C A PÍ T U L O I I I
DE N T RO D O L A R T E M P OR Á R IO PA R A M U L H E R E S
E
stava prestes a começar minha vida como Nellie Brown, a louca. Ainda caminhando em direção ao lar temporário, tentei assumir o olhar sonhador que as donzelas têm nas gravuras. Expressões “alheias” dão uma aparência de loucura. Passei pelo pequeno quintal pavimentado até a entrada do lar. Puxei o sino, que soou tão alto quanto um carrilhão de igreja, e esperei nervosamente a abertura da porta do local de onde eu pretendia que logo me expulsassem e me deixassem à mercê da polícia. A porta foi escancarada, e uma garota baixa, de cabelos amarelos, com uns treze verões, colocou-se diante de mim. — A matrona está? — perguntei com uma voz fraca.
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