ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
11 DOMINGO, 12.03.2023
R$ 3.60
ISSN 1679-0189
Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista
Reunião musical
Músicos Batistas do Planalto Central participam de encontro
Evangelismo no Carnaval
Igreja em São Paulo promove 15ª edição de ação evangelística
Espaço para vocacionados
Seminário do Sul inicia processo para criação de polo
Fim de um ciclo
Pr. da IB do Barro Preto (MG) conclui 38 anos de ministério
ANO CXXII
EDIÇÃO
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Quem é a Junta de Missões Mundiais
Missões Mundiais é a organização missionária da Convenção Batista Brasileira para os povos estrangeiros, presente em 79 países com 1.914 missionários, segundo relatório de outubro a dezembro de 2021 enviado em 15 de fevereiro de 2022 à CBB. Fundada em 1907, sua atuação consiste na expansão do trabalho missionário além das fronteiras do Brasil, no despertamento e preparo de vocacionados para missões, dentre muitas outras ações que contribuem para a proclamação do Evangelho no mundo. O objetivo é le-
var o amor de Deus aos povos através de ações pensadas de acordo com as necessidades de cada país. Desde as últimas décadas, Missões Mundiais tem adotado estratégias para alcançar países fechados à pregação do Evangelho, especialmente na Janela 10/40, onde se concentram as nações menos evangelizadas. Para isso, temos um plano de metas que regula e norteia o avanço missionário no mundo. O objetivo do trabalho missionário é que todos os povos sejam alcançados e transformados pela mensagem do amor de Deus.
Missão: fazer discípulos em todos os povos e lugares não alcançados.
Visão: mobilizar a Igreja para conectar pessoas a Jesus, transformar comunidades e impactar as nações com o Evangelho.
Valores
Dependência de Deus: ter a oração e a Palavra como a base do ministério, convictos de que a obra é de Deus e somos seus cooperadores.
Integridade: viver de forma coeren-
( ) Impresso - 160,00
( ) Digital - 80,00
te com os princípios morais e éticos da Palavra de Deus.
Unidade: atuar de forma coesa, valorizando dons e habilidades, tornando-nos mais fortes para o alcance de um objetivo comum.
Compaixão: servir ao próximo movido pelo amor de Cristo diante do sofrimento e da injustiça no mundo.
Contemporaneidade: interagir com as novas gerações para cumprir o mandato missionário com dinamismo e inovação, atento às tendências sociais, culturais e tecnológicas. n
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).
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2 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
EDITORIAL
REFLEXÃO
O calendário divino
Pr. Julio Oliveira Sanches
Considerando o que Moisés escreveu em Deuteronômio 29.29, não nos cabe especular sobre o tempo da segunda vinda de Cristo. Mas, quando ocorre um transtorno na Natureza, a mente humana tenta especular sobre os desígnios de Deus. Um terremoto na Turquia e na Síria serve como sinal, para alguns, como aviso de que Jesus está voltando. Surgem profecias tentando estabelecer uma data específica para o retorno do Senhor.
Após a ressurreição, Jesus foi questionado pelos discípulos sobre o tempo da restauração de Israel (Atos 1.6-7). Jesus diz-lhes que o Pai tem um calendário pré-estabelecido para todos os acontecimentos do Universo criado. Aos discípulos, naquele momento, não interessava saber quando o Pai havia de cumprir o que havia estabelecido pelo Seu próprio poder. Aos discípulos cabia a obrigação de continuar a obra iniciada pelo Mestre. Receberiam o poder do Espírito Santo e, assim capacitados, levariam as boas novas a todo o mundo (Atos 1.8).
Deus não tem pressa em agir. Poderia ter criado o Universo num átimo
de tempo, mas, preferiu trabalhar seis dias. Poderia ter enviado Jesus como Salvador do homem pecador, logo após o pecado cometido pelo primeiro casal. Mas, preferiu esperar a plenitude dos tempos, para fazê-lo (Gálatas 4.4-5). Essa plenitude dos tempos é um desafio para a mente humana. Um olhar nas ações divinas, registradas na Bíblia, comprovam o agir silencioso e preciso do Senhor. O salmo 90.4-6 registra com precisão esta verdade divina “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou. Como a vigília da noite, tu os levas como correntes de águas; são como um sono, são como a erva que cresce de madrugada, de madrugada cresce e floresce; à tarde corta-se e seca.”
Abraão entrou em Canaã 645 antes do Êxodo. Desde a criação até o diluvio temos 1656 anos. O povo que desceu ao Egito sob o comando de Jacó era 70 almas. Passou no Egito 430 anos para formar um povo (Atos 7.6). Foram mais de 400 anos para fazer de 70 almas um povo numeroso, que atravessou o Mar Vermelho em seco. Logo após atravessar o Mar, os israelitas foram atacados pelos amalequitas. Deus jurou a Moisés que os
amalequitas seriam exterminados. No reinado de Saul, centenas de anos depois, Deus diz a Samuel que havia se lembrado do que Amaleque fizera ao Seu povo. Samuel incumbe Saul de se vingar e destruir os amalequitas. Saul cumpre parte da ordem recebida. Preserva as melhores presas, prende Agague e volta feliz a Samuel dizendo que havia cumprido a ordem. Ao ouvir o balido das ovelhas, Samuel diz a Saul que o obedecer era melhor do que sacrifícios. Mata Agague, lembrando-lhe o que os seus antepassados fizeram com o povo escolhido. Deus não se esquece e sua vingança é terrível.
Deus usou 40 anos no deserto para fazer do povo uma nação com leis e estatutos perfeitos. Moisés diz ao povo que Israel era um povo especial. A começar por ter Deus como Senhor. Suas Leis e estatutos são especiais. É o único povo que possuía Leis e estatutos claros, cujo cumprimento era possível, porque as orientações divinas sempre foram claras e objetivas.
Aos escrever Deuteronômio 4.6-9, o grande líder recomenda que tais verdades sejam passadas aos filhos. Israel esqueceu dessas verdades simples e pagou alto preço pela desobediência.
Hoje, ante um pequeno terremoto, pessoas que não atentam para toda a mensagem bíblica “profetizam” o fim dos tempos. Incorrem no pecado de não atentar aos avisos de Jesus. “Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: eu sou o Cristo, e enganarão a muitos…” (Mt 24.5). Estamos vivendo a época em que aventureiros dizem: “eu sonhei, tive uma visão, Deus me falou; é o fim dos tempos.” Para aqueles que sucumbiram nos escombros dos terremotos ou nos deslizamentos das encostas dos morros, por negligência de governos ladrões e corruptos, que consomem o erário em benesses milionárias, esquecidos dos miseráveis que não tem outra alternativa a não ser construir em locais previamente condenados, o fim já chegou há muito tempo. É difícil imaginar como será o julgamento divino sobre tais governos corruptos e os que o apoiam, no dia do juízo final. Deus, que não esqueceu as injustiças dos amalequitas, após centenas de anos, jamais esquecerá o que ocorre hoje.
A volta de Cristo ainda está longe. Resta a recomendação de Hebreus 4.7. Hoje é o dia de voltar-se para Cristo. n
Proclamemos a Verdade ao mundo até os confins da terra
(12 de março, segundo domingo do mês).
“Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles ouvirão” (At 28.28).
O mês de março é muito importante para o povo Batista, porque trabalha a obra missionária mundial, que em 2023 desenvolve a temática: “Vamos Completar a Missão”, baseado em Mateus 28.19-20. Além da campanha, ainda temos algumas datas muito importantes para celebrarmos: Dia da esposa do pastor (05 de março, primeiro domingo do mês); Dia de oração pelos filhos de pastores (06 de março, primeira segunda-feira do mês); Dia Internacional da Mulher (08 de março); Dia de Missões Mundiais
A campanha de Missões Mundiais é apoiada por 8.890 Igrejas, 4.965 congregações e 33 Convenções espalhadas por todo o Brasil, que conta com 1.719.809 membros, que nada podem fazer sem a força e a ajuda primeira do dono da obra - Jesus Cristo! A ideia pratica de missões é proclamar a Verdade ao mundo até os confins da terra e ajudar a completar a missão.
Inicialmente, foi ensinado por alguns, que o Evangelho de Jesus Cristo era uma exclusividade para os judeus. Por conta disso, a Igreja teve que lutar contra os “judaizantes”, grupo fortemente combatido pelo apóstolo Paulo e os demais discípulos. Nessa jornada e embate, Paulo recebe e divulga o grande mistério que estava
guardado através dos séculos (veja Efésios 3.3-9). O grande mistério era a proclamação do Evangelho a todos os povos, raças, tribos e nações! O Senhor é Senhor de todos os povos. Paulo entendeu perfeitamente o recado. E no texto de Atos 28.28 e sob a guarda romana, Paulo, confiante e sem medo, informa aos líderes judeus e a todos os que podiam ouvir, que a salvação havia sido enviada por Deus aos gentios. Paulo sustentou seu argumento citando Isaías 6.9-10. O desinteresse e a insensibilidade espiritual impediam que os judeus entendessem os propósitos da eleição divina em Jesus.
Em Mateus 28.19 e 20, Jesus usou um imperativo, “façam discípulos de todas as nações”. Esta ordem é seguida imediatamente pelo “batizan-
do-os”, mostrando que desse modo eles seriam identificados pelo mundo como seguidores de Cristo. Então vem a ordem final: “ensinando-os”, que é o significado da palavra “discípulos” (aprendiz).
O discípulo autêntico, e isso vale para os modernos discípulos de Jesus Cristo, jamais se descuidam de cumprir essa ordem, que é ser testemunha do Senhor (principalmente com uma vida transparente em todos os seus negócios), e o faz até os confins da terra para que a missão fique completa, porque só assim estaremos apressando a volta gloriosa de Jesus, que é o evento mais aguardado pelo Seu povo Proclamemos a Verdade ao mundo através da Sua maravilhosa graça, até que Ele venha! Maranata! Ora vem, Senhor Jesus! n
3 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
BILHETE DE SOROCABA
Levir Perea Merlo pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO
Curas e ressurreição
para aquela mulher e diz: “Coragem, filha, a sua fé salvou você”.
A Grande Comissão
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu” (Mt 5.43-45).
Em Mateus 9.18-34 temos três curas mencionadas e uma ressurreição. O texto começa mostrando a atitude do chefe da Sinagoga, que em Marcos 5.22 é identificado como Jairo. Ele aproxima-se de Jesus e O adora (prostra-se diante dele), e reconhece que Jesus era o único que podia ressuscitar a sua filha que acabara de falecer.
A palavra do chefe da sinagoga é digna de nota: “Minha filha morreu agora mesmo, mas venha impor a mão sobre ela, e ela viverá.” Jairo pediu para Jesus tocar Suas mãos na sua filha; ele tinha fé que, ao ser tocada, sua filha tornaria a viver.
Antes de chegar à casa do Chefe da Sinagoga, uma mulher toca nas vestes de Jesus, ela tinha fé que ao tocá-lo seria curada. E foi! Jesus olha
Ao chegar à casa do chefe da Sinagoga, Jesus faz o milagre, a filha de Jairo torna a viver, embora muitos riram dele quando disse que ela estava dormindo. Todos viram que Jesus tem poder sobre a morte.
Logo em seguida acontece mais uma cura, agora dois cegos aproximam-se dele e pedem para ver. Gosto da resposta de Jesus àqueles dois cegos: “Que se faça com vocês conforme a fé que vocês tem”. A fé daqueles cegos foi suficiente para Jesus agir em favor deles, os olhos de ambos foram abertos.
A terceira e última cura foi do mudo endemoniado. Jesus expulsou o demônio e aquele homem voltou a falar. Neste texto, temos Jesus dando vida, visão e fala a quem estava mudo; a Bíblia diz que Ele veio para dar vida e vida abundante.
O impacto de Jesus sobre a humanidade tem sido tão intenso, que os estudiosos datam o registro da história como “antes e depois de Cristo”. A mesma postura de Jesus tem descrito como deve ser nossa vivência individual, com propostas revolucionárias, que nos mandam amar até os nossos inimigos, a despeito dos males que eles nos tenham causado.
No Seu discurso que pregou sobre um monte, Jesus declarou: “Vocês ouviram o que foi dito - Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos. Mas Eu lhes digo: amem os
Jesus tem todo o poder nos céus e na terra, a nós cabe crer nEle como nosso Senhor e Salvador. Ele pregava, ensinava e curava, essas são as características do ministério tríplice de Jesus.
Jesus foi crucificado, em função da Sua coragem, ao nos ensinar a universalidade do amor divino por toda a humanidade, seja ela de santos ou de pecadores. Nossos preconceitos são, exatamente, posturas pré-concebidas que elaboramos para dar justificação religiosa ao comportamento míope dos nossos ódios e dos nossos medos. Na Sua palavra final aos discípulos, antes de voltar para os céus, Jesus nos ensinou um amor que ignora fronteiras: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura – quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.15-16).
Louvemos o nome de Jesus sempre, gratos pelo que Ele já fez em nossas vidas. Compartilhemos como os dois cegos curados fizeram, a Bíblia diz que eles espalharam a boa notícia (as Boas Novas) a respeito de Jesus. n
As preciosas vidas das mulheres
08 de março: Dia Internacional da Mulher. Esta data foi criada em homenagem às mulheres americanas que morreram queimadas lutando pelos direitos femininos em relação aos privilégios masculinos.
Alguns estudos científicos comprovam que o homem tende a ser mais razão que emoção e a mulher justamente ao contrário. E se os dois viverem juntos, certamente completarão um ao outro. Nenhum dos dois deve achar que “manda” no outro. Cada um tem sua responsabilidade e poder de decisão,
caso contrário, o clima pesado como de um quartel impedirá que cresçam e cheguem a uma vida mais produtiva a dois, aliás, a três, pois Deus não pode ficar fora desse relacionamento!
O rei Salomão escreveu em Provérbios 31.10: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de joias preciosas”. Como será que
estamos tratando essas “joias” que nos rodeiam pela vida afora? Se a achamos, estamos aproveitando seu imenso valor ou desprezando como se nada valesse? E se ainda não encontramos essa “pérola”, estamos pedindo a devida orientação do Senhor?
Que Deus abençoe todas as preciosas vidas das mulheres! n
4 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
Olavo Fe ijó
Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia
Dignidade feminina
Rubin Slobodticov pastor, colaborador de OJB
Menina, moça e mulher: no dia 08 de março, ela é mais lembrada. Seu dia internacional começou pela luta de melhores condições de trabalho na Rússia, em desfavor à Primeira Guerra Mundial. O Dia assinala o afã de igualdade salarial, de inibição de violência contra elas ao lado da discriminação em combate ao machismo e valorização de suas vidas.
Todo crédito deva ser atribuído à mulher-mãe na educação de seus filhos, em casa, sem menosprezar as que precisam trabalhar fora por necessidades obvias. Aliás, deve ser incessante a luta pela valorização e igualdade delas na sociedade contemporânea haja visto que muitas tem jornada dupla de trabalho. Daí, a importância da inclusão do seu Dia Internacional no calendário escolar, inclusive. É aqui que os alunos podem aprender sobre o respeito à mãe que têm em suas casas e não permitir que haja violência doméstica contra elas.
Nem sempre, mulheres dignas convivem com pessoas sensatas. Observe-se a citação à Abigail quanto ao convívio marital: “Era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe” (I Sm 25.3).
O livro poético “Cantares de Salomão” descreve em prosa romântica o procedimento de jovens dignas de hon-
Dia Internacional da Mulher
Dia Oito de Março, é de grande comemoração!
Idealizadas em verso e prosa as mulheres estão
Afirmando o valor que têm com a emancipação.
Internacionalmente são neste dia homenageadas;
Na luta sempre estão alcançando as vitórias.
Talentosas, competentes, elas são determinadas
E trazem na bagagem grande conjunto de glórias.
Rapidamente ajudam quando são solicitadas,
ra; observem-se: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira... Eis que és formosa, meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de Gileade. Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas. Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é agradável; a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos. O teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para pendurar armas; mil escudos pendem dela, todos broquéis de poderosos” (2.7; 4.1-4). E, esse poema de amor a enaltecer uma mulher, prossegue (vale continuar sua leitura).
Outras mulheres já eram destacadas em suas profissões e em alta estima, como foi Débora, uma profetisa e a quarta juíza de Israel como narra a história no livro de Juízes, capítulos 4 e 5. Aliada à Baraque liderou a nação israelita a lutar contra o domínio de Canaã, e isso por volta do Sec. XII A.C. E. não faltariam outras mulheres como Ana, a mãe do que viria a ser o sacerdote Samuel. Ela era estéril e conviveu em um ambiente de competitividade opressora. Mas, apesar de ser amada por seu marido, se sentia triste, humilhada e às raias da anorexia (I Samuel 1.8). Entretanto, fiel no casamento e em constante oração, conseguiu ge-
Não aderem ao fútil; não se apegam a vanglórias.
Assim agem as cristãs, sensatas, disciplinadas.
Com santidade e amor, destacam-se na História
Irradiando o brilho de Cristo, pois são iluminadas.
O que fazem emolduram suas ricas trajetórias.
Nas orações são fervorosas, fiéis, sempre dedicadas.
As suas obras são perenes, primorosas, meritórias,
Lidando em suas igrejas, com suas vidas consagradas.
Dia especial é este, de merecida homenagem.
As mulheres são exemplos de fibra, garra e coragem!
Mães, filhas, sobrinhas, tias, avós e cunhadas.
Umas, são doces irmãs; outras, esposas queridas.
Levantem-se todos os homens e com vozes inflamadas
Honrem todas as mulheres que estão em suas vidas!
E façam que todas elas sejam sempre respeitadas,
Reinando com seus direitos, firmes e fortalecidas. n
rar, educar e dedicar seu filho para o sacerdócio divino.
A Bíblia, uma coleção de 66 livros, não esconde a vida das pessoas. Em especial destaque às mulheres também alude a maus exemplos, como é reconhecida a mulher de Ló (Gênesis 19. 8), Dalila (Juízes 16) e Jezabel (I Reis 16.30-31). Cada qual, com língua felina tentou desconstruir a própria família e perverter e conduzir a sociedade a comportamentos éticos e morais e religiosos reprovados para a nação israelita.
A dignidade feminina foi extraordinária na mulher chamada Maria, a mãe de Jesus. Seu amor a Deus fez seu marido receber uma revelação extraordinária e segui-la, na certeza de
que o filho que carregava era o Filho Unigênito de Deus. Maria, mulher de crença que deve ser imitada como mãe e mulher que acompanhou os passos do filho até a crucificação. Mulher digna não despreza sua condição de mãe, mesmo em face de dificuldades como fez Maria ao dizer: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1.46-48).
Desde os tempos mais antigos, a mulher sempre teve sua dignidade reconhecida. Contemporaneamente, a mulher deve se reconhecer como tal. n
5 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 REFLEXÃO
Marinaldo Lima pastor, colaborador de OJB
Jeferson Cristianini pastor, colaborador de OJB
Dia desses, almoçando com meu filho, eu tive que ensiná-lo a não falar com a boca cheia. Alguém, em algum momento da nossa vida, também nos ensinou essa regra básica, quando estamos sentados à mesa. Jesus, nosso Senhor, nos ensinou de forma clara e direta que a “boca fala do que o coração está cheio”, mas também censurou os líderes religiosos que “honravam com os lábios, mas o seu coração estava longe de Deus” (cf. Lucas 6.45/ Mateus 15.8).
Jesus nos ensina que os nossos lábios põem para fora o que temos depositado no nosso coração, mas como o ser humano pecador é habilidoso na arte do engano e da dissimulação, por vezes nós cantamos e honramos a Deus com nossos lábios, mesmo não sendo uma expressão de louvor sincero e genuíno que agrada a Deus. Até podemos enganar as pessoas com os nossos lábios, mas não o Senhor Deus, que sonda nosso coração. Para Jesus, os lábios externam a natureza de nosso interior, ou seja, se nosso coração é bom, nossos lábios falarão coisas boas, e o oposto é verdade também (cf. Mateus 12.33 e 34). A espiritualida-
de cristã, nos ensina que devemos louvar a Deus, e que nosso “sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15). Se seu coração é bom, no sentido de ser dominado e cuidado pelo Senhor, seu louvor será sincero e puro, e não hipócrita e dissimulado como os dos religiosos. Cuide de sua espiritualidade e seu louvor será aceito e recebido pelo Senhor como aroma suave, como fruto de lábios de um coração que treme e teme a Deus.
Os verdadeiros adoradores, que adoram o Pai em Espírito e em verdade, regam suas vidas e seus momentos de devoção a Deus com porções bíblicas e com hinos de louvor a Deus, ao passo que suas bocas sempre estão cheias de louvores ao Senhor, sempre estão agradecendo a Deus pelas Suas maravilhas, e assim estão com a boca cheia (cf. João 4.19-30). O que diferencia o verdadeiro adorador do falso adorador, não é se a boca está cheia de louvores a Deus ou não, mas sim a qualidade das motivações e a natureza do coração de quem está cantando a Deus. Jesus, repreendendo os religiosos de Sua época, que se achavam perfeitos e acima de qualquer suspeita, disse: “em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus
Boca cheia
15.9). Os fariseus e escribas estavam honrando a Deus com os lábios, ou seja, estavam com os lábios cheios de louvores, mas Jesus está dizendo que essa adoração é vã, pois a motivação deles não era pura e sincera diante de Deus. Eles são repreendidos porque eles cantavam e adoravam com os lábios apenas, mas esse louvor não era sincero e não brotava de uma adoração genuína de um coração quebrantado e contrito. Eles cantavam com os lábios, mas o coração, que é o mais importante pela ótica divina, estava longe do Senhor Deus (cf. Mateus 15.8). Eles estavam cantando para Deus, mas seus corações não estavam centrados Ele. Esse louvor e esses lábios cheios de cânticos, eram vazios na sua essência e eram usados para que as pessoas pensassem que eles eram tementes e devotos a Deus, quando na realidade o cântico deles era hipócrita e tinha uma única finalidade, a ostentação da falsa espiritualidade. Os fariseus e escribas, da época de Jesus, sempre foram acusados pelo Mestre, e convidados a abandonarem a hipocrisia, e assim terem uma postura de sinceridade diante de Deus.
“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como uma
pena de habilidoso escritor” (Sl 45.1). O salmista diz que sua língua é como a pena de um escritor habilidoso, ou seja, ele compõe e canta ao Senhor de sua vida. Seus lábios transbordam de louvores, pois seu coração está repleto de gratidão diante da obra de Deus na sua vida. No registro da súplica de um ancião temente a Deus, temos essa bela declaração: “Os meus lábios estão cheios do teu louvor e da tua glória continuamente” (Sl 71.8). Esse salmo registra o louvor de um ancião, ou seja, de uma pessoa que viveu muitos anos, e ele diz que seus lábios estão cheios de louvor ao lembrar-se da maneira como Deus conduziu sua vida até aquele presente momento. Olhar para trás nos levará ao canto, pois apesar das lutas e provações, veremos a misericórdia e a graça de Deus nos sustentando nos momentos mais felizes.
Falar com a boca cheia de alimentos é feio, mas falar com a boca cheia de louvores é lindo. Se apresente diante do Senhor Deus, o Seu Criador, O Único Senhor com sua boca cheia de louvores, com louvores que brotaram de um coração transformado e regenerado, um coração grato. Viva seus dias com a boca cheia. Cheia de louvores ao Deus que nos criou e nos salvou. A Ele seja a honra e a Glória para sempre. Amém! n
Recomendações aos jovens teólogos e pastores
Davi Nogueira
pastor, colaborador de OJB
Pela graça de Deus, tenho 19 anos de ordenação ao ministério pastoral. Durante esse tempo, procurei dar o melhor e fazer tudo com muito amor. Desejo dar alguns conselhos para os que estão iniciando a jornada do pastorado.
Seja sábio - Busque o conhecimento. Estude. Aprenda. Você precisa ter condições de resolver dilemas,
questões difíceis que irão surgir no seu rebanho etc. A sabedoria será fundamental.
Seja cheio do amor - As pessoas devem ser amadas por você. O seu rebanho deve sentir a grande consideração que você tem por ele. Os irmãos precisam do seu afeto, do seu carinho, do seu acolhimento etc.
Seja humilde - Seja uma pessoa simples. Seja modesto. Seja acessível. Seja uma pessoa aberta para os outros. Não se reserve apenas
para um grupo social, mas que você possa se relacionar muito bem com todos os grupos sociais, especialmente os mais pobres, pois são os que mais necessitam. Eles são os pequeninos do Senhor.
Cuide da sua saúde - O ministério exige saúde física e emocional. Cuide do seu corpo e das suas emoções para que você possa esbanjar saúde.
Seja íntegro - A integridade é uma obrigação de todos. É um dever universal. O pastor precisa de lisura.
Deve ter uma conduta ilibada.
Cuide da sua família - A sua família precisa da sua proteção, da sua segurança, do seu investimento, do seu carinho, do seu respeito etc. Que você tenha um excelente relacionamento com a sua família.
Espero que esses conselhos o ajudem, o fortaleçam no ministério pastoral, para que você seja uma bênção e possa dar muitos frutos. n
6 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 REFLEXÃO
Redação Missões Nacionais
Jesus transforma e a vida de Jefferson é prova disso. Hoje missionário, Jefferson é um fruto do programa de ressocialização da Cristolândia Bahia. Ele estava perdido e sem esperança, mas encontrou na Cristolândia a alegria verdadeira e agora vive uma nova história.
Jefferson foi acolhido na unidade e passou por todas as etapas do programa. Ele ficou por dois anos no processo de tratamento, venceu diversos desafios e foi discipulado pela equipe missionária. Foram muitas as vitórias e, quando chegou o tempo da sua ressocialização, Jefferson entendeu o chamado de Deus para se tornar um missionário e assim começou um novo momento em sua vida.
Mais uma vida restaurada!
Ele, então, passou mais um ano, sendo treinado, capacitado e discipulado para exercer seu chamado como um missionário e, após finalizar esse tempo, se tornou um Radical Cristolândia. Jefferson, que um dia viveu sem esperança e foi resgatado das ruas, passou a resgatar outros, anunciando a verdadeira esperança.
Enquanto Radical, ele serviu e se dedicou integralmente ao Senhor, compartilhando a verdade que liberta e alcançando muitas vidas para Cristo! Agora, ele decidiu voltar para sua cidade e para sua família, não só restaurado, mas sendo instrumento de restauração, para glória de Deus!
Durante quatro anos, ele deixou sua marca e sua contribuição na Cristolândia Bahia, e hoje volta para casa com
novos sonhos e expectativas. Louvado seja Deus!
Ore pelo Jefferson, para que ele continue glorificando a Deus em tudo
o que fizer, e pelo trabalho da Cristolândia em todo o Brasil, para que alcance muitos com a verdade de que a solução é Jesus Cristo! n
7 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
MISSÕES NACIONAIS
Convenção Batista Baiana está nos preparativos para 98ª Assembleia Evento será realizador em Salvador, capital do estado.
Lidiane Ferreira gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana
Na tarde da quinta-feira, dia 23 de fevereiro, estivemos na Igreja Batista Metropolitana (Ibam), em SalvadorBA, conversando com o pastor Abraão da Silva e líderes sobre os preparativos para a 98ª Assembleia da Convenção
Batista Baiana (CBBA).
O evento será realizado de 29 de junho a 02 de julho, na Igreja Batista Metropolitana (Ibam), em SalvadorBA, tendo também algumas reuniões de órgãos no dia 28 de junho. Em breve, mais informações e início de inscrições.
A Convenção Batista Baiana é uma organização religiosa com fins
não econômicos, que reúne Igrejas Batistas da Bahia a ela filiadas. Foi organizada em 1909, sob o nome de União das Igrejas Batistas da Bahia, e reorganizada em 1923 sob o nome de Convenção Batista Baiana.
A CBBA é uma das convenções estaduais da Convenção Batista Brasileira.
A Convenção objetiva coordenar o
trabalho cooperativo das igrejas batistas a ela filiadas, visando, sobretudo, desenvolver a obra missionária por meio da evangelização, da plantação e revitalização de igrejas; da responsabilidade social, através de projetos educacionais, da ação, serviço e assistência sociais; da educação teológico-ministerial e produção de literatura cristã. n
Associação de Músicos Batistas do Planalto Central promove encontro
Coro da AMBPC também realizou seu ensaio.
Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central
No dia 25 de fevereiro, tivemos o encontro da Associação de Músicos Batistas do Planalto Central (AMBPC) na sede da nossa Convenção! Neste encontro, nosso diretor executivo, pastor Luís Cláudio Pessanha, trouxe uma palavra baseada no Salmo 100, que nos ensina a servir ao Senhor com alegria e reconhecer o Seu amor, Sua graça e o cuidado que o Senhor tem por nós. Concluiu afirmando que devemos nos aproximar de Deus, com gratidão por tudo o que Ele fez, tem feito e sabemos que fará, pois Ele é fiel. Expressou também sobre a importância da Associação para as Igrejas Batistas do Planalto Central.
Além disso, tivemos o ensaio do coral que terá apresentações durante todo o ano de 2023. O coral da AMBPC é composto de voluntários das Igrejas Batistas do Planalto Central.
Fique conectado para saber onde será as apresentações do coro da AMBPC. n
8 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Líderes da Igreja hospedeira e da Convenção Batista Baiana nos preparativos da 98ª Assembleia da CBBA
Importância da Associação
ressaltada
programação
Pr. Luís Cláudio Pessanha, executivo da CBPC, participou do encontro de músicos
dos Músicos Batistas do Planalto Central foi
na
PIB São Caetano - SP realiza mega ação evangelística em Tapiraí
Projeto teve atendimentos de saúde, trabalho com crianças, visitas, evangelismo e bazar beneficente.
A Primeira Igreja Batista de São Caetano do Sul - SP realizou entre os dias 18 e 20 de fevereiro (durante o período prolongado do Carnaval), o Impacto Alegria pra Toda Vida, na cidade de Tapiraí - SP, próximo a Sorocaba. O projeto é uma ação evangelística que chegou, neste ano, à 15ª edição. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Igreja Batista de Tapiraí.
Mais de 100 pessoas fizeram parte da equipe de voluntários. Os participantes ficaram alojados na Escola Municipal de Educação Infantil Professor Benedito Pires da Cunha, na região central de Tapiraí, que foi cedida para a ação pela Prefeitura. As atividades, na maioria realizadas na EMEI, foram divididas nas áreas de atendimentos de saúde, visitas a residências, trabalho com crianças e adolescentes, bazar beneficente e evangelismo.
Segundo balanço oficial da organização, foram realizados 150 atendimentos de saúde, registrados 124 pedidos de estudos ou visitas para aprender mais sobre a Bíblia, houve 90 visitas a casas (entre agendadas e espontâneas), 135 crianças foram atendidas (com atividades artísticas como teatro, dança e pintura, além de presenteadas com kits), 50 cortes de cabelos realizados, houve a distribuição de exemplares da Bíblia comemorativa de 80 anos da PIB São Caetano, do devocional Presente Diário e de Novo Testamento para agentes da Polícia Militar local e em hotéis da cidade, além de pessoas que tomaram a decisão por Cristo durante a programação.
Para alimentar toda a equipe que trabalhou bastante durante o projeto, foram servidas mais de 1,4 mil refeições. Todas as atividades foram gratuitas, com exceção do bazar, que tinha itens, em média, a R$ 2. Em geral, o público pôde aproveitar opções como roupas, acessórios, sapatos, eletroeletrônicos e brinquedos de crian-
ças. O valor arrecadado com a venda na ação foi repassado pela PIB São Caetano à Igreja Batista de Tapiraí, como apoio ao prosseguimento das atividades na localidade, mediante a presença de testemunhas. Houve ainda a preparação de cestas básicas que serão entregues pela igreja da cidade às famílias que passam por dificuldade alimentar.
“O trabalho em Tapiraí foi muito importante. Em todo o tempo, tivemos em nosso coração a certeza de que Deus trabalharia nas vidas de pessoas da cidade, mas trabalharia, sobretudo, nos nossos corações também, afinal, ficamos dois anos sem realizar o Impacto por causa da pandemia da COVID-19. Saímos impactados”, disse o pastor Gregory Scarabel, pastor de Jovens da PIB e um dos responsáveis pela organização.
Centenas de pulseiras com as cores do Plano da Salvação - azul (céus e terra perfeitos), cinza (pecado), vermelho (sangue de Cristo), branco (pureza e paz de quem está em Cristo), verde (esperança e crescimento) e amarelo
(que aponta para a riqueza da vida eterna em Cristo à luz de Apocalipse) foram distribuídas. Folhetos explicativos e com as referências bíblicas foram distribuídos durante as ações. Nos anos em que acontece o projeto, a PIB de São Caetano subsidia com recursos próprios parte do gasto com toda a realização do evento. Neste ano, por conta do volume de participantes e as características desta edição, o valor total arrecadado pelas inscrições dos voluntários cobriu todos os gastos do evento como ônibus e alimentação, por exemplo.
“A ação foi como sementes plantadas ali em Tapiraí. Oramos e cremos que o Senhor pode continuar transformando histórias na cidade”, disse Sebastião Neto, pastor titular da PIB. Registros e mais detalhes do Impacto podem ser conferidos nas redes sociais da Primeira Igreja Batista de São Caetano. Basta procurar por @ pibsaocaetano no Instagram ou Facebook. O balanço completo está disponível também pelo site primeirabatista. com.br. n
Estado do Acre recebe polo do Seminário de Educação Cristã
É mais uma ação dos Batistas do Acre para o preparo de vocacionados.
Redes Sociais da Convenção Batista Acreana
No dia 11 de fevereiro, no templo da Igreja Batista Seis de Agosto, em Rio Branco - AC, foi realizada a aula magna do polo do Seminário de Educação Cristã (SEC) no campo acreano. Mais um passo importante no fornecimento de ferramentas visando o melhor preparo para os Batistas vocacionados para a obra do Senhor.
O polo será dirigido pela professora Marineide Miranda, que tem vasta experiência na área da Educação.
Agradecemos a Deus a vida do pastor Enock Pessoa, que ministrou a Palavra nessa noite e também esteve representando a Convenção Batista Acreana. Pedimos a Deus para que este polo seja um grande espaço de preparo para ganharmos o Acre para o Senhor Jesus. n
9 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
Lucas Meloni jornalista, coordenador de Comunicação da Primeira Igreja Batista de São Caetano do Sul - SP
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Cerca de 50 cortes de cabelo foram realizados Voluntário segura pulseiras com as cores do Plano da Salvação durante trabalho com crianças
Oficialização do polo do SEC no Acre
Grupo de voluntários que participou do Impacto, em Tapiraí
Seminário do Sul caminha para a criação de novo polo
PIB em Campo Grande - RJ será a sede do espaço.
Comunicação do Seminário
Teológico Batista do Sul do Brasil
O Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) | Faculdade Batista do Rio de Janeiro segue avançando! No dia 26 de fevereiro, foram assinados os documentos para a criação de mais um polo, desta vez, na Primeira Igreja Batista em Campo Grande - RJ.
O momento contou com a presença do pastor Lucas Rangel, coordenador do Núcleo EAD, representando o Seminário do Sul; pastor Carlos Elias, presidente da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ; e Bianca Silva, gestora da Associação Empreendedores do Bem.
Assinatura dos documentos para criação de polo do Seminário do Sul na PIB em Campo Grande - RJ
Venha estudar com a gente! Acesse www.seminariodosul.com.br e saiba mais. Pensou em excelência no ministério cristão, pensou Seminário do Sul. n
Conheça o ministério Mães Unidas em Oração Internacional
Primeiro grupo do ministério se reuniu no Colégio Batista Shepard, na Tijuca - RJ.
Leila Matos
assessora de Imprensa de Moms In Prayer International Brasil
No Brasil, desde 1994, mães se unem semanalmente em pequenos grupos de oração por seus filhos e escolas. Elas são Mães Unidas em Oração , um ministério internacional que começou em 1984, no Canadá, com uma mãe chamada Fern Nichols. Ela era da Igreja Batista, e pediu a Deus uma companheira de oração para orar por seus filhos. Deus lhe deu Linda Driedeger. Assim surgiu o Ministério “Moms In Touch International”, hoje, Moms In Prayer International / Mães Unidas em Oração Internacional. Atualmente, o Ministério está em mais de 160 países.
Foram muitos os pioneiros no Brasil. O pastor Ebenezer Santos, da Igreja Batista Memorial da TijucaRJ, conhecia o trabalho de Moms In Touch, através de Sharon Arrington, coordenadora do Ministério, no Texas. Ele colaborou na tradução do primeiro Livreto. Pastor Ebenezer desejava que Sharon viesse ao Brasil. Ela veio algumas vezes e começou grupos em Igrejas, em Sorocaba - SP e no Rio de Janeiro. Com a colaboração de mães cristãs trabalhando de maneira voluntária, divulgando a Visão, a Missão, e Propósitos de “Moms In Touch Internacional”.
O primeiro grupo a se reunir em um
colégio foi no Colégio Batista Shepard, na Tijuca, em 1994, com Marilene Nasser, Idalice Teixeira, Elizabeth Ferreira, Adriana Araújo, Ana Paula Silva, Joelma da Costa e Rosane Machado, entre outras... Elas já estavam com o Livreto: Mães em Contato e com o primeiro Guia da Líder, também traduzido em 1994, por Bahman Amirazodi e revisado por Eni Ângelo. Em 07 de outubro de 1997, Rosane Antunes iniciou o Ministério na Segunda Igreja Batista em Petrópolis - RJ, com a presença de muitas mães. Depois avançou para Macaé - RJ com Zélia Gonçalves, Piabetá - RJ, e outras regiões.
Em 2003, sem saber que o Ministério já estava no Brasil, Heloiza Helena Pimentel foi visitar sua filha Laura Ogi, na Suíça, onde conheceu o Ministério Moms In Touch /Mães em Contato!
Ficou impressionada! Trouxe o Ministério para o Rio de Janeiro e começou
um grupo. Na época, Heloiza Helena, liderava a União Feminina Missionária da Convenção Batista Carioca. Ela fez treinamento e congressos com as mulheres cariocas, onde divulgou a Visão, Missão e Propósitos do Ministério Moms In Touch International, culminando com a vinda de Fern Nichols ao Brasil, em 2003, através da UFMBC.
Em 05 de fevereiro de 2009, Heloisa Pimentel não podendo continuar, convidou Jane Esther para assumir o trabalho. Ela começou o trabalho, alcançou todo Brasil e foi galgada a função de coordenadora Nacional pela liderança da sede mundial de Moms In Prayer International (MIPI), Califórnia, USA.
Mães Unidas em Oração é um Ministério de Intercessão em favor dos filhos (biológicos/coração ou/e espirituais), suas escolas e funcionários, seus colegas e seus professores, seus diretores e todas as demais pessoas que tenham alguma influência sobre eles , tanto nas escolas quanto na sociedade em geral, para que sejam guiados pelos valores bíblicos e morais e, assim, cobrir todas as escolas do mundo com uma rede de proteção espiritual através da oração.
Valores Essenciais e Princípios Orientadores
Divisa Bíblica: “Derrama o teu coração como água diante do Senhor;
levanta a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhos” (Lm 2.19).
Visão: Que todas as escolas do mundo sejam cobertas por uma rede de proteção espiritual através das orações das mães.
Missão: Mães Unidas em Oração Internacional impacta filhos e escolas em todo o mundo para Cristo através das orações das mães.
Os grupos são chamados de PGOs: Pequenos Grupos de Oração, e se reúnem, regularmente, uma vez por semana, por uma hora, tendo como base o Programa de Oração “Os Quatro Passos Para a Oração: Louvor, Confissão, Ação de Graças e Intercessão”.
Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
Todo filho precisa de uma mãe que ora!
Você já orou pelo seu filho hoje?
Desejando iniciar seu grupo do Ministério Mães Unidas em Oração Internacional, entre em contato e receberá todo o apoio necessário:
Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa
Coordenadora Nacional (MIPI)/Mães Unidas em Oração Internacional no Brasil
Av. Marechal Floriano,143, 4ºandar –Centro
CEP:20080-000 - Rio de Janeiro, RJ www.maesunidasemoracao.org
Telefone: (21) 99212-0548 n
10 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Dia de Oração por Missões Mundiais 2023
Redação Missões Mundiais
“Portanto vão”, esta é uma ordem de Jesus que faz parte da Grande Comissão, descrita no capítulo 28 do Evangelho de Mateus a partir do versículo 19. A sua oração pode ir além, portanto, você pode completar a missão com a sua oração.
Orar é ir!
Por isso, todo segundo domingo do mês de março é dedicado ao Dia de Oração por Missões Mundiais, data escolhida pela Convenção Batista Brasileira. Para que você, sua Igreja, pequeno grupo, amigos e familiares possam se envolver e investir um dia de oração em favor da obra missionária mundial. É uma data para promover, também, o Dia Especial, para oração e arrecadação de ofertas.
Sabemos que todo dia é dia de orar por missões e temos a honra de fazer isso juntos. Unindo nossas intercessões, mente e espírito hoje, dia 12 de março de 2023, para impactar o mundo com o poder da oração. Aproveite o dia para mobilizar sua Igreja e reunir o máximo de pessoas que puder no propósito de completar a missão com a oração. “Orem continuamente” (1 Ts 5.17).
Você e Missões Mundiais todo dia em oração!
Missões Mundiais promove formas de completar essa missão todos os dias junto com você. Coloque os missionários, os projetos, os países perseguidos e em guerra, em suas intercessões diárias. Existe alguém ao redor do mundo que está precisando da sua oração neste momento.
Podemos contar com você nesta missão? Então faça parte da seguinte forma:
Diário de Oração
Todos os meses do ano, Missões Mundiais disponibiliza um pedido de oração para cada dia do mês. O Diário de Oração é feito com base nas cartas escritas pelos missionários direto do campo, com pedidos de oração de acordo com a realidade que estão vivendo naquele momento. Comprometa-se a orar com Missões Mundiais através do Diário de Oração mensal que está disponível no menu “ORE” do site missoesmundiais.com.br.
PIM
O Programa de Intercessão Missionária (PIM) é uma forma de divulgar orações de gratidão, intercessão e súplica nas Redes Sociais de Missões Mundiais ao longo da semana. Fique atento para não perder a oportunidade de orar por um propósito
especial, por meio da publicação feita no dia.
Grupo de Oração
Atualmente são cerca de duas mil pessoas no grupo de oração de Missões Mundiais no Telegram. Ali chegam pedidos emergenciais e específi-
cos, pois são novas Igrejas plantadas, vidas restauradas, obreiros precisando de apoio. Várias ações que necessitam de cobertura espiritual. Faça parte do grupo do PIM no Telegram Para entrar no grupo acesse o link no site www.missoesmundiais.com.br Juntos, vamos dia após dia completar a missão com a nossa oração! n
11 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 MISSÕES MUNDIAIS
Pr. Arlécio Costa conclui ministério na
IB do Barro Preto - MG após 38 anos
Texto mostra os passos de um homem a serviço de Deus.
Equipe Ministerial IBBP
“Como é feliz aquele que teme o Senhor, que anda em seus caminhos! Você desfrutará o fruto de seu trabalho; será feliz e próspero. Sua esposa será como videira frutífera que floresce em seu lar. Seus filhos serão como brotos de oliveiras ao redor de sua mesa. Esta é a bênção do Senhor para aquele que o teme” (Sl128.1-4).
Nascido em 27 de maio de 1950, em Barra do Rocha - BA, Arlécio Franco Costa é Filho de Odete e Joel Costa - e Zenilda (mãe do coração). Seus irmãos são Laércio, Arlete (de saudosa memória), Lierte e Odete. Foi convertido ao Evangelho em 05 de maio de 1968, aos 18 anos de idade, na PIB de Itabuna - BA. Pouco depois de sua conversão, foi abençoado por Deus por meio do início do namoro com Tânia, em 09 de junho de 1968. Após três anos, em 27 de fevereiro de 1971, esse namoro culminou em um belo casamento, o qual dura até hoje, com demonstrações de um amor que não parou de crescer. Eles são pais de Arlécio Júnior e Andréa, que constituíram família e lhe deram os queridos netos, Miguel Felipe, Letícia, Mateus e João Gabriel.
No ano de 1974, após ouvir uma mensagem do pastor Adoniran Loureiro sobre o tema “servo inútil”, entregou-se incondicionalmente ao chamado de Deus para o ministério, chamado este que fora confirmado de forma clara em seu coração. Exonerando-se do serviço público e partindo da sua cidade com a família deixando tudo para trás, matriculou-se no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil em fevereiro de 1975, para preparar-se
Consagração ao Ministério Pastoral, em 26 de fevereiro de 1977, na Igreja Batista de Jardim Sulacap (RJ)
para o Ministério Pastoral, até dezem bro de 1978.
Nesse tempo foi seminarista na PIB de Queimados (Baixada FluminenseRJ). Em 1976 assumiu a liderança da Congregação Batista de Jardim Sulacap - RJ, a qual foi organizada como Igreja no final deste mesmo ano. Ao mesmo tempo, a Igreja solicitou sua consagração ao ministério, que aconteceu em 26 de fevereiro de 1977, há 46 anos.
Logo que concluiu o curso, foi convidado para assumir o pastoreio da PIB de Feira de Santana - BA, tomando posse em 30 de dezembro de 1978. Permaneceu lá até junho de 1982. Convidado pela PIB de Governador Valadares - MG, em julho de 1982 assumiu seu pastoreio e lá permaneceu até janeiro de 1985.
Em 02 de fevereiro de 1985, após receber o convite da Igreja Batista do Barro Preto - MG, tomou posse como pastor titular da Igreja. Durante 38 anos, contou sempre com o apoio de Tânia e seu também profícuo e abençoado Ministério na Música. Atuou como promotor e coparticipante do
Chegada da família pastoral à Igreja Batista do Barro Preto, em 1985. Da esquerda para a direita: Pr. Arlécio, MM. Tânia (esposa), Andréa (filha) e Arlécio Jr. (filho)
Culto de Ação de Graças pela conclusão do pastoreio de Arlécio Franco Costa na IBBP
Em destaque, família pastoral atualmente. Da esquerda para a direita: Pr. Arlécio, Andréa (filha), Rodrigo (genro), MM. Tânia (esposa), Miguel, Letícia, Matheus e João (netos) e Arlécio Jr. (filho)
Participou ativamente do meio denominacional Batista em Minas Gerais, servindo como presidente da Convenção Batista Mineira por seis mandatos. Interinamente, pastoreou a Igreja Batista do Salgado Filho, a PIB de Divinópolis e a Igreja Batista de Vila Marília.
Em 26 de fevereiro de 2023, entendendo ser da vontade de Deus, pastor Arlécio Franco Costa conclui seu ministério na Igreja Batista do Barro Preto, na qual permaneceu por 38 anos.
viço, além de contar com aqueles que compuseram sua equipe de líderes, contou com o apoio incondicional da sua própria casa.
Somos gratos a Deus, por entender que Ele esteve e está com o pastor Arlécio, um homem bom, cujos passos são dirigidos pelo Senhor; que entendeu Seus planos, para trazer o Seu rebanho do lugar em que se encontrava em1985 até onde Deus queria que ele chegasse neste ano de 2023.
Que Deus continue abençoando a sua vida abundantemente! n
Abençoados, projeto parceiro da CBESP, evangeliza e distribui devocional em São Paulo
Ação aconteceu ao longo de janeiro e fevereiro.
central da capital paulista. A iniciativa visou compartilhar a mensagem do Evangelho.
(A partir de texto de Lucas Meloni, jornalista da Radio Trans Mundial)
Conveniado a área de Missões Estaduais da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), o ministério Abençoados Motoclube realizou nos meses de janeiro e fevereiro deste ano duas ações evangelísticas na região
Também com esse intuito, o grupo evangelístico distribuiu 100 exemplares do devocional Presente Diário, edição especial pelos 150 anos dos Batistas no Brasil. O ministério Abençoados busca alcançar motociclistas e realiza ainda apoios humanitários, como os suportes às operações CBESP Solidária. n
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12 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Chico Junior jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo
Ministério Abençoados busca alcançar motociclistas e realiza ainda apoios humanitários
Foto: Gilson de Souza/IDT
Foto: Gilson de Souza/IDT
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Perde-se muito tempo quando se enxuga louça. Isso significa que a vida é curta e preciosa demais para se perder tempo com coisas insignificantes. Quantas vezes perdemos tempo reclamando da vida ou murmurando, conversando com gente que não acrescenta absolutamente nada ao nosso crescimento; assistindo futilidades na TV, vendo coisas ruins na internet, pendurado o tempo todo no celular utilizando as redes sociais; comentando negativamente a vida alheia, mergulhados na maledicência, prejudicando o próximo, investindo em futilidades, cuidando apenas da aparência. Deixando uma vida ética para viver uma vida estética, de capa ou aparência.
A vida deve ser vivida na perspectiva de Deus, ou seja, praticando o
amor fraterno, a bondade, compaixão, solidariedade, humildade, o entusiasmo; e investindo no crescimento pessoal e na família. Contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, combatendo a fome, o desemprego, a corrupção e toda a sorte de coisas que prejudicam as pessoas. O Senhor requer de nós que pratiquemos a justiça, amemos a misericórdia e andemos humildemente com Ele (Miquéias 6.8). Devemos viver uma vida altruísta na contramão de uma vida egoísta.
O nosso grande desafio é sermos mordomos ou administradores do tempo que nos tem sido dado por Deus (Efésios 5.16). Aproveitarmos muito bem cada oportunidade para expressarmos alegria e contentamento; paz e harmonia; sintonia e sinergia; graça e perdão. Consideremos
Ouvidoria: uma conquista cidadã, uma atitude cristã
Alcione Lima
diaconisa da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE; ouvidora do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
Atualmente, como fruto da grande diversidade profissional no mercado de trabalho, muitas profissões estão surgindo e algumas, antes vistas apenas como inovações, estão ganhando notoriedade. Isto tem exigido a criação de novos cursos de graduação e pós-graduação, abrindo possibilidades para jovens que desejam uma carreira inovadora e promissora. Uma das profissões que mais ganha destaque nas empresas privadas e em órgãos públicos e que exige formação técnica, inteligência emocional e alto grau de sensibilidade é a de ouvidor/ombudsman No setor público, já existem centenas de Ouvidorias em diversos órgãos dos três poderes. A profissão ganhou tanta importância, que foi instituído o Dia Nacional do Ouvidor, comemorado em 16 de março (Lei 12.632 de 14 de maio de 2012).
O ouvidor/ombudsman é o profis-
Não dá para ficarmos enxugando louça
valiosíssimo o tempo para desenvolvermos atividades terapêuticas, curativas com os que mais precisam. Para conversarmos coisas que trazem edificação mútua. Praticarmos o voluntariado. Ocuparmos o nosso tempo com a leitura meditativa das Escrituras, a oração e o compartilhamento do Evangelho de Cristo (Atos 4.19,20). Invistamos o nosso tempo na convivência com a família, com os que passam necessidades, os enfermos e os angustiados de alma. Deus nos chamou para sermos servos-facilitadores.
Sendo o tempo curto e precioso, que o aproveitemos na perspectiva da gratidão ao Senhor (I Tessalonicenses 5.18). A gratidão é a expressão da alma satisfeita em Deus (Filipenses 4.10-20). Aproveitemos muito bem o nosso tempo para crescermos na gra-
ça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (II Pedro 3.18).
Vivamos um dia de cada vez como Jesus ensinou, sem ansiedade. Olhemos para os lírios do campo, para as aves do céu e cada detalhe da natureza que o nosso Pai sustenta magistralmente (Mateus 6.25-34). Que cada um de nós diga não às conversas tolas, fúteis, enganosas, desconstrutivas e doentias. Que nos engajemos na construção ou execução de ideias e projetos nobres.
Seguindo a orientação de Tiago 1.19, sejamos prontos para ouvir (atenção concentrada, foco), tardios para falar (prudência) e tardios para se irar (mansidão).
Deus, nosso Pai, nos livre de perdemos tempo com a mediocridade, futilidade e a insensatez. Então, não dá para ficarmos enxugando louça. n
sional que ajuda a despertar a consciência dos cidadãos e acata suas manifestações de maus atendimentos e desrespeitos em empresas e órgãos públicos. A figura do ouvidor ou ombudsman existe para prestar um atendimento personalizado à comunidade, que passou a ser ouvida e a ter seus problemas solucionados de uma forma transparente e humanizada, respeitando os direitos do cidadão. Porém, este profissional não recebe apenas denúncias dos clientes e usuários. Pode também receber sugestões e elogios e encaminhá-los para os gestores, ajudando a melhorar o atendimento e fazendo justiça aos bons profissionais que trabalham pelo cidadão. O Ouvidor também deve exercer suas atividades com bastante sensibilidade, visto que além do público externo trata também com o público interno.
Contudo, além do preparo acadêmico e dos conhecimentos técnicos, o ouvidor/ombudsman deve ter ética, sensibilidade e capacidade de acolhimento. E é exatamente neste aspecto que entram a empatia e os valores cristãos, que me inspiram a trabalhar nesta
área. Em 2000 fui selecionada para ser ouvidora do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e em 2009 fui convidada para implantar a Ouvidoria do Hospital da Restauração da Secretaria de Saúde de Pernambuco, onde pude entrar em contato com a realidade de pacientes de uma emergência de grande porte.
Nestas atividades tenho aprendido o quanto é importante o exercício da alteridade. Sinto a importância de trazer para a minha vivência profissional a compaixão cristã e a sabedoria da Palavra de Deus. Como cristã entendo que devo abrilhantar minha atuação na Ouvidoria com os talentos dados pelo meu Senhor, com o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22). Como ouvidora, vejo o reclamante muito mais do que como um usuário do serviço público de saúde; vejo-o como um cidadão. Para mim é um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. E para trabalhar busco sabedoria na Palavra.
No livro de Provérbios 1.5 lemos: “Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira sábios conselhos”.
Em Tiago 1.19 está escrito: “Sabeis
isto, meus amados irmãos; mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Peço ao Senhor que eu esteja sempre pronta para ouvir e tenha sempre a resposta branda, que desvia o furor (Provérbios 15.1).
Infelizmente, vivemos em uma sociedade na qual ouvir é um hábito que está ausente nas empresas e órgãos públicos, em nossas Igrejas e até em nossas famílias. Onde quer que estejamos, sobretudo em nossas famílias, Igrejas e organizações eclesiásticas, precisamos estabelecer ou melhorar o hábito de ouvir bem. Ouvir é muito mais que escutar; é escutar com absoluta empatia. O saber ouvir é muitas vezes confundido com fraqueza. Façamos do nosso ato de ouvir uma bênção para aqueles que falam conosco, para que nossa resposta seja sábia, abençoadora e cheia de esperança. Pois é assim que o nosso Deus, o melhor Ouvidor (Salmos 4.3; 18.6; 65.2; Isaías 65.24), nos ouve: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jr 33.3). n
14 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/03/23 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA
Evento é vento!
Lourenço Stelio Rega
Lembro de diversos alunos contarem que a sua Igreja era movida a eventos; um deles chegou a comentar com seu pastor que evento é como vento, vem e some. Isso me acendeu uma forte preocupação e acabou dando título a este artigo.
Ao longo destas mais de quatro décadas de ministério, de fato, tenho percebido que muitas Igrejas acabam sendo movidas mesmo por eventos. Aliás, até que não é difícil gerenciar (isso não seria pastorear) uma Igreja assim, dou a dica para você: basta fazer uma reunião com todos os líderes antes de findar o ano, elaborar um calendário repleto de atividades semana após semana. A você caberá “cobrar” antecipadamente ao responsável que tome providências para que a atividade programada seja cumprida. Seja rigoroso. Tire fotos, faça relatórios, coloque tudo no site e perfil das redes sociais da Igreja e mostre que o “palco” está em movimento. Se alguém ficar doente no meio do caminho é só falar que a pessoa responsável pelo evento tem de dar um jeito e se sacrificar para o “reino”, pois, o show não pode parar.
Do ponto de vista histórico é possível levantar um dado curioso que, em geral, as denominações históricas no Brasil foram organizadas por missionários norte-americanos que realizaram um enorme trabalho e nos deixaram uma herança teológica e ministerial a quem necessitamos agradecer. Foi um ponto de partida em que muito esforço foi desenvolvido e que nos deram impulso para nosso percurso histórico.
A nós, na linha do tempo, cabe a necessidade de considerar o que é possível levar em conta e avaliar o quanto será preciso compreender dos impulsores de nossa origem que poderão contribuir para a nossa continuidade. Mas, repito, sempre com o espírito de gratidão pela atuação de nossos precursores.
O maior contingente de missionários que para cá vieram foi nas primeiras décadas do século passado e, naturalmente, trouxeram a visão pragmática tão comum na sua própria cultura e mais ainda com possível influência da administração científica modelada por Frederick Taylor e pela
visão de linha de produção fabril de Henry Ford. Todo esse movimento veio reforçar o pragmatismo, que já vinha sendo um dos impulsores da cultura da América do Norte.
O pragmatismo foi especialmente desenvolvido pelo filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce (18391914) e mais amplamente desenvolvido, também por outro norte-americano William James (1842-1910). É uma corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático, é a consideração das coisas de um ponto de vista prático, a sua utilidade prática.
No passado, a ênfase era no que chamamos na Filosofia de Ontologia, isto é, a valorização da essência das coisas, do SER em si. O pragmatismo, de forma diferente, valoriza o FAZER. Depois da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, uma outra abordagem filosófica que veio para regular a vida foi o Existencialismo, onde o impulsor era a EXISTÊNCIA, a experiência no aqui e no agora.
Queiramos ou não, esses movimentos vão germinando e influenciando o modo como enxergamos o mundo, nele agimos, legitimamos nosso modo de ser. É o que chamamos na Filosofia de Zeitgeist ou “espírito da época”. Por exemplo, os movimentos carismáticos vieram especialmente após a Segunda Guerra Mundial, em que a ênfase já não era mais no Pragmatismo, de modo que o foco já não era mais na instituição, na doutrina, mas na experiência pessoal com Deus, com o Espírito Santo, bem ao sabor dos ideais do Existencialismo. Se o espaço permitisse daria até para chegar hoje demonstrando as influências da Pós-modernidade ou, como prefiro, Hipermodernidade, redes sociais etc., e descrever o que já fiz em resumo em um artigo intitulado “A geração TikTok chegou!” (OJB, 08JAN2023).
Nosso papel como líderes é ter o cuidado de avaliar o caminho que estamos palmilhando e levando nossos liderados, considerando o quanto desses impulsores culturais, filosóficos, vão modelando nossa maneira de legitimar nosso modo de pensar e agir. Não há como deixar isso de lado ou corremos o risco de sermos como que “vítimas” ou subproduto destes
movimentos, entrando em um cenário confortável e prosseguindo nosso caminho, sem mesmo agir como os cristãos de Bereia, que conferiam nas Escrituras tudo o que ouviam (Atos 17.11ss). Como podemos dizer que “quem não reflete se torna vítima das ideologias!”.
Esse caminho que nos leva a conferir nas Escrituras o que de fato é o caminho que devemos seguir, em muito contribuirá para podermos ouvir de tudo e reter o que é bom (I Tessalonicenses 5.21). A Palavra de Deus se torna, assim, a métrica validadora e legitimadora de tudo o que podemos decidir, encaminhar, FAZER, SENTIR, SER, CONVIVER, PENSAR/REFLETIR e tudo o mais. Deus e Sua Palavra se tornam assim nosso ponto de partir e validador de tudo o que somos.
O Pragmatismo nos ajuda muito, pois nos leva da teoria à prática, nos leva da doutrina para a ação, para o servir. Nada de errado com isso, o dilema é se tornarmos o Pragmatismo nosso ponto de partida, o legitimador e validador do que seja o real Cristianismo. Quando colocamos o Pragmatismo como esse ponto central poderemos estar reduzindo o Cristianismo a atividades eclesiásticas, programas, estruturas, estratégias, eventos, de modo que ser cristão significa simples e meramente trabalhar na Igreja, estar envolvido, produzindo como que em uma linha fabril de produção.
Nesse sentido, o pastor da Igreja passa a ser gerente de calendário em vez de pastorear, cuidar do rebanho. O afeto, tão caro ao espírito do pastoreio, é substituído pelo poder, pelo comando, pela visão fabril e produtiva.
Já poderemos não ser mais Igreja, mas vamos à Igreja. A Igreja pela qual Jesus deu a Sua vida, passou a ser um espaço de trabalho, de atuação, em geral, dominical. Ser Igreja no mundo, como Jesus nos desafiou como sal e luz me parece que ficou assim reduzido em ir a um lugar que estabelecemos como sagrado em um dia da semana, que era para ser um dia de descanso e celebração, e tem se tornado em dia do cansaço e entretenimento em muitos casos.
A conversa de Jesus e a mulher samaritana (João 4.19ss) de que Deus estaria procurando verdadeiros
adoradores que o adorassem em espírito e em verdade, em vez de haver preocupação com um local externo (que foi o centro da pergunta dela). O que Jesus faz é um “upgrade” na concepção de adoração dentro do que chamamos na Teologia de “revelação progressiva”. Mas, me parece, que o Pragmatismo nos tem feito esquecer desta doutrina e de outras não menos importantes.
Precisamos de ação, de prática, mas tudo revestido de fundamentação nas Escrituras, de forma que estruturas, programas, atividades e até mesmo eventos, sejam meio e não o fim de tudo.
Será necessário recuperar o lado relacional, convivencial, terapêutico, piedoso e amigo do pastoreio. Infelizmente, ao longo do tempo, confundiu-se o dom pastoral com a função da gestão eclesiástica e muitos pastores acabam tendo de investir tempo nisso, pouco sobrando para o cuidado das vidas e não apenas da utilidade do trabalho na Igreja.
Será também necessário recuperar a profundidade da vida cristã, a espiritualidade, o modo de ser como cristão, que vai cimentar a ação, as atividades como produto de vida transformada e não meio de nos legitimar se somos bons crentes ou não.
Mais ainda, será necessário recuperar o papel de cada cristão no meio ambiente em que vive de modo a ser sal, luz, embaixador do Reino, demonstrando o Evangelho não apenas em palavra, mas também, e principalmente em ação, em obra, no exercício de uma ética responsiva, como alguém transformado pelo Evangelho e com testemunho transformador em uma dimensão missional.
Igreja é muito mais do que evento, é uma comunidade terapêutica, provedora de acolhimento, de comunhão, compartilhamento, de socorro, de serviço, de testemunho, de aprendizagem, de disciplina também, de capacitação de seus membros a serem sal e luz diante de um mundo cruel e sem Deus. É um ambiente fértil para o desenvolvimento da vida em adoração e glorificação a Deus. O resto é vento
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