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PROCURAR RESPONSÁVEIS OU APONTAR SOLUÇÕES?
XXVI VINTE E SEIS
PROCURAR RESPONSÁVEIS OU APONTAR SOLUÇÕES?
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Nossa sociedade testemunha fatos aterrorizadores sem saber qual é o justo motivo. Crianças, adolescentes, jovens e adultos têm falecido estupidamente. Os marginais, presos ou não, comandam uma onda de violência jamais vista na história. Seu intuito é amedrontar a população para não serem incomodados em seus roubos, desvio e lavagem de dinheiro. Além de casos isolados que pipocam, a cada momento, em todos os cantos do País, existe a proliferação de gangues de adolescentes, jovens e, até de crianças que treinam, se aperfeiçoam e, aos poucos, se acostumam com a criminalidade sob o patrocínio de adultos poderosos e trafi cantes, que agem sempre sorrateiramente.
Quem deveria ser responsabilizado por essa situação caótica e perigosa? A própria sociedade? Os pais por não procurarem e valorizarem a orientação e o apoio seguros à família? As escolas, que muitas vezes não oferecem uma educação completa aos alunos? As autoridades, que em muitos casos estão desviadas de sua verdadeira função? Os meios de comunicação, quando só visam lucro e usam pessoas e situações para subir no IBOPE? Outras instituições e entidades que somente exploram seus membros, não fornecendo orientação correta e fundamentada? Os políticos que somente valorizam e respeitam o cidadão no período de pré-campanha ou as próprias vítimas que poderiam estar em outro lugar naquele momento, lendo, estudando, trabalhando ou praticando esporte?
E os bandidos, não seriam eles os maiores responsáveis por ter causado tais situações? Não estariam eles, também, necessitando de orientação?
Apontar falhas, é algo que todo mundo sabe muito bem-fazer e faz. Quero ver apontar soluções, apresentar projetos e ações que amenizem ou resolvam a situação. A solução é muito simples. É tão simples que ninguém acredita nela. Começa pelo diálogo.
A forma mais produtiva de relacionamento humano, ainda é
o diálogo. Uma boa conversa, um bom bate-papo em família, solucionaria e evitaria grande parte dos problemas. Se fi zermos uma pesquisa, descobriremos que, a imensa maioria dos desentendimentos e brigas seguidas de morte, são provocadas por pessoas oriundas de famílias que não se relacionam bem, não dialogam, não se respeitam, não se ajudam, não se completam, não se acariciam e, muito menos, se amam.
Um fi lho que não é querido, amado, respeitado e valorizado pelo pai ou pela mãe, necessariamente buscará outras formas de se impor e tentar provar sua personalidade, usando a força e a violência. Em outros casos, se deixa manipular e torna-se “arma poderosa”, nas mãos dos verdadeiros “bandidos da sociedade”.
Portanto, boas famílias e muito diálogo são a real solução para a violência. Lembrando que o diálogo para ser efi ciente, produtivo e verdadeiro, precisa construir-se sobre as seguintes afi rmações: saber respeitar, acolher, ouvir e falar tudo o que for necessário, sem exagerar. Somente quem ama dialoga e somente quem dialoga vive melhor.