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UM BRASIL DE ENCANTOS MIL
LVCINQUENTA E CINCO
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O ano vai avançando e entramos, mais uma vez, no fi nal com a comemoração da Independência do Brasil. É o nosso, tão esperado, sete de setembro. A nossa semana da Pátria. É a festa maior dos ideais patrióticos de liberdade e de civismo. Festejamos a Independência, mesmo sabendo que nosso País nunca dependeu de ninguém. Quem esteve e está dependente, são alguns poucos brasileiros, que na história acharam por bem-dizer serem o Brasil e assim precisaram de que se realizasse um “grito de independência”, sem, no entanto, nunca serem livres.
O povo brasileiro sempre foi livre. Não foi ele que criou e aumentou a dívida externa. Não foi o povo que trocou sua riqueza por nada, que vendeu grande parte do Brasil. É preciso que tudo isso fi que bem claro. Como não foi o povo que criou e aumentou as dívidas de alguns Bancos quebrados, mas, mesmo assim, teve que pagar a conta que não fez.
Não é muito difundida a ideia de patriotismo entre as crianças, os adolescentes e muito menos aos jovens brasileiros. Quantas vezes nos perguntamos, por quê? Por que não vivemos a semana da Pátria? Afi nal, nada mudou aqui no Brasil, nem durante, nem depois da ditadura militar. Até mesmo o próprio serviço militar, que era ansiosamente esperado pela maioria dos adolescentes brasileiros e que, muitos fi cavam vários dias entristecidos, por não serem chamados. Não só pelo fato de servir a pátria, mas para defender ou para aprender civismo, bons princípios morais, estratégias, liderança, entre outros. Foi-se o tempo em que era orgulho de qualquer jovem do Brasil, poder ingressar nas fi las do Exército, Marinha ou da Aeronáutica. Hoje restam apenas as lágrimas nostálgicas, daqueles que experimentaram essa euforia. Ficou somente o marasmo de um desfi le cívico, misturado com comércio ou a divulgação de marcas, principalmente do terceiro setor. Um desfi le sem discurso, sem exemplo de liderança. Temos poucos líderes políticos exemplares. Nas diferentes camadas, muitos estão desacreditados. É o preço que pagamos por querer
nivelar a todos e sempre nos nivelarmos por baixo. O Brasil é um país rico. Oferece incontáveis oportunidades a quem quer que seja. O povo brasileiro, apesar de tudo, é um povo animado, alegre, saudável e simpático.
Temos tudo para celebrar neste sete de setembro e nesta semana da pátria. É gratifi cante quando vemos, em nossa casa, um fi lho ou uma fi lha chegar alegre e nos dizer, “Pai, Mãe, hoje tive que ler na frente. Foi muito legal”. Seus olhos brilham de satisfação e está marcada, para toda sua vida, esse ato tão simples, mas cheio de signifi cado para ele ou para ela. As crianças, os adolescentes e jovens precisam desses momentos fortes em suas vidas, para também se fi rmarem, como pessoa. E, principalmente, como pessoa cidadã.
Quem sabe, naquela manhã bonita de sete de setembro, não tenhamos a coragem de iniciar um tempo novo, de alguém que começa resgatar valores essenciais para sua vida e para a de seus semelhantes. Quem sabe não descubramos que, os grandes valores, que fazem parte de nossa vida podem ser compartilhados. Que podemos vibrar com cada um deles. A entoação de nosso Hino Nacional possa nos emocionar outra vez. Ao tremular de nosso Pavilhão Nacional nos encha os olhos de lágrimas. Que os discursos bem elaborados e majestosamente apresentados, nos encham a alma de sabedoria e aos ouvidos de prazer. A verdade nos palanques cívicos volte a imperar e tenhamos consciência que a real independência está no pensamento, na vontade livre, na expressão de minha ideologia, no livre encanto da política e na autêntica democracia. É preciso sonhar de novo, com um Brasil de encantos mil, de riquezas infi ndas e de fi lhos varonis. Sonhar de novo com um Brasil completamente livre, soberano e repleto de paz. Isso não está longe, nem é utopia, pois está no coração de cada um dos brasileiros, com esperança, honra, projeto de vida, alma, fé, esperança e amor. Viva o Brasil! E viva o povo brasileiro!