Jornal Brasil Atual Bauru 15

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Bauru

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Economia

Crise obriga trabalhador a se reinventar no mercado informal

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Educação

(11) 7757-7331

Pesquisa mostra que brasileiro ainda segue com dificuldade para interpretar textos e ilustrações

no 15 | Dezembro de 2015 Lazer

Tradicional gastronomia das praças públicas é marca registrada da cidade

“Escola dos alunos” Estudantes bauruenses também participam da mobilização estadual que barrou projeto de Alckmin de fechar 93 unidades e isolar ciclos


2 Editorial

Barganhas e tramoias em Brasília O fisiologismo da política brasileira alcançou seu ápice com a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, protagonizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no dia 3 de dezembro. A chantagem do peemedebista, que estava à beira de ser deposto da presidência da Casa, com o risco de perder o mandato e de ser preso por envolvimento nos escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras – suas contas na Suíça podem ter recebido até R$ 50 milhões em propinas –, consagra o esvaziamento do sistema político brasileiro, degenerando cada vez mais o sentido da “coisa pública” (res publica). Dilma está sendo acusada do crime de responsabilidade devido às “pedaladas fiscais”. A prática, realizada desde os governos FHC, consiste em atraso no repasse do Tesouro aos bancos públicos para pagamentos diversos, de modo que o governo não fique sem recursos em caixa, podendo sinalizar aos mercados segurança para investimentos. O momento fez emergir do ostracismo o segundo colocado nas eleições e o seu partido. Até novembro, o PSDB pretendia derrubar Cunha da presidência da Câmara, porque considerava “in-

suficientes” suas explicações sobre as contas na Suíça. Agora, Aécio Neves vem a público enaltecer a política do toma lá dá cá. “Apoio a proposta de impeachment. O Congresso não faz nada que não esteja em sintonia com a população”, disse. Uma “guerra” foi deflagrada em dois eixos: manutenção do governo democraticamente eleito da presidenta Dilma Rousseff, na tentativa de recuperação da economia para evitar um quadro de recessão ainda mais devastador; ou salvamento do mandato do deputado Eduardo Cunha (denunciado no STF por corrupção), que privilegia deputados sanguessugas interessados em manter privilégios pessoais com o dinheiro público. É imprevisível o resultado deste embate, mas é muito difícil imaginar que ambos voltem às suas atribuições constitucionais devidas com a presença do outro também no Poder. O que é certo, porém, é que caso avance o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma, o país seguirá em paralisia no ano que vem, pois os esforços do governo se voltarão para a crise política. A instabilidade deve afastar os investidores, postergando soluções para a crise econômica. Tudo indica que navegaremos por águas ainda mais turvas em 2016.

Expediente Rede Brasil Atual – Bauru Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórteres Giovanni Giocondo, Giovani Vieira Miranda e Ricardo Santana Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa divulgação Facebook Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 5 mil exemplares Distribuição Gratuita


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Bauru Economia

Trabalho

Empreendedores populares tentam driblar cenário de incerteza

Funcionários atuavam no combate à dengue; 19 eram de Bauru

O atual cenário de instabilidade econômica do país começa a preocupar os trabalhadores. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a taxa de desligamentos (51,78%) superou a de admissões (48,22%) comparando os períodos de outubro de 2014 e 2015. Os destaques negativos são para os setores de serviços (taxa de 87,51% de desligamento), comércio (79,76%), construção civil (65,69%), indústria de transformação (52,21%) e extração mineral (17,5%). Em Bauru, os reflexos da crise têm levado trabalhadores a se reiventarem. Para driblar o quadro de incertezas, Catarine Rondine, 33, mãe de dois filhos, encontrou espaço para empreender na Praça do Jardim Redentor com um tobogã inflável. “O meu marido já trabalha com festas infantis, e esta foi uma opção que encontramos para incrementar a renda da família”, revela.

Assim como outras praças públicas, a do Jardim Redentor, na zona leste, tem dinâmica própria. Sérgio Fatuli, 42, também visualiza o potencial do lugar e leva diariamente seu carrinho de pipoca desde que foi demitido da loja de produtos eletrônicos, onde trabalhava há 12 anos. “A gente não pode dar sopa para o azar. É preciso se reinventar e ganhar o pão de cada dia. Até que apareça outra oportunidade na área, eu vou investir e confiar na comunidade”, comenta. No calçadão da Rua Batista de Carvalho, no Centro, a crise econômica é ofuscada pelos cartazes de vagas temporárias para o fim de ano. As especulações sobre quedas nas vendas do comércio não impedem que Adriana Cardoso, gerente de uma loja de calçados, contrate novos funcionários. “Aqui, a gente prefere não pensar que há uma crise no país. Sempre há rumores, mas nós não podemos depender das especulações. Precisamos estar preparados e depois fazer o balanço”, explica a microempresária.

O governo do Estado de São Paulo não renovou os contratos temporários de cerca de 600 agentes sanitários da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), treinados para o combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. Em Bauru, 19 funcionários, que também atendiam a municípios vizinhos, foram dispensados. Os agentes foram contratados em julho por 90 dias, com prorrogação pelo mesmo período realizada em setembro. A Secretaria Estadual de Saúde afirma que uma nova renovação não foi feita “por impedimento da lei” e que um novo processo seletivo deve ocorrer até o final de janeiro. Essa época do ano, no entanto, é considerada por especialistas como a mais propensa para a disseminação dos focos do mosquito, dada a combinação de calor e umidade. Segundo os funcionários, o trabalho realizado nos últimos meses será perdido. Sérgio Roberto Alves Calero, 45, agente dispensado na região de Bauru, revela que dos três meses iniciais, dois foram usados somente para treinamento da equipe.

“O governo do Estado está demitindo profissionais qualificados no combate ao mosquito. É um treinamento intenso e que não é viável ser realizado quando há condições para uma epidemia. Estão abrindo caminhos para a proliferação das doenças”, denuncia. Ele ainda lembra que a não renovação ocorre após Alckmin anunciar um pacote de R$ 50 milhões para combate à dengue. “Eles fazem propaganda ao apontar que policiais e agentes da Defesa Civil vão atuar no controle. Na verdade estão dispensando quem de fato está preparado”, diz Sérgio.

Números alarmantes

Bauru vive a maior epidemia de dengue da história, com 8.771 casos e seis mortes registrados em 2015. No Estado, são oito cidades em estado de alerta, de acordo com a Secretaria de Saúde. O estado de alerta também está aplicado em todo o Brasil devido aos casos do zika vírus e chikungunya. O Ministério da Saúde apontou 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em decorrência da infecção pelo zika, distribuídos em 422 municípios, com 19 mortes de bebês contabilizadas.

Roque Ferreira

Divulgação

Crise econômica faz bauruense Governo de São Paulo dispensa 600 se reinventar na informalidade agentes sanitários em todo o Estado


4 Educação I

Pesquisa aponta que brasileiro mantém baixa capacidade de interpretação de textos e ilustrações

Dificuldade está relacionada com a “falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais”, diz professor Por Giovanni Giocondo mínio dos três quesitos e se encontravam “plenamente alfabetizados”, ou seja, com habilidades que não impõem restrições para compreender e interpretar textos usuais, já que leem conteúdos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, e realizam inferências e sínteses. A falta de domínio das letras é identificada mais claramente por especialistas em provas de vestibulares, concursos públicos e nas redes sociais, em que artigos, citações, ilustrações utilizam propositalmente figuras de linguagem, como ironias e metáforas, que dificilmente são compreendidas por uma parcela da sociedade.

Os documentos oficiais relacionados ao ensino registram a necessidade de leitura e compreensão de textos de todas as ordens

USP Imagens

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m uma década (2001-2011), o Brasil evoluiu quando o assunto é alfabetização funcional de seus cidadãos. O percentual de pessoas com capacidade básica de leitura, escrita e de compreensão matemática saltou de 61% para 73% da população que está na faixa etária dos 15 aos 64 anos. O levantamento integra o Índice de Analfabetismo Funcional (Inaf), feito em parceria pelo Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, em 2012, que, porém, mostrou um dado preocupante. Nesse período não houve melhoria significativa no número de brasileiros que detêm essas habilidades de forma plena. Segundo a pesquisa, somente 26% dos brasileiros tinham completo do-

Aprendizado ineficaz Charge do Brasil Atual gera polêmica nas redes sociais Paradoxo Contemporâneo

Paulo Ramos, professor do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que parte dessa deficiência está associada ao aprendizado da cultura geral e da língua portuguesa, que não atende aos requisitos mais básicos. “Os documentos oficiais relacionados ao ensino registram a necessidade de leitura e compreensão de textos de todas as ordens, inclusive dos que mesclam palavra e imagem. Mas os poucos indicadores sinalizam que tanto alunos quanto professores demonstram dificuldade no uso e na compreensão de produções assim”, explicou.

Um caso de interpretação equivocada envolveu o jornal Brasil Atual neste ano. Na edição de outubro, que circulou no Estado de São Paulo e na Internet, foi publicada uma charge de autoria do cartunista Adriano Kitani, que, ironicamente, discutia o preconceito de alguns brasileiros com a chegada de novos fluxos de imigrantes ao país. Um número significativo de internautas, porém, leu o desenho de maneira divergente da proposta original do autor. Alguns ainda tentaram se utilizar da produção para invocar a intolerância contra os estrangeiros, evidenciando o entendimento errôneo da linguagem empregada. “Já vi situações assim acontecerem com outras charges minhas e mesmo com desenhos de outros cartunistas. Eu vejo um grande número de pessoas

que não compreende mensagens irônicas nos comentários e compartilhamentos do Facebook”, disse Kitani. Brasil Atual publicou uma nota de esclarecimento do conteúdo para atenuar os ânimos do debate, que ultrapassava o campo fraterno, e, sobretudo, para reafirmar a linha editorial do veículo, que repudia todo e qualquer tipo de discriminação. Para o professor Paulo Ramos, coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Quadrinhos (Grupesq) na Unifesp, episódios como os da charge expõem “falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais”. “Acredito que quanto menos informação se tem, menor o volume de referências e de inferências que se faz no processo de compreensão, daí a dificuldade de interpretação das informações contidas nas ilustrações”, reitera.


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Bauru Educação II

“Escola dos alunos” barra projeto de Alckmin

Movimento de ocupação de mais de 200 escolas no Estado obriga governador tucano a suspender o fechamento de unidades

A

mobilização de alunos e pais das escolas públicas estaduais de São Paulo barrou o projeto de Reorganização do Ensino do governo Geraldo Alckmin (PSDB), que previa o fechamento de 93 escolas e o isolamento dos ciclos de ensino, afetando diretamente 311 mil estudantes em 2016. O movimento iniciado no dia 9 de novembro com a ocupação da Escola Estadual Diadema (na cidade homônima) ganhou força por todo o Estado, atingindo mais de 200 escolas ocupadas pelos discentes. Em Bauru, os alunos não desocuparam os prédios das escolas estaduais Ferreira de Menezes (Jardim Petrópolis), Stela Machado (Vila Pacífico), Ayrton Busch (Parque Jaraguá) e Luiz Castanho de Almeida (Vila Falcão), a última a ser desocupada no dia 16 de dezembro, até que outras garantias fossem dadas.

Divulgação Facebook

Por Ricardo Santana

A diretoria de ensino local afirmou que não haverá punições aos manifestantes, e prometeu maior participação dos alunos na tomada de decisões. Os jovens ainda pediram a retratação pública da dirigente de ensino Gina Sanches, que declarou à imprensa que havia consumo de drogas nas escolas ocupadas.

“Escola dos alunos”

“Pela primeira vez o bebedouro está limpo”, conta Manoela Alves, de 15 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Ayrton Busch (onde estuda há 10 anos). A adolescente enaltece os dias vividos na ocupação pelas experiências e novos repertórios adquiridos, como quando conheceu o maracatu, tendo contato com os instrumentos e a dança. Em uma noite de chuva, Manoela relembra do bate-papo sobre “consciência” que os alunos tiveram com

o escritor Manoel Carlos Rubira, que foi precedido por um exercício de meditação. “Nunca tive uma palestra dessas aqui. A escola dos alunos é melhor do que a do governo do Geraldo Alckmin”, disse a garota.

Mãe apoiadora

Celma Thomaz conta que cansou de ir à Escola Estadual Ferreira de Menezes para ouvir reclamações sobre seu filho Vinícius Thomaz, de que era muito falador e atrapalhava as aulas. Para ela, o sistema educacional é contrário à emancipação dos alunos. “Eu digo para Vinícius fazer o que o sistema de ensino não espera dele”, explica.

Erros políticos

O movimento dos estudantes secundaristas, que teve respaldo do Ministério Público e da Defensoria Pública de São Paulo, impôs algumas derrotas ao

governador Geraldo Alckmin. Durante as ocupações, pesquisas apontaram avaliação negativa do seu governo. Outro ponto foi a demissão do secretário de Educação Herman Voorwald, mentor do projeto. Um áudio vazado em 29 de novembro também evidenciou a disposição de assessores da Secretaria de Educação em encarar o movimento dos estudantes como caso de polícia.

Sem legalidade

Apesar de não ter liminar de reintegração de posse da Justiça, o corpo diretivo da Escola Estadual Ayrton Busch invadiu o prédio com apoio policial no dia 7 de dezembro, às 6 horas. A justificativa foi a de que houve furto de dinheiro na escola, o que não foi comprovado. Ainda assim, os alunos seguiram com a ocupação até o dia 11.


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antena atual

o que acontece no mundo você confere aqui

EXPOSIÇÃO GUERRA NA SÍRIA – Está em cartaz até 16 de janeiro, na Galeria Zipper, em São Paulo, a exposição Filhos da Guerra: O Custo Humanitário de um Conflito Ignorado, com fotos do brasileiro Gabriel Chaim, que vive no país do Oriente Médio.

Nas primeiras semanas do mês, aconteceu a 11ª edição do Rock do Bem em Bauru, ação cultural que tem por objetivo arrecadar brinquedos para entidades sociais. Mais de 20 atrações musicais foram distribuídas pela cidade. A iniciativa começou em 2005, quando um grupo de amigos resolveu aliar o rock com ações filantrópicas. Atualmente, o Rock do Bem entrou para o calendário dos eventos mais aguardados e movimentados de Bauru.

“Precisamos cortar esse câncer [corrupção] que tem roubado a essência do futebol. As pessoas envolvidas poderiam investir mais para melhorar o futebol brasileiro e mundial. Esse movimento, levando corruptos à prisão, chega ao Brasil. Que atinja todas as partes para trazer melhorias e, no futuro, um futebol melhor”, disse o jogador Zé Roberto, do Palmeiras, integrante do movimento de atletas Bom Senso F.C., em protesto contra o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2015.

Bauru Skate Park

Dezembro de 2015 entrou para a história do skate bauruense com a inauguração do Bauru Skate Park, pista localizada na zona sul, com área de 1.300 metros quadrados, 400 metros de calçamentos e obstáculos para a prática do street e do vertical. O projeto custou cerca de R$ 693 mil, executado em convênio da Prefeitura com o governo federal. Até então, a cidade contava com apenas uma pista pública, inaugurada no bairro Terra Branca no ano passado, cujo projeto não foi bem aceito pelos skatistas devido a problemas técnicos apresentados em sua elaboração.

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Fotos: divulgação, reprodução Facebook

11ª edição do Rock do Bem


Bauru

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Entrelinhas

www.coquetel.com.br

A síndrome dos pernas de pau Por Enio Lourenço

© Revistas COQUETEL

Imagens "Cães de (?)", filme que ajudam clássico de Quentin os meteorologistas Tarantino na previsão do tempo (1992) Seção intermediária do dedo

Recipiente em que (?) borse mergulhava dalesa, fungicida Relatar a o bico de pena caseiro história

Seleções da estreia da Arena da Amazônia na Copa de 2014 "Novo", em neologia

(?) Gaiman, escritor O indivíduo imaturo Cerimônia religiosa (?) Paul, guitarrista

A sobrancelha, em relação ao rosto (pop.) Pronome possessivo

Beco, em inglês Local do bracelete

Medida de (?): a fundamental é o metro quadrado

(?) Russo, líder do Legião Urbana

A organização como o Viva Rio (sigla)

Cabeça de gado Habitat do Corrida de pirarucu cavalos

Cada item do Código de Hamurabi (Hist.) Valorizados produtos persas Duas figuras humanas do presépio

Remo, em inglês Rua (abrev.)

30

Inflamação no ouvido Cortam a dentadas A "guia" das compras

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Corrida de cavalos Indivíduo imprestável Ato Institucional (sigla) (?) Russo, líder do Legião Urbana

Solução

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"O Diário de (?)", filme brasileiro (2012) Boa capacidade de avaliação

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F M O T O S D T E S C A T R E L I T J E

Corinthians, com um bom e entrosado meio de campo, mas sem individualidades geniais, botou 12 pontos de diferença no vice Atlético Mineiro, seguindo a dinâmica do bicampeonato do Cruzeiro nos anos anteriores. Ao final de cada temporada, ainda sonhamos em projetar os craques do passado nas poucas revelações, como os promissores Luan, do Grêmio, e Gabriel, do Santos. Mas qual deles estaria à altura de Neymar? Ou mesmo os bons Douglas Costa, do Bayern de Munique, e Willian, do Chelsea, companheiros de seleção do atacante do Barcelona, até que ponto podem ser mais do que meros coadjuvantes na Copa da Rússia em 2018? É difícil apontar onde o nosso futebol se perdeu. A má gestão da CBF, porém, que não fomenta campeonatos regionais, vira as costas aos seus federados que estão fora do eixo Rio-São Paulo-Minas-Sul, dominada por repugnantes coronéis, teve crucial contribuição para a pasmaceira atual de nossos campos de jogo. Provavelmente o celeiro brasileiro nunca deixará de produzir artistas da bola, mas seguirá escasseando enquanto cartolas corruptos da estirpe de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero seguirem dirigindo o esporte do povo. E se assim o for, finado Nelson Rodrigues, caminharemos para o equívoco da indistinção, em que podemos cometer a infâmia de comparar aquele gênio das pernas tortas de 58 com qualquer outro mané das pernas de pau.

Rádio (símbolo) (?) Gomes, político

3/les — net — oar. 4/lane — neil — seat — tell. 10/falanginha. 15/fotos de satélite.

Em 1958, logo após o primeiro título mundial da Seleção Brasileira, o cronista Nelson Rodrigues escreveu no extinto Jornal dos Sports que a “expressão ‘perna de pau’ deixou de ter sentido no Brasil”. Para o escritor, todos os brasileiros, a partir de então, estavam imbuídos das habilidades de Garrincha, Didi e Pelé. Quase 60 anos depois, a tragédia da Copa de 2014 parece ter nos levado ao momento anterior à conquista da primeira Taça Jules Rimet. Desde o pentacampeonato em 2002, o Brasil coleciona fracassos em mundiais, e demorou quase uma década para voltar a ter um jogador entre os três candidatos à Bola de Ouro da FIFA. A exceção, é claro, está no jogo virtuoso de Neymar, que vem num crescente imparável desde o seu surgimento no Santos em 2009, colecionando dribles, golaços, títulos individuais e coletivos, até figurar na tríade dos melhores jogadores do mundo deste ano. Fora o jovem de 23 anos, é difícil encontrar entre os nossos atletas resquícios da velha escola brasileira. Espanhóis, alemães, argentinos usam e abusam daqueles recursos que considerávamos exclusivos dos futebolistas tupiniquins (até um português, ora pois, tem tratado a bola com mais carinho). O futebol nacional se tornou burocrático e previsível, enquanto os estrangeiros mesclaram eficiência com alguma plasticidade. Os campeonatos brasileiros viraram barbadas que premiam os poucos times organizados. Sempre uma equipe arranca e leva. O atual campeão

Reagir naturalmente à piada


8 Lazer

Gastronomia das praças é marca da cidade Fartas opções de pratos, bom preço e convívio harmonioso dão o tom nesses espaços públicos onde os “food trucks” ainda não chegaram Por Giovani Vieira

Diego Orejuela

A

o entardecer, quem passa pela Avenida Nações Unidas, na altura da Praça da Paz, consegue visualizar a transformação do espaço. A calmaria do local, simbolizada pela escultura do pombo da paz, logo é substituída pela ocupação de mesas e cadeiras, com aromas das comidas dos trailers. “Essa é uma das poucas áreas da cidade reconhecidas pelo cheiro característico”, destaca a comerciante Marta Tanure, 60. Às 18 horas, de segunda a segunda, a praça torna-se um ponto movimentado de encontro dos moradores, que têm à disposição 12 trailers para degustação de pratos rápidos. Muito antes do sucesso dos estilizados food trucks, esses “carros de lanches” são sucesso entre os bauruenses. “O espaço aqui já é tradicional. Tem carrinho que está há quase vinte anos. Para a gente não há crise, sempre tem alguém que quer aproveitar o céu com um pouquinho de comida e diversão”, brinca Marta, proprietária de um conhecido trailer de pizza em pedaços. Adão Irineu, 52, que vive no Jardim Panorama e visita a praça aos finais de semana, também compartilha desse pensamento. “Não tem como pensar em Bauru sem associar com a rotina da Praça da Paz. Mesmo tendo crescido, o espaço ainda guarda ares para diversão com segurança”, comenta. Aos sábados e domingos, Marta consegue vender mais de 100 pedaços de pizza. Seu companheiro do trailer ao lado, Claudinho, famoso pelos churros desde 1996, aproveita o alto fluxo de pessoas para inovar no cardápio. “Lanço tendências na praça. Todo mês tento colocar novos sabores, e observo a reação do pessoal. Pelo visto, tenho acertado”, conta.

Sucesso no Jardim Terra Branca A Praça da Hípica (foto), no Jardim Terra Branca, que tem uma área quatro vezes maior do que a Praça da Paz, tem se tornado referência como ponto de encontro nos últimos anos. De acordo com a Prefeitura, o local é a maior praça de alimentação a céu aberto da cidade, com aproximadamente 20 trailers. O cardápio diversificado vai dos tradicionais lanches, espetinhos e doces até comidas regionais e chinesa. A ampla área de recreação com gangorras, escorregador, balan-

ços feitos com pneus e gira-gira de madeira, que foram instalados pelo poder público, também conquista as famílias. A facilidade para estacionar os carros, em contraste com as opções da zona sul, é outro atrativo. “Esse é um dos poucos lugares onde eu posso ir com meus filhos sem me preocupar. Dá para sentar, conversar e comer por um preço que cabe no orçamento da família”, diz a empregada doméstica Célia Batista, de 32 anos, moradora de um dos conjuntos habitacionais do bairro.

Falta de infraestrutura

Os comerciantes que utilizam as praças revelam uma reclamação antiga: a falta de banheiros públicos. Com exceção da Praça Rui Barbosa, no Centro, as demais não contam com a estrutura (nem mesmo banheiros químicos nos dias mais movimentados). “Não é possível que o poder público ainda não tenha percebido que a população que frequenta esse lugar reivindica. Eles [políticos] podem frequentar espaços mais nobres, mas não devem esquecer-se dos comerciantes e dos bauruenses que preferem as opções mais populares”, aponta Jaudir Pelão, 47, o “Alemão”, comerciante na Praça da Hípica.


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