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SESSENTA E TRÊS
LXIII SESSENTA E TRÊS
ANGÚSTIA, DOR DO FUNDO DA ALMA
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Toda pessoa que, às vezes, sente uma “dor” inexplicável, irredutível, incomodativa e permanente lá no “fundo” da alma e vive sofrendo, em demasia, com isso, deve saber que não se trata de uma moléstia comum, diagnosticada por exames laboratoriais, nem curada imediatamente com “remédios” químicos. Ela está acometida de um sorrateiro mal que, infelizmente, leva um grande número de gente boa antes da hora. Trata-se da angústia, que pode localizar-se em pontos estratégicos em suas vidas e determinar seu comportamento, trazendo imensa quantidade de consequências negativas e maléfi cas para a saúde psicossomática e para a conduta sócio profi ssional. Para dominar e administrar esse estado de ânimo é necessário conhecer melhor e compreender bem o que signifi ca angústia.
O grande Filósofo do século IX, Kierkegaard, escreveu e publicou em 1844 “O Conceito de Angústia”. Ele afi rma que a angústia é resultado da condição necessária de escolha diante de um fato ou problema. Essa escolha provoca no ser humano um estado de consciência. Sendo escolhido o bem, do ponto de vista de suas crenças, haverá como consequência uma tranquilidade de consciência e momentos de verdadeira paz. Se a escolha for o mal, o imoral, o “pecado”, em vista de seu dogmatismo, então, surgirá com efeito um estado de culpa, um intenso sofrimento e, fi nalmente a angústia.
A angústia é uma espécie de sentimento que aparece toda vez que uma pessoa, diante de múltiplas possibilidades de escolha faz sua opção errada do ponto de vista ético ou moral, considerando sua liberdade de escolha tanto do certo quanto do errado. Ela surge diante do processo de análise do passado e de projeção do futuro, no passado a pergunta que vem é: “como fui otário, poderia ter evitado isso ou na projeção do futuro, o que vai acontecer comigo? O que vão dizer disso? Estarei perdido!”
Um ser humano em estado de angústia passa ser dirigido por leis que determinam momentos de sofrimento, de falta de saúde mental e física, de baixa autoestima, desmotivação, de falta de en-
tusiasmo, perspectivas de sucesso e de procura direta ou indireta de apressar a própria morte.
Mas isso tudo tem solução. O tesouro de libertação está no próprio homem. Basta olhar para dentro de si e visualizar as inúmeras possibilidades de cura da própria angústia.