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O futebol de curitiba
O futebol de Curitiba nos últimos dez anos
Retrato de rivalidades mais intensas do que as possíveis grandiosidades dos times em questão, o Trio de Ferro de Curitiba é composto por Athletico Paranaense, Coritiba e Paraná Clube
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Helena Sbrissia
Um dos grandes problemas das equipes do futebol brasileiro são as péssimas gestões e a falta de planejamento. No Paraná não poderia ser diferente.
Dentre os três times, apenas o Athletico Paranaense parece ter sabido como tirar proveito de fases de glória que o time passava para construir algo ainda maior.
Fortalecimento de marca e a característica de ser contra tudo e contra todos do presidente Mário Celso Petraglia foram o que o clube precisava para desatar as amarras que deixavam que o futebol do Paraná despontasse em campeonatos de renome nacional e internacional apenas de vez em nunca.
Já o Coritiba, com uma história igualmente gloriosa, enfrenta problemas de gestão, que troca a cada três anos. Essa rotatividade permite que presidentes como Bacellar gastem todo o orçamento do clube e, mesmo assim, deixem o time cair para a Série B do Brasileirão.
A história curta do Paraná Clube, por outro lado, traz um problema financeiro muito maior, em que a renda necessária para grandes avanços não chega porque a elite do futebol nacional já está consolidada demais para times que passam 10 anos na série B.
Os dois últimos times enfrentam problemas graves de contratação, em que jogadores baratos são adicionados ao clube para se encostar e ganhar o salário de maneira fácil — o que faz com que as administrações de Coxa e Paraná precisem correr atrás de outros profissionais (se é que podem ser chamados assim). Quando esses mesmos jogadores são vendidos, o preço é de banana.
Para o Athletico, o problema é outro. A construção de um estádio nível Copa do Mundo elitizou ainda mais o clube que sempre teve essa pegada, afastando o torcedor baixa-renda do estádio com preços de ingresso exorbitantes e um sócio que tiraria comida da mesa de quem ganha apenas um salário mínimo.
O que se cria é um espetáculo pouco atraente, apesar das grandes torcidas de Athletico e Coritiba. Nunca dois times são vistos ocupando posições igualmente gloriosas ou pelo menos um pouco parecidas.
Isso desvaloriza absurdamente o futebol da capital do Paraná pela falta da rivalidade interna — que fica muito por conta da torcida e pouco por conta dos times em campo.
O time do futuro
Nacional
Campeonato paranaense (4x)
Copa do Brasil (1x) Os campeonatos nacionais e internacionais conquistados pelos rubro-negros marcaram a história do estado de um jeito que nenhum coxa-branca ou paranista jamais gostaria de sonhar. Ou melhor, talvez nem mesmo os próprios torcedores imaginassem que isso aconteceria. Em 2019 o Athletico atingiu a incrível marca de 25 mil sócios. Petraglia, o presidente do conselho deliberativo do clube, trabalha em função do time desde 1995, e é o principal nome convocado quando se fala na bela fase em que o rubro-negro está.
2009 2016 2018 2019 2019
Internacional
Copa Sul-Americana (1x)
2018
O time do passado
Nacional
Campeonato paranaense (5x) Aquele marcado por algumas glórias e muitos quases. O último campeonato brasileiro foi conquistado 34 anos atrás, e é lembrado anualmente pelos torcedores com muita emoção, saudosismo, e possivelmente com certo exagero. Entre 2017 e 2019 o time sofre por o que pode ser considerado sua pior fase. Após ser rebaixado para a Série B, feito que tinha conquistado em 2009, ano de seu centenário, o Coxa também perde o maior ídolo da história do clube no início de 2019. Isso despertou os torcedores expressivamente, fazendo o clube bater a marca de 20 mil sócios, apenas cinco mil a menos que o maior rival, com a diferença de um campeonato nacional e um internacional.
2010 2011 2012 2013 2017
Internacional
Mais vitorioso do mundo
2011
O Paraná Clube fica de fora do quadro informativo porque subir para a série A não é conquista, é obrigação!