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O SONHO DA LIBERDADE É POSSÍVEL

LVI CINQUENTA E SEIS

O SONHO DA LIBERDADE É POSSÍVEL

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A qualquer hora do dia ou da noite poderemos ouvir, inesperadamente, uma voz dizendo, “isto é um assalto. Não se mexa, senão você morre. Mantenha a calma. Eu quero só seu dinheiro, ou seus bens. Fique calmo. Mas se você bancar o “besta” eu tiro também sua vida. E se fi car insistindo em não me entregar o que eu quero, tiro sossego e a vida de sua família. Quieto, já disse. Para mim tanto faz, matar ou morrer”.

O assalto pode acontecer em qualquer local público ou privado. Quem já não foi assaltado em um banco, por assaltantes armados ou pelo próprio estabelecimento, com as armas dos juros ou dos “serviços” e taxas? Quem nunca sofreu no comércio, com as armas dos preços altos, juros abusivos ou com mercadorias de qualidade duvidosa e, até mesmo defeituosa? Quem poderá alegar de nunca ter sido assaltado por algum órgão governamental com impostos injustos, serviços públicos bem cobrados e de péssima qualidade ou não realizados? Quem já não se sentiu roubado dentro de sua residência por serviços de primeira necessidade como: água, luz, telefone, esgoto, cobrados sem piedade e sem dó, com preços exorbitantes, para cobrir, até despesas de mordomias desnecessárias dos altos dirigentes? E quando você não pode pagar por um mês, o serviço é arrancado sem nenhuma possibilidade de acerto, pois está na “arma” do contrato.

Estamos vulneráveis em nossos dias e em nossa cidadania. Completamente desprotegidos por quem ganha bem, somente para manter nossa segurança. Nos sentimos, cada vez mais inseguros, tendo que ser trancafi ados em redutos da pseudo segurança de nossa residência, sem poder ter, o que constitui parte da essência do ser humano, a liberdade. O mundo, aperfeiçoado por nós mesmos, está sendo nosso próprio algoz. Continuando, nesse ritmo desvairado, ninguém sabe onde e a que chegará.

Enquanto pessoas eleitas fi carem ganhando um “rio” de dinheiro, — (isso é um dos maiores assaltos a mão armada legitimado, contra a população), para representar a um povo que nunca representa; enquanto alguns homens estiverem ganhando

milhares de reais para dizer, “eu voto sim” e milhares de reais para dizer, “eu voto não” e mais milhões de reais em “acertos” no escuro, ou na surdina, para defender uma causa de interesse particular ou de grupo, contra a economia do País e do povo que o elegeu; enquanto a maioria dos eleitos, que assumem o cargo e, desde o primeiro dia de mandato, “trabalham” somente preocupados com a própria imagem e o “caixa dois”, visando a campanha das próximas eleições, a população fi cará à mercê de assaltos, injustiças, insegurança e morte, vivendo dos restos dos impostos caros que paga.

É preciso dar “um basta” nisso tudo. Inverter o quadro. Podemos começar o processo este ano e concluí-lo daqui a dois, colocando em todos os poderes, federal, estaduais e municipais, pessoas de nossa confi ança. Pessoas honestas, responsáveis, dignas de nos representarem e que sejam fi éis aos interesses da coletividade.

Será que não estaria na hora de reverter o quadro e passarmos de assaltados para bons assaltantes? Vamos pegar de surpresa os candidatos ruins, interesseiros, enganadores, preguiçosos, desonestos, “capachos”, despreparados, politiqueiros e, empunhando nossa poderosa arma, o Título de Eleitor, carregado com a explosiva munição do Voto e dizer-lhes: “Isto é um assalto. Fique “calminho”, pois eu somente quero tirar de suas mãos a procuração de me representar”.

Para mudar nosso sistema político brasileiro, o único poder que funciona é o voto. Quando cada eleitor respeitar e valorizar o próprio voto, então não será mais assaltado e poderá circular livre e seguro no interior de sua residência, nos estabelecimentos públicos e privados, pelas ruas e praças de sua cidade sem medo, porque o sonho da liberdade é possível.

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