professor comparecer ao evento naquele ano. hoje. até vive onde iro, Jane Rio de Penteado. Em 1997, mudou-se para o
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a c n a r f a d a r t n e
[capa] foto: edouard fraipont
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