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LIBERDADE DE ESCOLHA

XLVIII QUARENTA E OITO

POLÍTICA, MODERNIDADE E

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LIBERDADE DE ESCOLHA

Voltam novamente a esquentar, os quadros organizados dos partidos políticos, às vésperas do fi m do prazo para a realização das convenções municipais, que defi nirão os candidatos às vagas no legislativo ou no executivo dos municípios brasileiros. A movimentação interna dos partidos não perde infl uência externa de pessoas e grupos mais interessados na defi nição dos nomes. Com relação nós, eleitores, está bem na hora de pensar mais profunda e seriamente sobre a questão.

Quando nos propomos refl etir sobre política, precisamos estar abertos para uma análise mais elevada, mais abrangente, mais fundamentada e imparcial. Não podemos nos limitar meramente ao processo específi co de campanha eleitoral. Ela é um só, dos muitos elementos da política no todo. Não podemos restringir nossa refl exão à unilateralidade de um só pensamento e nem engordar, exageradamente, um único grupo, que abocanhará todos os outros. Ao pensarmos desta forma estaremos dando asas e, até compactuando, com a possibilidade do estabelecimento de uma sórdida ditadura. Aliás, a democracia, para ser democracia, tem necessariamente, que respeitar e não ter medo da pluralidade de ideias, da multiplicação de grupos e da divisão de poder.

Agora, no momento em que começam a ser defi nidos este ou daquele político, é preciso ir começando conhecer, além do nome, sua personalidade e seu relacionamento com a sociedade em seu trabalho, no lazer, na cultura, na religiosidade, etc., para saber quem eleger de fato e, mais importante, saber com quem vai lidar nos próximos quatro anos.

Precisamos modernizar nossa concepção política. Sair dessa redoma coronelista, instalada desde o início da história de nosso País e assumirmos uma posição pós moderna, evoluída, que acompanhe os avanços sociais, tecnológicos, culturais e humanitários do mundo atual. Cada quatro anos os pré-candidatos e candidatos preocupam-se com marketing pessoal, propaganda, conquista de voto e deixam em segundo, ou último plano a pró-

pria formação cultural, ética, moral e, até política. São verdadeiros analfabetos nessas questões.

Por que todas as outras áreas, como a ciência, a medicina, as diversas engenharias, a própria arte, avançam, se qualifi cam e se modernizam e a política tem que continuar a mesma, com as mesmas ideias, com os mesmos desmandos dos poderosos em detrimento das classes produtoras? Por que será que o processo político não se desenvolve e não se modifi ca a altura das necessidades e anseios da sociedade?

Mais uma vez a solução está em nossas mãos e em nossa consciência, que carregam o mais absoluto e poderoso recurso político, para derrubar e enterrar, defi nitivamente, os que querem usar a tão sagrada política em benefício próprio. Somos donos do nosso voto. Esse poder que está em nossas mãos pode ressuscitar e soerguer os que realmente descobriram, na vida, sua vocação de servir a humanidade através da dedicação de sua inteligência, sua vontade e seus talentos, como político eleito em cargo público, em benefício da cidadania e de cada cidadão.

Avante, pois eleitor bendito, ponha a mão na consciência e veja para quem estará entregando os destinos de sua sociedade, principalmente se você é membro de algum diretório e tem poder de voto convencional, tudo começa já nas convenções municipais de junho. Parabéns a você que é convencional e me representa na escolha dos candidatos. Oxalá, que possamos acertar desta vez. Obrigado!

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