H. M. Ward - Scandalous 2

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Escandaloso SCANDALOUS

Livro 2

H.M. WARD


Disponibilização: Soryu Tradução e Revisão Inicial: Raquel Bruna Revisão Final: Biah Leitura Final e Formatação: Dani Kucera



Resumo Abby nunca pensou que ela ia encontrar sua alma gêmea, mas encontrou e isso mudou sua vida para sempre. Jack é tudo que ela precisa e muito mais. Há uma conexão entre os dois que transcende a lógica e o pensamento racional. É como se eles fossem feitos um para o outro. Nada pode separá-los.

Depois que a lua de mel acaba Jack tem a exposição mais importante de sua carreira. A peça central é a pintura Escândalo de Abby. É parte da definição de Jack, o início de uma nova era. Mas quando voltam para casa, algo não está certo. Jack torna-se distante, como se seus mais profundos medos se manifestassem diante de seus olhos.

Jack foi atacado verbalmente pela sua arte, no passado, isso não é nenhum segredo, mas o que Abby não percebe é que um grupo de ativistas também faz dele um alvo. Eles sustentam que Jack é pessoalmente responsável pela decadência moral na sociedade. Não só sua arte, mas também sua vida amorosa. Seduzindo Abby, Jack a fez o alvo principal.

Não era suficiente arruinar a carreira de Jack, esses ativistas querem acabar com sua vida.

Tudo depende de Abby e ela vai fazer o que for necessário para proteger o homem que ama.


Informação da série: 01 – Escandaloso – Parte I – Lançado 02 – Escandaloso – Parte II - Lançamento

* Por favor, leia ESCANDALOSO – PARTE I antes de ler este livro.


Capítulo 1 JACK

Jack passa as mãos pelo seu cabelo e se senta na cama dura. A pequena casa no Caribe colocou sua vida em pausa, mas a culpa que ele sente não parou. Não importa o que Abby diga Jack, ele sentia que a arruinou. Abby sempre teve uma visão clara de quem ela era e o que queria ser, e agora se foi. O futuro que ela tinha tão cuidadosamente planejado se desintegrou em suas mãos, e a culpa foi dele. Jack pode ver isso em seus olhos, à noite, quando eles se sentam com os pés batendo nas ondas do mar. Aquele olhar vago é muito familiar. Jack se lembra de tê-lo por tanto tempo que as linhas de preocupação são gravadas em sua pele. Ela está à deriva, perdida, e não há nada que ele possa fazer sobre isso. Ele fez a sua queda.

O telefone de Jack vibra no criado-mudo. Sua testa aperta quando ele levanta-o ao ouvido. Olhando para trás no banheiro, Jack verifica se o chuveiro ainda está funcionando assim Abby não pode ouvir. Como se as coisas já não estivessem difíceis, agora há isto.

- Gus, o que você descobriu?

- Isto parece o mesmo de sempre, mas há algo mais acontecendo. Isso vai foder sua turnê, Jack. Eles estão visando você desta vez, não apenas a arte. - Gus parece tenso, como se a última coisa que quisesse fazer era ligar para Jack e entregar esta mensagem.

Jack coça o queixo, pensando.


- Apenas continue procurando. Não é o mesmo desta vez.

- Como você sabe? Poderia ser apenas o lixo normal, que aparece antes de uma exposição. - Tantas coisas que aconteceram no passado. A explicação de Gus era possível, mas Jack sabia que havia mais em jogo. Podia senti-lo se aproximando, ameaçando esmagalos. Tudo era diferente desta vez, porque um fator mudou. Abby.

- Não é a merda regular. Intuição, Gus. Rastreia-o. Se for um movimento anti-arte, eu vou me sentir melhor, mas tenho essa sensação horrível que é mais do que isso. – Jack olha em direção a porta do banheiro. O chuveiro foi desligado. O som de água corrente para. - Cuide disso. - Jack diz suavemente e termina a chamada.

Há tantas coisas que Abby não sabe muitas coisas que pesam sobre ele que ele quer dizer a ela. Sempre que uma nova exposição é aberta, há manifestantes. Isso não é o que o está incomodando neste momento. Eles podem fazer a manifestação que eles quiserem, isso não vai mudar o fato de que seus modelos são nus. Mas talvez isso não seja o pior. Talvez a coisa toda está em sua cabeça, e ele não consegue lidar com o fato de que Abby mudou fortemente e rápido. Ele continua esperando que ela perceba seu erro. Há um pensamento no fundo de sua mente que brota quando ele está sozinho: Pessoas que mudam rapidamente, não mudam de verdade. E é isso que o assusta mais.


Capítulo 2 ABBY

Enrolei-me na toalha depois do meu banho. Jack sorri para mim, mas o sorriso não alcançou seus olhos. Alguma coisa o está incomodando, mas ele não me diz muito sobre isso. Quando voltarmos para casa, ele terá a maior exposição de sua vida. Jack é uma pessoa privada, e com a imprensa pressionando o deixa tenso. Eu suponho que é de onde vem sua preocupação. Olho para ele. Jack está deitado de costas na cama, com as mãos atrás da cabeça, esperando eu terminar de ficar pronta para sair. É a última noite de nossa lua-de-mel. Eu não quero que termine. Eu quero proteger Jack de recuar para dentro de si. Quero protegê-lo das críticas e dos malucos que saem a julgar o seu trabalho. É preciso mais do que a pele grossa. Eu me pergunto se ele recua para a auto-preservação. De qualquer maneira, eu gostaria que ele não tivesse que passar por isso. O único consolo que tenho é saber que vai ser de curta duração, que Jack não vai ter esse peso sobre os ombros muito mais tempo.

Sentada

na

frente

do

espelho

em

um

pequeno

banco

acolchoado, tento arrumar meu cabelo. Com a umidade, ele está lutando para voltar. Jack escorrega para fora da cama e começa a se vestir já que estou quase pronta. Não é justo. Eu posso passar uma hora me preparando e ele parece quente quando joga uma camisa sobre a cabeça. Há um pouquinho de barba no queixo e seu cabelo está bagunçado, do jeito que eu gosto. A cada poucos minutos, meus olhos se desviam dele e eu esqueço o que estou fazendo. Eu sento lá com as mãos acima da minha cabeça, olhando para ele pelo espelho.


Jack percebe. Ele sorri maliciosamente, e lentamente começa a caminhar em minha direção com sua camisa aberta, revelando seu belo corpo tonificado. Ele não é só esculpido, mas agora está como se o sol o tivesse beijado. Ele se parece com um deus bronzeado. Eu pisco e sorrio para ele pelo espelho, mas Jack continua caminhando em minha direção. Esse olhar que está me dando, diz que eu tenho toda a sua atenção e que ele planeja ser muito atencioso.

Jack coloca suas mãos sobre meus ombros de forma tão leve que eu tremo.

- Eu vi seu olhar. - diz ele, com os olhos procurando os meus pelo espelho.

Meu coração bate com mais força. Toda vez que ele me toca, parece que estou perdida dentro de um sonho. Eu nunca pensei que iria me casar. Eu nunca pensei que Jack Gray seria o meu marido. A coisa toda é surreal. Há algo de melancólico sobre isso, parece que terminei uma vida e comecei outra. Eu não tenho falado muito sobre isso com Jack. Toda vez que tento, ele age como se tivesse me quebrando, e eu não quero que ele pense isso. É apenas uma novidade para mim. Isso toma tempo para se acostumar.

Eu sorri e senti o calor do meu rosto. Eu não tenho nenhuma ideia de como ainda fico corada em torno de Jack, mas eu fico.

- Que olhar? - Pergunto timidamente.

Sua voz é como veludo e desliza sobre mim como um sussuro.

- Esse olhar que diz que os planos de hoje à noite vão ser alterados. - Jack se inclina em direção ao meu pescoço, lentamente.


Eu sinto sua respiração quente quando ele mal pressiona o beijo em minha pele. Eu fecho meus olhos e me delicio. Talvez eu esteja sonhando,

eu

continuo

pensando

que

isso

vai

acabar

tão

abruptamente quanto começou. Eu empurro o pensamento de volta e me derreto em seus braços. Eu posso ficar louca depois.

Eu fecho meus olhos e desfruto da sensação de seus braços fortes ao meu redor. Quando eu os abro novamente, os lábios de Jack

estão

arrastando

em

meu

pescoço.

Viro-me

para

ele,

esquecendo-se sobre o meu cabelo. Coloco minhas mãos sob a camisa de linho e sinto a pele lisa por baixo. Meus dedos traçam os contornos de seu corpo em um movimento lento, esse movimento leva Jack à loucura. Cada músculo é tão apertado, tão bem definido. A ponta do meu dedo se move lentamente, sentindo-o, vendo seu corpo reagir ao meu toque. Levantando-me, Jack leva-me do banco e dá dois passos em direção à cama, mas há uma batida na porta.

O olhar sensual desaparece dos olhos de Jack, quando ele diz:

- Maldição. Esqueci-me sobre isso.

Ele

me

coloca

no

chão.

Eu

aliso

meu

vestido

preto,

perguntando:

- Esqueceu-se sobre o que?

Jack caminha até a porta e abre. Um homem está de pé lá com tantas rosas que eu não posso ver seu rosto.

- Oh, Jack! Elas são lindas. - eu digo quando o enorme buquê é trazido para a sala.


O homem que está transportava diz se desculpando:

- Eu pensei que você estaria no jantar. Desculpe-me, Sr. Gray, eu vou…

Jack sorri para ele.

- Não se preocupe com isso. Estávamos, uh, tomando um tempo para chegar lá. - Seu olhar trava com o meu e me sinto quente.

Quando o homem sai, ando em sua direção e enfio a cara no buquê para inalar.

- Este cheiro é tão bom.

Jack ri e me puxa de volta.

- Calma aí, Abby. Eu não quero que você caía aí dentro. Então eu teria que salvá-la, despir esse vestido, e ter o meu caminho com você. Mais uma vez. - Ele arrasta seu dedo para cima e para baixo do meu braço nu quando ele diz, olhando-me sob seus cílios escuros.

Ele envia um choque de desejo em mim e eu coro. Passando os braços ao redor de seu pescoço, eu pressiono o meu corpo com força contra o seu.

- Tudo bem, podemos ficar. Comer é superestimado, de qualquer maneira. - Antes de eu ter outra chance de dar-lhe um beijo, o celular de Jack toca.


Nós dois sobressaltamos. Ninguém tem o seu número, além de Gus e eu. Jack solta-me, dá-me um olhar de desculpas e responde. Deixamos Gus para cuidar do estúdio. Ninguém deveria ligar. Eu tento não olhar para Jack, então eu vou terminar o meu cabelo o melhor que posso.

Quando ele desliga, eu pergunto:

- Está tudo bem?

-Sim, - responde Jack quando ele coloca o telefone longe. - Gus não conseguia encontrar algo que Kate necessitava para a exposição. Nada grande. - Os olhos azuis de Jack levantaram e encontraram o meu. Ele não está me dizendo algo. Eu posso sentir isso. Tomo sua mão e ele sorri para mim. O vazio enche seus olhos e eu posso sentilo me excluindo. Há algo acontecendo que ele não quer me dizer. Eu não pressiono, é nossa última noite aqui.

Com um olhar brincalhão no rosto, Jack diz:

- Eu tenho coisas planejadas para esta noite. É melhor a gente ir. - Ele estende o braço em torno dos meus ombros e eu me inclino perto dele. Decepção brilha nos meus olhos, mas não é pela razão que ele pensa. Jack sorri e diz: - Não se preocupe, meninapregadora. Eu prometo que você vai gostar.


Capítulo 3 JACK

Abby olha para ele com aqueles olhos verdes e isso é tudo que ele pode fazer para manter a boca fechada. Não há nenhum motivo em preocupa-la quando ele ainda não sabe o que está acontecendo. Até agora, ele lembra, era o início normal para uma exposição, mas dentro dele, sabe que alguma coisa está acontecendo. Não é mais do que um sentimento, mas faz com que ele queira proteger Abby do peso da mesma. Se ele pode entender as coisas rapidamente, ele pode dizer a ela que não é nada para se preocupar. Jack já passou por isso antes, sozinho. Há sempre pessoas que protestam contra o seu trabalho, mas desta vez é diferente. O e-mail de ódio típico que Gus está sempre recebendo, agora tem um toque pessoal sobre ele. Em vez de visar a sua arte, os manifestantes estão visando seu coração. É bastante difícil quando eles o acusam de coisas horríveis e apontam para suas pinturas como se fossem prova. Mas esse tempo passou. Os dedos estão apontando para ele, à arte é secundária uma razão para mostrar e crucificar Jack. Depois de tudo que aconteceu, Jack não sabe o quão bem Abby vai levá-la. Quando o escândalo o atingiu alguns meses atrás, quase os separou.

Jack passa os dedos pelo cabelo. Talvez eu esteja exagerando. Talvez seja a mesma porcaria em embalagens diferentes. Mesmo que ele pense isso, sabe que não é verdade. Há mais do que isso. Ele só não sabe o quê.

Abby se inclina para ele, respirando seu perfume. Jack deixa suas preocupações de lado. Hoje à noite é dela. Ele chega para a


porta e os dois andam ao longo da praia, sob o luar. O vento levanta o cabelo de Abby, soprando em seu rosto.

Ela puxa-o de volta.

- Desculpe. Tem sido incontrolável esta semana. - Flashes de incerteza estão em seu rosto, como se ela não tivesse ideia de como é impressionante.

Agarrando seu ombro antes que ela possa se afastar, Jack diz:

- Tem sido perfeito. Eu gosto quando está suave e ondulado dessa maneira. Isso me lembra de como é na cama, depois de eu passar meus dedos por ele. - No momento em que Jack termina de falar, sua voz caiu para um sussurro. Uma das coisas que o surpreendeu, era o quanto Abby gosta quando ele inclina-se perto de seu ouvido e sussurra coisas assim. A resposta é imediata. Ela brilha, e um sorriso tímido se arrasta através daqueles lábios vermelho rubi. Jack a puxa para uma parada e olha para sua esposa. Seus olhos se fixam em sua boca, na curva perfeita de seu lábio superior, a maneira como se forma um arco bonito, mas é o lábio inferior que faz sua boca se encher de água com necessidade. Ela se curva tão perfeitamente que enche sua mente com todos os momentos que ele a mordeu e chupou com sua boca. Um flash de calor cai sobre Jack com as memórias em sua mente. Muitas delas são de pele nua para ele não ser despertado.

Inclinando-se lentamente, ele aperta sua boca na dela. O beijo é suave. O rugido afoga seu pulso a cada som, exceto o suspiro doce de Abby. Jack abaixa os cílios. Ele pressiona a testa dela, querendo ela.


- Podemos voltar para o quarto, - oferece.

O olhar de Jack desliza lateralmente para a praia. Ele pensa sobre seu corpo escorregadio se contorcendo sob o seu quando as ondas quebram sobre eles. É uma fantasia que ele tinha de Abby desde o colegial. Algumas coisas nunca mudam, mas ele não pode perguntar-lhe por isso. Ainda não. Abby é tão tímida sobre as coisas. Ela ainda não entende o que faz para ele, não totalmente. É como ser oferecido ar e depois tê-lo tirado. Quando Jack não está com ela, há uma pressão no peito, como se ele não conseguisse respirar. Jack nunca sentiu isso antes. Nunca. Ele não sabe o que é, e tinha assumido que iria desaparecer depois do casamento, mas não desapareceu. Se aconteceu qualquer coisa, foi que piorou. Abby é seu ar,

sua

vida.

Ela

sempre

foi,

ele

apenas

sente

muito

mais

intensamente agora, como um fio que corre através de sua alma, vinculando-o a ela.

Jack toca os lados do rosto de Abby, sentindo a suavidade de sua bochecha e deixando seus dedos permanecem ao longo da curva de seu pescoço. Jack pode sentir seu corpo responder ao seu toque na maneira como ela inclina a cabeça para trás e abre seus lábios. Ele lembra de coisas que fizeram na noite passada, do êxtase de Abby e a forma como ela jogou os braços ao redor de seu pescoço e segurou firme. Isso o lembra do prazer da pinta, da paixão tão quente e brilhante que mal pode contê-lo.

A luz da lua reflete em seu cabelo, formando uma coroa de ouro. Jack bebe-a, querendo lembrar este momento. Não há ninguém como Abby, nunca haverá, e neste momento tudo é perfeito.

Jack tem de forçar a sua voz. Ela roubou-o novamente com aquele olhar sedutor dela. É tão descuidado como um movimento do


pulso, mas chia sob sua pele cada vez que Abby olha para ele dessa forma.

- Nós poderíamos, mas, depois, não conseguiriamos fazer as coisas que planejei para nossa última noite aqui.

- Ah, então é sobre isso todo esse segredo que tem mantido? Abby diz, sorrindo para ele. Ela aponta um dedo e coloca-o no peito, logo acima de sua camisa. Algo em seus olhos relaxa. Ele sente a culpa purulenta em seu estômago rastejar até a garganta. Ela sente que algo está errado. Porra, eu sou tão fácil de ler?

Jack sorri para ela, correndo os dedos pelo cabelo brilhante.

- Talvez. - ele responde, brincando. Um sorriso se espalha por seu rosto enquanto ele pensa sobre as coisas que arranjou para esta noite. Jack não tem ideia de como a noite vai ser, se Abby vai oferecer-se a ele da maneira que espera. Mesmo que ela não faça, ele está feliz que fez isso. Só o olhar em seu rosto quando ela o vê já o faz valer a pena.

Abby olha para ele por debaixo de seus cílios. Ela empurra os dedos em seu peito, dando-lhe um brincalhão empurrão.

- Oh, você é horrível. Eu não tinha ideia que você tinha feito alguma coisa. Eu não fiz nada para você. Eu pensei...

Antes de sua voz guinche mais alto, Jack corta-lhe, dizendo:

- É para nós dois. - Alcançando suas mãos, Jack puxa Abby em seu peito e envolve seus braços em volta de sua cintura. Olhando para baixo em seus olhos, ele pode ver o seu passado e seu futuro


colidindo. Isso faz seu estômago revirar, mas Jack empurra este pensamento de lado. Abby é dele agora. Viva o agora, Jack. Não pense no amanhã.


Capítulo 4 ABBY

Jack olha para mim como se nunca mais fosse me ver. Eu toco seu rosto, acariciando com meus dedos ao longo de sua mandíbula.

- O que há de errado?

Ele pisca muito e penso que o que eu vi se foi.

- Nada. Eu só estou sobrecarregado por você, às vezes. É difícil olhar para trás, ainda lembro-me da minha vida como era há alguns meses para comparar com a forma como as coisas estão agora. Eu nunca pensei que eu ia casar. Eu nunca pensei que ia ver você de novo, mas aqui está você, minha linda esposa em meus braços. Jack beija minha têmpora e me guia em direção ao restaurante.

Nós caminhamos em silêncio. Há um nó em minha garganta que não some. Jack tem sido assim durante toda a semana. Um momento ele está bem, todo sensual, sorrisos e sagacidade e depois o olhar assombrado está de volta. Eu me pergunto se eu sou a causa. Eu tenho que ser, certo? Há um sorriso triste no meu rosto enquanto nós

caminhamos,

mas

Jack

não

pode

vê-lo.

Seus

passos

correspondem ao meu. Nós caminhamos juntos com seu braço em volta do meu ombro. Seu perfume enche a minha cabeça junto com a brisa da noite. Eu quero fazê-lo esquecer o que é que está acontecendo. Eu quero que a nossa última noite sozinhos seja tão maravilhosa que tudo mais seja esquecido, mantendo todos os outros pensamentos afastados até amanhã.


Pensando em amanhã quase me coloca em pânico. Amanhã vou enfrentar o meu passado. Amanhã vou voltar para o Texas, para a minha vida anterior, e recolher meus pertences das cinzas. Amanhã me faz sentir doente. Jack parece senti-lo.

Ele me puxa para perto e beija o topo da minha cabeça.

- Eu te amo, Abigail.

A sensação de asfixia some. Jack tem a capacidade de afastar meus pesadelos, mesmo os reais. Eu sorrio para ele.

- Eu também te amo.

Jack puxa a porta aberta para o edifício principal e entramos. Música toca suave e outros casais caminham por nós de mãos dadas. Nós caminhamos para o melhor restaurante no pavilhão. Jack disseme para esperar um momento enquanto ele fala com o Host. Olho ao redor. Não importa quantas vezes estive aqui, ainda é incrível. As paredes são escuras e cobertas de azul pálido cheias de conchas quebradas e vidro do mar. Ele dá ao lugar uma sensação etérea, como se estivéssemos sob o oceano. É sereno e perfeito.

Jack retorna e estende seu braço para mim. Eu o tomo enquanto ele nos leva além da área em que normalmente nos sentamos na varanda com vista para a água. O garçom leva-nos através de um pequeno corredor para uma sala privada que é reservado para festas. Passamos o resto dos clientes. Jack segura a minha mão e me leva até a porta. Quando o garçom abre, eu não sei o que esperava, mas não era isso.


Eu paro abruptamente. Meu queixo cai aberto e minha mão aperta suavemente sobre o meu coração.

- Jack, - eu respiro, enquanto meus olhos correm lá dentro.

Esta sala tem a mesma decoração como a frente. Vidro do mar em todos os tons de verde e azul faz a ondulação nas paredes como ondas. É aí que a semelhança para. Há uma mesa lindamente decorada no centro da sala com toalhas delicadas e duas cadeiras douradas. A peça central brilha no meio da mesa, velas flutuando em um vaso de vidro, lançando uma luz dourada pálida. Tiras de seda são amarradas no teto, formando longas cortinas que cercam a mesa. Eles estão amarrados para trás, fazendo com que pareça um pequeno gazebo de seda. Pétalas de rosa brancas cobrem o chão. O perfume enche o ar.

Eu fico olhando para a sala, tentando ver tudo dentro. É lindo, sensual e deslumbrante. É o tipo de quarto que você pode ver em uma revista, mas nunca tem a chance de entrar. É perfeito.

Eu sinto os braços de Jack escorregar em torno da minha cintura enquanto ele pergunta:

- Você gostou?

Concordo com a cabeça, sem palavras. A sala inteira parece brilhar. Concordo com a cabeça lentamente, dizendo:

- É como um sonho.

Jack caminha em torno de mim pegando minha mão. Levandome ele diz:


-Vamos lá. A lua de mel ainda não acabou. - Jack tira seus sapatos depois que entra no lugar. Eu faço o mesmo. Nós andamos através das pétalas de rosa para a mesa. Sentindo o macio e fresco sob meus pés.

Jack puxa minha cadeira e me espera para sentar, antes de empurrar a cadeira de volta. Ele se inclina e beija minha bochecha, antes de se sentar à minha frente.

Eu vejo Jack e não consigo pensar em nada, além de seus lábios. Jack sorri para mim, como se soubesse. Meus dedos brincam com as pétalas por baixo da mesa enquanto falamos.

- Isso é tão impressionante. Quando você planejou tudo isso?

Os olhos de Jack caíram para a mesa, e então ele olha ao redor da sala.

- Eu planejei isso no meu tempo livre. - Ele pisca para mim com um sorriso malicioso no rosto.

- Você não teve nenhum tempo livre, - eu digo, sorrindo para ele. - Tem sido sempre Jack e Abby, o tempo todo.

Ele dá de ombros.

- Eu tenho meus segredos.

- Oh, você tem? - Ele balança a cabeça, parecendo que tem muitos. - Ah, então, eu pretendo arranca-los de você, um por um,


Jack Gray. - Eu tenho um olhar brincalhão no meu rosto, mas Jack interpreta de forma diferente.

O lado de seus pés apertam contra meu tornozelo. Com um sorriso de lobo em seu rosto, ele diz:

- Eu presto atenção em tudo relacionado a você. Tudo o que envolve você, soa bem para mim.

Eu rio e bato o pé contra o seu debaixo da mesa. Penso em como é grande esta noite, sobre o quão maravilhoso é Jack, e quanto amanhã vai me drenar. O pensamento tira o sorriso do meu rosto antes que eu possa pará-lo.

- O que foi? - Jack me pergunta.

Ele está me perguntando toda a semana, mas não queria falar sobre isso. Só me deixa triste. Eu sinto que estou de luto pela morte de alguém quando penso sobre a minha vida antiga, mas não faz nenhum sentido. Eu não estou morta. Eu encontrei o que queria, e ele está sentado em minha frente. Mas isso não importa. O sentimento continua voltando. Ele se apega a mim como um cobertor molhado e frio, quando menos espero. Como agora.

Meus lábios se abrem para procurar as palavras. Os olhos de Jack são suaves. Eles sustentam os meus, à espera de ouvir o que eu tenho para lhe dizer.

- Eu continuo pensando sobre amanhã. Esta é a segunda vez que eu temo ir para casa.


- Eu sei que é difícil para você, mas na última vez você se saiu muito bem. Talvez não vai ser tão ruim quanto você pensa. - Jack pega a minha mão e suavemente esfrega seu polegar ao longo dela.

Eu sorrio para ele, sabendo a memória que está tocando em sua mente. O dia em que apareci em seu estúdio, tudo mudou. O destino nos trouxe de volta juntos. Eu deveria deixar de lado as coisas que me machucam, mas não consigo. Essas coisas são parte de mim de alguma forma, de uma forma que eu realmente não entendo.

- Eu espero que você esteja certo. E você vai estar lá, o que vai ser diferente.

Jack sorri para mim. Inclinando-se para frente, ele segura a minha mão com força.

- Eu sempre vou estar lá para você. Eu estarei lá amanhã e sempre. - Ele sorri estranhamente, como se ele lembrasse de algo.

Pela minha vida, eu não tenho ideia do que poderia ser, então pergunto:

- O que?

- Eu nunca pensei sobre isso antes, mas isso é parte dos meus votos para você, para te amar, te proteger, e valorizar você, enquanto eu viver. - Ele sorri tão calorosamente que faz meus olhos se enchem de lágrimas. - Às vezes as pessoas só vão com a maré. Eu não sou assim e sei que você também não é. Eu estou aqui para você, Abby, sempre que você precisar de mim, em todos os sentidos que você me queira.


Eu pego meu guardanapo da mesa e enxugo os olhos.

- Jack, - eu respiro seu nome como se fosse a própria vida. Suas palavras tiram todo o aperto que tenho no coração. Ele havia tomado todo o medo em torno do meu cérebro, passando os braços sobre ele, e empurrou-o para longe. Eu estou sorrindo para ele e enxugando os olhos. O olhar azul de Jack está cheio de carinho.

Antes de ter a chance de dizer algo mais, o garçom aparece com o primeiro prato. É apresentado com placas minúsculas de prata. Eu quase ri quando eu percebi o que está no primeiro prato. É um pequeno triângulo branco polvilhado com açúcar.

- PB e J? - Eu pergunto, arqueando uma sobrancelha para ele, perguntando o que ele fez. O sorriso aumenta em meu rosto. - Essa noite é uma cornucópia1 dos alimentos favoritos de Abby Gray. - Ele olha para os pequenos triângulos em seu prato. - Eu disse a eles para fazer parecerem bonitos. O que você acha?

Eu rio, pegando o sanduíche pequeno.

- Bom. Muito impressionante, Sr. Gray. Isso é muito atencioso e bonito. - Eu olho para ele por um momento, segurando seu olhar, perguntando se ele lembra-se. - É por causa do que aconteceu naquele dia no refeitório?

Os Olhos de Jack brilham.

1

A palavra é originária do latim (cornu copiae = chifre da abundância). Trata‐se de um símbolo relacionado à fartura da alimentação e à abundância em geral.


- Eu não sei o que você quer dizer. - Ele sorri para mim e eu sei que ele se lembra.

- Como você lembra disso? - Nós tínhamos 17. Jack correu atrás de mim na fila do almoço. Ele estava conversando sobre uma garota que tinha virado sua cabeça, e ele agarrou o último sanduíche. Eu não disse nada e peguei o resto do que estavam servindo no almoço. Eu balancei a cabeça e sorri enquanto ele saltou sobre as pontas dos seus pés. Quando nos sentamos à mesa, ele me pediu para pegar um garfo. Eu não entendi, até que voltei para a mesa. Ele mudou nossas bandejas. Ele ficou com os restos e o pequeno perfeito sanduíche estava na frente do meu assento. Ele sempre fez coisas como isso na época, mas essa ficou na minha cabeça. Aquele sorriso contagiante e sua risada daquele dia ainda ecoa em meus ouvidos.

- Eu estava loucamente apaixonado por você. Como poderia esquecer? - Ele me dá um sorriso torto que enche meu coração.

- Mas você estava falando sobre uma garota que queria pregar. Você nunca demonstrou nada.

Ele dá de ombros.

- Eu era estúpido. Mas de qualquer jeito, a garota que eu estava falando aquele dia era você. - Ele ri quando meus olhos se arregalam. - Eu falei sobre as meninas aqui e ali para ver o que você faria, tentando conseguir uma reação. - Ele come seu sanduíche, sorrindo para mim.

- Você estava falando sobre uma garota que você queria dormir com... - Estou tentando lembrar as palavras que ele tinha dito há


tantos anos atrás. Na época, eu queria arrancar-lhe os olhos, então eu estava ouvindo apenas a metade. Jack observa-me, lentamente juntando os pedaços de memória juntos. Encaro-o com meus lábios apertados. Quando eles finalmente se abrem, meu queixo cai e as palavras não vem.

Jack ri. É um som mais profundo.

-

Essa

menina

era

você.

Belos

seios,

olhos

brilhantes,

sagacidade afiada com lábios que gritam para ser beijados. Eu continuava a falar sobre você por todo o período. Porra, eu estava sem tato. - A vibração em seus olhos azuis parece desaparecer. Sério, ele pergunta: - Eu perdi tanto tempo tentando lhe dizer sem dizer como eu me sentia. Eu não posso te dizer quantas vezes desejei que tivesse te beijado naquela noite, o quanto eu me arrependi das minhas ações. - Há um vazio em suas palavras. É algo que nunca pode acontecer. Perdemos 10 anos. Nós nunca vamos recuperá-los. Sua vida mudou durante esse tempo e assim como a minha. O dano foi feito para que não possa ser alterado.

Tomo suas mãos e digo:

- Nós encontramos outra vez. Isso é tudo que importa. A maioria das pessoas não tem uma segunda chance, Jack. Nós tivemos sorte. - A cabeça de Jack abaixa quando ele olha para a minha mão. Minha garganta aperta. Eu quero envolver meus braços em torno dele e nunca deixar ir. Algo está passando por sua cabeça. Eu vejo o remorso em seus olhos. Esta é apenas a ponta, à beira de tudo que está assombrando. Ele olha e me dá um sorriso fraco.

Só então a segunda rodada de comida vem. Este percurso é tão bonito quanto o primeiro.


- O que é isso? - Parece quadrados de chocolate. Existem três em um pequeno prato branco com uma framboesa. - Um fudgesicle2. - Eu caio em uma risada e quase bato a bunda no chão. Jack me olha e sorri.

- Você está louco?

Ele pisca para mim.

- Talvez. - O sorriso que ilumina seu rosto atinge os olhos. Ele está se lembrando daquela noite. Estávamos em um dos bailes. Eu não me lembro qual. Meu encontro acabou por ser uma idiota. Ele tinha mãos felizes, então eu o deixei e me sentei na arquibancada sozinha. Jack tinha mãos felizes em Carlie Throning, mas ela não pareceu se importar quando suas mãos desceram em suas costas. Eventualmente, Jack veio. Ele me entregou um picolé e disse algo estúpido. Eu ainda posso ouvir a sua voz. Você é muito puritana, Abby. Quem se importa se um cara pega sua bunda? Você tem que se dar um tempo e deixar de ser uma vadia. Peguei o sorvete congelado, empurrei para baixo de sua camisa, e saí fora. Nós não nos falamos por duas semanas.

Ele limpa a garganta e olha para a tigela.

- Talvez seja um pedido de desculpas. Você teve uma melhor compreensão sobre sexo nessa idade. Eu realmente não entendi. E eu realmente queria você. - Ele ri quando diz que a última parte. - Você

2

(N.de T.: uma marca de sorvete de palito)


tem que admitir que eu fiz um bom trabalho de não agarrar sua bunda logo em seguida.

Eu ri alto, e bati minhas mãos sobre minha boca, olhando ao redor. Eu aponto o dedo para ele, como se estivesse estado com problemas.

- Eu o teria matado.

- Teria valido a pena.

Sorrindo, eu balancei minha cabeça.

- Então, o que o seu encontro pensou quando você voltou coberto de chocolate?

Os olhos de Jack deslocaram para o lado, como se ele não quizesse me dizer.

- Bem ...

- Oh, agora você tem que me contar. O que ela fez?

- Eu disse a ela que fiz algumas coisas com uma fudgesicle que me rendeu o respeito do time de futebol daquele ano e acrescentou algo ao longo das linhas. Eu não sou um tipo de cara de uma mulher. - Inundações de constrangimento em seu rosto.

- Você disse a seu encontro que você teve relações sexuais com uma menina usando um picolé? - Ele balança a cabeça uma vez, o seu rosto em um vermelho beterraba, seus olhos apenas encontram o meu quando ele é obrigado. - O que ela fez?


- Abby, - diz ele, - talvez este não seja um bom caminho.

- Oh, meu Deus. Você teve relações sexuais com ela usando um picolé! Diga-me que não fez. - Eu pisco para ele com um sorriso incrédulo no meu rosto.

Ele dá de ombros e não encontra o meu olhar.

- Eu estava fodido. Eu lhe disse que tinha um passado, que fiz coisas. Eu não queria que a conversa fosse por esse caminho.

- Jack Gray, você tem uma mente muito distorcida. - Eu não consigo parar de sorrir para ele. Eu quero arrancar a cabeça daquela menina fora, mas Jack é meu agora. Eu me pergunto por que eu não vi nenhum vestígio de seus fetiches. Eu lambo os lábios, imaginando o que seria, e eu tremo. Jack tem um olhar de surpresa em seu rosto. - Eu gosto disso. - Eu pisco para ele e a tensão flui de seus ombros.

- Eu pensei que você ficaria chateada, - diz ele, olhando para mim.

- Nós dois tivemos vidas antes desta. Eu não posso gritar com você sobre coisas que aconteceu há uma década. No entanto, posso pedir que me conte outras coisas sexuais estranhas que você fez. – Jack sorri e olha para longe. Oh, meu Deus. Ele está escondendo algo. Eu sabia. - Eu vou descobrir um dia. Você pode me dizer alguma coisa, Jack.

Ele bate na cabeça, sorrindo, e levanta a taça de vinho.

- Há algumas coisas aqui que você não quer saber.


- Eu acho que é mais como há algumas coisas ali que são tão confusas que você não deseja compartilhar. - Ele olha para mim. Flashes de calor nos olhos de Jack. Bingo.

Jack pega um quadrado congelado e coloca na boca. Quando ele percebe meu olhar para ele, diz:

- Coma seu jantar, Abby. - Aquele sorriso torto está lá, e eu sei que esta noite está apenas começando.


Capítulo 5 JACK

Abby tem esse olhar em seu rosto, o que incomoda Jack em seu núcleo. É como se ela pudesse ler sua mente, cada pensamento, cada emoção. Jack condena este curso. Ele queria que fosse doce, para ser uma forma de dizer que eu me lembro de tudo entre nós, mas

o

velho

Jack

não

percebeu

o

quão

profundo

são

seus

sentimentos por Abby. Ele foi imprudente e estúpido. A memória daquela noite cresce em sua mente no mínimos detalhes, vívida, cada detalhe da raiva nos olhos de Abby enquanto seu olhar queimou um buraco em seu rosto, o jeito que ela agarrou seu pescoço e enfiou o picolé gelado para baixo da sua camisa, a forma como ela se virou e correu antes que ele pudesse vê-la chorar. O coração de Jack cai no fundo do seu estômago com a memória.

O que Abby não sabia era que ele a tinha perseguido depois dela ir. Jack deixou seu encontro sozinha por tanto tempo que ele estava certo de que ela tinha ido embora quando ele voltou. Ele não queria continuar a noite, ele só não queria ir para casa ainda. Jack não entendeu a versão idealizada de Abby do sexo. Para Jack, era um jogo. Sexo era divertido, uma forma de aliviar a tensão de seu corpo. Alguns dias, sentiu que não poderia lidar com ele. Ele queria dar um soco em armários e lutar com qualquer cara que olhou para ele errado. Quando estava em torno de Abby e ela dava um pontapé com sua castidade, só o deixava pior. Se ela tivesse dito algo ainda uma vez que o fazia pensar que ela o queria, Jack não teria sido capaz de se controlar. É por isso que ele disse essas coisas naquela noite. Jack tinha visto Abby dançar com aquele cara. O jeito que ele estava


olhando para Abby foi da mesma forma que Jack fez. Jack sabia o que o olhar queria dizer. Jack respondeu puxando Carlie mais perto dele e baixando suas mãos na bunda dela. Apenas quando ele fez isso, Abby olhou para ele. Seus olhos tímidos viraram para longe. Mais do que tudo, Jack queria estar segurando Abby, mas as coisas não funcionam assim. Passaram-se anos antes que funcionou dessa maneira. Em vez disso, Jack continuou a comer todas enquanto Abby continuou sendo pura.

Ele perdeu a cabeça naquela noite e disse coisas que não deveria ter dito. Então, quando Jack voltou para o baile, ele era uma bagunça e Carlie estava lá perguntando o que aconteceu com sua camisa e onde ele estava, quando ela se ofereceu para ele, Jack seguiu em transe e fez o que ela queria. Mas ele nunca se sentiu inteiro. Foi só para passar o tempo.

O olhar no rosto de Abby agora o assustava. Jack não queria entrar em seu passado.

Quando ela fala, ele quase morre.

- Então, o picolé ... funcionou?

Jack não poderia ajudá-la. Ele sorri para ela.

- Se funcionou? Não, era muito frio. - Se ele não soubesse melhor, Jack teria pensado que Abby pareceu desapontado. - O que está se passando em sua mente?

Abby encolhe os ombros e da outra mordida.


- É frio, - diz ela, movendo a peça de fudge congeladas entre os lábios. Ela o segura por um momento, olhando para ele, antes de engolir. - Eu ouvi dizer que o frio pode fazer bem.

- Onde você ouviu isso? - Jack está sorrindo para ela. Ele não pode acreditar que ela não está chateada. Jack brinca com um ponto imaginário sobre a mesa e olha para ela com esperança enchendo o peito. Talvez ela não vai dizer não depois. Talvez ...

- Por aí, - diz ela timidamente, olhando para ele. Os olhos de Jack se movem para encontrar o seu olhar, mas fica preso em seu corpo. Seus seios são lindos e cheios. Esse vestido empurra-os em direção a ele, fazendo-o esquecer o que ele ia dizer. Abby se inclina para trás e o prato é removido na frente dela.

- Você me surpreende.

- Porque eu acho comida sexy? - Ela pergunta, sorrindo. Abby se inclina para frente e tece os dedos antes de descansar o queixo em cima. Ela acena para ele. Essa piscadela é uma linha direta com suas calças. Jack achava que sabia o que estava fazendo, mas resistir a ela agora é tão difícil como foi na escola. Ele daria qualquer coisa para tê-la neste momento. Tudo o que ele pode pensar é segura-la em seus braços e sentir sua respiração contra seu peito. Há algo sobre ela que o chama. Ele queria negar, para oferecer-lhe a oportunidade de viver a vida que ela tinha escolhido, mas Jack era fraco. Ele não podia deixá-la sair de sua vida novamente.

Ele ri.

- Sim, essa é a única razão para a minha declaração. Seu fascínio sexual com comida é sedutor. Eu tenho que ter você. Agora.


- Jack quer dizer o que ele diz, mas faz parecer que ele está apenas brincando. Qualquer fascínio sexual que Abby tem o fascina. Jack sabe que ele vai fazer qualquer coisa que ela queira, mas Abby não está lá ainda. Isto ainda é novo para ela e Jack não quer apressá-la.

Abby pega um pedaço de cenoura do centro da mesa e lambe-o antes de colocá-lo entre os lábios. Ela puxa o ar lentamente.

- Eu ouvi dizer que as cenouras são muito divertidas.

- Com quem você anda falando?- Pulso de Jack está batendo. A pressão em suas calças está se tornando muito exigente para ignorar.

Jack

pressiona

os

olhos

fechados,

tentando

forçar

a

protuberância em suas calças para baixo.

Ela ri.

- Kate. De quem mais eu poderia ouvir essas coisas? - Ela mergulha a cenoura e coloca-o na boca novamente. Quando ela puxa-o lentamente, Jack sente-se endurecer novamente.

- Ela lhe contou o que acontece quando você provoca o seu amante em um lugar público? - Jack brinca. É algo que ele quer, que ele espera que ela aceite sobre isso. Tudo sobre esse lugar é perfeito. Basta olhar para Abby para fazé-lo querer muito. Quando ela brinca como agora, Jack quase perde sua cabeça.

Abby solta risadinhas.

- Você não faria isso. - Ela coloca a cenoura para baixo e se inclina para frente. Pressiona o peito duro contra o decote de seu vestido, fazendo seus olhos desviar abaixo em seu rosto.


- Provoca-me, Sra. Gray. Gostaria muito de fazer coisas indizíveis para você aqui.

Abby fica com o rosto avermelhado e ela desvia o olhar. O coração de Jack cai um pouco. Ela precisa de mais tempo. Não é justo pedir isso a ela tão cedo.


Capítulo 6 ABBY

Quando Jack diz que ele iria me levar, aqui e agora, meu rosto fica em chamas. Eu olho para longe, incapaz de corresponder à intensidade do seu olhar. Meu estômago torce quando me imagino nua na mesa com Jack empurrando para dentro de mim. Eu sou aquele tipo de mulher? Eu não sei.

Eu olho para Jack e decido não tentá-lo novamente. Eu estava apenas brincando com a cenoura, não percebendo o efeito que teria sobre ele. Eu me pergunto se é realmente erótico, se ele está duro me olhando. Os pensamentos fazem-me desejar o nosso quarto onde eu pudesse passar minha mão sobre ele e descobrir. Eu sorrio levemente para ele, como eu sou uma boa menina, como eu não sou uma maluca luxuriosa para o alcançar debaixo da mesa e tatea-lo.

O percurso continua, eles têm tanto a comida que eu gostava na escola e algumas coisas que Jack percebeu que eu desfrutaria agora. Cada um tem uma história, uma memória que me faz sorrir. Ele dá um replay no nosso relacionamento neste jantar, curso por curso, até o fim. Quando a sobremesa é servida, as xícaras pequenas de pudim colorido servido com um patito de chocolate. Eu quase morro. Eu sorrio amplamente para ele quando o garçom coloca os pratos na nossa frente. Eu mal posso ficar do meu lado da mesa. Eu quero levantar-me e envolver meus braços em torno dele. Nós comemos o doce em silêncio. Eu tenho essa pressão enorme no meu peito que as palavras não vem. Quando eu puxei o palito de


chocolate do copo, eu irei lambê-lo devagar e longamente antes de sugar todo o pudim fora da ponta.

Jack observa-me fazê-lo, seus olhos escurecendo. Lembro-me de sua advertência e parte de mim quer saber se é sério. Eu estou sorrindo baixinho quando mordisco, meus olhos se encontraram com os dele. Jack põe a colher para baixo e se recosta na cadeira. Ele me olha por um momento. Eu fecho meus olhos e passo o palito em meus lábios, inalando profundamente. Meu peito se expande, uma vez que se enche de ar. A ação me excita. Eu estou pensando nele quando faço isso. Quando eu olho para ele de novo, é através dos olhos fortemente cerrados.

Colocando o pequeno pedaço de chocolate para baixo, eu me levanto e caminho ao redor da mesa para Jack. O garçom aparece e leva nossos pratos, depois desaparece novamente. Os olhos de Jack me veem dessa maneira carnal que faz meu coração vibrar. Quero andar até ele e beijar sua bochecha, mas Jack me pára. Sua mão se projeta para fora e chega para o meu pulso. Ele me puxa para ele. Eu deslizo para o seu colo e minha pergunta anterior é respondida. Eu posso sentir o comprimento duro de Jack debaixo de mim. Faz o meu fôlego estremecer.

Os olhos escuros de Jack vão por todo o meu rosto e peito. Eles agitam meus olhos e lábios, baixando até meu peito e minhas costas. Ele desliza suas mãos na minha cintura e diz:

- Assim está melhor. Deveríamos ter jantado assim. - Jack sorri e me abraça apertado, pressionando o lado de seu rosto em meus seios.


Ponho meu cabelo atrás da orelha e cruzo meus tornozelos. Há coisas que eu quero dizer a ele, e as palavras que foram construindo dentro de mim começam a derramar.

- Eu amo o quão bem você me conhece. Eu amo que você pensou nisso, o que você fez por mim. Eu amo tudo sobre você, Jack. - Eu sorrio para ele e pressiono meus lábios nos dele. Era para ser um beijo casto, algo leve, mas não é.

As mãos de Jack encontram o meu rosto e o beijo se torna quente e pesado. Sua língua lambe a linha dos meus lábios e eu não posso negá-lo. Eu abro a minha boca e sinto sua língua me acariciando. O sabor de Jack é como caramelo e creme - doce, como a nossa sobremesa. Aprofunda o beijo e eu não estou mais ciente de qualquer coisa, além de Jack. Respirando com dificuldade, ele quebra o beijo.

Os olhos de Jack pesquisam os meus, pedindo-me, dizendo o que ele quer de mim. Meus coração bate com mais força. Eu olho em volta, procurando o garçom, mas ele se foi. Jack toma meu queixo com a mão e vira o rosto para ele.

- Abigail, eu quero você aqui, agora. Faça o que você gosta de fazer. Ele não vai voltar.

Demonstrações públicas de afeto me assustam. Eu não sei por que fazem, mas fazem. A ideia de ter sexo nesta sala faz meu pulso atirar-se para o território de acidente vascular cerebral, mas olhando para Jack, eu não posso negá-lo. Eu sei que ele quer isso. Há uma parte dele que ele quer esconder, uma parte que ele parece relutante em compartilhar, parecendo que ele está com medo de que vai me assustar. Eu quero dar isso a ele, mas estou apavorada. Quando eu


olho em seus olhos, eles piscam como chamas azuis. Há calor em seu olhar, um desejo carnal que eu quero dar para ele. Eu quero ser sua, do jeito que ele quer. Eu quero ser a menina de Jack e fazer isso por ele. Eu sei que houve outras. O pensamento pisca pela minha mente. Eu quero dar-lhe tudo. Eu posso aprender a ser o que ele precisa.

Eu levanto e volto-me para Jack, levantando uma perna sobre seu colo, de modo que eu estou montada nele quando me sento. Com o olhar escuro de Jack é difícil de negar. Ele coloca as mãos sobre os joelhos e acaricia até as minhas pernas devagar, sentindo minhas curvas. Seus olhos travam com o meu quando ele faz isso, empurrando minha saia mais e mais alto até que ela está reunida na minha cintura e pendurado atrás de mim. Meu coração bate mais e mais forte, o que torna impossível a respirar normalmente. Eu chupo em respirações trêmulas quando ele aperta minhas coxas. Eu olho na porta, preocupada que nós vamos ser interrompidos.

Suavemente, Jack leva meu rosto entre suas mãos. Eu olho para ele.

- Beije-me, Abby. - Ele está me dizendo o que ele quer. Eu vejo isso em seus olhos, na maneira como ele olha para mim. Há mais sobre Jack do que eu sei, e eu quero saber o que está lá. Eu só tenho que ter coragem suficiente para fazê-lo. Eu não acho que tenho. Meu coração está batendo no meu peito, batendo tão forte que a única coisa que ouço é o rugido em meus ouvidos. Este é um ponto de retorno. Isso é algo que tenho controle, mas o medo nada no meu estômago. Estou muito nervosa com a porta. E se o garçom voltar? E se Jack está errado e as pessoas andam por aí?

O olhar quente de Jack desliza sobre meu rosto, queimando uma trilha no meu pescoço. Quando ele levanta seus cílios para me


ver, eu sinto que ele conhece todos os pensamentos em minha cabeça. Isso é novo para mim, mas ser hipócrita não é. Eu nunca gostei da ideia de fazer algo romântico em público. Parecia errado de alguma forma, mas agora que estou aqui em seu colo com a minha saia até a minha cintura e as mãos fortes de Jack sobre minhas coxas ... Eu não sei o que eu quero. Eu me sinto em conflito, como se a minha mente estivesse em conflito com ela mesma. O que há de errado parece certo. Eu sinto meus pensamentos preconcebidos quebrarem quando eu olho nos olhos de Jack. As piscinas infinitas de azul procuram meu rosto, esperando.

Essa esperança derrama em mim. Eu sinto isso surgindo através das minhas veias como enchendo em meu peito. Eu não acho. Eu ajo. Eu faço o que parece certo. Eu poderia pegar a mão dele na minha e levá-lo de volta ao nosso quarto. Ou ...

Inclinando-me, eu aperto meus lábios nos dele. Gentilmente, eu escovo minha boca contra Jack. Ele permanece completamente imóvel. Eu não vou recuar. Medo dá voltas dentro de mim, mas eu não deixo que me consuma. Eu pisco lentamente, observando os lábios de Jack, perguntando até que ponto ele quer levar isso. Então, eu me inclino e beijo-o novamente. Meus lábios escovam sobre Jack e ele responde desta vez. Ele abre seus lábios e deixa-me entrar. Eu gosto de seu beijo, cada vez mais excitante. Suas mãos esfregam minhas coxas enquanto meus lábios são esmagados contra o seu. Eu levo o seu rosto em minhas mãos, tornando o beijo mais quente, mais profundo e mais intoxicante.

Logo, eu não estou pensando sobre onde estou ou o que estamos fazendo. Eu permaneço

em seu colo, nossos corpos

bloqueados em nossos lábios. As mãos de Jack me puxam pra perto, forçando minhas pernas para abrir mais. Em seguida, ele passa as


mãos sob minhas coxas até minha bunda, puxando-me tão próximo dele como eu posso. É como se mil borboletas voassem livres dentro de mim, fazendo cócegas em cada centímetro do meu meio corpo. Eu mexo em seu colo, tentando aliviar o sentimento, mas isso só me faz gemer. Eu o sinto quando faço isso. Eu sinto o quanto ele me quer.

Qualquer outro pensamento desaparece da minha mente, e é apenas Jack e eu. Eu fecho meus olhos, o beijo continua, esquecendo a sala. Eu me perco no momento, me permitindo sentir as mãos de Jack em mim sem estar preocupado de que alguém vai entrar. Minha pele fica mais lisa quando a sala fica mais e mais quente. Quando eu subo para respirar, eu chupo e volto para sua boca. Nós dois estamos respirando com dificuldade, e excitados. As mãos de Jack deslizam sobre os meus quadris e correm sobre meu corpo, eu gemo baixinho e atiro a cabeça para trás. Ele dispara choques de eletricidade através de meu corpo. Seu toque em minha pele é mágico. Eu não posso ajudá-lo.

Os lábios de Jack caem ao meu pescoço, onde ele deixa um rastro de beijos fumegantes. Eu mantenho a cabeça no seu pescoço, enredando

os

dedos

em

seu

cabelo

sedoso.

Eu

inspiro

profundamente, apreciando a forma como ele me faz sentir. Inclino meus quadris e me balanço contra ele, incapaz de me controlar. Sinto seu comprimento duro debaixo de mim. Eu balanço de novo e de novo, não pensando, apenas sentindo.

Jack geme quando seus dedos alcançam sob a alça do meu vestido. Ele o escorrega do meu ombro. Ele olha para mim com um belo sorriso no rosto. Eu não estou vestindo um sutiã. Jack sorri para mim, encantado. Jack me toca levemente no início, seus dedos movendo-se lentamente sobre as minhas curvas, e chegando a ponta do meu mamilo. Eu o vejo através dos olhos cerrados, meus lábios se


separaram. Mais uma vez, me pergunto até que ponto ele quer levar isso. Espero poder continuar. Antes de ter mais tempo para pensar, os lábios de Jack rasgam meus pensamentos. A dispersão como a poeira. Sua boca volta para a minha quando sua mão faz uma concha sobre meu peito. Sua mão se fecha suavemente, sentindo a plenitude do meu peito em sua mão. Ele brinca comigo, me segurando e esfregando o polegar sobre a minha carne sensível. Eu chupo em uma respiração surpresa e tensa em seu colo, mas seu beijo me acalma. Eu logo esqueço de onde estou. A única coisa que sinto é o seu querer abaixo de mim, pressionando duramente.

A forma como Jack me toca traz cada centímetro do meu corpo para a vida. Seus dedos provocando meu peito, desenhando meu mamilo, enquanto sua língua provoca minha boca. Eu estou perdida em luxúria. Todo o meu corpo formiga de cima para baixo. Um brilho quente cobre a minha pele, tornando-a escorregadia. Eu não me importo onde estou ou o que estou fazendo. Jack está me fazendo ficar tão quente que eu não posso pensar. Meus olhos já não veem claramente. Tudo está coberto de uma névoa sensual.

Eu aperto contra os quadris de Jack, mais forte desta vez, e quebro o beijo. Eu não posso respirar. Eu me sinto tão quente. As sensações deliciosas crescendo dentro de mim me faz arquear as costas apertando novamente contra ele. Jack libera meu outro seio e meu vestido cai para minha cintura, como piscinas entre nós. Jack olha a minha reação. Ele está esperando por mim para puxar o vestido de volta para cobrir o peito nu, mas eu quero suas mãos em mim tão mal. Eu queimo por seu toque. Minha pele é tão quente, cada centímetro está formigando, querendo sentir suas mãos.

Quando eu não aguento mais, eu imploro:


- Jack, por favor. - Fechando meus olhos, eu coloco minha cabeça de volta. Ele empurra meu seio para frente, mais perto do seu rosto. No começo eu só sinto o ar fresco, mas Jack puxa-me para ele. Suas mãos deslizam em volta mim e encontram o caminho para os meus seios. Ele me segura, trabalhando a carne sensível em suas mãos. Eu inspiro em voz alta, tentando não gritar seu nome. Jack se inclina perto e eu posso sentir seu hálito quente na minha pele. Tomando um mamilo na boca, Jack suga suavemente, beliscando e puxando. Seus dentes passam pela minha pele e então eu sinto o toque de sua língua. Eu suspiro e ele faz isso de novo. Cada estreitamento, cada movimento, me leva mais e mais alto. Eu seguro em seus ombros, balançando suavemente contra seus quadris, querendo mais, precisando de mais, até que eu não aguento.

Com a outra mão Jack escorrega em minhas costas nuas e puxa meu corpo mais perto de sua boca. Meus dedos emaranhando em seu cabelo enquanto ele beija minhas curvas, chupando meu peito. Minha cabeça pende para trás e me sinto cada centímetro do meu corpo queimando para tê-lo. Eu preciso dele entre as minhas pernas. Quero Jack dentro de mim. Como se possa ler minha mente, Jack levantame de seu colo e me deixa em cima da mesa. Jack desfaz suas calças e libera seu membrio rígido, enquanto eu me sento na mesa como se tivesse fazendo topless. Jack empurra a cadeira para trás, dando-lhe espaço para ficar de pé. Eu o vejo seus olhos escuros. Jack puxa-me pelos os meus pés enquanto ele se senta na cadeira, e meu vestido cai no chão. A única coisa que eu estou usando é uma calcinha preta minúscula. Jack se inclina para frente e aperta seu rosto ao meu estômago. Eu suspiro quando ele respira na minha pele. Seus polegares deslizam em minha calcinha de cada lado do meu quadril, e com um movimento rápido, ele leva-os fora. Eu estou diante dele nua. Jack ainda está em suas roupas, camisa branca ainda abotoada, e aqui estou eu com nada. Há apenas uma coisa que ocupa meus


pensamentos. Eu vejo o seu comprimento rígido. Olhando-o sob meus cílios, eu lambo meus lábios. Jack puxa-me para ele, fazendo meu coração disparar mais rápido.

O jeito que ele me olha me faz em chamas. Jack pega meus quadris e guia-me em seu colo. Cada pensamento na minha cabeça desaparece. Sinto seu comprimento, afiado e duto encher-me, quando eu me abaixo para ele. Minha boca se abre, formando um O, e eu suspiro quando o levo para dentro, as mãos de Jack escorregam pelas minhas costas e minha bunda. Ele inclina meus quadris um pouco e eu quase gozei. Ofegante, eu começo a levantar, mas ele me puxa de volta para baixo. O movimento começa com meus quadris balançando novamente. Eu sinto meu centro pegando fogo quando a luxúria desenfreada me atinge. Jack chega para os meus seios, puxando cada um em sua boca, provocando-me fora da minha mente. Ele suga impiedosamente, arranhando-me com os dentes. Quando ele faz isso, ele acalma meus quadris para que eu não possa me mexer. Suas mãos me seguram, ainda assim, não permite aliviar a tensão crescente dentro de mim.

Sensações são um redemoinho embora e eu não consiga ficar mais parada. Eu seguro as suas mãos, tentando arrancar os dedos de mim. Eu estou implorando.

- Jack, por favor. - Suas mãos mudam a minha bunda e eu caio contra ele tão forte, tão rápido, que a cadeira começa a mudar. Eu não me importo. Eu sinto o desejo dentro de mim. Eu preciso dele. Eu o quero. Jack geme meu nome e me mantém em seu colo enquanto eu nos balanço mais e mais. Suas mãos escavam em meus quadris, me ajudando. O calor entre as minhas pernas é requintado. Eu não posso parar. Eu preciso dele. Eu quero que ele encha-me, eu bato com mais força e mais duro em seu colo, sentindo-o dentro de


mim. Eu me sinto tão alta, tão perto. Jack inclina seus quadris quando eu bato para baixo e meu corpo faz o que deseja. Sinto-me quebrar, quebrar em um milhão de pedaços felizes, flutuando em pura felicidade.

Ao mesmo tempo, Jack empurra-me uma e outra vez, fazendo com que a pulsação deliciosa dure mais tempo. Ele ainda é forte dentro de mim. Eu amo o sentimento, mas eu queria que ele viesse comigo.

Sentindo-me embriagada, digo:

- Não pare.

Os olhos de Jack são escuros. Cada pedacinho dele ainda é despertado, ainda em necessidade. A voz de Jack é tão profunda quando ele fala. Isso faz o local entre minhas pernas pulsar.

- Você tem certeza? - Eu aceno e beijo-o suavemente nos lábios.

Jack levanta-me de seu colo. Quando eu sinto que ele vai sair, eu quase virei outra vez. Eu não percebo o que está fazendo, até que ele me vira para a mesa e me inclina contra a parte superior. Curvome e sinto-o pressionar contra meu traseiro. Meus dedos agarram o pano. Um choque de excitação corre através de mim. Estou surpresa ao descobrir que quero mais. Com o pensamento enchendo minha mente, eu sinto Jack entrando em mim. Eu ainda estou quente e pronta de momentos atrás. Ele geme e diz algo incrivelmente sujo enquanto tenta controlar seus impulsos. Jack se move lentamente, apreciando a sensação de empurrar profundamente em mim e em seguida, puxando todo o caminho. Estou tão sensível que mal posso


suportá-lo, mas como ele faz isso mais e mais, muito lentamente, eu estou sugando de volta para uma nuvem de luxúria. Toda vez que eu sinto que ele pressiona em mim, eu quero mais. Segurando a toalha, eu estava lá, não vendo nada, apenas sentindo-o empurrar para dentro de mim uma e outra vez.

Ele é tão lento e cuidadoso que acho que ele vai esperar. É quando

Jack faz. Ele

agarra

meus ombros rígidos e

começa

rapidamente empurrando seus quadris, forçando seu eixo longo, duro dentro e fora. Deixei escapar uma onda de ar, quando ele bate em mim. O movimento rápido é perfeito. Toda vez que ele empurra, eu posso sentir seu corpo bater no meu. Eu agarro a borda da mesa, tentando me segurar, tentando não derreter em uma poça no chão. O calor entre as minhas pernas é incrível. Eu sinto isso pulsando através de mim, enviando esse segmento espiral de desejo pelo meu corpo. As velas flutuantes no centro balançam para trás e para frente em sua tigela de vidro com cada impulso dos quadris de Jack. Eu seguro mais forte. Antecipando suas estocadas, eu empurro de volta, mas ainda sinto como se Jack está restringindo a si mesmo.

Ofegante, eu digo:

- Com força.

Isso o liberta de se segurar. O corpo de Jack bate no meu tão duro que eu já não posso empurrar para trás. Ele não é o amante delicado que tive tantas vezes nesta viagem. As mãos de Jack caem de volta para os meus quadris enquanto martelam em mim mais forte do que ele já fez antes. Eu sinto-o dentro de mim, empurrando mais profundo, querendo mais. Eu nunca senti algo assim. Parece errado ... e perfeito.


Há uma borda-primitiva para o Jack que eu não tinha notado antes. A maneira como ele me domina, a maneira como pega o que quer me faz pensar que outras fantasias estão na sua cabeça. Jack age de forma diferente. Eu não sou mais uma boneca de vidro que vai quebrar em suas mãos. Eu sou sua amante, a mulher que pode ser qualquer coisa que ele precisa. Eu sinto meu corpo me desafiar. Começo a vir de novo enquanto Jack agarra duro, puxando seu comprimento em mim. Eu grito seu nome quando gozo. Isso o empurra por cima.

- Oh Deus, Abby. - Jack bate em mim, e depois pára de repente, antes de fazê-lo mais duas vezes, chegando com cada impulso delicioso. Jack se derrama dentro de mim, e antes dele puxar para fora, saboreando a sensação pulsante. Ele se inclina para perto do meu ouvido e sussurra: - Eu te amo.

Quando ele se afasta, eu quase caio no chão, mas suas mãos estão lá. Jack puxa-me para ele e senta-se na cadeira, reunindo-me em seu colo. Jack está vestido e eu não. Eu tenho um agradável sentimento de flutuar feliz que eu não me importo.


Capítulo 7 JACK

Abby se aconchega no peito dele, brincando com os botões de sua camisa. Cada centímetro do seu corpo reage a ela, mesmo depois de tudo o que acabou de fazer. Há uma sensação de calor no centro de seu peito enquanto ele embala Abby em seus braços. Dias como estes são poucos. Ele beija o topo de sua cabeça e aperta seus braços em torno de sua esposa.

- Obrigado. - Jack diz suavemente, alisando o cabelo no alto da cabeça. O toque é suave. Jack tem muita adoração dentro dele que ele não está certo de como deixá-la saber. Ele quer abraçá-la forte e abraçá-la duro, mas parece que nunca poderia ser o suficiente. Não há nenhuma maneira de dizer como ele se sente. Abby estava certa. Ela é sua alma gêmea. Ela faz sentir coisas que nenhuma outra pessoa poderia nem mesmo imaginar. Sua conexão é mais profunda do que até mesmo Jack entende.

- Você não tem que me agradecer, Jack. - responde Abby com um sorriso engraçado puxando seus lábios. Ela inclina a cabeça para trás para que possa ver seu rosto.

Devo dizer-lhe? Os olhos de Jack riscam para a porta e depois de volta para Abby. O movimento faz com que ela fique tensa e olhe por cima do ombro. Jack dá beijos na testa dela e explica:


- Sim, eu tenho. Isso era algo que eu queria. Eu sei que você gosta de manter as coisas privadas, mas quando vi esse quarto eu sabia, tinha que ter você aqui. Você não tinha que dizer sim.

Ela se aconchega mais fundo em sua camisa quando ouve a resposta. Suas bochechas tem um leve rubor. Porra, ela se sente bem.

– Eu quero dar-lhe o que quiser. - responde Abby. - Eu sinto como se você estivesse se segurando às vezes. Como se você estivesse com medo de que vai me quebrar ou algo assim.

- É justo. Eu queria não me segurar, mas não posso. - Chocada, Abby olha para ele. Jack diz: - Diga-me as suas fantasias, me diga o que você quer.

- Jack, eu não tenho nenhuma fantasia. - Abby parece tímida sobre ela. Seu olhar se afasta dele.

- Chame-o do que você quiser, mas eu sei que você tem pensamentos sensuais flutuando em sua cabeça. Não foi você que se cobriu de tinta, praticamente dançando para mim? - Essa noite está gravada na memória de Jack vividamente. Abby em pé diante dele, em um conjunto de calcinha e sutiã branco rendado, e então ela manchada de tinta vermelha sobre o peito. Ele ainda pode vê-lo. Era algo que ele nunca pensou que ela iria fazer.

Ela sorri.

- Sim.

- Você não foi a única que me puxou para a tela com você? A pintura que fizemos durante o sexo a que está pendurado sobre a


nossa cama? - Os cantos de sua boca puxam-se quando ele diz. É muito grande para a casa de campo, mas Jack queria mantê-lo para si mesmo. Ele lembra a sorte que é ter ela.

Abby acena timidamente:

- Sim, mas...

- Mas nada, - diz ele, cortando-a. Jack pega o queixo de Abby na mão e inclina a cabeça para trás para que ele possa ver seus olhos. Eles cintilam em um verde brilhante. - Eu quero dar a você tudo o que você quer, tudo que precisa. Prometa que não vai guardar para você quando descobrir as coisas que gosta, as coisas que quer tentar comigo.

Ela

acena

timidamente

e

aconchega-se

em

seu

peito

novamente. Seus braços fazem um envoltório em volta com força. Jack não consegue acreditar como Abby pode ser tão sexual em um momento e de modo tímido no próximo. É como se houvesse uma stripper vivendo dentro dela. É incrível o quão rápido ela mudou e, ao mesmo tempo, que se preocupa com ele. Jack olha fixamente quando ele pensa sobre isso, mas sua mente ainda é muito nebulosa para processar os pensamentos. Ele olha para baixo quando Abby começa a se mexer para fora de seu colo.

- Onde você vai, Sra. Gray? - Jack puxa de volta contra ele, fazendo-a sorrir.

- Eu deveria me vestir. Se o garçom voltar, eu morro. - Ela olha para a porta e tenta escapar novamente. Jack agarra mais apertado.


- Ele não vai voltar. - Abby olha para ele, confusa. Ah, foda-se. Ele não queria que Abby se sentisse desconfortável, mas quando ela concordou em tê-lo aqui, nesta sala, não havia uma chance de dizer a ela. Jack sorri para ela, brincando com os cachos que pairam sobre os ombros nus. - Eu disse a ele para ir e trancar as portas na saída. O quarto é nosso enquanto nós quisermos usá-lo. Ninguém vai nos interromper.

Seu queixo caiu quando Jack falou:

- Mas, eu pensei...

- Eu sei, - diz Jack, seu sorriso se espalhando por todo o rosto, quando ele fala. Ele não pode esconder. - Você pensou que não estávamos sozinhos. Você pensou que o garçom poderia voltar ou outras pessoas podem entrar na sala, e ainda assim você fez isso por mim, sem qualquer hesitação. Você confia em mim, Abby. Eu vou cuidar de você. Eu não deixaria ninguém te machucar. Nunca. - Ele beija sua têmpora. - Eu ia te contar, mas depois as coisas foram para longe de mim, e...

Olhos de Abby estão bloqueados com o seu, bebendo-o em como ela nunca poderia ter o suficiente. Antes que ele possa terminar de falar, Abby aperta sua camisa na mão e puxa com força em sua boca. Ela o beija por um instante. Quando ela vem para o ar, ela está sorrindo.

- Você fez isso, por mim? - Jack concorda.

Abby continua a olhar em seus olhos. Ele não pode dizer o que ela está pensando, até que ela se levanta e reposiciona-se no colo dele, abrangendo ele. Ela se inclina e beija o ponto entre o ombro e o


pescoço. Jack suspira quando seu corpo responde ao seu toque. Um milhão de faíscas voam através dele, acendendo seu amor por ela. Desta vez, suas inibições diminuiram ainda mais. Quando ela sabe que está sozinha, Abby age com tal confiança que é impossível controlar sua luxúria. Então Abby ama-o de novo, até que os dois estão tão cansados que mal podem aguentar.


Capítulo 8 ABBY

Vinte e quatro horas mais tarde, eu tenho uma virada emocional. O avião faz conexão em Dallas para que eu possa organizar meus pertences e me mudar para casa de Jack. Eu quase não tenho nada. Estou torcendo as mãos nervosamente do nosso hotel para a igreja. Um dos membros do conselho vai estar lá para me deixar entrar.

- Eu odeio essa parte. - eu digo. Jack coloca a mão sobre a minha.

- Eu sei, querida. - Sua voz é suave, mas não me libera do medo que está me estrangulando.

- Jack, eles quase me destruiram. Eu não sei se eu posso fazer isso. - Eu olho para fora da janela, sentindo o medo subindo na minha garganta. Eu pensei que era uma pessoa forte, mas depois do que aconteceu comigo aqui, não acho mais. Eu fiz o que achava certo, mas nada funcionou dessa maneira. Isso me fez questionar tudo. Nas profundezas da minha alma, eu não sei mais no que acredito. Há uma desconexão entre minha fé e minha vida. Nada funcionou do jeito que deveria ter sido, exceto Jack. Agradeço a Deus por ele, e que nos encontramos nessa confusão.

Jack pega a minha mão e segura-a com força.


- Vai ser apenas alguns minutos. O caminhão da mudança vai chegar e nós podemos sair. - Eu aceno. Meu coração está batendo dentro do meu peito, como um pneu furado. Estou tremendo. Jack esfrega a mão e diz: - Você pode fazer isso, Abby. Você é mais forte agora.

Eu sorrio nervosamente. Eu quero acreditar nele. O carro para no estacionamento da igreja e saímos. Jack diz ao motorista para esperar um pouco. Nervos tomam a minha espinha e meus dedos estão gelados com cada passo que dou em direção ao prédio. Eu apagaria esta parte do meu passado, se pudesse.

Estamos para se encontrar com Dick Bennit, o membro do Conselho que se reuniram contra mim, no escritório da igreja - meu antigo escritório. Eu levo Jack através da igreja tranquila, passando a capela, e indo para os escritórios. Minha garganta aperta, meu pulso está mais rápido. Eu não quero estar aqui. Eu não quero vê-lo. Eu não confio em mim mesma. Eu vou quebrar e chorar, ou gritar na cara dele. Eu não tenho certeza o que seria pior.

Jack olha para mim com o canto do olho. Ele olha em volta, as paredes brancas e a feias de guarnições marrom. Seus olhos esquadrinham o quadro de avisos, cheio de listas e anúncios. Quando paramos no escritório, ele agarra forte minha mão.

Concordo com a cabeça e bato na porta velha. Uma voz profunda diz:

- Entre.


Dick é um homem que ama o poder. Essa coisa toda é provavelmente o ponto alto de seu dia. Eu abro a porta, mas meu limite é a soleira. Meus nervos me fazem parecer louca.

- Boa tarde, Sr. Bennit.

- Abigail, - diz ele, sorrindo como se não há nada de azedo entre nós. O homem está na casa dos sessenta anos, com cabelo grisalho. Ele cresce sobre mim, e me dá um sorriso de plástico, como se estivesse feliz em me ver.

Ignorando todos os argumentos que estão em minha mente, eu digo friamente:

- O caminhão estará aqui em um momento. Por favor, abra o presbitério. - O bastardo tinha mudado as fechaduras depois que eu saí, como a da igreja, pensou que eu iria roubar algo.

Os olhos de Bennit mudam para Jack. Ele se levanta e estende a mão para mim de trás da minha mesa velha.

- Maneiras, Abigail, querida. Apresente o homem que roubou você de nós. Eu sou Dick Bennit.

Jack chega para frente e aperta sua mão fortemente. De repente, o ar fica muito mais tenso.

- Jack Gray.

Eu odeio o jeito que ele fala comigo. Tudo é sempre como uma perspicaz manipulação com esse cara. O que quer que caia fora de


sua boca soa tipo, suas palavras são farpadas. Elas perfuram-me e fazer-me arrepiar.

- Não vamos fingir que as coisas estão bem entre nós, Dick. Você me jogou para fora. Eu sei que foi você que causou todos os problemas e fez o Conselho pensar que um ano no deserto foi uma boa ideia. Eu estou aqui para pegar minhas coisas.

Dick geralmente não me deixa humilhá-lo, mas desta vez é diferente. Ele chega em uma gaveta e oscila as chaves sobre a mesa.

- Aqui Abby, querida. Eu sei que você está com raiva de mim, mas com o tempo, vai passar. Você vai ver que este era o plano de Deus para você e nós fomos apenas os meios. - Ele está sorrindo para mim com justa indignação.

Eu sorrio de volta e pego as chaves.

- Vamos, Jack.

Jack e Dick acenam um para o outro, mas a sua postura diz outra coisa. É como se Dick estivesse esperando Jack falar. Afastome rapidamente e voo através do gramado para a casa. Quando eu ando lá dentro, eu olho em volta. Minhas coisas já se foram. Eu quase não deixei nada para trás, mas eu deixei algumas coisas. Eu subi as escadas para o quarto, olhando para as minhas roupas e livros. Eles se foram. Corro para o closet, o banheiro, o sótão, não há nada aqui. Irritada, eu volto para baixo e vejo Dick de pé ao lado de Jack. Os braços de Jack estão cruzados sobre o peito. Ele está queimando um buraco no chão com os olhos. Dick tem um olhar em seu rosto, um presunçoso que ele tem quando sabe que está causando danos. Eu pego o final de suas palavras.


- ... O seu pleno potencial. Você vai ter que viver com isso. - Os olhares de Dick para mim na escada. - Nós já embalamos suas coisas. Elas estão na cozinha. O caminhão deve usar a porta dos fundos para que eles não sujem os tapetes. Nós os mantemos limpos. - Ele me dá um olhar triste e vai embora.

Jack tem um olhar estranho em seu rosto. Eu pergunto:

- O que ele disse para você?

Jack balança a cabeça:

- Nada que vale a pena repetir, Abby. - Ele se afastou de mim e olha ao redor da pequena casa. - Eu posso imaginar você aqui. Minha raiva derrete e eu sorri para ele. Minha vida teria sido diferente se ele estivesse aqui na época. Jack aponta o canto com a lareira. Eu aposto que você costumava sentar-se lá com um livro, lendo na frente da luz do fogo, mesmo que fosse insanamente quente lá fora. Ele sorri para mim.

- Você sabe, eu fiz. - Eu olho em volta e o sorriso desliza do meu rosto. Esta é uma sombra da minha antiga vida, uma vida que se foi. É como se um pedaço de mim morreu e eu não sei como conciliar isso. -Vamos lá, vamos ver o que eles fizeram com as minhas coisas. - Eu entro na cozinha e com certeza, todas as minhas coisas são empilhados pela porta dos fundos.

Jack coloca os braços em volta de mim e se inclina para perto. Ele beija minha bochecha e diz:


- Não tenho a pretensão de saber como você está com o coração partido sobre isso, Abby, mas algo de bom veio dele. Isso trouxe você de volta para mim. - Um caminhão laranja movendo puxa para cima. Jack me libera e vai para sinalizá-las para baixo.

Preocupação aperta meu estômago, fazendo-me sentir doente. Minha vida mudou quando eu deixei este lugar. Eu gostaria de poder esquecer e deixar minha mente limpa.

Jack organiza tudo com o caminhão e saimos. Minha volta ao táxi é tensa. Jack parece tenso, também. Algo mudou quando entramos naquela casa, eu não sei o que era, mas sei que não pode ser revertido.


Capítulo 9 JACK

Depois de se certificar que as coisas de Abby foram colocadas no caminhão, Jack sentiu-se cansado. Ele podia sentir a energia sendo sugado para fora de Abby, enquanto eles estavam lá. Tudo a fazia melancolica, como se estivesse de luto por algo que ela não poderia consertar. Corações de pedra não se dobram, eles racham quando empurrado longe demais.

Jack fica em silêncio, pensando. Ele viu como o rosto de sua mulher se iluminou naquela pequena casa. Há toda uma parte dela que ele não conhece. Tinha sido a força motriz de sua vida, e ele não tem idéia sobre qualquer coisa. Jack não é desleal, mas ele não é como ela. Abby tem uma bondade dentro dela que a faz vulnerável. Ela divide todo seu coração, não segurando, sabendo muito bem que as pessoas ao seu redor poderiam magoá-la. Mas faz de qualquer maneira, o que a torna incrível.

O voo para Nova York parece demorar uma eternidade. Jack segura a mão de Abby enquanto ela deriva no sono em seu ombro. Quando a aeromoça vem para oferecer alimentos e bebidas, Jack balança a cabeça. Ele não quer acordá-la. Abby parece dormir tão pouco. Algo a mantém acordada à noite. Ela acha que ele não percebe, mas ele sabe. Uma vez, ela se sentou na cama e apertou seu coração, arfando tão alto que soou como um grito abafado. Jack não entendeu o que poderia ter feito isso com ela, mas ele sabe que ela está abalada, quebrada de alguma forma. Ele quer levá-la para casa e deixá-la se curar. Dando um tempo, ele acha que ela vai


precisar. Trazendo-a para o Texas acaba de abrir todas essas feridas novamente. Jack beija o topo da sua cabeça.

O homem que causou a Abby ser forçada a sair de seu trabalho. Ele o alfinetou dentro em um ponto fraco e atacou com um sorriso genuíno em seu rosto, como se ele gostasse. As coisas que ele disse a Jack, enquanto Abby estava lá em cima eram familiares. Eles eram os mesmos medos que estavam purulentos em sua mente. O bastardo colocou-os em palavras sem se importar. Estômago de Jack quase acamparam ali, mas ele se recusou a reagir. Olhando por cima de

Abby,

Jack

se

perguntou

se

eles

poderiam

desafiar

as

probabilidades, se os amantes desarrumados assim, poderiam durar para sempre. Ele nunca deixou de amá-la, mas Jack não pode ajudar, mas se preocupa se estragar as coisas. Especialmente com a bagunça esperando em casa. A coisa que ele mais queria dar a ela foi quase impossível de conseguir, mais tempo.


Capítulo 10 ABBY

Quando chegamos ao estúdio, Kate recebeu-nos em casa. Gus está ao seu lado e eles parecem culpados. Jack e eu estamos cansados da viagem, então a princípio eu acho que os meus sentidos estão fora, mas não, algo está definitivamente errado. O sorriso no rosto de Kate é o que ela usa quando tem que dar más notícias. O motorista traz nossas malas e caminha em torno de nós. Jack e eu estamos opostos a Gus e Kate na entrada do edifício principal. A nova recepcionista Cara está lá também. Ela é muito doce. Gus fez um bom trabalho em contratá-la.

Depois de nos cumprimentarmos, Eu digo:

- O que há de errado? E não me diga que não é nada Kate. Está escrito no seu rosto.

Os olhos de Cara cai para o seu computador e ela volta a escrever.

Kate olha para Gus e depois de volta para Jack. Depois de um segundo, ela me olha com preocupação em seus olhos.

- Bem, a pintura não entrou no caminhão. Houve alguma falha de comunicação com alguém, - diz ela, com os olhos cortando drasticamente Gus - e a pintura principal para a exposição não foi carregada.


- O que? - Jack pergunta com a voz ligeiramente levantada. Ele olha para Gus e seu corpo cansado se tenciona. Jack pisca uma vez e passa os dedos pelo cabelo. Ele olha para Kate, mas vira e diz para Gus. - Deixe-me ver se entendi. A pintura de Abby, a que emcapa, todos os cartazes e bilhetes do tour espalhados não foi entregue com os outros? Diga-me que você está brincando, por favor, diga que isso não aconteceu. - Silêncio... Gus parece que quer dizer algo, mas não o faz. Jack grita. - Droga, Gus! Como isso aconteceu!

Gus passa as mãos pelo seu cabelo cor de areia. Ele desvia o olhar, inicialmente, como se ele fosse culpado, antes de olhar para Jack.

- Foi um descuido. Eu vou corrigir isso. Eu vou...

- Como é que você vai corrigir isso? - Jack diz, esfregando as têmporas. Algo sobre no comportamento de Gus parece errado. Ele normalmente grita de volta para Jack quando eles têm um desacordo, mas hoje Gus apenas está lá. Talvez ele realmente fez asneira? Ou talvez há algo mais acontecendo.

Kate responde por Gus.

- Jack, nós estamos levando o retrato de Abby para lá nós mesmos. Biloxi não está muito longe. Vamos leva-lo dirigindo. A pintura vai estar lá na hora, e ele vai chegar na hora certa com o resto da exposição. - Kate faz parecer que não é nada, como se Mississippi fosse a um pulo de Jersey. É pelo menos a 30 horas a partir de aqui.

- O museu está lhe dando tempo livre?- Eu pergunto, surpresa. Kate protege seus dias de folga como um tigre.


Ela me dá um olhar que diz que isso foi em parte culpa dela. Kate puxa seu cabelo em um rabo de cavalo enquanto ela fala. Ela está usando um terno pronta para movimentar-se. Ela sabia que isso ia acontecer.

Kate responde:

- Não exatamente, mas foi combinado. Esperamos por vocês para voltar para casa assim o estúdio não ficaria totalmente sem ninguém. Nós não poderíamos deixar a nova garota aqui sozinha. A tela já está encaixada e no caminhão. Esse foi o nosso erro. Estamos consertando. Além disso, eu sou o tipo que gosta de ver a exibição viajar depois de tudo pronto. Eu vou lhes enviar fotos. Você pode colocá-lo em seu site, Jack. - Kate me abraçou de novo, antes de se virar e empurrar a porta.

Gus segue atrás dela, virando de volta para nós.

- Vejo você em poucos dias. Eu vou te fazer uma ligação mais tarde, Jack, e deixá-lo por dentro. Fique longe de problemas enquanto estou fora. - O olhar brincalhão no rosto de Gus mantém Jack calmo. Kate e Gus saem com pressa em direção ao caminhão.

Jack e eu os vemos desaparecer baixo da garagem, passando pelos pinheiros na beira da estrada. Os braços de Jack são cruzados sobre o peito. Ele está encostado na mesa. Olho para ele e pergunto:

- Você tem a sensação de que eles não estão nos contando tudo?

Ele acena com a cabeça.


- Sem dúvida.


Capítulo 11 JACK

Abby está tão cansada. Há olheiras sob seus olhos. Jack deseja que ela pudesse descansar. Parece que não importa se ela está tirando uma soneca ou dormindo em sua cama, mas algo a deixa inquieta.

É quase noite, e Abby está dormindo inquieta no sofá do estúdio. Jack olha alguns e-mails, mas não tenho o coração para ele. Eventualmente, ele é puxado para a sua pintura. Tomando um pincel na mão, Jack começa a pintar. Ele não pensa, ele só tem cores e combina-os em toda a tela pequena enquanto Abby dorme. As horas passam assim, em silêncio.

A preocupação aumenta na testa de Jack quando ele desliza o pincel na tinta. Em algum momento, Jack pára de usar o pincel. Ele está alisando uma linha curva quando Abby acorda.

Ela estende-se e olha para ele.

- Que horas são?

- Hora de dormir.

Abby parece chateada. Ela esfrega os olhos.

- Por que você me deixou dormir tanto tempo? Eu queria passar o dia com você.


Os olhos de Jack estão na pintura até que ela diz isso. Ele movimenta o seu olhar para encontrar o dela e ele sorri.

- Nós passamos o dia juntos.

Abby sorri para ele. Quando ela caminha, Jack não pode tirar os olhos do balanço de seus quadris. Sua beleza é inebriante. Ele nunca parece olhar o suficiente, nunca me sinto o suficiente, nunca tenho o suficiente. Abby chega no cavalete e pára. Aparentemente, ela não espera ver a si mesma.

- Jack, - diz ela em voz baixa. - Este é ... Uau. - Abby olha a tela com os olhos arregalados.

Jack a observa, satisfeito com a reação dela.

- Você gostou? – Abby acena, inclinando-se mais para olhar de perto os traços de tinta. - Eu estou feliz. Depois que você dormiu, você parecia tão perfeita. Eu esperava que você não se importaria. Ela parecia um anjo. Jack não podia resistir. Ele pintou seu rosto dormindo com seu cabelo vermelho-fogo suavemente fluindo sobre seus ombros. Sua pele pálida e lábios cor de rosa da a coisa toda uma sensação surreal. É diferente para ele. E antes disso, Jack raramente usa qualquer outra coisa, além de um pincel para pintar. O cabelo de Abby foi feito com os dedos, puxando-as através da tinta, misturando as cores na tela. Ele faz a coisa toda como um único. A pintura é uma combinação de ambos.

Como Jack limpa, Abby está na frente da tela pequena, inclinando-se e depois recua, como se ela não conseguisse acreditar. Uma vez que Jack tem tudo limpo, ele anda atrás de Abby e a varre


fora do chão. Abby cai de volta em seus braços com um guincho e um sorriso.

- Sra. Gray, eu tenho que levá-la no colo até o limite da nossa casa. É uma tradição. Não adianta tentar descer. - Ele se inclina e beija sua esposa. Jack toma a curta caminhada do estúdio para a casa de campo com Abby em seus braços. Ele a leva para a casa e a deita sobre a cama.

- Eu não posso acreditar que vou ter você na minha cama para o resto da minha vida. - Jack diz, sorrindo para ela. Ele se estabelece ao lado de Abby e puxa-a contra seu peito. Abby deriva para dormir e finalmente descansa.


Capítulo 12 ABBY

O dia seguinte começa maravilhosamente. Estou com Jack na sua cama, quero dizer na nossa cama em sua pequena casa. Eu devo ter desmaiado em seus braços na noite passada. Eu estava tão cansada ultimamente. Pesadelos ficam vindo na minha cabeça, mas em vez de ser perseguida por monstros, eu estou sendo perseguida pelo meu passado. O dia em que o Conselho da Igreja anunciou o castigo continua repetindo mais e mais em minha mente. Cada emoção que eu senti depois, volta com força total. As respostas apertadas na garganta que parecem fracos em retrospectiva me atormentam. Mas por alguma razão, as sombras não vieram ontem à noite. Eu não vi a torção de prazer do rosto de Dick Bennit. Não havia nada. Nenhum sonho. Apenas descanso.

Eu rolei o olhar ao redor da casinha. A pintura que Jack e eu fizemos na primeira vez em que estivemos juntos está pendurada sobre a cama. Ela me faz sorrir. Olho em volta querendo saber onde eu vou colocar as minhas coisas. Eles estarão aqui em alguns dias e, apesar de Jack me dizer para fazer do lugar algo que me faça me sentir como minha casa também, mas ela já faz. Eu não quero mudar muito. Talvez colocar uma cadeira de leitura na sala, mas só isso.

Jack acorda ao meu lado. Ele rola e reúne-me em seus braços. Porra, ele se sente bem.

- Bom dia, Sra. Gray. - Meu corpo pressiona no dele, e eu sinto que nada de ruim pode acontecer.


- Bom dia, amor.

Jack ri e beija minha têmpora.

- Eu nunca vou cansar de ouvir você dizer isso. - Jack me segura com força antes de sentar-se e esfregando o sono de seus olhos. - Eu preciso levantar-me e ir embora. Algo se passa com a turnê. Eu preciso descobrir o que aconteceu enquanto estávamos fora.

Eu rolo de barriga para baixo e o vejo enquanto ele vai para longe da cama. O lençol desliza e meus olhos se fixam em seu bumbum duro. Eu devo estar olhando, porque quando Jack se vira, ele diz:

- Se você continuar olhando para mim desse jeito, eu nunca vou conseguir fazer nenhum trabalho.

- Talvez esse seja o meu plano. - eu digo e pisco para ele. Meu corpo está mal coberto pelos lençóis. Os olhos de Jack vagueiam sobre os cobertores à procura de qualquer pedaços de pele.

- Você é má. - ele sorri, fazendo uma pausa, como se ele fosse voltar, antes de balançar a cabeça e caminhar até o banheiro. O chuveiro é ligado e eu deito de volta na cama, decepcionada. Eu fico olhando para o teto branco, segurando o cobertor em meu peito quando ouço a sua voz.

- Você vem?

Sorrindo, pulo da cama e me junto a Jack no chuveiro.


***** Nós sorrimos um para o outro no café da manhã. Meus pés descalços brincam com o seu debaixo da mesa. Eu não consigo parar de sorrir. Não até que Jack abre o correio e o seu humor muda. Ele tem um envelope branco na mão. Rasgando para abri-lo, ele sorri para mim, provocando-me sobre algo, até que ele desdobra o papel de dentro. O rosto de Jack congela. Seus olhos agitam-se ao meu. O papel ainda está seguro na mão.

- O que é isso? - Eu pergunto, pegando a carta, mas ele não me deixa ver. Em vez disso, ele se levanta e caminha para um dos computadores na frente do estúdio. Eu segui atrás dele, perguntando por que ele ficou tenso. - Jack, o que há de errado?

Jack se senta na frente de um computador e digita um endereço na web. Ele aparece rapidamente, mostrando chamas laranjas bruxuleantes em um fundo vermelho, como as barras laterais. O centro é branco, com texto preto. O cabeçalho é um gráfico vermelho e branco, que diz: - MORAL DE ENXOFRE. - Há nomes de organizações de boicotes, nomes de figuras públicas, que disse a coisa errada, incluindo um nome que importa muito para mim. É, em grandes letras pretas no topo - JONATHAN GRAY STUDIOS.

Meu peito aperta quando eu me inclino e leio sobre o ombro de Jack.

- Isso é o que eu acho que é? - Engulo o choque, quando eu olho para a tela. Parece um site de ódio e há uma chamada à ação


em cima, dizendo às pessoas que Jack está corrompido e precisa fazer os seus pensamentos mudarem. Na primeira eu acho que é porque eles acreditam que a arte sensual não tem lugar em locais públicos, mas é mais do que isso. Eles parecem ter um problema pessoal com o Jack.

- Foda-se. - Jack diz entre dentes. Ele olha para a tela, não lendo, apenas olhando. Seus punhos se apertam e ele abaixa a cabeça entre os ombros antes de correr os dedos pelo cabelo.

- Jack? - Peço a incerta, não compreendendo completamente o que está errado. Jack sempre teve manifestantes, pessoas que odeiam o seu trabalho. Que lhe incomoda, mas eu nunca o vi reagir assim. - Eles são apenas mais um grupo, certo? Que você lidou com isso antes. Eu pensei que a maioria de suas exposições tiveram manifestantes?

-

O

que

manifestantes

eles

fazem.

pacíficos

em

sempre

minhas

pequenos

exposições. Esse

grupos não

de é

o

problema, - diz Jack, olhando para mim. - Brimstone são um pesadelo. Eles não são apenas um bando de fanáticos empenhados em dar a arte na América um código de vestimenta, eles são uma organização que exige moralidade, mas a forma como o fazem é violento. Eles usam os manifestantes normais, reprimem com fluido verbal mais leve, e iniciam a marcha. Eles são perigosos. Eles usam pessoas normais e pacíficas para realizar seus objetivos. Ano passado um tiroteio estava ligado a eles. Alguns meses atrás, eles foram amarrados a outro ato hediondo. Eles amarraram um garoto gay a um poste e queimaram como se ele fosse uma bruxa. O grupo é suspeito de outras coisas, coisas horríveis, mas ninguém pode acusalos nesses eventos específicos. Eles transformam manifestantes


pacíficos em mulas e então conseguem que essas mulas façam o trabalho sujo por eles.

Meus olhos estão arregalados. Eu não posso acreditar no que ele está me dizendo.

- Existe alguma coisa que possamos fazer para detê-los?

- Não, eles estão classificados como uma organização religiosa, e entre esta e a liberdade de expressão, eles são difíceis de se livrar uma vez que está direcionada. Além disso, eles são pequenos. Pelo que sei, o grupo poderia ser executado por uma pessoa. Não há nenhuma indicação de como o grupo é grande. Na maioria das vezes, quando algo vai para baixo e Brimstone leva o crédito por isso, os manifestantes não têm ideia de como eles se tornaram violentos. Não era sua intenção, mas algo mudou, e isso fez sentido na época. Eu apareci em seu radar antes, mas eles não foram atrás de mim então. Eu nunca descobri por quê. - Jack está trabalhando o seu queixo, olhando para a nota em suas mãos. - Não é de se admirar que Kate e Gus não deixaram que a sua pintura saísse com o resto da expedição. - Jack levanta e caminha pela sala, sua mão acariciando seu queixo.

- Eu não entendo. Por que eles separaram o quadro? - Meus olhos digitalizam o artigo sobre Jack. É horrível. Eles estão dizendo que sozinhos destruiram um ministro, e enquanto a mídia cantou seus louvores, Brimstone sabe o que ele realmente é: um defensor do mal. O artigo continua a exortar as pessoas com um discurso contra Jack, e diz-lhes para não condenar aqueles que Jack tem maculado, eles querem dizer - Eu. No momento em que os meus olhos chegam ao final da história, eu estou furiosa. Eles fizeram Jack parecer o cara mau. Eles o acusaram de praticamente me estuprar,


de me forçar a ser sua esposa, como se eu não tinha o suficiente de um cérebro para lhe dizer não. Horrorizada, eu olho para Jack.

Ele não devolveu o meu olhar. Eles parece machucado.

- Ele está alvejando-me por causa do nosso relacionamento, porque você era casta e eu roubei você da igreja. Eles dizem que eu te transformei em uma prostituta. De acordo com seu site, eles perceberam que a sua pintura foi criada antes dos nossos votos de casamento. Eles acham que eu corrompi você. O apelo à ação é para ganhar você de volta. Isto é pessoal. Eles estão usando a exposição como uma desculpa para atacar-me agora porque isso vai atrair mais pessoas. Eles vão tentar destruir a pintura, e possivelmente as outras, pelo menos.

- Jack, você tem certeza? - Eu olho para a tela novamente. Vejo o proprietário do site, um homem que se chama, - Wrath3 - Meus olhos trilham para posts anteriores, que apelam para as pessoas tomarem de volta seu país, para expulsar os males que estão poluindo as massas. Há centenas de respostas. Eu sei o que eu digo é que esse homem é um problema. Ele está mirando em Jack por minha causa.

Jack pára e olha para mim.

- Sim. Este grupo não faz coisas pequenas. Eu sinto muito Abby, mas eles estão vindo. Os manifestantes estarão na galeria, seguindo a turnê, e alguns vão vir aqui. Algumas dessas pessoas de Brimstone vai se misturar com eles, prontos para atacar. Nós precisamos estar prontos para isso. 3

Ira, cólera


Concordo com a cabeça lentamente, olhando em seus olhos. Tristeza se agarra a ele, como se ele mal conseguisse respirar, como se acreditasse nas palavras de Wrath. Eu levantei e caminhei até ele. Tocando seu braço, eu digo:

- Jack, você sabe que essas coisas não são verdade, que você não fez nada.

Jack se afasta.

- Eu sei. - é tudo o que ele diz. Embora seus lábios dizem as palavras, eu acho que ele não acredita nelas.

- Jack, a minha vida foi destruída antes de eu vir para cá. Esse trabalho, no Texas sugou minha alma para fora, e eu os deixava fazer isso. Eu queria ajudar as pessoas, eu queria tanto que pensei que tinha que ficar lá e deixá-los me sugar até secar.

- E agora? - Pergunta ele, de pé além de mim. - Agora, onde você está? Sua fé está quebrada, eu te tirei de uma vida que você se destacou, agora você não pode voltar.

- De onde é que isso veio? Jack, eu posso voltar. Eu poderia ter um emprego como um ministro de novo. Há outras denominações, outras congregações, que compartilham minha fé, mas eu não sei se é isso que estou destinada a fazer. Eu não sei o que quero ainda. Isso não é ruim, não é? Eu não acho que isso significava que eles me quebraram.

Jack olha para mim com tristeza em seus olhos.


- Não foi totalmente eles. Eu não estou livre de culpa.

Meu coração desliza em meu estômago. Ele pensa que me magoou. Pisando em direção a ele, eu digo:

- O amor une, Jack. Ele sempre faz, sempre será. Não duvido disso. - Eu deslizo meus braços ao redor de sua cintura quando falo e um pouco de sua tensão se desvanece. - O que temos não é um encontro sem sentido. É amor e não me importo com o que as pessoas dizem sobre como viemos a descobrir isso, eu não vou pedir desculpas por encontrar minha alma gêmea.

Jack me dá um sorriso torto e me prende em seu peito.

- Eu gostaria de poder ter ouvido você pregar. Você tem mais convicção em um pensamento pequeno do que eu tenho no meu corpo todo. Você parece saber das coisas. Você está mesmo contente com as coisas que você não conhece.

- É. Isso é praticamente tudo. E isso é bom. Talvez seja por parte da fé, ou talvez seja só eu, mas sei o quanto você está preocupado em ter feito eu me apaixonar por você, Jack. A verdade é que você não fez nada. Você foi feito para mim e eu apenas o reconheci.

Jack me segura contra o peito, afastando a sensação de que os demônios que estão prontos para atacar.


Capítulo 13 JACK

Mais tarde naquela noite Jack recebe um telefonema de Gus.

- O que está acontecendo? - Jack diz em seu telefone. Abby se senta em frente a ele na mesa, escolhendo uma fatia de pizza.

A voz de Gus soa forçada. Há muito barulho atrás dele, tornando-o difícil de ouvir.

- Como você pensou. Há manifestantes do tipo normal, mas as multidões são grandes, e alguns deles estão chamando para a ação mais radical. Kate foi lá mais cedo e estava vagando entre eles, você sabe, falando bobagem, esperando que alguém dissesse algo. Ela ouviu algumas pessoas dizendo que eles devem fazer algo, mas quando a viram, eles se calaram.

- Sim, Kate não é exatamente uma combinação deles. - diz Jack, passando a mão pelo cabelo. Ele olha para Abby e sorri triste.

Gus bufa.

- Kate não se mistura em qualquer lugar. Ela é um pé no saco, mas você já sabe disso. - Ele ri, e é rapidamente seguido por uma palmada. - Ai, por que você fez isso? - Ele está falando com Kate. Não é como se você estivesse baixa manutenção ou nada. Porra, Kate.


- Gus, volte à pista. O que mais está acontecendo? - Jack diz, pressionando os dedos na ponte de seu nariz.

- Oh, desculpe. O museu está um pouco nervoso sobre a habitação da sua arte. Não é como os principais museus do país, onde um bom escândalo, ajuda a atrair mais clientes para ver que todo alarme que é esse. Eles estão um pouco assustados com o tamanho da multidão.

- Qual é a sua impressão? Você acha que ele tem a mesma vibração das mostras anteriores?

- Não, - diz Gus, baixando a voz, - há algo no ar deixando todos tensos.

- É tão ruim quanto eu pensei, então. Ouça, Brimstone está me sinalizando. Eu acho que eles vão tentar fazer alguma coisa por lá. Eles não parecem perceber que eu não vou estar na abertura. Normalmente, eu teria ido, mas com a forma como a nossa lua de mel acabou e planejamos a turnê, eu não vou estar em uma abertura até a mostra estar de volta em Nova York. Dito isso, você viu algum traço dessas pessoas?

- Puta merda, - diz Gus. Há alguma estática, quando ele mudou o telefone no ouvido. - Você está falando sério?

- É. Recebi uma carta hoje, de forma anônima. Ele disse para olhar para o site. Ou alguém nos informou ou querem ter certeza de que estamos olhando quando as coisas baterem e queimarem. Como sabia quem eram eles?


- Eles nos enviam merda de vez em quando, palavras geralmente provocando dizendo que você é o próximo. Então eu olhei-os. Eu sei exatamente quem eles são. Uma vez que eles parecem visar a uma pessoa de cada vez e eles tinham alguém na sua mira, eu ignorei. Você recebe cartas de fãs e mensagens de ódio, Jack. Eu pensei que era uma carta assim. Eu não achava seriamente que eles iriam colocá-lo na próxima lista. - Gus diz algumas palavras bem escolhidas outra vez.

Jack o interrompe:

- Olha, eu não quero que ninguém se machuque. Pegue Kate e dê o fora de lá.

- Certo. Nós vamos para o aeroporto agora e pegar um vôo de volta. Devemos estar de volta amanhã na primeira hora. E Jack ...

- Sim?

- Obrigado por não cortar a minha cabeça sobre a pintura. Eu não quero que nada aconteça a ela. Eu sei o quanto isso significa para você e Abby. Foi ideia de Kate levá-la separada. - Há outra palmada. A voz de Gus fica mais alto. - Bem, foi. Mas eu pensei que era uma boa ideia. É minha culpa se algo acontecer a ele por causa do que nós fizemos.

- Eu sei por que você fez isso, Gus. Agradeça a Kate. É bom saber que alguém está olhando por nós.

- Não tem problema. Vejo você na parte da manhã.


Jack aperta o botão DESLIGAR e joga o telefone na mesa. Há uma caixa de pizza aberta entre ele e Abby. Seus olhos verdes se agitam para entende-lo. Ela parece tão frágil ultimamente. Se ele pudesse tirar sua angústia, ele o faria. Jack sabe que ela tenta esconder isso e agir como se não estivesse lá, mas ele a conhece muito bem para isso.

- Então, está tudo bem? - Abby perguntou sarcasticamente, levando uma mordida de uma fatia.

Jack pressiona o dedo para a mesa, olhando para nada em particular.

- Sim, - ele ri e olha para ela. - Gus disse que há mais manifestantes que o habitual, mas que não necessariamente significa algo.

Flashes de preocupação em seu rosto e ela pergunta:

- Você realmente acha que as pessoas de Brimstone fariam algo para Kate e Gus? Quero dizer, eles estão indo atrás de você, certo?

Jack olha em Abby e acena.

- Sim, mas eles visam as pessoas ao meu redor, se puderem. Eu gostaria de saber quem os lançou contra nós. A mostra em si não é controversa, especialmente desde que me casei com você e tudo passou pela imprensa. - Jack suspira e olha sem entender.

Abby pega um pedaço de queijo de sua pizza e coloca na boca.

- Então isso é sobre outra coisa?


- O mais provável.

Ela acena com a cabeça devagar.

- E nós não temos idéia do que, ou por que eles tem você como alvo?

- Eu sou um alvo fácil, Abby. - Jack se levanta e estica as costas. - Eu sempre fui.

- É porque você pinta com o coração. - Ela olha para ele. - Não há como agradar a todos. Eu não poderia colocar meu coração em uma tela e ouvir as pessoas destruí-la. Eu não sei como você faz isso.

Jack vai até ela e a puxa. Tomando Abby em seus braços, ele diz:

- Porque cada pintura é uma lembrança de você. Eles podem dizer o que quiserem sobre a qualidade do meu trabalho, mas quando eu olhar para elas, tudo o que vejo são reflexos de você.

Jack a puxa para um abraço apertado, desejando que ele pudesse protegê-la nos próximos dias.


Capítulo 14 ABBY

Gus e Kate voaram de volta na manhã seguinte, dizendo-nos o que viram durante o café. Estamos sentados na sala de conferências na frente de uma janela.

Kate está com os olhos vermelhos. Ela saiu com o Gus. Eu disse a ela que a levaria de volta para casa mais tarde.

- Eles não podem fazer isso sem chatear meu chefe, eles não podem. É difícil obter exposições que viajam pelo mundo. Elas são tão caros e a maioria dos museus menores não tem o financiamento ou a capacidade de obter uma exposição por conta própria. As mostras que viajam são importantes para eles. Então, se algo da errado, isso pode estragar exposição futuras. Se eles abalam Jack, eles irão abalar os czares russos que será apresentada no próximo outono, eles não podem fazer isso, senão todas as pessoas ficaram irritadas, - explica Kate. – Os piqueteiros4 locais vem no museu e querem saber o que está acontecendo. Eles assumem que deve ser ruim se há manifestantes. Então, vem as notícias, depois, o jornal e, em seguida, as escolas nos banem e as coisas começam a se complicar.

Ela sufoca um bocejo e Gus continua.

4

São ativistas mais ou menos organizados.


- Qualquer publicidade é boa, mas esta carrega uma espada de dois gumes, - diz Gus. Ele despeja mais três pacotes de açúcar no café e se mexe. - Grupos como este têm sido conhecido por ser esponjas. Eles atraem cada lunático que não gostam da maneira como as coisas são e se reunem juntos. Eles colocam toda a culpa em Jack e se sentem melhor sobre isso. O problema é que, com muitas pessoas juntas e com raiva de alguma coisa, as coisas tendem a ficarem feias.

- Não é nem mesmo sobre a arte, - diz Kate. Eu atiro-lhe um olhar, mas ela perde-o. Eu não quero que ela diga. Eu vejo Jack lutando com isso todos os dias. - É sobre vocês dois. Esse grupo Brimstone fez da arte uma extensão dos problemas da moralidade na América. De alguma forma, que a ira do cara os fez pensar que você criou os sete pecados capitais e depois pintou para aquelas telas.

Cara chama da porta.

- Isso é ridículo. Há pinturas reais dos sete pecados capitais. As do Jacks não são nada como aqueles. - Ela está encostada na porta, ouvindo a conversa enquanto assiste a frente da galeria. Do seu ponto na porta, ela pode ver a entrada, a mesa, e nós.

Kate encolhe os ombros e responde:

- Desde quando é que um grupo precisa de uma razão lógica para protestar contra alguma coisa? Esse grupo parece loucura para mim, mas as pessoas estavam engolindo tudo. Uma mulher estava contando a um repórter como a mulher no retrato de Jack estava violando um anjo. Você poderia pensar em algo mais ridículo?


Jack fica tenso enquanto Kate está falando. Seu olhar azul cai para a mesa, como ele trabalha sua mandíbula. Eu noto que ele está chateado, eu não esperava essa reação dele. A caneca em suas mãos é de repente arremessada na parede. Ela quebra e cai no tapete. Listras marrons descem na parede e mergulham no chão. Ele não olha para trás ou pede desculpas. Jack simplesmente salta da cadeira, empurra a porta passando por Cara.

Kate olha para a parede e, em seguida, volta para mim.

- Eu sinto muito. Eu não queria...

- Está tudo bem. Ele simplesmente ficou aborrecido. Você sabe o quanto ele tenta manter seu nome limpo, e em seguida, isso acontece. - Por minha causa. Eu sei que Jack luta com alguma coisa. Sinto-o se afastar. Eu não tenho nenhuma ideia de como consertar isso, mas isso é o que torna muito pior. Eu vi a maneira como ele mudou, a forma como seu corpo ficou tenso antes dele arremessar o copo na parede. Eu olho para a porta, perguntando se deveria seguir Jack ou dar-lhe tempo para se acalmar.

Gus me olha estranho. É como se ele tem algo a dizer, mas não quer me contar.

- Abby, eles vão colocar Jack para o abate. Não querem apenas colocalo para baixo, eles querem fazer dele um exemplo. Isto está longe de terminar.

- Então, o que vamos fazer? Seu chefe está irritado? - Peço a Kate, de repente, perguntando sua opinião sobre isso.


- Oh, por favor. Como se o meu chefe se preocupasse com alguns caipiras no sul. Mesmo se a exposição fosse de uma peça, ela está bem com isso. A turnê tem contratado pessoal de segurança para garantir que ninguém faça nada para as pinturas. A mostra termina de volta aqui em Nova York. Contanto que você possa tolerar a porcaria dos piqueteiros, eu acho que vai ser bom.

Gus bufa como se eles já tiveram essa conversa.

- Este não é o seu grupo normal de piqueteiros. Brimstone tem um histórico de violência. Quando eles não podem fazer com que as coisas sigam o seu caminho através de canais legais, eles ficam agressivos. - Kate apenas olha para ele. Eu chutei sua canela, pensando que ela adormeceu.

- O quê? Nós já passamos por isso. Não importa o que aconteça, eu acho que é bom para o Jack. - Diz Kate.

- Não, levar um tiro não é bom para Jack, - Gus deixa escapar. Kate dá-lhe um olhar e ele aperta os lábios e balança a cabeça. Eu fico olhando para ele com a boca aberta, tentando tomar o que ele disse. Gus recua. - Quero dizer, se ele vem para isso. Eu não acho que esses indivíduos são todos criminosos armados esperando para ferir as pessoas, Abby, mas esse cara tem ira, pensa que pessoas como Jack estão transformando este país em porcaria. De alguma forma, ele acendeu uma chama em cada grupo ativista que existe e eles estão todos visando Jack. Acho que devemos levar isso a sério, e não deixá-lo sair do controle.

- Ele já está fora de controle e ele só começou. - diz Cara.


Eu aperto os dedos em meus meus olhos. Isso não pode estar acontecendo. Sempre foi horrível quando eu vi na TV, mas quando esses dedos de ódio estão apontando para nós, é pior.

- Vamos organizar a exposição. Você tenha certeza que Jack não atropela os manifestantes quando eles encontram este lugar. Kate dá um tapinha no meu braço. - Nós estamos aqui para vocês. Gus e Cara acenam de acordo. Todo mundo aqui está disposto a proteger Jack.

Concordo com a cabeça e olho para o espaço, pensando. Eu não tenho nenhuma ideia do que dizer. Eu não sei como resistir a coisas como estas. Eu nunca pensei que eu ia casar com alguém tão famoso e agora que eu sou, eu não sei como protegê-lo. Eu gostaria de poder levá-lo de volta para o Caribe e apagar tudo o que aconteceu desde que voltamos, mas eu não posso. Minha mente dispara através de diferentes cenários, tentando descobrir a melhor maneira de lidar com isso. Jack se sente tão frágil para mim. Ele está tão chateado com a gente. Tenho medo de que essa bagunça vai forçar uma ruptura entre nós. Ele já está lá. Eu sinto sua culpa, vejo isso em seus olhos. Nada do que disse parece fazer as coisas melhorarem. Eu não posso deixá-lo passar por isso. Mas só há uma maneira para sairmos dessa bagunça, e é em linha reta pelo meio.

Olhando para Kate e Gus, eu pergunto:

- E se entramos no jogo deles, e estragamos tudo? E se expormos o que temos, portanto, não há nada para descobrir em mim e Jack? E se nós anteciparmos e roubar-lhes o fôlego? Tenho certeza que eles vão tentar dizer que Jack e eu tivemos uma relação íntima antes de nos casarmos. E se dissermos isso primeiro?


Cara oferece.

- Não é uma má ideia.

Kate troca olhares em Cara e Gus, depois de volta para mim.

- Talvez não. Mas, poderia dar errado e explodir na sua cara.

Eu não gosto disso. Eu gostaria de poder parar, mas não posso. Forçando a situação a ponto de explodir fará queimar mais rápido. Eu digo a Kate.

- Isso vai acontecer de qualquer maneira, então por que esperar? Quanto mais esperarmos, mais stress Jack tem que passar, mais as pessoas têm tempo para culpá-lo. - Eu fico olhando fixamente para as manchas de café escorrendo na parede. Ninguém fala por um momento. Eu continuo vendo Jack jogar essa caneca na parede. Eu sei o que isso está fazendo com ele. É quando ele me bate. Olhando para Gus, eu pergunto: - E se eu disser à imprensa que eu comecei a relação?

Ele dá a Kate um olhar preocupado e então se inclina para frente.

- Vai transferir a culpa para você, - diz Gus, apertando as mãos. Ele pensa sobre isso por um segundo e balança a cabeça. Gravemente ele responde: - Eu não acho que é sábio, Abby. Isso não impedirá Brimstone de ir atrás de Jack e ele vai fazer mais um alvo que é você.

- Sim, mas vai proteger Jack. Ele já foi castigado o suficiente. Eu olho para as peças de caneca rachada que estavam no chão. Meu


olhar repousa lá quando Gus e Kate discutem a minha ideia. É uma ideia ruim, eu sei disso, mas vou poupar Jack de intermináveis horas de especulação sobre como ele me atraiu para a escuridão. Eu me levanto abruptamente. – Isto não é um debate. - Olhando para Gus, eu digo, - Faça isso. Diga a mídia que eu iniciei o relacionamento. Não diga mais nada. Eu vou cuidar disso mais tarde.

- Abby, - Gus avisa: - você está se jogando sob o ônibus.

- Eu sei. Eu tenho. Basta fazê-lo. E Gus, não diga a Jack. - Gus me dá um olhar que diz que ele não tem certeza sobre essa parte, que ele não esconde coisas de Jack. Eu respondo: - Se eu fizer isso, provavelmente vou dizer mais do que deveria, então faça-me um favor e fale por mim. Você estará ajudando Jack. Confie em mim.

- Eu espero que você saiba o que está fazendo. - diz Gus quando pega o telefone.

A boca do meu estômago enrola como dedos frios de medo tocando meus ombros.

- Assim como eu.


Capítulo 15 ABBY

Antes de deixar Kate em seu apartamento, acho Jack sentado na praia, observando as ondas na costa. A arrebentação está tranquila hoje. Eu o vejo sentado ali com os seus joelhos dobrados, os pés descalços empurrados na areia. Sua cabeça está pendurada entre seus ombros igual quando está preocupado. Ele agarra o lado da sua cabeça como se ele não pode acreditar que isso está acontecendo. Silenciosamente, eu ando em sua direção e me sento. Nenhum de nós diz nada por alguns momentos.

Jack fala primeiro. Ele retira as mãos da parte de trás de sua cabeça e olha para mim.

- Eu sinto muito por isso. Eu não queria perder a minha paciência. É só...

Eu me inclino em seu ombro, e digo:

- Eu teria feito o mesmo. Às vezes, quebrar um pedaço de vidro é muito bom. Outras vezes, só faz uma bagunça.

Jack olha para mim com o canto do olho. Seu cabelo escuro é bagunçado pelo vento. Tudo nele parece tão perfeito. Quero aliviar a sua dor. Eu quero fazer isso desaparecer para ele, mas eu não sei como. Gus está no telefone, me jogando debaixo do ônibus. Jack vai ficar chateado com o que eu fiz, mas eu não poderia deixá-los fazer isso com ele. Desviando sua atenção pode fazer com que passe tudo


mais rápido. Eu sou um ninguém. Fazendo de mim um exemplo é inútil.

- Você sempre diz coisas como essa.

- Como o quê?

Ele sorri para mim.

- As coisas que me fazem sentir melhor por agir como um idiota. Você diz, 'oh, eu faço isso também'. - Ele sorri timidamente para mim e olha para os joelhos. - Você sabe, eu pensei que a nossa vida de casados seria o início de algo incrível. Agora, sinto como se atirasse tudo para o inferno. Assim que você saiu do avião, eu a arrastei de volta para a ribalta ácida. Eu me pergunto se vale a pena. Talvez eu deveria ter fechado o estúdio. Você e eu poderiamos ter vivido fora com nosso dinheiro para sempre e nunca precisar de outra coisa. Isso foi ganancioso, impensado...

Eu fico olhando para ele, chocada que ele pudesse sugerir uma coisa dessas.

- Trabalho não é ganancia. Sentir a necessidade de criar algo não é cobiça. Só porque eles não entendem, não lhes dá o direito de crucificá-lo.

- Jack, eu te amo. Eu amo a sua arte, eu amo assistir você pintar. Eu não podia esperar para assistir e estar lá quando você começasse o seguinte trabalho. Todo mundo está comentando sobre o quão incrível você é, sobre como você está em um momento em que

o

seu

trabalho

vai

mudar.

Estamos

todos

esperando

ansiosamente para ver o que você faz. - Eu estou sorrindo. Eu não


posso ajudá-lo. Minha mão está sobre o joelho de Jack e eu estou olhando-o nos olhos enquanto falo com ele de minhas esperanças. Você não pode desistir, porque alguns idiotas não entendem.

- Não é desistir, Abby. É priorizar. Eu escolhi você. Você vem em primeiro lugar. - Ele olha para mim com aqueles grandes olhos azuis e dá guinadas em meu coração. Ele abriria mão de tudo por mim.

- Você vem em primeiro lugar para mim, também, e é por isso que não posso deixar você fazer isso. Você não pode enfiar a metade do que você é em uma caixa e fingir que não está mais lá. Você não pode, acredite em mim, eu sei. Metade do meu coração sempre esteve aqui com você. Eu tentei correr, mas um pedaço de mim estava faltando. Nós nos complementamos, como pão e manteiga. Nós vamos passar por isso juntos. Isso faz tudo de melhor, cada experiência, cada momento, cada alegria, e cada dificuldade. Jack, eu amo tudo em você. Eu estarei ao seu lado não importa o que aconteça.

O ar está pesado, como há uma tempestade no horizonte. Jack olha para o mar, enquanto eu falo, com os olhos fixados sobre as ondas. Seus braços foram ao redor de seus joelhos o tempo todo. Eu coloco o braço por cima do ombro e o puxo para mim. Jack descansa a cabeça no meu ombro. Seu braço desliza na minha cintura e ele diz:

- Eu sou do meu amado e o meu amado é meu.

- Você está citando poemas bonitos para chegar em minha calcinha? - Eu digo, brincando.


Jack ri e se vira para mim. O sorriso no rosto é a advertência que eu tenho. De repente eu estou no colo dele, em seus braços. Ele está me fazendo cócegas.

- Essa sua boca inteligente vai colocar você em problemas, Sra. Gray.

- Se este é o problema, eu estou dentro - Ele me agrada mais e eu caio de volta na a areia. Jack está em cima de mim, olhando nos meus olhos. Algo muda, e quando ele me beija, é como um grito de socorro. Eu o beijo suavemente, e passo os dedos pelos cabelos, segurando a parte de trás de sua cabeça. Eu ajo com muito mais corajosa do que tenho. Eu não sei o que está vindo, e talvez eles façam. A outra parte é essa garota feroz que vive dentro de mim e assume o controle da minha boca periodicamente. Ela gosta de chutar o traseiro. Eu gostaria de manté-la por mais tempo.

- Eu preciso levar Kate para casa. Ela provavelmente está dormindo, babando em sua mesa.

O brilho dos olhos de Jack, como se ele estivesse pensando em algo impertinente.

- Às vezes eu me pergunto o que o faz babar dessa maneira, o que tornaria você tão incrivelmente cheio de luxúria; que você poderia babar em si mesmo. - Ele aperta um beijo no meu pescoço.

- Eu suponho que você pretende descobrir? - Eu pergunto, olhando para ele através de meus cílios. É estranho falar de algo que venho tentando evitar a maior parte da minha vida.

Ele acena com a cabeça.


- Você sabe que sim. Hoje à noite, depois do jantar, eu quero fazer você se sentir como se fosse a única pessoa no mundo e a única coisa que você quer sou eu.

Meu estômago faz um mergulho delicioso quando ele diz essas palavras.

- Isso parece perfeito.


Capítulo 16 ABBY

Quando levo Kate de volta para casa, ela não diz muito. Eu praticamente tenho que torcer o braço para levá-la a falar.

- Então, nada aconteceu enquanto eu estava fora?

- Além do óbvio, não. - Ela está olhando para fora de sua janela, inclinando-se para longe de mim. Estou dirigindo o carro de Jack. Parece como um sonho.

- Por que você não nos avisou? - Eu pergunto, um pouco irritada com ela. Eles poderiam ter-nos dito para onde estávamos caminhando.

- Gus avisou, - Kate olha para mim engraçada. - Ele ligou para Jack na última noite que vocês estavam lá. Nós não quereiamos estragar sua viagem inteira.

Ah, isso faz todo o sentido. Jack parecia que queria ficar no quarto naquela noite, mas depois mudou de ideia. Estou chateada que ele não me disse, mas feliz ao mesmo tempo. Ele deixou-me ter a última noite sem o stress.

- Ele não me disse.

- Eu acho que ele queria mantê-la no modo de lua de mel até o último segundo. Falando nisso, como foi? Sexo incrível durante toda a


semana? Você tem areia em lugares horríveis agora? - Ela balança as sobrancelhas para mim.

Olhando para ela, eu grito:

- Eu não posso acreditar que você me perguntou isso!

- Claro que você pode. Agora desembucha. Como foi? - Kate se inclina sobre seu braço e olha fixo para meu rosto.

- Eu não.

- Você não o que? Você não pode dizer que não tiveram relações sexuais, porque eu sei que você teve. Você tem um grande e brilhante, eu-fodi-como-louco em seu olhar. Então, ele é grosso? Ele faz coisas estranhas com os pincéis? - Agora ela está apenas tentando chegar a mim.

Eu começo a rir e dar-lhe pequenos pedaços.

- Eu nunca pensei que esta seria a minha vida. Quer dizer, eu não posso acreditar que Jack é meu.

Eu paro na frente do nosso antigo apartamento em Port Jeff. Ele parece exatamente o mesmo. Deus, eu amo isso aqui. Antes de sair do carro, Kate agarra meu pulso. Eu olho para ela.

- Ouça, - diz ela, colocando o cabelo atrás da orelha, - eu estava falando com Gus sobre isso antes que você voltou. Ele está realmente preocupado com Jack. Se ele não tivesse você, Gus não tinha certeza o que ele faria.


- O que você quer dizer?

- Vamos Abby, pense nisso. Jack é um idealista, como você. O que acontece quando se quebra ideais? O que acontece então?

- Eu não sei. - É onde eu estou, flutuando sem propósito. Agora Jack é minha âncora e eu estou feliz por tê-lo, mas não tenho ideia do que fazer com o resto da minha vida. O que significa isso para o Jack? Sua arte está ligada à sua alma. É parte de sua identidade. O que vai acontecer se as lágrimas de alguém forem jogadas sobre ele?

- Eu não posso dizer que o que você fez hoje não era nobre, por que era. Eu sei que você quer protegê-lo, mas às vezes você não pode. Você teve sorte com Emily. Não há maneira de contornar essa bagunça. Vai vir forte e rápido.

- Que seja, - eu digo. - Eu vou lutar por Jack, não importa o quanto. Minha vida está uma bagunça, Kate. Ele é a única coisa com que me importo, mais do que qualquer outra coisa. Posso dizer que ele não perdoou a si mesmo por ter vindo para mim naquela noite.

- Sobre o que você está falando? - Kate se vira em seu assento e me olha.

- Havia muita tensão entre nós. Ele continuou me tocando, beijando minha bochecha. A noite ele disse que me amava e que ele nunca poderia me ter, eu quase morri. Eu pensei que ele era um mulherengo por todos esses anos. Eu não tinha ideia Kate, nenhuma. E agora que estamos juntos, ele está se punindo por me amar. - Eu enterro meu rosto em minhas mãos. - Estamos tão desarrumados. Nós dois. Estou tentando salvá-lo e ele está tentando me salvar.


- Eu não sabia disso, - diz Kate batendo as unhas juntos. Ela lança um olhar para mim com o canto do olho. - O que aconteceu naqueles tempos, ele beijou você? Era amigavél? Você o beijou de volta?

- Nada aconteceu. Era como aquele momento antes de um beijo, onde você se sente atraído para a pessoa. Algumas vezes, ele quebrou a tensão beijando meu rosto. Mas naquela noite, ele confessou, eu nunca teria ido para ele. Ele se culpa. Eu vejo isso em seus olhos. Toda essa porcaria de Brimstone está fazendo-o pensar que ele estava certo, que ele não deveria ter me dito.

Kate me olha enquanto eu falo. Ela pergunta, claramente:

- E o que você acha? Foi um erro?

- Não, - eu digo com convicção. - Jack sempre teve meu coração. Ele não me destruiu. Se ele fez alguma coisa foi me segurar quando eu estava caindo aos pedaços... enquanto eu ainda estou caindo aos pedaços. Ele vê isso, não é?

- Eu acho que todo mundo vê, querida. Você tem cicatrizes que estão inflamadas. Você precisa perder esses sentimentos e colocar sua cabeça no lugar, no caminho certo. Jack tem que ficar se culpando. Se eu estivesse no lugar dele, eu me sentiria assim também. Não me admira o porque ele estava agindo como um louco hoje. - Suas sobrancelhas esticaram em seu rosto enquanto ela inala. Kate olha-me nos olhos como se quisesse dizer mais alguma coisa, mas ela não diz.


Quando caminhamos até a varanda da frente, eu ouvi um cara bater a algumas portas a baixo. A porta em que ele está de pé na frente range ao ser aberta e ele diz:

- Eu estou procurando por Abigail Tyndale. Ela mora aqui?

Kate se arrepia. Ela praticamente me empurra para dentro, mas eu agarro o batente e penduraro minha cabeça para fora.

- Jackson? - Eu digo.

O homem se vira e olha para mim. É ele. Jackson tem um rosto estreito com um nariz bonitinho. Ele está usando óculos de arame e um terno. Ele leva um momento para reconhecer-me uma vez que eu estou lutando com Kate e só com a cabeça pendurada para o lado de fora.

- Sim, - diz ele, hesitante. - Abby? É você?

Eu dou um tapa em Kate para longe e ando para fora para encontrá-lo.

- O que você está fazendo aqui?

Empurrando os óculos no nariz, Jackson olha além de mim, até Kate, que tem os braços cruzados sobre o peito e uma expressão irritada em seu rosto. Ela está encostada no batente da porta.

- Eu estava em Nova York em férias e pensei em procurá-la. Eu vi no noticiário há algumas semanas que você se casou com um artista local.


- Sim. Eu me casei com Jack Gray.

Kate limpa a garganta e caminha em nossa direção com um olhar afiado em seu olho. Enfiando a mão para frente, ela diz:

- Eu sou Kate, sua melhor amiga. Quem é você? E como você sabe que ela estava vivendo aqui?

- Kate! - Ela é tão rude. Eu não sei por que ela está agindo desta forma, mas eu posso dizer que ela não gosta dele. - Seja agradável! Trata-se de Jackson Wright. Ele foi para a faculdade comigo. Tivemos várias aulas juntos. Ele se formou um ano antes de mim. Ele não é paparazzi, acalme-se.

Jackson sacode sua mão e eu sei que Kate apertou a sua muito forte. A expressão severa permanece em seu rosto.

- Bem, Abby e eu estávamos prestes a ter um bate-papo, assim...

Eu faço uma cara para Kate e ela faz uma de volta.

- Jackson, é ótimo ver você. - Eu pego um cartão na minha bolsa e rabisco meu número de celular sobre ele. - Ligue-me amanhã e podemos nos ver.

Jackson pega o cartão e olha para ele. Segurando o papel entre os dedos, ele sorri e acena para mim.

- Eu vou. Tenha uma boa noite. Foi bom conhecer você, Kate.

- Sim, que seja. - diz ela, e se vira para entrar.


Meus olhos estão chacoalhando em minha cabeça quando ela fecha a porta.

- Você está louca? Ele era um amigo! Por que está sendo tão desagradável?

Kate olha para mim como se eu fosse uma idiota.

- Algo não está certo. Por que ele está procurando por você agora? Por que três portas abaixo? Ninguém sabia que você morava aqui.

- A imprensa descobriu isso antes de eu estar casada, então por que ele não poderia? - Eu estou tentando não gritar, mas ela está me deixando louca. Kate sempre age como se ela soubesse mais do que eu e não posso mais aguentar isso. Eu estou bem, sobre isso, sobre Jackson aparecendo agora - Ele provavelmente nem sabe o que está acontecendo.

- Reação no intestino, Abby. Esse cara é uma má notícia.

- Bem, então tome um antiacido e acabe com isso. Eu me recuso a acreditar que todas as pessoas nos últimos dez anos da minha vida é corrupto.

- Eu não disse isso, apenas disse que alguma coisa não está certa. - Ela me olha como se eu devesse estar concordando com ela, mas não estou. Eu não vou. Meus braços estão cruzados com força sobre

o

meu

peito

e

estou

olhando

para

ela.

Kate

suspira

dramaticamente e joga seus braços no ar. - Quem persegue uma


mulher casada? Não um homem. Não um homem com boas intenções. Quem diabos faz isso, Abby?

- Ele é um cara bom, Kate. - Há um tom de aviso na minha voz, mas ela não recua.

Revirando os olhos, Kate diz:

- Ele é um homem. Você é uma mulher. Lembre-se, você provou Jack antes de se casarem. As pessoas fazem votos. Às vezes, eles os quebram.

Minha coluna vertebral endurece. Olhos arregalados, eu olho para ela como se ela tivesse batido em meu rosto. Não havia nada pior que poderia ter me dito. Esse comentário me bateu duas vezes, uma vez lançando como meu relacionamento com Jack começou e novamente apontando que eu quebrei meus votos, a promessa que deveria manter para sempre. É algo que continua girando em minha cabeça durante a noite. Não apenas ser um fracasso, mas que a minha palavra era inútil. Não significava nada. Não importa o que eu prometi, porque quebrei a maior promessa que já fiz. Não era apenas uma promessa para mim mesmo ou para a igreja, mas a Deus. Isso significava que eu tinha escolhido a minha vida e o enterrei. Mas isso está quebrado agora. Tudo está quebrado. A fratura encontra-se profundamente dentro do meu coração, e eu não tenho ideia de como consertar isso.

Olho para Kate. Um milhão de palavras enchem minha boca, mas nenhum delas está certa. Eu não posso dizer nada. Eu não tenho nenhuma ideia qual é a expressão no meu rosto, mas de repente sua coragem diminui. Ela levanta a mão, sentindo que foi longe demais. Eu não lhe dou uma chance. Pressionando meus lábios, me viro e


saio pela porta, batendo-a atrás de mim. Antes de Kate chegar à varanda, eu estou no carro e na rua.

Tudo está mudando. Eu me pergunto se realmente conheço alguém, inclusive a mim.


Capítulo 17 ABBY

Quando eu volto para o estúdio, quer dizer, a minha nova casa, eu tenho que parar de pensar nisso é hora do jantar. Deixando Kate me coloco bem no meio do tráfego da hora do hush. Levei duas horas para chegar. Eu entro na casinha e me sento na cama. Eu quero deitar um pouco e esquecer tudo. Na verdade, eu quero me esconder. Eu não tenho nenhuma ideia de quando minha confissão vai chegar na imprensa, mas eu sei que vai incomodar Jack. Eu não quero brigar com ele, mas eu tinha que fazer isso. Ele faria o mesmo por mim. Eu seguro minha cabeça em minhas mãos e sento minhas entranhas grunhirem de pavor. Eu rolo para o lado. Eu não posso ajudar. Eu vou proteger Jack, tanto quanto posso, mas eu sinto que estamos nos afastando. É como tivesse um enorme abismo entre nós e eu não sei como atravessá-lo. Estou isolada, mas é a minha própria culpa. E Jack - oh Deus, se eu lhe disser o que eu estou passando, ele vai culpar a si mesmo. Não importa que não seja sua culpa. Não importa que isso tivesse acontecido comigo de qualquer maneira.

Kate está certa. Eu sou uma idealista e quando essa parte da minha vida despedaçou, Jack estava lá para agarrar. Eu não poderia ter pedido mais, e ainda assim, algo não está certo. Eu desejo que pudesse acenar uma mão e nós seríamos dez anos mais jovens. Eu gostaria de ter tido a coragem de beijá-lo quando tínhamos 18. Viver no passado não vai ajudar a sua vida no presente, Abby. Pare com isso. Aquela voz na parte de trás da minha cabeça parece mais inteligente do que eu a maior parte do tempo. Eu sento e esfrego os olhos com


as costas da minha mão. Em vez de desejar que as coisas sejam melhores, eu tenho que fazê-las melhores. Posso começar por aí. É algo tangível.

Eu tiro meus sapatos e me pergunto onde está Jack. Eu não o vi quando entrei, mas eu dei a volta por trás da propriedade, pela costa até a cabana. O som das ondas e do mar salgado me fazem sentir melhor.

Ele deve estar no estúdio. Eu decido ir encontrá-lo. Quando vejo Jack, ele está de pé em uma escada com um pincel na mão. Ele está sem camisa, vestindo uma calça jeans que se agarra a ele perfeitamente, com respingos de tinta nas pernas. Jack se inclina e toca uma velha peça em que está trabalhando. Tudo está em tons suaves de cinza, mostrando o rosto de uma mulher, de olhos baixos, cabelo enrolado no ombro. É uma peça sombria, assombrando.

Eu ando em direção a ele, certificando-me de que faça um pouco de barulho, para não assustá-lo. Eu não o vi trabalhar por um tempo. Parte de mim quer sentar e vê-lo pintar. Criar algo a partir do nada sempre me maravilhou. Jack pode pegar uma tela vazia e transformá-la em algo mais sugestivo, doloroso, provocador que eu já vi. Ele me surpreende a cada vez.

- Então, - Jack diz, sua voz tensa.

- Então, - eu respondo, não é certo que ele sabe o que eu tinha pedido para Gus fazer. Meu estômago torce quando chego mais perto. Jack não vira e olha para mim. Ele continua a pintar, misturando uma seção da pele. Eu paro na base de sua escada. Um desejo louco me bate e eu quero subir e beijá-lo. Com a minha sorte, eu derrubaria nós dois, então eu só fico lá e olho para ele.


- Parece que Kate e Gus vão matar um ao outro. Forçá-los a trabalhar

juntos

neste

projeto

vai

trazer

uma

abundância

de

situações desconfortáveis. - Jack continua a pintar sem olhar para baixo.

- O que você quer dizer?

- Ela não disse nada sobre isso? - Ele pergunta sobre o ombro, surpreso.

- Não, mas ela não soa como fosse louca por ele, de qualquer maneira. Na verdade, Kate parecia sem sortes. Um cara que conheci na faculdade apareceu procurando por mim, e trocamos umas palavras. - Cruzo os braços sobre o peito, pensando sobre isso. Sua reação parecia tão estranha. - Vamos apenas dizer que não vou falar com ela por um tempo.

Agora Jack para. Ele levanta o pincel da pintura e se vira para olhar para mim.

- O que aconteceu?

Eu dou de ombros. - Ela disse que eu era um Skank5...

- Sério? Isso não soa como Kate. - Jack me olha por um segundo.

5

Gíria para prostituta


Eu mudo meu peso para minha outra perna. Eu não posso falar sobre isso com ele. Eu olho para longe.

- Ela me lembrou que as pessoas nem sempre são o que parecem, e ela me usou, e você como um exemplo. O pregador faz o pintor, esse tipo de coisa. Isso não vai nada bem.

- E você esta chateada por isso? - Ele está olhando para mim como se eu fosse louca. Eu não sei o que eu parecia. Eu era uma mulher vulgar posando como uma pregadora. Esse ponto oco dentro do meu peito tem muita pressão parecendo que estou sendo pressionada a morrer por dentro.

- Não é o que ela disse, é a maneira como ela disse. Me senti como uma puta. - Jack sorri para mim como se eu fosse louca. Esqueça isso. Você não entenderia.

Ele ri disso.

- Sério? Eu não entendo o que é quando meu melhor amigo é dolorosamente franco, bem na minha cara? Gus é uma cópia de Kate. Não admira que eles se odeiam. - Ele faz uma pausa por um segundo e pergunta: - Então, esse cara, quem é ele?

- Só alguém que conheci quando comecei a faculdade. Minha primeira semana lá, eu tinha um apartamento. Eu estava tentando trocar o pneu e ele veio e me ajudou. Ele foi legal comigo. - Eu estou olhando para a pintura enquanto falo, mas os olhos de Jack não se afastam do meu rosto.

- Então, este foi pré-votos, certo? Na faculdade Abby evitou os caras ou foram rejeitadas mais tarde? - Seu tom é brincalhão, o que


me faz sorrir. Eu sei o que ele está perguntando, o quanto eu namorei antes de pular para o barco do clero?

Sorrindo, sacudindo meus olhos para o seu, eu digo:

- Só para ficar claro, Abby tem sido sempre sua. Não havia outra opção para mim. Você faz parecer como se eu tivesse me encontrado com meninas... ou cabras.

- Isso teria sido interessante também. Eu realmente não podia reclamar, mas eu não tenho certeza se gosto da ideia de um cara que tinha tesão por você aparecer e olhar para você. - Ele faz uma pausa e olha para o quadro e depois de volta para mim. - Então, eu sei que você não fez tudo, mas você fez alguma coisa com ele?

- Você precisa de alguém para ter ciúmes? - Eu pergunto, cruzando os braços sobre o peito e sorrindo para ele.

- Talvez. Vai me fazer sentir melhor. Uma boa dose de testosterona vai tornar as coisas muito mais intensas. - Jack está sendo desafiado. O olhar em seu rosto me faz rir. Eu nunca o vi com ciúmes antes.

- Ah, é? Que tipo de coisas? Eu poderia ter que vir para cima com uma história realmente suculenta. - Eu estou sorrindo para ele. Eu meio que esperava que Jack saltasse da escada pelo olhar em seu rosto, mas ele permanece ali, sorrindo para mim.

- Oh, você sabe, esses tipos de coisas sexys. - Ele pisca para mim e eu sinto vontade de rir.

Sorrindo duramente, eu engulo o riso e digo:


- Parece bom.

- Ah, vai ser qualquer coisa, mas bom. 'Bom' não é uma palavra para descrever o sexo. Essa é uma palavra para cortinas e filmes que você realmente não gosta. - Jack analisa minha reação.

- Hmm... - eu estou torcendo meus dedos na minha frente, de repente, toda feminina, - Bem, Jackson é bom. Isso faz você se sentir melhor?

- Ah, por que você não me disse? Jack piscadelas e então sorri amplamente. - E quando você realmente estava me deixando irritado.

- Eu sei. Eu tenho um fraco senso de tempo. Talvez mais tarde eu vá falar sobre o Jeremy. - Eu pisco para ele e começo a sair, sorrindo para mim mesma.

- Abby! - Eu viro de costas para ele, - Eu vou te pegar por isso. - Ele diz ao apontar um pincel para mim.

- Eu estava esperando que você fizesse. - Eu pisco para ele, antes de me virar para longe para encontrar um jantar.


Capítulo 18 JACK

Depois que Abby sai da sala, Jack se agarra à escada e descansa a cabeça contra o metal frio. Ela namorou. Por que isso é notícia, ele não sabe. Jack sabia que Abby teve uma vida longe dele. Ela tinha ido por muito tempo, ele estava com razão, houve outros caras, mas ele não gostou disso. E com tudo o que está acontecendo, parece que um momento estranho para um cara a mostrar-se, mas talvez não seja nada.

Se uma de suas ex-namoradas de faculdade aparececem, Jack tinha certeza de que Abby lançaria um ataque. A versão colégio de Jack não foi muito diferente da edição do ensino médio. Ele estava procurando por algo, sempre tentando preencher o buraco em seu peito. Por um longo tempo, ele se recusou a acreditar que era Abby. Quando ele não estava na aula ou no prédio de pintura, ele estava com uma menina. Às vezes, eles faziam coisas, às vezes não. Demorou quase cinco anos para perceber que Abby foi a razão de sua saudade. Quando ela entrou, Jack estava com raiva. Ela tinha deixado um buraco em sua vida, mas Abby parecia inalterada. Agora ele sabia que não era verdade. Ele só deu uma olhada em seu rosto para ver que ela era uma versão quebrada da garota que ele havia conhecido. Em vez de ajudá-la a curar, ele a tinha quebrado.

- Foda-se, - ele respira, olhando para o chão lá embaixo. Como ele pôde fazer isso com ela?


Jack não tem tempo para pensar sobre isso. Seu telefone toca. Levantando-o do bolso, ele passa seu dedo na tela, deixando um rastro de tinta cinza.

- Merda, - ele murmura antes de pressionar o botão de vivavoz. - O que você precisa, Gus?

- Hey, Jack. Desculpe incomodá-lo. Estou tentando resolver algumas coisas, mas eu preciso passar algumas coisas para você.

- Onde diabos você andou? Eu precisava falar com você sobre uma coisa. - Jack está irritado. Ele não disse nada sobre Abby para Gus, mas ele tem que falar com alguém. Jack olha em volta, do seu poleiro no topo da escada, certificando-se que Abby não está no quarto.

Gus pausa. Quando ele fala, sua voz é muito alta.

- Eu tinha que cuidar de algumas coisas. Você sabe como é. Há uma pausa antes que ele pergunta: - Você viu as notícias?

- Não. Eu tenho trabalhado. Qual é o problema agora?

A tensão desbota na voz de Gus quando ele fala:

- Oh, bem, havia manifestantes na abertura Biloxi. Mas nós sabíamos disso. A notícia cobriu e fez uma pequena exposição sobre você e Abby. O DESPERTAR foi delimitada com corda e nós colocamos guardas, para se certificar de que nada iria acontecer. A maior segurança está saindo do nosso bolso, por sinal. O museu não está a sendo particularmente cooperativo.


- Como esperado. E sobre Brimstone? Você chegou a algum lugar com isso? - A linha fica em silêncio. - Gus?

- Deixe-me fazer uma escavação um pouco mais. Eu sei que eles estão no grupo e que eles estão empurrando os locais aqui para piquete do estúdio. Até agora, eles não obtiveram uma posição até aqui. É mais fácil para o sul. Eles pensam que você é moralmente censurável, para começar. Brimstone precisa vir aqui antes de começar qualquer coisa. Isso é provavel pois ainda é tranquilo. A cidade respeita você e Abby. Eu não acho que os locais vão agir contra vocês. Se eles fizerem alguma coisa, eles vão ter que importar os malucos de algum outro lugar.

- Ônibus, - Jack diz, olhando para a tela.

- Sim, a partir de lugares mais conservadores. O cara é uma merda. Ele leva pessoas que significam o bem, quem honestamente quer fazer a diferença, e então torce-os. Eu entendo as coisas que querem melhorar, eu realmente entendo, mas a raiva que é dirigido a você é tão equivocada. Se eles querem mudar as coisas, bem, nós tivemos essa conversa antes.

- Sim, - responde Jack. Nós tivemos. Muitas vezes. - Isto não é sobre a mudança. É sobre a culpa. Eles precisam de alguém para culpar e eu sou um alvo fácil.

- Sinto muito, Jack. Eu não sei como... - Gus de repente pára de falar.

- O que foi isso? Você não sabe como, o quê? - Jack olha para o telefone. Não houve estática, nenhuma indicação de que a chamada caiu. Gus apenas se calou. Foda-se. Se Gus vai esconder as coisas


dele, ele está ferrado. - Gus, homem, se você está escondendo algo de mim.

- Eu tomei um tiro por você durante esse escândalo todo o ano passado. Lembra-se? Você pensou que eu estava fora. Mas, eu lhes disse que as meninas estavam cheias de merda e me jogaram em uma cela por 48 horas. Isso é um saco, cara. Havia vilões peludos lá, e caras super ricos que caíram fora de seus iates. Mas, falando sério, eu estou de volta Jack. Eu sempre vou estar, não importa o que a merda pareça.

Jack pressiona os dedos para o rosto.

- O que você fez? Se alguém vai me atacar, se eles...

- Ninguém vai vir atrás de você, ok? Vá relaxar um pouco e passar tempo com sua nova esposa.

Jack sabe que algo está acontecendo, mas não pressioná-o. Sua mente voa para Abby.

- Isso é o que eu queria falar com você, sobre Abby.

Gus tom muda.

- Está tudo bem? Vocês parecem felizes juntos.

- Estamos, é só que... – Jack suspira. Seus olhos riscam para a porta, certificando-se que Abby não estava ouvindo. - Eu acho que cometi um erro. Eu não devia ter casado com ela. - A voz de Jack mal sai. - Eu não deveria ter contratado ela. Eu arruinei sua vida, Gus.


Tom de Gus é nítido. Parece que Jack está sendo repreendido.

- Corta essa merda, Gray. Essa menina te ama. Se você quer que sua vida seja melhor, então corrija isso. Você não pode mudar o passado, então pare de tentar. - A voz de Gus tremula por alguns minutos e depois retorna de coerência. - Eu não posso acreditar em você. Abby é a menina que fugiu, pela qual você estava definhando desde que te conheci. De alguma forma ela cai bem no seu colo e você tem a audácia de dizer que você devia té-la jogado porta afora! Eu não posso acreditar em você. Como você pode dizer uma coisa dessas?

- Porque, - diz Jack, sua voz suave, - cada vez que olho para ela, eu vejo a dor em seus olhos. Há outra parte para Abby, e eu tomei a distância.

- Isso é besteira, Jack, e você sabe disso. Se você sente que fodeu sua vida, você precisa falar com ela. Abby é a única que pode dizer isso. Não vá pelo que você vê nos olhos dela, porra pergunte a ela. Ela é sua esposa, é a garota que queria todos esses anos, a que você não poderia viver sem. Eu juro por Deus, se você estragar isso...

Jack olha para baixo em seu telefone e clica no desligar, corta Gus no meio da frase. Pesar enche sua alma. Lamento por tudo. Tudo que Jack toca vira cinzas. Abby não é excepção. Gus não vê - ainda não - mas ele verá.

Jack levanta o pincel e começa a alisar a tinta outra vez. Seus olhos traçam sobre a carne nua, mas tudo o que ele vê é uma linha curva com uma graduação fodido. Fazendo a figura parecer viva de modo que tenha sombreamento certo.


Quando ele mudou a escada para esta peça e começou a pintar, Jack não tinha certeza por que ele escolheu voltar a este. Era uma peça que tinha sido tomada antes de Abby vir. Talvez ele lembrasse quem era.


Capítulo 19 ABBY

Cerca de uma hora mais tarde, eu volto para o estúdio para chamar Jack para o jantar. Eu criei algo nos quartos da frente. Há uma cozinha neste edifício, pois tinha sido originalmente a casa principal. Quando Jack converteu este edifício para o estúdio, ele não removeu a cozinha. É bom.

Quando eu entro no estúdio, Jack ainda está na escada com um pincel na mão.

- Ei, digno de nota. Embora eu realmente gosto da visão estelar de sua bunda, você tem que descer e jantar comigo.

Jack ri tanto que ele deixa cair seu pincel.

- É o meu pequeno anjo xingando de novo? - Sua voz é leve e provocante.

Eu rio.

- Como eu nunca parei. Além disso, bunda é uma parte do corpo, e não um palavrão.

- Eu acho que você morre, se você ouvir isso sair da boca de uma criança.


- Touché, - eu admito. - Eu vou tentar ser menos grosseira. Eu limpo a garganta e olho para ele como se fosse meu Romeu. Eu aperto a mão no coração e digo: - Jack, Jack oh, você tem um derrière6 sonhador, mas nosso jantar vai esfriar. Você vem para baixo antes do macarrão ficar mole? Se você fizer isso, eu prometo morder seu traseiro.

Jack olha para mim chocado, e em seguida, quase se arrebenta de tanto rir. Ele se segura na escada com uma mão e vira o rosto para mim, o que me faz querer cobrir meus olhos e gritar.

- Oh meu Deus! Não caia! - O sorriso desaparece do meu rosto e as minhas mãos voam para cima, como se eu tentasse pegá-lo se ele caisse no chão.

Jack estabiliza-se e diz:

- Awh, você ia me pegar! - Seu tom provocante pára quando ele me vê tremendo. Minhas mãos estão firmemente agarradas. - Eu estou bem, Abby. Eu não caí de uma escada, desde que estava na escola. E nessa vez foi porque eu estava assistindo você, então não faça nada sexy ou me fará rir muito difícil.

- Jack, - eu grito, não querendo olhar para ele. A escada parece tão vacilante e ele esta tão alto. - Por favor, deça.

Jack desce e deixa seus pincéis restantes no solvente antes de caminhar para mim. Ele vira a cabeça para o lado e me pega pelos meus braços e me puxa para perto.

6

literalmente traseiro em francês


- Ora, Sra. Gray, você tem medo de altura?

- Não, claro que não. Só tenho medo mortal de escadas. Especialmente as realmente altas com meu novo marido pendurado em cima como um macaco em uma árvore. - Eu tremo só de pensar nisso.

Jack me puxa para o seu peito.

- Eu não vou cair. Eu prometo. Sua pequena cantiga me pegou de surpresa. Eu estou bem, Abby. - Ele me aperta até meu coração parar de martelar como se estivesse tentando sair do meu corpo. Ele beija minha bochecha e diz: - Eu não tinha ideia de que alturas a assustava. Por que você não disse nada?

- Eu não sei. Realmente não importa. - Eu sinto seus braços em volta de mim e eu tomo uma respiração profunda. Eu sei que ele é bom, mas a sensação de medo persiste.

- Existem outros medos que precise saber? - Ele pede gentilmente, beijando o topo da minha cabeça.

- Eu não gosto de pontes.

- O que você quer dizer...? - Jack olhares para mim.

- Quer dizer, eu odeio pontes e tenho um ataque de pânico quando sou forçada a passar por cima de uma. Eu tenho medo que o carro vai bater e passar por cima do trilho. - Eu tremo dizendo, pensando sobre o carro enchendo de água e ficando presa dentro.


Jack

suaviza

as

mãos

sobre

meus

braços,

mantendo

o

sentimento de distância.

- Quando isso aconteceu?

- Eu não sei. - Eu dou de ombros e olho para ele. - Ele sempre esteve lá de alguma forma.

- Nós vivemos em uma ilha. Como não percebo?

- Se você está sentado ao lado de uma versão tensa, nãofalante de mim, estamos provavelmente em uma ponte. - Faço uma pausa por um segundo e sorrio, provocando. - Se estou olhando para você e tremo como uma folha, isso provavelmente tem algo a ver com uma escada.

- Alguma outra coisa assusta você? - Ele beija minha bochecha e depois me dá um pouco mais de espaço.

- Apenas o tipo normal de coisas; palhaços, Tigres, monstros que vivem no meu armário.

Jack não sabe o que dizer, então ele ri um riso curto alto.

- Oh meu Deu. Esses são todos os tipos de fodidos, não é?

Eu aceno e um sorriso.

- E o que assusta você, homem grande sexy? Aranhas? Unicórnios?


Jack bufa, mas depois ele tem um olhar distante em seus olhos como se soubesse exatamente o que o aterroriza mais. Quando ele olha para mim, ele diz:

- Qualquer homem deve ter sérias preocupações sobre um animal com um símbolo fálico enorme em sua cabeça. Fique longe de unicórnios, está me ouvindo? - Eu sorrio e Jack me faz cócegas, afastando o resto dos meus medos irracionais.


Capítulo 20 ABBY

Mais tarde naquela noite, enquanto nos preparamos para dormir na casa de campo, Jack me pergunta:

- Então, este cara, Jeremy?

Estou colocando em um pedaço de lingerie bonita que eu encontrei em uma loja na aldeia. Era fácil ver o que parecia na loja, mas agora estou tendo problemas com isso. Jack acha que eu estou escovando meus dentes.

- Ele era meu namorado, primeiro ano de faculdade.

A voz de Jack atravessa a porta.

- E... - ele pede.

- E nada. Nós namoramos por um tempo, mas ele não entrou na minha calcinha, se é isso que você está pedindo, Sr. Gray. Nós terminamos.

- Então, sou o único cara que entrou na sua calcinha? Pergunta ele. Há uma melancolia esperançosa a sua voz.

Eu entro no quarto e a mandíbula de Jack cai. Seus olhos deslizam sobre meu corpo, bebe-me como se ele não podesse ter o suficiente.

A

peça

de

lingerie

é

mínima,

mas

brilhante,


estrategicamente drapeada, cordas vermelhas. Ela dá a ilusão de ocultação, mas ele pode ver através dela. Tem a forma de uma camisola e se abre entre minhas pernas, mas, novamente, isso é apenas para mostrar. Estou vestindo vermelho - coberta de renda até a coxa e saltos foda-me. Eu encontrei outra coisa na loja que eu pensei que ele gostaria também. Eu o coloquei sob a peça de lingerie. Torna-se mais visível quando eu ando.

O olhar de Jack se fixa nos meus seios, na corrente de prata cintilante que se conecta a cada mamilo. Os olhos de Jack escurecem quando olha, sem piscar. Quando eu rebolo em direção a ele, vou ter certeza de que eu balanço meus quadris, de modo que todas as cordas pequenas balancem e mexem comigo. Isso fascina Jack, e ele não fala. Seus lábios se separam e seu peito não esta se movendo para cima e para baixo, estou preocupada.

- Você é o único cara que já esteve na minha calcinha, Sr. Gray. E você é o patife que me fez perceber que eu amo estar com você.

Jack ri.

- Patife? Em que século estamos? – Seu rosto clareia, mas seus olhos não saem do meu corpo.

Eu paro e balanço meu quadril, batendo o dedo nos lábios. Eu levanto uma sobrancelha para ele.

- Do que devo chamá-lo, então? Antes de você, não acho que eu gostaria disto. Mas você, você me fez perceber que é muito mais. Patife parece adequado.


- Talvez, se estivéssemos no século XVIII em Viena. Eu acho que o termo moderno é ´deus do sexo´. Você sabe, alguém tão quente que não pode ser resistido. Alguém como eu. Alguém como você...

Eu rio com o pensamento.

- Você acha que sou uma deusa do sexo?

- Não, eu sei que você é uma deusa do sexo. Você ia me dizer o que mais você gostou antes de eu rudemente cortá-la. E se você não começar a caminhar em minha direção novamente, eu posso ter de saltar da cama e ir aí. - Jack sorri maliciosamente para mim.

Eu aponto para ele e digo:

- Fique, homem mau. - Sorrindo difícil, eu começo a minha caminhada

lenta

de

novo,

terminando

meu

pensamento

que

descarrilou mais cedo. - Eu gosto do jeito que você me olha. Gosto da maneira como essas roupas me fazem sentir, e eu amo o que sinto quando você está dentro de mim.

Antes de Jack e eu estarmos juntos, eu pensei que o sexo era apenas impulsos. Parece estúpido agora, mas não sabia de nada. O pensamento de ser um escravo do meu próprio corpo me fez sentir como um animal, em uma forma depreciativa. Agora eu percebo que é apenas uma parte de quem sou, e Jack é o companheiro perfeito para mim. Ele me faz sentir tão amada, que não consigo pensar em mais nada quando estou com ele. Hoje à noite, é o que eu quero. Quero afastar seus demônios, os meus, e apenas ficar juntos.


Os lábios de Jack se fecham enquanto levanta o olha para o meu rosto. Ele está sem camisa, vestindo apenas boxers abaixo do lençol. Em seu queixo uma trilha de barba escura aparece, fazendo seus olhos azuis tão vívido como safiras. Quando ele fala, a voz de Jack envolve em torno de mim como veludo.

- Eu te quero tanto, a Sra. Gray. Estou dividido entre pular, agarrar e jogá-la sobre a cama, e te comer loucamente, e apenas assistir você andar na minha direção nessa lingerie incrível. Essa roupa é

uma

provocação. - Respirando com dificuldade, Jack

empurra-se na cama. Olhando para o seu colo, eu posso dizer o quanto ele me quer. - Vire-se. Deixe-me ver pelas costas.

Eu sorrio para ele e viro. Os ombros superiores têm cordas drapeados que curvam a meio caminho pelas minhas costas. Da minha cintura até a parte baixa de minhas costas, não há nada, apenas pele nua. Em seguida, as calcinhas são de matar. Eles não têm nenhum fundo de verdade. Eles são feitos de oito cordões que prendem na cintura. Ela segura minha bunda, mostrando minhas curvas, e anexa a um clipe de prata na minha cintura.

Olhando por cima do meu ombro para Jack, eu digo:

- O que você acha? - Meus tornozelos estão cruzados. Eu curvo um pouco, sabendo que Jack é um homem de peitos e bunda. - É bom?

A palavra parece trazer Jack de volta para si mesmo. Ele sobe na cama, e me puxa para ele. Eu suspiro, não esperava isso. Ele me pressiona de volta em seu peito. Seu comprimento duro está rígido contra a minhas costas. Suas mãos atropelando a roupa, sentindo os fios sedosos e minha pele quente. Seus dedos pegam a corrente de


prata e puxa suavemente, persuadindo um gemido suave de meus lábios. O braço forte de Jack envolve em meu peito, um pouco acima dos meus seios.

Segurando-me, ele sussurra em meu ouvido:

- Não é bom, é mau. É a coisa mais sexy que já vi. Isso me faz querer você em todos os sentidos possíveis.

Meu coração está batendo forte. Os braços musculosos de Jack estão firmemente em torno de mim. Sua mão desliza e pressiona suavemente contra minha garganta. Se alguém fizesse isso comigo, eu ficaria com medo, mas com Jack, parece certo. Parece que sou dele e ele quer me possuir. Eu viro meu rosto para longe dele, e os seus lábios trilham beijos quentes no meu pescoço. Quando eu inalo, ele me segura mais perto, apertando seu poder sobre mim.

Olhando para longe dele, o coração batendo freneticamente no meu peito, eu sussurro:

- Eu quero você em todas as formas possíveis.

- Oh Deus, Abby. - Sua voz é rouca, como se não conseguisse se controlar. Ele mantém uma mão em minha garganta e a outra acariciando meu corpo, sentindo o tecido e carne. Seu hálito quente desliza sobre meu pescoço e meu corpo reage a ele. Cheiro de Jack, seu cheiro, enche minha cabeça e eu quero fazê-lo tão alto de luxúria para que ele se esqueça de todo o resto. Meus sentidos estão escorregando. Eu sinto o desejo quente borbulhando dentro de mim. Minha intenção era que isto seria para ele, mas estou tendo problemas para controlar a mim mesmo.


Estamos juntos, com seus braços fortes me segurando no lugar enquanto seus lábios devoram meu pescoço. Meus joelhos se enfraquecem, mas Jack não me deixe cair. Seus braços apertam contra o meu peito e na minha cintura. Meu coração está trovejando dentro do meu peito. Cada centímetro da minha pele é sensível além da razão. Quando ele toca-me com os lábios, eu mal posso suportar. Jack me mantém lá, firmemente pressionada contra ele.

Eu me inclino para trás e sinto a mudança dos quadris de Jack. Eu sinto o seu eixo rígido através dos boxers, pressionando em minha coxa. Inclinando a cabeça para trás, eu choramingo o seu nome.

Jack vira-me para ele, e diz:

- Ajoelhe-se. - Sua voz é profunda e cheia. Ele envia arrepios luxuriosos pelo meu corpo. Eu caio de joelhos, e ele coloca sua cintura em minha frente. Ondas de desejo jorram dentro de mim, aperto a parte inferior do meu corpo. Eu fico olhando para os boxers, desejando que eles não estivessem lá. Jack caminha para longe e quando volta, os shorts se foram. O corpo nu de Jack permanece a menos de uma polegada do meu rosto, e seu belo eixo longo e duro fica ainda mais perto. Eu lambo os lábios, esperando que ele me diga o que quer. Respirando com dificuldade, eu chego para ele, mas Jack não me deixa. - Não, Abby. Deixe-me.

Eu olho para ele e tomo uma respiração profunda. Eu quero sentir sua pele quente e suave em meus lábios. Eu quero o provar quando ele vir. Quando eu penso sobre isso, o lugar entre as minhas pernas fica úmido. Mudando meu peso, eu movo meus joelhos afastados. Jack observa-me antes de se esfregar na minha bochecha. A pele é tão suave e Jack está tão duro. Eu chupo em uma respiração irregular, tentando permanecer calma. Eu reprimo toda vontade de


virar a cara e levá-lo na minha boca. Jack repete o movimento do outro lado do meu rosto. Quando ele se move a ponta de seu comprimento longo, duro em meu rosto, eu sinto que vou perder a calma. O lugar entre as minhas pernas está pulsando suavemente e se enchendo com um calor úmido. O movimento é uma provocação, como é excitante. Eu respiro duro e olho para Jack. Ele repete o movimento e eu mal posso suportar.

Cada centímetro de mim está cheio de desejo. Eu o quero. Eu preciso prová-lo. Rogo.

- Jack, por favor.

- Por favor, o quê?

- Por favor, deixe-me chupar você, deixe-me te provar na minha boca. Por favor. - Eu não sinto vergonha em dizer a ele o que quero. Jack esfrega a ponta de seu comprimento sobre meus lábios e eu tremo, querendo muito ele tão mal. Meus olhos se fixam sobre ele, dá água na boca, pensando em como eu vou beijá-lo, quando ele me deixar. Cada toque que ele me dá me deixa muito mais excitado. Eu mudo meus joelhos novamente, tentando me aproximar dele.

Sem dizer nada, Jack emaranha seus dedos no meu cabelo.

- Eu adoro quando você faz isso, - ele respira. Excitação passa através de mim. Uma onda de prazer vai me atingir a qualquer momento. Eu vejo como Jack move o pênis bonito para os meus lábios e empurra em minha boca.

Ele é tão firme e quente. Enche-me de prazer, pulsando suavemente entre as pernas. Seu comprimento enche minha boca e


eu começo a chupar. Minha língua desliza ao longo dele, querendo mais dele na minha boca. Minhas mãos agarram sua bunda e eu tento extrair mais dele, mas Jack puxa de volta. Ele me insulta, empurrando apenas metade e, em seguida, puxando para fora. Eu chupo e lambo, querendo mais, querendo ele. Meu corpo pulsa e meus mamilos doem por seu toque. Eu me sentiria muito melhor se eu pudesse engoli-lo. Gostaria de saber se posso. Ele é tão longo, tão grosso.

Meus

dedos

encontram

seu

eixo

e

eu

guio

mais

profundamente. Jack me olha quando faço isso, a boca aberta em um ‘O’ pequeno, assistindo seu pau dentro e fora da minha boca. Ele estremece quando puxa para fora dessa vez e eu sei que ele está perto de vir.

Quando ele se afasta, eu respiro.

- Venha para mim, Jack. Eu quero provar você. - Ele balança a cabeça, como se não tem nenhuma intenção de fazê-lo, mas eu não dou a ele a escolha. Eu chupo mais e atrai-o de volta em minha boca. Minhas mãos agarram sua bunda e eu empurro seus quadris para mim. Seu eixo atinge o fundo da minha garganta e eu inalo, levandoo inteiramente em minha boca. Minha língua acaricia-o quando chupo. Quando ele está prestes a vir, eu faço isso de novo.

Jack

geme.

Seus

dedos

emaranhados

no

meu

cabelo,

agarrando minha cabeça. Eu guio dentro e fora, chupando e lambendo-o, quando o levo todo dentro prenso meu rosto contra a pele macia na base do seu eixo e eu beijo-a. A compostura de Jack se desfaz. Ele firma seus quadris, puxando e empurrando em minha boca. Meus seios tremem quando ele faz isso, puxando a corrente do mamilo. Eu lamento, e acho que estou freneticamente apertando a bunda, implorando por mais. Jack não pára. Ele empurra mais e mais rápido até que ele vem na minha boca. Quando esse deleite salgado e


doce atinge a minha língua, eu sinto o líquido quente encher minha boca e engulo até a última gota. As respirações irregulares de Jack tornaram-se mais perceptível quando eu gentilmente o lambo, ordenho até a última gota dele. Quando termino, olho para ele e sorrio.

Jack puxa-me em seus braços e caimos de volta na cama. Movendo-se do meu lado, eu olho para ele.

- Eu amo fazer isso.

Jack sorri para mim. Seu peito sobe e desce rápido e ele olha para mim.

- Eu amo quando você faz isso.

Eu me inclino perto de seu ouvido.

- Não, eu quero dizer que realmente gosto de fazer isso. - Eu tomo sua mão e a guio entre as minhas pernas.

- Oh meu Deus, você está molhada. - Voltando-se para mim, Jack sorri. - Será que você gozou?

Meus olhos estão fixos nos dele. Eu evito o seu olhar e sorrio, timidamente.

- Talvez, um pouco. - Antes que eu possa dizer algo mais, Jack me puxa para sua boca. Ele me beija até meu cérebro derreter. Para o resto da noite, Jack me ama até que eu estou completamente gasta e caímos em um sono feliz.


Capítulo 21 ABBY

A luz do sol derrama através das cortinas brancas. Eu esfrego os meus olhos e rolo procurando Jack. Seu espaço está vazio e os lençóis frios. Eu belisco a ponta do meu nariz, esperando que ele não tenha visto a notícia. Tomo banho e me visto, puxando em um par de jeans e uma camiseta, e vou encontrá-lo.

Jack está no estudio de pintura misturando tinta, tentando obter a cor exata que ele quer. Parece que seu próximo trabalho vai ser todos os tons de violeta vívido.

Eu ando atrás dele e deslizo a mão em suas costas. Jack está dobrado ao longo de um grande tonel de tinta, derramando mais branco. Eu beijo sua bochecha.

- Bom dia, amor.

Ele pára o que está fazendo e se endireita, limpando as mãos na calça antes de pegar meu rosto puxando-o para o seu. Assustada, eu vou para o beijo e atrapalho-me, apenas roçando meus lábios contra os dele.

Ele ri e diz:

- Primeiro, eu quero dizer que ontem à noite, foi... não há palavras para a noite passada. Eu vou estar ansioso para jantar


muito mais a partir de agora. – Eu sorrio para ele. Há tensão em seu sorriso. O meu estômago está pesado. Ele sabe.

- Então, você sabe, não é? - Eu pergunto, olhando para as mãos como se estivessem realmente interessantes. Meus dedos se entrelaçam quando digo isso.

Jack olha de minhas mãos até meu rosto. Sua voz é suave, cheio de remorsos.

- Sim, eu sei. Acordei cedo e enquanto eu estava tomando uma xícara de café, liguei o noticiário e vi uma foto de minha esposa com uma voz dizendo à imprensa que ela não era virgem quando se casou.

- E depois? - Eu pergunto, de cobertura.

- E então eu ri como se isto não podesse estar acontecendo, que a minha querida esposa não poderia saber sobre isso. Então eles dizem que a informação é de uma fonte segura, e acho que sei quem era essa fonte?

- Gus. - Eu olho para as minhas mãos, torcendo-as. Meu coração está batendo, mas de uma maneira ruim. Eu não queria machucar Jack mais por não dizer a ele, mas eu tinha que fazer o que fiz. Queria ele fora dos holofotes. Posso ter alguém dizendo coisas desagradáveis sobre mim, mas Jack não pode. Estamos por fio, eu acho. De qualquer maneira, isso era algo que eu poderia fazer para desviar as flechas lançadas contra ele, então fiz isso.

Jack parece que está perdendo a compostura. Seus ombros estão rígidos e ele continua trabalhando sua mandíbula. Seus olhos


são apenas um pouco grande demais quando ele olha para mim, como se realmente estivesse louco.

- Certo, Gus. E você pode imaginar o quão louco eu me senti? Meu melhor amigo vazou essa merda para a imprensa. Então, enquanto estou gritando para ele, descubro o que realmente aconteceu, que não era ele. Foi a minha esposa que orquestrou a coisa toda, mas ela ainda está dormindo porque eu fiz amor com ela a noite toda e ela provavelmente está muito dolorida para andar. - A voz de Jack fica mais e mais forte conforme fala. Seus olhos travam com o meu, suplicando, implorando por uma explicação.

Colocando minha mão em seu antebraço, digo:

- Eu deveria ter dito a você.

Ele recua, como se eu tivesse o ferido, e foge-me.

- Sim! Sim, você deveria ter me dito! Como pode não me dizer?

- Como é que você não me disse que você sabia sobre o grupo Brimstone antes de chegar em casa? - Minha voz está no mesmo nível. Eu não sou louca. Estou apontando-a para provar um ponto. Jack pisca para mim e depois suspira, sacudindo a cabeça. - Eu queria protegê-lo, dar-lhe o que pudesse. Eu sei que isso está destruindo você por dentro, Jack.

- Abby, isso não é o mesmo. Não dizendo a você, não mudou nada. Esse grupo está conspirando contra mim, não importa o que aconteça.


- Sim, é exatamente o mesmo. Não me dizendo, fez você passar por isso sozinho. Não admira por isso que você estava tão tenso aquela noite. Você deveria ter me dito. – A tristeza fez nó na minha garganta. Eu gostaria que ele confiasse em mim, mas ele não o faz.

Flashes de raiva em seus olhos.

- Você deveria ter me dito! Você tem alguma ideia do que fez? Isso é como jogar um fósforo em uma sala cheia de gás. Não é uma questão de se vai ou não vai explodir, isso é uma questão de quão grande a explosão será. Eu não posso te proteger disso, Abby. Porra, eu nem sei o que esperar. - Suas mãos puxaram seu cabelo enquanto ele se vira e fala. Quando ele se vira para mim, a expressão em seus olhos me faz querer chorar.

Minha voz é suave. Dou um passo em direção a ele.

- Eu sei o que vai acontecer. Você não tem que me proteger, Jack. Eu estou bem com as escolhas que fiz. O resultado terminou com você e eu juntos. Isso é tudo o que importa.

- O que você vai dizer quando perguntarem por que você ignorou seus votos? O que você vai dizer quando perguntarem se pensou duas vezes antes de dormir comigo? Droga, Abby, essa porra de bagunça é toda minha culpa. Você não era minha, e eu tomei você mesmo assim! - Ele está gritando. Jack se vira e chuta uma das latas de tinta. Ele faz um som estranho, mas não se derrama. Eu nunca ouvi tanta raiva de mim por quebrar meus votos. Ele ainda não sabe o que eram. Todo mundo assume tudo. Tomei votos, e fiz promessas para ser celibatário e servir. Eu prometi essas coisas, e joguei fora. Talvez parecesse que era um capricho de Jack, mas não foi.


Afastando-se de mim, Jack saiu como uma tempestade em direção à porta dos fundos.

- Espere. Jack, espere! - Eu corro atrás dele e agarro seu braço. - Pare, caramba! Ouça-me! Você tem essa noção de que eu estava acima de qualquer suspeita, e a verdade é que estraguei tudo como qualquer outra pessoa. Eu não sou um anjo, porra! Você não tirou as asas de minhas costas. Eu luto com os mesmos problemas que todo mundo tem. Eu cometo os mesmos erros que todo mundo. Eu queria você, quando eu não poderia tê-lo. Anos adormecendo pensando em você, e então se inclinando para o beijo, me fez fazer isso. E eu não me arrependo. Se eu pagar por isso mais tarde, então que assim seja, mas não quero que culpe a si mesmo.

Toda a raiva parece fluir para fora dele quando falo. Quando ele fala, sua voz soa tão forçada, tão derrotado.

- Eu só quero que o mundo a veja como eu te vejo.

- Jack, eu sou como qualquer outra pessoa.

- Não, você não é. Não para mim, nunca. Nem sempre, Abby. Eu faria qualquer coisa para você, daria qualquer coisa para salvá-la do presente, mas eu não posso. Isso já foi feito. - Jack parece tão miserável, como ele não tem ideia do que fazer já que não pode proteger-me disto.

Há uma onda de cabelo solta em sua orelha. Eu chego para ele e coloco-a de volta. Olhando em seus olhos, eu digo:

- Você não teria me deixado fazer isso, se dissesse a você, assim como eu não iria deixá-lo fazer nada agora. Isso não vai me


destruir. Eu não ligo para o que eles dizem. Eles podem falar o que quiserem, isso não muda quem sou.

Jack toma minhas mãos e me olha.

- Você está sempre tão certa de coisas. O que faz você pensar que pode suportar isso?

- Porque eu tenho você.

Eu puxo-o para mim e seguro-o firmemente. Jack faz o mesmo. Ficamos assim por um momento, sabendo que o mundo está prestes a desabar sobre nós.

Olhando nos meus olhos, Jack diz:

- Você me inspira além das palavras. Você é forte, é corajosa, e é totalmente altruísta. Você é como um guerreiro com um narizinho bonito. Isso é o que é tão incrível sobre você. Você vive e ama como se não tivesse medo. Isso me deixa louco às vezes, mas é tão admirável que é de cair o queixo. - Ele pressiona seus lábios contra os meus. Eu não tenho a chance de desviar seu elogio. Eu faço o melhor que posso, e, muitas vezes, sinto que chego perto, mas seus louvores me deixam mais forte.

O beijo de Jack começa leve, mas torna-se mais intenso. Sua língua varre o interior da minha boca enquanto suas mãos se emaranhados no meu cabelo. Isso me lembra da noite passada e eu o beijo mais forte, sentindo meu corpo esquentar com seu toque.

- Ah-hum, - Gus está de pé na porta. - Então, acredito que você disse a ela?


Capítulo 22 JACK

Olhando para Jack, Abby pergunta:

- Disse-me o quê?

Ela é incrível. Ele não pode parar de olhar para ela, pensando sobre como insanamente maravilhosa ela é. Abby levou um tiro por ele. Jack não sabia como iria suportar que toda a merda que Brimstone iria jogar para ele, e depois, sem uma palavra, Abby deu um passo em frente. Sua declaração vai fazê-los mudar seu foco para ela. Ela sabe o que fez. Primeiro, Jack estava com medo de que ela tivesse feito, mas depois de falar com ela, estava claro que ela sabia exatamente o que estava fazendo. Não há arrependimento em seu rosto. Eles vão rasgar ela em pedacinhos em vez dele. A culpa continua a tentando alcançá-lo, mas ele está começando a achar que não deveria estar lá. Este foi um presente. Abby deu para ele. Ela tem tanta certeza que isso estava certo, tão certo que ela pode tomar o que quer que jogue com ela, mas a coisa com Dick a deixaria em lágrimas. Jack precisa falar com ela sobre o Texas, sobre o que ela quer fazer agora. Eles deixaram isso de fora por muito tempo.

Com Gus observando da porta, Jack sabe que ele está em uma briga. Gus tem insistido com ele sobre sua próxima pintura. Jack sabe exatamente o que quer, ele só tem que ter Abby a bordo.

Ele pega a mão de Abby, e a leva para os depósitos de tinta.


- Eu tenho uma ideia para uma nova pintura. Eu quero que você seja a modelo. Vai roxo e amarelo ou vermelho. Ainda não decidi. - Excitação encheu sua voz. Abby está sorrindo para ele, olhando para as banheiras enormes de roxo.

Gus começa a falar:

- Eu tentei convencê-lo a pintar com um outro modelo, mas ele não quer. Já há varios pedidos por uma nova peça cheia de cor. Essa será levada para a última parada da turnê de trabalho de Jack e será apresentado em seguida. Vai para o público.

Abby olha para Jack.

- O que você estava querendo fazer?

Seus olhos se mantem nos dela, esperando.

- Alguma coisa um pouco diferente. Na sua outra pintura, bem, tudo está escondido. Nesta, ela não será. Essa é a questão principal. Eu não tinha certeza se você iria querer fazê-lo, com tudo o que está acontecendo. Gus está empurrando para uma modelo, mas eu quero que esta pintura seja sua. - Jack a observa, praticamente segurando a respiração. Gus está olhando também.

- Vocês dois já tinham discutido isso? - Abby pergunta, olhando para Jack e Gus.

Jack concorda.

- Gus sugeriu planejar a peça de cor há um tempo, após o despertar ser adicionado à minha coleção privada. As pessoas


queriam mais peças coloridas e eu concordei em fazer uma. Quando Gus pediu para eu usar uma modelo, eu disse que queria você. - Jack olha para ela. Ele está puxado em duas direções diferentes. A pintura seria além da perfeição, se Abby fosse a modelo.

- Não foi uma discussão, Abby. Ele tinha um argumento. Tentei dissuadi-lo. Eu ainda não tenho ideia do que ele planejou. Eu só preciso saber se você vai fazer isso ou não para que eu possa determinar se é preciso contratar uma modelo. - Gus desliza as mãos nos bolsos e espera.

- Jack... - ela começa a dizer, a incerteza em sua voz.

Mas ele leva as mãos.

- Abby, por favor. Deixe-me mostrar-lhe o que vai ser. Se você não quer que ele vá a público, vou usar uma modelo e faze-lo novamente. Este é um ponto de viragem. Eu sinto isso. Quero compartilhar isso com você. Se somarmos uma outra pintura para a nossa coleção, eu estou bem com isso.

- Eu não estou, - diz Gus. - Você tem prazos, Jack. Você não pode fode-los.

Jack olha para ele.

- Eu não vou. Isso é algo novo. Forçando ele, vai fazer merda. Quantas vezes eu tenho que dizer isso? Eu preciso sentir. Apenas pintar alguém não funciona. Você sabe disso, Gus. - Jack olha seu amigo e balança a cabeça. Gus abre a boca para falar, mas Abby se coloca entre eles.


- Eu vou ser o seu modelo, Jack. - Ela está olhando para ele como se ela não acreditasse que disse isso.

- Sério? - Pergunta ele, espantado.

- Sim. Eu quero ser parte de sua vida. - Ela sorri torto para ele e encolhe os ombros. - Além disso, é arte. Não é como se você fosse ficar com ciúmes se outro cara me viu nua.

Gus solta uma gargalhada estridente.

- Sim, vocês descobriram isso por conta própria. Eu não acho que preciso ouvir essa parte. - Ele vira-se para porta, sorrindo.

Jack sente o laço do sorriso malicioso nos lábios. Seus olhos queimam em Abby. Ela tem o sorriso inteligente e sexy em seu rosto. Torna-o completamente louco. Ele dá um passo em direção a ela e puxa-a para ele, puxando a cintura dura.

- Isso é uma confissão, Sra. Gray?

Seus olhos brilharam com alegria.

- Leve-o como você desejar, Sr. Gray.

- Como se eu fosse deixar isso por isso mesmo. - Jack sorri antes de agarrar Abby em seus braços. Ele a moveu no ar, deixandoa gritar descontroladamente. Ela alterna entre tentar ficar livre e segura-se como se fosse cair.

- Diga o nome, Abby. Quem mais viu você nua? - Quando ela não responde, ele agara e gira mais rápido.


Seu cabelo é um traço de vermelho, e seu riso enche o ar.

- Ahhh! Eu vou fazer xixi! Jack, pare!

Ofegante, ele olha para a mulher em seus braços. Seu rosto está vermelho e ela ainda está rindo.

- Você vai colocar esse nome para fora agora?

-Você está pensando em me dizer o nome de cada menina que viu você nua? - Ela pede timidamente.

- Isso não foi uma resposta, Sra. Gray. - Jack começa a correr, com Abby em seus braços. Ele empurra através das portas de trás e corre em direção a água.

- O que você está fazendo? Ahhh! - Gritos de Abby, agarrandose a ele quando Jack salta para a praia.

- Jogando com você - ele responde, rindo.

- Deixe-me ir! - Abby escava suas unhas em seu pescoço, como se pretende se segurar. Ela chuta ele, mas Jack apenas ri mais.

- Faça-o mais forte, baby. Isso me excita.

Ela ri assim que alcança a água. A areia fria e molhada se apega aos pés de Jack. Que está mais fresca hoje do que tem sido. Respirando com dificuldade, Jack pede uma última vez.


- Um nome por favor. Me fale o nome do outro homem que tenha visto minha doce noiva nua. – Sugando o ar, ele olha para ela em seus braços.

- Você acha que foi só um? - Ela ri com aquele sorriso sexy no rosto. - Eu posso te fazer uma lista.

- Você está indo para dentro. - Jack quer deixá-la na areia e fazer amor até ela gritar seu nome. Em vez disso, ele pisa na água, embrenhada em águas rasas passadas e se prepara para lançar. - 'Eu posso fazer uma lista' - ele zomba.

Jack balança ela uma vez.

- Não se atreva, - Abby adverte, ainda pensando que ele não vai fazer isso. Então Jack balança-a duas vezes. – Jack - diz ela, a voz embargada neste momento. No terceiro balanço, o tempo que ele tem a intenção de jogá-la, Abby grita: - Foi Jonathan Gray! Ele é um artista muito sexy. Eu dormi com ele, Jack. - Ela ri histericamente. Ele foi o melhor que eu já tive.

- É bom saber, mas você ainda está indo para dentro.

- O que? - Ela grita quando Jack a joga. Abby tenta se agarrar a Jack, mas ele é muito forte. Ela levanta de seus braços e bate numa onda. Quando ela chega, a água espumando e pingando como um cachorro molhado.

- Você vai pagar por isso! - Ela corre em direção a Jack e pula em cima dele. Jack se dequilibra e ambos caem na água.


Quando Jack chega, os dois estão molhados. Ele chega para Abby, e puxa-a contra seu peito. Ela pula em cima dele, envolvendo suas pernas ao redor de sua cintura, e leva o seu rosto entre as mãos e pressiona a boca na dele. Cada fantasia que Jack já teve sobre esta menina vem correndo de volta, do jeito que ele costumava pensar sobre ela nadar com ele, envolvendo seu corpo em torno dele na água, sentindo sua pele nua na praia quente. O corpo de Jack responde ao beijo de Abby. A água fria não é suficiente para detê-lo. Nada poderia parar o que ele se sente sobre ela.

Respirando com dificuldade, Jack olha para o rosto dela.

- Você vai ser o minha modelo, realmente?

Abby concorda.

- Eu gosto de ser sua musa, Jack. - O cabelo dela escorre pelas costas e no rosto.

Jack pergunta:

- Como posso ter tanta sorte?

- Oh, você está prestes a ter muita sorte, Sr. Gray. - Ela pisca para Jack com um sorriso matador.


Capítulo 23 ABBY

Quando Jack me pediu para ser sau modelo, eu queria dizer que sim, mas me senti tímida sobre que as outras pessoas veriam. A partir do olhar em seu rosto, eu sabia o quanto ela significava para ele. Há algo sobre a maneira como Jack trabalha que o torna muito atraente para resistir. A última vez que fui o sua modelo, ele me tentou além da compreensão. Enquanto que outros modelos foram todas as linhas e curvas, sombra e luz, eu não.

Eu ando para Jack e olho para as grandes banheiras de tinta.

- Isso é um monte de tinta. Por que você precisa tanto?

Ele sorri para mim.

- Porque eu não tenho nenhuma ideia de como fazer o que eu vejo em minha mente. Tem textura neste momento. Eu não tenho certeza se quero usar a pintura ou gesso para construir a textura. Seus brilhantes olhos azuis voltam a cuba. Ele derrama mais azul e mistura-o com a mão, com um critério. Os redemoinhos azuis desaparece nos violetas ricos.

-Não vai rachar o gesso?

Jack olha para mim.


- Provavelmente, mas eu... - A voz de Jack trilha fora como se ele recebesse um olhar distante em seus olhos. Ao mesmo tempo, sua boca se abre e sei que ele vê. Jack pega minhas mãos e aperta. Eu sei o que vou fazer. Vá se trocar.

- O quê? Agora?- Eu chio. Gus ainda está por aí. E a menina nova do escritório. Ele está mostrando tudo pra ela. Linda não quis voltar depois de tudo que aconteceu no ano passado. Ela disse que estava velha demais para esse tipo de drama, e eu não podia culpála.

- Sim. - Jack riu. - Eu vou fechar as portas, pequena puritana.

- Eu não sou uma puritana. Eu só não quero todos assistindo, isso é tudo. É diferente. - Eu estou lá, teimosamente expressando o que acho certo. Meus braços dobram em meu peito e mexo meu quadril.

Aparentemente

estou

fazendo

um

pouco

de

beicinho

também, porque quando Jack caminha até mim, eu esperava que ele dissesse alguma coisa, mas ele não faz. Ele apenas chega até mim e morde meu lábio. Eu suspiro e passo para trás, assustada.

- Puritana é a palavra certa. Está tudo bem, Abby. Eu sei que você tem um pedaço sujo quando é a hora certa. É como tivesse me casado com uma bibliotecária sexy. - Jack sorri para mim e volta-se para a pintura. Ele levanta um recipiente de branco e mistura-o.

Eu quero xingar mais. Meu... Eu não sei o que... está ferido. Eu realmente não sei como reagir a ser chamada de não é sexy e sexy na mesma frase. Eu finalmente digo:

- Eu não entendo.


- O que? - Jack se vira e olha para mim. Há um olhar brincalhão em seus olhos. Eu engulo em seco, pensando que vou me arrepender disso.

- A coisa toda de sexy.

Ele ri com tanta força que tenho que desviar o olhar. Jack percebe seu erro e se apressa para mim. Ele agarra meus braços e me vira em sua direção.

- Eu sinto muito. Não esperava essa pergunta, em tudo. É o tipo de coisa que as crianças perguntam, o tipo de insegurança que as meninas do ensino médio têm. - Meus olhos derivam dos ombros dele e eu, sinto-me estúpida. Ele toma meu queixo e me obriga a encontrar seu olhar. - Você é sexy de uma forma completamente discreta, que é o melhor caminho. Você é linda, confiante, você sabe quem você é. Adicione que tem senso de humor e cérebro e, oh meu Deus, eu não poderia ter sonhado com uma mulher mais sexy.

O meu coração palpita quando ele diz. Eu devo ter um olhar engraçado na minha cara, como se eu não acreditasse nele, porque ele não pára.

- Esta curva aqui, - diz ele, baixando a mão até a minha cintura e deslizando-a sobre o meu quadril, tocando minha bunda, - esta é a minha favorita. É cheia e macia. E este aqui, - continua ele, tomando seu dedo e movendo-o sobre o meu ombro e meu peito. Ele pressiona com leveza quando passa por cima do meu peito, na ponta do meu mamilo e continuando até a minha cintura. - Isso estava completamente pecador. Quando você estava usando aquela coisa vermelha e as joias, - Jack permite uma respiração irregular, - Eu não conseguia tirar os olhos de você. Eu adoro esta parte. - Ele varre


os dedos sob os meus seios, fazendo meu corpo reagir. Borboletas em erupção dentro de mim. - Só falando sobre você assim me faz querer despi-la e mostrar-lhe como você é sexy. - Ele me olha por um momento e sorri. Ele pega um cabelo perdido e enfia-o atrás de minha orelha. - Você não tem ideia do que faz para mim, como incrivelmente deslumbrante você é. - Seus olhos procuram os meus. Depois de um momento, ele acrescenta: - Isso é o que a faz tão inegavelmente sexy. E você é toda minha.

- Jack, - eu digo, e enterro meu rosto em seu ombro, quando ele me abraça. Um milhão de pensamentos correndo pela minha mente. Ele realmente pensa que sou bonita.

Jack se afasta e pergunta:

- E quanto a mim? Eu ouvi as senhoras dizerem que tenho uma bela bunda. - Ele se vira e olha para ela, que me faz rir. - Eu realmente não vejo sobre o que é toda essa agitação.

Eu envolvo meus braços em volta de seu pescoço e olho para seu rosto. Linhas de restolho em sua mandíbula, como sempre. Jack tem este olhar imaculado confuso sobre ele, como se ele tivesse sido feito para o sexo. Seu cabelo está sempre um pouco bagunçado, seus tênis estão sempre cobertos de tinta, e todos os músculos de seu peito e braços são tão bem definidos que eu quero lambe-los.

- Você sabe como você é quente. - eu brinco.

- Eu? - Pergunta ele, piscando para mim.


- Sim. Jack Gray sempre chamou a atenção. Todo tempo desde que te conheço, tem sido assim. Era Jack e sua ajudante medíocre, Abby. Eu me sentia como uma boneca de pano ao seu lado.

- Você se parece como uma deusa para mim. - Jack sorri maliciosamente dando piscadelas para mim. Minha boca abre com um largo sorriso e se estende por todo o meu rosto. Ele me afasta dele e dá uma palmada em minha bunda com a mão. - Vai se trocar, Sra. Gray.

- O que eu devo vestir?

- Absolutamente nada.

Eu ando para longe de Jack me sentindo feliz. Eu ouço Gus e a nova garota entrarem na sala. Eles falam com Jack enquanto eu me troco no banheiro na parte de trás. Quando eles saem, eu saio com uma túnica. As cortinas ainda estão abertas. Pressiono um interruptor no fundo da sala fechando-as, tornando a sala mais escura, e acendo as luzes.

Jack vai atrás de mim e tira o meu manto.

- Isso está totalmente no caminho. - Ele começa a desatar o cinto e empurra os ombros para trás, mas eu o agarro. Jack mergulha a cabeça e aperta os lábios ao meu pescoço.

- Jack, e se eles voltarem? - Eu pergunto, olhando para a porta.

- Eu lhes disse para não nos incomodar. E eu disse para Gus que se ele voltar, por qualquer razão que seja, que vou socá-lo no rosto e perguntar depois. Ninguém vai nos incomodar. - Jack desliza


os dedos sob o manto e escorrega em poças em torno de meus tornozelos. - Eu gostaria de dizer o que vou fazer.

Concordo com a cabeça, sentindo-me muito nua. Ele pega a minha mão e me leva para várias grandes telas enroladas no chão. Aponta uma e diz:

- Eu quero fazer o que eu costumo fazer e fazer um selo em uma. Vai ser o backup no caso do que quero fazer não funcione. Em seguida, mais tarde, quero fazer uma real. - Ele está respirando com dificuldade, enquanto olha-me nos olhos. - Eu quero pintar um quadro em você, então você pinta sobre a tela, fotografar, e fazer uma composição. O produto final será parte pintura, parte fotografia.

Eu fico tensa.

- Jack, eu pensei...

Ele me corta.

- Eu sei, mas desta forma funciona muito melhor o que impede de que tenha que repetir uma e outra vez. Eu sabia que queria pintar algo em você, eu só não sabia o que eu queria fazer ou como iria colocar isso juntos. - Ele sorri suavemente para mim, empurrando de volta o meu cabelo do meu ombro e diz: - Eu vejo a preocupação em seus olhos. Lembre-se, isso pode ser só para nós. Nós não temos de vendê-lo. Faça isso por mim, e então vou deixar você decidir o que fazer com ele.

Concordo com a cabeça. Os nervos me deixam em silêncio. A ideia de uma fotografia nua de mim me assusta. Aquelas imagens que Jack tirou de mim antes de nos casarmos passaram por minha


mente. Como não tenho ideia do que ele planeja pintar, eu só tenho que confiar nele. Jack puxa um banquinho e senta-se. Ele começa a me pintar com uma cor branca translúcida. Isso faz minha pele parecer como a neve. Cada centímetro de mim é pintado com uma primeira camada. Conforme Jack corre o pincel sobre o meu corpo, eu tento ignorar como é sensual esse sentimento, mas não posso. Quando Jack termina a camada de base, ele olha para mim e sorri.

- É tão difícil ficar aqui com você e não jogá-la no chão e ter o meu caminho com você. Fale sobre algo enquanto eu trabalho. Digame um segredo que ninguém sabe. - Jack volta para suas pinturas, desta vez chapina enormes quantidades de violeta, azul e branco em meus quadris. A pintura é tão fria, mas eu não me movo. Essa questão envia memória surgestiva à frente.

- Um segredo que ninguém sabe... - Eu respiro com dificuldade, perdida na memória. - Você se lembra de nossa formatura? - Jack acena. - Eu tinha um corte na minha bochecha naquela noite. Quando você me puxou para um canto e perguntou quem fez aquilo, você estava no caminho certo. Isso me assustou até a morte. Eu escondi isso por 18 anos sem uma única pessoa notar, mas você percebeu.

Jack manteve o pincel enquanto olhava para mim. Meus olhos arderem. Eu pisco para jogar a memória a distância.

- Abby... - ele respira, com tanta preocupação em sua voz que me mata.

- Mantenha a pintura. Eu não posso falar sobre isso quando você está me olhando assim. - Os olhos de Jack seguraram os meus, por um momento, mas ele balança a cabeça e continua pintura.


- Eu comprei meu vestido algumas semanas antes. Eu tinha ido às compras com Kate e paguei por ele eu mesma. - Eu sorrio pensando sobre isso. Kate pegou o vestido de sou-uma-puta e eu peguei algo mais clássico. Era um vestido de safira azul sem alças, com uma longa calda na saia. - Eu estava tão feliz a tarde, quando estava me preparando. Kate e eu arrumamos o nosso cabelo. Minha mãe veio com a gente e nos ajudou. A mãe de Kate era excessivamente crítica e Kate não queria ela em volta. Enfim, depois que Kate caiu fora, mamãe me levou para casa para termimar de me preparar. - Minha voz cresce mais calma quando eu falo, a memória cada vez mais viva, me sufocando. Eu pisco e limpo minha garganta, forçando um sorriso. Olho para Jack, mas ele não olha para cima. Ele continua a pintar redemoinhos de cor através do meu corpo. Ele está trabalhando o seu caminho até o tronco com salpicos de verde.

- Vá em frente. - diz ele, com a voz firme. O aperto que ele tem sobre o pincel é tão firme que eu acho que pode quebrar.

- Bem, papai e mamãe jantaram sem mim enquanto eu colocava minha maquiagem. Quando eu saí do meu quarto, minha mãe sorriu para mim, mas o meu pai, ele parecia irritado. Eu estava tão orgulhosa de mim mesmo até aquele momento. Eu pensei que estava linda. Eu pensei... - Minha voz rachou. Eu engulo em seco e continuo. - Nós brigamos. Mamãe não fez nada. Ela só ficou lá e assistiu. O corte no rosto e a contusão foi ele. Ele me disse que eu parecia uma vagabunda e me proibiu de sair. Eu tentei sair de qualquer maneira. Ele pegou meu braço enquanto eu corria para fora da casa. Seu punho passou perto do meu olho. Seu anel de casamento que fez isso no meu rosto. Foi como ser atingido com um pé-de-cabra. - Meus dedos tocaram o local. A memória ainda arde dentro de mim. - Ele estava bêbado, embora ele nunca iria admiti-lo. Coisas assim aconteciam quando ele estava bêbado. Essa é a razão


pela qual eu nunca toquei em nada alcólico. Foi uma promessa que fiz a mim mesma quando eu era criança. - Eu respiro fundo.

Jack continua. Eu sei que ele quer parar, mas se ele o fizer, eu vou chorar.

- Mantenha a pintura, Jack. Há muito mais para a história. Seu pincel volta ao trabalho. Seus olhos se movem através do meu corpo, pintando logo abaixo meus seios. - Até então, eu achava que estava

totalmente

sozinha,

que

ninguém

sabia,

ninguém

se

importava. Então esse cara que nem mesmo era meu parceiro, me puxou para um canto escuro e me prendeu contra a parede, exigindo saber o nome do idiota que bateu no meu rosto. Você pensou que poderia me salvar, mesmo assim.

- Eu teria, - diz ele, com a voz muito apertada. - Eu não sabia dele até então. Eu pensei que o seu parceiro que tinha batido em você.

- Teria sido melhor se ele o tivesse feito. Pelo menos eu poderia ter me afastado dele. - Eu paro por um segundo e digo: - Eu estou contente que nós compartilhamos tanto tempo juntos. Eu gostaria de ter dito na época. Isso teria tornado as coisas mais fáceis.

- Abby, eu não tinha ideia. - diz ele, olhando nos meus olhos. Há tal remorso em seu rosto que eu quero chorar com ele.

- Claro que não. Eu o escondi. Eu fiz o que a minha mãe me disse para fazer. Olhe para o outro lado. Finja que não está acontecendo. Meu pai era um 'homem bom', além disso. Ela não queria arruiná-lo, porque ele ser temperamental. Às vezes eu só queria que ela tivesse tentado me proteger. Ela não levantava um


dedo. Ela nunca disse uma palavra. - Meus olhos assumem um olhar vago. - Ela morreu por causa disso. Ignorando as coisas que não funcionam. Talvez por isso eu enfrento tudo. Talvez seja reacionário, mas não posso ajudá-lo. Eu conserto o que puder. Tento viver uma vida boa. Às vezes eu me atrapalho. Outras vezes, - eu disse, dando de ombros - tenho sorte. - Eu sorri tristemente para Jack. Ele parou de pintar e se levanta e olha para mim.

Jack levanta as mãos. Pairam ao lado de meu rosto, como se ele quisesse me segurar. Ele ri amargamente.

- Eu não posso te tocar agora.

- Está tudo bem, Jack. Eu nunca pensei que ia dizer a ninguém isso. Isso não tem mais importância. Ele está morto. Eu não. Tem um espaço dentro de mim que está quase aliviado de que ele se foi. Eu sou uma pessoa horrível para me sentir assim, mas não posso fazer nada.

Os dedos de Jack se contorcem no meu rosto. Ele aperta as mãos para os lados da minha cabeça e me puxa para seus lábios. Ele me beija suavemente. Quando ele quebra o beijo sinto que posso respirar novamente. É como se Jack restaurasse uma parte de mim que tinha morrido.

- Você é a melhor pessoa que conheço. Você não tem que se sentir culpada, Abby. Pais devem fazer suas filhas se sentirem seguras. Ele tomou isso de você. Você tem todo o direito de se sentir como se sente. Eu gostaria de ter estado lá para você. - Ele faz uma pausa, seus olhos caindo no chão como se ele estivesse lembrando de algo. Quando ele olha para trás, posso dizer que ele se lembra. Oh Deus. O acidente de bicicleta? Os esquis? Tudo isso foi ele, não


foi? - O medo nasce dentro de mim. Eu ouço a voz da minha mãe me dizendo para não condená-lo por uma falha. Eu fico olhando para Jack sem expressão. Eu tenho me condicionado a não responder, e mesmo eu estando crescida e meus pais mortos, eu ainda carrego as cicatrizes. – Abby - ele respira o meu nome. Seus olhos azuis penetram dentro de mim e as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eles arruinam sua pintura, riscando-o.

Ele me leva em seus braços e me abraça, pintura mancha em suas roupas.

Nunca houve um tempo em que sonhei dizer isso a alguém. Envergonha-me até a alma. Eu sinto como se a culpa fosse minha, embora tenha aprendido que não é. Jack me mantém apertado e eu gostaria de ter dito a ele mais cedo.


Capítulo 24 JACK

O seu pincel desliza sobre a pele dela, Jack ouve a tensão da voz de Abby dentro de sua garganta. Todos esses anos e ele nunca soube. Naquela noite, em sua formatura, Jack estava com outra garota. Quando ele tinha encurralado Abby depois de ver o corte na bochecha, ele sabia o que era porque ele tinha levado um soco no rosto algumas vezes. Ele se lembra do jeito que ela sorriu, como se nada estivesse errado. Abby olhou nos olhos dele naquela noite e jurou por tudo que era algo estúpido, um ferro de ondulação. Mas seu rosto não foi queimado. Na sala escura, era difícil de ler seus olhos. Isso era algo de que Jack era muito orgulhoso. Ele podia olhar para Abby e saber se ela estava dizendo a verdade. Eles terminavam a frase um do outro. Mas naquela noite, ele ignorou o que estava na frente dele, e depois de algumas semanas mais tarde, ele fodeu tudo tão mal que Abby desapareceu por dez anos.

Jack se levanta e olha em seus olhos. Ele não pode agir como se ela não tivesse machucada, porque ele sabe muito bem que ela está. Sua voz treme quando fala, mas seu tom é muito baixo, muito apático. Quando ela fala sobre sua mãe, Jack não pode suportar isso. Como ele não sentiu? Como não viu? Todos os anos, quando os dois estavam na rua até tarde, por que não pensou que ela não queria ir para casa?

Ele olha-a por um momento, incerto de como lidar com essa informação. Parte dele quer apressar-se e bater no rosto do pai, mas o homem está morto. Quando Abby diz, quando ela derrama, tudo


muda a sua confissão. Há um lado frágil que ela manteve escondido. Sem um pensamento sobre o seu trabalho, Jack a joga em seus braços e a puxa para o peito.

Acariciando a parte de trás de sua cabeça com as mãos, ele diz coisas suaves em seu ouvido. Finalmente, ele diz:

- Eu sinto muito que não tenha visto. Eu gostaria de poder mandar isso para longe.

Abby funga e sorri em seu ombro.

- Isso é engraçado. Eu pensei a mesma coisa sobre você. Há este olhar doloroso em seus olhos e eu não tenho ideia porque ele está lá. Às vezes acho que a culpa é minha. Às vezes...

Jack a apertou mais.

- Nunca é sua culpa. Nada disso. - É minha culpa. Cada pedacinho dela. Toda vez que a viu e ignorou os hematomas. Merda. Jack se amaldiçoa. Abby, você é minha vida. Você está segura comigo. Eu prometo a você. - Ele se afasta e beija as lágrimas do rosto. Jack olha para a pintura riscada com o olhar vidrado. Jack dá um tapinha na tela e Abby se senta proximo a ele. Ele deita e ela o segue. Ambos olham para o teto. - Eu era um amigo de merda naquela época.

- Não, você não era. Você era uma criança. As crianças não são supostamente para proteger outras crianças de seus pais. O mundo está fodido, Jack. Nós dois sabemos disso. - Sua voz soa um pouco melhor. Pouco da emoção está retornando. Ela sempre olha para ele.


- Lembra-se daquela vez que faltamos aula e fomos para o Captree? - Era uma doca onde os barcos de pesca eram ancorados. Faltaram aula para pescar naquela tarde.

Abby bufou.

- Sim. Essa foi a coisa mais estúpida que eu já tinha feito - até aquele momento de qualquer maneira.

Jack sorri para ela e pega sua mão. Eles olham para as vigas acima.

- Eu não sabia que você faria isso.

- Eu não sei como fiz isso. - Quando Abby tentou ligar uma minhoca em sua linha de pesca, de alguma forma, o gancho foi através de sua palma. Ela gritou e mostrou a ele. O gancho atravessou a parte carnuda da palma da mão. Jack lembrou-se de cada pedacinho daquele dia. Ela precisava dele. Ele conseguiu um par de alicates de um dos tripulantes e removeu o gancho de sua mão. Ela levantou a palma da mão e mostrou-lhe a cicatriz. - A marca ainda está aqui. É a minha lembrança de minha viagem de pesca com Jack. - Ela ri. - Quem falta a escola para ir pescar?

- Pessoas legais, como nós. E nós não apenas fomos à pesca, nós pulamos no barco. Totalmente diferente. Uma merda de mau caminho. - Ele sorri para ela e ela ri. Esse som o enche como nada mais. Em um momento ele pode se sentir completamente abatido, mas quando ele ouve aquele som, não há nada que faça seu coração subir mais alto ou mais rápido.


- Uma merda de pescadores. Sim, isso soa como nós. - Abby sorri para ele.

Jack diz:

- Isso é terrivelmente indelicado, mas você parece perfeita. Eu tenho que pintar.

- Agora? - ela pede.

- Agora.

- Assim? Eu chorei. Eu estraguei a pintura.

- Está completamente perfeito. - Ele a beija na têmpora e pula. Abby está na tela quando Jack retoca algumas das flores pintadas em seu peito. Elas mergulham sob os seios pálidos e vão até os lados. Os olhos de Jack assumem esse olhar que ele tem quando está trabalhando.

Eles falam sobre as coisas mais leves, lembrando o passado e rindo sobre o futuro. Jack sente isso quando está pintando. Sem dúvida, esta será a coisa mais devastadoramente bela que ele já fez.


Capítulo 25 ABBY

Tudo muda perto da tarde. De repente, há piqueteiros na frente do estúdio. Um monte deles apareceram durante a noite. Eles estão no gramado da frente e na rua segurando cartazes que dizem coisas maravilhosas como:

-

RESSUCITEM A MORALIDADE.

-

PORNOGRÁFICOS PERECERÃO.

-

O DESEJO É UMA DROGA.

E o meu favorito: - ABBY GRAY: A PROSTITUTA DO HAMPTON.

Eu estou sentada com Gus e Jack na sala de conferências. Seus rostos são sérios, completamente sérios, esperando para ver como vou reagir ao ataque pessoal. Após a sessão de pintura ontem à noite, Jack acha que sou frágil. Talvez eu seja um pouco, mas não sobre isso.

Eu não posso ser sombria sobre isso. Eu rio e digo:

- Eles me fazem, soar como um fantasma. Wooooo, a ‘Prostituta do Hampton’ usado para assombrar este edifício. - Eu faço mais ruídos para os rapazes rastejando até seus rostos chocados. Eu não posso acreditar. Eu me inclino para trás difícil na minha cadeira e digo: - Oh, vamos lá. É engraçado.


Jack olha para Gus e depois de volta para mim.

- Isso não te incomoda? - Seus olhos são gentis, preocupado.

Eu balancei minha cabeça e me inclino sobre a mesa. Jack espelha a mim. Eu sussurro em voz alta, colocando a minha mão sobre a boca.

- Eu não sou realmente uma prostituta, por isso não me incomoda.

- Abby, fala sério. - Gus repreende quando Jack se senta em sua cadeira e sorri muito.

Eu odeio quando as pessoas dizem isso.´Fala sério`, como se eu não soubesse no que tenha me metido. Eu paro de rir e digo: - Você está falando sério, Gus. Isso não é nada. Eu não me importo. Eles podem dizer o que quiserem. Eu aposto que dormi com menos homens do que a mulher segurando a placa. Isso é estúpido. Isso não garante uma reação.

Jack pressiona os dedos para os seus olhos e solta uma rajada de ar. Ele não dormiu bem a noite passada. Jack ficou pintando a maior parte da noite, juntando-se na cama bem depois da meianoite.

Ele

se

agitou

e

se

virou,

como

se

algo

o

estivesse

incomodando.

- Talvez ela esteja certa. - Jack baixa suas mãos e olha para Gus. - Se não fizermos nada, todos eles vão sair mais cedo. Vamos apenas garantir que todas as portas estejão trancadas, e o estúdio bem fechado. Eu não quero qualquer persiana abertas. A imprensa


vai começar a farejar, tentando pegar comentários. Não falem com eles. - Essa última parte foi dirigida a mim. Eu recuei em minha cadeira um pouco e Jack dá a Gus um olhar mordaz. - Sem imprensa, Gus. Eu não ligo para o que ela diz. Se você fizer isso de novo, está morto para mim.

- Caramba, você parece sua mãe. - responde Gus, balançando a cabeça, como se ele não podesse acreditar. - Eu nunca pensei que você ia usar essa linha comigo. - Há um tom de brincadeira em sua voz, mesmo que as coisas sejam sérias. Eu assisto os dois indo e voltando por algumas rodadas até que Jack o corta.

- Eu posso guardar rancor, Gus. Não me irrite. - Jack se levanta e pega os papéis que estão na frente dele. Ele bate-os em uma pilha e faz gestos para que eu o siga. Ele é todo sério até que fica longe de Gus, e então ele ri. - Eu não posso acreditar em você às vezes. Gus e eu estávamos em pânico quando os vimos aparecer. Eles desceram de um ônibus como formigas e invadiram. Eu pensei que você ia chorar.

- Wooooo! - Eu digo, rindo, fazendo o meu melhor ruído de fantasma. - Vamos lá, você tem que admitir que é um mau sinal. Eu acho que eles fizeram tudo errado, se era para fazer arrepender-me ou algo assim. Que grupo é esse, afinal?

Nós andamos pelo corredor até o estúdio. Uma vez que estamos dentro, Jack puxa todas as persianas e escurece o quarto. Eu ligo as luzes. Sem a luz natural é uma porcaria, mas eu posso lidar.

- Eu não sei mesmo. Acho que existem alguns grupos cívicos e uma igreja.


- Ei, que horas são? - Eu peço.

- Uma hora, por quê? - Ele olha para mim engraçado.

- Vamos chamar o cara de pizza e enviar-lhes o almoço. - Há um enorme sorriso no meu rosto. Posso imaginá-lo em minha mente e sorrio.

- Oh, Deus. Você vai levá-los a jogar tijolos em nós, não é? Ouça. - Jack me pega nos ombros e olha nos meus olhos. Ele está muito sério. Eu paro de sorrir. - Eu te amo, mas eles vão ficar piores se eles pensam que o seu piquete não tem efeito sobre você. Pelo menos finja que está machucada quando te verem indo e vindo. Sorrindo e dando-lhes comida, sendo muito hospitaleira, vai irritá-los. - Ele sorri como se eu fosse um garoto mau.

Eu suspiro.

- Tudo bem. Eu vou ser boa. - Jack beija minha testa e libera meus

ombros.

Entramos

no

estúdio.

A

pintura

que

estava

trabalhando na noite passada está na parede atrás da cortina. Eu suspiro e deixo meus ombros cairem drasticamente. - Você está falando sério? Eu não estou autorizada a vê-la? De novo?

- Não. Você vai ter que esperar como todos os outros modelos fazem. Desde que eu fiquei acordado a noite toda, não vai demorar muito tempo. Eu não posso esperar para mostrá-lo a você. - Ele sorri para mim. Eu posso dizer o quão satisfeito ele está, o que torna ainda mais difícil não olhar por trás da cortina. Jack percebe o olhar no meu olho e lê meus pensamentos. - Não se atreva a olhar.


Eu faço uma cara feia e digo:

- Tudo bem, mas saiba que isso... - eu digo, levantando o dedo e chupar em uma respiração profunda. - Eu odeio esperar. - Jack ri. Eu retomo a minha posição normal, como Jack caminha para as telas não utilizadas.

Jack começa a enrolar a maior de volta.

- Ajude-me a enrola-lo - diz Jack, pegando no final do rolo enorme. É tão grande como um rolo de carpete. Pego o outro lado e tentamos fazê-lo em um rolo longo marrom.

- Então, o que você tem em mente para hoje menino arte? - Eu digo com um sorriso no meu rosto.

- Mantenha assim. - ele repreende.

- Eu vou, mas é como tentar um enrolar uma árvore. - Eu suspiro e dobro meu cabelo atrás das orelhas. – Esse veio de um novo rolo, certo?

- Sim, essa não é a tela que costumo usar. É mais espessa. A textura é muito grossa, como pano de chão.

- Ooooh, pano de chão. Sexy.

Ele sorri para mim e puxa firme, tentando se livrar das rugas no meio da testa.

- O que deu em você hoje? Se eu não lhe conhecesse melhor, diria que você está bebada.


- Sim, alegria nervosa é a minha maneira de lidar com o estresse. Acostume-se a isso, Jack.

Ele olha para mim, seu cabelo escuro em seus olhos, e eu pisco.

- Se você continuar fazendo isso, vou foder você aqui no chão do estúdio. Gus vai entrar e você vai se transformar todos os tons de vermelho. - Sua ameaça é oca. Ele diz para me provocar, sabendo que não tenho um osso exibicionista no meu corpo.

Eu não posso ajudá-lo. Talvez eu esteja um pouco tonta. Depois de falar com Jack na noite passada, me sinto como se um peso foi tirado do meu peito. Eu quero brincar. Quero rir.

Endireito, eu ameaço-o e seguro meus braços ao meu lado.

- Eu desafio você. - Jack olha para mim com um sorriso sexy no rosto, como se ele não acreditasse que estou falando sério. - Vamos, rapaz pintor, faz muito barulho e não morde? - Provoco-o, sorrio e faço um gesto para ele vir me pegar.

Ele ri e corre direto para mim, o que eu não esperava. Eu mal tenho tempo para virar e correr quando ele chega até mim. Jack pega na minha cintura, mas eu rio e saio de seu alcance. Eu fujo dele, girando, dançando em torno dos baldes de tinta e mesas de pinceis e solventes. Eu grito quando Jack passa perto de mim e eu corro ao redor da mesa. Eu paro, esperando para ver o caminho que Jack está indo para executar. Ele faz o mesmo. Nós olhamos um para o outro por um segundo, pegando a nossa respiração. Meu pulso está batendo acelerado e há um enorme sorriso no meu rosto. Até agora,


hoje está muito bom. Eu planejo que fique melhor. Eu finjo direito e corro para a esquerda. Eu quase caio de bunda fazendo isso. Eu escorrego, e meu quadril bate no canto da mesa.

- Droga! Isso dói! - Eu digo, meio rindo, ainda tentando evitar os braços de Jack.

Atrás de mim, ele diz:

- Droga? Vamos, onde está a minha menina? Diga o que fez com ela.

- Eu reservo essa palavra para uma conversa de travesseiro, Sr. Gray, e uma vez que não há almofadas presentes, não vou dizer. - Sem folego, paro de um lado da mesa de pinceis. Ele do outro.

Ele ri quando alegria brilham em seus olhos. Jack fica radiante quando está rindo. É difícil não olhar.

- Eu sinto um desafio.

- Não, você não. - eu rio.

Jack se atira em minha frente e agarra minha cintura. Eu grito e rio quando ele derruba os pincéis no chão deslizando sobre a mesa. Eu percebo que ele não pode ficar de pé e começo a arrastá-lo. Eu cravo meus calcanhares e puxo, com a intenção de derrubá-lo no chão, mas o homem tem reflexos felinos e, em vez de cair, ele consegue avançar em mim. Se atira! Caimos em um emaranhado de pernas e braços e rolando no chão. Ele está agarrando meus lados tão forte que não consigo respirar. Lágrimas estão fluindo dos meus olhos que tento enrolar em uma bola e chutá-lo ao mesmo tempo.


- Diga! - Diz ele, enquanto seus dedos cruéis encontram um lugar horrivelmente com cócegas no topo da minha coxa. Sua outra mão está a tentar chegar ao mesmo ponto. Eu chuto e bato.

- Não!

- Diga! - Seus dedos conseguem encontrar uma abertura e a outra mão está ficando mais perto de um ponto delicado. Ele continua a agarrar desde que eu continuo tentando fugir.

Suas mãos chegam a esse ponto delicado em ambos os meus lados. Eu sou um brinde. Eu grito e rio descontroladamente, enquanto seus dedos me torturam. Jack está empoleirado em cima de mim. Ele se inclina para baixo perto do meu rosto, e seus dedos retardam seu ataque.

- Diga isso, a Sra. Gray. Diga.

O sorriso em meu rosto dói. Eu sinto meus lábios enrolar, tentando dizer que palavra feia, mas eu não posso. É luz do dia e não estou sentindo isso. Os dedos de Jack começam a se mover quando ele começa a suas cócegas de novo, e eu cedo.

- Foda-se! FODA! Pare!

Pairando sobre mim, Jack sorri maliciosamente.

- Essa é a minha menina suja. - Ele beija o meu nariz.


- Você não presta! - Eu rio e dou uma pancada na sua cabeça, mas eu estou muito enroscada. Eu sinto falta. Jack agarra meus pulsos e lança-me ao chão antes de sentar em cima de mim.

- Não, não. Você está falando errado. Fffff... - Ele faz o som, pressionando os dentes nos lábios. - Foda-se. Tente. - Ele ri e mexe os quadris contra mim.

Eu não consigo parar de rir. Tudo o que ele disse e da forma que ele montou em mim me faz rir histericamente. As sobrancelhas de Jack levantam quando ele olha para mim como se eu tivesse perdido minha mente. Eu me viro para dizer:

- Você está fazendo errado. - antes que eu sou inundada por mais risos.

- Nós podemos consertar isso. - diz ele e pega seu zíper.

Eu

coro

e

as

risadinhas

evaporam.

Eu

pego

as

mãos,

impedindo-o.

- Eu não posso. Há pessoas aqui. - A menina do escritório está aqui e Gus. Eles poderiam entrar. Como é, Gus me ouviu gritando palavrões. Sinto meu rosto queimar e eu sei que estou corando.

Jack ri e abaixa o rosto para o meu.

- Eu sei. - Ele me olha por um segundo, como fosse fazer alguma coisa. Meu coração está batendo no meu peito, totalmente em pânico. Eu quero ele. Eu quero dizer que sim, mas não posso. Seus olhos estão colados ao meu quando seu hálito quente desliza no


meu rosto. - Vou levar numa boa sobre isso se você considerar sexo na praia quando os paparazzi saírem.

- A bebida? - Eu não posso ajudá-lo.

- Ok, de volta agora. - diz ele, levantando-se o suficiente para alcançar o seu cinto e desaperta-lo.

- Não, não. Eu vou considerar isso. - Eu digo, rindo, puxando suas mãos para fazê-lo parar. A raia de lágrimas no canto do olho. Eu ainda me sinto super feliz.

- Não, eu quero dizer realmente considerar isso. Não basta dizer isso se a resposta já é não. Pense nisso, sobre como que seria a sensação, sobre o que você pode gostar. - Seus olhos são tão escuros. Eles se parecem com pedras preciosas.

Concordo com a cabeça devagar.

- Tudo bem. Eu vou.

Ele parece surpreso.

- Você está falando sério? - Ele acaricia um fio de cabelo dos meus olhos.

- Claro que estou. A ideia me assusta, mas vou pensar nisso. Talvez haja algo que pode agradar a mim que eu não tenha pensado. Enquanto isso, você pode me dizer sobre o que quer. Eu gostaria disso. Use a palavra foder muito. Ouvi dizer que funciona muito bem.


Jack ri e me abraça com força. Quando o vejo feliz assim, quando eu tenho a chance de estar perto dele, sem distração, me sinto tão perfeita. Jack rola e eu estou em cima dele. Ele me segura lá, olhando para mim, e me dá primeiro pedaço sobre sexo na praia.

- Eu quero que você fique em cima para que eu possa olhar para você. - Suas mãos atropelado meus lados e chegam em meus seios. Ele segura-os através de minha camisa e eu suspiro. Ele está prestes a dizer o que mais ele quer fazer quando alguém bate na porta que leva ao corredor e ele voa dentro.

Gus entra. Ele não chega até que olha para nós. Ele se afasta rapidamente. Horrorizada, eu escalo fora de Jack, que pensa que é divertido. Ele me puxa de volta para o chão e fala para Gus:

- Gus, bater só funciona se você esperar alguém responder, imbecil.

Gus se vira. Há um senso de urgência sobre ele. Suas mãos estão cerradas ao seu lado e ele está respirando com dificuldade.

- Desculpe, cara. Eu não esperei porque precisava chegar a você.

- Vire-se, Gus. Não há nada para ver. - Gus se vira, e Jack se inclina para trás contra uma mesa, ainda sorrindo para mim antes de dirigir

sua

atenção

para

Gus,

perguntando:

-

O

que

está

acontecendo?

- Alguma coisa ruim aconteceu na abertura em Biloxi. Um dos guardas foi atacado. Um manifestante tentou pintar com spray de tinta o retrato de Abby. O guarda o atacou. Havia uma faca e o


guarda ficou ferido. Jack, eu preciso de você. - Gus volta e vira-se de volta pelo corredor.

- Certifique-se de que cada porta está trancada. - Jack diz para mim, e aperta minha mão forte antes de seguir Gus para fora do estúdio.

Pela primeira vez desde que tudo isso começou, eu me sinto realmente com medo.


Capítulo 26 ABBY

Eu ando ao redor do estúdio para me certificar de que todas as portas estão trancadas. O estúdio é seguro, mas a forma como os escritórios do estúdio e a casa são organizados significa que existem algumas portas que você só pode ancançar por fora. Vou de volta ao estúdio depois de pegar as chaves. Eu ando para fora ao longo do caminho para o chalé. Eu abro a porta e enfio minha cabeça dentro. Nervos tiram o melhor de mim e eu me sinto nervosa. Eu estou pronta para fugir como um gato assustado. Eu não posso afastar a sensação de que alguém está me observando, mas não há ninguém dentro da casa e ninguém na praia. Eu puxo a porta e a tranco antes de voltar para o prédio principal. Entro, e fecho a porta atrás de mim. É uma sensação estranha. Este é um bairro seguro. As pessoas não fazem coisas como essa aqui. Os moradores que permanecem durante todo o ano são bons, muitos deles são artistas como Jack escritores, escultores e pintores.

Quando coloco a cabeça para a sala de conferências, ouço Gus falando,

- O guarda foi levado para a Regional Biloxi Medical Center. Eu já notifiquei a sua família. Isso vai fazer o resto da metade sul da exposição mais perigosa. Uma vez que algo assim acontece, espalha o ódio. Kate ligou mais cedo. Desde que MOMA é a última parada, ela precisa estar a par sobre isso. A turnê pode precisar ser alterada.


- Para quê? - Jack fala. Quando eu entro na salao, eu escorrego em uma cadeira calmamente. As cortinas estão puxadas, faz a sala muito mais escura do que o habitual. - Nós vamos acertar isso com Kate. Suponho. - Ele suspira alto e aperta a ponte de seu nariz. Seu cabelo escuro cai para frente. Eu sei que ele está pensando no guarda e na família do homem. Quando Jack olha para cima, ele olha para mim.

- Tudo está trancado. A casa também.

- Bom. - responde Jack. - Ouça, Abby, eu sei que você está chateada com Kate agora, mas você precisa manter um olho nela. Eu não quero que os piqueteiros a machuquem.

Concordo com a cabeça. Antes de sair da sala, eu me inclino e o abraço. Quando eu estou do outro lado da porta, puxo-a fechandoa e respiro fundo. Eu entro na recepção para encontrar Cara. Ela é magra, em seus trinta anos, com o cabelo escuro penteado para trás em um rabo de cavalo alto. Ela está usando um terno, como Gus. Os dois são os únicos que usam ternos.

- Ei, Cara. - eu digo.

- Oi, Abby. O que há? - Ela está sentada na recepção da galeria. Nós não podemos ver os piqueteiros daqui, mas nós podemos ver a imprensa acampada, à espera de alguém sair.

- Cara, eu estou esperando por alguém. Se você vê-la, ajude-a a entrar o mais rápido possível. Eu preciso correr de volta para a casa para pegar meu celular. - Ela acena para mim e eu saio em uma corrida, meu cabelo cai ao redor do meu rosto quando passo.


Como as portas estão geralmente abertas, eu não tenho o meu telefone no meu bolso. Deixo ele no meu criado-mudo. Eu quero mandar uma mensagem de texto para Kate para que ela saiba, há um monte de loucos no final da calçada. Quando ando lá fora, eu corro para a casa de campo. Eu pego o telefone e percebo que perdi uma chamada. Eu verifico rapidamente. Eu não reconheço o número, mas há uma mensagem. É de Jackson. Ele quer encontrar-se comigo para colocarmos o papo em dia. Agora seria o pior momento do mundo para isso. Outra mensagem vem depois. É do pessoal da mudança. Alguma coisa aconteceu com as minhas coisas e eu preciso chamá-los. Eu desligo e tomo uma respiração profunda. Como eles encontraram as minhas coisas? Tenho a suspeita rastejante de que isto está muito mais grave do que qualquer um pensa.

Eu mando uma mensagem de texto para Kate rapidamente e enfio o telefone no bolso, antes de trancar a porta. Tenho a intenção de correr de volta para o prédio principal, mas um repórter me vê. Ela anda pelos pinheiros que estão entre a casa e o estúdio e me corta. Eu quase bato nela. Um microfone é empurrado para o meu rosto.

- É verdade que você consumou o seu relacionamento com o artista Jonathan Gray antes de seu casamento no início deste mês? É por isso que você deixou sua igreja e se casou com ele? Ele fez de você uma mulher honesta? Ou você o capturou?

Meus olhos se arregalaram enquanto sou bombardeada com perguntas que eu não posso - não vou - responder. Eu empurro o microfone e corro para a casa. Eles me persegue com uma equipe de filmagem correndo atrás de mim. Os outros descobrem e logo todos eles estão ao meu redor em torno da casa. Eu me atrapalho com a chave, tentando abrir a porta quando incontáveis microfones são


empurrados na minha cara. Eu não posso ver a fechadura. Eu sinto meu temperamento escorregar. Eles lançam perguntas para mim até que eu quebro. Lentamente, eu viro e digo:

- Eu vou responder a uma pergunta uma única pergunta. Então vocês vão sair da minha propriedade ou eu vou ter a polícia a leválos. Vocês entenderam?

Os repórteres berrram para a vida, todos falando ao mesmo tempo. Eu me viro para colocar a chave na fechadura. Uma pergunta é ouvida acima do resto:

- Você o ama?

Torcendo a chave, eu digo:

- Eu sempre o amei.- A porta se abre e eu volto para dentro, batendo-a fechada e trancando rapidamente.

Meu acontece.

coração Quando

está

batendo

tudo

está

forte. bem,

Eu os

odeio

quando

repórteres

isso agem

civilizadamente. Quando as coisas estão ruins, eles se transformam em abutres, todos arranhando para pegar qualquer pedaço de carne que poderem. Droga. Eu tento me livrar deles, mas minha pele ainda está arrepiada.

Eu corro minhas mãos sobre meus braços e sinto o telefone vibrar no bolso. Eu retiro. É de Kate.

Uma palavra: - MERDA.


Eu corro para frente a tempo de ver o carro dela. As pessoas estão atrás dela até estacionar, gritando com ela. Ela toca a buzina e mantém sua mão com um sorriso no rosto. Ela pára no ponto mais próximo do estacionamento e corre para dentro. Um ovo bate a porta quando balança fechada. Mais ovos estão voando pelo ar e atingem seu carro.

- Puta merda. - diz Kate tão lentamente que eu posso ver todos os seus dentes. Ela olha para mim e diz: - Eu estou brava com você sobre a noite passada, então não acho que isso acabou. - Seu dedo está na minha cara.

Eu tiro-o para longe.

- Isso não acabou. - Eu libero uma respiração lenta, então eu não vou estrangulá-la. Kate é tão espinhosa quando está louca. Espinhosa é uma palavra do Texas. Em Nova York, ela está apenas sendo uma cadela. - Vá para a sala de reunião. Eu já vou para lá.

Kate me dá um não me diga o que fazer no rosto e vira a cabeça em direção à porta. Seus brincos balançam quando ela trabalha o queixo e vai para ver os rapazes. Eu estou contente que nós estamos geralmente do mesmo lado. Eu odeio brigar com ela.

Eu digo para Cara:

- Ligue para a delegacia de polícia local e diga-lhes que a imprensa e os manifestantes estão em nossa propriedade e não vão sair. Pergunte se eles podem vir e fazê-los dispersar.

- Não tem problema. Vou ficar de olho na porta. Eu tenho spray de pimenta em minha mesa. Está lá, se você precisar dele.


Agradeço a ela e a convido para vir com a gente. É bom saber que a outra pessoa está olhando por nós. Eu quero cuidar dela, também. Deixando-a sozinha na frente me deixa nervosa. Gostaria de saber se devemos fechar as portas e desligar completamente até isso acabar, mas não posso fazer isso com Jack.

Eu entro na sala de conferências e digo-lhes que a imprensa deu a volta na parte de trás do estúdio e me prenderam lá fora.

- Eu conversei com eles. - eu digo, olhando para Jack, sabendo que ele vai ficar chateado.

Gus se esforça para não reagir, mas Kate vira para fora. Ela se levanta e aperta as mãos sobre a mesa, dobram os dedos para trás enquanto ela se inclina para frente, gritando:

- Você falou com a maldita imprensa? O quão estúpida você é?

Minha boca se abre para gritar de volta em uma réplica sarcástica, mas Jack me impede.

- Isso é o suficiente. - diz Jack, sua voz retumbante de trovão. Ele está chateado. O olhar que ele dá a Kate poderia matar uma galinha.

Quando

ele

vira

o

olhar

para

mim,

ele

pede

mais

suavemente. - Você está bem?

Concordo com a cabeça.

- Sim. Eles me emboscaram na volta. Eu não podia entrar, porque todas as portas estão trancadas. - Os olhos de Jack seguram os meus e lhe digo: - Eu disse a eles que sempre te amei. – Jack


franze a testa e ele olha para longe de mim. Ele aperta sua tempora com a mão direita e toma uma respiração profunda.

Por um momento, todo mundo fica em silêncio. Quando a conversa começa de novo, ninguém está gritando.

- Faz Abby parecer pior e Jack parecer melhor. - Gus oferece. Ele está olhando para Kate, que está andando em frente a ele. Jack fica na cabeceira da mesa, com os braços grossos cruzados e flexionados sobre o peito. Jack olha para ele, mas não diz nada.

Kate está mastigando as pontas de seu cabelo, pensando. Seus olhos apontados para o lado e ela olha para mim. O cabelo encharcado cai por entre os lábios. Virando a cabeça lentamente, ela olha para a janela. Todos olham para ela.

- Você ouviu isso?

Cara corre em direção à porta, os olhos procurando o espaço para um som que alguns de nós perdermos. Eu olho para ela e os cabelos da minha nuca se levantam.

- Ouvimos o que? - Gus pergunta, e se levanta de sua cadeira. Um segundo depois, algo atravésa o vidro e cai no chão antes de parar. Ele teria batido na cabeça de Gus se ainda estivesse sentado lá.

Com o coração batendo forte, peço a Cara. - Você chamou a polícia?


- Eles estão vindo, Abby. - diz ela, da porta, a preocupação apertando seu rosto. Sua mandíbula fica aberta, olhando para a janela quebrada.

Jack rapidamente se move através da sala. As persianas estavam fechadas, mas isso não impediu de o tijolo chegar. Ele apenas tornou mais difícil para nós vê-lo chegando. O ar salgado do mar atravésa as persianas. Jack rasga as cortinas e elas abrem. Todos os músculos do seu corpo estão flexionados, pronto para lutar. Eu passo em direção a ele com a minha mão estendida. Eu não tenho certeza do que pretendo fazer, mas eu movo tudo igual.

As persianas rasgam na mão de Jack e toda a coisa cai no chão com

um

ruído

alto.

Ninguém

está

lá.

Sem

repórteres,

sem

manifestantes, ninguém. O vidro está quebrado, brilhando em longos cacos cortantes, como cristais na luz solar. O monte de pedaços quebrados na sala e brilhando no tapete.

Jack curva para baixo e levanta a tijolo. Ele se vira sobre isto, e sobre o lado liso passa os dedos sobre as letras grandes e pretas como os olhos estreitos de raiva.

Há apenas cinco letras nos tijolos, cinco letras que formam uma palavra desagradável. Eu sinto minha garganta se contrair quando vejo as letras gordas. Eles queriam me ver. Eles sabiam que estava na sala. Ainda assim, choca-me, fazendo meu estômago revirar parecendo que eu vou ficar doente.

- PROSTITUTA.

Os olhos de Jack mudam para mim enquanto ele segura o tijolo na mão. Kate está de pé perfeitamente imóvel. Gus não diz nada. Eu


ando mais e tiro o tijolo de Jack e coloco sobre a mesa. Fui ensinada desde que eu era uma criança que as palavras são apenas palavras, que eles só vão te machucar se você deixá-los, mas isso não é verdade. As palavras podem construir o edifício e as palavras podem destruir uma pessoa. Eu finjo que não me machuca. Eu não quero que isso afunde sob a minha pele. Não quero passar horas chorando sobre o que alguns inimigos pensam de mim. Eu não deveria me importar.

Meu dedo toca na palavra sobre a parte superior do tijolo. Eu digo:

- É só um tijolo. Poderia ter sido pior.


Capítulo 27 ABBY

Jack não espera por alguém para falar. Ele pega a minha mão e me puxa para fora. Deixamos os outros para trás e ele fala para mim na galeria. É escuro. Não há janelas e tijolos aqui. Ele me agarra e puxa-me em seus braços. Jack respira fundo, suas mãos acariciando meu cabelo como se eu estivesse ferida.

- Eu sinto muito, Abby. Eu não quero que você passe por isso. Vamos pegar o próximo vôo. Podemos esperar que isso acabe e voltar após o olho da tempestade passar. - Há desespero em seus olhos. Ele quer me proteger, mas não pode me proteger disso.

- São apenas palavras, Jack. - Eu sigo a pele em seu antebraço e evito seus olhos. Ele pode ver através de mim quando olho para ele. - Estou mais preocupada com o tijolo em si. Parece uma brincadeira de criança estúpida.

Ele inclina o meu rosto para que eu olhe para ele e me mantém lá. Eu sinto meu peito inchar com a dor e os meus olhos começam a formigar. Lágrimas virão se ele não me deixar ir.

- Eu conheço você. Eu conheço você melhor do que você pensa, e eu sei que isso está te prejudicando. Abby, me diga o que você quer fazer e nós vamos fazê-lo. Eu gostaria de poder fazer isso tudo ir embora. - Ele enfia um fio de cabelo atrás da minha orelha. Seu toque é tão suave, tão suave.


Eu sorrio, infeliz para ele.

- Ok, eu não gosto disso. - Jack me dá uma olhada e inclina a cabeça. - Tudo bem, doeu. Dói quando falam assim sobre mim, mas melhor em mim do que você. Isso vai passar, Jack. Eu sabia que eles iam atrás de mim. É melhor assim.

- Eu não suporto ver você sofrendo. - Sua mão está sobre minha bochecha e desliza para trás no meu cabelo. - Toda vez que ouço alguém dizer algo sobre você.

- Então não vou ouvir.

Ele ri, como isso é ridículo, e cai as mãos. Ele olha para mim como se eu fosse louca.

- Não vai ouvir? Como? Está em toda parte.

Eu coloquei minhas mãos em Jack e seguro firme.

- Deixe isso de fora por alguns dias. Você e eu não temos que ir a qualquer lugar. Enquanto os manifestantes ficam na rua, não vamos vê-los, e Gus pode dizer se algo precisa de sua atenção. Isso vai sossegar em poucos dias. Eu sei que vai. As pessoas vão se cansar e ir para casa. Enquanto isso, continue trabalhando, continue criando. Quer dizer, isso é o que eles estão tentando parar. Eu adoraria se você terminasse a sua próxima peça, enquanto eles estavam tentando derrubá-lo. - Eu sorrio baixinho e olho para ele. Parece eu e você contra o mundo. Seria ótimo se nós ganhássemos.

- O que constitui ganhar, Abby? - Jack passa para trás e passa as mãos pelo cabelo. - Este grupo é violento. E se eles...


- Jack a vida, é preenchida com ‘ses’. Vamos viver o aqui e agora. Vamos evitar a multidão no final da garagem e continuar a fazer o que fazemos melhor.

Jack olha para mim com o canto do olho. Ele suspira e leva-me em seus braços novamente.

- Eu me sentiria melhor se saíssemos.

- Eu não estou fugindo do presente, Jack. Além disso, eles vão estar lá quando voltarmos. Eu quero que você mantenha sua pintura. Eu quero que você goste de seu trabalho. Eu quero ver o sorriso em seu rosto, o que traz à tona a covinha na sua bochecha. - Eu pressiono meu dedo em sua pele e sorrio para Jack baixinho.

- Eu não tenho uma covinha. - O olhar em seu rosto é tão sombrio, tão sério.

- Você tem duas, homem pintor sexy. - Eu tomo seu rosto em minhas mãos e beijo o primeiro lugar. - Uma está aqui, e ... - eu viro o rosto para o outro lado e beijo o outro lado. - A outra está aqui. Você tem covinhas, e elas são tão sexys.

Jack parece despedaçado, mas antes que ele tenha a chance de dizer qualquer outra coisa, ouve a voz de Gus.

- A polícia está aqui, Jack. Nós precisamos de você de volta na sala de conferências.


- Já vou. - responde Jack, antes de olhar para mim. Aqueles belos olhos estão cheios de pesar. Eu gostaria de poder levar tudo para longe. - Você tem certeza?

Concordo com a cabeça.

- Eu não estou correndo. Além disso, eu já suportei coisas mais ásperas do que isso. Isso não é nada. Quanto mais cedo nós enfrentá-lo, mais rápido isso termina.

***** Quando voltamos para a sala de conferência, cada um de nós demos declarações. O oficial da policia que veio nos lembra de manter tudo trancado e obtruir a janela.

- Manifestantes começam geralmente turbulento no início. Eu dispersei-os para a noite. Eles não devem estar de volta até a manhã. Nesse meio tempo, tentem descansar um pouco. Vocês podem querer pensar sobre um cão ou um sistema de segurança para a seção de trás do estabelecimento. Se as coisas piorarem, me ligue. - Ele entrega seu cartão a Jack, que tem o nome dele: Jerry Greene.

Jack pega e sacode a mão.

- Obrigado por terem vindo. Eu aprecio isso.

O oficial Greene concorda.


- Não tem problema. - Ele troca olhares entre mim e Jack, e pergunta: - Vocês dois estão de volta, hein? - Jack e eu acenamos. Greene fica com um olhar confuso em seu rosto. - Não tenho a pretensão de entender algumas pessoas. Eles acham que todo mundo tem que pensar como eles, fazer as coisas à sua maneira. Lembro-me de ver a sua história nos jornais há algumas semanas. Vocês parecem ser gente boa e foi uma doce história. A melhor sorte para vocês. - Ele toca seu chapéu e se vira para sair do prédio.

Cara segue atrás dele para que ela possa travar a porta. Eu a ouvi dizer que são pessoas boas, que é horrível que alguém faça esse tipo de coisa.

Jack solta uma rajada de ar. Gus já está no telefone com o cara do vidro, dizendo-lhe para vir esta noite.

Eu olho para Jack.

- Você realmente acha que alguém virá tão tarde? - Está ficando tarde. A maioria dos lugares de vidro não vai mesmo vir aqui. Nós não estamos exatamente na parte central da ilha.

Jack concorda.

- Sim, Gus conhece um cara.

- Gus conhece todo mundo. - Kate diz com seus braços cruzados sobre o peito. Ela olha para mim com o canto do olho. - O quê? Eu não estou autorizado a dizer coisas sobre ele? Passei mais de 20 horas dirigindo cruzando o estado com o cara. Eu aposto que sei de coisas que você não tem qualquer pista sobre. - Dirige a última parte para Jack.


- Eu vivi com o cara por quatro anos, então duvido seriamente. - Jack se senta na cadeira dura antes de olhar para nós. Kate e eu não olhamos uma para o outra. - Pelo amor de Deus, façam logo isso. Vão conversar e corrigir o que quebrou. - Ele enxota-nos fora.

Kate dá-lhe um olhar estranho, mas depois dá de ombros e vai embora. Eu seguo-a até a cozinha. Ela pega a lata de café e começa a fazer.

- Eu não tive a intenção de ser uma nojenta na noite passada, Abby. É só que a visita desse cara me deixou um pouco fora. Eu sou desconfiada, e você não é. De todo.Veja no que dá!

Sento-me à mesa e ouço o percolado de café. O perfume enche a minha cabeça. Eu respiro fundo, imaginando o quanto dizer a ela.

- Eu sei que não foi ele, porque nós ficamos juntos durante um tempo.

Kate gira os olhos para o outro lado.

- Só quando eu acho que a sua capacidade de me chocar termina, você vai e diz algo como isso. Eu pensei que você não namorou ninguém?

- Foi antes do seminário. Jackson gostava muito de mim, mas as coisas não deram certo. - Pego um guardanapo da mesa e torço-o em minhas mãos enquanto eu falo. - É por isso que sei que ele não tem nada a ver com eles. Eu o conheço.

Kate está olhando para mim como se eu tivesse duas cabeças.


- Você nunca me disse isso. Até onde você foi com o cara?

- Kate! - Eu lamento e coloco minha cabeça sobre a mesa. - O quê? Isso faz a diferença. Um cara aparece e segura sua mão, ok, tudo bem. Um cara aparece e vê você nua no chuveiro, agora estamos em outro saco de surpresas. - Ela pega o creme e puxa o açúcar do gabinete.

Levantando minha cabeça, eu digo:

- Não, nada de nu. A relação nunca chegou tão longe. Fiquei comparando-o a outra pessoa.

- Jack. Ele não era Jack, assim você o abandonou? - Ela olha para mim e depois coloca o açúcar na mesa.

- Algo como isso. - Eu pego um dos pacotes de açúcar pequenos do prato e deslize-o em volta da mesa. Não olhando para Kate, eu digo: - Você poderia ter confiado em mim a noite passada. Você não tem que agir como se eu fosse sua irmã idiota.

- Às vezes tenho que ser. - Me arrepiei e olhei para ela. Ela acena suas mãos. - não, não, espere, ouça-me. Mesmo se você o conheceu, em algum momento, faz anos, certo? - Eu aceno. - Um monte de coisas podem mudar em dez anos, Abby. Olhe para você. Você pode honestamente dizer-me que é a mesma pessoa que era a última vez que viu esse cara?

Eu penso sobre isso. Eu quero deixar escapar um sim. Eu quero estar certa, mas não estou. Houve uma mudança na forma como eu vejo tudo. Ela afeta todos os aspectos da minha vida.


- Eu não acho que as pessoas mudam tanto. Eu sou um pouco diferente, mas você ainda é você.

Ela sorri maliciosamente para mim.

- Não, não sou. Nós tivemos que começar de novo também. Quando você voltou, as coisas estavam tensas no início. Foi assim até mais

tarde,

até

que

aceitou

como

nós

duas

mudamos,

que

continuamos sendo amigas. Isso é tudo que estou dizendo. Quando você tem pessoas loucas atirando em você, tenha o cuidado ao rastejar para fora da toca. Prometa-me que você não vai pensar o melhor deles. Faça-o ganhar.

Lógica de Kate é aterrada no lugar certo, mas eu gostaria que ela não agisse como se eu não posso lidar com as coisas.

- Kate, eu posso lidar com isso. Eu não sou ingênua. Por favor, pare de se preocupar comigo.

- Tudo bem. - diz ela, colocando café no copo. - Eu só não quero que ninguém te machuque. Você foi golpeada na cabeça vezes o suficiente para durar uma vida. Desculpe se eu fui uma idiota. Eu não queria ser. - Aí está o raro pedido de desculpas e evasivas. Kate agita açúcar em seu café, quando ela diz, não olhando para mim.

- Eu também. Eu odeio brigar com você. - Kate olha para mim. Sua natureza espinhosa se acalma. Eu sorrio para ela e ela sorri de volta. Meu sorriso se transforma em um sorriso torto.

- Para com isso. Eu não estou abraçando você. - Ela aponta a colher para mim quando ela coloca na pia.


- Ninguém pediu para você. - Nós duas estamos rindo sem jeito. Nenhuma de nós está desconfiada sentimental, mas ela vem e me abraça assim mesmo. Quando Kate se afasta, eu me sinto muito melhor. - Então, eu continuo querendo te perguntar, mas toda vez que te vejo, algo mais acontece.

Kate olha para mim de cima do topo de sua caneca.

- Perguntar-me o que?

- Quem é o cara? - Dou-lhe um olhar que diz, eu sei que você está saindo com alguém.

Kate vomita seu café e engasga. Ela bate a caneca no balcão e rapidamente se afasta, o que me permite saber que eu estou certa. Ela conheceu alguém. Eu acho que sim. Kate estava alegre e só tinha sexo no olhar em seu rosto no outro dia.

Limpa sua boca com um guardanapo, ela se vira para trás.

- Não há homem. - Ela olha para mim enquanto ela diz isso, como se o olhar fosse torná-la verdadeira.

- Não, claro que não. - eu brinco. - Mas você dormiu com alguém.

- Pare com isso! - Gritinhos Kate e voltas de distância. - Eu odeio quando você faz isso. - Rio com sua voz, mas outra coisa lá, também. Este é um segredo e ela não quer compartilhar ainda.


- Ok, me desculpe. Apenas prometa que você vai me dizer se as coisas estão indo bem. - Nos últimos meses, Kate tem pulado por homens rapidamente. Logo antes que me mudei de volta, algum idiota

a

machucou

muito.

Ela

não

se

recuperou

muito

bem.

Promiscuidade parecia ser coisa dela por um tempo. Estou feliz que ela

finalmente

encontrou

alguém,

mesmo

que

não

se

sente

confortável para me contar sobre isso. Ela é boa demais para ficar sozinha.

Kate

vira

devagar.

Ela

tem

um

olhar

tímido

no

rosto.

Embalando a caneca entre as mãos, ela diz.

- Ele é muito, ah... - Ela suspira, com um olhar estrelado em seus olhos que não é de Kate. Ela sorri para mim preguiçosamente e mexe com seu café. - É só que as coisas estão indo bem dessa vez, e eu não quero azar. Eu vou te dizer logo. Eu prometo.

- Estou feliz por você, Kate. - E eu estou. Ela merece alguém para amá-la tanto quanto Jack me ama.

Kate tem um sorriso tímido voltando para o malvado.

- Então, - diz ela, encostando-se no balcão da cozinha. - como está sua vida de ex-virgem depois de tanto sexo? Gus disse que entrou e viu vocês no estúdio, e havia tinta... o que me faz pensar... - Sua voz se fora e ela ergue a taça como se estivesse a brindar.

Meu rosto queima e agora eu sou aquela que se esconde por trás da minha caneca.


- Isso não era sexo. Nós estávamos fazendo outra coisa. Ele só parecia ruim. - Oh Deus. Eu vou matar Gus. Por que ele diz isso a Kate? Eu me pergunto se ele disse a Cara, também.

- Bem, então, de fazer coisas desagradáveis. - Ela coloca a caneca para baixo e bate as palmas junto e esfrega. - Você gostou? Minha primeira transa foi horrível. Você se lembra daquele cara Benji? Ele não sabia o que estava fazendo. O cara precisava de um mapa. Mas Jack deve saber onde todos os presentes estão, já que ele era o Sr. Sexy e tudo isso. Então, ele está te tratando bem? Será que ele sempre te satisfaz?

- Kate! - Eu grito. Eu não estou acostumada a falar sobre essas coisas, e mesmo que Kate seja minha melhor amiga, isso parece estranho. Em voz baixa, eu me inclino para frente e digo: - Nós não podemos falar sobre isso.

Ela me dá um olhar engraçado.

- Sim, nós podemos e iremos. Nós não estamos mais na escola, Abby. E você está casada. Você não deve se sentir culpada por isso, a menos que ele seja ruim. - Seu sorriso desaparece e ela parece totalmente séria. - Ele não é ruim, é?

- Não, ele é maravilhoso. - Eu tenho um olhar estúpido na minha cara e eu não posso esconder isso. Kate ri e convida-me para lhe dizer mais. Eu finalmente falo um pouco. - É como se nós fomos feitos um para o outro. Eu não sei de que outra forma dizer isso. Jack pode ler minha mente. Ele sabe o que quero, quando eu quero. Ele tem feito coisas para mim que me fez tão insanamente... - Eu sugo um pouco de ar e aperto minha mão ao meu coração. - Kate, eu não tinha ideia de que poderia ser assim.


- Quando você encontra o cara certo, é. Então, tudo é ótimo? Ambos querem as mesmas coisas?

Concordo com a cabeça e, em seguida acrescento:

- Ele é um pouco mais descarado do que eu.

Kate engasga com o café.

- O que você quer dizer?

- Eu gosto de manter as coisas privadas e ele gosta de, ah, bem, ele me quer, quando e onde ele me quer. - Eu digo a ela sobre o quarto no restaurante em nossa lua de mel. Seu queixo cai. - E eu amei enquanto nós estávamos fazendo isso, mas se eu soubesse que era o seu plano, eu teria vomitado. O pensamento de ser pega me faz tão nervosa. Não está tudo ligado em tudo, mas Jack quer.

Kate volta a si mesma. Sua mandíbula se fecha e ela diz:

- Experimente.

- O quê? Você não estava ouvindo?

Ela me corta.

- Eu estava, mas você não sabe o que gosta até que tente. Não tem que ser coisas que você já fez, as coisas que você nunca pensou que faria. Lembro-me de falar sobre oral com você antes da aula de ginástica. Você disse que nunca faria isso. Parecia bruto na época.


Não é tão grave agora, estou certo? - Ela sorri para mim e me dá uma olhada.

Eu sorrio e olho para longe.

- Eu esqueci disso! Mas isto não é o mesmo. Eu me sinto tão assustada que não posso me perder no momento, você sabe?

- Oh, você vai gostar então. Ter relações sexuais quando está com medo de sua mente o torna melhor. Eu não sei como ou por que, mas você tem que trabalhar o suficiente sua coragem para tentar.

Kate e eu falamos um pouco mais, até que Gus vem e me diz que alguém está aqui para me ver.

Kate e eu perguntamos, em uníssono.

- Quem?

- Um cara chamado Jackson.


Capítulo 28 ABBY

Kate me dá um olhar que diz que eu seria uma idiota se falar com ele.

- Não faça isso, Abby. Alguma coisa está errado com esse cara.

- Ele era meu amigo. Eu, pelo menos, preciso dizer a ele que agora não é o melhor momento.

- Sim, e você pode querer se apressar. - diz Gus. - Ele se apresentou a Jack como seu ex-namorado. Você devia ter visto o rosto de Jack. Foi... - Eu não ouvi o resto do que Gus tinha a dizer. Eu

voei

pelo

corredor

e

no

hall

de

entrada.

Enquanto

nós

conversavamos sobre isso um pouco, eu realmente não entrei em detalhes. Quanto ao porquê de Jackson iria se apresentar desse jeito, eu não tenho ideia.

Jack está de pé com os braços cruzados sobre o peito apertado, trabalhando o músculo em sua mandíbula. Droga. Eu não acho que Jackson deveria ter vindo. Kate estava certa. Quem faz isso? Nada realmente aconteceu entre nós, mas Jack não sabe, e não há como saber o que Jackson disse. Por que ele iria se apresentar como o meu ex? Ele é louco? Ele tem que saber que me casei com Jack.

Enquanto esses pensamentos correm pela minha cabeça, eu sinto

minha

conexão

emocional

sendo

desfeita.

Cabos

estão

desgastados e voando para todo lado, e a primeira pessoa que


tropeço estar frito. Eu não sorrio. Eu não estou irritada nem emocionada ao vê-lo. Eu não posso acreditar que ele apareceu e disse isso.

Jackson olha para mim.

- Abby. - Sua voz é um pouco alto demais, como se estivesse nervoso.

- Jackson, agora não é um bom momento. - Eu ando rapidamente em direção a Jack e fico ao lado do meu marido com Jackson em frente a mim. - Hoje tem sido uma loucura, então não tive a chance de ligar. - Sobrancelhas de Jack subiram em seu rosto e ele vira a cabeça e olha para mim por um segundo. Eu digo. Jackson foi para a faculdade comigo.

- Ele me disse isso. Perguntei como ele conhecia você e ele disse que vocês namoraram, que surpreendeu o inferno fora de mim. - Jack bloqueia sua mandíbula novamente e lança olhares perfurantes em Jackson.

Se a tensão ficar maior, eu vou gritar. Eu respiro para me equilibrar e empurro os meus dedos pelo meu cabelo, puxando-o para fora do meu rosto.

- Nós saímos, mas foi há muito tempo atrás. - Eu volto minha atenção para Jackson e pergunto: - E você, tem um desejo de morte ou algo assim? Este é o meu marido, tipo o cara que eu me casei. O que há de errado com você?


- Eu disse que ele era um canalha. - diz Kate atrás de mim. Ela acena as pontas de seus dedos em Jackson e sorri. - Quer que eu jogue seu traseiro para a perto dos manifestantes?

Eu me viro para ela.

- Não! Vá embora!

Kate recua e volta, levando Gus com ela, ela vai embora resmungando.

- Vamos lá. Nós não somos bem vindos. - O sorriso em seu rosto irrita o inferno fora de mim. É um sorriso que diz eu estava certa.

Jackson fala:

- Eu não queria causar problemas, Abby. E sinto muito, Sr. Gray. Pensei que seu nome era Jonathan e Abby se casou com um cara chamado Jack. - Jackson muda o peso de seu pé para outro e olha para trás na porta. - Talvez eu deva ir?

- Essa é uma ideia. - Jack responde friamente. Eu coloco minha mão no braço de Jack. O músculo abaixo é insanamente tenso.

- Jack, - eu digo baixinho, olhando para ele. Eu admito, como um pouco de ciúme. Eu nunca vi Jack agir assim antes. É difícil não sorrir. Eu digo a Jackson. - Jonathan é um pseudônimo. Ouça, é bom que você vá, é um tempo muito ruim. Talvez você deva me procurar da próxima vez que você estiver em Nova York. Eu estarei até o pescoço na próxima semana ou mais e ir a algum lugar com você não é uma boa ideia. Eu não quero que os meios de comunicação liguem você. Sua carreira vai acabar em um piscar de olhos.


Jackson sorri e balança a cabeça.

- Abby, você é engraçada. Eu não tenho carreira, se lembra? Meu pai tinha muito dinheiro e mesmo após as sete esposas, ainda há algum sobrando para mim. Vou para onde o vento sopra. Agora estou de férias pelas próximas semanas. Eu vou ficar em uma casa a poucos quarteirões daqui. Se você se sentir com vontade de conversar, sinta-se livre para me ligar. - Ele olha para Jack. - Mais uma vez, peço desculpas pela minha falta de tato. Abby era uma amiga querida para mim quando eu extremamente precisava de um. Você tem sorte de tê-la. - Jackson sorri para mim e se vira. Ele pega sua mala e vai para a porta.

Eu olho para Jack, sentindo rasgado. Algo sobre o que Jackson disse me faz sentir como se eu tivesse a ponto de responder. Quando ele chega a porta, eu digo:

- Vamos parar por algum tempo.

Jackson olha para mim.

- Bom, eu gostaria muito. - Então ele se foi.

Dois segundos antes de Jack explodir, Gus e Kate fazer uma corrida louca para a porta.

- Nos ignorem, só de passagem. Abby, você é uma idiota. Jack, não a mate. Tenho certeza de que foi o seu único namorado e eu acho que o máximo que fez foi dar as mãos. - Gus está puxando o braço de Kate, mas ela não vai se calar. - Eles usavam luvas e tinha um acompanhante. Abby sempre usa proteção.


Gus suga em uma respiração chocada e a puxa para fora da porta da frente. Eu o ouço sibilar:

- Você está louca? Abby vai matar você.

A porta se fecha e fica só eu e Jack. Cara se foi. O cara do vidro já foi. A janela é remendada e um novo conjunto de persianas está pendurada na janela, bloqueando o resto do mundo. Os faróis de Kate desaparecem a baixo da garagem. Desde que eu não ouço uma tonelada de buzina, eu assumo que os manifestantes têm ido para casa à noite.

Jack se afasta de mim, sem dizer uma palavra. Ele tranca a porta da frente e se move através do lobby, lançando interruptores e desligando as luzes.

- Você não pode ficar com raiva de mim? - Eu pergunto, surpresa com a reação dele. - Jack, isso foi há muito tempo atrás.

- Isso não importa. - Ele parece chateado.

- Ei, eu não te pedi para me fornecer uma lista de todos que você namorou. Eu não pedi o nome de cada garota que dormiu, qualquer uma. - Estou em seus calcanhares quando Jack chega. Ele se vira para mim.

- Eu teria dito. Eu teria dito que, se um ex apareceu em casa e foi perguntar para mim. Eu teria dito se ela pediu para sair e conversar sobre os velhos tempos. Porra, Abby. - Seus olhos azuis brilham com fúria. Ele balança a cabeça e diz: - Assim, caramba. Ele se vira e vai para o corredor que liga ao estúdio.


Meu coração bate e cai no meu estômago. Eu chego para ele.

- Espere, eu não entendo por que você está chateado. Eu não fiz nada. - Espero ele parar, mas ele não faz. - Jack, fale comigo. Eu não quero brigar.

Quando eu o sigo para o estúdio, é um breu. O sol já se pôs. Jack acende a luz do teto e se vira para mim.

- Você está realmente me dizendo que não acha nada desse cara, que ele não significa nada para você? - Rosto de Jack está apertado. Seus braços dobram firmemente em seu peito como se estivesse protegendo seu coração.

- Não. - eu respondo, chocada que ele pensa isso. Eu coloquei minhas mãos em seus antebraços e olho em seus olhos. - Ele apareceu. Eu penso nele como um amigo, porque a maior parte do tempo que eu o conheci, era isso que ele era.

- Como vocês acabaram namorando?

Eu dou de ombros.

- Ele me beijou. Eu queria ver se poderia esquecer alguém, então o deixei. Jackson estava tendo seu próprio sofrimento. Nós nos seguramos um no outro por um tempo. Eventualmente, percebemos que não nos pertencíamos. Eu não queria um namorado para preencher um espaço que já estava reservado e isso é o que ele era. Fiquei com ele porquê não poderia ter você.


Os olhos de Jack seguraram os minha até aquele momento. Ele olha para as nossas mãos.

- Quanto você fez com ele? Você não estava no seminário ainda, certo? Assim você poderia ter feito...

Um sorriso torto enche meu rosto.

- Você é o único, Jack. Eu não dormi com ele. Eu não dormi com ninguém. Segunda base foi o mais longe que tivemos. Ele estava empurrando para o terceiro, mas ele nunca chegou lá.

A tensão de Jack parece aliviar ligeiramente.

- Mas ele beijou você.

- Mas eu sou sua hoje à noite, para sempre. Ele não me pegou, você fez. Não há comparação. Eu nem penso nele desse jeito. O tempo que passamos namorando era um pontinho em comparação com o resto da nossa amizade. E o tempo todo que eu estava com Jackson, eu queria você. Eu sou uma pessoa horrível. - Eu olho para longe quando digo a última parte. Eu me sinto como uma pessoa horrível. Talvez eu empurrei Jackson para longe. Eu definitivamente empurrei Jack. A última coisa que quero é que ele se sinta como se eu não o quizesse. Ao mesmo tempo, o ciúme é um pouco doce.

- Não, você não é horrível. Eu sou. Você nunca me pressionou sobre coisas como esta. - Ele pega a minha mão e olha para mim com aqueles olhos azuis líquidos. - Eu mereço ser pressionado. Eu empurrei duro e rápido quando

você apareceu novamente. É

surpreendente você não perguntar sobre as outras, sobre o meu passado.


- Eu não posso fingir que não me importo, porque me importo, mas eu não acho que isso vai nos ajudar a seguir em frente. Eu quero fazer

memórias

com

você

que

vai

fazer

as

outras

meninas

desaparecerem. - Eu pressiono meus lábios e olho para ele. - Eu estive pensando sobre o que você me pediu para fazer com você na praia, a céu aberto. - Meu coração bate dentro do meu peito com tanta força que sinto falta de ar.

Jack sorri. Seus polegares esfregam as costas das minhas mãos.

- Tenho você agora?

Concordo com a cabeça.

- Sim. Pode ser possível, talvez depois que a imprensa se for.

Jack pisca para mim e eu sinto o meu corpo chamar para a vida. Ele se inclina perto do meu ouvido:

- Se não fosse a imprensa, eu levaria você para as ondas e faria amor com você de qualquer maneira.

Eu coro violentamente e me afasto, tentando esconder o rosto.

- Jack, eu mal acho que posso fazer isso e então você diz algo assim! - Ele sorri, revelando covinhas que só aparecem quando sorri amplamente. Vou bater em seu peito e ele agarra meus pulsos.

Inclinando-se para o meu rosto, ele sussurra no meu ouvido:


- Se os manifestantes não estivessem aqui, eu a jogaria por cima do meu ombro e a levaria lá fora agora. - Jack endireita quando percebe o que ele disse.

Eu percebo isso também. Os manifestantes se foram. A polícia os dispersou e a imprensa até de manhã. Meu coração bate mais forte quando olho em seu rosto bonito. Jack quer muito isso. Eu disse que ia tentar. Torcendo meus dedos, eu pergunto sob meus cílios.

- Você fez isso com mais alguém?

Jack toma minhas mãos. Ele acalma os meus movimentos nervosos e diz:

- Não. Nem mesmo beijei na praia. Isso é algo que seria entre mim e você. Era o tipo de coisa que eu tinha em mente com uma menina, sabe? Tornou-se a fantasia que soprou todos os outros fora. Fazer amor com Abby Tyndale no oceano, pressionando-a de volta contra a areia e sentir as ondas lavar sobre nós. Não é o tipo de coisa que eu queria fazer com mais ninguém. Só você.

Eu sei que preciso tomar uma decisão. Meu pulso ruge em meus ouvidos quando olho para o rosto de Jack. Todo a dureza, todo o medo, sai por um momento. Eu sei que ele está pensando sobre isso, sua fantasia comigo na praia. Eu quero dar para ele, mas depois da maneira como foi hoje, eu não sei se tenho coragem de fazer isso. Minhas emoções estão desgastadas com tudo isso. Se acontece alguma coisa... Eu engulo em seco e pergunto:

- Há quanto tempo você tem essa fantasia particular, Sr. Gray?


Jack fica quieto por um momento. Quando eu olho para ele sob meus cílios, ele tem um sorriso malicioso no rosto.

- Desde o ensino médio.

- Sério? - Estou chocada. Eu não tinha ideia.

Ele acena com a cabeça, parecendo absolutamente infantil.

- Você era a garota que eu não podia ter. Eu e você iriamos sentar na praia e conversar, lembra? O praia tornou-se o nosso lugar, o nossa identidade. É claro que é onde eu quero mais você. É onde eu me apaixonei por você.

Sorrio para ele e não pude acreditar no que vou dizer. Tomando sua mão na minha, levanto para meus lábios e beijar a palma de sua mão.

- Vamos. - Puxo-o suavemente, comigo.

- Para onde vamos? - Pergunta ele, me parando. Viro-me e olho para ele, meu coração está perto de estourar . Eu não posso acreditar que ele me queria há tanto tempo. Eu tenho dificuldade em lembrar o quanto ele me adorava na época. Na época, Jack era meu amigo e eu não via o desejo em seus olhos. Agora, é tudo que eu vejo.

- Para a praia. Eu gosto da ideia de ser a sua fantasia.

- Você sempre será a minha fantasia, Abby. Você não tem que fazer isso. - Ele olha para o meu rosto, procurando meus olhos. Meu coração está correndo como se eu estivesse correndo, mas ele se


sente bem. Eu ainda estou nervosa, mas é um tipo bom de nervosismo.

Sem dizer uma palavra, eu o levo para fora da porta traseira. Jack bloqueia o estúdio por trás dele e caminhamos lentamente de mãos dadas em direção à água. Jack aperta minha mão e eu aperto de volta.


Capítulo 29 ABBY

Até o momento nós estamos de pé na água, meu coração está correndo tão firme, tão rápido. Nós não conseguimos fazer nada ainda, mas a antecipação de despir-me e ama-lo na parte aberta passa através de mim. A areia se move entre os dedos dos pés, não falamos sobre nada e olhamos para o mar. Jack segura meu braço e me leva até a praia. Continuamos conversando e caminhando até que a casa não é maior do que uma mancha no horizonte. Minhas mãos ficam quente - inferno - tudo em mim é quente. Eu não achei que seria tão longe de casa. Eu não penso sobre tudo isso. É difícil imaginar que o Jack eu conhecia na época, pensava em mim dessa forma, há muito tempo. Minhas fantasias foram medíocres em comparação com as suas. Eu nunca poderia sonhar passando dos beijos nos lábios. Talvez eu tenha sonhado com ele algumas vezes, mas a única coisa que eu lembrei depois foi a sensação de suas mãos na minha pele e de seus lábios na minha boca. Eu nunca pensei que faria algo assim. Quero fazê-lo feliz. Eu quero fugir para fora da velha Abby e dar-me a ele. Eu quero esquecer o hoje. Eu quero me perder em Jack.

Nenhum de nós está falando. Nós olhamos um para o outro sob a lua minguante. Ela lança um brilho pálido através da água, derramando luz suficiente para ver. Os olhos de Jack são escuros e suas pálpebras crescem pesado quando ele me observa. Eu inspiro respirações irregulares através de minha boca, tentando me acalmar, mas não consigo. Jack não me pergunta novamente. Ele não me dá


uma chance de escapar da minha promessa. Isso vai acontecer. Em alguns momentos, ele vai ter me despido na areia.

Quando Jack chega para mim, o som de uma sirene enche o ar. Fazemos uma pausa, e é como se nós dois soubessemos o que vai acontecer. Pânico enche meu estômago, quando as mãos de Jack caem do meu rosto.

Medo faz meu coração disparar mais rápido. Jack começa a caminhar até a casa comigo em seus calcanhares. Seus ombros erguidos como se ele pretendesse infligir algum dano. Eu não sei o que esperava, mas não era Nate. O detetive da polícia no canto da casa e grita para Jack.

- Jack Gray! Apareça aqui! - O policial caminha rapidamente em direção à casa, à procura de Jack.

Jack grita:

- Eu estou aqui. O que há de errado? - É a primeira pergunta que sai da boca de alguém quando um policial aparece. Nunca é um bom sinal.

- O carro que acabou de sair aqui não passou do próximo quarteirão. - Nate espera por mim para alcançá-los antes de dizer mais. Eu corro da praia em direção ao estúdio.

Sem fôlego, eu pergunto:

- O que aconteceu?


Nate tem um olhar sombrio em seus olhos. É o aviso de que esta é uma notícia ruim, o pior.

- O carro pegou fogo. O motorista não pode escapar. Me desculpe te que perguntar isso, mas preciso que você venha e veja se você reconhece o homem. Ele foi visto pela última vez deixando sua propriedade, e com as coisas que aconteceram hoje mais cedo...

Jack levanta a mão e acena. Ele pega os meus ombros e seguimos Nate pela rua para um carro em chamas. O ar é preenchido com o cheiro de plástico queimado. Minha língua gruda no céu da boca. Cada passo mais perto me deixa mais enjoada. E se for Gus..., isso é tudo o que eu fico pensando. Gus e Kate saíram juntos, rindo e me provocando. Isso não pode estar acontecendo.

Apertando a mão de Jack, damos um passo em direção a uma maca com um saco preto amarrado a ele. Tremendo, eu sinto meus olhos formigarem da fumaça. Eu não posso respirar. Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. As luzes piscando em vermelho e branco a partir do caminhão dos bombeiros, todos os sons e as pessoas passam em um borrão. Eu não os noto. Nate leva-nos passado a fita amarela para o saco preto. Quando ele o abre, meu peito desmorona. Espero ver o cabelo loiro e o rosto de Gus, mas não é ele.

Ofegante, eu olho para longe e enterro meu rosto no peito de Jack. Eu sufoco, quando tento respirar sem vômitos. A imagem da carne queimada de Jackson fica gravada em minhas retinas. Eu me apego a Jack. Ele me segura apertado. Eu ouço ele falar com o oficial, mas não registro nada.


Capítulo 30 JACK

Quando o oficial abre o saco, ele tem certeza que será Gus que está dentro, mas não é. O homem que veio à procura de Abby que está lá. O cara que teve a audácia de aparecer e anunciam-se como seu ex. Abby se joga nos braços de Jack. Choque passa pelo rosto de Jack. Ele acena para o homem que segurava o saco aberto do corpo leva Abby a distância.

- É Jackson. Ele era amigo de Abby. Ele deixou a nossa casa cerca de meia hora atrás. Talvez um pouco mais. - Jack está respirando com dificuldade, mas não solta Abby. Ele não vai deixá-la ver. Sua vida já foi fodida além da crença.

Nate segue-os quando Jack e Abby se afastam do corpo enquanto ele é carregado para o caminhão.

- Você tem seu sobrenome, Abby?

Ela olha para cima. Seu rosto está alinhado com tristeza e choque. Ela engole forte.

- Wright. Seu nome é Jackson Wright. Ele estava hospedado perto. Seu pai é Tatum Wright.

- O magnata do mercado imobiliário em L.A.? - Nate pergunta, escrevendo em um bloco de notas que ele tirou do bolso.


Abby concorda.

– É. Jackson é... foi... o seu único filho. - Ela aperta os lábios, mas não pára de tremer o queixo. Quando ela olha para Jack com aqueles olhos, ele sabe que tem que tirá-la de lá.

- O que aconteceu? - Jack pergunta sem rodeios.

Nate faz um barulho na parte de trás de sua garganta e explica.

- O melhor que podemos perceber até agora é que alguém armou o carro para queimar. Parece que começou sob o capô, mas o chefe de bombeiros terá de confirmar isso. O carro parou aqui e explodiu em chamas. O motorista tentou sair, mas o cinto de segurança não liberou. Ele gritou por socorro, mas as pessoas não podiam fazer nada. O carro estava em chamas. Eles não podiam falar com ele. Alguém tentou. A ambulância o levou para o hospital. Ele tem queimaduras de terceiro grau nas mãos e braços. Jack, isso tinha que ter sido feito quando o carro estava estacionado e o último lugar que estava estacionado era...

- Em minha casa. Porra. - Jack agarra Abby e olha para sua forma minúscula. Ela é forte, mas ninguém sobrevive com essa merda toda. Jack respira fundo, mas o cheiro acre de carro queimado enche seus pulmões.

- Será que esse cara tem alguma coisa a ver com o museu ou a abertura em Biloxi? Eu ouvi que havia um incidente lá, também.

Balançando a cabeça, Jack explica:


- Não. Esse cara não tinha nenhuma conexão com qualquer coisa, além de Abby. Eles eram amigos há muito tempo, foram para a mesma faculdade. - Ele deixou de fora a parte sobre eles namorarem. Ele não sabia por que, mas parecia que iria machucá-la agora.

Nate gemeu e tomou mais notas.

- Ele estava dirigindo um Beamer preto. - diz ele, dando um olhar de soslaio para o carro.

Abby vem à vida em seus braços.

- Jack tem um BMW preto. Fica geralmente estacionado em frente durante o dia.

- Onde ele está agora?

- Atrás, trancado na garagem.

O rosto de Abby se contorce de dor. Lágrimas raiam de seus olhos. Sua mão cobre a boca enquanto ela suspira.

- Isso foi feito para você. - A realidade bate em Jack, ao mesmo tempo que Abby diz. Isto é mais do que os ovos e os tijolos. Alguma coisa mudou. A boca do estômago torce rígido. O olhar de terror no rosto de Abby faz querer pegá-la e correr.

- Ou tanto para você. - diz Nate. - Ouça, Jack, eu preciso saber tudo o que você já ouviu falar sobre o grupo Brimstone. Isso parece ruim. Muito ruim.


Jack segue Nate a seu carro da polícia e diz-lhe tudo o que sabe sobre o grupo e a forma como eles funcionam. Jack tem observadoos por anos, esperando que o seu nome nunca fosse publicado em seu site.

- Eu não sei, Jack. - diz Nate, fechando sua caneta. - Isso soa pessoal.

- Isso parece como alguém que quer me ver queimar. - Jack concorda. Correndo os dedos pelos cabelos, ele respira fundo, tentando se acalmar. - Ouça, talvez seja Brimstone ou talvez não, mas eu não posso ter essas pessoas, quem quer que eles sejam estão atirando em mim e Abby.

- Eu vou deixar um carro patrulhando por seu estúdio. Eles vão manter um olho nas coisas até que isso termine.

-

E

se

isso

não

acontecer?

-

Abby

pergunta, sua

voz

comprimida como se alguém está apertando sua garganta. - E então? - Abby parece tão frágil, tão pequena lá em pé. Seus olhos verdes são como pratos, amplos e com medo. Jack se aproxima e abraça-a apertado. Ninguém lhe responde, porque não há respostas, não agora.

Depois de um momento, Jack diz:

- Sinto muito, Abby.

O rosto de Abby está raiado de lágrimas, mas ela não chora.

- Não é sua culpa, Jack. Alguém fez isso com ele, alguém que estava mirando em você. - As lágrimas fluem mais rápido agora. - Eu


não poderia suportar perder você, Jack. - ela chora e se agarra com força.

Pela primeira vez em muito tempo, Jack não tem certeza do que fazer. Ninguém nunca tentou machucar fisicamente ele antes, e isso era mais. Eles queriam vê-lo morto. As chamas, o fogo, parece um visual muito bom para o grupo de Brimstone. Eles acham que ele deveria queimar no inferno e eles seriam muito felizes em verem isso acontecer. Jack mantém Abby firmemente. Ele finalmente tem a garota de seus sonhos. Não há maneira nenhuma de que ele está deixando algum grupo de ódio separá-los.


Capítulo 31 ABBY

Quando entramos, dois oficiais vieram conosco. Eles olharam sobre a propriedade atráz de qualquer sinal de quem fez isso. Jack se senta em seu computador e toca o mouse. A tela brilha para a vida. Ele tecla rapidamente, sem dizer o que ele está fazendo. O site Brimstone vem à tona. Há uma nova entrada no topo com uma imagem do carro em chamas de Jackson. Meu coração apreende em meu peito. A legenda da imagem diz: - Aqueles que são imorais serão consumidos pelo fogo.

Jack rola para baixo. Há fotos dos manifestantes de antes. Ele se levanta e vai até a porta. Eu o ouço falando com os policiais de fora, dizendo-lhes que o grupo Brimstone postou fotos antes da cobertura jornalística do incêndio do carro.

- Um deles estava aqui. - diz Jack. Suas palavras me dão calafrios.

Ele fala com eles por mais alguns minutos e volta para dentro. Estou sentada na frente do computador, lendo com um olhar horrorizado no meu rosto. Jack desliga o monitor, mas eu ainda olho fixamente para frente.

- Quem faria isso, Jack? Jackson não tinha nada a ver com isso.

Jack puxa-me da cadeira e me leva em seus braços. Eu me sinto segura contra seu peito e aterrorizada, pois ele vai ser levado


para longe de mim. Eu o segure firme, pensando que pode ser a última vez.

- Eles não estavam atrás dele, Abby. Eu não tinha ideia de que as coisas seriam assim. Eu nunca teria começado a turnê. Eu teria... merda, eu não sei o que eu teria feito. Não havia nenhuma maneira de ver isto vindo. - Ele suga o ar. Ele enche o peito, desaparece um pouco da raiva de sua voz quando fala novamente. - Eu não vou sair do seu lado até que isso acabe. Vamos para a casa e pegar cobertores e tudo o mais que precisamos. Eu disse à polícia que ia ficar hoje à noite no edifício principal.

Concordo com a cabeça solenemente. Eu ainda não quero deixá-lo ir. O medo está me consumindo, me sufocando com tanta força que não consigo respirar. Meus dedos apertam em seus lados mais forte, segurando-o perto.

- Abby, - diz ele confortavelmente. - eles não vão me levar para longe de você. - Jack beija o topo da minha cabeça e arranca-me fora dele. Ele segura meus ombros com força, mas sinto que estou caindo aos pedaços por dentro. Não consigo me livrar disso. Eu me sinto horrível que Jackson estava aqui, que ele morreu. Então minha mente se desloca para o que poderia ter sido, o corpo de Jack nesse saco e eu não aguento. Meus olhos estão cheios de lágrimas que não se alastram. Ele agarra meus braços rígidos e diz: - Olhe para mim, Abby. - Eu olho para ele. - Nada pode me levar para longe de você. Nós vamos passar por isso juntos. Nós dois. Eu prometo.

- Como você pode prometer? Você não sabe.


Ele sorri suavemente para mim. Jack passa seus dedos em meu cabelo, empurrando-o longe das lágrimas que estão escorrendo pelo meu rosto.

- Eu sei que você foi feita para mim. Eu sei que você é minha alma gêmea que eu pertenço a você. Nós tentamos ficar separados; nós dois pensamos que estávamos fazendo o que era certo. No fim, isso não importa, e essa é a razão. Você estava certa quando me disse que estávamos conectados em um nível espiritual. Eu sinto isso. Eu sei. Fiquei tentando negá-lo e dizer que tudo isso aconteceu porque eu era um idiota ganancioso, que tinha corrompido você, mas isso teria acontecido de qualquer maneira. Não é sorte, é amor. Eu nunca vi ninguém com nada parecido com isso. Eu amo você, Abby, com cada fibra do meu ser. Eu vou te proteger. Eu sempre estarei lá para você. - Jack sorri torto para mim e acrescenta: - Mantenha a fé.

Eu sorrio, mesmo que não me sinta como ele.

- Você vai cantar agora? Essa é uma música que você costumava ouvir?

Ele acena com a cabeça.

- Eu cantarei sempre, se mantiver um sorriso em seu rosto.

Eu envolvo meus braços em torno dele novamente.

- Eu me sinto tão fraca, Jack. É como se eu fosse feito de minúsculos grãos de areia, mas não há nada me segurando junto. Qualquer coisa pode explodir-me distante agora.


Eu me inclino para trás e olho para Jack. Seus olhos azuis são claros como cristais.

- Eu vou te manter reunida, Abby. Eu vou ser a sua água, sua cola qualquer coisa que você precisar.


Capítulo 32 JACK

Abby e Jack se apressam para a casa e pegam as coisas que precisam para a noite. Dentro de dez minutos, eles estão de volta ao estúdio. Jack leva cobertores para Abby e faz uma cama para ela no sofá. Ela deita-se e ele a ajeita, beijando-a suavemente nos lábios.

- Onde você vai estar? - Ela pede, sonolento. O choque de tudo está a vindo para ela, mas seu corpo está exausto demais para lidar com isso.

- Pintando, - Jack aponta. - ali. Eu não vou deixar este quarto sem você.

Ela balança a cabeça e sorri para ele, aconchegando-se em seu travesseiro.

- Posso ver enquanto você trabalha? Você vai mudar a cortina de lugar?

Jack sorri para ela. Ele queria esperar e mostrar-lhe, quando terminar, mas depois de hoje, Jack percebe, ele pode não acabar. Engolindo em seco, ele diz:

- Sim. Eu vou deixar você assistir. - Ela sorri de volta e faz seu coração aumentar. Há sempre alguma coisa sobre sua mulher. Ela tem a capacidade de fazê-lo suar.


Jack toma uma das bebidas da mesa e deixa a lata de refrigerante aberta. Ele dá uns goles e, em seguida, vai puxar a cortina que está escondendo a nova pintura de Abby. Seu coração bate descontroladamente em seu peito. Esta é uma das coisas que o aterroriza tanto quanto o deleita. As mãos de Jack pegam o tecido e ele o puxa de volta, movendo a cortina ao longo do caminho.

Abby empurra-se sobre o cotovelo. Sua boca pequena perfeita cai aberta e ela só olha. O coração de Jack bate mais forte, esperando que ela dissesse alguma coisa. A pintura está longe de terminar, mas ele pode vê-la terminada.

Sentando-se, o lençol cai de Abby. Ela levanta descalça e para ao lado de Jack. Ele ouve a respiração difícil. Quando ele se vira para olhar para ela, os olhos de Abby estão levando tudo dentro, Jack não diz nada e espera que ela dissesse alguma coisa.

- Jack, - ela suspira o seu nome e continua a olhar com admiração. - Eu não tenho palavras. - Arregala os olhos, ela olha mais para a pintura. - Não há palavras para isso.

Os nervos de Jack sodem em sua garganta. Ele não pode dizer se o choque é bom ou ruim. Ele trabalhou tão duro para isso e quer que ela ame tanto quanto ele. Jack não estava lá quando ela viu sua última pintura pela primeira vez. Ele não sabe o que seu rosto parecia, como ela o levou então. Isso teria ajudado a julgar a reação dela agora. Jack olha para os pés e engole forte.

- Então, isso é bom ou ruim?

As linhas de pintura é uma parede. É enorme. O resultado é uma pintura em tamanho natural de Abby. As cores são vibrantes e


suaves ao mesmo tempo. Ele teve a ideia quando Abby começou a chorar. As lágrimas lavaram algumas das tintas e seus braços amassaram a pintura de corpo que ele tinha aplicado naquela noite. Ele deu à pintura a natureza evocativa, ele era conhecido, mas ao invés de sentir-se sozinho, ele se sente esperançoso. A raia de lágrimas a pintura como a chuva, lavando tudo o que é ruim. Abby é descrita como uma deusa pálida, caminhando por um jardim com sua mão estendida. Tudo o que ela toca ganha vida. Suas lágrimas são chuva. Eles raiam seu belo rosto, mostrando a humanidade dentro dela. As flores literalmente vinham do chão, apenas tentando tocá-la. Os redemoinhos em volta de sua cintura, deixando um rastro de cores vibrantes em seu caminho. O chão na frente dela é lona, vago em branco à espera de seu toque. É o que diz muito sobre o que ele pensa dela. A pressão dentro de seu peito aumenta. Ele sabe que Abby não gosta de ser retratada como um anjo, assim tornando-a em uma criatura etérea como esta tinha potencial para ir de qualquer forma, ela pode amar ou odiar.

Abby sai do transe e ri. Seu belo rosto se ilumina.

- É bom. Oh meu Deus, você não poderia dizer, não é? - Jack balança a cabeça. Timidamente, ele olha para o lado dela, mas Abby tem o rosto entre as mãos. - Esta é a mais impressionante coisa, assombrosamente bela que eu já vi. Ainda não está terminada, e estou encantada. Eu não sei o que dizer... - Seu olhar está bloqueado com o seu. Jack sente o seu corpo responder ao seu toque, ao seu louvor.

Levando as mãos do rosto, Jack diz:


- Então, não posso esperar para ver o que você pensa quando ele estiver completo. - Ele a possuiu por um momento, sentindo uma paz que escapou dele desde que voltou de sua lua de mel.

Quando Abby sai, ela diz:

- Você finalmente compreende, não é?

Ele acena com a cabeça devagar.

- Eu não tomei suas asas fora, porque você sempre foi minha. Eu vejo você através das lágrimas, e é essas lágrimas que lhe trouxe de volta para mim. Foi a dor que lhe permitiu começar uma outra vida. Nós normalmente pensamos da tristeza como uma coisa ruim, mas às vezes é necessário para seguir em frente.

Ela sorri para ele e abaixa os cílios grossos. Quando ela olha de novo, pergunta:

- E o lado em branco da tela, o que está indo para lá?

- Nada. É o futuro e o futuro ainda não foi escrito. É nosso.

Ela sorri de forma ampla.

- Bom, eu gosto assim. É assustadoramente esperançoso. Eu posso sentir a dor que escoa através do trabalho, mas do jeito que você me pintou, do jeito que estou flutuando, avançando para o desconhecido... - A voz dela trilha fora e ela suspira. Olhos de Abby cortam os meus. - É a melhor coisa que você já fez. Jack, - ela balança a cabeça: - Eu não tenho palavras. Eu gostaria de poder dizer o quanto isso me faz sentir, o quanto você me inspira. - Seus


olhos verdes travam com o seu. Quando ela joga seus braços ao redor dele, Jack a pega em seus braços.

Ele anda pela sala e coloca-a de volta no sofá, puxando o cobertor até o queixo. Ele se inclina e escova seus lábios nos dela suavemente. Havia muitas coisas que ela poderia ter dito tantas maneiras de interpretar o que ele tinha feito, mas Abby viu o que estava escrito em sua arte. Eles têm uma conexão que só deveria existir em contos de fadas. Jack está radiante quando ele se levanta.

Olhando para ela, ele diz:

- Descanse, Abby. Eu vou pintar um pouco e depois ir dormir em pouco tempo.


Capítulo 33 ABBY

Eu vejo Jack subir uma escada e pintar. Meus olhos sentem que há bigornas ligadas aos cílios. Eu não posso mantê-las abertas, mas eu adoro ver Jack pintar. A maneira como ele funciona é hipnótico. A última coisa que me lembro é de vê-lo jogar sua camisa no chão e subir a escada. Ele define as partes claras e escuras de meus cachos ondulantes. Eles desaparecem no vento, arrastando suavemente atrás de mim. Fiquei tão feliz quando ele me mostrou a pintura. Eu não tinha ideia do que estava fazendo. Ele combina seu idealismo com a

realidade.

Era

eu

na

tela,

mas

não

era.

Ele

estava

esperançoso, mas não estava. Houve dor, mas não havia efeito. Foi a coisa mais atraente, sugestiva que eu já vi. Ele literalmente me deixou sem fôlego. Eu gostaria de manter a pintura para nós, mas privar o mundo do talento de Jack seria um pecado. A pintura é tudo para Jack. É seu coração e mente sobre tela.

Eu caio em um sono sem sonhos de exaustão. Quando eu acordo, o sol da manhã está fluindo para o quarto pelas frestas das persianas. Ela brilha no chão, onde Jack estava dormindo. Esfregando os olhos, sento e olho para ele. Ele está na escada sem camisa, com pincéis nos bolsos de trás da calça jeans. Há um atrás da orelha. Ele tem um traço de tinta sobre sua têmpora. Eu sorrio e puxo os cobertores em torno de mim quando me sento para vê-lo.

Eventualmente, Jack se vira e percebe que estou acordada.

- Bom dia, amor.


Eu sorrio e tento não corar.

- Você dormiu? - Eu olho para baixo em seus cobertores, que parecem demasiado limpo e livre de rugas.

- Um pouco. Além disso, a pintura me faz sentir melhor. É purificante. - Ele se vira para a pintura e adiciona sombras violetas que giram o meu corpo. Pequenas manchas de cor atrás de mim como um vestido longo. Ele fez muito na noite passada. É ainda mais impressionante hoje.

- Jack, é tão bonito. Tão perfeito.

- Estou feliz que você gosta. Vai ser nosso. Podemos colocá-lo na casa de campo depois que secar. - Ele é tão doce. Ele assumiu que não quero que ninguém veja.

- Isso não vai à casa de campo.

Jack se vira e olha para mim.

- Onde você quer, meu amor? - A expressão em seu rosto me diz que ele não tem ideia.

- Em sua galeria, para vender. Eu não posso manter algo assim para mim. Seria horrível. Você tem que mostrar isso para as pessoas.

Jack sobe na escada enquanto eu falo. Seus lábios torcem em um sorriso de surpresa.


- Você é tão doce, mas você não tem que fazer isso por mim. Eu sei como você se sente sobre isso.

- É muito espetacular para esconder só porque me sinto tímida. Além disso, você convenientemente escondeu um dos meus mamilos atrás de uma flor. - Eu sorrio para ele. - Se alguém está olhando para meus seios nesta pintura, eles têm problemas. É sobre a vida.

- Os peitos são uma parte da vida. - Ele sorri, provocando.

- Uma de suas peças favoritas, estou certa? - Eu faço piada. Jack me dá um olhar perverso. Então ele olha para suas mãos, que são cobertos com tinta. - Nem pense nisso. - Tento desembaraçar-me dos cobertores, mas Jack agarra-me quando eu fico de pé. Ele envolve seus braços cheios de tinta em volta de mim e aperta. Eu grito e tento me soltar, mas Jack me joga no chão. Eu caio sobre sua cama e ele cima de mim, prendendo-me no lugar. Ele leva sua mão e acaricia lentamente ambos os lados do meu rosto. Eu grito e dou pontapé, rindo o tempo todo.

- Pronto, agora você combina com sua pintura.

- Você não presta! - Eu rio. - Eu vou bater em você, logo que sair de cima de mim.

Jack ri e de repente está fora. Ele coloca as mãos em seus lados e solta provocações para mim.

- Vamos, Abby. Faça-o. Ataque!

Eu rio como uma louca e corro em linha reta por ele. Jack vai atrás de mim. Eu me viro para enterrar as minhas mãos na tinta roxa


quando eu sinto suas mãos fecharem em torno de minha cintura. Ele me puxa para trás e eu giro ao redor e bato minhas mãos em seus ombros. Jack suga a respiração. A pintura está fria. Minhas mãos trilham até seu peito nu, parando quando os meus dedos chegam a seus jeans.

Jack olha para mim com sua mandíbula aberta.

- Você vai pagar por isso, Sra. Gray.

Rindo, eu danço longe e digo:

- Não, eu não vou! - Eu corro o mais rápido que pude através das portas do estúdio. Eu ouço Jack rindo, perseguindo atrás de mim. Eu corro para a cozinha e pretendo ligar a água e pegar o pulverizador da pia, mas Jack agarra meu braço.

Ele puxa-me de volta para ele. Suas mãos estão cobertas de tinta fresca. Ele desliza suas mãos sob minha camisa e mancha de tinta minha pele. Eu continuo tentando torcer para longe, mas ele mantém-se em mim. De alguma forma, Jack perde o equilíbrio e ambos acabam no chão. Ele passa seu dedo para baixo da ponte do meu nariz e deixa um rastro de azul.

- Você tem um nariz muito bonito, Sra. Gray. E aqueles lábios! O sorriso - Jack, movendo o dedo lentamente em direção a minha boca.

Como a tinta é orgânica, ele não tem um gosto fantástica. Eu tento me esquivar a distância, mas não consigo. Jack esfrega o azul em toda a minha boca gritando e consegue pintar os dentes, também. Naquele momento, Cara caminha para dentro. Ela vem e


para abruptamente quando me vê espumando azul na boca, de pijama pintados, com Jack em cima de mim, vestindo apenas jeans.

Cara recua e olha para o lado, como se ela entrou em um mal momento.

- Sinto muito, Jack, eu estava indo ligar o café. - Ela corre para longe em seus saltos altos com as mãos cobrindo os olhos.

Jack e eu começamos a rir quando a porta se fecha.

-

Você

está

parecendo

completamente

louca,

-

diz

ele,

puxando-me para os meus pés. - Parece um Smurfs raivosos.

- Sim, bem, você parece o cara do ‘Coração Valente’, todos gritando como um louco. - Eu começo a rir de novo. Desta vez eu não posso parar. Eu dobro quando vejo um reflexo do meu rosto. Toda a minha boca está azul. Jack parece que foi atacado por um martilho. No momento em que endireita-se, Kate está de pé na soleira da porta, com as mãos nos quadris. Gus está atrás dela, sorrindo.

- Vocês sabem que estão fazendo isso errado? Eu assumi que pelo menos um de vocês sabiam como fazer sexo. - Kate diz com Gus por cima do ombro. - Você pode querer obter-lhe um livro ou algo assim.

Gus ri.

- Eles parecem que estão bem para mim.

Kate se vira para ele.


- Você poderia pensar isso. - Ela solta um bufo de ar e vai até o pote de café. - Eu acho que vocês assustaram a nova secretária. Ela está praticamente escondida sob a mesa. Quando entrou, ela nos disse para não entrar aqui.

- Então nós viemos. – Gus sorri.

Jack e eu começamos a rir de novo. Ele pega uma toalha da pia e molha-o para mim. Eu tento limpar a tinta da minha boca, mas isso só o torna pior. Jack começa a rir de novo, até que eu o puxo para baixo por seu pescoço e o beijo. Quando ele se afasta, ele parece louco, também.

Gus e Kate sorriem, murmurando coisas uns aos outros.

- Então, recém-casados, nós vimos as notícias.

Jack e eu olhamos um para o outro. Então eu pergunto:

- Nós?

Kate

muda

em

seu

assento,

parecendo

um

pouco

desconfortável. Gus olha para qualquer lugar, menos para Kate.

Jack diz:

- Você sabe que nós temos olhos, certo? Vocês saíram juntos na noite passada e mostram-se juntos esta manhã. Acredite ou não, nós não somos tão bobos como parecemos.

Eu rio como uma maníaca e digo:


- Nós somos os mais bobos! - Corro até Kate e a abraço, ao mesmo tempo em que Jack faz isso para Gus. Ambos gritam e suplicam para nós. - Oh, eu sinto muito. Eu arruinei sua roupa. Não se preocupe. Sai lavando. - Eu olho em sua bolsa – é o tipo que está sempre aberto na parte superior e pego as chaves. Eu corro para o carro dela, dizendo: - Nós vamos ter que trocar a camisa por outra coisa.

- Abby, - ela grita comigo, mas Kate e Gus não dizem mais nada até que eu tenha o porta-malas aberto. Há um saco de noite. Pego uma camisa, e em seguida, uma peça de lingerie. - Então? Eu sou uma vagabunda. Você sabe disso. Eu tenho que estar pronta para uma boa aparência sempre que um cara me quer.

- Kate. Quando eu disse para você vir na outra noite, você chegou aqui em dez minutos. Você estava com Gus, apenas admita isso. - Kate e Gus ainda continuam mudos.

Jack coloca o braço no ombro de Gus.

- Ainda não tem nada a dizer?

- Nem uma palavra, homem. Ela vai arrancar minhas bolas. Ele diz totalmente inexpressivo e não mostra qualquer emoção até Kate dar a volta sobre ele.

- Que merda! Você disse que não iria dizer a eles! - Tensa, Kate pisa o calcanhar no chão.

Gus está rindo. Ele puxa uma Kate espinhosa para ele e ela parece derreter.


- Eles já sabem. Jack já percebeu isso, e nós não podemos deixar Abby pensando que é a real Prostituta de Hampton.

Kate

pressiona

os

lábios

como

se

ela

fosse

dizer

algo

desagradável, mas ela só bica os lábios e passa para nós.

- Tudo bem, eu estou fodendo seu melhor amigo.

- Use palavras bonitas, Katie. - Gus repreende-a. Agarrando a cintura de Kate, Gus fala como ela fosse uma criança. - Agora, o que nós chamamos quando ambas as pessoas gostam um do outro e querem ter sexo regularmente?

Kate revira os olhos.

- Uma relação. Mutua. Qualquer que seja. - Kate olha para Jack e corrige-se. - Eu espero que você não se importe que estou tendo um relacionamento com o seu melhor amigo. – Gus ri e a beija no rosto.

Kate

sorri

como

uma

colegial.

É

uma

transformação

instantânea que não se apaga todo o caminho. Ela suaviza alguns dos seus cantos afiados.

Eu sorrio para ela.

- Parabéns, amiga. - Ela estende os braços e dou-lhe um abraço. Jack e Gus fazem isso de forma viril dando um tapa nas costas e eu dou a Gus um abraço, também.

Jack olha para Kate e diz:

- A última vez que tentei abraçá-la, ela tentou me morder. Eu só vou acenar, se está tudo bem.


Kate vai até Jack e mostrando seus dentes. Então, ela o puxa para um abraço e ri. Os olhos de Jack crescem. Ele dá a Gus um olhar que diz, eu espero que você possa lidar com ela.

- Você sabe o quanto gosto de garotas loucas. - diz Gus. Por alguma razão, Kate não o esbofetou. Ela apenas sorri quando ele diz que ela é a garota mais bonita do mundo.

Eu rio e digo:

- Bem, nós devemos voltar para dentro e se trocar. Embora, se correr pela calçada agora, aposto que poderia assustar o inferno fora dos manifestantes.

Kate e Gus olham para nós, como se não soubessemos.

- Eles não estão lá. Você não ouviu o que aconteceu?

Meu estômago pia. Jack envolve seus braços em volta de mim, me preparando para o que vem a seguir.


Capítulo 34 JACK

Ele dá Gus um olhar que diz tom mais baixo, mas Gus não pode ler sua mente. O cara deixa escapar tudo.

- O grupo que estava aqui ontem estavam se dirigindo no início da manhã em um ônibus fretado. Eles deveriam estar aqui por uma semana, de acordo com a notícia, mas ontem à noite quando estavam no caminho de volta para o hotel, um cervo correu na frente do ônibus. Ele desviou e saiu da estrada. Essas coisas são pesadas, por isso capotou.

Abby está pressionando os dedos à boca dura. Jack não sentiu sua respiração desde que Gus começou a falar. Jack o interrompe.

- Algum morto?

Gus finalmente consegue. Ele olha para Jack e depois para Abby.

- Poucos. O resto está muito mal. Eles não vão voltar.

Abby olha para ele, sem piscar. Jack ainda não sente o peito expandir. Ele sabe que algo está acontecendo em sua cabeça, mas ela não fala. Abby parece internalizar o que sente em sua mente antes de deixar uma palavra sair de sua boca. Às vezes isso é admirável. Outras vezes, só o assusta como o inferno fora dele.


Jack aperta a sua espera em torno de Abby e ela finalmente inala. Ela olha por cima do ombro para ele com tristeza espalhada por seu rosto.

- Isso é horrível.

- Eles eram pessoas horríveis, Abby. - Kate diz olhando em sua unha. - Eu pensei que vocês ficariam felizes. - Abby e Jack olham para Kate. É muito tranquilo. Quando Kate olha para eles, ela acena suas mãos. Corrigindo-se, acrescenta, - Isso não é o que eu quis dizer. Eu pensei que você estaria feliz que eles não fossem voltar. É uma nuvem negra com um forro de prata.

Jack não deixa Abby responder. Ela vai dizer a Kate que não há forro de prata. Ele sente. Jack segue.

- Você ouviu o que aconteceu na noite passada?

Gus e Kate abanam a cabeça. Jack conta sobre Jackson, ainda segurando a sua esposa. Abby olha sem expressão, todos os vestígios de riso e de vida, se foram. Quando ele termina, ele acrescenta.

- Abby o conhecia. Ele estava lá para ela quando eu não estava. Isso tem sido difícil para todos nós, mas ele está esmagando-a.

- Jack... - Abby diz suavemente, tentando fazê-lo parar, mas ele não faz.

- Nós ficamos hospedados aqui a noite passada, mas acho que essa coisa toda é maior do que pensávamos. Eu quero levá-la para fora da cidade por alguns dias. Talvez a polícia vá ter uma pista até então. De qualquer maneira, ele vai ter certeza que ninguém sabe


onde estamos. Ele vai nos dar um pouco de paz de espírito. - Jack fala com cuidado, mas ele quer que eles saibam o que está acontecendo.

Ambos acenam de cabeça. Depois de um momento Kate diz:

- Alguém tem a sensação de que isto não é mais sobre a turnê? - Ela olha em volta, os olhos astutos caindo em cada rosto.

Todos eles concordam, um por um. É apenas uma intuição. Jack se sentia assim desde o esfaqueamento. Isso parece tão longe dos protestos normalmente pacíficos, mas que o que faz Brimstone. Eles levam as pessoas normais e os tornam em uma multidão frenética. O único problema é com a noite passada. Quem fez isso com o carro após os piqueteiros irem embora. Jackson não tem de conduzir através deles quando ele chegou. O ônibus já tinha puxado fora. Algo não está certo. Isso parece algo pessoal, mas Jack não consegue entender o que ele fez para traze-lo. A coisa é, agora que Kate expressou que parece que alguma coisa está acontecendo, ele se sente mais real. Talvez duas coisas estejam acontecendo de uma vez? Jack não sabe, mas ele pode dizer que todas as pessoas de pé na sala tem a mesma sensação de afundar.

Gus cruza os braços sobre o peito e pergunta:

- Então, o que é isso?

Jack balança a cabeça.

- Eu não sei. Tudo está tão entrelaçado a Brimstone, os manifestantes, o esfaqueamento em Biloxi e, novamente, talvez não. Talvez eles aparecessem assim por acaso. - Seus olhos varreram a


sala, tentando pensar, mas nada faz sentido. O ônibus estava cheio de pessoas que se machucaram em um acidente. O esfaqueamento e o fogo no carro podem ser conectado. O tijolo e os ovos eles assumiram que veio dos manifestantes, mas essas coisas não são o mesmo que fisicamente ferir alguém. Mas ainda... eles poderiam ter se originado a partir de uma mesma fonte. Sem ver quem fez isso, não há nenhuma maneira de saber.

Algo não está certo. Os cabelos na parte de trás da espinha de Jack se arrepiaram, como algo ruim está para acontecer. Fúria corre por ele, mal contida. Isto tem de parar.

Naquele momento, Cara anda atrás de todos.

- Eu devo abrir a galeria? Eu não sabia o que queria fazer hoje, à luz de tudo o que está acontecendo. Temos algumas visitas programadas para hoje mais tarde. - Jack se vira e olha para ela. Cara é mansa e tímida. Seu cabelo liso castanho está escondido atrás de suas orelhas. Ela está usando um terno coral com uma saia lisa.

- É com você, Gus, - responde Jack, olhando para o amigo. Nós não vamos estar ao por aqui nos próximos dias. Você acha que você e Cara pode controlá-lo?

Gus passa os dedos pelo cabelo de areia.

- Eu não sei. Minha reação instintiva é dizer 'fodam-se’ e deixar a galeria aberta, mas não quero correr o risco de perder todo o trabalho agora. E se alguém entrar aqui? Eles poderiam cortar todas as suas peças e entrar no estúdio.


- Você pode contratar um segurança? - Abby pergunta. Todo mundo olha para ela. - O quê? Não é estranho. Considerando o quão caro é tudo, estou surpreso que você não tem um.

Jack sorri e aperta Abby.

- Eu queria um. Alguém achou que seria brega. - Ele olha para Gus, recordando uma conversa acalorada sobre a segurança de alguns anos atrás.

Gus ergue as mãos:

- Ótimo. Você entregou oficialmente a minha bunda. Isso garante um segurança. Vou pegar alguém aqui fora. Um cara me deve um favor. Eu vou ter um guarda armado aqui, enquanto o estúdio está aberto, mas o cara estará vestindo um terno, não um uniforme.

- Há alguém que não lhe deve um favor? - Kate diz, revirando os olhos. Gus abre a boca. Há um sorriso no rosto. Ele adora lutar com Kate. Os dois estão se encarando parace que eles vão se matar.

- Somente faça isso. - Jack diz, cortando qualquer réplica de Gus. Jack vira Abby volta em seus braços e olha para o rosto dela. Seus olhos ainda estão vidrados, como se estivessem cheios de lágrimas. Tomando sua mão, Jack empurra as lágrimas com o polegar, deslizando a parte inferior de suas pestanas. - Eu quero que você fique com Kate um pouco. Eu estou indo fazer as malas e fazer alguns arranjos. Eu não quero que ninguém saiba onde estamos. Fique na propriedade. Você sabe por quê. - Abby concorda. Ele não quer deixá-la, mas pode ser mais rápido se ele faz sozinho. Alguns telefonemas, enquanto ele arruma as malas, e em uma hora eles


terão ido embora. Jack levanta o olhar e diz para Kate: - Deixe-a sozinha e eu vou rasgar suas bolas fora.

Kate ri um riso curto chocado, os olhos arregalados.

- Eu não sou tão ruim assim. - Ela olha para os dois. Quando não a corrigimos, Kate se inclina perto de Abby e pergunta: - eu sou?

Abby sorri docemente para ela e encolhe os ombros. Kate olha chocada, como se ela não tem ideia do que as pessoas pensam dela. Abby coloca o braço ao redor dos ombros de Kate.

- Nós vamos conversar enquanto você vai fazer as malas.


Capítulo 35 ABBY

Enquanto Jack corre para fazer planos para nós, eu ando com Kate pela a galeria. Passamos pela mesa de Cara, mas está vazia. Ela deve estar deixando tudo pronto para a mostra. Ela está na mesa o tempo todo e cuida dos telefones e compromissos. Uma das garotas de vendas vai entrar mais tarde para realmente fazer a apresentação. Vai ser como o que Jack me deu esses meses atrás, menos as peças sensuais. Eu sorrio, lembrando.

- Pare de pensar sobre Jack e me ajude! Eu pensei que eu era uma vadia, mas eu não tinha ideia de que tinha transformado em um destruidor de bolas? Quando no inferno que isso aconteceu? - Kate está de pé na frente de uma pintura. Seus braços estão cruzados sobre o peito. Ela é todos os cantos afiados e acusações. Ela vai ouvir nada além da verdade.

Dando um passo para a próxima pintura, eu digo:

- Eu ouvi

uma

vez

que

podemos

escolher

amigos

que

complementam a nossa natureza, que ela ajuda a arredondar-nos e tornar-nos pessoas melhores. Ser forte não é ruim. Estou faltando severamente nesse departamento. Você...

- Se você diz, que você me completa, eu vou morder sua cabeça. Eu tenho vontade. Eu me sinto como abalada pela TPM. Eu vou enfiar toda essa merda de loucura em alguém. Eu sinto isso. Suas mãos estão em seus lados, mas seus dedos se estendem até


onde eles podem ir. Kate está pronta para explodir. - Eu não sabia que tinha cruzado a linha.

- Isso é o que eu estou dizendo, bolo de bunda, você não fez.

Kate se vira para mim e olha. Então ela começa a rir como essa foi a coisa mais engraçada que ela já ouviu. Agarrando seu estômago, ela diz:

- Onde diabos você aprendeu a falar assim? Você faz o palavrão parecer adorável. - Ela ri mais um pouco, que é o que eu queria, e ela finalmente começa a ouvir-me.

- Eu fiz um curso de correspondência. Obviamente, eu falhei. Bufa Kate. - Meu ponto é que você é quem é, e Gus gosta de você de qualquer maneira.

Kate não olha para mim. Em vez disso, ela acena com a cabeça. Olhando para suas mãos, ela diz:

- Eu gosto dele. Ele não me quer um tom mais baixo, como todos. Ele parece gostar mais de mim quando estou numa categoria de Kate insuportável. - Olhando para mim com o canto do olho, ela sorri.

- Vocês dois trabalham bem juntos. Ele gosta de um desafio, você sabe. Eu aposto que ele acha que pode domar você.

- Bem, ele está em um inferno de surpresas. Esta sou eu, domada. E, aparentemente, ainda estou em assustador território dos infernos. - Ela suspira e olha para mim. - Por que você é minha


amiga? Quer dizer, eu sou a pior influência possível sobre você, e ainda assim, você está aqui.

- Cala a boca, bolo de bunda, - eu digo, sorrindo para ela. Damos um passo em direção à próxima pintura e acrescento: - Eu não estou abraçando você, assim que parar de me olhar assim.

Kate dá um soco no meu ombro e muda de assunto.

- Sinto muito pelo seu amigo. Eu realmente sinto, Abby. Eu gostaria que não tivesse acontecido.

-

Viu

alguma

coisa

quando

você

saiu?

-

Eu

pergunto,

imaginando.

- Não, todo mundo tinha ido embora no momento em que eu e Gus saímos. - Ela fica quieta por um momento, pensando. - Não havia ninguém.

Concordo com a cabeça, perguntando-me quem está fazendo isso com a gente. Eu me pergunto se é a igreja que deixei para trás, mas isso parece extremo, até mesmo para eles. Além disso, Dick gosta de seu poder, até onde ele pode alcançá-lo. Não pode ser ele. Eu quero saber quem é, e se ele pode nos ver aqui, agora. Isso me dá arrepios. Esfrego minhas mãos para cima e para baixo os braços, tentando afastar o sentimento.

Naquele momento, Cara entra na galeria.

- Abby, há um pacote para você. - Ela desaparece. Kate e eu andamos para frente do estúdio, para o lobby. Jack está na casa de


campo e Gus está na sala de conferências com a porta fechada, tentando obter um guarda aqui fora.

- Eu vou assinar. Jack ordenou algumas fontes, há algumas semanas. Eles provavelmente querem uma assinatura.

- Por que não pede para a nova garota assinar? - Kate diz, depois de mim.

- Eu não sei. Às vezes eles me querem ou Jack. Você está seriamente me seguindo? Eu só vou para a porta da frente. - Eu olho para ela enquanto ando para a frente.

- Jack foi bastante explícito, e eu prefiro não irritá-lo. Ele é meio assustador quando é protetor. - Eu sorrio. - Você gosta disso, não é?

- Quem não gostaria? - Eu sorrio para ela por cima do meu ombro. Cara está de pé na porta, segurando-a aberta. Um homem em um uniforme marrom está de pé por uma caixa enorme nos degraus da frente. Minha mente voa, mas nada parece errado. Os pacotes maiores sempre são entregues por trás. O fato de que ele está esperando lá na frente é a única indicação de que algo está fora do lugar.

Quando eu saio pela porta da frente, Kate diz:

- Abby, eu não acho que Jack quer que você... - Eu ouço um suspiro e viro a tempo de ver Kate amassada no chão. Outro homem está de pé ao lado dela com um taco preto brilhante. Ele a puxa de lado, arrastando-a rapidamente.


Assim quando eu abro a boca para gritar, mais dois homens me agarram e me puxam para o lado. Pinheiros nos impedem de ser visto pelas pessoas dentro do estúdio, e nós estamos muito longe da estrada para a polícia nos ver. Eu chuto e luto, tentando me afastar, mas não consigo ir. Meu coração dispara loucamente em meu peito, mas não penso sobre qualquer coisa, além de ir para longe. Quando estamos longe o suficiente da casa e ainda escondido pela linha de árvore, eles me jogam no chão. Eu caio dura, esfolo as palmas das mãos. Freneticamente, olho em volta para Kate, mas ela se foi. Não há sinal de Cara. Eu tento levantar e correr, mas um dos homens aponta uma arma para mim.

- Eu não faria isso, se fosse você.

Eu olho para o rosto dele, mas não o reconheço.

- Quem é você? O que você quer?

Um dos homens produz um ferro em brasa. Que é um vermelho brilhante. Ele dá um passo em minha direção e depois pára de repente, como se alguém o vê.

Viro-me e vejo Cara andando rapidamente atrás de nós. Digolhe para correr, mas ela não escuta. Ela continua caminhando em nossa direção com um olhar agitado no rosto.

- Que parte disto que você não entendeu? A morena não deveria ser tocada. Vocês estragaram tudo. Dá-me isso. - Ela arrebata o ferro em brasa de sua mão e o homem passa, de cabeça para baixo.


Eu fico olhando para ela. O tempo parece parar. O olhar que ela me dá é tão triunfante, tão presunçoso. Ela segura o ferro quente na mão e o aponta para mim.

- É um 'A' para 'adúltero. Talvez seja um clichê fazer alguém usar um A no seu peito para o resto de sua vida, mas parece apropriado. - Os cantos de seus lábios se curvam.

- Foi você? Você que incendiou o carro de Jackson na noite passada. Você foi a única que orquestrou o esfaqueamento. - Meus olhos agitam para o lado, mas eu não corro. Não com essa arma tão perto.

- Talvez. Talvez não. As pessoas fazem todo tipo de coisas quando você pergunta para eles. - Ela sorri para mim e olha para o ferro nas mãos. - Eu não costumo sair para esse tipo de coisa, mas quando o nome de Jack surgiu no papel, eu tinha que vir. E marca em sua noiva não vai me trazer nada, somente prazer. - Ela anda para a frente, segurando o ferro que realmente vai me marcar.

Eu passo para trás. Pânico laceia através de minha garganta. Quando chupo no ar, eu paro. O cheiro de fumaça enche minha cabeça. Olho em volta, sabendo que está próximo, mas não vejo a fumaça.

- O que você fez? - Pergunto a Cara.

Ela sorri de forma ampla.

- Certifiquei-me de que Jack recebe o que merece. Ele não escapará de seu destino neste momento, Abby. Jack estava indo para se queimar. - Ela dá um passo mais perto. Eu tento fazer de novo,


mas o homem com a arma dá um passo atrás de mim. Não posso me mover. Cara mantém o ferro em brasa no meu coração e diz: - Ah, e por falar nisso, no caso de você ser muito estúpida para perceber isso, eu sou Wrath, e hoje é o Dia do Julgamento. - Ela empurra o ferro quente para a frente. Ele queima através de minha camisa e toca a minha pele. Eu recuo para trás. Ele só fez um contato parcial, mas as lágrimas enchem meus olhos quando um grito rasga da minha garganta. - Segure ela. - sussurra.

Tudo está acontecendo muito rápido. Eu posso ver a fumaça agora. Está sobre a casa de campo. Eu tenho que chegar a Jack. Eu não me importo se ela me queima. Eu não me importo com nada, mas apenas com ele. Pego o ferro quente com a mão. E o A cauteriza na palma da minha mão, quando eu o tiro das garras de Cara. Há um olhar de choque no rosto. Por um momento ela não faz nada. Lágrimas raiam de meus olhos e eu libero o ferro. A dor que atingiu meu braço é tão intensa, mas tudo o que posso ver é a fumaça. Jack está lá. Eu corro, mas um dos homens me agarra. Ele me joga para baixo e os outros me seguram no chão. Cara volta com o ferro. Não há maldade em seus olhos.

- Não conta se você fizer sozinho. - Cara olha de volta para as ondas grandes de fumaça e sorri. - Parece que as coisas estão prestes a ficarem boas. Você, queridinha queria estar lá, não queria? Assim que as chamas atingissem o tanque de propano, eu tinha medo que você estivesse sozinha. Pena que você não pode salvá-lo, não é?

Quando ela termina a frase, há uma forte explosão. A casa de campo. Jack. Não posso me mover. Eu não posso respirar. O homem que me prendeu está olhando para a grande nuvem negra que paira sobre o estúdio. Eu viro meu rosto e percebo que estou perto o suficiente para lhe morder. Eu afundo meus dentes em seu pulso. Ele


libera-me com um grito de dor. Eu torço para o lado, mas não vou muito longe. Eu vejo as luzes piscando e sei que eles estão lá. A polícia viu, mas no meu coração, eu sei que é tarde demais. Ela fez algo para Jack e deixou-o lá dentro. É por isso que ela não estava em sua mesa quando Kate e eu estávamos na galeria.

Com a explosão tocando em meus ouvidos, algo encaixa. Em vez de lágrimas, sinto raiva. Eu não paro de chutar, arranhar e gritar. Enquanto estou torcida no chão, Cara tenta marca-me novamente. Pego o ferro e bato no homem segurando minhas pernas, com força. Ele cai, murmurando uma série de maldições enquanto cai. O homem com a arma olha Cara e depois de volta para mim. Ele grita para o outro homem para se levantar. Tudo acontece muito rápido depois disso. Eu deslizo a distância, mantendo o ferro seguro na minha mão. Ele já esfriou, mas ainda brilha vagamente.

Cara pisa o pé e silva:

- Corrija isso agora, ou eu juro por Deus, você nunca vai trabalhar comigo de novo.

Assim que eu me levanto, vejo as mãos que me alcançam, mas eles não se conectam. O homem pára de repente e seus olhos viram em sua cabeça. Ele cai para frente. Eu salto para fora do caminho e vejo Kate de pé atrás dele com um tijolo na mão.

- Ok, onde está a cadela que me amarrou? Este tijolo é para ela. - O olhar de Kate trava em Cara. O braço dela para trás e ela acaba lançando o tijolo na cabeça de Cara. Cara se vira para correr, mas o tijolo ainda a pega. Ele bate em seu braço e ouvimos um estalo alto.


O homem com a arma se vira e aponta para mim. Kate e eu colocamos as mãos e começamos a dizer:

- Não atire. - O homem é grande, com grandes mãos. Sua cabeça careca pálida está coberta de suor. Cara está segurando seu braço, tentando não gritar. Ela se encaixa nele.

O homem lentamente dá passos em nossa direção, mas diz a Cara:

- Isso não faz parte do plano. Na noite passada, você matou o garoto, e ele não tinha nada a ver com isso. Agora você está fazendo de novo. O alvo era Jack Gray. Nós o pegamos. Vamos apenas sair daqui. - Enquanto ele fala, se move em direção a nós. Kate e eu olhando para o cano da arma. Minha garganta está tão apertada que não consigo respirar. Ela agarra minha mão e eu aperto, pensando que ele ainda vai puxar o gatilho.

Então tudo muda. Há um grito de raiva que vem ao nosso lado. O homem com a arma vira para olhar, mas é tarde demais. Uma figura suja corre em linha reta em direção a ele. Kate e eu caímos. Finalmente percebi o que estou vendo. O homem atacando o atirador está manchado de fuligem. É Jack. A arma vai voando pelo ar. Kate corre para frente em suas mãos e joelhos e o agarra. Punhos de Jack batem no homem mais e mais. Seu corpo é bombeado com raiva, seus músculos estão apertados, pronto para estourar.

Eu corro para ele e o afasto. Jack leva-me em seus braços e me mantém apertada. Ele tem um corte desagradável onde o sangue está escorrendo em seu olho.


- Onde diabos estão todos? - Kate grita, virando-lhe as costas. Há luzes piscando, mas não nos encontraram ainda. A propriedade é grande, mas não tão grande.

Jack está tossindo, inclinando-se para mim.

- Eles estão na casa de campo. A explosão atraiu todos eles para lá.

Kate fica de pé, ao mesmo tempo que Cara. O homem que Jack socou está respirando forte no chão, e o que foi acertado por Kate com o tijolo ainda não pode levantar. Há uma grande quantidade de sangue escorrendo de seu pescoço. Cara começa a se afastar, mas Kate aponta a arma para ela.

- Onde está Gus? - Ela pergunta, com a voz trêmula. - Será que você o matou, também?

Cara levanta as mãos com as palmas para fora, para Kate. Ela balança a cabeça.

- Eu não tenho problema com você ou Gus. Vocês dois ficaram no caminho.

Kate caminha em direção a ela com o assassinato em seus olhos.

- Diga-me você o matou? Diga ou eu vou puxar o gatilho rápido.

- Largue a arma, - um boom de uma voz masculina atrás dela. Todos nós olhamos, levantando nossas mãos lentamente. É um


policial. Finalmente. Kate toma uma respiração profunda e deixa a arma no chão. - Afaste-se, senhorita - O policial tem a sua arma na mão. Ainda está apontando para Kate. Ela faz o que ele diz e ele coloca-a em algemas e pede ajuda.

Assim que a ajuda chega, o mundo fica borrado. Eu ouço coisas, mas eles soam muito longe. Quando a polícia pergunta o que aconteceu, eu me sinto tão pesada que não posso ficar de pé. Eu caio para a frente, deslizando entre as mãos queimadas de Jack e bato no chão. A grama parece fria na minha bochecha. Eu pisco uma vez e o mundo fica preto.


Capítulo 36 JACK

Jack olha para a mão enfaixada de Abby enquanto ela está deita na cama do hospital na sala de emergência. Ele deveria estar em outra sala, mas Jack não vai deixá-la. Ele não consegue acreditar que ela está segura, mesmo depois de saber que Cara foi a projeção para ele. A polícia tem sido capaz de confirmar a sua identidade como Wrath, agora que eles a levaram em custódia. A mulher foi apanhada porque ela era arrogante. Ela nunca pensou que alguém poderia pensar que era ela. Todo mundo pensou que Wrath era um homem. No passado, no momento em que as coisas foram para o inferno, Cara sempre desapareceu. Desta vez, ela ficou muito tempo, teimando em marcar Abby.

Jack olhou para o braço de Abby e sua mão quando eles foram queimados. Ela vai ficar com uma cicatriz. Essa memória vai assombrar Abby para o resto de sua vida. Abby mexe na cama. Seus olhos piscam abrindo lentamente.

- Ei, amor. - diz ele com um sorriso suave no rosto. Sua cabeça parece como se tivesse sido atingido por uma frigideira. Essa cadela bateu forte quando estava na casa de campo. Jack olhou para cima, viu-a, e não suspeitou dela uma única vez. Até o momento que viu o tijolo na mão, já era tarde demais.

Abby sorri e estremece.

- Jack. - ela respira. - está vivo.


Ele acena com a cabeça e tira o cabelo dos olhos.

- Você também.

- Gus e Kate? - Ela pergunta, tossindo. Jack entrega a ela um copo de água para beber.

- Estão excelentes.

- Eu pensei que ouvi você aqui. - diz Nate.

- Você estava parado do outro lado da porta. Eu ficaria preocupado se não estivesse. - diz Jack. Cada centímetro do seu corpo doía, mas seria impossível ser mais grato do que ele estava. Abby estava segura. Kate não atirou no pau de Gus e o escondeu em um armário.

- Estou feliz que você está vivo, Jack. Eu sentiria falta desses seus comentários espirituosos. - Nate sorri para ele e balança a cabeça. - Olha, sei que você teve uma noite difícil, mas preciso do seu testemunho. As pessoas que fizeram isso com você estão trancadas e queremos mantê-los lá. Abby, precisamos saber o que aconteceu. Sua parte da história é que está faltando.

Abby pressiona os lábios e acena. Ela segura o copo de água na mão boa e conta o que aconteceu. É preciso cada grama de contenção que Jack tem para não reagir. Isso já aconteceu. Agora acabou. Quando Abby termina, Nate agradece. Quando ele sai, ele se vira para Jack.


- Isso não teve nada a ver com suas pinturas, por sinal, bem, pelo menos não da maneira que você pensava inicialmente.

- O que você quer dizer? - Jack pergunta.

- Cara Popadoplis já trabalhou em muitos lugares diferentes ao longo dos anos. Foi uma das maneiras que ela tem de sair sem ser notada. Alguns destes ataques foram anos de trabalho, incluindo o seu. Alguns anos atrás, sua irmã foi modelo para você. Cara tinha fotos de que tirou de seu computador, juntamente com uma carta de rejeição de você. Aparentemente ela mesmo se candidatou para ser modelo, e você pegou sua irmã em seu lugar. Em vez de lidar com o ciúme que estava lá, Cara começou a construir um registro contra você. Nós pensamos que a cobertura da mídia sobre você e Abby iria colocá-la por cima. Ela é louca, Jack. Ela pensou que tinha o direito de fazer o que fez.

- Você acha que ela vai alegar insanidade?

Nate ri.

- Eu duvido. Essa coisa toda foi premeditada. Ela era obcecada por você, Jack. Eu não posso imaginar o que ela teria feito se você a tivesse contratado. - Ele acena com a cabeça e sai.

Jack suspira e se senta ao lado de Abby em sua cama.

- Eu gostaria de poder corrigir isso. - Ele leva sua mão enfaixada e gentilmente vira sobre isso. - Eu sinto muito, Abby.

- Jack, você está vivo. - Seus olhos estão vidrados quando ela olha para ele. - Quando Cara me disse o que ela fez, quando ouvi a


explosão, você estaria... - Ela suga em uma respiração rouca, tremendo. - Então aconteceu e pensei que tivesse perdido você.

Jack envolve seus braços em volta dela.

- Eu sempre vou estar aqui para você, Abby. Eu não vou a lugar nenhum.

***** Pelas próximas semanas Jack e Abby pegaram as coisas devagar. Kate e Gus, por outro lado, foram sugados por um redemoinho de casamento. Quando Kate pensou que tivesse perdido Gus, ela percebeu o quanto o amava. Depois daquela noite, os dois não poderiam ser separados nem com um pé-de-cabra.

Kate se senta à mesa com Abby todos os dias, planejando seu casamento para a primavera seguinte.

- Minha mãe está me deixando louca, Abby. Eu não aguento mais. - Kate suspira e cai com a cabeça na mesa, descansando o rosto no lado de uma revista de noivas.

Jack as vê a partir do contador. Ele coloca para Abby uma xícara de café e depois para ele. Kate bate os polegares através das páginas, e os observa cair.

- O que Gus acha?

- Gus acha que devemos apenas fugir, mas eu não sei. Eu queria que você estivesse lá.


- Então, nós vamos estar. - diz Abby. Ela dá uma cotovelada em Kate e agarra a revista. Ela vira de volta algumas páginas. - Você pode se casar neste lugar. - Os olhos de Kate seguem para uma foto da água cristalina. - É muito bonito e eu ouvi que eles fazem um bom trabalho. Você não tem que fazer nada, apenas aparecer.

Kate levanta. Ela rouba a revista, olha o anúncio, arranca o telefone do bolso, e se afasta sem dizer uma palavra. Segundos depois, Abby pode ouvir sua voz do corredor perguntando sobre datas.

Jack ri e senta-se em frente a ela.

- A mãe de Kate vai matar você.

Abby dá de ombros.

- Talvez, mas isso fará com que Kate fique feliz, e vejo-a mais do que a sua mãe.

- Como você está se sentindo? - Jack pergunta. Ele notou que ela está dormindo melhor, mas isso não quer dizer nada.

- Eu estou bem, Jack.

Ele pega sua mão e diz:

- Você é incrível, você sabe disso?

Abby sorri suavemente. Depois de um momento, ela diz:


- E a nova pintura vai ser exibida na próxima semana? - O tour termina em Nova York na próxima semana, e a nova pintura de Abby foi adicionada a exposição. O chefe de Kate adorou que eles tivessem algo que ninguém mais teve. E desde que Jack estava revelando uma nova peça, isso significa muita imprensa para eles.

- Sim, eles ficaram felizes em levá-la. Gus estava lá esta manhã.

Abby fica quieta por um momento, e então pergunta:

- Havia manifestantes?

- Nenhum. - Ambos sorriram.

- Santo bolo de bunda, Abby. - diz Kate, correndo de volta para o quarto. Jack ri, mas Kate fala sobre ele. - Eu reservei. Empacote suas coisas. Nós estamos indo para as Bermudas. - Ela grita e salta para cima e para baixo.

-

Será

que

Gus

tem

um

passaporte?

-

Jack

pergunta,

quebrando a dança feliz de Kate.

- Oh, merda. Eu não sei. - Sem outra palavra, Kate cai fora do quarto, digitando o mais rápido que pude.


Capítulo 37 ABBY

Alguns dias mais tarde, eu estou usando um vestido feio verde limão transparente de dama de honra com um arco enorme na minha cabeça. Kate adorou poder se vingar do vestido que eu escolhi para ela. Jack caminha pelo corredor da praia comigo em seu braço. Sorrimos um para o outro. Jack se move para ficar do lado de Gus, como seu padrinho.

Kate aparece vestida com um vestido colante branco. É discreto, e é exatamente o que ela queria. Ela parece uma estrela de Hollywood da década de 1940. Eu não posso deixar de sorrir para ela. Kate está radiante. Ela tenta andar devagar, mas ela chega na metade do tempo até o altar. Ela salta sobre as pontas dos seus pés e, em seguida, corre para ficar ao lado de Gus.

Eles dizem seus votos e se beijam. Jack e eu não poderíamos estar mais felizes por eles. Depois do casamento, nós vamos jantar na praia, apenas Jack e eu. De alguma forma, Jack arranjou isso, sem me dar conta do que tinha feito. Estamos sentados ouvindo as ondas quebrando, olhando a água espumante.

- Você sabe, Sr. Gray, eu meio que me lembro de algo sobre uma promessa que fiz a você um tempo atrás. Tinha algo a ver com o cumprimento de uma fantasia em uma praia. Você se lembra disso? Eu ergo a minha taça e tomo um gole.

Jack sorri para mim.


- Por uma questão de fato, eu me lembro de algo sobre isso. Ele sorri, pensando que estou brincando com ele.

A noite está caindo. A conversa muda e no momento em que termino a sobremesa, está escuro. Eu olho para Jack do outro lado da mesa. Depois que ele cuida da conta, vamos dar uma caminhada ao longo da praia, perto da água. Quando estamos sozinhos, eu me inclino para ele. Jack envolve seus braços firmemente em torno de mim. Eu paro. Estamos longe o suficiente do restaurante que ninguém deve tropeçar em cima de nós.

Virando-me para Jack, eu olho em seus olhos.

- Eu quero fazer isso com você. Faça amor comigo, Jack. - Eu me inclino para a frente e pressiono meus lábios nos dele. Os olhos de Jack se abrem mais quando digo isso, como se ele não pudesse acreditar.

Seu corpo parece tensionar.

- Abby, você tem certeza? - Sua voz é muito alta, quando ele está nervoso.

Concordo com a cabeça.

- Eu quero ser tudo que você precisa. Eu não quero perder um segundo da minha vida pensando em mais nada. Eu sei que você quer isso e quero dar a você. Quero experimentá-lo, Jack. Por favor.

Seus olhos escurecem.


- Bem, quando você fala assim, como posso dizer não?

O ar da noite é quente e grosso. Eu sinto minhas roupas se aderirem a minha pele, e de repente minha saia parece muito quente, meu top muito apertado. Eu quero eles fora.

Jack me lê perfeitamente. Ele fecha o espaço entre nós e me beija nos lábios levemente, seus dentes mordendo meu lábio inferior. O contato é brusco. Ele faz meu coração disparar mais rápido. Nenhum de nós fala. Jack desliza as mãos sob a barra da minha blusa e esfrega seus polegares ao longo do cós da minha saia jeans. Ele me olha, lendo minhas expressões.

Eu me inclino para frente e mordo o lábio, como ele fez ao meu. Jack deixa escapar uma respiração lenta. Ele desliza suas mãos sob a camisa, à deriva até a cintura, e sentindo minhas curvas suaves. Quando Jack chega a meus ombros, ele pára e as mãos derivam para baixo dos meus lados novamente. O toque faz meu coração bater mais forte. Cada pensamento na minha cabeça flutuam para longe.

Jack dá um passo mais perto, fechando a distância minúscula entre nós. Suas mãos permanecem na pele na minha cintura quando ele mergulha a cabeça e eu sinto os dentes roçarem meu pescoço. Meus joelhos quase esmorecem na mordida inesperada. Eu pensei que ele ia me beijar.

Gostaria de saber se esta é a fantasia original ou se ele mudou ao longo dos anos. Minha cabeça cai para o lado com os beijos de Jack na minha garganta. Ele encontra o lugar que me faz derreter. Todos os pensamentos racionais que me restam morrem em meu cérebro. Eles caem como pedras e luxúria borbulha em seu lugar.


Eu pressiono meu corpo contra o dele, querendo ele mais perto, mas Jack dá um passo para trás. Respirando com dificuldade, ele segura minha camisa em suas mãos e começa a levantá-la. Ele move o tecido tão devagar, sentindo minha pele enquanto retira a camisa de cima de mim. Minha respiração pega na minha garganta. Os olhos de Jack estão presos nos meus. Seus lábios bonitos se partem quando ele respira e escurece o de desejo. Com um movimento suave, a camisa está sobre a minha cabeça e eu estou na praia, em uma saia e um sutiã.

Os olhos de Jack estão com fome. Ele olha para mim com uma expressão no rosto que me faz sentir mais animal do que mulher. Assusta e me excita ao mesmo tempo. Meu pulso dispara e ruge em meus ouvidos. Um arrepio passa sobre a minha pele quando os olhos de Jack passam por cima de mim. Eu percebo que estou prendendo a respiração, esperando que ele me toque.

Quando Jack chega para mim, ele me leva pela cintura, desliza a mão na frente da minha saia, e me puxa para ele. Eu suspiro quando batemos juntos. Suas mãos se movem sob o jeans, na parte de trás e ele sente a pele lisa sob minha calcinha.

O medo aperta-me outra vez e sinto a sua força total. Eu vou ficar nua, do lado de fora. Eu vou ter Jack empurrando para dentro de mim, onde qualquer pessoa pode ver. Cada centímetro de mim está excitado. Meus músculos vacilam, como se eu estivesse pronta para correr.

Sem dizer uma palavra, Jack me empurra de volta. Seus olhos caem sobre os meus enquanto suas mãos desabotoam minha saia. Tento respirar de forma constante, mas a forma como ele me observa torna difícil. O botão abre. Jack puxa minha saia, puxando-a para ele.


Ele cai de joelhos na areia. O rosto de Jack está na frente do zíper. Meu coração martela mais forte. Eu coloco minhas mãos em sua cabeça

e

enrolo

meus

dedos

em

seu

cabelo.

Eu

respiro

profundamente e sugo o ar da noite.

Jack lentamente abaixa o zíper. O tempo todo ele faz isso, eu me pergunto se nós vamos ser pegos. Quando suas mãos alcançam e puxam para baixo minha saia, eu mal posso respirar. Jack abaixa o jeans lentamente, ainda de joelhos diante de mim. Ele se inclina em minha calcinha quando são reveladas e pressiona o rosto nela, inalando profundamente. Eu chupo em uma respiração e enrolo o cabelo mais forte.

Eu não sei o que ele vai fazer e ele está me levando para a borda. Toda vez que Jack me toca, faíscas dispararam através de meu corpo. Calor se espalha através de mim de uma forma que não pode ser interrompido. Não importa o quanto eu temo - eu o quero. Eu quero que ele tire minha roupa. Eu quero o seu rosto entre as minhas

pernas.

Eu

suspiro

quando

ele

se

afasta

e

remove

completamente a minha saia, jogando-a de lado.

As

mãos

de

Jack

escorregam

em

minhas

pernas

nuas,

movendo-se lentamente através de minha pele e até minha pequena calcinha preta. Seus polegares fazem ganchos dos lados. Meu coração empurra dentro de mim quando ele puxa para baixo. Jogando minha cabeça para trás, eu suspiro e olho para as estrelas. Minhas mãos caem ao meu lado. Eu viro meus dedos para cima e, em seguida, estico-os na medida em que vou. Eu luto contra o desejo dentro de mim, deixando-o despir-me. O vento sopra entre as minhas pernas e eu posso sentir o quanto Jack me excita. Quando eu respiro, meus mamilos pressionam contra o meu sutiã. Eu quero suas mãos em mim. Quero Jack dentro de mim. Eu flexiono minhas mãos de novo


quando sinto a calcinha passar lentamente sobre meus quadris, e então meus joelhos, e, finalmente, eles caem em torno de meus tornozelos. Jack leva-os de mim e joga-os fora de vista. Não há volta.

Pernas se separaram, eu fico na frente de Jack, vestindo apenas um sutiã. Estou com muito medo de falar. Meu coração bate dentro de mim, e isso é tudo que eu posso fazer para segurar. Eu quero sua boca em mim. Eu quero que ele faça as coisas para mim, aqui e agora. O desejo me parece tão forte que é tudo o que posso fazer para controlá-lo. Jack tenta-me muito. Estou dentro de um fio de cabelo de sanidade quando ele se inclina para frente e eu sinto sua respiração me lavar. Toda vontade que eu tenho diz para agarrálo, mas não o faço. Eu quero deixar ele experimentar esta maneira que sonhou como seria.

Jack se inclina para perto, pressionando o rosto para o ponto entre as minhas pernas. Eu solto um gemido quando sinto o nariz contra a minha pele. Ele inala profundamente, permitindo que o meu perfume encha a sua cabeça. Então ele se levanta e olha para mim. Os olhos escuros de Jack viajam até o meu corpo, demorando-se em cada mergulho e curva, até que seu olhar recai sobre o meu sutiã. Dando um passo para mim com aqueles olhos escuros intensos, ele diz:

- Implore para mim.

Mal estou respirando. Antecipação está construindo dentro de mim, dominando o medo de ser descoberto. Olhando em seus olhos, eu respondo com as palavras que ele quer ouvir.

- Dispa-me, Jack. Por favor... - eu levanto a mão para tocar seu peito, mas Jack não me deixa.


Em vez disso ele pisa atrás de mim. Ele desliza suas mãos em volta da minha cintura nua e me puxa contra ele. Eu o sinto pressionar nas minhas costas. Oh Deus, ele está tão duro. Jack esfrega contra mim através de suas roupas. Minha cabeça cai para o lado quando soltei uma rajada de ar. A sensação de queda dentro de mim se expande e eu sinto que estou sendo engolida inteira. As sensações passam através de mim que me faz querer-lhe tão mal.

Eu tento tocá-lo, mas Jack bloqueia o braço e me mantém apertado. Suas mãos desviam sobre minha barriga e para baixo cada vez mais longe até que ele toca nesse ponto entre as minhas pernas. Ele acaricia-me uma vez, em seguida, novamente. O desejo cresce a cada segundo que ele me toca. Respiração de Jack lava sobre meu pescoço. A brisa quente se move entre as minhas pernas. A sensação me deixa louco. Eu estou perdendo minha mente. Eu não me importo onde estou ou o que estou fazendo. Eu o quero. Eu quero me contorcer contra ele, mas Jack não me solta.

- Jack! - eu imploro, dizendo seu nome.

Ele aperta os lábios em meu pescoço e encontra o local. Ele beija minha pele lentamente enquanto seus dedos trabalham sua mágica entre as minhas pernas. Quando meus joelhos começam a ceder, ele para. Suas mãos me soltam. Eu suspiro, querendo-o de volta. Eu quase viro, mas sinto as mãos em copo nos meus seios antes de deslizar lentamente em torno de minhas costas.

- Oh Jack, por favor. - Eu estou implorando-lhe para despir-me, e eu quero isso. Eu sei que ele ouve na minha voz.


O sutiã é retirado da minha pele e o joga na areia. Respirando com dificuldade, eu espero que ele me segure, mas ele não o faz. Jack dá passos e caminha na minha frente. Seus olhos me bebem, como se ele não pudesse acreditar que isso está acontecendo. Caminho em direção a Jack uma vez que ele olhou tanto tempo que eu não aguento mais um segundo. Eu tremo quando ele se inclina lentamente e pressiona seus lábios nos meus. Minhas mãos alcançam e emaranhado em seu cabelo deslizando as mãos de Jack sobre o meu corpo nu. Ele pressiona firmemente contra mim, deixando-me sentir seu corpo, duro e magro através de suas roupas.

Coloco minhas mãos sob a camisa. Eu não sei se ele quer que eu faça, mas eu faço isso de qualquer maneira. Jack deixa-me tirar a camisa dele. Ele está diante de mim em jeans com um belo peito nu. Eu aperto-me contra ele e olho em seus olhos. Jack sorri para mim. Quando eu chego em suas calças, suas mãos agarram meus pulsos, me parando.

- Não, Abby. Ainda não. - Flashes de decepção passam no meu rosto. Eu quero muito ele. Eu não posso acreditar que ele está me dizendo não, me fazendo esperar. Jack cai de joelhos e diz: - Venha aqui.

Meu coração martela dentro de mim. Dou um passo instável em direção a ele e depois outro.

- Mais perto. - ele ordena. Eu dou o passo final para que seu rosto fique no V das minhas pernas. Jack se inclina eu sinto sua língua ao longo da costura dos meus lábios inferiores. Eu suspiro, não esperava isso. Jack desliza sua língua ao longo da fenda e lambe duro. Sinto-o esfregar contra mim, lambendo de cima para baixo.


A resposta é imediata. Eu quero mais. Meus tornozelos se afastam e mergulho a cabeça de Jack entre as pernas. Olhando para cima, ele empurra sua língua e lambe-me com força. De repente, não consigo respirar. Meu corpo inteiro é calor e há chamas em cada lugar que Jack toca.

Quando meus joelhos fraquejam, Jack aproveita a oportunidade e me beija mais forte. Eu mal posso suportar. Eu sinto meus joelhos enfraquecem, mas não quero que ele pare. Meus olhos estão meio fechados, mas quando pisco e vejo onde eu estou, meu coração corre mais difícil. Isso está errado. Sexo é privado e Jack está fazendo amor comigo em público.

Os

pensamentos

desaparecem

quando

a

língua

de

Jack

empurra dentro de mim, mais e mais. Quando meus joelhos cedem, Jack me pega. Ele abaixa-me para a areia. Eu olho em seus olhos e vejo um olhar de pura satisfação. Jack sorri maliciosamente para mim e agarra meus tornozelos, puxando-os sobre a minha cabeça. Então seu rosto desaparece. Ele trabalha a sua magia entre as minhas pernas, chupando, mordiscando, e me beijando. Eu balanço meus quadris contra seu rosto, com a necessidade de encontrar alguma liberação, mas Jack só me provoca mais.

Cada centímetro do meu corpo está em chamas. Eu agarro na areia, frustrada com o ritmo provocante sua língua. Quando vejo o rosto de Jack novamente, ele está radiante. Ele sabe exatamente o que fez para mim. Jack rapidamente se separa e antes que eu possa pedir-lhe alguma coisa, ele está ajoelhado sobre o meu rosto, pressionando seu comprimento bonito nos meus lábios.

- Chupa, Abby.


Meu corpo treme em suas palavras. Abro a boca e levo-o dentro. Jack suspira enquanto ele empurra mais profundo em minha boca. Eu quero engoli-lo inteiro. Minhas pernas desmoronam quando meus quadris movem-se contra o nada. Eu amo tanto Jack. Eu adoro fazer amor com ele. Não há nada que possa me parar agora. Eu não me importo onde a areia está ou quem está assistindo. Eu não posso parar. Eu preciso dele como eu preciso de ar.

O eixo quente de Jack veio em minha boca uma e outra vez, cada vez mais longe empurrando. Indeciso sobre meu rosto. Eu chego para ele e cavo minhas unhas em seus quadris, empurrando-o mais dentro da minha boca. Eu chupo em uma respiração afiada e levo-o todo o caminho dentro, minha boca se fecha em torno de sua base. Jack suspira, felizmente, e prende-o lá por um momento, enquanto minha língua trabalha sobre o resto do corpo. Jack puxa lentamente, e quando ele olha para mim, há um enorme sorriso no rosto.

- Você é tão incrivelmente boa nisso.

Lambendo meus lábios, eu digo:

- Eu quero mais. - Jack sorri para mim, mas balança a cabeça.

Suas mãos mergulham entre minhas pernas quando ele fala comigo. Sua voz é rica me elogiando, dizendo-me como sexy e bonita que sou, mas eu não consigo focar. A bobina apertada dentro de mim está em chamas. Eu tento muito para não perdê-lo quando a mão de Jack me toca da maneira certa. Pressionando meus olhos fechados apertados, eu olho para longe de seu rosto. Eu aperto, retendo o orgasmo que quer filmar através de mim.


Jack me olha, e mergulha sua cabeça ao meu peito. Seu hálito quente flui sobre a minha pele, quase desfazendo de mim. Jack está sorrindo agora.

- Venha para mim, querida.

Eu balancei minha cabeça. Eu quero ir com ele, mas Jack tem outros planos. Seus lábios encontram o meu mamilo. Meu corpo rebela-se e eu sentir a pulsação lenta dentro de mim. A mão de Jack como uma rocha em meus quadris e ele desliza outro dedo em mim. Eu empurro com mais força contra ele, o que faz com que seus beijos crescerem mais exigentes. Ele toma meu peito sensível entre os dentes e gentilmente reboca a pele esticada. Meu corpo responde e eu choro, batendo meus quadris em sua mão. Jack empurra sua mão em mim uma e outra vez, até que meus movimentos ficam lentos, até a palpitação voltar. Abro os olhos e olho para ele. Eu ainda sinto seus dedos dentro de mim.

- Olá, amor. - diz Jack, com sua voz profunda e sensual.

Eu sorrio para ele.

- Eu não queria...

- Shhh, eu quis assim. - Jack move sua mão lentamente, e começa a balançar em mim suavemente. Tudo parece tão sensível. Seus dedos se movem suavemente dentro de mim, pressionando-me mais e mais. Os olhos de Jack assistem o meu como ele o faz. Eu me pergunto o que ele vê. Eu me pergunto se ele sabe o quanto eu o amo, o quanto o quero.


Mergulha a cabeça para meu peito novamente e Jack trabalha comigo em outro frenesi. Eu não posso acreditar o quão rapidamente ele o faz. Estou forçando, pressionando meus quadris contra sua mão e meu peito contra sua boca, mas ele não me satisfaz neste momento. Em vez disso, cresce a necessidade mais profunda e mais carnal.

Só posso focar em uma coisa. Eu chego para Jack e sinto o quanto ele está na minha mão. Jack geme quando eu deslizo minha mão sobre seu comprimento duro, segurando-o com força. Seus lábios levantam do meu peito, liberando-o. A brisa morna é boa sob minha pele. Jack observa-me esperando por ele. Eu passo a mão sobre ele, sentindo o quanto ele é, querendo-o dentro de mim.

Jack vê a escuridão em meus olhos e se inclina para trás. Um sorriso se forma em sua boca. Jack se coloca de volta na areia e coloca-se sobre um cotovelo para assistir.

Com o coração batendo forte, eu rastejo em direção a ele e levo-o em minha boca. Eu não posso resistir. Eu levo-o de uma vez, duas vezes, e na terceira vez, eu deslizo minha boca para baixo em todo seu eixo. Os olhos de Jack fecham quando eu faço isso, mas ele rapidamente obriga-os abrir. Ele me olha quando eu o seguro lá, sugando o seu comprimento.

O momento me desperta tanto. Eu sinto o pulsar no meu lugar entre as pernas, e sei que o quero lá. Eu me afasto e passo para subir nele, mas Jack me para. Ele se levanta e me leva para a água. Seus olhos azuis estão cheios de luxúria quando ele me puxa com ele. A água lava a areia presa a nossas pernas como nós vamos mais fundo e mais profundo.


Jack para quando a água está no meu peito. Ele levanta-me para seus quadris. Eu envolvo as minhas pernas em torno de sua cintura quando ele empurra para dentro de mim. Eu suspiro e bloqueio meus tornozelos em torno dele. Jack me mantém, agarando minha bunda com força. Eu inclino meus quadris para levá-lo todo o caminho para dentro. Ele se sente perfeito. Estou tão perdida no momento, com ele eu me perco. Jack se move comigo, nós somos um. Eu já não sei onde eu termino e Jack começa. Nós nos movemos juntos...

Inclino a cabeça para trás e olho para o céu. Eu vejo as estrelas piscarem quando Jack empurra para dentro de mim uma e outra vez. Quando eu não aguento mais, tranco minhas pernas em volta dele o mais apertado possível. Jack sabe o que eu quero e ele dá para mim. Empurrando tão forte e rápido quanto ele pode, Jack bombeia em mim. Seu corpo bate contra o meu, me fazendo divinamente quente. Cada centímetro de mim tremendo.

Eu libero os ombros e deito sobre o oceano observando meus seios saltarem enquanto Jack empurra uma e outra vez. Eu venho rápido forte, apertando os meus seios quando faço isso. Jack bate em mim mais e mais forte, quando o pulsar começa. Não há como parálo. Esta é a sua fantasia e eu estou compartilhando com ele. Ele bate em mim, até que ele não pode segurar. Jack detém meus quadris apertados, acalmando meus quadris balançando contra ele enquanto ele encontra a sua libertação. Eu fecho meus olhos, saboreando a sensação, saboreando Jack.

Ofegante, eu sento fora da água. Colocando as mãos em seus ombros, eu pergunto:

- Foi tudo o que você esperava que fosse?


- Tudo isso e muito mais. O que você achou? - Meu rosto fica quente. Eu não sei como, mas Jack percebe. - Você está corando? Ele agrada-me gentilmente e eu aceno.

- Eu gostei, Jack, muito. - Ele me segura em seus braços e me beija duro.

O momento é gravado na minha memória em detalhes vívidos e eu amei cada segundo dela.


Capítulo 38 JACK

Quando chegamos em casa, Abby parece muito melhor. Jack disse a ela que sempre haveria manifestantes, que sempre haveria pessoas que não gostaram de seu trabalho e tudo o que ele representava. Abby compreendeu, mas ela não tinha percebido que seria uma coisa contínua. Toda vez que o nome de Jack surge a coisa toda toma vida e o ciclo se repete, como foi em cada mostra no passado. Mas agora as coisas são diferentes. Com Abby ao seu lado, as palavras não machucam tão profundo.

Algumas semanas passam e como Jack pintou, e Abby parece despertar de volta à vida. Aquele pedaço de que ela tinha se escondido está surgindo de novo e Jack não pode esperar para ver o que acontece. Abby desaparece por horas durante o dia, geralmente com Kate no reboque. Jack não tem ideia do que elas estão fazendo, e ele não quer perguntar. Coisas frágeis como esperança precisam de espaço para crescer.

Uma manhã, de segunda-feira, Abby pega Jack pela mão, puxando-o para o carro.

- Há algo que quero te mostrar.

Jack sorri para ela.

- Você quer dizer a coisa que você e Kate foram trabalhar? O algo que eu não deveria saber? - Sua voz é leve e provocante. Ele


para de andar e toma-a em seus braços, sorrindo. O vento apanha o cabelo dela e Jack enfia os fios de fogo atrás da orelha. Abby esvazia. Seus olhos baixos para o chão, para seus sapatos. É como se toda a emoção fosse lavada. Jack poderia chutar a si mesmo por dizer. Rapidamente, ele acrescenta: - Eu não tenho ideia do que você está fazendo realmente, Sra. Gray. Eu só gosto de fingir que faço. Levanta o queixo, Abby olha nos olhos dele, tentando dizer se ele está sendo honesto com ela.

Depois de um momento, ela ri.

- Você tem que parar de fazer isso comigo. Passei as últimas semanas definindo tudo. Eu queria que fosse uma surpresa.

Jack faz cócegas de leve, só para vê-la sorrir novamente antes de tomar sua mão e segui-la até o carro. Quando ele fica no banco do passageiro, ele vê uma venda no painel. Ele levanta-o e perguntalhe:

- Você está planejando algo bizarro?

Abby cora. Ela dá um tapa em seu braço e liga o carro.

- Não desta vez. Agora, coloque-o e pare de mexer comigo. Estou muito nervosa com isso. Eu tenho medo que você não vai gostar.

Jack olha para sua esposa. Ela tem esperança em seus olhos novamente. Ele pode vê-lo. Não importa o que isso é, ele sabe que é importante para ela.


- Eu tenho certeza que vou adorar. - Ele amarra a venda e o carro cambaleia para frente. O coração de Jack martela um pouco enquanto eles dirigem. Abby está estranhamente silenciosa.

Quando o carro para, Abby dá a volta e o pega pelas mãos. Ela leva-o do carro. Jack pode sentir os cascalhos sob seus pés e uma brisa fresca no rosto. Ele pode sentir a respiração de Abby em seu pescoço. Ela deve estar na ponta dos pés atrás dele.

Mãos de Abby tocam seus ombros delicadamente.

- Eu estive pensando sobre o que fazer a seguir, Jack. A razão pela qual fui para o seminário, em primeiro lugar foi para que eu pudesse ajudar as pessoas. Eu queria fazer a diferença. Eu acho que posso fazer a diferença aqui. Eu acho que posso fazer algo bom. Basta dar um tempo antes de dizer qualquer coisa. - Há um ligeiro tremor em sua voz, como se ela estivesse com medo do que ele vai pensar.

Quando as mãos de Abby levam a venda de seus olhos, a mandíbula

de

Jack

cai.

Eles

estão

de

no

meio

de

um

estacionamento com os restos de um armazém em ruínas. O edifício de metal é de um amarelo desbotado com umas janelas quebradas. Uma placa está pendurado a esmo sobre a entrada da frente. Parece que

ele

foi

abandonado

por

anos.

Tábuas

preenchem

o

estacionamento, abrindo caminho através do que restou do asfalto. O edifício é provavelmente condenado.

Jack não entende. Ele não pode ver o que Abby viu aqui. Tomando-a pelas mãos, ela puxa de volta na frente dele. Ela parece tão bonita quando está nervosa. Abby suga seu lábio inferior em sua boca e olha para ele com grandes olhos verdes. Jack diz gentilmente:


- Você tem que me dar um pouco mais informações, linda. Eu não tenho ideia do que você vê neste lugar. Eu só espero que você não queira viver aqui.

Abby ri e sorri duro.

- Não, eu não quero viver aqui, mas quero este lugar. - Ela se vira para a construção de novo e diz: - Seria perfeito. Ninguém mais quer e está em um local ruim para quase tudo...

- Exceto para o que você quer fazer? - Jack pergunta.

Abby concorda. Ela torce as mãos e olha para o edifício, enquanto ela fala.

- Eu quero fazer algo para ajudar os pobres. Eu decidi que a melhor forma de inspirar os outros é praticar o que eu prego. Este edifício é perfeito. Ainda há dentro prateleiras de metal. Não é muito grande, e não muito pequeno. E não há nada mais ao redor. É como um pequeno oásis. - Suspira olhando para ele.

Jack ainda não pode ver o que ela vê. Ele desliza suas mãos ao redor de sua cintura e se inclina o queixo na parte de trás de seu ombro.

- Fale mais. O que você quer fazer aqui?

Olhando para frente, Abby pinta-lhe uma imagem de seus sonhos. Abby sorri enquanto diz isso, suas mãos movendo-se através do ar enquanto ela aponta e explica.


- Seria um lugar para obter alimentos, roupas e cobertores. No outono, quando as escolas começam, é difícil chegar com o dinheiro para tênis, mochilas e jeans, você sabe, o tipo de coisa que tínhamos. Eu gostaria de estocar esse tipo de coisas, junto com os nãoperecíveis, casacos e cobertores para o inverno. Há um monte de crianças

sem.

Seria

uma

estação

de

doação

especificamente

destinado a ajudar famílias pobres com filhos, para que eles possam obter as coisas que precisam. Eu não quero esperar por alguém para fazer isso. Eu pensei que se esperar que as pessoas fazem coisas como essas, eu também deveria fazer isso. Há tantas crianças que não têm as necessidades básicas para sobressaírem. Eu quero darlhes isso, quero dar a eles a chance de sucesso. - Ela aperta os lábios e olha o barraco como se fosse uma mansão. Sua visão é tão clara, tão cheio de coração. O jeito que ela está ali olhando, faz a sua decisão fácil.

Jack diz no ouvido dela:

- Parece maravilhoso. Fale mais.

Abby tem uma respiração profunda e entra em mais detalhes sobre o armazém e as atividades diárias de localização de doadores e famílias em necessidade. Ela pensou em tudo. A estrada não está em uma localização privilegiada, mas ela já encontrou um meio de entregar as mercadorias para as famílias. Ela tem fila de doadores para ajudá-la a começar. Quando Jack a ouve falar, ele sabe que a parte dela que estava quebrado está consertando. Ela está animada de novo, esperançosa.

- Isso é o que estava faltando. - diz Jack, mas Abby não entende. Ela se vira e olha para o rosto dele. Tomando suas mãos, ele sorri. - Esta é a única coisa que eu não poderia lhe dar, a única


coisa que completa quem você é, tanto quanto a pintura me completa. Eu não a vi assim desde que éramos crianças, Abby. Você tem aquele brilho no olhar de novo, aquela a luz que me atrai e me faz acreditar que uma pessoa pode fazer a diferença, porque você faz a diferença. Você começou comigo, e sei que você vai fazer muito mais. - Ele olha seu passado no buraco em frente a ele. - Quando você olha para este lugar, seu rosto se ilumina. É como se você já pudesse vê-lo. Eu quero isso para você. Diga-me com quem é preciso conversar, Abby, e está feito.

Ela sorri dá o sorriso mais bonito e torto que ele já viu. É doce e feminina, quando seus olhos varrem para o lado.

- Você não tem que comprá-lo, Jack. É meu, se eu quiser. Kate falou com o proprietário em doá-lo. Ele disse que era uma chaga sobre o seu negócio e estava realmente feliz por se livrar dele. Eu só queria ver o que você achava primeiro. Se eu fizer isso, significa que não vou estar no estúdio o dia todo. Isso significa que eu estaria trabalhando de graça, aqui. - Os olhos de Abby procuraram o seu, quando ela prende a respiração, à espera de sua resposta.

- Não há um dia que passa que não estou completamente maravilhado com você. Você pensa com seu coração, e você tem uma mente tão brilhante, que pode ver como executar este lugar perfeitamente. Tudo o que vejo é um edifício quebrado, mas você vê muito mais. Você faz o mesmo com as pessoas, também. Fachadas quebradas não são tudo. - Abby está sorrindo mais e mais difícil, mas quando Jack fala, seu olhar cai no chão, como se ela não pode dar seus cumprimentos. Ele levanta o queixo. Quando ela olha em seus olhos, ele diz: - Sim, eu gostaria de vê-la fazer isso, mas há uma condição.


- Qual?

- Eu quero ajudar. Eu quero ser uma parte disso. Eu quero aprender a ver as coisas como você os vê, a Sra. Gray. - Suas mãos estão em seu cabelo. Jack puxa a boca para a sua e a beija. Quando eles se separam, há lágrimas em seus olhos.

Abby sorri muito e aperta as mãos animadamente. Ela grita e lsegura suas mãos.

- Sério?

- Verdade. - Jack disse, puxando-a para perto de seu peito. Ele fecha os olhos e prende-a com força. A vida é feita de pequenos momentos como este. Estes são os momentos em que o mundo para e tempo fica suspenso por um momento enquanto a vida se conecta a outra.

Quando Abby se afasta, ela tem uma expressão no rosto que ele não tinha visto antes. Ela aperta os lábios apertados e sorri para ele.

- Há uma outra surpresa, Sr. Gray. - Ela está radiante, mas parte dos lábios não se abrem e as palavras não saem.

Os olhos de Jack não deixam os dela.

- O que é? Existe um urso de circo ai dentro?

Ela balança a cabeça.

- Não. - ela ri. - Venha aqui e eu vou lhe mostrar.


Jack segue se perguntando o que poderia fazê-la sorrir assim. Ela pega as chaves e caminha ao redor da saliência quebrada. Jack segue seu interior. Não

luzes acesas, mas ele pode ver

perfeitamente através das janelas quebradas. Raios de luz através do corte da sala escura. Ele já foi varrido e o chão de azulejos está limpo. Há, no centro do quarto vago, um berço branco. Babados de renda fazem uma saia longa que vai até o chão.

Jack olha para ele, ali de pé sozinho. Seu coração pula em sua garganta. Parece que suas costelas vão ser esmagadas por uma força invisível. Jack volta para Abby com seu pulso batendo e uma expressão de choque no rosto.

- Nós vamos ter um bebê?


Capítulo 39 ABBY

Concordo com a cabeça. Borboletas enchem meu estômago. Eu não sabia como dizer a ele ou quando. Foi ideia de Kate empurrá-lo para o território de ataque do coração duas vezes no mesmo dia. Eu estupidamente concordei com ela. Por um momento, eu acho que ele vai ficar louco. Nós mal tínhamos tempo juntos. Nós ainda somos recém-casados que tentam descobrir o que queremos da nossa vida juntos.

Eu torço minhas mãos nervosamente assistindo Jack por sua vez, em câmera lenta. Ele está em um eixo da vida que brilha através da janela quebrada. Seu cabelo tem um halo dourado, como se ele fosse um anjo. Jack caminha em minha direção, os olhos fixos nos meus. Meu coração bate mais forte. Por que ele não diz nada? Eu esperava um sorriso ou um suspiro, não isto.

Jack para em frente de mim. Ele toma o meu rosto entre as mãos e olha nos meus olhos. Cada centímetro do seu corpo está tenso com a emoção. Eu tenho medo de respirar.

- Você tem certeza? - Ele olha para mim, olhando nos meus olhos como se isto não pudesse estar acontecendo. Eu não posso ler seu rosto. É como se suas emoções estivessem em um curto-circuito. A única coisa que vejo são os intensos olhos de safira.

Meu pulso está mais rápido. Concordo com a cabeça e pressiono meus lábios.


- Sim, sem dúvida. - Eu espero que ele fique chateado da maneira como ele age, mas o maior sorriso que eu já vi ilumina seu rosto. Ele atinge os olhos em um flash e ele ri a risada mais bonita que já ouvi.

Jack segura meu rosto e pressiona a testa contra a minha. Meu coração pula. Ele me pega e gira em torno de mim. Eu me apego a ele, quando ele gira-me em seus braços. Quando Jack me coloca de novo, ele diz:

- Isso é muito melhor do que um urso de circo! - Ele toma o meu rosto e me beija forte.

Eu rio enquanto lágrimas caem pelo meu rosto. Eu tenho sido um tal acidente, exausta nervosa para as últimas semanas. Agora eu sei por que.

- Você está feliz?

- Deus, sim! Estou em êxtase. Eu estou sorrindo tão difícil que meu rosto dói. Há quanto tempo você sabe? - Ele segura minhas mãos e me olha.

- Eu descobri ontem. Kate limpou o chão para mim. Eu não lhe disse o motivo. Então, esta manhã, tive tempo apenas o suficiente para colocar o berço aqui e voltar antes de você notar. - Eu olho para ele sob meus cílios. - Mas acho que você reparou que desapareci, não é?

- Sim, mas eu não tinha ideia do que estava fazendo.


Olho em volta do edifício e depois de volta para Jack.

- Eu deveria ter alugado um urso. Isso teria sido incrível.

Jack ri tanto que seu corpo inteiro treme. Então, ele me leva em seus braços novamente e beija meus lábios animadamente.

- Eu te amo tanto. Eu não poderia ter pedido melhor notícia. Minha esposa está grávida e ela possui o mais feio prédio que eu já vi. É um começo perfeito, Sra. Gray.

Jack puxa-me em seus braços e me mantém apertado. Um ano atrás, eu não tinha ideia do que iria realizar o meu futuro. Agora, hoje, eu sei que ele tem mais amor do que eu esperava.


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SEGREDOS

Por H.M. Ward


PRÓLOGO

Todo mundo tem um segredo.

Algumas pessoas vão fazer de tudo para protegê-lo.

Eu estou praticamente tonta de emoção como esse sonho está ao alcance. Eu estou sentada em frente de Sophia Sottero. Ela é um fotógrafa de casamento incrível para as famílias ricas de Nova York. Em poucas palavras, ela é tudo que eu quero ser, e conhecê-la na carne é tão avassaladora Eu mal posso me conter. Eu tento não se contorcer na cadeira enquanto seu olhar desliza sobre o meu currículo.

Sophia tem seus quarenta e poucos anos, com cabelo preto que é suavizada em um coque elegante na base de seu pescoço. Um terno, magro negro mostra sua figura perfeitamente e faz seu olhar real ao mesmo tempo. Eu seguro minhas mãos no meu colo, tentando não incomodar. O sorriso que as linhas de meus lábios é fazer o meu rosto machucado, mas eu não posso parar. Uma pequena voz dentro de guinchos minha mente com entusiasmo.

Sophia olhares para mim.

- Diga-me, Senhorita Lamore, por que você quer trabalhar em Sottero?

Radiante, eu respondo.

- Sottero é o estúdio de fotografia de maior prestígio em Nova York. O estilo de seus atiradores atingir é de tirar o fôlego. - Minha mão agarra o meu coração acelerado. É verdade. E com todas as


fibras do meu ser, eu quero aprender o que ela sabe. - Tudo sobre o seu estúdio me faz querer ser uma parte dela. Não é só a reputação em alta, mas também o que você faz para a noiva de todos e cada um que vem aqui.

- E o que é isso?

- Você faz sentir como a mulher mais bonita vivo. Para o dia inteiro, cada noiva sabe que ela é impecável. Você não apenas darlhes fotografias, Sra. Sottero, você captura seus sonhos e congelá-los no tempo. É preciso coração e habilidade para fazer algo como isso, que é por isso que eu gostaria de ter o meu estágio aqui.

Olhar de Sophia reduz ao meu currículo que eu estou falando. Quando eu terminar de falar, seus olhos escuros levantar para atender o meu.

- Posso perguntar onde mais você é aplicada?

Normalmente eu iria descobrir uma maneira de se esquivar a essa pergunta, mas eu quero que este trabalho tanto. Eu sorrio com calma e dizer a verdade.

- Couture e Le Femme.

Uma sobrancelha levanta quando eu digo Le Femme. Ela coloca os meus papéis sobre a mesa e se inclina para frente.

- Le Femme? Sério? O que na terra fez você aplicar lá?

- A Universidade exige um mínimo de três entrevistas, e que devemos diversificar as posições que estamos olhando. Eles acham


que nos dá uma melhor pé de pós-graduação. - Eu praticava essa resposta antes de eu chegar. Quem achar que eu tenho uma entrevista em Le Femme não vai me levar a sério. É uma praga em um currículo impecável e uma média excelente ponto de grau.

Sophia inclina a cabeça, como que é a coisa mais ridícula que ela já ouviu. Ela aponta um prego perfeitamente cuidados na área de trabalho brilhante.

- Ouça, Anna. Deixe-me fazer-lhe um favor. Eu percebo o tipo de aros que você tem que saltar através de obter o seu diploma, e a entrevista em Le Femme é apenas um desperdício de tempo. Cole Stevens é chaga sobre a indústria. Seu trabalho é lixo, e qualquer fotógrafo jovem aspirante deve dirigir claramente dele. Eu sei que é um mal necessário, então eu vou dizer-lhe como terminar a entrevista rápida e fácil. Vá lá e agir confiante a ponto de arrogante. Vestir algo que você nunca deve vestir para uma entrevista e eles vão mostrar-lhe a porta antes mesmo de se sentar... A não ser? - Ela permite que a questão pairam no ar.

- A não ser o quê?

- A menos que você quer trabalhar para Cole Stevens. - Sophia diz com desgosto, como ela se inclina para trás em sua cadeira. Embora ela está tentando esconder isso, Sophia se tornou tensa desde que começamos a falar de Le Femme. Eu não posso dizer se ela odeia o que o estúdio faz, ou se é mais pessoal do que isso. Ela me olha por um momento, levando-se em minha reação.

Visivelmente arrepio quando ela sugere uma coisa dessas.


- Eu não tenho nenhuma intenção de trabalhar para Cole Stevens, Sra. Sottero. Essa entrevista é um meio para um fim. Eu quero que o estágio aqui com Sottero. Eu vou ser o melhor estagiário que você já teve, porque eu quero estar aqui.

- É um sonho?

- É mais do que um sonho. - eu digo inclinando-se na minha cadeira. - Sottero é o lugar onde os sonhos e a realidade se chocam. E de alguma forma você descobriu como capturar aqueles momentos em fotografias que são muito impressionante para palavras. Perdoeme por ser franco, Sra. Sottero, mas eu admiro o seu trabalho, o seu estúdio,

e

tudo

que

você

representa.

Se

me

fosse

dada

a

oportunidade de aprender com você sei que me daria uma posição segura em uma indústria difícil.

Falamos um pouco mais. Eu não atrapalho nada. Sophia parece realmente gostar de mim. Enquanto ela me encaminha, a mulher mais velha aperta minha mão e diz:

- Eu acho que você vai fazer bem aqui senhorita Lamore. Contate-me depois de sua entrevista com Le Femme e vamos ver o que podemos dar certo.

Um sorriso se espalha em toda a minha cara. Eu apertar sua mão muito longo e muito duro, mas eu não me importo. Meu emprego dos sonhos está sentado na palma da minha mão. A única coisa que resta a fazer é terminar com Le Femme para satisfazer as necessidades da Universidade e então eu vou ter um estágio na Sottero!


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