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A COMUNICAÇÃO E AS RELAÇÕES ENTRE FÉ, RAZÃO E EMOÇÃO
IX NOVE
A COMUNICAÇÃO E AS RELAÇÕES
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ENTRE FÉ, RAZÃO E EMOÇÃO
Desde os primeiros momentos de sua existência sobre a Terra, o ser humano se adaptou, adequadamente, ao ambiente natural e sobrenatural através de sua capacidade racional, psicológica e espiritual. No entanto, o que deu sustentação e dinamizou esse relacionamento foi o processo de Comunicação Humana. Esta é uma das principais responsáveis, não só pela construção do raciocínio lógico, da emotividade e da espiritualidade, como também pela relação existente entre a condição mística, emocional e racional, entendendo que, como forças vivas presentes no ser humano, elas se completam, se complementam e se aperfeiçoam, através da refl exão, da ascese e do amor. A mística, que é o exercício da fé, em toda sua complexidade e mistério, ofereceu subsídios e elementos, ao longo dos séculos da História da Humanidade, para que o pensamento racional pudesse ser elaborado e estruturado, tal como hoje o concebemos. O Raciocínio, além de promover e sustentar a refl exão, é elemento essencial no desenvolvimento das atividades da inteligência e constitui-se a base de construção do pensamento lógico e da verdade. É a partir do raciocínio que inicia qualquer investigação no âmbito da Razão, na dimensão da Fé, ou na área das Emoções.
O raciocínio, como exercício da racionalidade, a mística, como infusão, pela força espiritual Divina no homem e a emotividade, como reações psicossomáticas, são atividades oriundas de um processo mental que, embora de origens distintas e cujas raízes encontram-se na razão, no espírito e na psique respectivamente, produzem os mesmos efeitos. Isto é, aproximam o homem da verdade e do sobrenatural, de certa forma, emotivo. A fé, resulta do mesmo processo, embora haja essa infusão externa provocada pela graça divina, o exercício da fé é resultante do ato da meditação.
A ligação entre o homem e Deus e, também, entre o objeto material sensível e a verdade abstraída subjetiva, são estabelecidos pela comunicação entre as conclusões do pensar fi losófi co e o
resultado da meditação mística. O relacionamento efetivo entre o humano e o Divino tem duas origens. Uma a partir da mente humana, na imaginação perpassando a consciência, pelo raciocínio e alojando na memória, as conclusões, os sentimentos, as emoções e fazendo fl orescer as crenças mais profundas e a outra a partir da “Mente Divina” que é dada ao homem como graça, presente, mistério, por infusão. É uma força poderosíssima instalada na inteligência humana, que corrobora sua plena e verdadeira felicidade.
A razão humana é o campo fértil onde brota com vigor a fé, semeada por Deus e, ao mesmo tempo, ambiente efetivo da construção do raciocínio que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades humanas e garante a completa realização pessoal. O homem que experimenta as coisas divinas pela fé, passa à categoria de místico, o que experimenta as coisas do intelecto, pelo raciocínio, passa à categoria de fi lósofo e o que junta essas duas realidades no campo da emotividade, torna-se equilibrado e santo, um ser perfeito. Nada disso, porém, acontecerá sem que esteja, constantemente, ativado e motivado, através do efetivo processo da comunicação humana que interliga, harmoniza.