Jornal Brasil Atual Bauru 16

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Bauru

distribuição gratuita jornal brasil atual

Ensino superior Contratação de temporários avança nas universidades estaduais paulistas

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no 16 | Fevereiro de 2016

Dengue

Bauru tem média de dois casos diários; caso de Zika vírus também já foi notificado

Solidariedade

Jovem bauruense promove campanhas para realizar tratamento de síndrome rara

Salas fechadas Depois de anunciar suspensão do fechamento de escolas, governador Alckmin encerra turmas e promove superlotação


2 Editorial

Sinais de mudanças no governo federal Depois de um ano instável, no dia 3 de fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff foi à sessão de abertura do Congresso Nacional conclamar unidade aos parlamentares para a aprovação de projetos de interesse do governo, que possibilitem a retomada do crescimento econômico do país. Diante de muitos desafetos que a querem longe do Palácio do Planalto, Dilma foi tenaz em seus propósitos e não se intimidou em encarar grupos de deputados pouco interessados em resoluções reais para as crises políticas e econômicas – aqueles adeptos do lema “quanto pior, melhor”. As duas principais propostas apresentadas, uma nova reforma da Previdência Social e o retorno da CPMF, porém, ainda dividem opiniões entre situação e oposição. O que há de novo é a atitude revigorada da presidenta em voltar a se impor, sinalizando a possibilidade de novos rumos. Fato é que as bases sociais que elegeram Dilma já acenaram para o governo seus anseios para este ciclo de crescimento que tanto se espera. O eixo pautado pela Frente Brasil Popular solicita medidas que estimulem a geração de empregos, maior oferta de crédito para consumo, capital de giro para as empre-

sas retomarem os níveis de produção e a manutenção da cadeia produtiva da Petrobras. A auditoria da dívida pública federal também é uma reivindicação antiga que o governo poderia olhar com maior carinho. O mecanismo, previsto na Constituição Federal de 1988, foi vetado pela presidenta em janeiro, após ser aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo o coletivo Auditoria Cidadã da Dívida, 46% dos gastos da União se deram com o pagamento e amortização da dívida em 2015, o equivalente a cerca de R$ 958 bilhões. Por fim, a “justiça tributária” é a cereja do bolo. A criação de novas faixas no Imposto de Renda, fazendo com que aqueles que ganham mais, paguem mais; e que pessoas com rendimentos de até R$ 3.390 mensais sejam isentas é uma grande oportunidade de sanar os problemas econômicos do país, de forma mais igualitária. Afinal, é preciso refletir: quem realmente produz as riquezas do país são aqueles trabalhadores do andar de baixo, que lutam para ter um trabalho com carteira assinada, mirando uma aposentadoria digna no final da vida, ou aqueles ricos e abastados que só se preocupam com a engorda de suas contas bancárias personnalité?

Expediente Rede Brasil Atual – Bauru Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo, Giovani Vieira Miranda e Ricardo Santana Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Ciete Silvério Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 5 mil exemplares Distribuição Gratuita


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Bauru Educação

“Reorganização camuflada”: Alckmin fecha salas de aula Após estudantes barrarem fechamento de escolas em 2015, governador elimina turmas e gera superlotação

Ricardo Santana

Por Ricardo Santana

E

m 2016, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ampliou o fechamento de salas de aula na rede pública estadual de ensino ao invés de encerrar definitivamente as atividades em 94 unidades, como pretendia com a proposta de “reorganização de ensino”, combatida pela comunidade escolar, sobretudo pelos alunos. Um levantamento realizado pela subsede local do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que 34 salas foram fechadas até fevereiro na área da Diretoria de Ensino-Região Bauru. Suzi da Silva, diretora da Apeoesp, diz que Alckmin promove uma “reorganização camuflada”,

superlotando salas ao fechar outras. Nas escolas que foram ocupadas em Bauru como forma de protesto no final do ano passado, 10 turmas foram fechadas. A E.E. Antônio Ferreira de Menezes perdeu três salas, sendo duas de ensino médio e uma do ensino fundamental I. Na E.E. Stela Machado foram fechadas duas salas do ensino médio. Já a E.E. Ayrton Busch perdeu cinco salas: uma do ensino médio, três do fundamental II e uma do fundamental I. Das 34 salas fechadas, 12 são do ensino médio. Na E.E. Anis Dabus, em Avaí, a situação é ainda mais grave: a Secretaria Estadual de Educação determinou o fim do ensino médio no período noturno.

Qualidade em xeque

Terror nas escolas

A dirigente sindical Suzi da Silva avalia que o fechamento de salas de aula trata-se de um ataque do governador Alckmin à qualidade do ensino. “Nos últimos 20 anos de governo do PSDB, a escola pública está sendo sucateada, com a falta de investimentos e projetos fracassados. A reorganização do ensino anteciparia em anos o que o governo vem fazendo lentamente”, define. A Apeoesp irá acionar o Ministério Público Estadual para impedir as ações do governo. Suzi lembra que em 2006 o governador também vetou a lei 1.037/2003, que estabelecia o limite de 25 alunos por sala do 1o ao 5o ano; 30 do 6o ao 9o ano; e 35 no ensino médio.

Os professores reclamam do clima de terror nas escolas. O blogueiro bauruense Henrique Perazzi de Aquino, que mantém o blogue “Mafuá do HPA (www. mafuadohpa.blogspot.com.br), publicou o relato anônimo de uma professora que denominou os acontecimentos como “crueldade do governador no trato com a comunidade escolar”. “Como ele [Geraldo Alckmin] não pode punir os jovens, é em nós que o chicote está comendo. Salas de aulas eliminadas num ‘vapt-vupt’ e sem dó e nem piedade. Quem ‘se ferra’ mais é o professor”, disse.


4 Dengue

Média de dois casos diários em Bauru E 1º caso de Zika vírus foi registrado no Pousada da Esperança

Cidade

Oficina Cultural dá espaço para Setor de Inquéritos da Justiça Depois de 25 anos de trabalhos, oficina foi fechada em 2015 O anúncio da desativação da oficina foi feito em março de 2015, em meio às reformas do prédio, que fica na Rua Amazonas. Após quase 25 anos, a oficina deixa a demanda de cerca de 200 que pessoas que passavam no local ao mês.

James Gathany

A população foi surpreendida pelo comunicado oficial do governo do Estado de São Paulo sobre a transferência das antigas instalações da Oficina Cultural para o Setor de Inquéritos da Justiça do Estado.

Os números mostram que 3,3% dos locais visitados estão infestados pelo mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika vírus, índice três vezes maior que o considerado seguro pelo Ministério da Saúde (até 1%). O primeiro caso de Zika vírus na cidade também foi registrado neste ano. A contaminada é uma mulher grávida, de 32 anos, moradora do bairro Pousada da Esperança.

Diego Orejuela

O número de casos de dengue em Bauru já ultrapassou a marca de dois casos diários desde 1º de janeiro de 2016, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Uma pesquisa realizada em 6.200 imóveis pela Divisão de Vigilância Ambiental revelou que foram encontrados 11.682 recipientes com água parada, com 256 povoados por larvas do mosquito Aedes aegypti.

Cultura

Carnaval de Bauru é nota 10

Diego Orejuela

Mocidade Unida da Vila Falcão dá show no sambódromo e sagra-se a campeã entre as escolas

O Carnaval bauruense de 2016 foi considerado o maior desde a inauguração do sambódromo há 26 anos. Em dois dias de desfiles de blocos e escolas de samba, passaram pela avenida aproximadamente 27 mil pessoas – de acordo com estimativas da Polícia Militar; 45 mil segundo os organizadores. A campeã foi a escola de samba Mocidade Unida da Vila Falcão. Entre os blocos carnavalescos, venceu a Esquadra do Indepa. Os bloquinhos de rua também reuniram muitos foliões por toda a cidade.


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Bauru Ensino superior

Contratação de “temporários” nas universidades públicas Modalidade precária da rede pública de ensino paulista também passa a integrar o quadro de USP, Unesp e Unicamp Por Giovani Vieira Miranda

Diego Orejuela

A

política para a área de educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) tem afetado também o dia a dia das universidades estaduais paulistas. No começo de 2015, USP, Unesp e Unicamp anunciaram medidas de contingenciamento, que afetam o eixo ensino, pesquisa e extensão – base do ensino superior. Desde abril do mesmo ano, todas suspenderam temporariamente os programas de progressão nas carreiras dos profissionais efetivos. A Unesp já interrompeu os concursos públicos que estavam em andamento para professor e técnico administrativo e, até o momento, não abriu novos editais. No campus de Bauru, há profissionais que foram aprovados e aguardam a contratação. Apesar da autonomia administrativa que as instituições de ensino superior possuem para gerir seus recursos, manobras vêm sendo realizadas para manipular os repasses do governo do Estado (9,57% do ICMS). Em um recente movimento, as três universidades públicas do Estado passaram a adotar sistemas de contratação temporária semelhantes àqueles que são aplicados na rede pública de ensino. As seções técnicas de recursos humanos estão lançando contratos de dois anos para a contratação de servidores técnico administrativos e, nos próximos meses, o mesmo deve acontecer entre os docentes. Os editais para temporários se aproximam da conhecida “categoria O” do professorado paulista, método de contratação por tempo determinado de três anos (estendido recentemente pela lei complementar 1.277/2015 após diversos movimentos da Apeoesp – sindicato dos professores do Estado –, sendo que anteriormente era de ape-

nas um ano), que impossibilita os profissionais de trabalharem por 180 dias após o vencimento do contrato. Os funcionários temporários não possuem estabilidade, direito a férias remuneradas ao término de cada ano letivo, atendimento médico pelo Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe), entre outras garantias. O recurso provisório, adotado em 2009 pelo então governador José Serra, tornou-se “regra”. “Esse é um regime quase que escravagista adotado pelo governo de São Paulo e que se arrasta há anos. Se não fosse pela luta constante da Apeoesp, pouca coisa

teria mudado nos últimos anos”, destacou Idenilde Conceição, diretora da subsede da Apeoesp em Bauru. Na cidade, o cenário já é visível nos recentes editais de contratação de servidores técnico administrativos substitutivos. Para os professores, a perspectiva é de que as contratações de substitutos por semestre letivo sejam encerradas e novos concursos com prazos de dois anos sejam estabelecidos. Dessa forma, os profissionais passariam a ser contratados por um conjunto de disciplinas previsto para aquele período. “Se isso vier a se confirmar, será um retrocesso para a universidade

pública. Os professores substitutos são para cobrir os vazios temporários de profissionais efetivos, e não uma solução para o quadro”, aponta Jayr Miglione, docente da USP. Para o professor universitário, a medida diminuirá a produção intelectual dos departamentos e prejudicará a formação dos estudantes. “É muito difícil você imaginar a contratação de um profissional para lecionar disciplinas que pouco se conversam. As aulas correm o risco de serem superficiais, e o não vínculo do profissional à instituição fará com que se reduza a promoção de atividades de ensino, pesquisa e extensão”, frisa.


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antena atual

o que acontece no mundo você confere aqui

Socialismo nos EUA

No clássico do futebol entre Corinthians e São Paulo pelo Campeonato Paulista, no dia 14 de fevereiro, torcedores alvinegros abriram faixas de protesto contra o escândalo da máfia da merenda em São Paulo, contra a Rede Globo, contra a CBF e a FPF, e pediram por ingressos mais baratos.

viralizou

Torcedoras do Atlético Mineiro veicularam uma série de manifestos nas redes sociais da Internet em repúdio ao desfile de lançamento do novo uniforme do Galo. Elas consideraram a ação de marketing do clube e da empresa fornecedora de material esportivo como machista e sexista, desrespeitando o público feminino amante do esporte.

sem ruídos

“A guerra contra o mosquito transmissor do zika é complexa, porque deve ser travada em todos os lugares e por isso exige engajamento de todos. Se nos unirmos, a maneira de lutar se torna simples. Não podemos admitir a derrota porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar os criadouros. Repito: basta que impeçamos o mosquito transmissor de se reproduzir em águas paradas. Se o mosquito não nascer, o vírus zika não tem como viver”, disse a presidenta Dilma Rousseff em pronunciamento oficial, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, no dia 3 de fevereiro.

Nos Estados Unidos da América, um candidato socialista tem chamado a atenção do mundo durante as primárias da eleição presidencial, que ocorre em novembro: Bernie Sanders. O senador do estado de Vermont, de 73 anos, disputa a preferência do Partido Democrata (ainda que eleito como independente) contra a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, para concorrer contra o Partido Republicano. Sanders agrada aos jovens por ser crítico ao sistema financeiro e por não aceitar doações de corporações.

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Fotos: Alex Fau, Gage Skidmore e reprodução Facebook, divulgação Bruno Cantini/Atlético Mineiro

Manifestação política nas arquibancadas


Bauru

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Ignorante em certo assunto Ainda

Escuta telefônica (pop.) (?) de metais, dispositivo de segurança de bancos e aeroportos

Tonalidade de amarelo

um leprechaun, no folclore irlandês

Piso do ringue de boxe

(?) boreal, atração celeste da região ártica

Traje qua-

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Os 60 foram dos hippies Etapa da viagem

(?) Baldwin, ator Buscador da internet

(?) Niño, fenômeno climático periódico

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Peça do motor Caneta, em inglês (?) do povo: crítica de Marx à religião

idade da alifórnia onde se situa ollywood

Petiscar ou bebeicar (fig.) plástico para mbrulhar limentos

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(?) boreal, atração celeste da região ártica

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Solução

(?) Niño, fenômeno climático periódico Alfred Nobel, inventor sueco

O Reino de Iemanjá (Rel.) Estuda Traje quadriculado, típico dos escoceses

Piso do ringue de boxe

Patroa; senhora Cerveja inglesa

Tássia Camargo, atriz paulista

B O A T E

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Embutido que recheia pães

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Solução

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© Revistas COQUETEL

Os 60 foram dos hippies Etapa da Tássia Camargo, viagem

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J U R O E I GO M S R P A M A T O NA R M N T E M A R D I L E C E L A A N E O L E S

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Estabelecimento da vida noturna

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Petiscar ou bebericar (fig.) O plástico para embrulhar alimentos

Parasita do intestino, hospedado na carne de porco (Patol.)

© Revistas COQUETEL A sílaba

Agir como O de pero- Órgão Competição esportiva um precon- ba é "indi- tratado internacional realizada ceituoso cado" ao pelo nefro- em julho de 2015 (Toronto) Pena cara de pau logista

P R O D U T O R M U S I C A L

te sem dormir, com o sangue e o suor lutando contra as reminiscências etílicas dos dias mais genuínos do ano. É o fim da fantasia e da ingenuidade – quando muitas vezes queremos mesmo é viver para sempre naquele paralelo de confetes e serpentinas. “Tristeza não tem fim/ Felicidade sim”, crava a canção A Felicidade, de Vinicius de Moraes, reinterpretada no ótimo disco Estudando o Samba. Serão mais 365 dias até que o tempo da liberdade e da libertinagem, permitidas pela convenção social, reine novamente entre nós. Os dias em que floresce a pulsão da vida plena, em que deixamos de ser a massa reificada que bate cartão das 8h às 17h, longe dos sanguessugas fantasiados de tabelas e planilhas: é a realidade da maioria; adeus, tabus da vida média. O carnaval nos traz a humanidade perdida. E como as lembranças permanecem frescas, pratiquemos mais o mundo da maioria até a próxima festa da carne; nos próximos meses, sejamos menos “coisa” e mais sonhadores. Pela nossa completude, bom baile da ressaca a todos.

Escuta telefônica (pop.) (?) de metais, dispositivo de segurança de bancos e aeroportos

Patroa; senhora Cerveja inglesa

CRUZADAS DIRETAS

3/mon — pen — rat — ton. 4/alec — bing. 5/tênia. 8/detector.

“A felicidade do pobre parece/ A grande ilusão do carnaval/ A gente trabalha/ O ano inteiro/ Por um momento de sonho/ Pra fazer a fantasia/ De rei ou de pirata ou jardineira/ Pra tudo se acabar na quarta-feira.” Acabou de passar o bloco da festa mais popular do mundo, reconhecido aqui por suas singulares alegorias, onde a inversão dos papéis é a regra, sem sutilezas, com total integração entre os gêneros e as classes (dizem), todos livres para brincar e transgredir durante quatro dias (ou cinco, ou uma semana ou até um mês, para os mais foliões). A melancolia dos versos que abrem este texto, na versão do cantor baiano Tom Zé, acompanhados do dedilhado de violão e uma contumaz percussão que marca o tempo como um relógio de cuco, entretanto, simboliza o lamento do pós-festa. E agora? Esqueça o dinheiro e a sua posição social. A verdade é que voltamos aos nossos risíveis papéis sociais naquela quarta de cinzas, ao meio-dia, quando o chefe aparece com a roupa muito bem passada e estamos praticamen-

Ratazana, em inglês Embutido que recheia pães

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Traumatismo (?), lesão advinda de batidas

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D T E D M P O R T E C O C R N I A A N T R I C A A N ID U O A R O P E R E S A N

Por Enio Lourenço

© Revistas COQUETEL

Agir como O de pero- Órgão Competição esportiva um precon- ba é "indi- tratado internacional realizada ceituoso cado" ao pelo nefro- em julho de 2015 (Toronto) Pena cara de pau logista

Estabelecimento da vida noturna

C A S C U D O

A ressaca do carnaval dura um ano

Profissional de gravadoras Recompensa da como Rick Bonadio captura de um leprechaun, no folclore irlandês

P R O D U T O R M U S I C A L

Crônica


8 Solidariedade

Jovem promove campanhas para realizar cirurgia no exterior Portadora de uma síndrome rara, a bauruense Lais de Oliveira precisa arrecadar R$ 100 mil nos próximos meses

Reprodução Facebook e Ricardo Santana

Eu não desanimo e acredito na solidariedade das pessoas. Vou continuar lutando enquanto for necessário

Eventos de apoio Bazar Beneficente “Unidos Pela Laís”

13 de março, às 14h Rua da Igreja, 1-55 (Salão Paroquial), Vila Dutra

Show Beneficente no Camaleão Bar 27 de março, a partir das 20h Av. Getúlio Vargas, 12-26, Jardim América

L

ais de Oliveira Vaz, de 20 anos, ficou conhecida em toda a região por sua determinação no tratamento de uma enfermidade rara. A bauruense descobriu há três anos que é portadora da Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação de origem congênita no sistema nervoso central, manifestada entre a junção do pescoço e do crânio, podendo gerar hidrocefalia e a perda de funções motoras. A descoberta da doença ocorreu quando a jovem tinha 17 anos. Uma dor de cabeça contínua e diversas passagens pelos hospitais levaram os médicos a desconfiarem que ela tinha a síndrome en-

contrada em uma a cada 100 milhões de pessoas no mundo Desde então, Lais realizou uma série de tratamentos no Brasil. Em 2014, foi submetida a uma cirurgia no Hospital da Unesp de Botucatu, mas que não resultou em efeitos práticos. “A medicina no país ainda desconhece a síndrome e praticamente todos os recursos foram esgotados. Ainda tenho sequelas da última cirurgia realizada aqui, como espasmos e dores de cabeça”, revela. Mesmo com o desempenho pouco eficiente da cirurgia, a bauruense não deixou de procurar por recursos e pesquisar possíveis tra-

tamentos. Foi assim que ela descobriu o Instituto Chiari, na Espanha, referência no tratamento da doença. Seu maior desejo é realizar uma nova cirurgia por lá. “Os riscos são menores do que no Brasil, pois eles fazem um tratamento mais focado e especializado. É um esforço”, conta Lais. Somente a cirurgia, no entanto, está orçada em € 18 mil (cerca de R$ 80 mil). Adicionando transporte, hospedagem e alimentação, os custos totais podem chegar na faixa dos R$ 100 mil. O tratamento no exterior, porém, não é custeado pelo SUS, o que obrigou a jovem a buscar alternativas. Com o auxílio de familiares e ami-

gos, Lais tem realizado eventos beneficentes para arrecadar o dinheiro. A página “Unidos pela Lais” no Facebook tem ganhado novos seguidores. “Esta é minha única esperança. Já conseguimos mais de 70% com o apoio dos amigos e tenho fé de que vamos além”, conta. A mais nova campanha busca juntar 2.000 pessoas que possam realizar a doação de R$ 10 reais por até três meses. Segundo a jovem, o valor arrecadado já seria suficiente para avançar às próximas etapas do tratamento. “Eu não desanimo e acredito na solidariedade das pessoas. Vou continuar lutando enquanto for necessário”, conclui Lais.


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