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TRINTA E CINCO

XXXV TRINTA E CINCO

FELICIDADE OU MOMENTOS FELIZES

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Visualizando o mundo moderno, com um olhar racional, crítico e realístico, pode-se perceber, sem muita difi culdade e com clareza, que as pessoas estão, cada vez mais, correndo desenfreadamente a procura do sentido de suas vidas. No fundo, sua busca é a felicidade. Todos queremos ser felizes. Na caminhada ao encontro da felicidade, em geral, nos deparamos com momentos de alegrias, momentos de paz, de realização e satisfação pessoal. O perigo está em não distinguirmos esses momentos felizes da verdadeira e completa felicidade a que fomos destinados no projeto do Criador.

Em relação a nós mesmos e às outras pessoas que fazem parte de nosso mundo, precisamos estar de olhos bem abertos e procurar distinguir o que é verdadeiro e o que é falso. Analisar o que nos ajuda encontrar a eterna felicidade e o que atrapalha. Atenhamos em um ponto que está, ainda muito vivo em nossa memória, por acontecer recentemente, a festa da carne.

Passada a euforia do carnaval resta fazer um balanço, consciente, dos resultados. Uma pesquisa, divulgada pelos meios de comunicação durante os dias da festa, apontou, estatisticamente, que, a maioria da população brasileira não é apreciadora do carnaval. Quem gosta mesmo dessa farra são aqueles que têm lucro com sua promoção. O consumismo é a maior pedida. Vender, seja o que for, é o seu maior trunfo.

Para um grupo, pequeno em relação à população de nosso País, houve entrega total à festa da carne. Rolou álcool, tabaco, droga leve e pesada, sexo, depravação e muitas outras coisas horríveis, que desconhecemos. Outro grupo relativamente menor que este, brincou com decência, humanidade, ética, auto respeito, equilíbrio e moderação. Um grupo bem maior, comparado aos dois anteriores, foram os que procuram transformar o período de carnaval em busca de alimentação para o espírito em suas igrejas, templos, casas de retiros, etc., seja através do estudo, da leitura de bons livros, da ginástica, malhação, passeios, convívio com a

natureza, visita a familiares e amigos. O restante da população, a maioria, nada fez. Ficou passiva assistindo tudo ao vivo ou como telespectador. Também se emocionaram, se alegraram e se entristeceram com tudo o que viram.

Fora vários dias de animada festa. O que restou de tudo isso? Para algumas pessoas o gosto amargo da doença provocado pelo excesso de bebidas, drogas e comidas. O desespero de ter contraído AIDS (síndrome da imunodefi ciência adquirida) ou qualquer outra doença sexualmente transmissível, e há algumas mulheres, meninas ou adultas, a desilusão de ter engravido, por pessoa errada e em momento errado. E agora o que fazer com um fi lho que não queria ter? Outros jogaram fora a própria família em troca de alguns momentos de prazer. Existem famílias passando fome, depois das festas, porque alguém de seus membros, gastou as últimas economias, ou melhor, tudo o que ganhou, nos últimos dias, para “brincar” o carnaval e aquelas que perderam um ou mais membros, ou se destruíram completamente, em decorrência de acidentes, a maioria das vezes provocados por imprudência de motoristas alcoolizados ou irresponsáveis.

A pergunta que fi ca no ar é esta. Tudo isso serviu para construir a verdadeira e plena felicidade? Ou foram apenas momentos de satisfação e realização pessoal? Estou bem, ou tenho a consciência pesada? Dependendo de minha forma de encarar, cada momento de prazer e satisfação, assim como cada momento de dor e sofrimento, poderão ser uma base, como um trampolim, para o salto monumental para a felicidade plena e eterna.

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