Copyright © 2021 by Academia Mourãoense de Letras Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009. Capa MOAI COMUNICAÇÃO Foto de Capa ACERVO DA ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS Reprodução de fotos NELCI VEIGA MELLO Preparação NELCI VEIGA MELLO DÉRIK MOREIRA DA SILVA JAIR ELIAS DOS SANTOS JÚNIOR DIRCE BORTOTTI SALVADORI Revisão HERMÍNIA CAMARGO PERDONCINI Projeto Gráfico MOAI COMUNICAÇÃO Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Poletto, Pedro, 1912-1939 Obras reunidas : Pedro Poletto / Pedro Poletto. -2. ed. -- Campo Mourão, PR : Nova História Pesquisas Históricas, 2021. ISBN 978-65-996023-0-6 1. Hebraico (Língua) 2. Hebraico - Gramática 3. Literatura - Coletâneas 4. Padres - Biografia 5. Padres - Vida religiosa 6. Poesia - Coletâneas 7. Poletto, Pedro, 1912-1939 I. Título.
21-81482
CDD-270.092 Índices para catálogo sistemático:
1. Padres : Vida e obra : Cristianismo
270.092
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
[2021]
Todos os direitos desta edição reservados à NOVA NOVA HISTÓRIA EDITORA E GESTÃO CULTURAL HISTÓRIA Rua João Teodoro de Oliveira, 171 | Parque das Acácias Campo Mourão | Paraná | [44] 99923-4760 www.novahistoriapr.com.br facebook.com/novahistoriaeditoragestaocultural instagram.com/novahistoriacm contato@novahistoriapr.com.br EDITORA E GESTÃO CULTURAL
Obras Reunidas Pedro Poletto
Índice
Apresentação Mãe Hino do órfão a sua mãe Amor 30 Condensado sobre o amor O rosto do amor em visão panorâmica O beijo e o sorriso Rumo à Língua Avó Motivo Tema Para começar Observação importante Alfabeto Pois bem Árvore genealógica Dificuldade Que fazer? Método de Análise Filtragem Acentos Chave Importação de termos Alterações linguísticas
11 17 19 26 33 35 43 51 53 53 54 54 55 55 56 57 58 58 59 60 61 61 62
Espelho Chegada Exemplos Consideração Exemplos O gráfico Amêndoa Tedesco Mudanças fonéticas e gráficas Condição lógica e psicológica Conclusão A língua hebraica Termos raros oriundos do Latim Laranja Exemplo neolatinos de palavras compostas Exemplos neolatinos Cháo, chão! Exemplos neolatinos Vaca Fenômeno de idiomas Terneiro Novilha Maçã Santo Termos oriundos do hebraico Lista de termos de proveniência hebraica
63 64 64 65 66 72 77 78 79 80 80 81 83 85 86 87 89 90 92 94 95 96 97 99 100 102
Exemplos de palavras bicompostas Habitação Casa Grade Puro Reu Dia Bater Fazer Osso Cadáver Antigo Tórtora Logo Lado Perto Geologia Hóspedes Agonia Nuvens Asno Sorte Sábado Romã Direito Manjedoura
108 108 109 110 110 111 111 112 113 114 114 115 115 116 116 117 117 118 119 119 120 120 122 123 124 125
Crânio César Paraíso Shalom Semana Caravana Beber Sede Calculado Páscoa Bárbaro Epifania Mal Coser Boneca Jardim Tio Ano Oliveira Terra Leitura Amargo Valor Forte Toaleta Açucena
125 126 128 128 130 130 131 131 132 132 133 134 135 136 136 137 138 139 140 140 141 142 143 144 144 145
Lírio Ósculo Beijo Cuspe Água Galo Serpente Potifar Borboleta Cidade Corvo Brotar Mão Pão Avós O nome divino Júpiter Adorar Velho Coração Filho Egito Sindicato Patrão Senhor Pecado
146 146 147 147 148 148 150 151 152 153 154 155 156 157 159 161 162 163 164 165 166 167 168 169 169 171
Estrela Palácio Pai Mãe Amém Deus Humanidade Luz Saber Leite Rosto Guerra Belo Herdeiro Êxito Ínsula Lua Sabedoria Nação Vinho Vindima Álbum de fotos
171 172 173 174 176 176 178 180 182 183 185 185 188 190 191 192 193 196 197 198 199 201
Apresentação Padre Pedro Poletto A Academia Municipal de Letras decidiu publicar toda a obra do Padre Pedro Poletto, patrono de uma das cadeiras da Academia. Seu nome foi sugerido por mim, Nelci, a Agnaldo Feitoza para que o nome de Pedro Poletto designasse a Cadeira n. 13. A intenção de publicar a obra aconteceu na gestão de Jair Elias dos Santos Júnior e veio a termo na de Dalva Helena de Medeiros. Em 1988, a Prefeitura Municipal de Iretama publicou uma revista em que os nomes dos pioneiros foram registrados para a posteridade. Entre eles figurou expressivamente o do primeiro vigário da cidade – Padre Pedro Poletto - nascido em 29/03/1912, ordenado em 09/07/1939 e falecido em 28/07/1975. No conceito da administração de Iretama, Padre Pedro dedicou sua vida aos melhores ideais, durante seus 63 anos de idade, em parte na Itália, em parte na Argentina e 19 anos no Brasil. Exerceu suas atividades em Iretama de 1957 a 1968. Transferiu-se, em seguida, para Campo Mourão como Assistente Espiritual dos Hospitais e Capelão da família Carolo. Acrescenta o editor declarando que Padre Pedro era de uma inteligência rara, dado a pesquisas científicas, poeta e escritor, de coração magnânimo, desprendido de ambições materiais, possuidor de um vasto círculo de amizade e os – 11 –
que o conheceram dificilmente esquecerão o seu jeitão de conversador e conselheiro. Morreu, repentinamente, de colapso cardíaco em Umuarama, em visita a seus colegas de sacerdócio. O livro de maior peso escrito por Poletto refere-se à origem da língua. Em 5 de outubro de 1973, data que o Conselho Federal de Educação, autorizou o funcionamento da Fundescam - Fundação de Ensino Superior de Campo Mourão, Luiz Gonzaga, fez a doação de um exemplar da obra “Rumo a Língua Avó”. Depois que ficaram sabendo da existência desse único exemplar, passaram a considerá-lo valioso. Fez-se necessário digitar o original, pois alguns símbolos ali presentes, poderiam ser adulterados ao se tentar transcrevê-los. Para complementar as informações, entrevistamos Versi Sequinel que conviveu durante anos com Poletto, inclusive durante a criação do Rumo à Língua Avó. Assim como todos que se aproximaram de Poletto, restou em Versi um sentimento profundo de admiração, a ponto de manifestar espontaneamente o desejo de contar as lembranças que lhe ficaram desse convívio, fato que engrandeceu nossa empreitada. O contato de minha família com Poletto foi mais antigo. Tivemos a felicidade de conhecê-lo em Iretama. Minha mãe, Maria da Luz Veiga Mello, foi a primeira professora e meu pai, Gaspar Ferreira de Mello, o primeiro delegado dessa cidade. Poletto, vindo da Argentina, depois da queda de Peron, assumiu a igreja de Iretama. Tempos difíceis para ele que já havia fugido de Mussolini na Segunda Grande Guerra. Estava terrivelmente estressado. Poucas vezes se – 12 –
referiu ao assunto, mas dizia ter sido julgado e condenado à morte na Argentina. Fugiu no mesmo cavalo em que seria enforcado. Guardava numa mala o pedaço de corda que fora cortado por alguém naquele momento trágico. O início, em Iretama, foi sofrido para Poletto. Enfrentou muitas dificuldades de relacionamento, com a língua e a falta de conhecimento das pessoas. Poletto foi um homem voltado à ciência, talvez mais que à própria religião. Era um apaixonado pelo conhecimento e estes eram seus temas. Aliás nunca o ouvi falar sobre religião. Naqueles dias penosos para ele, em Iretama, socorria-se na minha casa. Pedia à mamãe que lhe fizesse alguma comida e ali se iniciou a prosa que terminou apenas com sua morte. De vez em quando, lá vinha o Padre Pedro e sabíamos que ele discorreria sobre muita coisa durante horas. Cresci com essas visitas periódicas e sua influência marcou as escolhas que fiz mais tarde. Poletto foi um norte para mim no que se refere à busca de conhecimento. Adorava doces. Pedia à mamãe que lhos fizesse. Uma vez a colocou numa saia justa. Quis frutas em passas. Ela não sabia fazer e a coisa saiu assim assim. Figos meio úmidos e cheios de açúcar que ele comeu deliciosamente e sempre arrematava graciosamente com um: - Gracie tanti, Senhora! Talvez intrigado pelo variado dos temas das prosas - política, medicina, história, engenharia , botânica; meu irmão Darci lhe perguntou se acreditava em Deus. Poletto refletiu e humana e emblematicamente respondeu: - Se Deus não existe, o que fiz da minha vida? E o assunto morreu ali. Casada e grávida de minha primeira filha Janaína, vi-o pela última vez. Ele já nos dizia que morreria logo. Tinha – 13 –
mãos e pés inchados. Aquilo não aparentava incomodá-lo. Faleceu um pouco antes do meu parto e minha família escondeu o fato com receio de que me abalasse muito com a sua falta. Assim foi, em poucas palavras, o muito das saudosas lembranças de Padre Pedro. Não foi diferente com Versi Sequinel que passa a contar então, as suas reminiscências, iniciadas a partir da construção da Capela Nossa Senhora do Pilar, na Vila Carolo em Campo Mourão. A imagem de Nossa Senhora do Pilar veio de outra capela, também fundada pelo Senhor Belin Carolo. Essa imagem veio para Campo Mourão em 1959 e, inicialmente, ficou numa capelinha bem pequenina que foi construída ali na Vila Carolo, onde depois foi construída o que hoje se conhece como Igreja da Vila Carolo. Em 1966, 68, o Padre Pedro veio de Iretama. Ele era do tempo em que ainda se usava batina. Tinha um jeep. Junto com ele veio uma família que morava numa sua chácara em Iretama- Sebastião Marcelino da Silva, pai de gêmeos. O Padre Pedro veio, a pedido do seu Luizinho Carolo, para administrar a Capela Nossa Senhora do Pilar. Instalou-se no fundo da capela com o seu jeep. Eu estudava à noite, voltava lá pelas dez e meia da noite e ficávamos conversando. Eu nunca vi uma pessoa com a inteligência do Padre Pedro. Ele queria escrever um livro chamado Em Busca da Língua Mãe e não tinha lugar para isso na capela. Então pediu para o seu Fioravante Ferri, um espaço para trabalhar. Ali na Rua Roberto Brzezinski, n. 610,, era o escritório da Guarapuavinha, uma empresa da família Carolo e Ferri. O seu Fioravante cedeu uma mesa no escritório em que trabalhavam Pedro e Augusto Tonet, eu e o Otacílio Tramujas. E o Padre Pedro passava as tardes ali, – 14 –
escrevendo. Ele escrevia sobre a língua que Jesus falou- o aramaico. Dizia: - Eu quero buscar a origem das línguas. Depois eu sai dali e não acompanhei mais, mas ele continuou escrevendo. Mas à noite, continuamos a conversar. Tinha uma visão extraordinária do mundo e eu era muito jovem. O Padre Pedro levava eu e o Otacílio na rodoviária provisória, enquanto construíam a nova, hoje Estação da Luz, ali na rua Harrison José Borges, esquina com a Avenida Manoel Mendes de Camargo, na lanchonete. Ficávamos conversando sobre a Segunda Guerra Mundial. Falava da luta, muito de Mussolini, da maldade feita pelos países do Eixo – Itália, Alemanha e Japão, comparava o período de Mussolini com algumas coisas da ditadura militar no Brasil, principalmente durante o governo de Garrastazu Médici. Frases de efeito, de impacto – Integrar para não Entregar; Brasil, Ame-o ou Deixe-o. ele nos ensinou que o governo Mussolini tinha muito disso. De inflamar o povo com essas frases de patriotismo. Padre Pedro falava de Artes como ninguém. Adorava falar de literatura, de política. De religião ele falava muito reservadamente. Não tenho lembrança de algo que me tenha marcado sobre religião. Ele não tinha essa visão de religioso, que tinha de ajudar os pobres. Diziam até que ele era maçom, que teve uma iniciação maçônica. Ele tinha uma chácara, no trevo, do lado esquerdo, na saída para Curitiba. Quando ele faleceu a família mandou da Itália a documentação para o seu Luiz ser o inventariante. O seu Luiz mantinha essas cartas que vinham da Itália pois entendia e falava o italiano. Padre Pedro tinha um respeito muito grande por seu Henrique Salonski. Com Dom Eliseu ele não se afinava muito. – 15 –
Também teve afinidades com minha sogra, Dona Oscarina. Ela fazia a limpeza da igreja e dos aposentos, das roupas dele. Padre Pedro se insurgiu apenas quando passamos a guardar soja dentro da capela. A produção das fazendas foi crescendo, não tinha mais lugar onde colocar. E ele não gostou da nova situação e dizia: - Aqui é a casa de Deus... Parece ter morrido prematuramente. Eu penso que ele não se cuidava, tinha os pés muito inchados. Ficou em mim um grande respeito por ele. Padre Pedro discorria com muita categoria sobre a origem das línguas; dizia haver quatorze línguas, formadoras de todas as outras, e que as conhecia todas, por isso dizia que iria buscar a língua mãe. Campo Mourão, 19 de novembro de 2016. Nelci Veiga Mello
– 16 –
– 17 –
Mãe Mãe, Mãezinha Palavra sagrada, Do teu peito mana A raiz do amor.
– 18 –
Pedro Poletto.
HINO DO ÓRFÃO A SUA MÃE ******* Mamãe, onde estás? De muito tempo Eu te procuro, Eu te acompanho Sobre teu rastro Sem te alcançar. Meu passo é curto, Tu já chegaste. Desde que foste não sei o que é rir. A tempestade Ruiu-me a mim, deitou até o bosque, pisou o jardim. britou o telhado da nossa casa, minh’alma toda, te afastou de mim. Desde que foste não sei o que é rir. Ando perdido num mundo à toa, sem sentimento, – 19 –
sem coração. No mundo, em vão, eu procurei, mas nunca achei igual a ti. Ninguém repete Mãe para mim. Eu sou pequeno, muito pequeno por isso mesmo já muitos pensam que eu não entenda o que acontece em toda volta ao meu redor. Estão enganados, sempre iludidos: a alma não cresce nem diminui, ela percebe e se revela pelo seu corpo como puder. Também eu sinto, não sou de pedra, quando me batem, quando me insultam, – 20 –
sempre a mim falta que alguém defenda. Não há respeito à criança e à dor. Se gosto de doces Não deixam chupar, se gosto de flores não deixam tocar se gosto de coisas não soltam, não dão se busco palavras não ensinam falar. Só tu, queridinha, sabias me tratar. Tu lembras, decerto, tu lembras, mamãe, ficava escondido atrás do fogão, e dentro do berço brincava de bicho. ... ... Foi o último riso que viste de mim. Desde que foste não sei o que é rir. Ó mundo egoísta, ó mundo malvado, naquela cruel terra – 21 –
ninguém me queria porque assim ... chorava, porque assim ... sofria, assim ... folegava tentando aguentar. ... Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Me agarra um soluço, ... o que quer que eu faça, mãezinha querida? Não tenho mais lágrimas, não tenho mais vida, abraça-me forte: eu quero somente unir-me com ti. Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Aqui tudo falta pelo meu redor: já falta o meu leite, o descanso e o sono, o trato e a saúde, o carinho e os beijos: pois, faltas-me tu, só tu, queridinha. Não chores, mamãe, Teu filho está aqui.
– 22 –
Não quero brinquedos, não carinhos, não quero beijinhos, não quero mais nada. Faltando a Mamãe, a vida reserva tão grande amargura, ... ...não tem mais sabor. Não chores, mamãe, teu filho está aqui. E quando se esquecem que muito eu preciso, ninguém se interessa de calor ou frio, da sede, da fome. A mim sempre resta ...esperar que tu voltes a zelar. Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Eu fico na espera, mas sempre gemendo, olheiras profundas, ossinhos sequinhos, o meu rosto pálido, coração parado, a pupila vítrea fixada, lá, ... em ti. – 23 –
Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Não me reconheces? É o teu bom nenê. Ninguém mais carrega Nenê teu no colo, Ninguém o segura Nem pela mãozinha. Não escutas que tombo? ...o deixam cair. Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Oh! Quantos meninos ao sol brincam ágeis, tesouros dos lares beldade em jardins. Por que eu o pobrezinho, fenômeno triste, na mais longa noite não alcanço enxergar? Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Ora, abre teus braços, aperta-me em ti. Foi antigo costume dos meus muitos meses, ficar escondido – 24 –
bem dentro de ti. Não chores, mãezinha, é perto o meu fim. Não chores, mamãe, teu filho está aqui. Mãezinha é meu símbolo, se és afortunado, abraça tua mãe e beija-a por mim. Se um dia a perderás, sem mãe ninguém vive, calado, irmão, sofra, ninguém saberá. Só Mãe, queridinha, sabia nos tratar.
– 25 –
O teu filhinho anda perdido te procurando por toda a casa, pelo jardim, agoniado, em aflição, ... sem te encontrar ... volta a rever. Perdeu o seu sono, não há descanso, não tem sossego, não tem consolo, ÓRFÃO DE TI. Estou fatigado, eu quero dormir posando a cabeça sobre o teu peito, só ali sinto a paz. .............................. ... Já vou a sonhar ... cantiga bonita, cantiga de amor: nínna - nánna néde - néda himíh - himáh minha mãe é mamã, – 26 –
aqui o gracinha nenê da mamã. ............................... .................................................................... Mamãe, mamãe, escutas bem? Fala baixinho que já estou perto, com os anjinhos teu filho vem. .................................................................... Ontem eu estava lá, longe, embaixo, deitado exânime naquele mundo, naquele infame, que não deseja a nós bebês. Mamãe querida, que bela coisa, ficar de novo nos braços teus, junto de ti, perto de ti, ... ETERNAMENTE. Só Deus nunca falha: – 27 –
tudo é para nós. QUERIDINHA, um dia reconhecerás do teu filhinho a gratidão. Para onde tu andas te acompanhará, se não retornas, ele igualmente, estará contigo, não retornará. MÃEZINHA, do além escutarás vozinhear bem na beira do teu frio túmulo: será a oração que tu lhe ensinaste, ouve tiquetaquear na pedra sepulcral? serão suas lágrimas enormes, pesadas, cadência funérea, caindo no teu jazigo. O TEU AMOR não morre: semeaste-o no filho, agora brota ao teu redor. Todo artista assina sua obra: tu, mãe, gravaste o nome – 28 –
nas fléxeis palmas das minhas mãos, teus sentimentos no meu rosto, nas olheiras tua grave dor, a tua bela alma no meu coração. Império eterno o teu, o império feminino, centro, imã, ninho, é o coração de mãe. Triunfo da criação, rainha dos corações, obsessão do nosso espírito, é só você, mamãe. Ergue a fronte serena para o teu Criador, adorna o seio glorioso de puro e pleno amor. Tanta flor no mundo não vale a ti. Não há no mundo obra melhor de ti.
– 29 –
A pátria sem filhos marcou o seu destino: é na última página de toda a sua história. As crianças de hoje são a pátria futura: nelas o progresso, amor, glória e paz. Não esqueças, mamãe, a glória está em ti.
– 30 –
Beijo de mãe Ninguém repete, Carinho dela Ninguém mais dá. Mãe é tão rara, mãe é tão única, ninguém repete mãe para mim.
– 31 –
Condensado sobre o
Amor
Consideramos o AMOR, longe da sua Fonte Eterna e Infinita, na categoria dos seres reepetores e na variante da capacidade diferenciativa dos mesmos. Para facilitar a análise, repartiremos o tema em duas categorias: (1) SOBRENATURAL, (2) NATURAL, 1) O SOBRENATURAL – autêntico e genuíno amor – é atividade da Graça, é espiritual, é virtude, e é tão forte que desafia qualquer obstáculo: ama, de fato, até os inimigos. Quando tem por objetivo a Deus, pode chamar-se mais extamente: a) CARIDAD, e b) CARIDADE FRATERNAL, ou FRATERNIDADE, quando tem por objetivo ao próximo. 2) O NATURAL, pode dividir-se em: a) AMOR HUMANO, e b) AMOR ANIMAL. – 33 –
a) O AMOR HUMANO – prescindindo da Graça chama-se também : PAIXÃO, AFETO, SIMPATIA. Na sua manifestação, como resultado da união da alma e corpo, do espírito e d matéria, quando penetra as faculdades intelectuais com a ajuda do coração, chama-se FILANTROPIA; quando penetra as faculdades físicas chama-se SENSUALIDADE. b) O AMOR ANIMAL chama-se em termos genéricos: INSTINTO ou INSTINTO BRUTO. Mas este termo - INSTINTO – é a mais inteligente expressão da nossa ignorância.
– 34 –
O rosto do amor em visão
Panorâmica
Que é o AMOR? Um fluído elétrico?...magnético?...Com uma palavra se enche, com outra se esvazia. Amor: erva espontânea, não semeada brota, e alimentada, em vez de ramos, lança raízes. Onde se vê não está, e, onde está, não se revela. Não procures o amor no cofre: pois, aí, só acharás cobiça. Existe, aliás, uma polarização entre o amor dinheiro, lucro, interesse: um foge dos outros, eliminam-se num repúdio mútuo. Quer perder o afeto do amigo? Empresta-lhe dinheiro. Não sendo comerciável, não tem estoque em nenhum mercado. No intercâmbio, porém, é só o amor por amor, ouro por ouro, seria desprezo; ouro por papel. Seu perfume é a atração, seu apoio a bondade, seu alimento o sacrifício, sua bebida as lágrimas, sua canção o choro, seu sustentáculo a morte. Sua vida é condicionada a de outrem. Sua arma: uma cruz. – 35 –
Seu retrato: uma flor. Sua mensagem: o perdão. Seu emblema: a rosa dos ventos, para todo ponto astronômico. Seu grito: “Que o meu Bem volte” clama ensurdecedor, dilacerante, obsessor, persistente, superando o estrondo do furacão nas tempestades da alma, ecoando no tempo, no espaço, na vastidão, na imensidade, nas psiques, no céu: Que o meu Bem volte”...até enlouquecer. Seu gemido, aquele gemido aflitivo, emitido para surdos receptores, nos seres todos: bichinhos, aves, animais e homens vagando contra toda a barreira que o domine, a procura de um amor interrompido no ser amado, nos filhinhos, no seu complemento, ainda que as lágrimas sequem, ele perdura. Seu tema: pactos claros e amizade longa. Sofrimento é o seu teste de prova. Sua ferida: sempre aberta, sangra sempre, não cicatriza mais, vira câncer psicopatológico. Namoro? Melhor não começar se não tivesse que continuar. Sua raiz perturbada maleficamente ao encontrar transtornos desvia-se e pode alcançar os piores terminais da depravação e da criminalidade: influenciada pela Graça, pode atingir os cumes sublimes da perfeição. Sua defesa o pudor, sua morbosidade a arrogância, sua febre perniciosa a impureza, sua tática a paciência. Ele é a asa de liberdade, escola de disciplina, cadeira de – 36 –
fiel inseparabilidade. Cheio de ternuras e delicadezas até desmaiar, “é forte como a morte”. (Cant.8,6) Sua chama tende sempre ao alto para Deus que a acendeu e “as muitas águas não a podem apagar nem os rios afogar”( Cant.8,7) É um grave erro dizer que ele aquece e não ilumina. É um farol vidente. Ele ilumina e enxerga como raio direto e perpendicular sem produzir penumbras sobre o lado que está defronte; e observa no objeto o relexo de seu próprio esplendor como num espelho; por isso descobre nos outros cópia fiel d si próprio e imagem de Deus, fonte comum e indefectível. Como a vista percebe a luz que se reflete nas coisas, assim o amor não enxerga o lado negro do seu objeto, nem sombras, nem defeitos. Sombras e defeitos ele deixa sempre do outro lado: na escuridão. Ele possui, aliás, uma maravilhosa analogia com a luz. Como a luz ilumina de frente revelando as cores e lançando uma comprida sombra de trás das coisas confundidndo tudo à semelhança da noite, assim o amor acorda todos os sentimentos. Sua falta – a indiferença – esmaga e sufoca todo anelo em uma profundíssima apatia. Seu adversário – o ódio – arde, calcina, abrasa com fogo de terrível maldade. O amor assemelha-se à luz cujo raio fica secreto, silencioso, escuro, imaterial, imperceptível, até atingir, no seu percurso, a matéria, donde revelará a si mesmo e doará – 37 –
visibilidade aos objetos. Portanto, reconhecemos o amor, por si inativo e eficaz ao encontrar-se com seu próximo, no qual irradiará sua luminosidade difundindo ao redor. Seu tamanho é relativo ao recipiente grande ou pequeno. A quem o analisa, ele costuma dissimular burlesca e caprichosamente mimetizado, o flanco mais bizarro. Cada um o mede com seu próprio metro. O metro da pessoa sã é de noventa e nove mais um centímetro; o metro da pessoa desonesta acompanha elasticamente as circunstâncias pessimistas do coração. A águia acredita que ele seja condor; o verme imagina-o serpente. O simples chama de estrela a gota de orvalho que brilha ao amanhecer;mas o maldoso, com sua deformação, confunde, horrivelmente, perfume com mau cheiro, mística com corrupção, céu com lodo. Formosíssimo, possui um rosto só: um dragão monstruoso pode até ter sete cabeças. É unidade indivisível. Tem uma só cabeça, um só coração, um só cérebro, uma só língua; e, portanto, único desejo, única determinação, única direção...vertical rumo a Deus. Reconforta-se com a suavidade, projeta-se com poesia lírica, entusiasma-se com a música, embriaga-se de esperança, acordado sonha, no sono atua, na atividade delira, no pleno delírio cega ficando latente, mas... nunca morre. Na cegueira põe-se ao nível do instinto. O instinto, dom natural e perfectível, não é virtude, ainda é mistério. O amor não pede, usa artifício, alcança, consegue. – 38 –
O amor é mudo: não tem palavra, comunica-se por telepatia. Seu idioma: o silêncio. Em lugar de discursos, meditação. Veja lá: aquelas duas cabecinhas encostadas, passam horas no silêncio, e não se cansam. Alguns cochichos...é só principiantes ainda primitivos. Se disser seu nome...disvirtua-se. Seu fermento não pode limitar-se, quer evoluir, progredir, incansavelmente sem parar até o além. Nunca chame de velho a ninguém. É falta de conhecimento do termo “eternidade”, abuso de contagem dos relógios. Velho é o carvalho, que mais sobe, mais vale, e resiste a toda intempérie. Será que você o alcançara? O tempo não afeta, não prejudica o amor: o amadurece. A criança sente o amor e não o compreende; apreciá-lo-á quando deixar de ser criança; perto dos oitenta anos. É modesto, o vento dispersa-o, as miradas incomodam-no. Somente o pecado pode matá-lo, e ele matar o pecado. Ambos se batem em duelo sem fim. Mas, ele não é pacdo, apesar de que muitos o pintam negro e malicioso. É virtude, “a maior de todas as virtudes”. Amor sabe que coisas belas aguardam muitos inimigos e fileiras de ladrões. Difícil será afastar da tua memória o primeiro amor. Nele o fenômeno que nunca acaba: ali, o germen da sua perenidade, da eternidade. – 39 –
Característica dele é ser eterno e totalitário. Ele quer tudo e para sempre; se dá totalmente, msd não dsirtribui em forms de porções para ninguém. Se, por casualidade, um dia se arrependesse, não seria amor, seria vulgar ilusão. Na sua imutabilidade não sofre de monotonia. Sua enfermidade natural é, sim, nostalgia, saudade, melancolia. Unidade de medida do amor: o heroísmo. Heroísmo em duas expressões, ativa e passiva, profundeza e altura, vida que ele concede, morte a que se entrga. Seu símbolo: o ninho, a maternidade. Amor produz e cria. A este, entender não pode quem não foi mãe.Pois, mãe sabe o que é o amor e pode contar. O termo”amar”, deiva de “mãe, sendo o “amor, função, ocupação, atividade principe dela. Se um dia a mulher fosse igual ao homem, diminuiriam sua atração, nosso amparo, o amor de todos: delas e deles. Deus criou por amor e generosamente. Se não quisesse criar, seria capaz de destruir, e não seria amor, seria sensualidade, seria egoísmo, fotófobo e zoófago. Amor que mata, morre, como a abelha. Sua expressão interna é uma vibração que se espande absorvendo avidamente e unificando em abraços de conquista. Como rei coroa ao abjeto predileto fazendo-se-lhe escravo. Não ecnontra correspondência com a matéria a cujo – 40 –
contato desvanece azendando-se. A mensagem da matéria é imaterial; as massas emanan um convite, uma atração; os corpos exalam um imã, atração, mensagem, veículo do amor. Quando prevalece a matéria, revela contornos de egoísmo, gera ciúmes deslizando na tara do anormal e não tolera rivalidades . O amor, como o sangue, é atualizador, sincronizador, vitalizador e perceptor tanto das faculdades sublimes, quanto das ínfimas, todas igualmente importantes, necessárias, insubstituíveis, nobres. Sus recôndita “morada está dentro da alma, no coração”sendo atividade da vontade: querer, desejar, pretender, etc. Caso se desarmonize fisicamente, diminui seu fulgor angelical. Uma ave com asas barrentas não difere muito de um sapo. Em colaboração com a integridade física, sublima-se em sua natural estratosfera paradisíaca. Rebaixa-o qualquer vício, equivoca-o à literatura, fomenta-o à carícia. Agiganta às custas dos grandes inimigos; derrete-se por causa dos pequenos, dos micróbios. A sua expressão externa: o beijo e o sorriso O beijo é: ou néctar ou veneno.
– 41 –
O beijo e o
Sorriso Religiosamente, pode ser ato sublime de heroísmo. O beijo, menos se prodigaliza, mais é precioso e desejável. É como um rosto: mais se cobr, e mais provoca curiosidade para contemplá-lo. Como pessoa, que aparece raramente, fica simpática, outra sempre perto, por quanto querida, pode enjoar-nos. Mamãe, quant teu filho sofre, dá-lhe um beijo: é a melhor anestesia. Com isso irá aguentando e superará a mesma agonia. Beijo não cria bandido, não cria assassino. Estes sub-seres marcham fora da estratosfera do amor. Não raramente é sinal de debilidade psíquica e moral. Somente aceito, e, pelo menos, ambição...” até que enfim... me beijou”. Beijos tem vários tipos; abraços também. Pensem só no abraço do tamanduá. Ali acaba a estorinha. Pode ser flor de traição. Um beijo circunstanciou a morte de Jesus Cristo. Um beijo pode expulsar a inocência e preparar-lhe a tumba. – 43 –
Quantas vezes nos leva à beira do abismo! Almas ternas demais, ou inexperientes abusam do beijo sem dar-se conta que nele crescem as raíses da obsessão eórtica ou erotomania, - hipótese da inteligência e da vontade – chamada também “câncer do amor”, enfermidade que dará seus frutos histéricos, não de afeição, mas de infecção. Panela em que todo mundo mexe, ou fica salgada, ou insípida, nunca doce, nem gostosa. O sorriso espontâneo é o gentil reflexo do espírito: o radar do coração. Obra do amor é o bem. O bem é sempre bom. O bem, na coexistência de falhas humanas, consegue um fruto espúrio, tóxico, repugnante: a ingratidão. O amor, nos seus extremos, ou é feroz, ou suave. O feroz indica o abatimento do vencido. O suave revela o paroxismo do vencedor. O amor não usa máscaras. Máscara é sinal de maldade, acaba de cobrir o resto externo de sinceridade: a fronte, o rosto. Nele provoca amargura qualquer falsidade, qualquer cinismo. Na sua ingenuidade o amor faz artes, faz caretas, pisca o olho. ...Oh criança levada; criança feia, feia, feia...merece um abraço! É o seu início. Começa com um fingimento, uma curiosidade, uma pergunta, uma sociedade, uma amizade, umas – 44 –
palestras, umas miradas, admirações, carinho, presente, carícia, belisco, beijo, abraço, aperto, mordida,( o louco morde também: dói e não dói, repete), quer comer... Com o amor não se brinca. Pode surgir um perigo fatalmente funesto. Os complexos do amor se gravam, como a tatuagem numa árvore, quando sua matéria é ainda mole : do concebimento a mdureza física. No crescimento se dilatam. E mesmo, agora, um choque pode alterar a situação. Durma sossegado : o teu coração vigilante – o amor não dorme – te despertará, de repente, na hora oportuna. Não se confunda o amor, harmonia espiritual, com a sensualidade, gusano roedor, parasita de tantas pobres existências. Seria um maravilhoso caho duma videira, um fruto esquisito que a tempestade inclinou até a lama. Entre todos os sentimentos, ele é o mais misteiorso ; o mais difícil de se definir. Seguidinho, os outros sentimentos dependem de seu raio de ação; o seu ritmo marca o compasso da dança aos outos e a todos aviva. Você nunca pensou que até a fera tem, instintivos e inconscientes, seus sentimentos? E que até as serpentes se querem? Ora, a pessoa vale pelos seus sentimentos. Quem não tem sentimentos é fera que vira besta. Nesta altura é preciso não confundir com falsários. Anormal e absurdo é o nome de quem não ama. Muitos falam de roamnce de amor. O amor não é ro– 45 –
mance, é realidade. A primeira anergia dum ser, o amor; não o peso, não os músculos, não o tamanho, não o aspecto, tampouco a inteligência. E o “demon” angélico, glorioso e dominador. Faltando o amor, a sáude enfraqeuce, a felicidade some, o espírito desanima, a tristeza aumenta, a alma adoece, o aniquilamento se aproxima. Solidão não é parente do amor, mas da frustração. Família, sim, é o seu canteiro de origem, o seu ambiente ecológico. É crime causar lágrimas; esmero de ternura enxugá-las; a presença do amor é ato consolador. Amor doente: em todo canto do mundo sente o deserto. Sua fúria é a fuga. Alma sensível, o teu imá retardará a sua insânia. Sua fúria é a fuga. Alma sensível, o teu imã retardará a sua insânia. Teus suspiros o segurrão antes das fronteiras do seu exílio. Penetra em tudo: nos ranchinhos de palha, nos palácios de mármore, nos corações de pedra. Com eroterapia se pode dominar qualquer inimigo. Falar do amor é tarefa séria. Muitos charlam dele, manchando aquela sua forente serena, de palavras confusas, mas ele é impenetrável. – 46 –
Pergunte a uma pessoa amiga, o que é amor, e ela responderá que ao amor é...o amor é...o amor é, e seguirá gaguejando. Nem os aparatos do progresso moderno alcançam a descobrir a forma do mesmo, ou interpretar seu hino. Nós tentamos estudá-lo exteriormente, nos seus diferentes aspectos, como de um prisma. Mas sendo que a definição é uma declaração feita por meio de semelhanças e de objetos parecidos com a diferença a mais ou a menos, o amor, sendo único, não tem termo de confronto. Para não equivocar-nos, sendo que a verdade exige que cada coisa se expresse com seu próprio nome, dizendo que o pão é pão, concluiremos que o amor é...amor. Deixando de lado o microscópio com seus micróbios, virus, parasitos, bacilos,...obervo-o bem de fronte: o AMOR é um Sol, Luz da nossa vida, Potência que dirige o mundo. A sua essência define-se sinmultaneamente com a palavra Deus porque “DEUS É AMOR” (1ª Jo. 4,16). Não existe no mundo vasos capazes de conter tal essência, nem medidas suficientes para delimitá-la: não existem palavras, nem idiomas, aptos para expressá-la porque Deus é imenso e o amor também. Queridos leitores, estou satisfeito. Pesquisei o amor nos clássicos e na conversa dos humildes, nos idiomas – e suas pátrias – antigos e modernos. Sempre o achei imutável e idêntico. Mesmo no português legitimo – de Portugal – o amor é estacionário. – 47 –
Parece que esteja esgotando o tema! Mas, hoje, os vossos olhos me encantaram: devo mudar o projeto. Chega de desertos! Um pouco mais de terapia e o amor, neste seu próprio hábitat, irá crescendo. A: “nossos bosques tem mais vida” segue – em documento oficializado – um plural – a único em toda a terra – “nossa vida – no Brasil – mais amores”. Nota: Podia eu dizer muitas mais coisas, mas preciso guardar uma enorme reserva dentro de mim; pois com isto, dou um abraço e um beijo a cada leitor. Também é amor! O Autor “deste”, Amor
– 48 –
Motivo A luta ilógica, incompreensível, injustificada contra o semitismo nos move a expor os valores da língua santa como gesto de colaboração, proteção, amparo da Verdade Histórica indelével no coração de toda civilização. Até que no mundo se proíbe matar, furtar, violentar, abusar, desrespeitar, ....a humanidade está reconhecendo os méritos das tábuas da divina lei. Sem essas leis bíblicas, o mundo perde a ordem, o sossego, a Paz. O idioma hebraico é o único intérprete, a ponte de comunicação entre Deus e os homens. A Vontade Divina chegou-nos por mérito da bíblia e do Povo de Israel (= Filhos de Israel).
Tema “ Toda a terra tinha uma só língua e servia-se das mesmas palavras”. (Gênesis. 11.1)
– 53 –
Para começar IDIOMA - De “ideia”. Pertenceria, portanto, a expressões com figuras. Idioma faz grupo com: Ideologia, Ideografia.... LÍNGUA – Do órgão da fonese. No hebraico: “ Lashon = Língua” . Usa-se dizer também: “ Sefat = Lábio”.
Observação importante As citações bíblicas encontradas neste, referem-se ao texto original hebraico embora que apresentadas com o título traduzido segundo a “Vulgata latina”. Por exemplo: “Toda a terra tinha uma só língua e servia-se das mesmas palavras”. (Gênesis. 11,1). Este “Gênesis” é o primeiro dos vários livros sagrados. No hebraico é: “Bereshit = No princípio” por ser a palavra inicial dolivro, mas os sábios que traduziram para a divulgação ( = VULGATA) preferiram o termo latino “ Gênesis” = origem”. As vezes encontramos, após o número do capítulo e do versículo, umoutro número de versículo, próprio das tra– 54 –
duções, quse sempre com uma unidade a mais do citado versículo hebraico. É somente uma pequena diferença de numeração. A citação de Livros Sagrados Hebraicos equivale a dizer: 10 Que o termo não é moderno; 20 Que sua glória literária está fundamentada nos Livros Sagrados Hebraicos.
Alfabeto O ALFABETO não é um termo ocidental. Ele tem uma raiz muito longa nos milênios: alef – bet – ghímel – dálet - ...= boi – casa – camelo – porta - ... A quanto resulta, nasceu Ideograma, e continua com simplificações exprimindo o tom de nosso meio de expressão. O pensamento ficou gravado no alfabeto.
Pois bem Este também nosso alfabeto é de origem oriental e per– 55 –
tence ao grupo de línguas semíticas. Na expressão antiga, ideográfica, ou simplificada nas atuais letras, as figuras eram poucas mas suficientes. O hebraico, como toda língua antiga, acompanhava com poucas raízes toda a expressão. Ainda hoje, atrás da sua evolução e a distância dos milênios, são visíveis os alicerces da sua origem.
Árvore genealógica Se quiséssemos representar a evolução SEMÂNTICA dos idiomas à semlhança de árvore, a nossa língua “ AVÓ” seria representada, si não pela raiz, ao menos pelo tronco. As outras semíticas pelos principais ramos. Grego e latim pelos galhos grossos. Mas não tem relação com “latinus grossus” de santa memória. As línguas mais modernas pelos galhos pequenos...Chegaremos a ver os frutos maduros caírem no pé da árvore. Então será demonstrado que: “Toda a terra tinha uma ao língua e servia-se das mesmas palavras”. ( Gên. 11,1). Como aconteceu naquela época,... ainda hoje estamos falando o mesmo idioma antigo com dialetos e sotaques diferentes, e que, portanto, somos da mesma família.
– 56 –
Dificuldade O nosso trabalho é parecido ao do arqueólogo e do paleontólogo que vão recolhendo CACOS de vasos para argumentar, pela matéria, pela forma, pela curva, pela linha, pela cor,pelo desenho,... etc. ,o tamanho, o volume, a cultura do artista, a estirpe do povo, a época da obra, a semelhança com outros. Aqui, alguns cacos. Na luta dos milênios, na confusão dos povos, nas guerras fratrcidas, nas emigrações contínuas, nas invasões, nas calamidades, nos terremotos, nas epidemias,... está o maior motivo da dificuldade de interpretação. E, ficamos com cacos. É, pois, natural, que palavras tão difíceis ao passar na boca e no uso de povos incultos, ou incapazes de pronunciar as guturais, ou que as recebiam de outros que já tinham mudado a fonética básica original...é pois natural que a palavra chegasse estragada. Temos um exemplo na bíblia: Juíses, 12,6 : “Shíbolet e Síbolet”. Por fácil experiência sabe-se que cada qual tem seu próprio sotaque. Os povos ocidentais não pronunciam bem os sons guturais e os mudam por outros parecidos.
– 57 –
Que fazer? Para os termos que não revelam – HOJE – prova de sua metamorfose semântica, filológica, etimológica, ou porque ficaram perdidos nos séculos, ou deteriorados, deformados, adulterados de tal forma que ninguém descreveu-os em literaturas,etc... O que fazer? Darei um exemplo a mais:”Uva – suco – mosto – vinho – vinagre – álcool – licor - ...” Passando de um elemento para outro perde-se o sabor do anterior e, no final, é difícil descobrir a proveniência. Mas, se o termo existe, teve princípio. Servirá de testemunha, mesmo que fraca, a favor de um termo desconhecido, que esperamos, um dia, depois da viagem por mares e montes, reaparecer ao pé da árvore já fruto maduro, ou voltar a casa, por outro caminho, como o “Corvo”.
Método de análise Até poucos anos atrás, era comum, entre os escritores, mesmo clássicos, a célebre mania de que se uma palavra não proviesse da língua latina, “LINGUA MÁTER”, não devia ser aceita. Talvez, mais bem repudiada como provincialismo, exotismo, dialeto....Vinha no entanto classificada – 58 –
como corrupta. E a maioria dos dicionários limitam-se a expedir certidão de nascimento, de origem, desde o latim, de algum grego...poucos vão mais longe,... mas todos com o mesmo programa de castigar as variantes evolutivas naturais do termo que ficará encorrentado a uma imutabilidade e inflexibilidade limitadora da sua existência. Não se considerava a precisão de classificar o termo como toda outra coisa: por gênero, espécie, família,... em linha direta, colateral, mixta, afim, etc. Esta família de palavras só tinha a “Máter” e ninguém pensava na existência da “AVÓ”. Aqui vai a reaparecer a nossa Exma. Senhora “AVÓ” rejuvenecida com maior exuberância que a antiga, e ressuscitada com a característica de ser a única em toda a história da humanidade. Parece um mistério!
Filtragem Vamos pôr os termos, em estudo, à prova duma sedimentação. Nesta aparecerão as raízes temáticas, as impressões digitais, o grupo sanguíneo e toda característica para a individualização. Para facilitar a compreensão, colocaremos os termos – 59 –
alinhados, cada idioma de baixo do outro, de modo que, pela coluna vertical de cada letra, poderemos observar o fenômeno da metamorfose desde o ancestral, com toda a hereditariedade, até os netinhos. O paradigma será um modo fácil de gravação mnemônica.
Acentos Para palavras não portuguesas, que no seu próprio idioma, não usassem acento, aplicaremos acentos de uso naquele idioma ou prestaremos acentos do mesmo português. O latim dispensa os acentos; mas nós os adotaremos para facilitar a leitura. O italiano só usa o grave, oxítono, no final de poucas palavras, e raríssimas vezes no interior de algumas, para distinguir entre duas, escritas no mesmo modo, homógrafas. Quando a palavra ganha uma sílaba a mais, pode acontecer mudança de acento e frequentemente de vogal interna. Ex.: Madame Mad.e moiselle
– 60 –
Chave Na passagem de um idioma para outro a palavra usa mudar. Esta mudança começou com pouco. A fonética entrou na lista da mudança em primeiro tempo. No segundo tempo as deformações vocálicas. No terceiro tempo perdas de sílabas. Seguidamente a conjunção de vários termos, com prefixos, sufixos, desinências, etc. Se os termos não sofressem desta mutabilidade, o idioma não mudaria. Encontraremos palavras aparentemente irregulares. Irregulares hoje. Nos séculos, foi perdido o rasto delas e outras passaram por cima. Analisando as cicatrizes reconstruiremos o termo e suas passagens.
Importação de termos Alguns termos do hebraico chegaram-nos sem encostar no latim. Ex: “Guerra” (neste). Com frequência de casos, os importadores dos termos, sendo incultos, mal entendiam...entregando a outros do – 61 –
mesmo nível. Estes intermediários eram, quase sempre, militares, escravos, bárbaros, estrangeiros, ignorantes em ambos os idiomas, isto é, do povo de origem, remitente, e do povo de entrega, no destino. Estes, as vezes, permaneciam fundindo-se com os povos dominados, criando dialetos, ou dislocando-se carregando escravos ou vencidos, criando colônias. Quem perdia, junto à tranquilidade do povo, era o idioma. Nunca é vantagem aumentar os idiomas, ou seccionar um. O primeiro prejuízo a surgir para a vítima “comunidade” é a incompreensão. Para recuperar parte do perdido, será oportuno, em caminho retrocessivo, estender uma ligação entre o presente e o antigo. Vamos colaborando.
Alterações linguísticas Embora não seja nosso programa tocar argumentos gramaticais, variáveis de idioma para idioma, e relativos ao desenvolvimento do termo desde sua origem até ao tempo presente, achamos oportuno apresentar os nomes destes fenômenos literários e linguísticos. Os maiores e mais comuns são os metaplasmos: prótese, epítese, aférese, síncope, apócope, crase ou contração, assimilação, dissimilação, vocalização, consonantização, – 62 –
nasalação, desnasalização, abrandamento, degeneração, apofonia, metafonia, metátese, oclusão, alargamento, redução, acentos, hiato, sinérese, sinédoque, etc. Outros fenômenos importantes, para o nosso caso, são os grupos consonânticos, as vogais mudas, semimudas, pretônicas, postônicas, consoantes geminadas, simples, líquidas, guturais, aspiradas, etc. E... maior fator de evolução: os milênios.
Espelho Os termos primitivos foram transferidos aos idiomas sucessivos, da realidade a forma espectral, do sólido ao fantasma, da figura ao espelho que reproduz e projeta nos diferentes planos mudando as linhas, deformando os desenhos, alterando as expressões. Quase sempre o veículo foi analogia, a metáfora, a antonomásia, e outras modalidades da comunicativa. Portanto analisaremos termos usados como substantivos em um certo idioma e adjetivos em outro, tornando-se a recuperar no atual derradeiro. Para quem é calejado em literaturas e possui domesticidade com morfologia e fenômenos evolutivos de semântica, descobrirá logo, à maneira de jogador de xadrez, o caminho das várias peças, e ainda, poderá fazer previsões de movimentos futuros. – 63 –
Chegada A fim de alcançar o nosso propósito de apresentar a pesquisa de termos cujas raízes eram, até agora, desconhecidas, entra em jogo o paradigma. Neste, termos atualmente usados mantêm-se unidos, por degraus dos idiomas intermediários, atingindo o termo original, primitivo, do idioma HEBRAICO. Nesta pirâmide de termos, do antigo ao presente, cada termo sofreu torções, flexões, cisões, junções,... sem parar. O paradigma vai empilhando, projetando, debaixo do termo primitivo, os seus correspondentes nos idiomas típicos principais, sem, contudo, procurar sinônimos, até revelar que o primeiro, o HEBRAICO, é os ancestral, e os idiomas modernos são os bisnetos da dinastia lateral. Na linha direta, vertical, o HEBRAICO antigo, depois de milênios de esterelidade, ou estase, conseguiu um legítimo bisneto de estirpe real, herdeiro direto no HEBRAICO moderno, atualmente falado. A novidade, nestas pesquisas não é do latim aos neolatinos, mas do latim ao hebraico.
Exemplos Os exemplos, que a seguir, vamos elaborando nas pri– 64 –
meiras páginas, sem comentários de análise, têm a única finalidade lógica de preparar o leitor ao compasso rítmico dos seguintes. Para facilitar a interpretação dos quadros, que chamamos de paradigmas, acompanhamos a evolução dos termos com o nome dos idiomas que cooperam na metamorfose. Deste modo, pela síntese visual surge a sindérese intelectiva.
Consideração O nominativo latino “homo”é clássico, mas irregular frente ao genitivo “hominis”. “Homo” devia dar “homonis” como “Latro- Latronis”. Adotaremos também forma vulgar “homen”que é mais normal frente ao genitivo em “...inis”, como “Lúmen – Lúminis”. O origem do Português: “homem” é mais aceitável do latim vulgar que do acusativo “hominem”. A desinência portuguesa em “m”é característica deste idioma. De fato, toda palavra que nos idiomas irmãos, neolatinos, possue “n”final, no português aparece com “m”. Mas a característica tem os dias contados, pois há de aceitar uniformar-se aos outros.
– 65 –
Exemplos neolatinos Lat. Ital. Port.
Lupus Lupo Lobo
Lat. Port. Ital. Espan.
Ursus Urso Orso O. so
Lat. Port. Ital. Ingl.
Pisces Peixes Pesci Fishes
Lat. Ital. Port.
Perículum Perícolo Perigo
Lat. Ital. Port. Port.
Plumbum Piombo Chumbo Prumo
– 66 –
Lat. Espan. Venez. Ital. Port.
Plúvia Lluva Piova Pioggia Chuva
Port. Espan.
Pergunta Pregunta
Lat. Port.
Semper Sempre
Ital. Port.
Profilo Perfil
Lat. Lat. Ital. Port.
Per annos Perennis Perenne Perene
Lat. Port.
Persona Pesso . a
Port. Espan.
Porta Puerta – 67 –
Lat. Ital. Port. Espan.
Tectum Tetto Te. To Techo
Lat. Ital. Port.
Hirundinem rondine Andorinha
Lat. Espan. Ital. Port.
Árbor Árbol Árbero Árvore
Lat. Ital. Port.
Lábium Labbro Lábio
Lat. Ital. Venez. Port.
Nepotem Nipote Nevodo Ne .. to
Ital. Port. Espan.
Guadagno Ga ... nho Ga .... no – 68 –
Lat. Ital. med. Port.
Comparare Comperare Comp.rar
Lat. Ital. Venez. Ital. Port. Port.
Praedicare Pr.edicare Pr.edigar Pr e gare Pr e gar predicação
Port. Ital.
Comboio Convoglio
Lat. Ital. Port. Port.
Plaga Piaga Chaga Praga
Lat. Ital. Espan. Port.
Parábola Par..ola Palab . ra Palav . ra
Lat.
Fabulare – 69 –
Espan. Port.
Háb . lar Fa . . lar
Lat. Espan. Port.
In Amore En Amor . Namoro
Espan. Port.
Herida Ferida
Espanh. Port.
Horno Forno
Espan. Port.
Manzana Ma . çã
Lat. Port.
Semper Aeternum Sempiterno
Lat. Espan. Port.
Ad Morsum Almorzo Almo . co
Lat. Port.
COELUM C É U – 70 –
Lat. Ital. Franc.
Simul Insieme Ensemble
Lat. Lat. Ital. Port.
Ad Mecum Amicus Amico Amigo
Lat. Lat. Ital. Port.
In Mecum Inimicus Nemico Inimigo
Lat. etc.
Tégere Téctula Tégula Tégola Tigella Tijolo Telha Telhado Tectus Tetto Teto Techo – 71 –
Têxtil Texto Téssile Tez Tegumentum . . Gume . . Cume . . Cutis . . Cumen . . Cumo . . Colmo . . Colmegna . . Cumieira
O gráfico O núcleo central representa a língua primitiva: sânscrito, accádica, semítica. A perpendicular, traçada, mas vertical, transferiu uma língua semítica, por ex.: o hebraico. As linhas curvas, com cruzamentos, simbolizam povos e seus idiomas nas peripécias de seus encontros. Em algum ponto tangem-se, em outro cruzam-se, afastam-se acompanhando as vicissitudes das suas histórias. – 72 –
Deste modo cada uma devolve um pouco de si às outras, e delas recebe alguma coisa. É de conhecimento comum que a história não tem pressa, aliás, usa paciência, mas é pontual. O tempo é grande artífice das alterações linguísticas seja por fenômeno interno, e seja por influências externas, mas em alguns casos revelou-se neutro. Um homem pode percorrer, em um dia, uma distância que um automóvel alcança em meia hora. No gráfico, temos um ideia da intersecção dos idiomas, e o percurso tangencial dos mesmos. O idioma primitivo seria anônimo. Nos círculos concêntricos cabem: os paleográficos, o Sânscrito, o acádico; seguidamente os semíticos: Fenício, persa, árabe, aramaico, hebraico, etc. Em baixo os idiomas que percorrem o mundo na boca dos vários povos atuais.
– 73 –
– 74 –
Um exemplo de simplicidade é dado pela palavra VONTADE. Lat. Ital. med. Espan. Ital. moderno Port. Franc.
VO LU NTATE M VO LU NTAD E VO LU NTAD VO LO NTÀ VO . . NTAD E VOLONTÉ
Outros: REALITATE M REALITAD E REALIDADE REALIDAD REAL. TÀ Lat. Ital. med. Espan. Ital. Port.
Vanitatem Vanitade Vanidade Vanità Va . idade
Desnasalação como: Luna Lu . ã (luan) – 75 –
Lu . a Lunar Lu . ar Diferentes modos de escrever uma palavra
Ph = P Ph = F F=V
PH OE N I X PH E N Í C I A PH OÉ N U L U S P Ú N I CU S F ÉNIX F ENÍCIA V ÉNUS V E N E T I AE V ENÉZIA V ENÊZA V ENICE V ENISE
Veneza e Cartago são colônias Fenícias. Os moradores de Cartago foram chamados Púnicos (= Fenícios). Phoénulus é uma obra de Pláuto em que um cartaginês fala em termos Fenícios. Dignas de consideração são as semelhanças. FENÍCIA VENÉZIA
PHOENICUS P . . ÉNICUS P . Ú . NICUS – 76 –
FÊNIX VÊNUX
Lat. Port. Ital. Port. Ital. Port. Port. Port. Part. Ital. Port. Ital. Port. Espan.
Parábola Palav . ra Par. . ola Par. . olar Par. . . lar Ph a r . . o l Far. . o l Ph a r . . o l e i r o Par. . oleiro Par . . o l a i o Fa. . bular Fá. . vola Fa. . . . l ar Ha . . b . l ar
Philisteu F . ilisteu P . alestino
AMÊNDOA Lat.
AMÍGDALUM
Venez.
ÁM
Port. e outros Port. e outros Ital. Venez. Lat. vulgar Ital.
AM Í G DALA AMÊNDO A M Á N D Or L O MÁNDOLO MÁ L U M maçã ME LA Maçã
OLO
– 77 –
Ameixa comum (ital. susina)
Amêndoa O termo latino : “Amígdalum” indica o endocarpo, ou caroço, ou um fruto com caroço.Este, com “laranja, maçã, e outros” é termo de muitos pulos, de muita ginástica. “Amígdalum”trouxe um gêmeo: “Malum” também clássico. “Amígdalum”parece o pai de : “Glande e Glândula”. Para o português transmitiu a analogia do caroço às glândulas da garganta : “Amígdalas” e ao fruto : “Amêndoa”.
Tedesco Alemão D E R D E U T S C H E alemão Ital.(vêneto – tirolês) T E D E S C O alemão Port. TE DE S C O alemão O fenômeno foi simples. É neolatino pelo modo de compor a nova leitura : Tedesco. A passagem de turistas pela fronteira vêneto – austríaca originou uma aparente confusão de leitura e pronúncia : “Der Deustche = Tedesco”. A influeência maior foi do dialeto veneziano juntando o artigo com o nome: “Der Deustche = O alemão”. – 78 –
Mudanças fonéticas e gráficas Na Semântica teve a mudança gráfica de som consonântico para outro similar, ambiguamente. Por exemplo: X= B= V= P= PH = PH = Pe = F= BU = BU = V+v = I= J= J=
Di = T= LL= R= S= G= Tz = X= H= H= N= d1= ml= K=
C+S V U PH P F Be V W V+v F J Di Z
– 79 –
J D R L J K, C X Z F Gh M .1 m. Gh
Condição lógica e psicológica Se o senhor leitor aceitou as transformações, que realmente já estão no uso, para os termos apresentados até aqui..... terá que aceitar também os seguintes. Facilite a compreensão cuidando das letras temáticas, que repetem-se ou muda-se, na descida aos vários idiomas. No começo: os mais fáceis.
Conclusão Antes de apresentar um gráfico idealizado, lembramos, para não esquecer, que as línguas ocidentais estão falando um idioma antigo mixto a dialetos, provincialismos, barbarismos, ... evoluído, deteriorado, fundido, confundido. Alguma língua teve sua evolução por imposição legal. A calamidade epidêmica das guerras, que nunca deixaram sossego no mundo, é a causa primária da poluição linguística e do desintendimento social. Semântica... é o fenômeno da lógica do pensamento humano, elaborado por tantos fatores estranhos, entregue à tarefa dos milênios.
– 80 –
A língua hebraica Para demonstrar a fertilidade genética duma só raiz vou expor um exemplo. Abundam, neste idioma, para cada raiz, prefixos e sufixos que a reduzem a flexível e maleável. E, cada expressão tem sua lógica. Hebr. “ “ “ “ “ “ “ “ “
ialád iéled ialdáh iulad ialdút téled hulédet toldot miialédet molédet
= gerar, partorir = Menino = Menina = Nasceu = Juventude = Gerou = Nascimento = Gerações = Parteira = wdo nascimento = pátria
E não disse todas as expressões. Ver ainda a profecia sobre o Messias ( Is.7,14 e 9,5) : Hebr. = Hahalmáh iolédet Ben = A virgem dará a luz a um filho. Hebr. = Iéled iúlad lánu = Um Menino nasceu para nós. São jogos de palavras que parecem música. – 81 –
TERMOS RAROS ORIUNDOS DO LATIM
– 84 –
Laranja Hebr.(Tapuak Zahav) Lat. (Trad. Liter.) Lat. Vulgar Port. Espan (MaluM = N) Venez. Ital. Franc. (AU = O) Ingl.
Maçã áurea MALUM Á U R E U M = “ MALA Á U R E A . L A R A NJA . . NA R A NJA . . NA R A NZA . . . A R A NCIO . . . O R A NGE . . . O R A NGE
O Latim traduziu o significado hebraico: “Tapuké zahavim = maças áureas”. Do Latim vulgar : mala áurea . . La aureanja l a r anja Para passar aos outros idiomas teve uma bela peregrinação sofrendo as leis fonéticas de transação: AU = O etc. A M final de “maLUM” mudou-se em N ( fenômeno comum) para espan. E venez. , mais simplificação do termo ( também fenômeno comum) com encurtamento d palavra. Pela sua cor amarela, quando madura, foi chamada “áurea”.
– 85 –
Exemplos neolatinos de palavras compostas Mea Domina M . a Don . na e Donna M . a Do . . na e Do . na M . a Dam. . e . . . Dam. . a Mademoiselle e Damigela Fidalgo
Filho de algo ( importante).
Horas légere Horológium . orológio . . relógio . . reloje
Horas ler relógio
EUanghélium EVangélium EVangelho . Vangelo
Boa notícia
Iacob Jacô – 86 –
SantoIago Sant’Iago São Sant Iago T iago Um exemplo de mudança de VOGAIS Lat. (class.) Lat. (vulgar) não deu: mas:
Homo Homem h omEno hUmAno
homem homem humano
Nas próximas páginas encontraremos muitos termos com características análogas.
Exemplos neolatinos Repetição Repetições Repetição de pessoa Repetições de autoridade Repetições de presença
Vix Vices Vicários Vice-gerens Vicinus
vez vezes vigário vicegerente vizinho
Ingl. Port.
KNIFE Ca N I V E te
canivete “
– 87 –
Exemplos neolatinos Venenum Veneno Veleno Vípera Víbora Víper ( ler: Vaipar) Sapore Sabor Expensae espesa spesa despesa Lat. Ital. Port. Venez. Esp. Port.
Novitius Novízio Noviço No . ízo Nóvio Nóivo
– 88 –
Cháo , cháo ! Lat. EXC LAVU S Port. E S C RAVO Ital. S C H IA V O Venez. S-C IÁ V O simplificada S-C IÁ O Ital. atual S-C IÁ O Port. CH Á O
ex clave, com chave
ou CIÁO (saludo) saludo
Palavra esquisita! Será que vem do latim? – Certamente vem, mas por um longo caminho: “EXCLAVUS” de Ex clave = acorrentado com chave: = escravo. Na forma epistolar, mesmo clássica, desde a idade média, no final das cartas, antes da assinatura, em sinal de deferência e respeito, o autor escrevi: seu servo, seu servidor, seu súdito, seu criado. Se o escritor fosse um ministro, um cavalheiro de corte, um nobre,...e escrevesse à rainha, a uma princesa, a uma autoridade...era sujeito à etiqueta da época, ao estilo afetado, eufuístico da corte. Neste caso. Ele assinava: SEU ESCRAVO e seguia o nome. A atual palavra “CHÁO” provém da antiga Sereníssima República de Veneza. Esta república condenava os criminosos a trabalhar de remos nas embarcações de maior porte, chamadas “galeras” (as pequenas dizem-se “gôndolas”), e os condenados, ditos “galeotes” eram praticamente escravos. – 89 –
O termo “Escravo”nas Venezas era “S – CIAVO” ( = fonética portuguesa : S – chavo ) atualmente simplificada em “S – CIÁO” (fonética port. : S – chão) que, ainda se mantém. Fora das Venezas, perdeu a S. Esta palavra ficou famosa; usada em saudações de cartas, em encontros de amigos, de familiares, de crianças... A grafia: “TCHÁU” não é legal. No português não existe este grupo TCH. É saudação bonita, simpática, íntima: CHÁO, CHÁO! ! !
Exemplos neolatinos Palavras de única raiz. BUCCA Bocca Bo .Ca Bouche Bocado Vox Voz Voce
– 90 –
Vois Vocina Vozinha Bucina Buzina Lat. (masc.) “ (dimin.) “ (fem.) “
Puér = menino Puérulus = menininho Puérula = menininha Puel . La = menininha
Lat. Ásinus = Asno “ ( vulgar. dimin. ?) Asinellus “ ( cláss.) As . . ellus Lat. Neol. Ven. “ Neol. Esp. Port.
Domínica Ménica Ménega Mónega Mônica Mon . ja Mon . ja
Lat. Alem. Ital.
Al oysius L ud w i g L udovi c o – 91 –
Port. Franc. Ital. Venez.
L u Lou L u
i z i s igi Gigio
Verónica V. rónica B . rónica B . runa
Vaca Lat. (masculino) Ital.(masc.) Lat. (femin. Perdido) Lat. (forma desprezativa) BU = W = V Ital. Port. e outros
BOS ou : BOVE BUE BUA BOVA B U A C C A BOVACCA . V A C C A . . VACCA . V A C C A . . VACCA . V A . C A . . VA . CA
Dizem gramáticas que “boi e vaca”são nomes irregulares. (?) Tentaremos demonstrar o contrário: “VACA” existia no – 92 –
tempo do “BOI”. O masculino latino de “boi”pertence à terceira declinação e, acompanhando a gramática, soa assim: nominativo genitivo dativo acusativo vocativo ablativo
: bos : bovis : bovi : bovem : bos : bove.
Mas “vaca” deriva do mesmo, como se pode analisar na página ao lado (anterior). É oriunda de uma forma desprezativa que perdeu a primeira parte. Formas similares, análogas, podem ser: linho linhaça e:
baga bagaço
Prova disto encontra-se em algum dialeto, como no aprutino ( abruzzese) Ital. “bovaio”. Dial. Apr.
: Gualano : Bualano : Bovalano
= vaqueiro
– 93 –
Mais ainda: Lat. Port. e do lat. Venez.
: Bos : Bosta = esterco de vacum : Bua : Buazza = esterco de vacum
Então : existia o feminino.
Fenômeno dos idiomas Nos idiomas primitivos, os sons aspirados e guturais eram numeroso. Nos modernos só ficaram alguns como visível resíduo. No mesmo hebraico moderno os sinais alfabéticos ainda se escrevem, mas ficam praticamente mudos. É o caminho da evolução. Dom pitecantropo, do megântropo, do sinântropo, os humanoides da préhistória, da era interglacial, ao “homo sapiens” ao “Human = artista, trabalhador”, o trecho foi longo. O som gutural revela hoje, quase sempre defeito físico, atraso, infantilismo. A humanidade passou por lá. Os idiomas mais elegantes vão eliminando os sons guturais e pertencem aos povos mais civilizados. – 94 –
Do antigo monossílabo a palavra foi recebendo prefixos, sufixos, desinências especiais para os gêneros masculinos, femininos, neutros, para os substantivos e adjetivos, para as diferentes vozes verbais, para acoplamentos com outros termos, etc. O Idioma já esteve nesta altura. Agora revela tendência a descer procurando, de novo, a simplificação. Muitas vogais passaram a semimudas, a mudas. Sílabas inteiras foram silenciadas de um pulo só. De grupos de palavras sobrou uma só que representa as desaparecidas. Em vários casos, sumiram termos substanciais: (ex. pessoa da vida – era: pessoa da má vida.).
Terneiro Lat. Lat. (dimin.) Lat. (dimin.do dimin.) Lat. (dimin.do dimin.) Ital. Venez. Port. Port. Port.
BOVE BOVITUS
Boizinho
BOVÍTULUS VÍTULUS B O V I T ELL U S
“TÉNERUS
. . V I T ELL O . . VEDELO TEN.RO TERNO . . VITELO
– 95 –
TERNEIRO
“Terneiro”tem seu pedigree exato. Do “ténerus” traduzido “tenro”e, por exigência fonética adiantando a R deu “terno e terneiro”.
Novilha Lat. Lat.(dimin.) Lat.(dimin.do dimin.) Lat.(dimin. Do dimin.) Ital. Venez. Port.
B OVA
Vaquinha B OVÍTU LA VÍ T U LA B O V I T ELL A “ N O V A B OVITA
. . V I T ELL A . . VE D E LA . . VITE LA
NOVILHA
“Novilha” também tem seu pedigree exato. A passagem deste termo foi mais fácil. O gráfico, acima, é simples.
– 96 –
Maçã Lat. (botânico)
M A L U M C Y D O N I U M Marmelo
Ital.
M E LA
C O T OGN O
Vaquinha
Venez.
. . . .
C O . . GN O
VÍTU LA
Mudanças CY= Z = Ç; ON = ÃO = Ã
Espan.(maluM = . . . . .N) M A . . N Z . . A N A ? (perdido)
M A. . .
CI. ÃO
Port.
M A. . .
C I . . . E I RA
Port.
M A. . .
Ç . Ã
Port. ( mar-melo)
M E LO
Prova do anterior: ( que MALUM = MA)
Lat.
MALAM S O RTE M
Espan.
MALA
S U E RTE
Ital.
MALA
S O RTE
Port.
MA . .
S O RTE
Esta análise foi muito difícil. Nem com microscópio, nem com computador eletrônico poderia-se alcançar esta “MAÇÔ. Foi possível somente por filtragem de alambique do latim. “Malum Cydónium”é um fruto de “Cydonia”e para o português equivale ao “marmelo”, como para o italiano e veneziano. Mas torceu de tal modo até madurar a “MAÇÔ. – 97 –
São originais as mudanças da CY de Cydonium que passa para Z em manZana e para Ç em maÇã, como se pode notar na figura do paradigma. Ainda, ON de cydONium passa para ÃO e depois para à em maçÃ. Como no verbete “Laranja, a M final de maluM passou para N em maNzana. A prova, de que MALUM virou MA, está mais abaixo na : MA sorte. E o “MARMELO”? Para o português surgiu outra variante. Perdeu “Cydonium” e recebeu um prefixo hebraico, ficando “amargo = áspero”. Lat.
MALUM
maçã
Ital.
M E LA
Hebr.
MAR
Port.
MARMELO
maçã amargo marmelo
( Ver: “MAR”, neste).
– 98 –
Santo Este termo latino foi criado por origem metafórica. Aqui sua história. Veja Gênesis 9,4-5: “Somente não comereis carne com a sua alma, isto é, com o seu sangue. Eu pedirei conta do vosso sangue. Eu pedirei conta do vosso sangue, por causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem que matar o seu irmão, eu pedirei conta da alma do homem. Todo aquele que derramar o sangue humano terá o seu próprio sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua imagem”. “À sua imagem” = vivente, com espírito: Deus é vida, é espírito. “Sangue” é veículo de vida. Portanto: sem sangue = sem vida = como vítima sacrificada, oferecida, imolada. “SANCTUS” é um particípio passado, hoje adjetivo e substantivo, originado por antiga contração de: SANCTATUS = sangrado, exangue. Hoje indica o ponto mais alto da dedicação à divindade: à imolação. Como : “Tégere - Tectus” : augére - auctus : úngere - unctus
– 99 –
Termos oriundos do hebraico Aqui, exemplos, para interpretação do antigo alfabeto ideográfico relativamente ao hebraico e ao nosso ocidental. Alef
= boi
Al . Fa Bet
= habitação
Beta
Ghimel = camelo gamal gama
– 100 –
Dalet del .ta
= Delta (porta)
Resh
= Rosto, testa, cabeça
Peh
= Boca (+testa)
Na passagem para o nosso idioma algumas letras hebraicas ficaram iguais. Exemplo:
Na escritura sinistrorsa, algumas letras possuíam o arco de abertura para a esquerda. Quando tal escritura passou a destrorsa, as letras que tinham o arco para a direita – não mudaram, mas aquelas que o tinham para a esquerda viraram o mesmo para a direita. Exemplo:
– 101 –
Lista de termos de proveniência hebraica Aqui, exemplos, para interpretação do antigo alfabeto ideográfico relativamente ao hebraico e ao nosso ocidental. Hebraico fonética
Zeqan Zaqen Lavan Shémen Matza Parpar Perot Ferot Kalav Shalom Teom Sar Tzidekat Pareóh Fareóh Pardés Mitzeraim Hashir Segur
Significado
Velho Branco Fértil Pão .... .... .... Leite Paz Abismo Príncipe Justiça Faraó Faraó Parque Egito Rico Fechado – 102 –
Termos neolatinos
Cani, as cãs, canizie Lavar, embranquecer Semen, semente Massa Borboleta, farfalla Peras, pere Fructus, fruto, frutta Lac, leite, leche, latte Salve, saluto, saudação Theos, Deus, Diós, Dio Czar, Kaiser, César Sindicato Patronus, Padron, patrão Patronus, Padron, patrão Paradisum, paraíso Miséria Assiro Securus, seguro, sicuro
Hebraico fonética
Jardem Gan Eden Ashoshanáh Iagon Avilá Aní Anaknú Atá Vacar (2Sam.12,2) Av Learog Mághen Mistar Amá Edut Holá Adon Dom Daman Avot Imá
Significado
Termos neolatinos
Jordão Jardim del. Lírio Tristeza Vila Eu Nos Tu
Jordão, Giordano (nome) jardim, garden Açucena, Susanna Agonia Vila,Villa,ville Anch ‘io Anche noi Tu
Vacas
Vacas,vacada,vacum
AUgustus Matar Brasão
Augustus, agosto ? Al rogo? Imagem, imagine Mistérion, Mistérium, Segredo mistério Serva Ama decreto Edictum, edito, editto Sacrifício Holocausto Dominus, dono, Don, Senhor dom Domar Domar (Josué : o sol) Dominar Dominar Antepassado Avos, avi Mãe Mãe, mater, mamma – 103 –
Hebraico fonética
Significado
Délet
Porta
Mecartem
Vendeste
Ad Saq
Eternidade Saco Benefício, conforto Seis
Toélet Sheshet Sheva Shefa Efshar Beer Iom Shetiah Her Halé Bor Haviv Tohar Rosh Semel Parotz
Termos neolatinos
Delta Mercato, mercado (José: Gên. 45,4) Ade (Dante) Saco, sacco Toaleta
Seis, sei Sete, seven, septem, Sete sette abundância ceifa possível eficiente Bíbere, beber, bever, fonte bere dia Dia, jour, giorno beber Sitis,sede,sete cuidado Alerta, Alĺ erta subir Ale (vamos!) fossa buraco atraente vivo beleza terra rostrum,(columnae reostesta, cabeça tratae), rosto, rostro símbolo símbolo explodir disparo, sparo – 104 –
Hebraico fonética
Iton Mar Tishtéh Lékem Hapanim Kisseh Af Camush Mappah Ené Camah Havar Barbur Evus Berecah Itgarut Enav iain Set acal meguddah gaddah raqom
Significado
Termos neolatinos
diário amargo (20 Sam.12,3)
zaitung (jornal) maré,mar, amaro, amargo
pão sagrado
panes, pão
trono voa murcho toalha olhos calor escavar cisne manjedoura lago competição Uva
sede, sedia ave murcho, moscio mappa, mapa eyes cama cavar os olhos barbagiano ( Ital.) bos, boi barca,barco gara uva, enologia oinós, vinho, enologia, vinum, vino
vinho ovelhas come agudo agudo ricamo – 105 –
sede, dissetare
chacal, sciacallo acutus, agudo, aguzzo acutus,agudo, aguzzo ricamar
Hebraico fonética
el al etzem atzamot iqavéh karnaim
Significado
verso alto osso ossada juntar águas cornos (dual)
kranot
cornos
katav Ad.co tzevi réshet senati shenah arghen humán humanut likeró
carta até aqui cervo rede anual sono organizar artesão artesanato ler caverna (sepulcro em grutas) tempos parir flores flores
kever itim paráh perakim ferakim
– 106 –
Termos neolatinos
alto osso ossada, ossame aqua, água, acqua cornos, corni cornos, crânio ( base dos c.) charta, carta Ancora (ital.) cervo ( ce-r-vo) rede, rete senado ( por um ano) sono, sonno organizar humano humanidade lectura, leitura cavera, calavera, cadáver time (pro. : taime) parir flores flores
Hebraico fonética
karkar prati mahaqélet balvel maneian safar kipur targhilé ighui
Significado
Termos neolatinos
exterminado carcaça, carcassa privado privado, privato cortar cocutelo, cortelo, coltello mida balbo, balbuciar, balbúconfundir cie ( de bálbalo = bárbaro) fonte mina contar, nusápere, saber, sapére mer. dia do perpurus, puro dão vocábulos igual, iguais iguais
Itevoshashu (Gen. 22,25)
vergonhar
debochar
atzor
tesouro
tesouro, thesaurum, tesoro
túnica
túnica, tónaca
valor orelhas oliveiras
virtus, virtude asno, ásino azeite e azeitona
ketónet (Êxod. 28,4) Ghevurat azenaim zait
– 107 –
Exemplos de palavras bicompostas Hebraico fonética
Bet lékem Kefar Naum Seh acal Lékem Hapanim Bet Knésset Bet séfer Gan Eden
Significado
Termos neolatinos
Casa do pão Vila de Naum Ovelha come Pão das proposições Casa da Reunião Casa do Livro Jardim delícias
Belém Cafarnaum Chacal Pão Knésset Escola Jardim, garden
HABITAÇÃO
Hebr. Hebr. com art. Outros Lat. Lat. Neolat. Port.
BAIT HA B A I T BAITA HAB HAB HAB HAB
. . . .
I T A re I T A tionem ITAr I T A ção
– 108 –
habitação a habitação pequeno refúgio de serra
As consoantes temáticas B, I, T são repetidas em todos os termos. “ Báit = casa” é um dos termos mais frequentes na literatura hebraica. Na forma construta, clássica, passa a ser: ‘ Bet” . Por exemplo: escola = casa do livro = Bet-séfer; e: Belém = casa do pão = Bet – lékem. No alfabeto ideográfico corresponde a segunda letra: B = bet.
CASA
Hebraico Neolatina
CASAH CASA
Cobrir habitação coberta Casa
É mais uma prova que não todos os termos provêm do latim ou do grego. Morar em casa equivale a moradia com um teto.
– 109 –
GRADE
Hebr. Port.
G A D E R GRA D E
Recinto Recinto
“ Gader = grade, cerca, recinto” sofreu metátese, mas parece o mesmo. Não apresenta novidades.
PURO
Hebr. Lat. Neolat.
IOM KIPUR
Dia do Perdão
PURIM PURUS PURO
celebrações do dia do perdão puro com pureza
O termo “Pur” era, originalmente, persa, mas é referido no livro bíblico de Ester, que pertence à literatura hebraica. Se tudo é perdoado, nossa alma é pura.
– 110 –
REU
Hebr. Lat. Port. Espan. Ital.
RAH REUS REU REO REO
Mal Réu
O “RAH” foi traduzido no Evangelho por “RACA” a causa da letra “ ain” de som gutural. Este termo refere simultaneamente ao substantivo e ao adjetivo : mal e maldoso. O termo jurídico desdeu naturalmente, sem mudar. A mudança de vogal de A para E não preocupa como já foi explicado no começo deste opúsculo.
DIA
Hebr. Lat. Port. Espan. Venez.
JOM dIEM dIA dIA dI
Dia
– 111 –
Ital. Franc.
g I or NO J Our
Dia Dia
Este termo serve de exemplo para metamorfose etimológica ou filológica em conhecimento acessível ao público. A fonética hebraica passou em todos os idiomas citados e se repetiu bastante fielmente no italiano e no francês. A raiz temática “J” foi transcrita “ di, gi” mas não falhou.
BATER
Hebr. Hebr. Hebr. Hebr. Grego Véneto
. . . N . .
. . . E . .
. . . H . .
. . . K E . M A K E . M A K O T EP A K E T . M A K I A . M A C A R
Bater pragas ( do Egito) destruir (Nínive) Batalha Bater
A raiz deste foi monossilábica: Ke. O fenômeno vem revelado nos termos expostos e com diferentes prefixos. Estes termos têm muitos irmãos nos diferentes idiomas. Aqui, so interessava apresentar exemplares. No grego foi fiel : MAkia. Os estudantes têm prática dum exercício para traduzir : BATRACOMIOMAKIA= Rãs e ratos batalha. Fica mais claro repartindo : bátraco- mio – makia. – 112 –
O caso de Nínive: “ ainda quarenta dias e Nínive será destruída”, estáescrito na bíblia ( Ver: Jonas, 3, 4). Mas uma vez Veneza está na frente da importação semita. O latim, por certo, herdou. Existe uma diminutivo para revelar os ascendentes: Hebr. Lat. Port. Ital. e
M A KE MÁC UL A M ÁC UL A M ÁC C H IA M ÁC UL A
Bater mácula (= hematoma ?) Mancha Manc ha
Donde aparece que estes três seriam consequência do primeiro.
FAZER
Hebr. Lat. Port. Espan. Franc. Ital.
H F F H F F
A A A A A A
S A CE ZE CE . I . .
R R E R R RE R E
Fazer Fazer Fazer Fazer Fazer
Não se pode estranhar a passagem da aspirada gutural hebraica para F. O mesmo fenômeno repete-se do espanhol ao português e outros idiomas: Horno = Forno. – 113 –
Notável a imitação do espanhol: Hebr. Hasar Esp. Hacer Outro sinal de boa fidelidade é, sem dúvida, o som duro da letra J = quase K, que os espanhóis receberam dos mouros: Ver: Jardim.
OSSO
Hebr. (plur.) Hebr. (sing.) Lat.( Os, Ossis) Neola.
A TZ A M O T E TZ E M O sS I S O sS O
ossada, ossos Osso Osso Osso
CADAVER
Hebr. Port. Neol.
gruta,sepulcro em gruta C A VE RA Crânio C A V E R N A Gruta K É VER
– 114 –
Espan. C Ala V E R A Lat. e neol. Port. C AdaV E R
Crânio Defunto
“Kéver do hebraico aos neolatinos chegou por analogia. De fato, os antigos sepulcros eram grutas. Existe uma analogia evolutiva paralela : do grego “Koimetérion = Dormitório = Cemitério”.
ANTIGO
Hebr. Lat. Ital. Port. E Outros
HATTI Q ANTIQUUS ANTICO ANTIGO
antigo, velho
O latim ;” Antiquus” só mudou, do hebraico, por uma N eufonética a semelhança de : Insula, sindicato, serpente. O resto da palavra é característica desinencial do latim.
TÓRTORA
Hebr. Lat.
TOR TURtur – 115 –
Tórtora Tórtora
Ital. e outros Port.
TÓRtora TÓRtora
Em origem, hebraico, é: “ Tor – rola” ( Cant.d.C. 2, 12) O latim repetiu a sílaba : “ Turtur = rola”. Os sucessivos idiomas acompanharam o latim, imitando melhor a vogal hebraica.
LOGO
Hebr. Lat. Port.
M I IAD I M M Ed I A T E I . M Ed I A T O
logo, da mão
“Miiad = da mão” é irmão de “ Leiad = à mão” : Logo e Perto. È visível o prefixo latino.
LADO
Hebr. Lat. Ingl.
TZ A D S I T US S I DE – 116 –
lado lugar pron. sáide
Alem. Ital. Port.
SE I TE S I TO S I T IO
pron. sáite
O Hebraico “ Tzad = lado” peregrinou para muitos idiomas com valor real ou sinônimo. Nós notamos, aqui, somente os principais.
PERTO
Hebr. Lat. Port. E outros
LEIAD L ATU S L ADO
de perto, à mão lado
“ Leiad = à mão, perto”. Perdendo a E semimuda facilitou a chegada ao latim.
GEOLOGIA
Hebr. Grego outras
GHEVUL GHES G.EO
território terra geologia, geografia, etc.
– 117 –
Do hebraico ao grego, ao latim, a nós. É metamorfose normal e comum.
HÓSPEDES
Hebr. Grego Lat. Ital. Port. Espan. Franc. Ingl. Alem.
HISAFTEM E P I Sxe Psasthe H ÓS . Pi T E s . ÓS . Pe D I H ÓS . Pe DEs HuÉS . Pe DEs H Ô . . . T Es GuES . . T . s GäS . .TE
hóspedes “recebestes” “recebestes” hóspedes hóspedes hóspedes hóspedes hóspedes hóspedes hóspede
Escolhi formas verbais que repetissem as letras temáticas. O hebraico “ Hisaftem = recebestes” ( Evang. Mt, 25,43 ) do verbo “ Hasaf, com futuro : Tehasef”. As letras temáticas: H S F / P T são praticamente repetidas. Nota-se a mudança da T para a D, fenômeno que encontramos frequentemente nestas páginas. O significado original é: “ receber, recolher” dentro de casa. O mesmo, até hoje, não mudou. – 118 –
AGONIA
Hebr. Grego Lat. Neolat.
IAGON .AGONIA .AGONIA .AGONIA
tristeza tristeza agonia agonia
O termo revela ter origem monossilábica e ser parente do seguinte: “ Nughim”. Hebr. Hebr. Hebr.
Gh E i a G ON n u Gh I M
NUVENS
Hebr. Hebr. Lat. Ital. Ital. Port.
N U GHI M NUG OT N U V O L AE NUG OLI NUV OLE NUVENS
– 119 –
tristes tristes nuvens nuvens
No hebraico, ao lado, estão expostos o masculino e o feminino do adjetivo “ Tristes”. Deixamos de citar o dialeto veneziana antigo : “ Núgole = nuvens” por considerar que a citação ao italiano, quase igual, pudesse bastar. A forma poética de simbolizar a tristeza com as nuvens não é nova. Não é raro escutar entre o povo: “ Tem tantas nuvens na cabeça!”. É a expressão deu certo, ... logo chega o temporal.
ASNO
Hebr. Lat. Ital. e outros Port.
HOSENA I M . Á S I NU M . Á S I NO . AS. NO
orelhas ( duas) asno
Vejam que metáfora : o animal orelhudo! O latim recebeu o termo, visivelmente, antes da vocalização ( século 60 a 80 ), seria dizer, quando o hebraico não tinha vocalização determinada e as vogais eram, ainda escritas. Naquela época bem antiga, portanto, devia-se usar, quase indiferentemente, um som vocálico por outro quase parecido. Isso acontece, ainda hoje, entre regiões diferentes. Assim: HOZENAIM podia ser: h A z e n a i m – 120 –
Na vocalização atual hebraica existe um signo vocálico único para as duas expressões O e A, cuja escolha fica bem determinada somente por leis gramaticais. “ Animal orelhudo” não era simplesmente fantasia poética, mas o motivo do seu nome : Asno.
SORTE
Hebr.
HA GU R
Hebr.
HA GO R A L
Port. e outras
andorinha sorte = PUR (persa)
A G OuR O AuG U R A L ÀuG U R E AuG Ú R Io A G OuR E
Aqui, a base da loteria : a sorte! O termo hebraico “ Hagur = Andorinha” foi responsável de uma família patriarcal. Na Europa as “ Andorinhas” chegam apenas depois do frio e viajam antes que recomece. São aves migratórias com época certa, para lugares certos. Quando chegam é tempo de primavera : Augúrios! Muitas aves são sensíveis ao clima, à seca, à chuva, ao calor, ao frio; por isso chamam-se migratórias. Nas suas viagens sobrevoam territórios onde, as vezes descem mo– 121 –
mentaneamente, para descansar e comer; neste caso, dizem-se aves de trânsito. Até aqui, tudo é normal. Mas a interpretação dos voos dos pássaros, e, pior das entranhas, feita pelos arúspices, foi estendendo-se além dos limites gerando superstições. O primeiro dos descendentes foi “ Hagoral” = Sorte” com uma sequela de filhotes. E nenhum presta. Falando disso, os mesmos romanos diziam:“ Quisquis est ártifex fortunae suae = Cada um é artífice da sua própria sorte ou fortuna” . Os povos incultos apoiam-se exageradamente em ilusões criadoras de inúmeras desilusões. Todos os idiomas têm representantes de “ Augúrios”.
SÁBADO
Hebr. Lat. Ital. Port. e outros
SH A B A T descanso, repouso S ÁbB A T U M S ÁbB A T O S Á BADO
“Lembra-te do Sábado” . Ver: Êxod.: 20,8. É propriedade reservada do Criador. No mesmo verso está escrito tudo sobre a obrigação de trabalhar nos outros dias. “Sábado“ está traduzido para todos os idiomas. – 122 –
ROMÃ
Hebr.
RIMON
romã “malum púnicum granatum” ( maçã cartaginesa granada) mela granata
Lat. Ital. Port.
ROMÃ
A maçã granada chama-se, em português “ Romã”. Podia-se pensar que “ romã” fosse o nome dado a tal maçã em reconhecimento aos romanos que a tivessem importada voltando de suas guerras contra Cartago, que era colônia Fenícia, semítica. “ Rimon “ parece bem anterior a “ Roma”. Ver: cant.d.c. 4,13; 6,11; 7, 13; 8, 2; 4, 3. Será que o nome “ Rimon” teve evolução natural até o português, ou será que foi artificialmente adaptado ao nome “ Roma” ? Supõem-se uma adaptação, sendo os dois termos quase iguais. E porque o hebraico é o avô do latim. Hebr. Grego
ROMA ROMA
ALTURA FORÇA
Os hebreus conheciam Roma sobre os sete morros; os Gregos nas terríveis guerras.
– 123 –
DIREITO
Hebr. Lat. Ital. Port. Port.
DÉREK DIRECTUS DIRETTO D I R EI T O DIRE . TO
direção, caminho
“ Direito” é um termo muito usado para declarar as pretensões. Seu significado original : rumo, direção, caminho, viagem, chegou “ Direito” ao latim que o repartiu para os seus sucessores com evidente fidelidade. Outra sucessão é a seguinte: Hebr. Hebr. (com desinência de abstrato) Lat. Ital. Port. Port.
DEREK DEREKUT . . REC TUS . . RET TO . . REC TO . . RE TO
O latim continuou com um frequentativo: o hábito de ser Reto. Lat. ( acc.) Ital. Port. Port.
RE C T I T UD I N E M RETTITUDINE RE . TITUDE R E . T I . . D ÃO – 124 –
MANJEDOURA
Hebr. Grego Lat. Ital. Port. e outros
H E V U BOU B O B U B O
S S S E I
manjedoura boi boi boi
Pela “manjedoura” ficou batizado o boi. A citação de Isaias : 1,3: “o boi e o asno conheceram a manjedoura (Hevus) do seu patrão” foi lembrado por Lucas no seuEvangelho, 2,7, e 16 : “O Menino Jesus na manjedoura”. A semântica transferiu o valor da manjedoura para o animal que a usa, o boi. Esta metáfora nos ensina a procurar termos que provavelmente estão na mesma situação.
CRÂNIO
Hebr. Hebr. e Lat.
KaR e N A I M k r an ot C RÂN I U M – 125 –
cornos
Port. Ital. e outros
C RÂN I O
O plural hebraico tem as duas expressões: dual e comum. “Kranain = dois cornos”, mas a raiz não muda para o plural comum “Kranót”. Os romanos chamaram de : “ Crânium” a base dos cornos, mas não mudou a substância.
CÉSAR
Hebr. Hebr. Grego Alem. Lat. Russo Ital. Port. Pers. ( K+S= X) Venez. e dialetos Ingl.
SAR KAI KAISAR KAISER C A ES A R C ZAR C ESARE C ÉSAR XÁ SOR SiO R S I R
príncipe, ministro Viva!
Alguns fazem descer “ Senhor”, e sinônimos, de “ Sénior” comparativo latino de “ Senis = velho”. – 126 –
Talvez teve fusão do hebraico e do latim. Mas a prova de que o termo, ainda, fica com o sabor original e não passou para a analogia, está no exemplo: Senhorita = Princezinha e não velhinha. “César” é palavra composta de: “Kái = Viva!” e de “ Sar = Príncipe”. Revela ser exclamação de alegria. O persiano acompanhou o russo: “K+S = X”. Do latim a geração foi fiel. Os romanos interpretaram bem aquele : “ Kái = Viva!”, e ao aplaudir os imperadores, o traduziam outra vez separadamente. O exemplo está na frase clássica: “ Ave, Caesar, (= Káe – Sar), moritúri te salútant = Salve, ó César, aqueles,que vão morrer, te saúdam”. “ Kái” tem a mesma rais de : “ Viva, Ave, Eva, Vida, etc. Uma vez alcançada a posição de “SiOR”, seguem todas as palavras extra-altinas espalhadas por colônias semíticasda dispersão ou diáspora. Hebr. Venz. e dialetos Ingl. Ital. Franc. Espan. Port.
S A R S O R S iO R S I R Sign O Re SegnEUR Se ñO R SenhO R
– 127 –
PARAÍSO
Hebr. Hebr. com E muda Lat. Ingl. Ital. e outros Port.
PAR D É S P A R eD É S P A RAD I S U M P A RAD I S E P A RAD I S O P A RA Í S O
parque paraíso
“Pardés = Parque = Paraíso” não corresponde a “ Jardim” do qual é sinônimo. A letra E muda, notada na segunda linha do hebraico, deu origem à letra A da segunda sílaba de “ parAdisum” e sucessores.
SHALOM
Hebr.
SHA L O M
Lat.
S ALV E
Lat. Ital. Venez. e Espan.
S ALUS S A L U TO S A L UDO – 128 –
Paz salus vobis (saúde a vós) saúde desejar saúde
Port.
S A =V
UDAÇÃO =O
=U
SHALOM = PAZ É saudação milenária. Corresponde à nossa pergunta; “...Tudo em PAZ ?” e à resposta “ Tudo em PAZ, graças a Deus!”. Os romanos interpretaram a PAZ FÍSICA por “SALUS = SAÚDE”. Pois bem, está certo!. O acusativo de “salus” é “salutem” de onde desceram: saluto, saludo, saudação. Hebr. Lat. Port.
SHALOM LÁKEM! PAX VÓBIS! PAZ PARA VÓS!
Está usado nas cerimônias religiosas, porque habitualmente pronunciado por Jesus Cristo. Neste últimos anos os estudiosos gostaram de usar a saudação no seu sabor originário integral hebraico: Shalom! O profetaIsaías (Ver: Isaías. 9,5) descreve o Messias com vários títulos encerrando com: “SAR SHALOM = Príncipe da Paz” Aquela “O” da palavra “ShalOm” está escrita com a letra “Vau = V”. Quando tal letra tem o ponto acima, Lee-se “O” , e quando o tem no lado esquerdo, Lee-se “U”. Mas – 129 –
sendo que antigamente não se usava o ponto diacrítico, foi traduzida latinamente por “V e U” : “salVe, salUs”.
SEMANA
Hebr. Port. e outras Ital. Franc.
SH E M O N A H S E M A NA S EttiM A N A S E M AIN E
oito(8) oito dias sete dias
Em hebraico o número “oito = shemonah”. Para português, espanhol e francês foi usado para contar os dias que são oito de sábado a sábado. O italiano corrigiu para sete ( em italiano 7 = sette) : de domingo a sábado. No tempo antigo, e ainda hoje para os Hebreus, o domingo era a “ primeira feira”.
CARAVANA
Hebr. HARAVÁH H com fon. dura Outros idiomas C A R A V A N A meio de transporte “HARAVÁH” = estepe desértica no vale do Jordão e do – 130 –
Mar Salgado (que nós dizemos: Mar Morto) caminho ao Mar das Algas (que nós dizemos: Mar Vermelho). Caravana hoje é uma fileira de camelos que transportam mercadorias pelos desertos.
BEBER
Hebr. Lat. Port. Espan. Venez. Ital.
B EH E R B I B ERE BEB ER BEV ER BÉV ERE BE . . RE
poço beber beber beber beber beber
Este foi descendo por analogia: ir ao poço = a beber. Evolução normal, sem dificuldades.
SEDE
Hebr. Lat. Ital.
SHETIAH S I TIS S ETE
beber sede sede
– 131 –
Port.
S
EDE
sede
Com seu prefixo normal, o verbo “Shetiah” originou (2º Sam.12,3): Tish.téh e o italiano: Dissetare, que significa “ tirar a sede”.
CALCULADO
Hebr. Ital. Port. e outras
CALCOLI CALC U LATO CALC U LAD O
econômico
O significado hebraico foi certo porque a economia é filha do cálculo. As letras temáticas são as mesmas dos idiomas herdeiros do termo.
PÁSCOA
Hebr. Lat. Espan. (J=KH) Port.
PE SAK PÁ S C HA P AsS A J E P AsS A G E M – 132 –
páscoa
Ital. Port.
PÁS PÁS
QUA COA
“Páscoa = Passagem”. O espanhol imitou a fonética mais fielmente que os outros idiomas: “passaje”. “Páscoa” é a festa da passagem: 1) da escravidão do Egito para a liberdade; (ver Êxod. 12 e segs.); 2) da morte para a nova vida ( ressurreição de Cristo). Todos os homens, mesmo não religiosos, esperam uma vida melhor.
BÁRBARO
Hebr. Grego Latim Port. e neolat.
BALVE L BÁRBAROS BÁRBARUS BÁRBARO
confundir confusão de línguas que não sabe falar
O termo hebraico: “ Balvel = confundir” referia-se, em origem, a sotaque, a incompreensão de idioma. A analogia foi mudando o sentido para indicar estrangeiro. Mas, por motivo de tantas guerras, a analogia aumentou o termo “estrangeiro” para “cruel”. Deste termo: “ Balvel” surgiu: “Babel” traduzida por: – 133 –
“Babilônia”. Em todos os idiomas neolatinos existe muita filhotada de “confusão”. De um arcaico “Bálbalo” derivaram: “balbo, balbuciar, balbúcie, balbúrdia, etc.”.
EPIFANIA
Hebr.
P A N I M às vistas Fanuel = às vistas de Hebr. PHA N I M Deus – Gên. 32,30. Grego (prefi.) E P I F A NEI N manifestar Lat. ( F=PH) E P I PHA N I A manifes. da relig. Venez. BE F A N A festa dos reis magos
“Epifania” é considerada a festa dos reis magos visitantes de Jesus em Belém. Esta festa com a de Pentecostes é o motivo teológico da divulgação da fé aos povos não judeus. A “Befana” dos vênetos corresponde a “Papai Noel” no Brasil. É a época da maior safra de presentes destinados em particular modo às crianças. O francês “Noël = Natal”. Este costume teve origem com o nascimento de Jesus – 134 –
Cristo, quando os pastores (Evang. S. Lucas. 2,8) e mais tarde, os resis magos, (Evang. S. Mat. 2, 11), ofereceram presentes de utilidade para suprir a pobreza do Menino de Belém. Antigamente, era costume caridoso e religioso. Hoje, como muitas outras coisas, está, em parte, desvirtuado.
MAL
Hebr. Hebr. Lat. Ital. Port. e outros. Port. Espan.
HOLEH MAHALÁH MA..LUM MA..LE MA..L MA..U MA..LO
enfermo mal, doença mal
“Mahalah = mal, doença”. Perdeu somente a vogal as pirada interna. Do latim aos neolatinos não existe mudança notável.
– 135 –
COSER
Hebr. Port. Ital. Port.
K O SH E R COS E R CUC I RE C O ST U R A
coser,atar atar fio a fio
“Kosher = atar, coser”. Praticamente não mudou nem a fonética, nem o significado. As letras temáticas estão escritas e repetidas por suas similares.
BONECA
Hebr. Lat.
BUBBÁH PU PPA
Ital.
PU PPA
Venez. (PupPU PPA po e) Alem.
PUPPE
Lat. Lat. vulg.
P U P I LL U S PU PATU LU S – 136 –
boneca larva criança e boneca criança e boneca criança e boneca pupilo (dim.) pupilo (dim.)
Ital. Lat. vulg. Venez. Venez. Venez.
P U P A ZZ O PU PATE O LU S P U . . T E LL O . PU . . TE . O PU . . TO
pupilo pupilo menino menino criancinha
“Puppa = larva”, mais propriamente é uma forma intermediária entre a larva e a imago em alguns insetos. Por metáfora passou a indicar criancinha ou boneca porque, na Europa, até algum tempo atrás, usava-se envolver com uma tira, do peito aos pés, as criancinhas que na tal pose assemelhavam-se à larva de borboleta (= Puppa). Ainda serve para sinônimo de boneca. Obras de arte pictórica, relativas a criancinhas e anjinhos, existem com estes nomes. O termo desenvolve na forma consueta de muitos outros.
JARDIM
Hebr. Hebr. Ingl. Alem. Espan.
GAN EDEN GAR DEN GAR T EN J AR DI N – 137 –
jardim delícias
Franc. Port. Ital.
J AR J AR GIA R
DI N DI M DI NO
“Gan Eden = horto de delícias”. È um nome compsoto de dois. Em sua pátria é usado o primeiro. Significa: horto, pomar, fruteto, jardim, etc. e, alguns sinônimos. Sua nobreza foi transmitida até aos bisnetos, desviando o latim. O espanhol, com o seu J, herdou também, com certa fidelidade, o som duro do G. Este é o célebre nome histórico, “Gan Eden”, do primeiro berço da humanidade. É usado nos episódios das primeiras páginas da Escritura sagrada e em todas as lembranças sucessivas. Para nós, atualmente, serve a indicar os recantos mais elegantes das residências por seus canteiros, flores, árvores. Foi traduzido, frequentemente por: “Paraíso terrestre”.
TIO
Hebr. Lat. Port.
D OD D OT ES D OT E – 138 –
amado, tio
Port. Lat. e outros Port.
aD O T a R T U T OR T I T IO
tio
Do hebraico foi descendo, por via latina, até nós em forma natural. Nas traduções manteve, praticamente, o mesmo significado. O “Tutor” tem funções de tio.
ANO
Hebr. Lat. Ital. e outros Franc. Port.
SHA N ÁH . ANN U S . ANN O . ANN É E . A N O
ano
“Shanáh = ano”. Na passagem através de idiomas intermediários, hoje desaparecidos, a SH inicial teria sido fonetizada por som aspirado e, seguidamente, esquecida. Assim de SHanáh surgiria “Annus”. A compensação é um fenômeno constante que na perda de uma letra, seja aumentada a seguinte ou a vogal anterior. Aqui: a perda da SH aumentou a N de aNNus. O português, de costume, usa poucas letras duplas. Portanto de “ shanáh à ano” tudo é normal. – 139 –
OLIVEIRA
Hebr. Hebr. com artigo Port. Port.
ZAIT Oliveira HAZAIT AZEITE AZEITONA
É fiel. Tudo deu certo: raiz, árvore e fruto. O plural: “ as oliveiras” dizem-se “ hazeitim” onde a “i” central escreve-se, mas, hoje, não se lê. Aí, os dois termos portugueses imitam também nas vogais. Antigamente o azeite (óleo) era produzido exclusivamente das azeitonas que são os frutos das oliveiras.
TERRA
Hebr. Lat. Port. e outros
TOHAR TE RRA TE RRA
adorno,aspecto, beleza
Não deriva do grego “ ghes”. Lembre-se de GEOgrafia e GEOlogia. Nem deriva do grego “Kosmos” do qual tem o significado : adorno, aspecto, beleza. – 140 –
A gutural “HAR” inclinou a expressão a duplicar a R formando TERRA. Termo, com os séculos, passou do hebraico, ao fenício, ao púnico, cartaginês e ao latim onde se estabilizou.
LEITURA
Hebr. Lat. Lat. Franc. Ital. (C. assim) Port.(ampliou vogal)
LI K ERÓH L E CTU R A L I CTE R A L E CTU R E L E TTU R A L EI TU R A
ler
Exemplo típico de triliterismo hebraico. LIKERÓH LK R As consoantes foram reproduzidas. No ital. a C assimilou-se a T. No português em compensação da perda da C ampliou-se a vogal E = EI.
– 141 –
AMARGO
Hebr. Lat. Ital. Port.
MAR AMARUS AMARO A M A Rg O
amargo
“ Mar = Amargo”. A palavra é curta, mas saborosa (Ver Bíblia Rute : 1,20) É provável que os povos, que recém começavam a falar latim, tenham aplicado este sentido de sabor à imensa vastidão das águas. Hebr. Lat. Lat. ( ad m.)
MAR MARE AMARUS
amargo mar amargo, sabor do mar
Um exemplo de acoplagem de termo é dado pelo nome: Maria. Hebr. Hebr. Lat.( acus.) Lat. (nomin.)
MAR IAM MARIAM MARIA
amargo mar Maria Maria
O mesmo nome, em hebraico, ficou sujeito a uma flexão gramatical particular. Já foi dito anteriormente, neste, que quando um termo se prolonga agregando a terminação plural, ou recebendo a acoplagem dum outro, as primeiras vogais, e as internas, – 142 –
podem mudar de som, em uso clássico, sem prejudicar o termo, que aliás, recebe elegância. Hebr. Hebr. Hebr.
MAR IAM MIRIAM
amargo mar Maria
VALOR
Hebr. Lat. Ingl. Ital. med. Port. Espan. Ital.
G H EVU RAT . . V I R . TUS . . V I R . TURE . . V I R . TUDE . . V I R . TUDE . . V I R . TUD . . V I R . TÚ
valor valor
O termo hebraico “Ghevurat” foi o pai de todos os descendentes. Psicologicamente, é a têmpera do caráter varonil o fator da força de vontade, da energia, que o ser precisa na decisão de atos heroicos.
– 143 –
FORTE
Hebr. G H E V UR A T Hebr. G H I B OR Hebr. GHEVER Grego . ANER Lat. . . V I R Lat. . . V I S Port. e outras . . V I RIL
valor forte homem homem homem força de homem
“Ghevurat” foi gerando os degraus progressivos do caráter. Na sua evolução, de evidência psicológica, foi designando a coragem, a vontade, o heroísmo, sem esquecer o sujeito destes: o homem. Para dizer : “Senhora” de certa colocação social, de respeito, etc., diz-se “ Ghevéret” dando-lhe, com isso, participação dos méritos na obra da humanidade.
TOALETA
Hebr. Lat. Franc. Ingl.
TOHÉLET UT Í L I TAS T O I L E tT E TO I L E T E – 144 –
benefício confort., útil.
Port. Port. Espan. Ital.
TO UT UT UT
AL E TA I L I DAD E I L I DAD I L I TÁ
“Tohélet = benefício” foi genuíno na transmissão das raízes consonânticas e do significado. O termo genérico da tradução “ benefício” é sinônimo de utilidade e conforto. Para conferir o tema consonântico, basta acompanhar a coluna das: T –L – T.
AÇUCENA
Hebr. Espan. Port. Ital. e outr. e Franc.
HA SHO SHA N A H AZ UC ENA AÇ U C E N A S U S ANA S U S ANNA S U S ANNE
açucena
De “Ha Shoshanáh = lírio” surgiu a “ Açucena”. O mesmo costume hebraico de ôr nomes de flores a meninas, passou aos outros idiomas. “ Susana” e seus similares “ Susanna, Susanne” é a repetição genuína do lírio. – 145 –
LÍRIO
Hebr.
L I L E C O T shoshanim
Lat. Ingl. Ital. Port.
LÍ LIUM L I lL Y G ÍgL I O LÍ RIO
colher açucena, LILIAR (?) açucenas. lírio
O verbo hebraico está junto com seu objeto: (Cant.d.C. 6, 2). “Lilecot Shoshanim = colher açucenas” dando a idíea duma expressão igual à seguinte: liliar açucenas. É realidade que o Latim “Lilium” e seus sucessores derivam deste verbo.
ÓSCULO
Hebr. Lat. Lat.(dimin.) Neolat.
N A SH A K . OS . Ó S culum . Ó S culo – 146 –
beijar, apertar boca bocucha, boquinha beijo
BEIJO
Lat. (vulg.) Alem. Ital. Venez. Espan. Port.
B Á SI BUSSI BÁ CI BA S BE S BEi J
UM O O O O
beijo beijo beijo beijo beijo beijo
Duas formas diferentes: ósculo e beijo. Do latim aos neolatinos entrou uma “b” que deu semelhança com “ bucca, boca, buzina” mas, provavelmente, vem do verbo latino: Bajulare Bajular Básium Baso Bácio Beso Beijo
CUSPE
Hebr.
P Eh – 147 –
boca
Hebr. Grego
HASHPOT P Tusas
Lat. (X = C + S)
EX
Lat. Ital. Alem. Espan. Port.
S S S GOS CUS
P U ens P P P P P
U T um UT o Ucken E E
sujeira cuspindo Cuspindo (EX = da boca para fora) cuspe cuspe cuspe cuspe cuspe
Hebraico, Grego e Latim conservaram as letras P e T. A letra S do hebraico acompanhou até os neolatinos.
ÁGUA
Hebr.
I Q A V É H
Lat. Ital. Port. e out. Tupi-guarani Japonês (Kawat) Exemplo T-G
A Q ACQ A G I G Q I G
. U A . U A . U A . U A A V A H . U A Ç U
– 148 –
juntar águas, confluência
água rio água grande
Do hebraico ao tupi-guarani não teve, quase, mudança. È visível que a V hebraica passou a vogal do latim para a frente : V = U. Este caso repete aquele do “ Corvo”. Os primeiros representantes deste termo encontram-se na Gên. 1,9 e 1, 10.
GALO
Hebr. Lat. Franc. Port. Ital. Port. Port. Port.
ATTARN E G O L . . . . . . . G ALL U S . . . . . . . G AUL OIS . . . . . . . G AUL Ê S . . . . . . . G ALL O . . . . . . . G A LO . . . . . . . GA LANTE . . . . . . . GA LÃ
galo
“Attarnegol” é uma palavra muito comprida. Os romanos, gente muito prática, deixaram o supérfluo e desnecessário ficando com a sílaba final. Já encontramos vários termos que acompanham este fenônemo: valor, pão, leite,mão,etc. Os últimos dois termos são metafóricos: dizem-se de pessoa que imita o gesto do galo rodeando galinha.
– 149 –
SERPENTE
Hebr. Port. Hebr.( cons.) F = PH Lat. Port. e outros
SARAF as S A R SEReF SER. P S E R . PE N S S E R . PE
queimar queimar enfogado (=veneno) enfogado ( =serpe ) réptil : serpente réptil : serpente
“Saraf = queimar” produziu no português e irmãos : assar, brasa, braseiro, etc. Na forma construta, que seria o clássico elegante usado quando as palavras conjuntas são várias, para alcançar mais logo o final da frase, de “SEReF” com uma E muda, e a transferência da F para PH vamos a ter: “ SER. P”. Este seria o pai do latim: Serpens e seus sucessores. Daqui para frente, surge mais uma curiosidade. Hebr. Hebr. Hebr. Lat. (?) Port. e outros
SEReF SER .F PÉ TEN S E R P Én T E M S E R P ENT E
enfogado queimado réptil répt.: serp. répt.: serp.
E, ainda, a consideração de que: “Péten” proviria de “Peh = boca”. “Peten” daria a ideia de bicho com boca perigosa. Este chegaria a se juntar com “ Serf = enfogado” reelan– 150 –
do na sua evolução uma lógica perfeita.
POTIFAR
Hebr. Traduções A mulher deste Tentou a José no Egito.
POTI FAR PUTI FAR
Admin. do Faraó
PUTI FAR PUTA
Este senhor administrador é oficial do Faraó do Egito. Ele comprou dos Ismaelitas que comerciavam com caravanas pelo deserto o jovem José, filho de Jacó, e irmão de Benjamim. O Potifar tinha uma mulher cujo nome não aparece na bíblia. Esta mulher atentou contra a inocência do jovem José e ficou nomeada por muito tempo (!) de “ puta”. (Ver: Gên.39, 7-20). É visível que legou a sua responsabilidade ao nome do marido. Na realidade, este termo, como os sinônimos, e os crimes relativos: estupro, defloração, lenocínio, libidinagem,...são de responsabilidade masculina. Dois autores: um nome só. Este termo, no hebraico, tem sinônimos. Um: Hebr.
ZONÁH
prostituta – 151 –
Port.
ZONA
lugar de prostituição, zona de tolerância. ( 10 Reis, 3, 16).
BORBOLETA
Hebr. ? Ital. ?PxB Port.
P A PHA F A B B O
R P A R PHA RF A B RB O
R R L L A L E TA
Borboleta é aquele inseto de asas geralmente grandes, de voo irregular, de pulos, de danças, de pose. Sua habilidade de ginástica física foi sobrando até para o nome. Do hebraico para o italiano, a P mudou, como é frequente, para PH e F. Para o português, a P mudou em B dando Borboleta. A metamorfose foi normal. P A RP Á R F A RF Á Ru l a BORBOReta Estes: “ ula, eta” são formas desinenciais de diminutivos. Neste acoplament a R = L entra no fenômeno comum – 152 –
da mudança duma consoante para a mais próxima. R e L são duas consoantes consideradas líquidas. Notamos que “parpar” pertence ao verbo “paroak”(Veja “Brotar”, neste). Aqui aparece frequentativo:” par-par”. Imitando o movimento de asa do inseto.
CIDADE
Hebr. Hebr. Lat. Ital. med. Port. Espan. Ital.
KITTAH KITTA T EM C I vi T A T E M C ITTAD E C I DA D E C I u DA D E C ITTÁ
aula, classe, comunidade . . . . vossa
A semântica foi alargando o sentido de “ aula” para “ classe, comunidade”. Em sua pátria permaneceu o primeiro: aula. “vi” eufonético do latim foi repetido no espanhol com câmbio para”u”. O italiano suavisou a consoante inicial “K” a “C” reproduzindo a palavra originária: Kittah Cittá. – 153 –
CORVO
Hebr.
HOREV
Alem. Lat. Lat. (Graf. em pedra) Lat. (V X U) Ital. e outros Port. Tupi-guaran. de (?) Tupi-guarani atual
K . R EHE C O R . VUS
(lat. CRANAX = Ital. CORNACCHIA, fêmea do corvo).
C O R . VV S CO CO CO . O . o . U
R . UUS R . VO R . VO RUBU r e v u RUBU
A geração filológica do CORVO é algo esquisita. ( Ver: Cant. D.C. : 5,11). No hebr. HOREV. H com som duro de J espanhol. As consoantes fundamentais e temáticas permanecem. O tupi-guarani devia ser: “ orevu” mas as mudanças, metafonia, do V x B assimilou a vogal E x U com conseguinte arrasto da inicial O x U. Por grafias usadas em pedra a U era escrita V. De modo que CORVVS podia ser CORVUS ou CORUUS. – 154 –
Sempre conservou o núcleo radical na sua viagem pelo mundo. Esta ave voou para longe mas soube voltar para casa. O tupi-guarani foi parente do latim e repetiu a raiz hebraica. O corvo tem suas impressões digitais certas. Alguém poderia perguntar-nos: “ Donde ganharam os índios tupi-guarani esta expressão tão perfeita? Reponderemos: “Trouxeram-na de casa, ganharam-na em família, viajaram juntos com o corvo”.
BROTAR
Hebr. Hebr. Hebr. Port. Hebr. Port. Hebr. Port. Hebr. Hebr. Hebr. Hebr.
PAROAH PAR PARAH PARIR PEROT PE RAS PEROT F . R U TA PE RAKI M P O R KO T PAR p a r P Á R KU
brotar,florescer,gerar, voar... Boi Vaca Peras Fruta Flores voadores borboleta parque ?
– 155 –
Riqueza de expressão : Abundância de terminologia! Repito aqui o que já foi declarado em outro lugar: hebraico não é língua pobre. Deste verbo não apresento todas as formas, sendo que tem mais. O interessante é ver o modelo para as descendências portuguesas. Quatro palavras: parir, peras, fruta e parque, ... surgem de sua raiz. É exemplo de valor universal para movimento, plantas e animais.
MÃO
Hebr. Hebr. Hebr. Lat. Ital. e outros Port. Port.
IAD I . . . .
a . . . .
d . . . .
IEMANIT i e M AN i T . MANus . MANo . M ÃO . MANuaL
mão direita mão direita mão
Na semântica, simplificação é norma. Mão e Pão seguem o mesmo processo. Ambos perderam a primeira parte. Aqui: “ ida = mão” – 156 –
era substancial. Para nós a “direita” atende para ambas as mãos.
PÃO
Hebr. Hebr. Lat. Ital. Franc. Port.
LEKEM HAPAN I M . . . . . P A NE S . . . . . P A NE . . . . . P AIN . . . . . PÃO
pão das proposições
“LÉKEM HAPANIM = PÃO das proposições”. Aqui os textos de prova. 1) Do livro do Êxodo: 25, 30 – sub-título: Lei do tabernáculo “ Porás sobre a mesa o PÃO DAS PROPOSIÇÕES (= Lékem Hapanim), que ficará constantemente diante de mim”. 2) Do livro 1º de Samuel: 21, 6 – sub-título: Fuga de David – “ Então o sacerdote deu-lhe os pães consagraos, porque não havia ali senão o PÃO DAS PROPOSIÇÕES (= Lékem Hapanim), que tinham sido tirados da presença do Senhor e imediatamente substituídos por pães frescos”. 3) Do Evangelho de Mateus: 12, 3-4 – sub-título: Sobre o sábado “ Jesus respondeu-lhes: Não lestes o que fez David, num dia em que teve fome, ele e seus companhei– 157 –
ros, como entrou na casa de Deus e comeu o PÃO DAS PROPOSIÇÕES (= Lékem hapanim) ? ” 4) Do Evangelho de Marcos: 2, 25-26 – sub-título: Sábado “ Nunca lestes o que fez David, quando se achou em necessidade e teve fome, ele e os companheiros ? Como entrou na casa de Deus, sendo Abiatar príncipe dos sacerdotes, e comeu o PÃO DAS PROPOSIÇÕES ( = Lékem hapanim) do qual só aos sacerdotes era permitido comer, e o deu aos seus companheiros?” É inútil notar que o nosso PÃO desce de termos propriamente reservados para dizer: pão consagrado. “ Lékem Hapanim = Pão das proposições”, foi recebido como se fosse uma só palavra, perdendo por simplificação, a primeira parte, exatamente o substancial: PÃO. Ver caso análogo em MÃO. Lateralmente e paralelamente corre o outro termo: Hebr. Hebr.
LEKEM
pão Comum, ordinário, ferial, KOL não consagrado.
Basta ler em: 1º Sam. 21 4-5 : “ Não tenho à mão o pão ordinário, mas só o consagrado.” Considere o nexo lógico: “ Pão sagrado, na arca – Cristo nasce em Betlém, casa do pão (ver: bait) – Cristo: Eu sou o pão descido do céu (ver: Evang. S. Jo. 6, 41 e 50 e 51, e 58...) Última ceia, transubstanciação – Sacramento nos altares, Pão eucarístico”. Se negar a transubstanciação ( cujo argumento está previsto e resolvido no Evang. S. Jo. 6, 61) para que tantas – 158 –
alusões e a sequela dos argumentos? Já cai a lógica e sindérese dos mesmos.
AVÓS
Hebr. Hebr. plural Port. Ital. Hebr. Lat. Port. Ital. (etrusco) Venez. Lat. Eslav. E Russo Grego e Lat. Ital e outros Port.
HAV HAVOT AVÓ S AV I HAbB Á H AbB A S A BADE bAbB O p O PÁ pA PA pO PE pA t er pA d re pA i
pai antepassados avós avós papai abade abade papai papai patriarca patriarca patriarca pai pai
Em todos os idiomas, os termos “pai e mãe” tem duas formas: a comum e a familiar, mais carinhosa, “ Papae e mamãe”. No hebraico “Hav” tem “ Habbáh”. – 159 –
Hebr. Hebr. plural Port. Ital. Hebr. Lat. Port. Ital. (etrusco) Venez. Lat. Eslav. E Russo Grego e Lat. Ital e outros Port.
HAV HAVOT AVÓ S AV I HAbB Á H AbB A S A BADE bAbB O p O PÁ pA PA pO PE pA t er pA d re pA i
pai antepassados avós avós papai abade abade papai papai patriarca patriarca patriarca pai pai
Em todos os idiomas, os termos “pai e mãe” tem duas formas: a comum e a familiar, mais carinhosa, “ Papae e mamãe”. No hebraico “Hav” tem “ Habbáh”. Hebr. Hebr. Lat. Eslav. Lat. (dimin.) Ital. Venez. Franc.
HAV H abb a h p a p a POPE p ó p u l p ó p o l p ó v o l peu p . l – 160 –
u s o o e
pai papai patriarca patriarca povo povo povo povo
Ingl. Lat. (vulg.) Ital. e Port. Alem. Espan. Port. Alem. (P+V =ph =F)
peo ple ple p ö pue P o . .
p b b b b v V
. . e e . o o
l e . s
povo povo povo povo povo povo povo (ler: Folk)
l l o . . l k
O diminutivo latino “Pópulus” é a parte de um patriarcado cujo chefe é o POPE = Patriarca. Conferir com os parentes: POPE Pópulus p o p u l i cies p le b . . . s
POPE P ó pulus B u c ól icus (B + u + V + v + F)
Póvolo Povo ..Volk
O NOME DIVINO
Hebr. Hebr. pronuncia Lat.
IAVE H IE O V A H IOVIS
?
O nome divino é: “IAVEH” mas pronunciado “IEOVAH” e abreviado “IAH”. (Êxod. 3, 14 e 15). – 161 –
Este nome foi revelado por Deus mesmo. Os Hebreus, por respeito, não pronunciavam “Ieoáh” ou também: “O NOME”. Na tradução para o Latim é> “ENS” = Ente, Entidade, a essência de Ser, O Ser, Aquele que É.O termo vem estudado no tratado de Ontologia. “IAH” é usado como sufixo de nomes. Exemplo: “ Alleluiah” Hebr.
ÁLLELU IAH ALLELUIAH
louvai a Ieováh
JÚPITER
Hebr. (abrev.) Lat. Lat. (contração)
IAH PATE R IÚPITER
Iavéh Pai Pai dos deuses
Nesta palavra temos a prova da influência semítica. Os termos ao lado assemelham-se demais entre o hebraico e latim para negar um parentesco. Os romanos diziam que Júpiter era deorum pater = pai dos deuses. Iah (a causa de não ser pronunciada corretamente) originou
JÚH PATE R – 162 –
ADORAR
Hebr. Lat. Traduc. Port.
AD HOR AD LUCEM RUMO À LUZ
Cristianismo AD ORAR Cristianismo AD VÊNUS = VENERAR
AO SOL Culto a Deus Culto a Vênus
O cristianismo penetrando em ambiente pagão, teve que aceitar e adotar expressões comuns para uso da própria teologia. Foi adaptação-ambiente que facilitou a compreensão.
Ad Hor = A Luz = Ao Sol = Adorar Ad Vênus = A Vênus = = VENERAR Os mesmos índios Guaranis do Brasil contam que antigamente adoravam ao Sol = Tupã. Estes argumentos filológicos e históricos são de extremo valor, já que nada se cria nada se destrói. Convido a ler as páginas: Deus e Luz (neste). E lembro: “ O verbo ( = Cristo) era a Luz Verdadeira que ilumina cada homem que vem a este mundo” (Evang. S. Jo. 1,9 e Evang. S. Mat. 4, 16). O mesmo Jesus disse “ Eu sou a Luz do Mundo” (Evang. S. Jo. 8. 12 e 12, 46). A humanidade, passo a passo, pelas antigas sendas da floresta, foi andando no carreador e, de carroças, na estrada de solo
– 163 –
barrento ou poeirento, agora está chegando, de pneus, na pista de asfalto... rumo ao centro. Por via pagã...... foi chegando a ser cristã! AD HOR = À LUZ = AO SOL = ADORAR = À LUZ VERDADEIRA = A CRISTO!!! Parece matemática: progressão geométrica. Desculpem, meus leitores, estas repetições. A repetição é necessária, pois é o argumento da lógica. É admirável o valor intrínseco da história e a natural lenta sedimentação dos milênios! Nem as cinzas humanas foram perdidas: renovam o solo de fertilidade. Todo mundo ruma para o mesmo objetivo. Os reis magos acompanharam a Luz duma estrela. Goethe morrendo suspirou: mais luz, mais luz! Aí, a oração: “A Luz eterna brilhe para eles, Senhor”!
VELHO
Hebr. ZAKAN Hebr. ZAKEN Lat. . . CANUS Lat. . . CANÍTIES Ital. C A N Í ZIE Port. e outros C A N Í CIE Port. CAN S – 164 –
barba velho velho cabelos grisalhos cabelos grisalhos cabelos grisalhos as cãs
Port. escrito.
CÃ
S
as cãs
Barba foi sempre característica da gente velha. Do latim vulgar existe uma expressão no responsório a S. Antonio: “júvenes et cani = jovens e velhos”. Notamos o fenômeno frequente de perder as primeiras letras (ver: galo, mão, pão, coração, leite).
CORAÇÃO
Hebr. ZACAR Hebr. ZACOR Lat. . . COR Venez. e . . CORE Ital. mediev. Ital. . . CuO R E Franc. . . C OeuR Port. . . C O RAÇÃO Ingl. reCORD Ital. r iC ORDO Espan. r e C UeR D O Port.
d e C O RAR
lembrar, recordar lembra-te
lembrança lembrança lembrança fixar na memória, no coração.
O nosso coração vem mesmo de “zaCOR= lembra-te!” que é um imperativo do verbo zacar.( Ver Psalm, 137,7 e Êxod.20,8;
– 165 –
e outros.) O pequeno dicionário Português – Aurélio Buarque, diz: “COR: de cor = de memória; para os romanos a sede da memória era o coração (lat. cor); confr.. o franc. “par coeur” e o Ingl. “ by heart”. Com isso está provado.
FILHO
Hebr. BEN (filho) BANIN (filhos) BANOT (filhas) Hebr. BENÉ (constr.) BÓNITAS Lat. bene bonum (Bond.) Ital. bene buono BON TÁ Bimbi (meniItal. nos) BAMBINI Ital. (meninos) Port. bem MENINOS BON DADE Espan. bien . . NIÑOS BON DAD Na descendência de “Banim” aceita-se facilmente as variantes do italiano: “bimbi e BAMBINI”; mas parece difícil a conclusão do português : “ MENINOS”. No intercâmbio dos idiomas esta mudança de iniciais é co-
– 166 –
mum. Donde vários idiomas têm N final, o mesmo português usa habitualmente M. Basta ver no esquema ao lado “ bem = Bem”. Também existe o contrário:
Port.: Espan: e: Port.: Ital. :
Boneca Muñeca Lembrança Membranza
Voltemos à expressão portuguesa, a mãe diz: “ Meu bem, meu tesouro” = filho, o maior dos bens. Aqui confere com o hebraico. Este plural “Banim” entrou em fase normal no espanhol:
Hebr. Espan.
BANIM . . NI ÑOS
O português, à imitação do espanhol: “ mi niña e mi niño” (mi= meu, minha), teria criado; “ menina e menino”.
EGITO
Hebr. Hebr. Ingl.
M I TZ E R A I M M E TZ A R I M M I S ER Y – 167 –
Egito angústias
Lat.Port. Ital. Esp.
MI SÉR
IA
“ MITZERAIM - EGITO” O povo de Israel passou 430 anos no exílio (Ver: Êxod. 12, 40 e 41) e contemporaneamente na escravidão do Egito, mais o sonho do Faraó das sete vacas magras e conseguinte carestia, propagaram a metáfora da terra da MISÉRIA. ( Ver: Gênesis, 41, 17 e segs.) O termo “ Egito” transportou na história, por influência bíblica, o significado de sofrimento (miséria). A estadia no Egito criou o termo onomatopeico do seu nome que traduzido significa “ angústia”. Também na época atual diz-se : “ Fazer a América” para entender “ riqueza”. É como dizer “ gaúcho e gauchada”.
SINDICATO
Hebr. “ “ (forma construta) Lat.(N eufonético) Ita e outr. Port.
TZ É D E K TZ E D A K A H TZ I D E K A T S InD A C A T U S S InD A C A T O S InD I C A T O
justiça “ “
Elegante a origem deste termo: da JUSTICA! A letra N entrou depois da primeira sílaba por exigências
– 168 –
eufonéticas: tziNdekat. Ora: sindicato e justiça são sinônimos, marcham no mesmo rumo.
PATRÃO
Hebr. “ ou Lat. Ital. Venez. Port.(pronunc.) “ (escrito)
PH A R E O H P. AREOH P AtR . O N U S P AtR . O N E P AR . ON P AtR . O N P AtR . Ã O
Faraó “ padroeiro patrão “ “
Termo de evolução normal. Faraó era o título do imperador do Egito na época da escravidão dos filhos de Jacó. “Patrão, padroeiro, patrono “ é, na sua esfera, um pequeno Faraó = imperador = ditador.
SENHOR
Hebr.
DAMAM – 169 –
dominar
“ Lat.
D O M = Dom = Domus
domar,parar moradia senhor, dono da Lat. = Dóminus casa Hebr. HA D O N senhor Ital. e outr. DON título: senhor proprietário, Port. DONO senhor “ (com M) DOM título: senhor. O termo hebraico foi usado, para a Divindade, na forma plural: Adonai Adonenu = “ Suas Majestades Senhores Nossos”. É solenemente majestático. Será que proieta a Trindade revelada mais tarde por Jesus CDristo ? O lat. “ Dominus, domínium, dominare “ resulta ser sucessor dos verbos hebraicos : “ Damam, dom”. É conhecida a frase: “ Shémesh dom = sol, para” em Jos. Cap. 10,12. Os neolat. Seriam sucessoresdireitos do substantivo hebraico “ Hadon = don, dono, dom”. Encontra-se na Bíblia a expressão: “ Adonai adoním = Senhor dos senhores”, forma comum de superlativo na literatura hebraica, como outro: “ Cântico dos cânticos = o mais sublime cântico”. O lat. “ Domus = parar em casa = casa”
– 170 –
PECADO
Hebr. Hebr. Lat. Ital. Port. e outr.
KATAH PE h KATAH P E CCATA P E CCAT O P E C A DO
pecar boca pecar, ofender pecados
É a palavra composta como outras: jardim, etc. “ Ofender com boca” é considerado a raiz dos pecados. Disse Jesus Cristo que da boca sai a podridão que está dentro. Disse Santiago apóstolo: “ Se alguém não ofende com a boca, é homem perfeito”. (Ver: S. Tiago: 1, 26; 3,2 e segs. Em psicologia observa-se que os mesmo crimes são consequências de palavras imprudentes.
ESTRELA
Hebr. Grego Lat.(dit.AE ?) Ingl.
ESTER ASTER ASTER . STAR – 171 –
Lat. (dim.) Lat. Port. Venez. Espan. Ital.
ASTE RE LLA . STE . . LLA E S T . R E . LA . ST . RE L LA E STE . . . LA . STE . . L LA
Sem dúvida este termo “ Estrela” foi referido nos livros hebraicos. Edissa, a jovem hebrea que foi rainha da Pérsia com o nome de ESTER, chegou-nos como na forma ao lado. Ester foi considerada a mais formosa mulher do oriente. No paradigma, ao lado, nota-se que estrêla é diminuto de Astro e feminino.
PALÁCIO
Hebr. Hebr. (desdob.) ““ Lat. (?) Port. e out. Hebr (com E muda) “ (A = E ) Lat.
HAR MON HAR MON MONS MONTE H A ReM O N H E ReM O N H E ReM U N – 172 –
palácio monte monte palácio ermo
Ital. Port.
. É REM O . ER M I TÃO
“
. E REM I T A
“
monge solitário . E R M I T A N H O solitário
“
“ Harmon = palácio “. Ninguém faz um edifício elegante sufocado entre casas sem arte. Palácio vai construído em lugar isolado e de certa altura para oferecer visibilidade e admiração. Neste sentido surgiu a fileira dos sucessores. Talvez deu origem a : mons = monte.
PAI
Hebr. Hebr.
HAV HAHAV
pai amar
O AMOR hebraico vem do pai. Por quê? - É sinal da época do patriarcado com poligamia. Tudo era concentrado na autoridade paterna. È um tipo de frequentativo originado da expressão primordial infantil. Exemplos de nosso ambiente provam isto.
mãe = mamãe
= mamar – 173 –
chi =
chichi
pai avó tio bu
= papai = vovó = titio = bubu
= papar
pi = pipi co = cocô zum = zuzum etc.
MÃE
Hebr. HIMÁH Lat. vulg. MAH Port. MÃE Lat. vulg. MAMMAH Lat. MAMMA Ital. MAMMA Lat. e outr. MAM M I LA Port. e outr. MAMMAR “ ou MA MAR Lat. e outr.
A
MARe
Universal
A
MAR
mãe
mãe é diminutivo sugar as mamas segurar carinhosamente às mamas
Da mesma raiz :
Hebr.
H I M ÁH
Alem.
HeI M A T
mãe terra materna, terra natal (Pátria = Fatherland). – 174 –
AMAR! Esta é a palavra máxima e vem de mãe. A raiz de “ himáh = mãe “ é a mesma de mamar, manjar, mangiare (ital.), ... Depois de ter dado aos filhos a existência física dá uma porção de si em alimento. Mãe é fábrica do amor. Primeiros termos infantis: mamar, papar! Em pedagogia: a primeira expressão infantil é silábica, posteriormente a mesma sílaba é repetida. Por exemplo: a criança deseja água? Ela dirá: “ ah, ah” que é a primeira letra de “ água”. A criancinha identifica “ Mãe” que chama de “ Máh” com “ mamar”, que irá evoluindo em “Mamã e Mamãe”. O hábito da criancinha de pedir insistentemente de “Mamar” e de agarrar-se às “Mamas”, originou o verbo “Amar”. O amor brota do seio da “ Mãe”: daquele túrgido seio que gracinha de bebê adiantou para encontrar pronto depois de sua chegada a luz. A mesms “Mãe” ajuda esta expressão do termo “Amar” pedindo: O que quer, - meu bem? Quer: “ A máh?” , que seria: “ a mamar”. A expressão típica primitiva devia ser: “ AD MAH = ad mamam” equivale a dizer : rumo a mamar.
Daria este esquema: Lat. Lat. “ Port.
A D MAH A MA A MARE A MAR
( = a mamar) ( = a mamar) (= “ “ ) ( = verbo: amar)
O AMOR brota do seio da mãe.
– 175 –
AMEM
Hebr. Grego Lat. Neolatinos Port. (com M)
HAMEN AMÉN ÁMEN AMEN AM ÉM
= assim é
O termo é conhecido e ficou genuinamente hebraico. Ele provém de “ Hémet = Verdade”. Alguns explicam sua expressão trilítera separadamente:
Hebr.
Deus
“
cumpre
“
Fielmente, firmemente
DEUS
Hebr.
TEOM
= imensidade de sinônimos – 176 –
= abismo =cáos (não significa confusão) = o desconhecido Hebr. Grego Lat. Lat. Port. Espan. Franc. Ital.
T EÓM THE Ó S Z ÉU S D ÉU S D ÉU S D I Ó S D I E U D I O
O termo supremo: “ DEUS” não deriva de “ Ieováh”, nem de “Elohim”, nem de “Adonai” que parece mais próximo parente. “Adonai = Senhor meu”, originou: “ Dominus = Senhor”. Ao lado a questão semântica. O Hebr. “ Teom” é uma das primeiras palavras da Bíblia. Encontra-se no texto hebraico original. “ Há Toráh” e propriamente no primeiro volume (Berescit = em princípio) traduzido com o nome de Gênesis, cap.I, vers. 2, e cap. 7, 11. TEOM = imensidade de sinônimos, abismo, caos (não significava confusão) e o desconhecido. Aqui pode começar a discussão teológica. Barbaridade! A vossa religião recebeu dos pagoãos o nome de Deus. Vejam só como estes pagãos deformaram a idéia do Criador: Aplicaram-lhe nada menos que o nome do “ Desconhecido”. Confrontar e conferir com “Atos dos apóstolos”, que está colocado entre os livros do novo testamento logo depois dos
– 177 –
quatro Evangelhos, ao cap. 17, vers. 22-23...” Paulo, em pé no aeropago, disse: Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos. Percorrendo a cidade e considerando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ao Deus desconhecido (lat. Ignoto Deo); o que adorais sem conhecer, eu vo-lo anuncio! ”. Se os gregos usaram o termo na tradução, é porque conheciam o original.
HUMANIDADE Subst.
Adjet.
Hebr.
HA M
povo
“
HU MAH
nação
“
HU MAN =HUMAN
homem, artista
Lat. cl.
H O MO
Lat. vulg.
H O M E N = H U M A N us
Franc.
HOmM E
Port.
HO M EM = H U M A N o
Ital.
.UO M O
= .UMANo
Venez.
. O MO
= .UMAN
Ingl.
. . MAN
= HUMAN
Alem.
. . MAnN
= . . M E N schich
= H U M A N us
= H U M Aí N
– 178 –
Hebr.
HU M A N U T
Lat.
HU M A N I T A S
Port.
HU M A N I D A D E
Esp.
HU M A N I D A D
Ital.
.U M AN I T Á
Franc.
HU M A N I T É
Ingl.
HU M A N I T Y
Alem.
. . M E Nschheit
artesanato
Para o Ingl. E o além. A falta das primeiras letras não preocupa, como já foi dito em outros lugares deste. Ver “ Mago, galo, Leite, coração, e outras” . Sabe-se que nas origens as raízes verbais eram, na maioria, monossilábicas. Assim da primeira surgiram os ampliamentos. O nosso exemplo: “ ham, humáh, human, humanut”, nos oferece o esquema de desenvolvimento. Do “human” – artesão, artista, tivemos: “ Humano”. Mas o termo poderia dar a graduação completa no desenvolvimento do progresso atual: artesão, artífice, artista, fabricante, industrial, cientista. Do abstrato “ Humanut” = artesanato, tivemos “ humanidade”. E esta parece reunir os conceitos de “ Nação” com seus especialistas. Nos seus caminhos, o humano, e a humaidade, ampliaram o sentido original para novas formas de vida coletiva: fábricas, indústrias, progresso, trabalho, organização, civilização.... Para reconhecer o grupo do parentesco da bela palavra: “ Human”, basta encostar-lhe, a modo de confronto, vez por vez, cada filho e cada neto. Então desaparecerá a dúvida sobre seu
– 179 –
valor de ancestral, e teremos a prova de que as palavras citadas na descendência são herdeiras legítimas das suas letras temáticas e básicas. “Humanut” repetiu suas letras, praticamente, em toda a sucessão. A letra M nunca falhou. Aqui o esquema para conferir a forma gráfica e fonética. Hebr.
huMAN
huMAN
Lat.
h u M A N us
hoMEN
Ingl.
. . MAN
. . M A N (ler:MEN).
Alem.
. . MAnN
. . M E N schlich
“
. . M E N schheit
Franc.
h u M AiN (ler: HuMEN).
LUZ Hebr. “ com artigo
HOR
Luz
HA H O R
a luz
Lat. e neol.
H O RA
Lat.
A
URUM
Lat. e neolat.
A
U RO RA
Port. (AU = OU)
O
URO
Ital.
ORO
Franc
OR
– 180 –
tempo de luz ouro
Lat. e neol. Port.e outros Hebr
ORIENTE HORIZONTE Zahav
metal hor
luzente
“Hor = Luz” foi o determinante do brilho do metal. Em primeiro lugar deu ao latim, e sucessivos idiomas, a “ hora = tempo de Luz”. Para os antigos, o dia era repartido em doze espaços de tempo: seis antes do meio dia, seis depois. Com este cálculo pode-se interpretar a cronologia da cruzifixão nos quatro evangelho e outros episódios da terminologia do horário antigo. A noite não tinha “ horas = luzes” a noite tem falta de luz. Antigamente era repartida em quatro vigílias assim chamadas pela troca dos vigias militares que custodiavam, como sentinelas, as cidades ou o exército, e se mudavam ao canto do galo. Do mesmo termo vem “ ouro” que não seria o metal, como hoje, mas só o brilho luzente. Os Hebreus dizem: “ Zahav hor” que corresponde a dizer; metal de brilho, moeda luzente. Donde se vê que os Hebreus ficam com o metal e os outros com o brilho. LUZ é termo solene de motivo religioso. O profeta Isaías (ver: Is. 9,2 + 6) – diz: “ Este povo, que andava nas trevas, viu uma grande Luz (Luz = Messias) ... Porquanto um Menino nasceu para nós, e um filho nos foi dado... será chamado: admirável, Conselheiro, Deus forte, Pai do século futuro, “ PRINCÍPE da PAZ = SAR SHALOM”. (Ver: Evang. S. Mat. 4,16). Os Hebreus celebram uma grande solenidade: a festa da lei e da Luz, ( há Toráh – há Horáh). Esta originou-se do Sinai e do Candelabro áureo do templo com sete bicos (= Menorah; ver Êxod. 25,31 e segs).
– 181 –
Ainda hoje há velas na mesa pascal, na mesa sabatina, um grande candelabro, como aquele do templo, está erguido à entrada da Knésset para simbolizar o estado de Israel, a Luz e a Paz. Em todas as cerimônias religiosas do mundo usam-se velas e círios. É o grande símbolo! Sâo João, que era hebreu, alude a isto (Ver: Evang. S. J. 1,9) quando diz: “ O Verbo (= palavra de Deus e dos profetas = executada no nascimento do Messias = Jesus) era a LUZ verdadeira (= aquela LUZ) que ilumina a todo homem que vem a este mundo”. A Luz-símbolo chegou à sua Realidade: Cristo-Luz.
SABER Hebr.
Lat. (F=PH=P) Ital. Port.
SAFAR SÁPERE SAPÉRE SABER
numerar, contar saber (Sapiência) “ “ (Sabedoria)
É deste termo “ Sabedoria” e “ Sapiência”. De “ Safar”, com a mudança da letra F = PH = P, surgiu “ par e díspar. Também do Hebr. Safar
contar
“
livro
Séfer – 182 –
São deste termo : “ par = número certo” e “ ímpar = número desigual”.
Par, Phar, Far
Lat. For, faris, Fatur = diz-se, conta-se
Safar, sapar
contar
Mis e par
número
LEITE
Grego Grego Lat. Ital. (C ass.) Franc. Port. Espan. Port. Port. atual
KALAV GALA GALACTO S . . LACTE . . LATTE . . LA I T . . LE I TE . . L E CH E . . L A C T I cínios . . L A . T I cínios
Ingl. E alem.
mi L . K
Hebr.
– 183 –
leite leite (nomin.) leite (genit.) leite (ablat.)
Com prefixo de “himáh = mãe
Holand.
me L .
Este termo nunca saiu do trilho. Mesmo perdendo, logo depois do Grego, a primeira sílaba, a L ficou constante. Em árabe é “ Kalib” donde K = J – espanhol. Não tem dúvida que o termo “ Kélev = gordo” provém deste Kalav. Corresponde, portanto, a nossa “ nata”. No uso bíblico, no entanto, designa os frutos melhores e os animais escolhidos para o sacrifício. (A Deus não se dá qualquer coisa!). A nossa expressão: - oh, que nata! – refere este sentido. No grego: “ galactos” deu “ galáxia” e latinamente: via “ láctea” = cor do leite. Do X grego (X =CS) todo idioma recebeu uma C desdobrada do X. No Ital. assimilou a C = T. No francês e português a C foi perdida, mas em câmbio alongaram a vogal anterior. Reservei a maravilha para o fim. Nos idiomas Ingl., Alem., Ucraino e Holand. entrou um prefixo de “ himáh = mãe” (veja mãe). Nestes quatro idiomas, “ Leite” corresponde a ; “ Leite materno”. Por ser o “ Leite” um elemento que sempre, e infalivelmente, aparece na cor “ branca” deu origem a “ Lavan = Branco” e a seus sucessores. Também nós dizemos de “ Laranja” = Alaranjado” (Ver: Luz). Hebr.
KALAV
Leite
“
. . LA V A N
Branco
– 184 –
ROSTO Hebr.
Lat. Espan. Port.
R R R R
O O O O
SH S T R U M S T R O S T . O
cabeça, testa cara, bico “ “ , face
Célebre a frase latina das “ columnae rostratae = colunas com figuras”.
GUERRA
Hebr. “ “ Gheresh e Franc. Ital. Port. e outr. Ingl.
GH E R iaR A SH GH E R A SH GU ErR E GU ErR A GU ErR A WAR
Estrangeiro, invasor expugnar Expulsar estran.
A palavra é bicomposta como: Jardim, Vindima, Pecado, ... A raiz é bem evidente: “ Gher = estrangeiro, invasor”. O termo adjunto “ IARASH = ocupar, expugnar, herdar, ...” foi escrito no paradigma, com a primeira sílaba em letra pequena, por ser sujeita a desaparecer na conjunção com outras.
– 185 –
Mas, ainda, revela novidades: Hebr.
Port. Etíope e outr. India e Pérsia Lat. Port. Ital.
I A R A SH
espugnar
ArR A Sar RA S R A Já REX RE I RE
demolir chefe príncipe rei
O termo “Guerra” pulou o latim, e o grego, mas virou normal e frequente. De “ Gher” surgiu: “ Guerman”. No idioma hebraico, e em algum outro, a letra R não se usa na forma dupla. Os termos hebraicos do paradigma são muito comuns na Sagrada Escritura. Aqui, algumas citações: - Para o 10 : “ Gher” ver: Êxod. 22, 20 (Vulgata; êx. 22,21) e Êxod. 23,9 - Para o 20 : “ Iarash” ver: Núm. 21, 24; Núm. 21,32; Núm. 32,21; - Para o 30 : “ Gherash” ver: Núm. 22,6; Núm. 22, 11; E “ Guerman” ? O itinerário desta analogia é longo. Começa com “ Estrangeiro” passando a “ Vizinho”, a “ Imigrante” e a “ Hóspede”. Aqui entra em argumento a lei sacra da hospitalidade que concede ao “ visitante, estrangeiro, forasteiro, vizinho, imigrante, conterrâneo, hóspede, parente, ...” igual jus dos filhos da família (jus filiorumfamílias).
– 186 –
Foi ordem de Deus: “ Não oprimirás o estrangeiro, pois conheceis o que sente o estrangeiro, vós que o fostes no Egito”. (Êxod. 23,9 e 22,21). “ Se um estrangeiro quiser celebrar a Páscoa...será tratado com a mesma igualdade que o natural do país. Haverá uma mesma lei para o natural e o estrangeiro que peregrina entre vós”. (Êxodo. 12, 48 e 49). Esta lei sacra da hospitalidade criou o “ Cavalheirismo” que amparava o mesmo inimigo refugiado dentro de um Castelo, qualquer adversário dentro de casa. Todas as leis protegem o lar. A Constituição Federal Brasileira 1.969 – art. 153 Par. 109: “ A Casa é o asilo inviolável do indivíduo”. Lar é lugar de proteção, amparo e asilo. É crime de traição e covardia matar dentro do lar. Ao hóspede apronta-se do melhor! É traição ferir o inferior pedindo amparo, suplicando para viver. “ A história reconhece na Igreja Católica o direito de imunidade e asilo. ” Na história, é célebre a traição pela morte de Corradino de Esvévia (Suécia). Temos uma prova desta proteção, ou asilo, no jogo do xadrez, de origem antiga: o rei salva-se quando fechado entre peças adversárias.
Hebr.
GHER MAN GHERMAN GHERMAN
Ital.
G . ERMANO – 187 –
estrangeiro homem imigrante, hóspede direito igual aos filhos da casa irmão
Espan. Port. Port.
HERMANO I RMÃO MANO
irmão filho dos mesmos pais irmão ( de Hermano)
BELO
Hebr.
H O LAM
“ com prep. BA ou BE
BAH O LAM
“
B E H O LAM
Lat.
BE
L LU M
Ital.
BE
LLO
“
BE
LLO
“ Port. e outr. “ “
BÉ BE BÉ BE
LL ICO LO L ICO L ICOSO
Port.
BE
LEZA
– 188 –
além (ital. di là ) pelo mundo afora “ “ “ ( ou na eternidade) motivo: batalha estratégico: guerra turístico, estético
relat. a guerra batalhador Admiração (ocasional)
“ BELO” tem dois significados, ambos metafóricos. Cada palavra antiga é um museu filosófico e arqueológico.
Hebr.
AD BEHOLAM
Lat.
AD BE LLUM
pelo mundo afora,= no universo, no além pelo mundo afora (a guerra)
Esta expressão, na época do império, e na boca dos romanos (?) era toda uma sequência, um empório:... sair para o mundo afora (exire ex Urbe = sair de Roma), exércitos, batalhas, visitando províncias, percorrendo regiões férteis, ocupando pontos mais ricos e atraentes, construindo vilas para descanso, fortalezas, vencendo obstáculos, escravizando povos, subjugando reis, dominando, triunfando.... Daí, as duas metáforas: uma de batalhar, destruir, e a outra, ocasional, de visitar países, admirar belezas naturais, escolher o melhor em senso turístico, estético, artístico. Eu já escutei muitos jovens dizer: “ andemos para a guerra”, ...visitemos países, variemos esta monotonia...”. Mas não voltaram: prevaleceu a primeira metáfora. As tropas romanas sabiam fazer a luta, só saiam para esmagar adversários. São célebres as frases: “ mare nostrum = mar nosso = mar mediterrâneo; e do poeta latino: “ Tu régere império populus, romane, memento! = tu, o romano, lembra-te de governar os povos com mando, dureza, imperiosamente! ”. Para bem interpretar este termo (belo) ajude-se com o seguinte: Êxito.
– 189 –
HERDEIRO
Hebr. Ingl. Alem.
H É R E TZ . EAR . TH . E R . D E
Lat. (nomin.) HAÉ R E S “ (genit.)
HAE R È D I S
“
HAE R È D I T as
Ital. e outr. Port.
. E R É DE H E R . D E iro
Port.
H E R E D I tário
terra “ “ HERDEIRO (na prop.: terra) sucessão (no dom.: terra) “ sucessor (no bem imóvel: terra)
As letras temáticas são repetidas fielmente nas suas colunas e nos vários idiomas. Idiomas não citados acompanham com pouca diferença este que figuram típicos. “Héretz = terra” passou o seu próprio significado para “ direito de sucessão na propriedade” que antigamente era “ terra”. Algumas citações bíblicas da tradução “ Vulgata” Os. 36, 34+9+11+22+29: “ haereditate capias terram” ; Ps. 24,13: “ haereditabit terram = herdará a terra” . Donde se vê que “ herdar” vai unido com “ terra”. Somente “ herdar” pode conter intrinsecamente, o atual seu objeto “ terra”. Por exemplo: Port. “ comer” (comida).
– 190 –
ÊXITO
Hebr. “ (inf.cons.) “ (fut.) “ (imp.) (e.” ) “ ( adv)
I A TZ A H . . TZ E H T I E TZ E H HÓ TZ E . . TZ E H KU TZ
Var. idiomas
CU ZZ A
Véneto Lat. “ “ Port. Ingl. Ital. “ Lat.
CÚ CC I A . E X I RE .E XÉRCITUS . Ê X I T US .Ê X I TO .E X I T .É S I TO . U SCIT A . Ê XO D U S
Port.
.Ê
XO D O
Ital.
.É
SO D O
sair afora ““ sairá sai! “ fora sai fora! (ao cão) ““ sair saída de tropas saída “ “ “ “ saída do Egito segundo livro bíblico
É deste verbo hebraico (ver: Isaías, 11, 1) a grande profecia: “ Sairá um Broto (= o Messias) da raiz de Jessé”. No latim “ exire e êxitus” vem da mesma raiz hebraica.
– 191 –
O italiano adotou U em “ uscita”, mas alguma outra forma usa E, como no imperativo “ ésci! = sai!”, mas acompanhando o hebraico.
Do verbo hebraico vem como no Lat. Vem Port. Ital.
I A TZ A H . . TZ A V A H .E X I RE .E XERCITUS .E XÉRCITO .E SERCITO
sair exército sair
“Êxitus as bellum” = saída de tropas, exército, para a guerra, mas literalmente: para o mundo afora.
Lat. Espanh Port.
EXITUS Sal I T A Sa I D a
Esta página vai ajudar a explicação da anterior: Belo
ÍNSULA
Hebr.
HI
Hebr.
SÁLAH
Hebr.
HI SÁLAH – 192 –
ilha (fora) pedra, rochedo, recife escolho, recife
Lat. Port. Ital.
Ín S U L A ÍNSU L A Í SO L A
ilha ilha ilha
O latim juntou dois termos com uma N eufonética. Observando bem, a tal N entrou, por exigência eufonética, como em outras palavras: sindicato, antigo, serpente. Assim conseguimos: ilha de pedra = escolho, recife.
LUA
Hebr. (masc.) “ (femin.) Lat. e neol.
LAVAN LEVANAH l a v a r e
Hebr.
LEVAN O N
Lat. E neol. Grego (foS = luz, ou oS = como) “ Lat.(Ad = quase) “
L Í BANO
branco, claro branca, clara embranquecer m. Líbano (bran:) branco
Se L E v . N E SEL E . . N E
lua
A L V us
branco, claro
A L Va
branca, clara
– 193 –
“
A L BA
Lat. Ital. Franc. Port. Lat.
L L L L L
U NA U NA U NE U A UX
alba (antes da aurora) lua
luz
Considerando que: hebr. “ HOR”, grego “ FOS”, lat. “LUX”, não são parentes, iremos procurando a origem da LUZ e da LUA. O gráfico ao lado descreveu o esquema da descendência. Ora vamos apresentando alguns detalhes ligados com os fenômenos linguísticos como: metaplasmos, crase, síncope, apócope, prótese, epêntese, epítese, desnasalação, degeneração, sinérese, sinédoque, ... fenômenos naturais na semântica. Ainda, é bom lembrar que: V = B, V =U, sendo letras consimilares, não mudam a substância. Ver: “ corvo” e “ Água”. Eliminando as vogais mudas ou semi-mudas conseguiremos sintetizar. Para os neolat.:
Lavan Levanáh Levanón Líbano
branco
LeVa NÁh L .Ua NÁ L U . NA LU . A L UX
Com o prefixo “ Ad = quase”
Ad Lavan A L Vus
quase branco branco – 194 –
branca
A L Va A L BA
branca branca ( antes da aurora).
Para o grego: De “ FOS = Luz” ou de “ Os= como” sobrexistiria somo a S;
f o S Levanáh o S Levanáh S Lev . ne SeLe . . ne L u na L u .a L UX
luz da branca como branca lua
luz = brancura, claridade
Na mesma forma surgiu o inglês donde M+L deu prevalência, por fusão, a M; (U= OO):
UnaM Lun M oon
lua
Semântica é toda uma renovação de tecidos, de células, de fibras. “ Líbano, Alba, Lua, Lux” e seus irmãos, são frutos da mesma árvore e não se afastam da cor “ Branca”. Nos livros sagrados “ Lua = Iareak”, mas em três pontos “ Lua = Levanáh = Branca”. Ver: Cant. d. c. 6,10 Isaías : 24, 23 Isaías : 30, 26
– 195 –
SABEDORIA
Hebr. Grego “ Lat. Neolat.
KOKMAH . . . M A Gheia . . . MA GOS . . . MA GUS . . . MAGO
Lat.
M A J E STAS
Lat.
MA G I STER
Alem. Ingl. Ital. Franc. Port. Port.
ME M . MA MA ME MA
sabedoria magia sábio “ “ pompa da sabedoria ensina sabedoria
. ISTER . ISTER . EST . Ro Î T Re . . ST Re G I S T . R al
O termo hebraico, na passagem para os outros idiomas, perdeu a primeira sílaba como é fenômeno frequente e já notado em: “ galo, leite, coração, humanidade” e outras. No paradigma é visível a evolução da aspiração hebraica (H) para Gh, G, J; e depois desaparece. Embora que as K hebraicas fossem afastadas por uma sílaba, influíram na fonetização da H para Gh. Exemplo do Lat. ao Port. “ haC Hora = aGora”. – 196 –
Esta evolução da aspirada H para G ficou no mesmo alfabeto português: H = aGá, e nos outros idiomas tem som similar. Ainda: Mago Símio Magaco (adjetivo) . . . . . Macaco (substantivado)
sábio imitador de sábio ““
NAÇÃO
Hebr
NASIH
Lat. (nomin.)
NATI O
“ ( acusat.) Ital. Espan. Port. Lat. Port. e outr.
NATI O N E M NAZIONE NACION NAÇÃO N A SCE R E N A SCE R
que está presidente, chefe regente. nação, que se rege, que se governa ““ ““
que está no mundo
Foi ordem divina: “ Não ofender o Príncipe (= Nasih) do teu povo”. Ver: Êxod. 22,27-28. Ainda hoje o Exmo Senhor Presidente de Israel é chamado: “ Nasih”. – 197 –
Como notamos no paradigma de “ Nasih” provém a descendência dos termos com sua rica herança de variantes, até “ Natus, Nascido, Nascituro”.
VINHO
Hebr. Lat. e neol. Hebr. (plural) “ Alem. Grego Lat. Sucessores Neolat. Port.
E NAV . . UVA ANAV I M . .I A I N . . .WeI N . .O INOS . . .VINUM E
N O Logia
VINO V I NhO
uva “ uvas vinho “ e uva “ “ tratado sobre o vinho. vinho “
Das uvas o vinho. É claro: vinho é sucedâneo de uvas. Perdeu os bagaços nas primeiras letras ficando só com o líquido que equivale, agora, para uvas e vinho. No alem. “ Wein = vinho”, mas para “ Uva” é o mesmo só precisando de um termo a mais: “ Traube = cacho”. O lat. repetiu a última sílaba de “ anavim = uvas” mudando a letra M para N : Anavim . . . vinum. – 198 –
VINDIMA
Hebr. A N A V I M “ . . . . . . DIMEHAH Lat. . . . V I N DÉ M I A Port. VINDIM A Venez. VE N D E M A Ital. VE N D ÉmM I A
uvas colheita (lágrima) colheita de uvas ““ ““ ““
Vindima = recolher a lágrima das uvas. À semelhança destes termos: Guerra, Belo, Júpiter, César, Jardim, Pecado, etc. Os romanos quiseram especificar que o vinho fosse de uva. O termo : “ Dimehah” está citado no Êxod. 22,28 -29. O termo evolui normalmente. Literalmente, “ Dimeháh = Lágrima”. É analogia: a uva prensada vai pingando seu suco, vai lagrimando seu mosto.
Hebr. AFARS E K I M Lat. botânico ; Amígdalum PÉRS I CUM Pérsicum – 199 –
Venez. Alem. (PH = F) Outr. Holandês Port. (R assimilada) Ital. Ingl.
P É R S E GHI PFI R S I CHE PÉRSEGOS PERZI K PÉSSEGOS P E S CHI P EA CHE S
É um exemplo maravilhoso de semântica fidelíssima. Já vimos outros exemplos nos quais palavras compridas se reduzem, pela filtragem dos idiomas, a expressão concentrada. É fenômeno comum PH = F. No alemão houve a transferência – Pfírsiche – mas recebeu a F sem soltar a P. Nas futuras temporadas os pêssegos alemães acabarão de madurar em Fírsiche. No port. a R foi assimilada pela seguinte S. No ital. a R foi perdida. No Ingl., mesmo que fosse escrita, não serviria, pois passaria a som gutural. A letra S, perdida, foi incluída no CHE : PEACHES.
– 200 –
Visto de entrada no Brasil.
Missa comemorativa dos 50 anos de casamento do casal Henrique Gustavo Salonski. No altar: padre Pedro Poletto (com indumentária religiosa com detalhes em vermelho) e Dom Eliseu Simões Mendes.
Dom Eliseu Simões Mendes celebrando a missa comemorativa dos 50 anos de união do casal Henrique Gustavo Salonski. Ao lado do bispo, padre Pedro Poletto.
Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Campo Mourão, na saída para Cascavel. Um lugar de calma e paz, lugar de agradecer e receber graças e bençãos de Deus.
Capela Nossa Senhora do Pilar.
Interior da Capela Nossa Senhora do Pilar.
Altar da Capela Nossa Senhora do Pilar.
Imagem de Nossa Senhora do Pilar.
Altar da Capela Nossa Senhora do Pilar.
Jardim da Capela.
Vista aérea da Capela Nossa Senhora do Pilar. Registro fotográfico possivelmente da década de 1980.
NOVA HISTÓRIA EDITORA E GESTÃO CULTURAL
Esta obra foi composta pela Nova História Editora e Gestão Cultural nas fontes Ines Light e sua Familía, e impressa em Offset pela Midiostore sobre papel Couché 115g em Novembro de 2021.