Imagem da capa: Sandra Cinto 2
Sandra Cinto das ideias na cabeça aos olhos no céu
São Paulo, 2020
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Expediente
coordenação editorial Carlos Costa edição Heloísa Iaconis e Milena Buarque conselho editorial Ana de Fátima Sousa, Carlos Costa, Juliano Ferreira, Paulo Herkenhoff, Rodrigo Linhares e Sofia Fan projeto gráfico Helga Vaz produção editorial Luciana Araripe supervisão de revisão Polyana Lima revisão Rachel Reis (terceirizada)
Uma onda que para e se faz montanha, mas que ao se fazer montanha continua água ainda. Os versos do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, em “Imitação das Águas”, parecem traduzir em palavras a obra de Sandra Cinto. Traçando uma coreografia no espaço, na definição da própria artista, seus desenhos exploram o íntimo, a beleza, o sublime, o encantamento e, assim, a curiosidade. Arte que é para abrir – e não para fechar. Em Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu, o curador Paulo Herkenhoff e o Itaú Cultural (IC) apresentam uma panorâmica de 30 anos de produção da artista, nascida na década de 1960 na cidade de Santo André, no ABC Paulista. Dividida em três pisos, a mostra orienta a obra de Cinto como as diferentes densidades e formas da água: as referências e os diálogos iniciais e primordiais estabelecidos pela artista como chuva; as ideias ganhando forma material como uma leve garoa; e, por fim, o etéreo, refletido de maneira literal nos céus de Cinto, como uma neblina. Com esta exposição, o Itaú Cultural dá continuidade a uma série de mostras individuais, mantendo o compromisso de aproximar o público das produções artísticas brasileiras. Em 2020, o IC dedicará sua programação de exposições à obra e ao vigor criativo de artistas mulheres, cujos trabalhos são essenciais para a formação cultural do país. A obra de Sandra Cinto é essencialmente autobiográfica. Sua vida, segundo a artista, é “educação o tempo inteiro”. Não há dissociação entre o processo de ensino e aprendizagem e sua carreira artística. Esta publicação, então, apresenta referências, conceitos e imagens que parecem permear o processo de elaboração e criação poética de Cinto, sempre atenta em mencionar e compartilhar a importância do conhecer. Itaú Cultural
A arte de Sandra Cinto sob múltiplos olhares Paulo Herkenhoff
Sandra Cinto nasceu em 1968, na cidade de Santo André, no ABC Paulista, numa família operária. Essa origem social marcará seu posicionamento ético ao longo de sua trajetória de 30 anos. A artista opera com visão crítica da história, valorização do fazer material (homo faber), economia simbólica rigorosa, invenção de linguagem, missão emancipatória da arte e seu potencial didático, relação generosa com o público e a busca do lugar da arte no espaço social. Frequentemente, Cinto pensa obras para espaços públicos como forma de ampliar o acesso à arte. Em cartaz no Itaú Cultural entre março e maio de 2020, a mostra Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu propõe três focos em três pisos, por sua vez subdivididos em zonas ou focos especiais: (a) 2o subsolo, ou Chuva, onde são exibidos projetos, estudos, maquetes e anotações que apresentam o método de trabalho da artista em múltiplas faces e elementos de sua agenda, como a educação; (b) 1o subsolo, ou Garoa, que traz os primeiros objetos executados por Cinto (pintura, caixas, experiências sensoriais e referências históricas) e a complexidade material de suas obras; e (c) piso 1, ou Neblina, que reúne os céus da artista e apresenta a sua visão do universo.
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Chuva
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A arte é coisa mental, dizia Leonardo da Vinci na época do Renascimento. O verdadeiro artista é um inventor. Como opera a cabeça de um artista no processo de elaboração da arte? Como é seu método de trabalho na busca de tornar visível o que sua imaginação elaborou? Como Sandra Cinto busca o visível? Como ela elabora a linguagem de modo pessoal? Cada artista tem sua própria maneira de organizar seu pensamento estético e a execução dos projetos. Em suma, qual é o caminho entre o primeiro pensamento até a existência material da arte?
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Azulejos Sandra Cinto foi convidada para ornamentar o ambiente da piscina do edifício do Sesc Santo André. A cidade operária é uma memória viva para a artista, que ali nasceu, cresceu e descobriu sua vocação para a arte. Cinto escolheu usar azulejos com desenho azul e branco alusivos à água, com ritmo gráfico de ondas que remetem ao próprio movimento das pessoas na água. O fluxo da linguagem segue a fluidez da água, em alusão à Grande Onda de Hokusai e ao movimento rítmico dos banhistas. O espaço-tempo entre a física e a arte é a marca desta homenagem ao lazer e à saúde para todos. Por isso, o painel foi chamado de Ondas da Democracia.
Céu e Mar para Presente (Japonismo), 2011 azulejo serigrafado com esmalte termovitrificável sobre parede dimensões variadas Sesc Santo André, Santo André, SP, Brasil foto: Ateliê Fidalga/Sandra Cinto
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“Tenho trabalhado muito com azulejos e gosto de homenagear a história da azulejaria brasileira, como Burle Marx, uma referência importantíssima no meu trabalho, Regina Silveira, minha grande mestra nas artes, Djanira, que é uma mulher fantástica com uma obra impressionante, que eu admiro muito, e Portinari.”
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Educação Embora entenda que a arte seja autônoma, sem limitações, Sandra Cinto atribui-lhe tarefas, mas sem condicioná-la. A dimensão que ela prefere pensar para sua arte é a educação no arco da sociedade. Arte e educação são para a emancipação da cidadania. Daí sua homenagem a Evelyn Ioschpe e sua gigantesca obra sobre a arte na educação em todo o Brasil. Em The Great Sun, mural elaborado para uma escola da primeira infância e de 1o grau, surge um sol fulgurante, amarelo-dourado. A educação é luz. Numa universidade, a intervenção numa vidraça externa remete à irradiação do saber (The Invisible Telescope). Cinto homenageia o livro e o professor.
The Great Sun, 2016 impressão sobre azulejo dimensões variadas comissionado pelo NYC Department of Education e pelo NYC School Construction Authority Public Art for Public Schools Program, em colaboração com o NYC Department of Cultural Affairs Percent for Art Program coleção NYC Department of Education foto: Etienne Frossard cortesia da artista e da Tanya Bonakdar Gallery, Nova York/Los Angeles > The Invisible Telescope, 2018 impressão sobre azulejo dimensões variadas comissionado por fundos fornecidos pelo Florida’s Art in State Buildings Program, da University of South Florida, nos Estados Unidos, e originalmente construído nas paredes externas do Collaboration Terrace, no terceiro andar do Lynn Pippenger Hall, na Faculdade de Negócios Kate Tiedemann foto: William Lytch cortesia da artista e da Tanya Bonakdar Gallery, Nova York/Los Angeles
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“Fiz The Great Sun para uma escola em Nova York, no Bronx. A escola deve ser em qualquer lugar do mundo um grande sol, mesmo nos dias em que não há sol, no sentido mais completo da palavra. A criança entra na escola e a primeira coisa que ela vê é a imagem de um sol radiante, dando boas-vindas a todos que entram nesse lugar, que é cheio de energia, cheio de luz, onde as primeiras descobertas acontecem.”
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“No ano seguinte ao The Great Sun, fui convidada para desenvolver um projeto em azulejo para um novo edifício na Flórida, nos Estados Unidos. Esse trabalho se chama The Invisible Telescope, que é um céu – vários céus, na verdade –, vários tons de azul, com estrelas, como se fossem várias visões do céu. Pensei muito nesse conceito da universidade como um lugar que amplia nossa visão de mundo, por isso esse nome – associar a universidade ao telescópio.”
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A Praça É do Povo A obra de Sandra Cinto se inscreve na história brasileira da liberdade da arte no espaço urbano. Em “Um Frevo Novo”, Caetano Veloso cantou que “A Praça Castro Alves é do povo / Como o céu é do avião’’. Já em “O Povo ao Poder”, Castro Alves havia escrito ‘’A praça! A praça é do povo / Como o céu é do condor’’. Este é o sentido da arte nos espaços públicos de Sandra Cinto: celebrar a cidadania, pois também sua arte é do povo. A artista roda o mundo e sempre chega a sua Santo André natal, onde ela tem a sua praça do povo. Ateliê Fidalga Na Vila Madalena, em São Paulo, o casal de artistas Sandra Cinto e Albano Afonso tem sua casa, o estúdio (na Rua Fidalga) e um terceiro imóvel onde há ateliês e uma pequena galeria. Esse complexo deu origem ao Ateliê Fidalga. Ali artistas de todo o Brasil e do mundo são recebidos para residência. O Fidalga é um ponto de encontro de artistas para debate sobre suas obras, uma ágora de reflexão crítica, uma usina de produção da arte e um lugar onde esse universo produtivo é apresentado ao público. Biblioteca do Amor Sandra Cinto convidou mais de 200 artistas de todo o mundo para produzir um livro que refletisse o modo como cada um imagina o amor sob variados pontos de vista: a família, o desejo, as relações humanas, como relações entre os países, os animais. Essa Biblioteca do Amor originou uma delicada arquitetura coletiva do afeto aberta à exploração pelo público e à espera de que cada um compartilhe seu próprio modo de pensar o amor. O resultado é um antídoto aos processos políticos e ideológicos que dividem a sociedade e condicionam seu mal-estar.
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Garoa
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No andar intermediário, um recorrido das obras realizadas em três décadas de carreira de Sandra Cinto pode ser observado, desde delicados desenhos iniciais sobre luzes e lustres, sonho e sono e abismos até suas primeiras pinturas de céus, nuvens e faróis. Partituras e instrumentos musicais deslocados de sua função de produção de sons para sua hipótese de expressar silêncio. Estudos da anatomia do braço, como instrumento do trabalho humano. A presença real dos objetos estéticos é insubstituível na mobilização do público e na experiência dos sentidos.
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Zona Acústica “O olho escuta”, afirmou o poeta Paul Claudel. A obra de Sandra Cinto é povoada de silêncios (como em Pausa) e sons virtuais e incidentais. Na instalação Partitura, milhares de folhas do pentagrama musical são amassadas pelo público e acumuladas. O estalar dos papéis amarrotados pelas mãos é um ruído que se impregna em nossa memória. Um espaço com paredes internas em semicurva e desenhos de pautas indicam o ritmo que envolve o visitante. Instrumentos musicais cintianos, como uma orquestra de câmara, se espalham pelo local. Um cello unido a um violino por justaposição, similitude formal e tratamento plástico dado pela artista, resulta na obra Mãe e Filho.
> Mãe e Filha, 2013 acrílica e caneta permanente sobre madeira 120 x 30 x 44 cm (cello: 120 x 44 x 23 cm/violino: 60 x 21 x 7 cm) Pausa, exposição individual, Galeria Casa Triângulo, São Paulo, SP, Brasil coleção particular foto: Edouard Fraipont > Partitura, 2014 papéis impressos amassados, acrílica e nanquim sobre instrumento de madeira, mesa de madeira e bronze, livro de artista com litografias e lâmpada incandescente dimensões variadas Frestas – Trienal de Artes | O que Seria do Mundo sem as Coisas que Não Existem?, Sesc Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil coleção da artista foto: Ding Musa
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Águas Sandra Cinto é uma artista das águas: nuvens, neblina, garoa, chuvas, ondas, mares e piscinas. A filósofa Luce Irigaray correlaciona a mulher à mecânica dos fluidos por sua versatilidade e suas transformações ao longo da vida; para ela, o homem seria do campo da mecânica dos sólidos. Se Cinto é artista dos fluxos e fluidos, então a aquarela, o nanquim e outras tintas não viscosas são seus materiais para construir a metáfora da água como o próprio curso da vida. No Projeto para A Grande Chuva, Cinto sintetiza o fenômeno através de uma geometria da água resultante da queda das gotas sob o efeito da gravidade e dos ventos, como Lívio Abramo fez com as chuvas do Paraguai.
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Sem Título, 2010 caneta permanente e acrílica sobre tela 250 x 160 cm coleção Rose e Alfredo Setubal foto: Everton Ballardin > Imitação da Água, 2010 caneta permanente e acrílica sobre tela, papéis dobrados e madeira dimensões variadas Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, Brasil foto: Everton Ballardin
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Noites de Esperança, a Viagem pela Imaginação O título Noites de Esperança: a Viagem pela Imaginação é muito próprio para uma obra de Sandra Cinto. Depois de sobreviver ao naufrágio de A Balsa da Medusa e de enfrentar a destemida onda de Hokusai, a artista propõe uma frota de milhares de barquinhos de papel, como uma procissão naval, que apontam para um horizonte seguro em Imitação da Água. As invenções de Cinto parecem não seguir roteiro predeterminado. Sua arte, no entanto, é do campo da positividade da ação para o Outro – daí a conexão entre imaginação e esperança. Toda a sua obra oceânica mapeia o mar das superações.
> Sem Título, 2010 caneta permanente e acrílica sobre tela 250 x 160 cm coleção Rose e Alfredo Setubal foto: Everton Ballardin
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História da Arte A produção de Sandra Cinto observa a história da arte da qual extrai imagens e debates que possam enriquecer seu próprio projeto. Não se trata de simples cópia ou citação, mas da tomada de elementos que possam mobilizar novas questões. A história só interessa quando traz nova espessura para o presente. Em sua visão ecológica dos céus e das águas estão referências a imagens elaboradas por Théodore Géricault, Katsushika Hokusai, Alberto da Veiga Guignard, Jacque-Louis David e Sol LeWitt e à tradição brasileira da azulejaria desde o período colonial até o século XXI. O desafio de Cinto agora é: como revigorar a história? A mostra Antarctica Artes com a Folha (1996) foi um mapeamento da produção emergente (“artistas sem currículo”) de todo o país. A participação de Sandra Cinto, com um conjunto de objetos disparatados, é de novo aqui reunida. Um lustre na altura dos olhos dos visitantes é como o firmamento cintilante que visitasse a Terra. Uma grande gaiola com a mesma medida da artista trata do corpo domesticado por regras sociais, um aspecto da biopolítica, da dominação de todos pelos poderes na sociedade. Uma caixa fechada continha imagem de nuvens – Cinto cobra esforços para descobrir o mundo, pois mesmo o céu, que parece que sempre estará ali, será outro à medida que conhecermos melhor a natureza.
> A Travessia Difícil – Après Gericault, 2007/2014 desenho sobre impressão foto: Albano Afonso
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Anatomia A artista explora sentidos simbólicos da motricidade. Seu pai era operário da indústria; seus braços se ajustavam ao trabalho alienante em complemento das máquinas, cansavam-se e corriam risco de acidente num descuido. O braço da artista é que executa a arte. Para Cinto, ele é também superfície do mundo (como telas e paredes) conquistada através do desenho. Sandra Cinto, as Traduções Os céus de Sandra Cinto são atravessados por pontes e viadutos, em arcadas e colunatas em rotas peripatéticas. Por que o cosmo teria a necessidade de tantas pontes em grandiosidade inimaginável, que unem galáxias? O inconsciente arquitetônico de Sandra Cinto concordaria com as observações do filósofo Vilém Flusser de que pontes “são necessárias onde os universos não se sobrepõem. Assim, por exemplo, quando o sentido de uma palavra em outra língua não está no dicionário, é necessário um construtor de pontes, um tradutor”. A construção de pontes está relacionada ao transporte por sobre o abismo e, para realizá-lo, é preciso “ousar a liberdade”, como proclamou Flusser.
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Réquiem para uma Montanha Em “Confidências do Itabirano”, o poeta Carlos Drummond de Andrade revela a nostalgia da infância e da juventude em sua cidade e a saudade das montanhas destruídas pela mineração: “Hoje [...] / Itabira é apenas uma fotografia na parede. / Mas como dói!”. O destino das coisas no capitalismo se expressa no célebre aforismo de Marx em que “tudo que é sólido desmancha no ar”, das construções às riquezas. Réquiem para uma Montanha, de Sandra Cinto, são paisagens aquosas em que a terra se exaure e se desmancha, como as lembranças de Drummond e a riqueza no capitalismo.
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Requiém, 2019 acrílica e caneta permanente sobre tela foto: Ding Musa
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Neblina
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O andar superior conduz ao cosmo de Sandra Cinto, à sua visão poética do universo, junto com obras de Albano Afonso, seu marido, com quem divide a iniciativa do Ateliê Fidalga. Ele reconstrói o código da fotografia, deslocada da condição de pacto social em torno da verdade visual removido para uma situação de objeto em crise através de operações físicas (furos, cortes, justaposições). Albano e Sandra são companheiros de observações e de invenções do céu. Albano nos mostra aqui um conjunto de fotografias do céu de São Paulo em dias e horários diferentes para lhe extrair acordes cromáticos. O céu de Cinto se faz por camadas espaciais. Estão ali o céu de nuvens da Terra e os pontos remotos de um universo imaginário, cujos confins a ciência mal começa a conhecer. Ali, uma instalação em espaço tridimensional curvo indica que a terra é uma esfera, opõe-se à teoria obscurantista da terra plana.
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Noites de Esperança Sandra Cinto celebra a ventura da visão, mas ao mesmo tempo atende pessoas com necessidades especiais de percepção. Na cena noturna, palco para o sono e o sonho, todo céu cósmico de Cinto é um firmamento da esperança, é um traço positivo contra nossa nictofobia existencial. Nictofobia é o medo da noite e da escuridão, nosso pavor diante da situação em que não podemos enxergar. O artista é aquele que conduz a visão possível pela noite obscura da interioridade do sujeito. Noites de Esperança dialoga com A Festa da Abolição na Ilha de Paquetá, de Émile Rouède. Aqui, o fantasma dos fogos de Paquetá foram as promessas até hoje não cumpridas de emancipação dos afrodescendentes desde o 13 de Maio.
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Cinto leva a grandeza inimaginável do cosmo ao entendimento das pessoas comuns. Ela converte o público em exploradores do universo, em cosmonautas poéticos a caminho da consciência ecológica de uma humanidade mais responsável.
Sem Título, 2008 caneta permanente e acrílica sobre MDF 185 x 275 cm coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo foto: Everton Ballardin
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“Tudo que faço vira paisagem. Mesmo a montanha de papéis amassados é uma montanha. Então, a relação com a paisagem, com o céu, o mar e a montanha está sempre no meu trabalho. Acho que, por morar num lugar onde não tem paisagem, faço as minhas paisagens.”
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> Noites de Esperança, 2006 Acrílica e caneta permanente sobre MDF coleção Acervo Banco Itaú foto: Ricardo Amado
EXPOSIÇÃO Concepção e realização Itaú Cultural Curadoria Paulo Herkenhoff
Projeto expográfico Isa Gebara Projeto de acessibilidade Associação Mais Diferenças ITAÚ CULTURAL Presidente Alfredo Setubal Diretor Eduardo Saron NÚCLEO DE ARTES VISUAIS Gerência Sofia Fan Coordenação Juliano Ferreira Produção-executiva Ângela Oliveira (terceirizada) e Rodrigo Linhares NÚCLEO DE AUDIOVISUAL E LITERATURA Gerência Claudiney Ferreira Coordenação de conteúdo audiovisual Kety Fernandes Nassar Produção audiovisual Roberta Roque Captação e edição Karina Fogaça e Olhar Periférico (terceirizado) Captação de áudio Tomas Cortes Franco (terceirizado) Captação de imagem André Seiti e Assum Filmes (terceirizado) NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO Gerência Ana de Fátima Sousa Coordenação de conteúdo Carlos Costa Produção e edição de conteúdo Heloísa Iaconis e Milena Buarque Redes sociais Jullyanna Salles e Renato Corch Supervisão de revisão Polyana Lima Revisão Rachel Reis (terceirizada) Projeto gráfico Helga Vaz Comunicação visual Helga Vaz e Liane Tiemi (terceirizada) Produção editorial Luciana Araripe
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO E RELACIONAMENTO Gerência Valéria Toloi Coordenação de atendimento e formação Samara Ferreira
Educadores Amanda Freitas, Caroline Faro, Diego Pinheiro Vieira (estagiário), Edinho dos Santos, Edson Bismark, Elissa Sanitá, Joelson Oliveira, Lucas Batista, Matheus Paz, Mayra Reis Rocha, Mônica Abreu Silva, Monique Rocha dos Santos (estagiária), Tonne de Andrade, Victor Soriano, Victória de Oliveira, Vinicius Magnun, Vítor Luz e Vitor Narumi NÚCLEO DE ENCICLOPÉDIA Gerência Tânia Rodrigues Coordenação Glaucy Tudda Pesquisa Beatriz Pastore Donato (estagiária), Elaine Lino e Karine Arruda de Sousa (estagiária) NÚCLEO DE INFRAESTRUTURA E PRODUÇÃO Gerência Gilberto Labor Coordenação Vinícius Ramos Produção Carmen Fajardo, Fabio Marotta, Priscila Tavares, Sofia Gava (estagiária) e Wanderley Bispo
O Itaú Cultural, desde 2019, é a iniciativa de caráter cultural da Fundação Itaú para Educação e Cultura.
Sandra Cinto: das ideias na cabeça aos olhos no céu visitação de quinta 12 de março a domingo 3 de maio de 2020 terça a sexta 9h às 20h [permanência até as 20h30] sábado, domingo e feriado 11h às 20h pisos 1, -1 e -2 Entrada gratuita
Memória e Pesquisa | Itaú Cultural Sandra Cinto: das ideias na cabeça aos olhos no céu/ organização Itaú Cultural. - São Paulo : Itaú Cultural, 2020. 52 p. : il. ; 13,5x21 cm ISBN 978-65-990418-0-8 1. Cinto, Sandra, 1968 -. 2. Escultura. 3. Desenho. 4. Artes visuais. 5. Educação. I. Instituto Itaú Cultural. II. Título. CDD 709.2 Bibliotecário Jonathan de Brito Faria CRB-8/8697
Esta publicação utiliza as fontes Quiche Flare e Avenir sobre os papéis Clear Clean 180 g/m2 (capa) e Offset 90 g/m2 (miolo). 4 mil unidades foram impressas pela gráfica Margraf, em São Paulo, no verão de 2020.
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