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VINTE E DOIS
XXII VINTE E DOIS
MINHA MISSÃO
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Na atualidade, hoje já se ouviu muito sobre missão. O termo popularizou-se de tal forma que extrapolou o sentido bíblico e religioso primitivo restrito, até algum tempo atrás, a seu signifi cado de envio de profetas, mensageiros, pregadores e catequistas. Atualmente a expressão tem a força de apresentar, também, os objetivos, os sonhos e os projetos de pessoas físicas e pessoas jurídicas. “Minha missão”, diria o Repórter: “é levar a notícia e outras informações aos ouvintes, leitores e telespectadores”. “Minha missão”, diria o médico: “é levar a saúde ao povo e curar pessoas”. “Minha missão”, diria o pecuarista: “é criar e vender o boi”. “Minha missão”, diria o professor: “é ensinar e educar”. “Minha missão”, diria o Padre: “é apresentar e explicar (pregar) a Palavra de Deus”. “Minha missão” diria a empresa industrial, comercial ou prestadora de serviços: “é receber, acolher, entender, atender e solucionar o problema ou responder ao anseio do cliente”. Dessa forma poderemos compreender um pouquinho melhor o signifi cado da palavra missão.
A Igreja Católica e algumas outras denominações religiosas, dedicam o mês de outubro para recordar e celebrar as missões. É uma espécie de comemoração, referente a esse processo evangelizador, ou melhor, “cristianizador”, que algumas pessoas assumem com muita coragem. De certa forma, quem entra em contato com um missionário, recebe o convite direto ou indireto, para mudar de vida. Essa era uma das prerrogativas de uma missão. A outra é o convite para a meditação da Palavra de Deus e a refutação de tudo o que não é cristão.
Neste mês missionário, cabe-nos uma refl exão mais séria e profunda. A primeira pergunta é quem pode ser missionário? A segunda, como ser? Terceira, onde? Quarta, quando? Quinta, para quem? E sexta, quanto se ganha com isso?
Qualquer pessoa batizada pode ser missionária para o outro. A melhor maneira de ser um verdadeiro missionário é dando exemplo. Se o batizado é cristão de fato, será missionário de fato. O missionário deve obedecer a uma hierarquia de lugares para reali-
zar sua missão. O próprio coração (a si mesmo), depois a família, depois o trabalho, a cidade, o país e, fi nalmente, o Mundo. Isso deve ser feito a partir de agora e, depois, diariamente. Todas as pessoas indistintamente deve ser objeto da missão. O trabalho missionário não tem preço pecuniário. O pagamento é através do contrato evangélico, “receberás cem por cento aqui e ganharás a vida eterna”.
Toda missão é realizada pelo diálogo. O diálogo missionário não pode admitir acepção de pessoas para ser efi ciente e inicia-se, impreterivelmente, com a prática da audição. Ouvir o outro e respeitá-lo em suas convicções, cultura e ideologia é o primeiro passo para efetivação do processo. Finalmente, o discurso não pode diferir da prática. Falar é fácil. Todo mundo fala. Difícil é praticar aquilo que se impõe aos outros.