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OITO
VIII OITO
O PODER DA PALAVRA E DA ORAÇÃO
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Existe uma força motivadora, direcional e criativa interna que conduz todos os movimentos e atividades intelectuais, emocionais e, até mesmo, orgânicas do ser humano, o pensamento. Mas, para produzir o efeito proposto, ele precisa ser materializado. Então é transformado em palavras. Assim, a palavra é a concretização do pensamento. Pode se afi rmar que todos os seres e coisas, abaixo de Deus, passaram a existir em consequência da Palavra. Ela é a fala de Deus que possibilita o “vir a ser” de tudo no Universo infi nito. Ela é, também, ressalvada as proporções, a fala do homem que possibilita o “vir a ser” de tudo o que lhe foi dado e permitido criar no Universo infi nito. A palavra se confunde com a força divina. Ela é o próprio Deus. “No princípio era o Verbo (Palavra), e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus” (Jo. 1,1). E se confunde, também, com a capacidade criadora do próprio homem. A palavra pode materializar seres, objetos, forças, calor e energias a partir do nada. A palavra pode criar. Nós possuímos e, ao mesmo tempo, somos a palavra. Temos sua força em nosso interior e podemos manipulá-la ao próprio gosto e necessidade. Podemos utiliza-la de diferentes formas e para inúmeras fi nalidades. Mas, sua maior efi ciência se manifesta na forma de oração. É neste ato e atitude que a palavra produz melhores resultados. Toda manifestação humana por palavras em forma de oração realiza-se agora, ou realizar-se-á em outro tempo oportuno que não está, ainda, no controle do nosso conhecimento.
A simples pronúncia da palavra, na oração, desencadeará um processo sem volta, que trará, como resultado, uma resposta. A resposta é de Deus e poderá ser manifestada por fenômenos da natureza ou pelo próprio homem. Dessa forma fi ca claro que não há oração sem resposta. “Quem pede recebe, quem procura acha e a quem bate abrir-se-lhe-á”. É inimaginável, pela consciência humana, o poder da oração. O que acontece com o homem é que ele não compreende o que é orar e por isso, pensa que, em alguns momentos, sua oração não tem resposta. O maior erro da pessoa que reza, está na ideia de que ao direcionar-se a Deus, esteja se dirigindo a um ser humano superior a ela. Na oração
deve-se descartar a ideia fi xa de relacionamento físico material. Nem do próprio Jesus, (que assumiu um corpo humano físico), se entregou ao luxo dessa forma de relacionamento carnal. Não encontramos esse relacionamento físico em sua vida, nem antes e, menos ainda, depois de sua ressurreição. Jesus enquanto pessoa humana, apenas se deixou tocar e ser acariciado, algumas vezes, mas somente para provar o que fosse necessário à sua missão de salvação da humanidade. Ele próprio, a partir de si, nunca tomou a iniciativa de tocar, nem acariciar ninguém, a menos que a lei natural da cura o exigisse e, assim mesmo, somente o fez para servir de exemplo e não por necessidade própria ou para satisfazer uma pessoa individualmente. Enquanto Deus, nunca misturou as coisas. E quando, enquanto homem, a tentação era demasiadamente grande, recorria ao Pai, pedindo lhe, por palavras, que “afastasse dele aquele cálice, contudo que se fi zesse a vontade do próprio Pai e não a sua”. A resposta veio em forma de sofrimento, cruz e morte. Mas aquela não era a defi nitiva, porque a resposta fi nal foi a Ressurreição. Portanto, em nossa oração devemos ter a paciência de esperar, embora tendo nós que passar pela dor, cruz e morte, até que chegue à ressurreição.
Pessoa de um coração enorme, não media esforços para ajudar o próximo, era o amor em forma de gente, uma unanimidade.