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Início das provações na vida de Isabella

até Ele “e contando-Lhe tudo — e perguntando-Lhe se achava certo” e implorando a Ele para protegê-la de seus opressores. Ela sempre rogava, com uma fé inquebrantável, que só lhe fosse dado aquilo que houvesse pedido. “E agora”, diz, “ainda que pareça curioso, não me lembro de ter pedido nada que não fosse o que recebi”. E sempre recebia em resposta às minhas orações. Quando era espancada, não sabia com antecedência para orar de antemão, e sempre pensei que se tivesse tido tempo de orar a Deus por ajuda escaparia do espancamento. Ela não fazia ideia de que Deus podia alcançar seus pensamentos, e acreditava que Ele só a ouviria em suas orações se fossem ditas em voz alta. E, consequentemente, ela não podia orar a menos que tivesse tempo e oportunidade de fazer do jeito dela, num lugar onde pudesse conversar com Deus sem ser ouvida por ninguém.

AS PROVAÇÕES CONTINUAM

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Enquanto esteve por vários meses com o senhor Nealy, Isabella implorava a Deus encarecidamente que lhe enviasse seu pai. Assim que começou a orar, começou a sentir confiança de que ele viria. Não demorou muito e, para sua grande alegria, ele chegou. Ela não teve oportunidade de falar sobre os problemas que pesavam tanto em sua alma, enquanto permaneceu com ela; mas quando ele partiu, Isabella o seguiu até o portão e desabafou com o coração, perguntando se ele não podia fazer algo para lhe dar um novo lar e um lugar melhor. Dessa maneira, os escravos frequentemente se ajudam, verificando quem são aqueles comparativamente mais gentis com os cativos, e então usam sua influência para conseguir que estes contratem ou adquiram seus amigos; e os senhores, muitas vezes, pela política ou pela humanidade latente, permitem que aqueles que estão prestes a serem vendidos ou a partir esco-

lham para onde vão, desde que os novos proprietários sejam bons pagadores. Ele prometeu fazer tudo o que podia, e se separaram. E então, todos os dias, enquanto a neve durava (pois havia neve no chão na época), ela voltava ao local onde se separaram e, seguindo os rastros que seu pai havia feito na neve, repetia sua oração que Deus ajudaria seu pai a levá-la a um lugar novo e melhor. Ainda não havia se passado muito tempo, quando um pescador chamado Scriver apareceu na casa do senhor Nealy e perguntou a Isabella se ela gostaria de ir morar com ele. Ela respondeu ansiosamente “sim” e não tenho dúvida de que foi enviado em resposta a suas orações. Ela logo foi embora com ele, ela a pé; ele, a cavalo. Ele a comprou por sugestão do pai, pagando cento e cinco dólares. Também morava no Condado de Ulster, a cerca de quatro ou cinco milhas do senhor Nealy.

Scriver, além de pescador, mantinha uma taberna para acomodar pessoas de sua classe — era de uma família rude e sem instrução, extremamente profana no modo de falar, mas, no geral, uma pessoa honesta, gentil e bem-disposta.

Possuíam uma grande fazenda, mas a deixavam totalmente abandonada; dando mais atenção às suas ocupações como pescadores e estalajadeiros. Isabella declara que mal pode descrever o tipo de vida que levava com eles: era um tipo de vida selvagem e ao ar livre. Ela costumava carregar peixe, ceifar milho, trazer raízes e ervas da floresta para as cervejas, ir à

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