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QUARENTA E QUATRO

XLIV QUARENTA E QUATRO

TEMPOS FORTE DA POLÍTICA

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A nação brasileira vive tempos de intensa movimentação, nestes momentos que antecedem as defi nições partidárias sobre quem apresentar para disputar o pleito eleitoral, que defi nirá novos prefeitos e vereadores em todo País. Para quem tem uma visão lógica, aberta e crítica da realidade política do mundo pós moderno, consegue enxergar que os conchavos e acertos, nem sempre, representam a verdadeira vontade, as reais necessidades e anseios da população. As pessoas abertas para o novo não se conformam com isso.

A maioria dos grupos pensa apenas em seus próprios interesses e, independentemente do que pense a população, utilizam-se critérios que fogem da real acepção da política, na escolha e indicação de candidatos. Tais critérios, em muitos casos, não contemplam os requisitos básicos necessários e fundamentais para que uma pessoa possa representar legitimamente a população que lhe delega o poder, ou seja, formação do caráter, da consciência e da cultura; os bons costumes, a vivência comunitária e irrepreensível comportamento moral; a ética, a responsabilidade a autenticidade e a transparência nas atitudes.

Mas ao contrário, na indicação vê-se, primeiro a força do poderio econômico, a aparente popularidade decorrente de pré favoritismo, as ligações ou apoio de grupos, ou pessoas com poder de mando econômico, o poder de persuasão demagógica, mesmo que por falsas promessas, a aparência pessoal e a pré disposição para futuros acertos.

Porque não nos espelharmos nos grandes homens da política grega? Como, por exemplo, em Aristóteles? A ética aristotélica tinha como fundamental característica a harmonia da paixão com razão, da virtude com a felicidade e reconhecia a supremacia do conhecimento e do intelecto sobre a prática e a vontade. Portanto, o homem político, antes de tudo, deve ser ético, para ser equilibrado. Na concepção de Aristóteles, o Estado, como um “organismo moral”, é a condição e o complemento da atitude, da ação e da atividade moral individual. Para ele a política se distin-

gue da moral no sentido de que o objeto da moral é o indivíduo e o objeto da política é a coletividade. Assim a ética é considerada a doutrina moral individual e a política com a doutrina moral social. Ainda, para Aristóteles, o Estado, que se compõem pela reunião das famílias, que por sua vez, são constituídas por indivíduos, deverá prover, primeiramente, a satisfação das necessidades básicas materiais, a defesa e a organização, que não se podem de outro modo realizar, mas defi nitiva e essencialmente o seu fi m é espiritual, pedagógico. É sob a luz dessas constatações que se deve estabelecer critérios para a indicação e escolha de candidatos para dirigirem e legislarem nossos Municípios, constituídos de famílias e indivíduos que pensam e sonham com uma vida e um mundo melhor. Oxalá a consciência do voto ético seja tomada a partir das convenções partidárias, para que o povo seja respeitado na indicação dos futuros prefeitos e vereadores. Oxalá! o saber, a consciência e os princípios éticos e morais imperem nestes momentos decisivos para o povo do Brasil.

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