Julho, Mês de Missões Estaduais
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Igreja Batista no RJ inaugura biblioteca com homenagem a membro fundadora
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PIB de Belo Horizonte - MG recebe evento das forças armadas
ISSN 1679-0189
3.60 ANO CXXII EDIÇÃO 27 DOMINGO, 02.07.2023
FUNDADO EM 1901
R$
ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
pág. 08 pág. 09 pág. 10 pág. 13
Tempo de realizações entre os Batistas brasileiros
No último mês, celebramos os 116 anos da Convenção Batista Brasileira e suas organizações missionárias. Um tempo para relembrar o que já fizemos e vislumbrar o que queremos fazer para os próximos anos. E como é bom fazer esse exercício! Agora, em julho, nosso calendário
indica a chegada do Mês de Missões Estaduais. Muitas das nossas 33 Convenções estaduais utilizam esse período para realizar a abertura de suas campanhas regionais de missões. Além disso, é um período em que temos também as Assembleias estaduais. Como é bom ver o Brasil Batista
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
PUBLICAÇÃO DO
CONSELHO GERAL DA CBB
FUNDADOR
W.E. Entzminger
PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim
DIRETOR GERAL
Sócrates Oliveira de Souza
em atuação, com os olhos atentos e prontos para trabalhar de acordo com as necessidades de seus espaços.
Na edição desta semana, por exemplo, a primeira do segundo semestre de 2023, o lançamento da Campanha de Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense (CBF), da Convenção
( ) Impresso - 160,00
( ) Digital - 80,00
das Igrejas Batistas Unidas do Ceará (CIBUC) e a 37ª Assembleia da Convenção Batista do Mato Grosso (CBMT).
Esperamos, ainda neste mês, publicar mais aberturas de Missões Estaduais e Assembleias das nossas Convenções.
Ótimo mês a todos! n
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)
CONSELHO EDITORIAL
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DIRETORES HISTÓRICOS
W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919);
A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);
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ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
2 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 EDITORIAL
REFLEXÃO
REFLEXÃO
Se conselho fosse bom...
Jonatas Nascimento
Diz o velho ditado: “Se conselho fosse bom não se deva, se vendia”...
Tem sido cada mais intensa a minha ligação com o universo religioso, a esta altura não somente com pastores e líderes da minha amada denominação Batista. Não posso negar que admiro as Igrejas Batistas que, em termos de organização, figura entre as melhores, apesar de fragilidades pontuais.
Gosto de ver Igrejas que honram os ministros religiosos com proventos e benefícios justos. Gosto de ver Igrejas que honram os seus trabalhadores com seus direitos trabalhistas garantidos. Gosto de ver Igrejas que honram os seus voluntários, aqueles que se doam para que a Igreja atinja os seus objetivos. Gosto de ver Igrejas que hon-
DICAS DA IGREJA LEGAL
ram os seus convidados, concedendo-lhes minimamente uma oferta amor em função do deslocamento. Gosto de ver Igrejas que não perderam o foco, cujo acrônimo adotado por mim é a PESCA, a saber: Proclamação, Ensino, Serviço, Comunhão e Adoração.
Isso mesmo, a Igreja que deixar de proclamar as verdades bíblicas não será aprovada; a igreja que deixar de ensinar princípios cristãos, éticos e morais estará fadada à morte espiritual; a igreja que deixa de praticar o serviço cristão-social, a beneficência, estendendo a mão para os menos favorecidos, não é uma igreja alinhada com os propósitos de Deus. Aliás, costumo dizer que toda Igreja que se preze já deve nascer com um projeto social debaixo do braço. A Igreja que não estimula a comunhão de uns com os outros e todos com Deus, precisa
rever os seus conceitos. Finalmente, a Igreja que renuncia a adoração sincera, real e verdadeira, está morta em si mesma.
Enfim, gosto de ver Igrejas bíblicas, centradas na vontade de Deus, que não cedem aos encantos do mundo.
Por outro lado, preciso alertar às Igrejas que não dão a devida atenção a aspectos administrativos, fiscais e legais, pois se as obrigações existem, elas devem ser cumpridas. Algumas com imputação de multas, outras gerando entraves para a Igreja.
Exemplo de incidência de multas: Quando a Igreja deixa de cumprir as suas obrigações, seja no âmbito fiscal ou contábil.
Exemplo de entraves: Quando a Igreja não mantém a sua ata de diretoria atualizada ou quando não possui um estatuto robusto de forma
a blindar-se contra os antirreligiosos que serão cada vez implacáveis contra a Igreja institucionalizada. Não faz muito tempo escrevi aqui n’OJB uma série de artigos apontando as razões pelas quais toda Igreja deve rever os seus estatutos, mas muitas permanecem inertes, não dando a devida atenção ao que chamei de grito de alerta.
Quer dizer, se conselho fosse bom...
Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, comente, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube n
Jonatas Nascimento, diácono. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227
E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com
Vamos nós louvar a Deus (Salmos 30.1-5)
José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
Esse é um salmo que é uma expressão fervorosa de louvor pelas grandes libertações que Deus trouxe a Davi. O propósito para a composição do salmo era ser cantado na edificação da casa de cedro que Davi construiu para si, quando ele já não precisava mais esconder-se de seu sogro – o rei Saul. Ao assumir o reino – Davi passa não mais a viver escondido em cavernas, mas em uma casa em que ele dedica ao Senhor (II Samuel 5.11).
Além da dedicação da casa, Davi, nesse salmo, expressa seu louvor a Deus pela libertação da morte, devido provavelmente a uma enfermidade muito séria (Salmos 30.2). O salmo é uma canção e não uma reclamação. O salmista nos convida a louvar, a adorar a Deus. Quais são as razões do salmista para louvar a Deus? Vamos elencar algumas razões para louvarmos e engrandecermos o nome do Senhor.
Em primeiro lugar, a ira de Deus é
momentânea, mas Sua graça é duradoura (Salmos 30.5). O salmista destaca que Deus, em Sua natureza, é o Deus da graça, e não o Deus da ira. Quando pecamos ofendemos a Deus. Por ser misericordioso, Ele leva tempo para se irar. Mesmo quando se ira, ao ver nosso arrependimento e humilhação, Ele imediatamente dissolve sua ira e se dispõe a ficar em paz conosco. Sua ira é temporária e Sua misericórdia dura para sempre (Lamentações 3.22-23).
Em segundo lugar, na vida temos mais motivos para celebrar do que para chorar (Salmos 30.5). Ao longo da vida teremos percalços, vamos chorar, sentir dor, mas, com absoluta certeza, temos mais motivos para nos alegrar, nos regozijar. Na vida de Davi houve noites inteiras de pranto e choro. Na visão do salmista o choro não é permanente e, de fato, não o é, porque o Deus que conhecemos e servimos é o Deus de toda alegria. O choro da noite jamais vencerá a alegria da manhã. O choro noturno não deve ser ocasião para o desespero; mas deve ser uma
oportunidade para adoração. O cantor gospel Nani Azevedo em sua canção “Espírito de Adorador”, diz: “Mesmo que não haja peixes no mar, mesmo que não haja estrelas no céu, mesmo que o sol venha escurecer, o meu Deus permanece fiel. Eu não posso retroceder – meu espírito é de adorador”.
Em terceiro lugar, o Senhor é aquele que nos sara (Salmos 30.2). Não sabemos qual foi a enfermidade que atacou o salmista, o que podemos dizer é que Davi dirigiu a Deus Seu clamor por socorro e o Senhor lhe deu vida no lugar de morte, substituiu a doença por saúde. Davi sabe que a fonte de sua cura é o Senhor. A cura e a restauração são características inerentes ao nosso Deus (Salmos 103.3).
Os milagres narrados nas Escrituras, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo Testamento, objetivam a glória do nosso Deus. Entretanto, a cura mais importante de nossa existência é a cura da alma. Para a cura da alma, só existe um remédio: Jesus Cristo! Charles Spurgeon diz: “Quanto as nossas doenças
espirituais, nada pode curar estes males senão o toque do Senhor Cristo”. Em último lugar, o nosso Deus é o Deus da vida (Salmos 30.3). Davi teve livramento não somente físico, mas também emocional. Em alguns momentos difíceis, o salmista entrava em profunda tristeza – com suas emoções esbagaçadas – e Deus lhe deu uma nova vida, uma vida com saúde e emocionalmente estável. É fato – pior do que a dor física é a agonia mental. Muitos estão com um quadro emocional desfavorável e sentem como se estivessem mortos porque já perderam o encanto pela vida e em si mesmos. Creia que Deus é bom e poderoso o bastante para te libertar de qualquer sentimento que esteja nos fazendo mal e lhe machucando. Sua tristeza, seu pavor e medo não são maiores do que nosso Deus. Deus vai te levantar e soprar vida a sua alma. Hernandes Dias Lopes diz: “Descanse em Deus. Tire os seus olhos das circunstâncias e ponha-os naquele que está acima e no controle das circunstâncias”. n
3 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
Cinco formas de compartilhar a Palavra com pessoas que estão perto de nós
Missões Estaduais da Convenção
Batista Baiana
Aproveite essas dicas e crie oportunidades com pessoas que estão à sua volta para falar a respeito do Evangelho.
Converse sobre sua fé: às vezes, a melhor maneira de compartilhar a palavra de Deus é simplesmente falar sobre sua própria experiência e relacionamento com Ele. Em conversas informais, fale sobre como a sua fé tem sido importante para você e como Deus tem trabalhado em sua vida.
Compartilhe passagens da Bíblia: a Bíblia é a Palavra de Deus e pode
Somos testemunhas de Cristo
“Respondeu ele pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo” (Jo 9.25).
sair e achará comida... Eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa” (Jo 10.7-10).
ter um poderoso impacto na vida das pessoas. Compartilhe algumas das suas passagens favoritas com outras pessoas e fale sobre o que elas significam para você.
Ore por e com outras pessoas: a oração é uma forma poderosa de se conectar com Deus e pode ser uma maneira significativa de compartilhar a sua fé com outras pessoas. Ofereça orar por pessoas que estejam passando por momentos difíceis e convide-as para orar com você.
Sirva os outros: quando servimos os outros, estamos seguindo o exemplo de Jesus e podemos ser uma luz para aqueles ao nosso redor. Ofere-
No tempo de Jesus, cada grupo religioso diferente somente se dedicava a anunciar a própria doutrina, bem como as suas práticas características de culto. Na sua autorrevelação, Jesus declarou: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: Eu sou a porta, por onde as ovelhas passam... Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: poderá entrar e
ça-se para ajudar as pessoas em sua comunidade ou para participar de uma iniciativa de serviço em sua igreja.
Convide para eventos da Igreja : sua Igreja provavelmente realiza uma variedade de eventos, incluindo ser-
Nosso testemunho pessoal deve ser como o do cego curado por Jesus: “Uma coisa eu sei: eu era cego e, agora, vejo” (Jo 9.25). O que estimula as pessoas, quando dão testemunho, é o relato daquilo que Cristo fez por elas. Em outras palavras, o que leva pessoas a Jesus não é nosso discurso teológico, mas o impacto daquilo que Cristo fez e, por isso, nos transformou pessoalmente.
viços de adoração, grupos de estudo bíblico e eventos comunitários. Convide amigos e familiares para participar desses eventos com você e use isso como uma oportunidade para compartilhar a Palavra de Deus. n
Vale a pena correr o risco?
“Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real da casa de Judá. Porém Jeosabeate, filha do rei, tomou a Joás, filho de Acazias, furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs com a sua ama na câmara dos leitos; assim Jeosabeate, filha do rei Jeorão, mulher do sacerdote Joiada (porque era irmã de Acazias), o escondeu de Atalia, de modo que ela não o matou. E esteve com eles seis anos escondido na casa de Deus; e Atalia reinou sobre a terra” (II Cr 22.10-12).
Como você reagiria diante do iminente perigo? Será que você correria risco para salvar a vida de outras pessoas? Será que a minha vida vale ser
sacrificada, a fim de que outras cheguem à verdade? Estas não são perguntas fáceis de responder, mas refletem muito bem as nossas prioridades.
Este texto bíblico relata sobre a ação de uma mulher, que mesmo contrariando a rainha, sua mãe, corre o risco para salvar a vida de um sobrinho, destinado ao trono. Esta sua ação não estava condicionada ao desejo de angariar poder ou vantagens para si, antes sua ação estava firmada na promessa de Deus.
O nome da mulher é Jeosabeate, que com muito discernimento, mesmo diante de muita pressão, intervém numa situação que poderia mudar o rumo da história. Ela se coloca numa posição de insegurança e perigo, a fim de que o que estava escrito pudesse ser concretizado. Vê-se bem claramente isto, quando ao esconder a criança o faz onde ela mesma habitava e circula-
va. Em segredo, ela educa aquele que viria a ser o soberano do povo de Israel.
Muitas vezes somos inclinados pelas pessoas que são próximas a mudar de ideia ou ceder diante de argumentos que nos convencem de que a ação que nos move não é correta e, isto de fato não é de todo ruim. O ruim está quando ouvimos as pessoas ao invés de escutar e fazer a vontade do Senhor. Afinal, devemos reconhecer que a verdadeira sabedoria vem do temor a Deus, isso revela submissão e obediência irrestrita.
Na caminhada cristã existem momentos em que somos abalados, afligidos e vivemos em clima de instabilidade, porém devemos sempre nos lembrar que as promessas do Senhor são eternas, e que por isso mesmo é preciso confiar e descansar nEle, mesmo que isso envolva um sacrifício ou uma situação de perigo, pois a nossa
vida só tem sentido quando de fato fazemos a vontade do Senhor, pois ela é boa, perfeita e agradável.
Diante disto, precisamos refletir sobre o quanto estamos dispostos a correr riscos em nome do Senhor. O quanto estamos dispostos a seguir em frente, mesmo quando o mundo diz que as nossas ações são tolas e inúteis, que não ganharemos nada com as nossas atitudes. Contrariando a tudo e a todos, precisamos seguir em frente mesmo no silêncio, pois com certeza a vitória no Senhor virá. Pode ser que nem mesmo venhamos a saboreá-la, mas já teremos a certeza dela, isso nos motiva a correr o risco, pois o que faz a nossa vida ser preciosa é saber que vale a pena seguir a Cristo, seja qual for a circunstância.
O que é mais precioso para você?
Ore, entregando sua vida e ações nas mãos do Senhor. n
4 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
Olavo Fe ijó
Gleyds Silva Domingues educadora cristã
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia
Jénerson Alves
jornalista, professor, poeta e membro da Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE
“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes” (Mt 5.38-42).
Uma das passagens intrigantes das Escrituras é o versículo 39 do capítulo 5 do Evangelho de Mateus. Em meio ao contexto do Sermão do Monte, Nosso Senhor orienta: “Não resistais ao mal; mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”. Ao longo da história da Igreja, muitos estudiosos das Escrituras se debruçaram sobre o assunto. Alguns apontam que essa perícope deixa claro que é proibido ao cristão autodefender-se; outros, indicam que a nobreza espiritual declarada pelo Senhor é assaz elevada, de modo que é impossível ao ser humano alcançá-la.
Nestas linhas, queremos trazer algumas contribuições que podem colaborar com o leitor, a fim de que possamos refletir e, da maneira correta, buscarmos cumprir com o desígnio nos ensinado pelo Mestre, aprendendo a oferecer a outra face de maneira correta.
1. A lei da retaliação
Para compreender os textos bíblicos, é fundamental fazer uma per-
Oferecendo a outra face
gunta: o que entenderam os primeiros leitores diante destas palavras?
Ao realizarmos este exercício, vemos que o primeiro público que recebeu o Sermão do Monte era formado por judeus. Dessarte, perante tal mensagem do Salvador, certamente a plateia fez uma associação direta à chamada ‘lei da retaliação’, registrada em Êxodo 21.24, Levítico 24.20 e Deuteronômio 19.21. Ora, essa norma não tinha a premissa de estimular a vingança, mas objetivava proteger o infrator de uma penalidade mais severa do que a demandada pela transgressão cometida.
De certa forma, vemos que Cristo, no Sermão do Monte, amplia os significados da Lei, expressando o caráter do Reino de Deus. Do cume do Monte, o Senhor proclama a essência e a majestade de Seu discurso. A expressão “abriu a boca” conota a solenidade de Sua mensagem.
2. Qual é a outra face?
São Jerônimo, presbítero que viveu no quarto século, cita que intérpretes místicos comentavam o seguinte: “uma vez ferida nossa face direita, não se nos manda apresentar a esquerda, porém a outra; isto é, a outra direita, o justo não tem face esquerda. Se um herege nos fere em alguma disputa, e quiser ferir nossa fé, que representa a direita, ofereça-lhe outro testemunho das Sagradas Escrituras”.
Lembremo-nos que, em muitas passagens bíblicas, a ‘face direita’ tem de ver com as questões eternas, espirituais, enquanto a ‘face esquerda’ refere-se às questões temporais, terrenas.
Contudo, não se pode pensar que
esse versículo seja uma ‘carta branca’ para o quietismo e para permitir que pratiquem todo tipo de injúria ou ladroice contra os servos do Senhor. Esse alerta nos chega de homens como São Gregório Magno, que viveu entre os séculos V e VI. “Sem embargo, enquanto em alguns casos devemos tolerar que nos roubem as coisas temporais, em outros, guardando a caridade, devemos impedi-lo, não só por nosso interesse, senão também para evitar que os ladrões se percam. Mais devemos temer pelos ladrões, que sentir a perda das coisas terrenas. Quando se perde a paz do coração a respeito do próximo por uma coisa terrena, evidencia-se que amamos ao próximo menos que às coisas”.
3. Só os renascidos podem dar a outra face
Ao apontar para tão elevada posição, o Senhor nos encaminha rumo à perfeição. Pela numerologia bíblica, o número 3 indica o que é perfeito. No contexto referido, o Pregador enumera três exemplos: bater na face; tirar a capa e obrigar a caminhar uma milha. Perceba que, no último exemplo, forma-se o número três (ao ser obrigado a trilhar uma milha, que caminhemos mais duas, ou seja, três). Esses detalhes corroboram com o imperativo “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). Essa perfeição não advém da natureza humana, mas é resultado da graça de Deus.
Vemos essa graça em milhões de testemunhos de homens e mulheres santos, registrados nas Escrituras ou mesmo na história da Igreja. Pode-
mos citar o exemplo do pastor Batista Charles Spurgeon, o qual era amigo de outro pregador, Newman Hall - este, escrevera um livro intitulado ‘ Come to Jesus’ (Venha a Jesus). Entretanto, outro pregador da época publicou um artigo ridicularizando Hall. Em um primeiro momento, o escritor tolerou as críticas, mas dado momento resolveu rebatê-las. Ele escreveu uma carta irônica, repleta de sarcasmos e revanchismo. Todavia, antes de enviar o documento, o dr. Hall decidiu mostrá-lo a Spurgeon, para que este opinasse sobre o assunto. Após ler as páginas, o Batista opinou que o texto fora muito bem escrito e que as críticas mereciam ser contrapostas. “Mas”, continuou Spurgeon, “falta-lhe uma coisa: sob seu nome, você deve escrever as palavras ‘autor de Venha a Jesus’”, declarou. Hall fitou Spurgeon por algum tempo e, prontamente, rasgou a carta. Aquele conteúdo poderia ser corriqueiro para qualquer pessoa, não para um filho de Deus.
Como servos do Senhor, somos nascidos de novo. No Evangelho de João, o Senhor Jesus emprega a expressão “nascidos da água e do espírito”. Essa expressão significa que o renascimento em Deus gera purificação. O renascido consiste na Igreja do Senhor, para a qual Cristo se entregou “purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” (Ef. 5.26).
Essa purificação nos coloca em uma posição vertical. Diferentemente do ‘velho homem’, o renascido não se molesta com nada, quer sejam bofetadas, roubos, perdas. Ele está livre em Cristo.
Oremos e vivamos tal realidade! n
Já não foi o suficiente? Então, perdoe!
Raimundo Ribeiro Passos educador cristão
“Se perdoardes alguma coisa a alguém, também eu lhe perdoo; se é que tenho perdoado alguma coisa, foi por vossa causa que o fiz na presença de Cristo, […]” (II Co 2.10)
Nós temos uma facilidade muito grande para punir alguém e o fazemos com extrema prontidão, mas como nos é difícil, pelo menos na mesma intensidade, liberar o perdão! É necessário saber o limite de até onde se vai com uma punição! Este é um tema caro para a Igreja e para cada um de nós individualmente.
Jesus, num questionamento de Pedro sobre até quantas vezes dever-se-ia perdoar (Mateus 18.20-22), afirmou não ser sete vezes, mas setenta vezes sete. Se quisermos tratar isso de modo calculista, seriam 490 vezes. Como seria isso? Já imaginou alguém lhe fazendo algo e voltando 490 vezes para lhe pedir perdão? Certamente, sendo bem longânimo, na décima vez você
já teria perdido a paciência.
Mas, com certeza, essa questão não é para se fazer nenhum levantamento estatístico, mas fala mais da nossa incapacidade! Em algum momento, cada um de nós já passou por uma situação de ter de perdoar alguém, o que pode ter sido “fácil” ou difícil. Carregar a falta de perdão traz mais transtornos que liberar o perdão, e como essa falta tem levado ao adoecimento de tantas pessoas! Com certeza é por isso que nos é dito que o sol não deve se pôr sobre nossa ira e que o travesseiro é lugar de descanso e sossego (Salmos 4.4; Efésios 4.26). O ato de perdoar, além de reconfortante para a alma, é um meio de desenvolvimento da nossa santidade.
Há pelo menos dois motivos pelos quais o perdão é necessário e que Paulo ressalta aos irmãos da Igreja de Corinto. Um deles é o benefício para o indivíduo e outro é o de vantagem da Igreja sobre as artimanhas de Satanás. Paulo nos diz que à pessoa perdoada deve ser dado readmissão, conforto, consolo e demonstração de amor pela
Igreja, para que ela seja restaurada e não caia numa situação de desânimo ou entre em depressão. Para isso, com certeza, é necessário saber que a dose corretiva já foi suficiente e que passar do limite pode trazer grandes prejuízos. A pessoa perdoada precisa “sentir” que de fato o foi.
Por outro lado, quando há o perdão da Igreja, esta deve demonstrar que perdoou o indivíduo, confirmando o amor para com ele. Isso é exatamente o segundo motivo que leva à vitória sobre as artimanhas de Satanás. Este está ávido para acusar e minar a saúde espiritual da Igreja. Uma Igreja que não perdoa está dando brechas para Satanás. A começar pela liderança, passando pelo(a)(s) ofendido(a)(s) e pelo menos pela maioria da Congregação, a correção deve ser aplicada até que o ofensor se torne penitente, após isso o perdão e o amor devem ser confirmados. Não desprezemos os intentos de Satanás neste quesito (II Coríntios 2.11).
“É perdoando que se é perdoado”Essa afirmativa precisa fazer parte de
nossa vida, não só como uma oração bonita, mas como uma verdade em nossas vidas. Faltar com o perdão é dar lugar à ação deliberada de Satanás. Ele sabe muito bem aproveitar esta oportunidade. Cada um de nós sabe o custo disso! Mas, com certeza, não é maior que o custo de nosso misericordioso Deus que enviou seu filho para morrer na infame cruz para que o perdão pudesse nos ser aplicado. Certamente que a ofensa é vista de forma diferente para cada um, mas antes do ofendido está o próprio Deus, pois qualquer pecado é uma ofensa contra ele. E ele está de braços abertos para receber o pecador arrependido e pronto para tratá-lo. Por outro lado, as ofensas normalmente não começam já vultosas, mas vão crescendo em espiral até um limite que sai de nosso controle e passamos ao controle de Satanás (Efésios 4.31-32), dando lugar à ira e não tendo controle da disciplina e nem do perdão a ser dado. Que o Senhor nosso Deus, fonte de todo o perdão, nos ajude nessa difícil tarefa. Amém! n
5 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 REFLEXÃO
Na Bíblia existem muitos exemplos de pais que servem de exemplo para nós hoje.
Recentemente estava fazendo minha jornada pelo livro de Juízes e me deparei, mais uma vez, com a história de Sansão. Nessa jornada, me chamou a atenção a oração de Manoá, registrada em Juízes 13.8, que diz: “Então Manoá orou ao Senhor: “Senhor, eu peço que o homem de Deus que enviaste volte e nos dê mais instruções a respeito desse filho que vai nascer”.
Aqui encontramos a oração de um pai desejando, ardentemente, receber, de Deus, instruções claras de como criar o seu filho que iria nascer. Muitas vezes gostaríamos muito que nossos filhos viessem com manual, tal como recebemos quando compramos um produto. Mas, infelizmente, nossos filhos não vêm com manual. Seria tão bom se assim fosse. Nesse manual teria vários capítulos. Um dedicado, por exemplo, com o título “Como fazer com que seu filho não fique tanto tempo no celular”. Mas, como já afirmei, filhos não vem com manual.
A oração de um pai
Por isso, a oração de Manoá deve ser a oração de todos os pais, de todas as épocas. Criar filhos hoje é um tremendo desafio. Cada vez que as décadas passam, mais difícil fica. Mais desafiador se torna. Sempre foi difícil, mas hoje é mais.
Hoje, temos a questão das amizades que são mais perigosas. Acesso às redes sociais. Desafios na área da sexualidade. Só para mencionar alguns.
Quando eu era criança e adolescente, meus amigos da escola não representavam perigo para mim. A tecnologia que tínhamos era aprender datilografia. Nem se falava em celular. O máximo que tínhamos era um telefone que os pais colocavam um cadeado para evitar fazer chamadas mais demoradas. Por isso, repito, a oração de Manoá deve ser a oração de todos os pais que desejam criar os seus filhos segundo a orientação de Deus.
Afirmei, anteriormente, que filhos não vêm com manual, mas quando olhamos para a Bíblia, podemos encontrar vários princípios para criar os
filhos segundo os planos de Deus. Deus, em Sua Palavra, tem muitos ensinamentos para os pais no que tange a criação de seus filhos. Basta ler o livro de Provérbios, Efésios, Colossenses e tantas histórias de criação de filhos de personagens bíblicos que podemos extrair aprendizados para os dias de hoje.
Os pais cristãos devem orar pedindo a Deus sabedoria para colocarem em práticas os princípios da Palavra na criação de seus filhos nesses tempos.
Quando lemos a história de Manoá, podemos concluir com duas observações.
Deus manda que sua esposa se abstenha de comer qualquer fruto da vide. Aqui podemos aprender algo. Para criar nossos filhos nos caminhos santos, Deus quer trabalhar em nós, em primeiro lugar.
Deus quer ver em nós, pais, em primeiro lugar, a obediência à suas orientações.
Em segundo lugar, sabemos o quanto Sansão não obedeceu às orientações de Deus em sua vida. Essas atitudes, de forma alguma, descredenciam Manoá como pai. Ele fez a
Uma tristeza necessária
Nédia Maria Bizarria dos Santos Galvão
membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; professora de EBD, especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia
A Terra da Cocanha é uma pintura de Pieter Brughel, um pintor renascentista. Ele retrata na sua obra do século XVI, Terra da Cocanha, um país imaginário onde há fartura, ociosidade, prazeres absolutos, eterna juventude, liberdade sexual, constante paz e alegria. Trata-se de uma obra que tem como padrão predominante o prazer carnal. A Terra da Cocanha apresenta o ser humano na busca desenfreada por uma alegria meramente terrena e corrompida.
Na segunda carta aos coríntios no capítulo 7, versículos do 8 ao 10, observamos que o apóstolo Paulo, de maneira antagônica a Pieter Brughel, trata da Tristeza Necessária: “Mesmo que a minha carta tenha causado tristeza a vocês, não me arrependo. É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês
se entristeceram como Deus desejava e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte.”
Nesta passagem percebemos que o apóstolo faz menção a outra carta, que provavelmente intercalou a primeira e segunda. Teólogos e estudiosos chamam essa carta para nós desconhecida de “carta severa”. Há evidências do conteúdo de confronto dessa “carta severa”, pois o próprio Paulo a princípio lamentou por escrevê-la, por causar tristeza em seus leitores. Mas, o apóstolo pôs esse lamento pessoal de lado, porque a tristeza causada na Igreja pelas palavras escritas, era uma tristeza necessária.
O termo tristeza no idioma grego (λυπέω - lypéō), significa um estado de tristeza caracterizado por um pesar que resulta daquilo que se fez. Trata-se de um estado de angústia e sofrimento mental. É como ser engolido, tomado pela angústia e tristeza. Daí esta tristeza necessária. Entretanto, devemos compreender a tristeza com suas implicações positivas.
Primeiro, a tristeza necessária é momentânea, pois ela é por pouco tempo. É um período de mergulho
no mar da angústia, onde contemplamos nossas culpas e inclinações maldosas submersas nas águas da nossa natureza humana. É um mergulho momentâneo, mas profundo o suficiente para enxergar nossos pecados. Os irmãos coríntios fizeram esse mergulho, pois através daquela “carta severa”, sentiram a tristeza necessária pelos seus erros. Sem este pouco tempo de tristeza, correríamos céleres à destruição que é a consequência do pecado. E Deus é tão misericordioso que nos permite apenas por pouco tempo a tristeza necessária, quando merecíamos a vida toda mergulhada no mar da angústia das nossas culpas.
Segundo, a tristeza necessária produz mudança de vida. A tristeza levou os irmãos coríntios ao arrependimento. O termo arrependimento na língua grega (μετάνοια - metanóia) significa mudar o modo de vida em razão de uma total mudança de pensamento e atitude quanto ao pecado e a justiça. É como sair de um charco de lama e mergulhar num rio de águas cristalinas. É uma reversão, uma mudança radical de atitude.
Terceiro, a tristeza necessária tem origem em Deus. O texto nos comunica que a tristeza é segundo Deus, assim como Seu desejo. Foi o próprio Deus
sua parte. Assim acontece conosco. Nossa parte, como pais, deve ser feita com esmero. Se os filhos, na fase adulta, seguirão ou não os caminhos de Deus é uma outra história e eles são responsáveis por suas decisões e escolhas.
Concluindo, eu creio que Deus ouviu a oração de Manoá e que apesar das falhas de Sansão, a maior alegria que um pai, ou uma mãe, é ter o nome de seus filhos escritos no livro da vida. Isso aconteceu, com certeza. Manoá teve o nome de seu filho Sansão na lista dos heróis da fé (Hebreus 11.32). Deus contemplou a fé de Manoá. Que pai não ficaria feliz em ter o nome de seu filho na galeria da fé?
Que Deus ajude os pais cristão de hoje e de amanhã. Que busquem a orientação de Deus para criar os seus filhos nas sendas do Evangelho. n
Gilson Bifano Palestrante, escritor e coach na área de casamento e família. Siga-me no Instagram: @gilsonbifano oikos@ministeriooikos.org.br
que instaurou a tristeza na igreja em Corinto, é o próprio Deus quem injeta a tristeza necessária nos Seus. Se não sentimos tristeza ao pecar, nosso prazer não está em Deus, mas nos prazeres frívolos da Terra da Cocanha. A tristeza necessária lava o nosso rosto da maquiagem feita pelo pecado, por isso ela tem origem em Deus, pois o Espírito Santo de Deus que nos convence das nossas culpas.
Quarto, a tristeza necessária gera salvação. A tristeza segundo Deus produz arrependimento que resulta em salvação, diz o texto. Que tristeza necessária! Até a tristeza proveniente de Deus é para o nosso bem, é para nossa restauração, é para nossa reconciliação, é para nossa transformação, é para a nossa salvação, porque a tristeza necessária nos livra da condenação.
Que entendamos a Tristeza Necessária:
Como momentânea;
Como geradora de mudança de vida;
Tendo origem em Deus;
Crucial para consumação da salvação.
Que entre os deleites espúrios da Terra da Cocanha e a Tristeza Necessária, sejamos tomados por essa legítima tristeza. n
6 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
EM FAMÍLIA REFLEXÃO
VIDA
Redação de Missões Nacionais
No dia 12 de junho, as Radicais Raquel Mangabeira e Maria Jucinete se uniram para preparar um evento e compartilhar a maior declaração de amor que existe: o Evangelho! Foi uma noite especial em Bom Jesus da Lapa, no estado da Bahia.
Após as dinâmicas realizadas com o intuito de gerar conexão entre os casais, eles ouviram uma reflexão bíblica sobre casamentos firmados na rocha, ministrada pelo pastor Manoel Brás e, depois, participaram de um jantar temático. O cardápio foi escolhido com carinho: panquecas ao molho branco, arroz e salada de batata inglesa, e a sobremesa foi mousse de limão!
Não há amor igual!
“A minha maior alegria é ver essas famílias experimentando a graça de Deus por meio de situações como essa, que proporcionam a eles dignidade e fazem com que se sintam valorizados, vistos. Ah! Deus estava, mais uma vez, bem presente”, contou Raquel.
O salão decorado com o tema da noite, o cardápio escolhido e preparado com alegria, a programação pensada com carinho... Esse dia especial é prova do amor de Deus para com cada um dos convidados e com a equipe missionária, que vive e prega o Evangelho a todos na região.
Momentos como esse só são possíveis porque muitas pessoas investem na obra missionária. Continue fa-
zendo parte do que Deus tem feito no Nordeste do Brasil. Ore e envie a sua
oferta pelo site: www.missoesnacionais.org.br/contribuir. n
7 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
MISSÕES NACIONAIS
Coral Candango leva melodias de esperança no Dia Mundial da Doação de Sangue
Coro é formado por membros das Igrejas da Convenção Batista do Planalto Central.
Um gesto que ecoa vida. No Dia Mundial da Doação de Sangue, 14 de junho, o Coral Candango, formado por membros das Igrejas filiadas à Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) entoou melodias de esperança no Hemocentro. O pastor Michael Braga, auxiliar na Primeira Igreja Batista em Valparaíso de Goiás - GO, compartilhou
palavras de encorajamento, tanto para os doadores de sangue, quanto para os valorosos funcionários do Hemocentro de Brasília.
Mais tarde, o coral espalhou sua harmonia no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde encontraram um público atento composto por pacientes, médicos e enfermeiros. Foi um momento verdadeiramente especial, onde a música e o cuidado se entrelaçaram em uma sinfonia de solidariedade.
Neste Dia Mundial de Doação, é im-
portante lembrar a grande importância de doar sangue. Um ato altruísta que pode salvar vidas, oferecer esperança e criar sorrisos. Cada doação é uma oportunidade de ser o elo que liga os corações que lutam contra doenças e lesões com a cura que tanto precisam.
Agradecemos profundamente a todos os doadores de sangue, aos profissionais dedicados dos hemocentros e aos heróis anônimos que estão dispostos a compartilhar o precioso dom da vida. O serviço abnegado é um
verdadeiro testemunho de amor e compaixão. Como diz em Mateus 20.28: “Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Que essa mensagem de serviço e generosidade continue a inspirar a todos nós a estendermos a mão e servir uns aos outros, renovando a esperança e criando um mundo melhor. Unidos, podemos transformar vidas com a doação de sangue. Obrigado por sua dedicação e serviço inestimável n
Convenção Batista Alagoana realiza Congresso de diáconos
Na ocasião, foi organizada a Associação de Diáconos Batistas de Alagoas.
Bruna Candido
estudante de jornalismo; membro da Igreja Batista do Bebedouro - AL
Nos dias 26, 27 e 28 de maio foi realizado o Congresso dos Diáconos Batistas de Alagoas, no Acampamento Batista Alagoano - Pr. Boyd O’Neal, em Paripueira. A programação do evento foi cuidadosamente pensada em busca da união e alinhamento entre os diáconos da denominação no estado. Além disso, também foi organizada uma Associação de Diáconos Batistas de Alagoas (ADBAL), ligada à associação nacional. O encontro foi realizado pela Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB) e a Coordenadoria dos Diáconos Batistas da região Nordeste do Brasil, com o apoio da Convenção Batista Alagoana (CBAL).
O preletor oficial do evento foi o pastor Riedson Filho, da Igreja Batista Monte Gerezim, na Bahia, e 1º vice-presidente da Convenção Batista Baiana
Programação do evento foi pensada em busca da união e alinhamento entre os diáconos da denominação no estado
(CBBA), que destacou biblicamente o objetivo do ministério diaconal e como ele deve ser conduzido.
O congresso contou com a presença dos diáconos das Igrejas de Alagoas e representantes dos estados de Sergipe, Bahia, Ceará e Pernambuco. Também estavam no evento: o diácono Jorge Souza, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB); pastor Ronaldo Robson, da Igreja Batista de Campo Grande, em
Pernambuco, e 2º vice-presidente da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE); diácono Justino Rodrigues, coordenador da região Nordeste, e pastor Djalma Inoue, gerente de escritório da Convenção Batista Alagoana, além do suporte de funcionários do escritório da CBAL e da Juventude Batista Alagoana - a JUBAL, que apoiou o evento com a presença do presidente João Pedro e membros da sua Diretoria.
Os diáconos são pilares da Igreja e exemplos no servir com alegria e, por isso, o congresso foi marcado pela comunhão e alegria entre os irmãos, que puderam se aproximar e louvar a Deus. Foi um momento muito especial, que serviu para revigorar espiritualmente e estreitar laços da Igreja do Senhor. Vimos o sentimento de gratidão pela oportunidade expressa pelos envolvidos no que foi feito naqueles dias pelo nosso Deus. n
8 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
Lucas Nunes Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Coral Candango levou a mensagem cantada em duas instituições de saúde no Distrito Federal
Missões Estaduais da Convenção Batista
Fluminense lança campanha para 2023
“Deus é por nós” é o tema escolhido para a campanha.
Diana Sampaio Rodrigues Departamento de Comunicação da Convenção Batista Fluminense
No dia 27 de maio aconteceu o culto de lançamento da Campanha de Missões Estaduais 2023 “Deus é por nós”, na Igreja Batista Fonte Carioca, em São João de Meriti - RJ.
O tema da vez tem por objetivo evidenciar toda grandeza, profundidade e efetividade do amor de Deus por nós. Dessa forma, a divisa escolhida trata justamente sobre essa verdade encontrada em Tito 2.14: “Foi ele quem se deu a si mesmo por nós, a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a ele e que se dedica a fazer o bem”.
O culto de lançamento reuniu diversos irmãos tanto presencialmente, quanto através da transmissão online , sendo iniciado com as palavras do coordenador do Departamento de Evangelismo e Missões da CBF, pas-
tor Daniel Cunta, e do pastor Cláudio Guarisa dando as boas-vindas. O Ministério de Louvor da Igreja conduziu os momentos de adoração e o hino oficial da campanha.
Também foi feito um momento todo especial em que o capelão hospitalar pastor Paulo Ogg e a capelã escolar Letícia Belga falaram sobre o trabalho que tem sido feito, a importância dele, os desafios enfrentados e os objetivos que desejam ser alcança-
dos. Logo após, foi feito um tempo de oração por cada missionário que atua em capelanias e pelas pessoas que são alcançadas através dessa obra missionária.
Após o momento de louvor e adoração o missionário e pastor Ozeas Souza, atuante na Missão Batista Universitária do Brasil em Imbariê, em Duque de Caxias - RJ contou sobre o que o Senhor tem feito naquele lugar, a revitalização da Congregação que
precisa muito da ajuda das pessoas, de Missões Estaduais e, principalmente, de oração. Além disso, o pastor Renato Oliveira também compartilhou sobre a sua experiência e evolução em Queimados - RJ, na Baixada Fluminense.
O mensageiro da noite foi o pastor Daniel Cunta, trazendo uma reflexão acerca do próprio tema da campanha, evidenciando a importância de andarmos em amor e olharmos para o exemplo de Cristo, que se entregou, a fim de cumprirmos a missão deixada por Ele a nós.
Ao final, foi transmitido um vídeo especial feito pelo diretor Executivo da CBF, pastor Amilton Vargas e, logo em seguida, uma oração de encerramento.
Na página oficial de Missões Estaduais, você encontra cartazes e filipetas, manual do promotor, manual infantil, banner, estudos bíblicos, roteiro PGM, música oficial, defesa, pastorais, mídias sociais, logos, ordem de culto, culto infantil e recursos didáticos. n
“Adore Minas” marca novo tempo para os Músicos Batistas Mineiros
É o primeiro congresso promovido após um hiato de três anos.
Departamento de Comunicação da Convenção Batista Mineira
“Participar deste congresso foi uma experiência incrível. Passei a semana toda envolvida pelas melodias e mensagens ali ecoadas e pregadas!”. Essa foi a experiência da Larissa Arruda, membro da Primeira Igreja Batista em Mantena - MG, no Congresso “Adore Minas”, primeiro congresso promovido pela Associação de Músicos Batistas de Minas Gerais, após um hiato de três anos, realizado de 26 a 28 de maio.
A anfitriã do congresso foi a Primeira Igreja Batista em Governador Valadares - MG, que recebeu músicos representando várias Igrejas da região e do estado. “O Congresso Adore Minas foi um divisor de águas para a PIBGV e outras Igrejas de nossa região. Tudo feito com muito cuidado e carinho. Palavras impactantes ministradas pela irmã Marta Keila e pastor Renato, ambos do Rio de Janeiro. Foi uma grande festa de louvor e adoração ao nome do Senhor. A marca do congresso é a edificação e capacitação espiritual e musical dos participantes que compuseram um grande coro que abrilhantou
a sessão de encerramento. Foram momentos importantes de oração, louvor e mensagens bíblicas. Com eventos como esse, nossas são cada vez mais edificadas e capacitadas. Parabéns à AMBMG e toda a equipe envolvida!”, disse Hélio Alves, pastor da PIBGV.
Entendendo a importância do conteúdo que seria compartilhado nas palestras, oficinas e cultos, a Associação transmitiu o “Adore Minas” através do Canal do YouTube da Convenção Batista Mineira, oferecendo a oportunidade de outros músicos serem abençoados: “Participei virtualmente do congresso e fui muito abençoado pelo repertorio,
que foi maravilhoso. Inclusive, já estou levando para os grupos que lidero. Que venham vários outros congressos para aprendermos e crescermos juntos como músicos batistas em Minas Gerais”, disse Felipe Werneck, da Igreja Batista do Progresso em Belo Horizonte - MG.
De acordo com o vice-presidente da Associação de Músicos Batistas, Otávio Barbosa Costa, o Congresso foi um tempo oportuno para abordar “temas relevantes e atuais, os desafios que temos enfrentado em nossas comunidades, buscando soluções e aconselhamentos. A oportunidade de
desenvolver esse pastoreio mútuo, entre nós ministros e líderes de adoração do nosso estado, para mim é visto como o ponto principal de tudo que vivemos naquele final de semana. Sobretudo, após um tempo de reclusão, tempo este em que muitas vezes ministramos louvor para “as câmeras e assentos de nossas Igrejas”. Pudemos nos reencontrar e ver o despertar da arte e a força que temos através dela para propagação do Evangelho”.
O diretor-executivo da CBM, pastor Marcio Santos esteve presente no Congresso ao lado do presidente da CBM, pastor Sandro Ferreira, e pôde se alegrar com o este novo tempo para os músicos batistas de Minas Gerais:
“Louvo a Deus pela vida do ministro de Música Éder Campos na liderança do congresso de músicos de Minas Gerais. E parabenizo a toda diretoria da Associação, congressistas e ao querido pastor Hélio Alves com toda Igreja pela linda recepção. Vamos juntos avançando para fazer com que nossos ministros de música e grupos de louvor das nossas Igrejas cresçam e promovam uma adoração de excelência para o nosso Deus!”.
9 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23
n NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Culto de lançamento da Campanha de Missões Estaduais da CB Fluminense
Músicos participantes do congresso “Adore Minas”
Assembleia Geral Ordinária da Associação
Batista Caxiense chega a 62ª edição
Programação reuniu membros das Igrejas Batistas de toda a cidade.
A Associação Batista Caxiense realizou sua 62ª Assembleia Anual, nas dependências da Cidade Batista, no bairro São Bento. O encontro contou com a presença de autoridades locais do poder público, líderes denominacionais e membros das Igrejas Batistas de toda a cidade. Tradicionalmente, este evento é realizado com três dias de duração, porém como no ano passado, toda a Assembleia foi realizada em apenas um dia, 17 de junho.
A programação iniciou às 08h45. Durante a primeira e segunda sessão, os irmãos puderam acompanhar a abertura com o momento cívico com os Embaixadores do Rei e Mensageiras do Rei, momento institucional com a União Feminina Missionária Batista Caxiense, coreografia com as MR Caxiense, participação musical do Coral Madrigal Excelsior, momento de oração pela cidade, institucional com a Ordem de Pastores Batistas do Bra-
sil - Subseção Caxiense e louvor com Aline e Julio Vianna. O orador oficial foi o pastor Vargas, diretor Executivo da Convenção Batista Fluminense (CBF). Foi emocionante o momento missionário com a participação da Junta de Missões Mundiais (JMM), Junta de Missões Nacionais (JMN) e Missões Estaduais.
Na abertura da terceira sessão, o Ministério Pérolas, da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ, abrilhantou nossa festa. Tivemos também o Momento institucional com a União Missionária de Homens Batistas Caxienses
(UMHBC) e Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de JaneiroSeção Caxiense. O Quarteto Marinho e o Coral Vozes de Sião, da Primeira Igreja Batista em Parque Fluminense nos abençoou com cânticos lindíssimos.
A Câmara Municipal de Duque de Caxias - RJ, através da proposição do vereador Junior Reis, homenageou a Diretoria da Associação Batista Caxiense com moções de aplausos, e o deputado Gutemberg Reis nos falou representando o poder executivo - o prefeito Wilson Miguel.
A ABC homenageou, com uma linda
placa, o pastor Amilton Vargas, orador oficial do evento, e o pastor Ailton Bezerra, pela participação e apoio nesse grandioso evento.
Momento especial foi a apresentação dos escritores Batistas da cidade e inauguração da biblioteca Pr. Vitor Vicente, grande baluarte dos Batistas caxiense.
Queremos parabenizar os pastores e pastoras, cada Igreja local e desejamos que os irmãos continuem como referência de Deus em nossa cidade, expressando a graça de Deus.
Somos um! n
Igreja Batista Nova Beréia, em Campo Grande - RJ, inaugura biblioteca
Nome é homenagem a uma membro fundadora.
Sérgio Costa da Paixão
diácono, membro da Igreja Batista Nova Beréia, em Campo Grande - RJ
Como parte das comemorações do ano do Jubileu de Diamante da Igreja Batista Nova Beréia, em Campo Grande - RJ (no dia 01 de janeiro de 2024, a Igreja completa 60 anos), foi inaugurada nas dependências da Igreja a Biblioteca Sebastiana Pinto Barbosa. Em uma breve cerimônia, estiveram presentes o pastor presidente da Igreja, Izaias Brás de Lima, familiares da saudosa irmã Sebastiana e membros da Igreja. Os familiares presentes, diácono Adinaldo Fernandes Barbosa (filho) e as netas Elaine de Oliveira Barboza e Edna de Oliveira Barboza Machado, participaram com emoção do descerramento de uma placa em homenagem à irmã Sebastiana contendo seu histórico. A vida de amor e serviço da irmã Sebastiana e sua grande contribuição para a criação da Igreja Batista Nova Beréia, estão registrados na placa inaugurativa.
Histórico da irmã Sebastiana
Sebastiana Pinto Barbosa foi membro fundadora da Igreja Batista Nova Beréia com seu esposo Manoel Fernandes Barboza e seus filhos, Adinaldo Fernandes Barbosa e Vimá Fernandes Barbosa.
Tudo começou mediante uma visão estratégica da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ, que tinha como objetivo abrir uma frente para procla-
mação do Evangelho no bairro onde o casal residia. Prontamente, Sebastiana e Manoel, abriram voluntariamente as portas de sua casa, sito rua Iracy Doyle 315, para estabelecimento do trabalho missionário que teve início no ano de 1963.
Apaixonada pela Escola Bíblica Dominical transformou os cômodos de sua casa em classes de estudo bíblico. Seu amor pela Palavra de Deus era tão grande que aprendeu a ler através do
estudo da Bíblia. Por ocasião da construção do templo, levava café da manhã, almoço e café da tarde todos os dias aos operários da obra. Tinha em seu coração o sonho de ver o templo erguido.
Fundada no ano de 1964, a Igreja Batista Nova Beréia, situada na Rua Pampeiro 373, mantém a obra do Senhor até hoje nesta localidade, fruto do amor e do serviço da irmã Sebastiana. n
10 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Carlos Alberto dos Santos pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ; secretário Executivo da Associação Batista Caxiense
Programação da Assembleia aconteceu em apenas um dia
Inauguração da Biblioteca Sebastiana Pinto Barbosa
Voluntários Sem Fronteiras em Medellín
Sara Moreno Voluntários Sem Fronteiras - Colômbia
“Que o mundo inteiro glorifique ao Senhor e cante seu louvor!” (Is 42.13).
Enche meu coração de alegria saber que um dia o mundo todo cantará ao Senhor. E passar por esse mundo com a certeza da volta de Jesus muda a forma como vivemos nele.
Vim falar um pouco do que Deus está fazendo em Medellín e como eu pude, por meio das suas ofertas e orações, participar disto. As atividades do projeto acontecem durante toda a semana, mas nos dias de terça, quarta e quinta são realizados cultos para moradores de rua e/ou usuários de drogas. O culto começa às 12h30 e termina às 14h, momento em que servem as refeições. Tinha em torno de 40 ou 50 pessoas em cada culto. Nas quartas, normalmente eram realizados estudos bíblicos com pessoas que tinham interesse e discipulado com as mulheres.
Tive a oportunidade de participar do discipulado com outras irmãs e observei como é complexo a situação em que eles vivem, a prostituição. Um problema comum entre as mulheres atendidas, pois viam como uma forma de completar o ganho do mês.
Também conheci a Glória. Ela é atendida pelo projeto faz mais de 8 anos; passou 37 anos na rua fazendo uso de drogas, e foi alcançada pelo projeto. Desde então é atendida e hoje ela tem seu trabalho, e tem um sonho de poder ajudar crianças moradoras de rua. Ela me trouxe sua neta para um atendimento psicológico, pois estava passando por um momento de luto difícil.
Durante os finais de semana, visitamos duas igrejas e damos nosso testemunho no culto de jovens e na EBD missionária. Fui impactada com a informação de que as Igrejas Batistas na Colômbia não são envolvidas com missões como as do Brasil. Eles não possuem a visão de forma missionária para trabalhar no seu país ou até mesmo para exportar para outros países. Aproveitamos a oportunidade de semear o desejo de participar da missão de Deus no mundo.
Essa comunidade é de difícil acesso, pois possui ruas estreitas e muito íngremes; também é um local perigoso, sendo mais seguro a entrada acompanhada de um morador da região. Mas nessa região inóspita, o Senhor fez grandes coisas!
Inicialmente fizemos uma visita para conhecer os missionários que já estavam lá e conhecer a realidade. Tive a oportunidade de entender a realidade de uma Igreja que funciona com a participação predominante de crianças e adolescentes. Achei uma realidade
muito diferente e logo eu soube o porquê.
As crianças eram filhas de mães que trabalhavam com prostituição durante a noite, e os pais não queriam participar. Entretanto, as mães falavam para os missionários que não queriam que seus filhos seguissem seus passos. Diante disso, Alejandra, uma ex prostituta que foi resgatada pelo projeto PARE, pensou em iniciar uma nova frente e intitulou o projeto de “Para que la historia no se repita”.
Tive a oportunidade de realizar triagem na área psicológica e nutricional com o auxílio de outra missionária que
é nutricionista. Atendemos muitas mães imigrantes da Venezuela.
ORE!
1. Pelos missionários e voluntáriosque o Senhor os fortaleça e os guarde;
2. Pelas vidas que semanalmente são alcançadas - que eles possam receber Jesus como Senhor e salvador;
3. Pelo Projeto de Inciso - que muitas crianças possam ser libertadas de um futuro entregue ao pecado.
Agradeço ao Senhor, que me confiou a missão de ir como missionária nesse local. Agradeço a Junta de
Missões Mundiais por todo o suporte, por meio da missionária Luciana. Agradeço a Sara Jane e Gabriela, que também são missionárias brasileiras e foram minha companhia. Obrigada pela hospitalidade e companheirismo!
Agradeço a Igreja Batista Memorial por todo o suporte financeiro e espiritual para realizar essa viagem. Sou missionária de vocês com muito orgulho, pois sei a fidelidade de vocês com a obra do Senhor. Espero que possam estimular os próximos missionários para irem ao campo e juntos COMPLETAR A MISSÃO!
11 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 MISSÕES MUNDIAIS
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Batistas de Mato Grosso celebram
37ª Assembleia da CBMT
Nova Diretoria da Convenção foi eleita para atuar até 2025.
Samuel Lopes diretor executivo da Convenção Batista de Mato Grosso
“Tempo de Proclamar a Verdade”, este é o tema da campanha de Missões Estaduais em Mato Grosso, para 2023, e foi o tema da 37ª Assembleia da Convenção Batista de Mato Grosso, realizada nos dias 16, 17 e 18 de junho de 2023, na cidade de Lucas do Rio Verde, no templo da Primeira Igreja Batista.
Os convencionais foram recebidos de maneira hospitaleira e receptiva, pelas equipes de trabalho, constituídas por membros da Primeira Igreja Batista de Lucas do Rio Verde e da Vida Plena Segunda Igreja Batista de Lucas do Rio Verde, os quais os acolheram com muita alegria, presteza e satisfação em atender as solicitações, tanto dos convencionais quanto todos os participantes nesta assembleia.
Os trabalhos foram presididos pelo presidente pastor Wemerson Antonio e sua mesa diretora, encerrando assim
o ciclo deste biênio, iniciado em 2021. Esta assembleia teve uma boa representatividade de mensageiros das Igrejas Batistas do estado de Mato Grosso e foram deliberados assuntos relevantes, sobretudo, no que tange a expansão do Reino de Deus neste estado com dimensões continentais. Dentre estas decisões, foi apresentado pelo Conselho Geral o Programa de Reestruturação e Expansão Missionária da Convenção Batista de Mato Grosso, que iniciou com uma capacitação para os missionários conveniados, na semana da assembleia, o que permitiu a
participação desses missionários no congraçamento dos Batistas de Mato Grosso.
O orador oficial foi o pastor Hilquias Paim, presidente da Convenção Batista Brasileira e titular da Igreja Batista Lindóia, em Curitiba - PR, o qual nos trouxe mensagens abençoadoras, impactantes e edificantes. Além da Assembleia, o pastor Paim ministrou para os missionários durante a capacitação continuada, dentro do Programa de Expansão Missionária, apresentado na assembleia.
Por fim, foi eleita a diretoria para o
biênio 2023/2025, a qual ficou assim constituída: presidente: Wemerson Antonio, titular na PIB de Lucas do Rio Verde; primeiro vice-presidente: Ciro Anderson Florêncio Pinheiro, titular na Primeira Igreja Batista em Sinop; segundo vice-presidente: Marlon Luis Lopes Plaster, titular na Igreja Batista Betel em Cuiabá; primeira secretária: Gislaine Cristina Parron Silva, membro na Primeira Igreja Batista em Colider; segunda secretária: Fabiana Garcia Chaves de Almeida, membro na Igreja Batista Jardim Atlântico em Rondonópolis; e terceira secretária: Lissa Izabely Brisola Oliveira, membro na Primeira Igreja Batista em Alto Araguaia.
Tributamos somente a Deus a honra, a glória e o louvor, bem como, agradecemos a todos os Batistas brasileiros em Mato Grosso, cada membro de nossas Igrejas, cada família, pela confiança depositada na Convenção Batista de Mato Grosso e estamos certos que o Senhor suprirá todas as nossas necessidades em Cristo Jesus. n
Campanha de Missões Estaduais 2023 da CIBUC ressalta em unidade em amor
Convenção já percebia a importância de ressaltar a unidade.
Anderson Thiago mobilizador de campanha da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará
“Viva Este Amor em Compaixão e Graça!” Este é o tema da Campanha de Missões Estaduais 2023 da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará (CIBUC). A divisa está em João
17.23: “Que sejam aperfeiçoados em um; para que o mundo conheça que tu me enviaste e que tu os amaste, como também amaste a mim”. Este tema é resultado de um conjunto de situações que aconteceram dois anos antes da campanha atual.
A unidade retrata o que ocorreu no Lançamento da Campanha 2023, no dia 28 de maio, na Primeira Igreja Batista em Bom Jardim - CE. Foi realizada uma feira missionária mobilizada pela União Feminina Missionária da CIBUC que arrecadou doações de comida e artesanato com nossas Igrejas e ainda teve apresentação de três cordéis escritos de autoria própria.
O culto foi muito animado, com músicas em ritmo nordestino, um testemunho missionário impactante e palavra abençoada do pastor Ma -
theus Fernandes, da Igreja Batista Nova Metrópole - CE. Um fato que marcou a celebração foi o anúncio do secretário executivo, irmão Francis co Ximenes, ao final do culto. Sendo todos impactados pelo testemunho do missionário Geovane Moura (In dependência), o executivo informou que a oferta coletada no culto seria totalmente entregue para dar pontapé no desafio que o missionário contou. Você pode saber mais sobre esse de safio no YouTube. Vídeo “Missões Estaduais CIBUC 2023 - Independência - Viva Este Amor em Compaixão e Graça”.
Em 2021, antes do tema “Ouvi o Clamor do Povo” já se percebia uma necessidade em abordar a importância da Unidade em nossa convenção. Mas, com a pandemia, optou-se por despertar a Igreja para os necessitados. Em 2022, para fazer um contraste com o tema anterior, falamos sobre brilhar nas trevas com o tema “Das Trevas a Luz”, onde destacamos o nosso papel de refletir a luz de Cristo ao nosso redor.
Mas não saía do nosso coração unidade de nossas Igrejas. A pala -
vra do pastor Marcos Monteiro, no lançamento da Campanha de junho de 2022, foi baseada no verso que já estava em nosso coração em 2021: João 17.21-23. E em agosto de 2022, na Assembleia Geral, o pastor Pedro Veiga, de Missões Nacionais, falou em sua última preleção sobre unidade e finalizando com o mesmo texto bíblico, falou sobre vivermos essa unidade em amor e disse: “Viva Este Amor em Compaixão e Graça!” Era o tema que faltava para completar a campanha de 2023.
Porém, o que firmou ainda mais
este tema em nosso coração, foi o texto de I João 2.9-10: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço”. Só poderemos brilhar nas trevas e fazer Cristo conhecido através da unidade de nossos irmãos e Igrejas. Por isso, nosso clamor em 2023 é que Viva Este Amor em Compaixão e Graça.
Nos alegramos em ver o empenho dos nossos promotores em realizar a abertura em suas Igrejas e todo o engajamento dos membros em comprar as camisas e participarem desta campanha. Nossa oração é que possamos ultrapassar no alvo de 300.000 a fim de que possamos manter a obra missionária em nosso estado, cujo quadro é inteiramente sustentado por nossa convenção, bem como avançar nos demais 130 municípios que ainda precisam de uma Igreja da CIBUC. Contamos com suas orações e apoio. Seja participante, envie sua oferta em pix para 05.130.250/0001-60 e mande o comprovante para cibucescritorio@ gmail.com n
12 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Assembleia teve boa representatividade de mensageiros das Igrejas Batistas do estado de Mato Grosso
Templo da Igreja ficou lotado para a abertura da Campanha
Sergipe e AMBB: mais um membro no Céu
Nádia Seixas Bullé Rêgo (-1956+2023)
Sandra Natividade
membro do Conselho Editorial de O Jornal Batista
Preciosa é à vista do Senhor a morte de seus santos” (Sl. 116.15).
Aconteceu no último dia 14 de junho de 2023, a volta para a casa do Pai, de Nádia Seixas Bullé Rêgo. Filha de Francisco de Lima Seixas e Eres Jorge Seixas, nasceu em 29 de outubro de 1956, no Rio de Janeiro. Viúva há pouco mais de um ano de Gustavo Adolfo Bullé Rêgo, tinha três filhos bênçãos amadas: Clara, Bernardo e Ester Seixas Bullé Rêgo.
Com o falecimento de Nádia, a boa música cristã evangélica em Sergipe presencia mais uma indiscutível lacuna; antes nos deixou o competente maestro Rivaldo Dantas. Agora Nádia, serva comprometida com Cristo e a denominação Batista, prestava culto racional ao Deus da sua e nossa salvação. Em Aracaju - SE, participou inicialmente como membro da Segunda Igreja Batista e posteriormente da Igreja Batista Memorial de Aracaju - SE. Em janeiro de
2023, por ocasião da 102ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, na cidade do Recife - PE, Nádia, membro da Associação dos Músicos Batistas Brasileiros (AMBB), cantou pela última vez no Coro da instituição que ela dispensava tanto amor e dedicação.
Nádia foi destaque na música, professora do Seminário Teológico Batista de Sergipe, no curso básico de música; regência coral 1 e 2, como disciplinas específicas para o Curso de Música Sacra, e Liturgia, para o curso de Teologia; era musicoterapeuta com foco nos resultados. No Conservatório de Música de Sergipe se destacou como professora de Teoria Musical, coordenadora do Curso de Musicalização, coordenadora pedagógica e diretora.
Vida com propósitos, carreira profissional circundada por êxito: iniciou no Rio de Janeiro - RJ, sua cidade natal, onde estudou e trabalhou muito. Graduação acadêmica em Geografia, Cursos de piano e de Canto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-graduada pelo Colégio Brasileiro de Música (RJ) e Sistema Educacional
Brasileiro pela Universidade Tiradentes (SE). Seu legado de trabalho no Rio de Janeiro nos faz destacar: professora de música do Colégio Shepard, professora de música e geografia no Colégio Talmud Torah Herzilia, Colégio Barão de Capanema e Colégio Batista Brasileiro. Desenvolveu, ainda no Rio de Janeiro, habilidades na área de Regência Coral nas instituições: Coral Jovem, da Igreja Batista de Bento Ribeiro, bem como Coro da Igreja Batista do Rocha e Conjunto de Adolescentes da mesma Igreja.
A partir de 1980 mudou-se do Rio de Janeiro para Aracaju - SE de onde não mais saiu: trabalhou até sua aposentadoria como professora das redes Estadual e Municipal de ensino com lotação no Conservatório de Música de Sergipe e na Escola de Artes da Funcaju - Fundação Cidade de Aracaju. Ainda em Aracaju, na rede particular de ensino foi professora no Colégio Americano Batista; na Igreja Batista Memorial - Regente do Coral, Conjunto Jovem Viver e Grupo Magnificat; criou o Coral Cidade de Aracaju sendo sua regente, Coral da Petrobras, Coral do Conservatório
de Música de Sergipe e Grupo Vocal Staccato. Fez vários cursos na área de educação musical e regência pela FUNARTE, APEMBA - Associação de Educadores Musicais da Bahia, Universidade Federal de Minas Gerais em Juiz de Fora (MG), Oficina Coral do Rio de Janeiro, Rio Accappela, entre outros. Resta-nos agradecer muitíssimo ao Senhor nosso Deus, pela vida de Nádia entre nós enquanto lhe aprouve e citar Jó.1.21b: “O Senhor o deu, o Senhor o levou; bendito seja o nome do Senhor”. A Ele toda a glória. n
PIB de Belo Horizonte - MG recebe celebração da Páscoa dos Militares
Comemoração em data diferente da tradicional tem origem na II Guerra Mundial.
Maressa Canto Noce diretora de comunicação da Primeira
Igreja Batista de Belo Horizonte - MG
Na manhã da quarta-feira, dia 21 de junho, uma emocionante celebração de Páscoa foi realizada na Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte (PIBBH), organizada pela 4ª Região Militar e sua Capelania Evangélica.
Oficialmente denominado “Culto Evangélico alusivo à Páscoa dos Militares de Guarnição de Belo Horizonte – MG”, mais conhecido como Páscoa dos Militares, foi um evento no qual os militares puderam viver um momento de comunhão, reafirmando sua fé ao comemorar a data tão tradicional para os cristãos.
Estavam presentes oficiais e representantes das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, capelães, família militar, dentre diversas outras autoridades militares, eclesiásticas e civis.
Tradicionalmente, os militares brasileiros comemoram a Páscoa em data diferente e esse fato curioso tem suas raízes na Segunda Guerra Mundial. Por
conta do combate na Itália, os brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) não puderam celebrar a festividade no domingo de Páscoa. Ao retornar para o Brasil, os militares fizeram questão de organizar uma cerimônia e celebrar, mesmo fora da época pascal, o que passou a ser uma tradição.
O Ministério da Defesa reconhece a solenidade e, atualmente, ela está prevista inclusive na legislação brasileira, especificamente no inciso V, do art. 8º, assim como no art. 13, ambos da Portaria nº 14-DGP, de 05 de março de 2002.
Com a chegada dos convidados, o tenente-coronel Benvenutti deu início à celebração, cumprimentando todos
os presentes. Na sequência, após a marcante entrada da Bíblia Sagrada, foi prestada honra aos símbolos da pátria, com a entrada do Pavilhão Nacional, seguida pelo canto do Hino Nacional brasileiro.
Realizada uma oração inicial, o louvor e a adoração ficaram a cargo da banda composta pela Força Aérea (FAB), Exército (EB) e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Em conjunto, houve a participação especial da banda do 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha (12º BIL – Mth), que enriqueceram os momentos musicais, com instrumentos de sopro, percussão e outros.
Após a mensagem pregada pelo pastor Sênior da PIBBH, Ruan Noce, encaminhando para o fim, foram distribuídos os elementos e celebrada a Ceia do Senhor, momento esse conduzido pelo pastor Menezes, suboficial da Aeronáutica.
Ao fim da celebração, o general Valença, em nome das Forças Armadas e dos demais presentes, homenageou a PIBBH, na pessoa do Pastor Sênior e de sua esposa, Ruan e Keila Noce, entregando uma placa comemorativa dos 111 anos da referida Igreja, com-
pletados no mês de março.
Realizados os agradecimentos e feita a saída do Pavilhão Nacional, os presentes cantaram mais um louvor, oraram e o general Valença, CMT da 4ª RM, encerrou o culto.
Já terminada a solenidade, como um gesto simbólico de honra, os oficiais foram presenteados com um devocional diário, livro cristão desenvolvido pela PIBBH.
“Gostaríamos de agradecer a honra e o privilégio de sediar e auxiliar na organização dessa cerimônia tão especial. Como cristãos, somos chamados a nos submeter e honrar as autoridades, e, além disso, o sentimento é de gratidão a Deus por poder, ao menos um dia, servir àqueles que nos servem com dedicação todos os dias”, declarou a equipe ministerial da PIBBH.
REFERÊNCIA
Páscoa dos Militares na Guarnição de Belo Horizonte. Exército Brasileiro. Disponível em: https://4rm.eb.mil.br/ index.php/unoticias/893-pascoa-dos-militares-na-guarnicao-de-belo- horizonte. Acesso em 23 jun. 2023. n
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 OBITUÁRIO NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Nádia Seixas Bullé Rêgo
Páscoa dos Militares na PIBBH
Uma análise sobre o papel da liderança eclesiástica para a formação integral na perspectiva da cosmovisão cristã - Parte 3
Donato Farinelli de Souza pastor; mestre em Teologia bíblica; pós-graduado em Teologia Bíblica e Sistemática; bacharel em Teologia; pastor Auxiliar na Igreja Batista Casa Viva e coordenador de educação cristã
A caminhada do líder cristão, em uma sociedade secularizada, é desafiante em manter-se firme com seu compromisso de fé e da proclamação do Evangelho. Dessa forma faz-se necessário destacar de forma breve, a perspectiva cosmovisional que abarca a sociedade hodierna.
E por falar em liderança e perspectiva cosmovisional...
O distanciamento dos pilares de uma cosmovisão cristã pelo líder, impacta a comunidade eclesiástica de forma radical em dois sentidos: com a progressiva perda da objetividade, ou com a perda de realidade de definições cristocêntricas, de modo que a religião cristã se torna cada vez mais uma questão de livre escolha subjetiva, isto é, perde seu caráter obrigatório intersubjetivo. Por assim dizer, as afirmações religiosas tradicionais podem ser vistas como “símbolos”; o que elas
supostamente “simbolizam”, normalmente vem a ser as realidades que se presumem existir nas “profundezas” da consciência humana.
Para Berger (1985, p. 80), as situações pluralistas têm como pano de fundo histórico os monopólios religiosos que perderam a sua plausibilidade diante da sociedade, a qual era submissa aos seus dogmas impositivos. Sendo assim, a tradição religiosa que impunha a sua autoridade ao grupo social, hoje em dia precisa ser “colocada no mercado” e ser “vendida” para uma clientela que não é mais obrigada a comprar.
A comunidade eclesiástica, dependendo de como seja conduzida pelo seu líder, pode seguir o caminho de acomodar-se no pluralismo da livre empresa religiosa e resolver a plausibilidade, modificando o produto de acordo com a demanda do consumidor, ou até mesmo esconder-se atrás de estruturas sociorreligiosas, professando velhos objetivos. Assim, pavimentam a estrada para uma crise teológica e uma crise na igreja.
A fase inicial do século XX, trouxe através dos modernistas a desmitologização da Bíblia, que através de suas
perspectivas secularistas buscavam influenciar as estruturas denominacionais e os seminários direcionados à formação teológica, com o propósito de tornar o Cristianismo agradável aos conceitos emergentes do novo século, a fim de orientar, por intermédio de suas lentes interpretativas, os cristãos sobre os métodos científicos e a secularização, visando descredenciar a crença em milagres e na revelação divina de um Deus invisível. Com essa perspectiva, esse movimento provoca a condução da Igreja cristã a deixar de preocupar-se com a salvação espiritual, para preocupar-se com os problemas concretos da sociedade. Percebe-se, então, que o principal pilar da Igreja, a centralidade em Cristo, é substituído por métodos e pressupostos científicos seculares, ou seja, sai a preocupação com a salvação e entra a preocupação em ajudar o indivíduo com a autorrealização. Assim como a secularização, para o fenômeno hipermoderno não existe a verdade absoluta, os valores morais são valores relativos, e dessa forma a compreensão que se tem é de que as verdades não são mais absolutas e o
que assume o seu lugar é a vontade do ser humano sustentada por critérios racionais.
Assim, Veith Jr (1999, p.198) descreve que o cristão, seja ele um líder ou não, precisa estar voltado para a palavra revelada de Deus, a qual é a única fonte a orientá-lo, e deve refutar toda e qualquer teologia vazia de cristocentricidade, ou seja, o grito da reforma protestante de Sola Scriptura, Sola Gracia, Solo Cristus e Sola Fide foi uma convocação para a volta à Bíblia Sagrada como a única regra de fé e prática (ROMEIRO, 1995, p. 23).
Referências
BERGER, Peter Ludwig. O dossel sagrado: elementos para uma teoria da sociologia da religião. Tradução José Carlos Barcelos: São Paulo, Paulus, 1985. ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em crise: decadência doutrinária na igreja brasileira: São Paulo, Mundo Cristão, 1995. VEITH, Grene Edward,Jr. Tempos Pós-modernos: uma avaliação cristã do pensamento e da cultura da nossa época. Tradução Hope Gordon Silva: São Paulo, Cultura Cristã, 1999. n
A questão do sábado
No capítulo 12 de Mateus inicia uma crescente oposição à Jesus. A primeira situação que Jesus enfrentou foi sobre à questão do sábado. Os fariseus, ferrenhos defensores da Lei, entendiam que o sábado era mais importante que o homem. O homem não podia fazer nada no sábado, era contrário à Lei, segundo a interpretação dos Fariseus.
Os discípulos de Jesus estavam com fome e colheram espigas no dia de sábado. Os Fariseus não perdoaram,
começaram a criticar à atitude dos discípulos de Jesus e disseram: “Os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido no sábado”. Jesus responde dando exemplo do que Davi fez no dia de sábado quando teve fome. O texto de I Samuel 21.1- 6 relata que ele e seus companheiros comeram o pão da proposição (pães consagrados que só os Sacerdotes poderiam comer). Depois, Jesus disse a eles que Ele era maior que o templo e que queria misericórdia e não sacrifício. E enfatizou que o Filho do homem é Senhor do Sábado. Quando Deus criou todos os dias,
Ele viu que tudo era bom. Ao criar o sábado, Ele fez para que o homem pudesse desfrutar de um repouso/descanso.
A atitude dos fariseus era colocar o sábado acima do homem, Jesus coloca o homem acima do sábado.
Quando Jesus cura a mão atrofiada de um homem no dia de sábado, novamente os fariseus criticam essa atitude. Jesus responde da seguinte forma: “Quem de vós é o homem que, se tiver uma só ovelha e num sábado ela cair num buraco, não a pegará e a tirará de lá?” A grande maioria concordava que o animal não poderia ficar no
buraco e Jesus, sabendo disto, disse: “Quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado”. Os fariseus eram incoerentes, valorizavam mais o animal do que as pessoas e Jesus faz ao contrário, Ele valoriza o ser humano.
Devemos entender que Deus deve ser adorado independente de qual dia da semana for. Ele deve ser adorado todos os dias. Em Salmos 118.24 diz que “Este é o dia que o Senhor fez, devemos nos regozijar e alegrar nele.”
Siga a Cristo e desfruta do verdadeiro descanso que Ele oferece.
14 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 PONTO DE VISTA
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
n
Jonathan Salgado pastor da Igreja Batista Memorial de Jacarepaguá - RJ
A primeira carta do apóstolo Paulo aos Coríntios reputo como uma das mais desafiadoras, pois além dele ter que tratar com problemas morais na comunidade, com a tentativa de alguns em diminuir seu apostolado, com a divisão da membresia, ele teve que lidar com uma Igreja que estava encantada com uma retórica pagã e não com a pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Para contrapor essa prática, ele chega e escrever: “Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o
Resgatando a fé na Palavra
mistério de Deus. Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado” (I Co 2.1-2).
Com sua saída da cidade para continuar seu ministério de missionário plantador, chegaram na Igreja “mestres” itinerantes que muitos se assemelhavam aos filósofos sofistas que frequentavam a cosmopolita Corinto. Esses homens se aproximam da comunidade usando o nome de autoridades da Igreja, como: Apolo, Pedro, o próprio Paulo e até o de Jesus, para formar seus grupos de adeptos e financiadores, o que fragmentou a Igreja. Por isso, Paulo se levanta em oposição para com esses em sua carta. Para teólogo Gordon D. Fee, esta é uma carta de embate, muitas vezes o apostolo usa um
A bondade de Deus
A bondade é um dos atributos de Deus. Ela é representada em consequência da essência e da natureza perfeita do caráter divino. Essa essência de Deus é autossuficiente, ou seja, é completa, absoluta, sem defeitos, e sem qualquer necessidade de acréscimos. O ser humano, pecador e iníquo, participa passivamente da bondade divina pelo canal relacional instituído pelo próprio Deus ao criar os seres e todas as coisas, revelar-se e estabelecer um relacionamento de amor que foi capaz de atingir a cruz. O teólogo e apologista cristão Josh McDowell fez a seguinte afirmação sobre o relacionamento de Deus com Sua criação em um documentário autobiográfico: “O cristianismo não é uma religião, é um relacionamento! Você diz: - qual é a diferença? Religião se trata de homens e mulheres tentando abrir caminho até Deus por meio de boas ações e rituais religiosos. O cristianismo é Deus vindo até nós por intermédio do Filho Jesus Cristo, nos oferecendo um relacionamento [de amor]”.
Todas as decisões de Deus são manifestações da sua bondade desde o
início da criação, como está escrito: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). A bondade de Deus é perceptível na criação (Gn 1.2). Quanto mais próximo da criação estiver o homem, sendo participante criado deste meio, mais explícito será na percepção humana a benignidade do Criador de todas as coisas, representada em perfeição e cuidado amoroso. Portanto, o ser humano tem vantajosos motivos para dizer: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14).
O cientista francês Louis Pasteur observa a perfeição da criação divina ao afirmar: “Quanto mais eu estudo a natureza, mais eu fico maravilhado com as obras do Criador. A ciência me aproxima de Deus”.
Stephen Charnock, em seu livro intitulado A Bondade de Deus, afirma que a bondade é um atributo admirável de Deus que tanto carece a criatura humana sedenta por regeneração, mesmo quando é favorecida pelos efeitos redentores da maravilhosa graça de Deus, pois sempre será carente da bondade do Pai para seguir neste mundo. Logo, o ser humano só consegue ser
estilo ad hominem, desafiando seus oponentes com a Palavra de Deus.
Quando pensamos no cuidado pastoral, na evangelização, no crescimento da Igreja, em seu amadurecimento, em sua ação discipuladora, em nossos cultos, o que dirige nossa reflexão? Será que é a Palavra de Deus ou os novos métodos de crescimento de Igreja, ou os sofismas da moda? A crítica aqui não é contra métodos ou ferramentas de auxílio, mas contra o que escolhemos como fundamento da Igreja. Quando confiamos mais em formas (no texto de I Coríntios são os recursos retóricos dos falsos mestres) do que no poder da Palavra de Deus (o Cristo crucificado de Paulo), arriscamos fragmentar a igreja e adoecê-la.
A Confissão de Fé Batista de 1689, um dos documentos Batistas mais antigos, diz o seguinte sobre a Palavra de Deus, “A Sagrada Escritura é a única, suficiente, correta e infalível regra de todo conhecimento, fé e obediência salvíficos, embora a luz da natureza e as obras da criação e da providência manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, a ponto de tornar os homens indesculpáveis; ainda assim, não são suficientes para oferecer aquele conhecimento de Deus e de Sua vontade, que é necessário para a salvação”. Precisamos resgatar essa fé na Palavra de Deus. Precisamos de igrejas que tenham a Escritura como seu guia para não cair no engodo da retórica pagã. n
bom quando observada uma referência de bondade. Essa bondade referencial foi comunicada ao homem como um dos frutos do espírito (Gl 5.22). As ações humanas devem atestar a bondade do Criador, fazendo a boa obra para a glória de Deus e cumprindo os propósitos evangelísticos preceituados na Bíblia (Mt 28.19-20; Mc 16.15-16).
A bondade de Deus recai sobre toda a criação abundantemente, e não se esgota no ser humano. Sobre esse assunto, a Palavra de Deus diz: “Os olhos de todos estão voltados para ti com esperança; tu lhes provês o alimento conforme necessitam. Quando abres tua mão, satisfazes o anseio de todos os seres vivos” (Sl 145.15-16). Todas as necessidades dos seres criados, tanto animais quanto o ser humano (a primazia da criação), são supridas por Deus em amor, pois Ele “dá alimento a toda a carne, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136.25). Essa realidade faz surgir, verdadeiramente, um grande contentamento em saber que “a terra está cheia da bondade do Senhor” (Sl 33.5).
Mas o ápice da bondade de Deus é perceptível quando envia seu único Filho para realizar a obra salvífica na cruz. João, movido por plena inspiração divi-
na, escreveu: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Foi observável, ainda, o quanto Deus é bom quando Paulo escreve que “quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4-5).
John Stott, ao comentar sobre a bondade de Deus no livro A Cruz de Cristo, citando Calvino, evidencia a realidade do “teatro da cruz”: “Pois na cruz de Cristo, como num esplendido teatro, a incomparável bondade de Deus é apresentada diante do mundo todo. A glória de Deus brilha deveras em todas as criaturas de cima e de baixo, mas jamais tão viva quanto na cruz”.
O ser humano deve sempre ser grato por ter sido criado sob o poder e a bondade de Deus. A gratidão a Deus é justa, sincera e honesta. Que possamos agradecer cotidianamente a bondade de Deus sobre nossa vida. Que possamos render “graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens!” (Sl 107.8). “Pois a bondade de Deus dura para sempre” (Sl 52.1). n
15 O JORNAL BATISTA Domingo, 02/07/23 PONTO DE VISTA
Cristiano de Siqueira Mariella professor de EBD na Igreja Batista do Fonseca em Niterói - RJ