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UMA LIÇÃO CHAMADA POLÍTICA

XLV QUARENTA E CINCO

UMA LIÇÃO CHAMADA POLÍTICA

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Se os homens despertassem para a verdadeira política, o mundo seria bem melhor! Esta é uma afi rmação que se fundamenta no princípio básico de construção social da humanidade, o serviço do bem comum. O serviço social exercido pelo político é uma resposta dada aos anseios da dinâmica do Mundo. Quem responde a essa vocação de servir os povos, passa ser um provedor de progresso, segurança, bem-estar, justiça e paz justiça.

Nestes momentos que antecedem as convenções partidárias, que indicarão defi nitivamente os candidatos, nós eleitores, deveríamos tomar consciência e pressionar nossos representantes, fi liados convencionais, dos diretórios dos partidos, a indicarem pessoas de caráter irrepreensível, índole moral ilibada, responsáveis, abertos ao diálogo, equilibrados, fi rmes em suas posições, sem prepotência, honestos, justos, administradores competentes, instruídos para propor projetos e criar leis.

Porque não nos espelharmos nos grandes homens da política grega? Como, por exemplo, em Aristóteles, Platão, Sócrates, entre outros? A ética aristotélica, por exemplo, tinha como fundamental característica a harmonia da paixão com razão, da virtude com a felicidade e reconhecia a supremacia do conhecimento e do intelecto sobre a prática e a vontade. Platão exemplifi cou com a Alegoria da Caverna, onde o homem político (fi lósofo) primeiro descobre, experimenta e, depois, leva a luz verdadeira para os outros homens que estão aprisionados pela estrutura fétida, escura e mentirosa do mundo dos poderosos e falsos políticos. Aqueles acorrentados na caverna escura precisam ser libertados pelos que descobriram a luz. Sócrates disponibilizou a proporia vida para defender a causa das pessoas que precisavam quebrar paradigmas para viver melhor

Sob essa luz de refl exão pode-se entender que o homem político, antes de tudo, deve ser ético, para ser equilibrado, corajoso para ser fi el, preparado cultural e tecnicamente para ser útil aos projetos sociais, manso para servir, humilde para acolher, entusiasmado para liderar, puro para conquistar, honesto para ser ir-

repreensível, aberto para a pluralidade de ideia e sonhos do povo que ser-lhe-á confi ado, quando eleito.

Na concepção de Aristóteles, o Estado, como um “organismo moral”, é a condição e o complemento da atitude, da ação e da atividade moral individual. Para ele a política se distingue da moral no sentido de que o objeto da moral é o indivíduo e o objeto da política é a coletividade. Assim a ética é considerada a doutrina moral individual e a política com a doutrina moral social. Ainda, para Aristóteles, o Estado, que se compõem pela reunião das famílias, que por sua vez, são constituídas por indivíduos, deverá prover, primeiramente, a satisfação das necessidades básicas materiais, sua defesa e organização, sua segurança e bem-estar, que não se podem de outro modo realizar, porém, o fi m do Estado é, defi nitiva e essencialmente, espiritual e pedagógico. Estas breves e resumidas constatações devem estabelecer os critérios para a indicação e escolha de homens ou mulheres candidatos para dirigirem e legislarem nossos Municípios, constituídos de famílias e indivíduos que pensam e sonham com uma vida e um mundo melhor. Oxalá! a consciência do voto ético seja tomada a partir das convenções partidárias, para que o povo seja respeitado na indicação dos futuros prefeitos e vereadores. Oxalá! o saber, a consciência e os princípios éticos e morais imperem nestes momentos decisivos para o povo do Brasil. Oxalá! a política possa ser uma lição para todos nós.

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