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Diretor reconhece denúncias do Brasil Atual e admite que faltam médicos nas UBSs
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Educação
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Justiça determina manutenção de bolsas de estudo aos aprovados no vestibular 2016 do Imesb
no 47 | Março de 2016 Cultura
Grupo de hip-hop agita a cena cultural da cidade e chama a atenção de músicos e produtores ingleses
Mais prejudicados Pequenosprodutoresruraistambémforamludibriadospela“máfiadamerenda”, orquestradaporCoafeautoridadespaulistas
2 Editorial
Por quem as panelas batem? Conta a história que a origem do “panelaço” (cacerolazo) é chilena, do início dos anos 1970, entre o final do governo democrático do presidente Salvador Allende e o início da ditadura militar do general Augusto Pinochet. A referência óbvia – que parece não fazer sentido no Brasil – era a falta de alimentos na panela. Desde o ano passado, tornou-se tradição bater panelas durante pronunciamentos oficiais da presidenta Dilma ou em inserções propagandísticas do Partido dos Trabalhadores em bairros de classe média e alta de cidades de todas as regiões do país. Os governos Lula e Dilma dos últimos 13 anos são passíveis de muitas críticas por não terem avançado em demandas históricas dos movimentos sociais. No entanto, o crescimento da renda, a valorização do salário mínimo e o bolsa-família, por exemplo, possibilitaram a retirada de 36 milhões de brasileiros da condição de miséria extrema – uma série de dados da Organização das Nações Unidas (ONU) enaltecem essas ações, que fazem o Brasil avançar significativamente no combate à fome. Em janeiro, a Operação Alba Branca (leia mais nas páginas 4 e 5) da Polícia Civil e do
MPE-SP desbaratou a “máfia da merenda”, com suspeitas sobre parlamentares tucanos e secretários de Estado do mais alto escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Alunos da rede pública de todas as regiões de São Paulo, desde o início do ano letivo, em fevereiro, estão recebendo somente a “merenda seca” – kits com bolachas e sucos ao invés da refeição completa, composta por arroz, feijão, carne e salada. As direções escolares orientam os pais a complementarem a alimentação em casa ou que os estudantes tragam a própria comida. Uma covardia, quando se sabe que muitos alunos vivem em situação de vulnerabilidade social, e aquela merenda é (ou era) a única refeição nutritiva que a criança ou o adolescente tem (ou tinha) no dia, como muitos professores e profissionais da educação relatam. O Estado de São Paulo é um dos catalizadores do atual formato de panelaço. Porém, a indignação seletiva de parte de nosso povo paulista e a forma como se enxerga a política por aqui está mais próxima de um jogo de futebol do que do exercício da cidadania. Bradar contra a corrupção é um direito legítimo, mas manifestar-se contra o roubo da comida de crianças, sobretudo as mais carentes, é um dever de todos.
Expediente Rede Brasil Atual – Bebedouro Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Giovanni Giocondo Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 10 mil exemplares Distribuição Gratuita
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Diretor admite falta de médicos nas UBSs
Justiça determina manutenção de bolsas de estudo no Imesb
O
Assessoria Câmara Municipal
diretor do Departamento de Saúde de Bebedouro, Antônio Feltrim, admitiu em audiência pública realizada na Câmara Municipal, em 23 de fevereiro, que faltam médicos nos postos de saúde e hospitais do município. A reportagem do jornal Brasil Atual publicou a denúncia em novembro de 2015, quando Feltrim alegou falta de disponibilidade na agenda para não conceder entrevista. Médicos e enfermeiros disseram que o problema tinha origem em atrasos de salários. Pacientes atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Moacyr Caldeira, no Centro, Dr. Ricardo Dias de Toledo, no Jardim Sanderson, na Estratégia Saúde da Família (ESF) José Caubi Campello, no Residencial Rassim Dib, e no Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira relataram que a fila
de espera para a consulta com um especialista leva até seis meses; para cirurgia, um ano. Segundo Feltrim, a ausência de médicos aconteceu porque o concurso aberto pela Prefeitura no ano passado não atraiu nenhum candidato. Ele ainda disse aos vereadores que o Departamento dispõe de dinheiro, mas possui “dificuldades para a contratação”, e que abrirá novo concurso para trazer mais médicos para a cidade. O diretor, no entanto, não comentou as denúncias de falta de pagamento aos profissionais já contratados. Ele também afirmou que “por força da lei” não poderia contratar médicos que já faziam parte do quadro de servidores para as vagas disponíveis. Feltrim prometeu resolver a demanda até o fim da primeira quinzena de março.
Diretoria, no entanto, descumpre ordem e mantém irregularmente a cobrança integral de mensalidades
O
s candidatos aprovados no vestibular 2016 do Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro (Imesb) conseguiram reverter na Justiça a decisão tomada pela Câmara Municipal. O Legislativo cortou 50% das bolsas oferecidas aos estudantes que fizeram a prova pelo Programa de Ingresso no Ensino Superior (Proesb), criado em 2010 para preencher vagas remanescentes nos cursos do centro universitário. Na decisão liminar em 1ª instância, a juíza Vanessa Aparecida Pereira Barbosa acatou o mandado de segurança impetrado pela estudante de direito Fabiana de Lima. A magistrada entendeu que a votação dos parlamentares no dia 4 de novembro e a promulgação da lei, no dia 10 do mesmo mês, não poderiam ter impacto sobre o vestibular de 2016, já que o corte das bolsas aprovado
Giovanni Giocondo
Antônio Feltrim, do Departamento de Saúde, confirma denúncia do Brasil Atual, mas não fala sobre salários atrasados
aconteceu após a publicação do edital de abertura de inscrições, datado de 21 de setembro, e da própria prova, realizada em 8 de novembro. Com a decisão, a faculdade é obrigada a conceder o desconto à candidata aprovada via Proesb. Com essa jurisprudência, a expectativa é de que novas ações semelhantes sejam impetradas na Justiça pelos candidatos que ficaram entre a 101a e a 200a colocação – aqueles que possuem o direito às bolsas de estudo parciais. Conforme relato de Bernardo Marinoski Neto, presidente do Diretório Acadêmico Eduardo de Assis Porto, a direção desobedeceu à decisão judicial e enviou boletos sem desconto na mensalidade aos alunos que se matricularam via Proesb. A reportagem de Brasil Atual tentou contato com a diretora do Imesb, Damaris Cunha de Godoy, mas ela não respondeu aos questionamentos.
4 Bandalheira
Aos trabalhadores rurais, o p
Prática fraudulenta de ex-diretores da Coaf em conluio com lobistas, servidores, deputados e secretários de Estado Por Giovanni Giocondo
O
esquema de corrupção montado por ex-dirigentes da Cooperativa de Agricultura Orgânica Familiar (Coaf) em conluio com lobistas, deputados, servidores públicos e secretários de Estado do governo Geraldo Alckmin (PSDB) atingiu em cheio o lado mais frágil de toda a cadeia produtiva: os agricultores familiares. Ao fraudar licitações, notas fiscais e superfaturar produtos alimentícios negociados com 22 Prefeituras e com a Secretaria Estadual de Educação para o fornecimento da merenda escolar, os integrantes da organização criminosa exploraram pessoas pobres, que plantam em pequenos lotes de terra para garantir o sustento – uma mulher inclusive deixou de produzir. A “parceria” com a Coaf tornou-se um tormento para eles. A maioria reside no assentamento da reforma agrária “Reage Brasil”, em Bebedouro, e comercializava verduras, legumes e frutas com a cooperativa até poucos meses antes do estouro da Operação Alba Branca, em 19 de janeiro, quando a quadrilha foi desbaratada. Alcides do Nascimento, de 61 anos, trabalha sozinho em seu sítio onde planta (ou plantava) variados itens: banana, mamão, milho, abobrinha, berinjela, jiló, alface. Tudo ia para a Coaf até dezembro de 2015. “Era a minha principal fonte de renda. De repente começaram a pegar os produtos e a atrasar os pagamentos. Foi quando eu desconfiei de que alguma coisa estava errada e parei de vender”, relata Alcides, que pôs fim aos diversos canteiros de hortaliças que possuía. Hoje ele depende da extração de látex das seringueiras. A receita da Coaf para convencer os produtores no início do trabalho
era bem articulada. A cooperativa patrocinava cursos para os agricultores aprenderem sobre cultivo orgânico, por exemplo, e comprava deles os alimentos que serviriam para atender às exigências dos contratos com o poder público. É o que conta Maria de Fátima Vieira, de 60 anos. Sem querer mostrar o rosto na foto, ela chora ao olhar o matagal que virou sua horta, onde antes havia tomate do tipo cereja, mandioca, couve, chuchu e quiabo. “No começo era bom, mas passou o tempo e o que vimos foram os direto-
res comprando carro novo todo ano, e nós ficando para trás”, lamenta. Sem renda e sofrendo de diabetes, ela agora depende do tricô e da ajuda do filho para conseguir sobreviver.
A chave do negócio A parceria entre assentados e Coaf começou em 2009, quando entrou em vigor a Lei Federal nº 11.947. No âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a regra determina que 30% dos recursos do Fundo Nacional de Educação (Fnde) destinados à com-
pra da merenda sejam oriundos da agricultura familiar. Cada produtor rural possui uma Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), documento fornecido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário que atesta a procedência do produto como sendo da agricultura familiar e especificando quais gêneros alimentícios serão fornecidos. O valor da venda obedece à tabela da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De posse desses documentos, a cooperativa operava da seguinte ma-
Essa era a minha principal fonte de renda. De repente começaram a pegar os produtos e a atrasar os pagamentos.
Alcides do Nascimento
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prejuízo da máfia da merenda neira: pagava aos agricultores um valor abaixo da tabela da Conab, cobrando uma “taxa administrativa” ilegal; levava dos sítios quantidade maior de alimentos que a discriminada nas notas fiscais; e usava as DAPs regulares dos produtores para comprovar a procedência de produtos adquiridos de Ceasas e agroindústrias. Nos contratos com as prefeituras, obtidos após licitações fraudulentas, a Coaf vendia os alimentos que serviriam à merenda escolar por valores exorbitantes. Segundo o Promotor de Justiça Leonardo Romanelli, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), os suspeitos devem responder por crimes como organização criminosa, fraudes em certames públicos, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. Questionado sobre o uso irregular das DAPs pela Coaf, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disse por meio de sua assessoria de imprensa ser responsável apenas por “reconhecer a condição dos agricultores familiares e suas organizações econômicas” e não fiscalizar a correta aplicação dos recursos da merenda, “que cabe a órgãos como o Tribunal de Contas do Estado, Câmaras Municipais e ao Ministério Público”.
Coaf tem novo presidente Nilson Fernandes, que assumiu a presidência da Coaf em 10 de fevereiro, afirmou que a prioridade de sua gestão será recuperar a credibilidade da cooperativa. Fernandes chegou a atuar como funcionário da entidade durante seis meses em 2013, mas saiu devido a “conflitos de filosofia e ideais”. “A Coaf era administrada como uma empresa”, revelou em entrevista exclusiva ao Brasil Atual.
Giovanni Giocondo
o do governo Alckmin (PSDB) escancara exploração da ingenuidade de pequenos agricultores do município
No começo era bom, mas passou o tempo e o que vimos foram os diretores comprando carro novo todo ano, e nós ficando para trás Maria de Fátima Vieira
Nilson Fernandes, presidente da Coaf O novo presidente diz que todos os contratos assinados com os municípios e o governo do Estado serão bloqueados imediatamente e depois passarão por uma auditoria. “São convênios irregulares. Nós continuamos a receber ligações das prefeituras que precisam do alimento, mas se déssemos seguimento aos convênios estaríamos avalizando a irregularidade cometida pelos antigos diretores”, disse. Fernandes aposta em seu bom relacionamento com o varejo para dar fluxo aos produtos dos pequenos
agricultores, que estão apodrecendo nos pomares. “Acionei meus parceiros e a aceitação deles foi muito boa”, falou, preocupado também com a dívida deixada pela antiga gestão, que está próxima dos R$ 4 milhões.
Suspeitos em silêncio O advogado Rogério Valverde, que defende o ex-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o Cal, e o ex-funcionário Cesar Bertolino, ambos presos durante a Operação Alba Branca e soltos após assi-
narem acordo de delação premiada, não se pronunciou sobre o assunto. A reportagem chegou a marcar uma entrevista com Valverde, mas ele alegou problemas de agenda para não falar com o Brasil Atual. O promotor Romanelli ainda afirmou que a Coaf “está sujeita a responder pelos malfeitos praticados independentemente da administração que esteja à frente da entidade”. O inquérito do caso ainda não foi concluído e não há prazo para o processo judicial ser iniciado.
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antena atual
o que acontece no mundo você confere aqui
Oscar “político” 2016
Reconhecido como um evento de elite, a premiação do 88º Oscar apresentou contornos críticos que saíram do protocolo de Hollywood, ultrapassando o mero debate cinematográfico. Confira os destaques e os assuntos mais comentados:
Violência contra as mulheres A cantora Lady Gaga, indicada ao prêmio de melhor canção original com Til it happens to you, no filme Hunting Ground, realizou um número musical acompanhada de mulheres (e um homem) vítimas de abuso sexual. Antes, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso para chamar atenção aos casos de violência sexual no país.
sem ruídos: racismo
viralizou
A atriz Glória Pires foi destacada pela Rede Globo para realizar os comentários sobre os filmes. Desconfortável, ela protagonizou frases que se tornaram memes nas redes sociais. “Não sou capaz de opinar”, disse para a apresentadora. Em tempos de verborragia na rede, um exemplo de humildade da atriz.
Brasil no Oscar
O Brasil também esteve presente no Oscar 2016 com o filme O menino e o mundo, do diretor Ale Abreu, sendo um dos cinco indicados para a categoria de melhor animação. O prêmio, porém, ficou com a megaprodução Divertida Mente, da Disney-Pixar.
sem ruídos: meio ambiente
A mudança climática é real, está acontecendo agora mesmo. É a ameaça mais urgente que a nossa espécie precisa enfrentar. Precisamos trabalhar juntos e deixar de procrastinar. Precisamos apoiar os líderes de todo o mundo que não falam em nome das grandes corporações poluentes, mas sim de toda a humanidade, dos povos indígenas, de bilhões de pessoas desfavorecidas que serão as mais afetadas por tudo isto, das crianças e de tanta gente cujas vozes foram afogadas pela política da cobiça. Obrigado a todos por este prêmio incrível desta noite. Não devemos encarar o planeta como algo garantido. Não encaro esta noite como algo garantido”, disse o ator Leonardo Dicaprio, uma das estrelas mais celebradas da noite, após conquistar seu primeiro Oscar por melhor atuação no filme O Regresso.
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Fotos: Divulgação Oscar.co, UN Climate Change
“O que quero dizer é que não se trata de boicotar as coisas. O que a gente quer é oportunidade. Queremos que atores negros tenham as mesmas oportunidades. E só. Não só de vez em quando. Leo [DiCaprio] consegue um grande papel todo ano. Todos vocês conseguem grandes papéis o tempo todo. E os negros?”, disse o ator Chris Rock, mestre de cerimônias do evento, durante discurso de abertura da noite de premiações em Los Angeles. Em 2016, nenhuma pessoa negra foi indicada para qualquer categoria.
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
Trabalho de assistência a um líder Sistema de flexibilização da jornada de trabalho
Pássaro que geralmente acompanha os barcos pesqueiros Importantes (momentos)
Posição da linha de defesa (fut.)
Agir como o trocador Ave natalina
Bondoso Peixe da cédula de cem reais
Tears (?) Fears, dupla de new wave Agir como o trocador Ave natalina
Diz-se da faca sem corte Perversa
Divisão do terreno
Governanta
Decreto (abrev.) Alain DeDivisão lon, ator
Rumar
do terreno
Infecção na pele Seleção (abrev.) causada Rumar por fungo
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res rurais
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Infecção na pele causada por fungo Agir como o trocador Ave natalina
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Cauda, em inglês Maior (síncope)
Medo muito intenso
Proporção de uma substância no todo Biscoito com o formato de argola
Haste do moinho Alexandre Nero, ator
Instituto Nacional de Câncer (sigla)
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A A R S E N A L E C H E L SE
Acessório dos mestres de bateria
R A LE
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As únicas duas luas de Marte
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3/for. 4/ária — tail. 5/orson — paúra. 8/clemente. 12/banco de horas — deimos e fobos.
(?) entre nós: em segredo
Haste do moinho Alexandre Nero, ator
3/for. 4/ária — tail. 5/orson — paúra. 8/clemente. 12/banco de horas — deimos e fobos.
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Budismo japonês Pessoa julgada (jur.)
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© Revistas COQUETEL
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A R S E N A L E C H E L SE
Texto crítico em Fernanda (?), cadernos literários apresentadora do Prazer Érbio programa "SuperStar" (TV) sexual (símbolo) Dois clubes rivais do futebol inglês
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(?) Welles, diretor Estado corde "Cidadão Kane" tado pelo O ato heroico, por sua rio Doce repercussão no tempo (sigla)
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Dois clubes rivais do futebol inglês
R E M E E S E S S M NE C O DE H A R I A A M I V O T N E S C L E M A F O C OB R P ED O E S A R A M U D E A
Principal meio de divulgação de coleções Duas con- de roupas sistências de grifes típicas de produtos osméticos
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Trecho Posição principal da linha da ópera de defesa (fut.) PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Plebe www.coquetel.com.br Instituto © Revistas(?) COQUETEL Texto crítico em Santana, Principal meio de di(?) Nacional Welles, diretor Estado corFernanda (?), cadernos literários vulgação de coleções dede "Cidadão Kane" tado pelo apresentadora do Câncer cantor O ato heroico, por sua rio Doce Prazer Érbio programa "SuperStar" Duas con- de roupas (TV) sertanejo (sigla) sexual (símbolo) repercussão no tempo (sigla) sistências de grifes
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Naquele domingo, 20 horas, o jovem aguardava o ônibus para ir ao encontro da namorada. Como de feitio, o rapaz, assalariado, checou o dinheiro para não voltar ao banco da vizinhança, que diziam ser perigoso à noite. Apesar de nunca ter presenciado situações de violência por lá, preferiu não arriscar. Duas notas de R$ 20 eram suficientes para qualquer imprevisto. O busão que chegou era o da linha mais extensa, que cortava muitos bairros. Após 40 minutos, resolveu embarcar, porque era aniversário de namoro do casal. Dentro, estranhou a superlotação. Parecia que todos vinham de um mesmo evento. Deu de ombros, afinal, era uma coincidência como a de encontrar torcedores de futebol às quartas e aos domingos. E seguiu para a catraca, quando recordou ter emprestado seu bilhete magnético ao irmão que estava desempregado. Uma das notas de R$ 20 seria usada, pensou. Entregou o dinheiro ao cobrador, que recolheu e lhe propôs um troco com vinte centavos a menos, porque não possuía moedas. As palavras lhe doeram: dois meses antes, a tarifa aumentara outros trinta centavos. Ponderou que se fosse no boteco da vila, aceitaria numa boa (e o dono ainda ofereceria balas para compensar). Mas quando lembrou dos milhões de reais que aquelas roletas produziam, dos ônibus velhos e lotados, da falta de linhas, revoltou-se. “Não, quero o meu troco correto! Entendo que a culpa não seja sua, mas não admito seguir sendo lesado por esta empresa. Seu patrão é muito esperto, isso sim”, falou. A essa altura, outros usuá-
rios se amontoavam atrás do jovem. Eis que alguém disse: “sai da catraca, comunista”. O cobrador complementou: “desce do ônibus, vacilão”. O rapaz por algum momento pensou que deveria arrefecer, mas puxou da lembrança uma máxima que um amigo sempre lhe dizia: “a vida não deveria ter catracas”. “Olha, moço, você não deve me coagir a sair. Eu tenho o direito de usar o transporte público como qualquer um neste...” E “pow”! Um homem com a camisa do Brasil socou seu rosto. Desnorteado, tentou mirar o agressor. Viu apenas borrões em verde e amarelo. “Pega o petralha, mata, mata, mata”, escutou com medo. Outro menos voraz propôs retirá-lo do ônibus, como dissera o cobrador, durante o linchamento que se iniciava. E assim o fez a massa ensandecida na parada seguinte, com o jovem desmaiado. A horda tripulante festejou como um gol na Copa do Mundo. “Onde já se viu, fica atrapalhando o andamento das coisas”. “Esses vermelhos querem cada vez mais direitos”. “Viva o Brasil”. A esposa do homem que fez do punho o cérebro lembrou que desceriam ali, mas muniam uma única nota de R$ 100 (além dos cartões internacionais). O cobrador a interrompeu: “Não se preocupem, podem descer pela frente”. O funcionário sempre recorda do domingo em que se sentiu parte do seleto grupo patriota que raramente usa ônibus, ainda que fora demitido meses depois, tendo suas atribuições repassadas ao motorista. O casal mudou-se para Miami, onde, não raro, são chamados de cucarachas. O jovem rapaz segue encontrando a namorada aos domingos.
(?) entre nós: em segredo
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Por Enio Lourenço
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Texto crítico em Fernanda (?), cadernos literários apresentadora do programa "SuperStar" Prazer Érbio (TV) sexual (símbolo) Dois clubes rivais do futebol inglês
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A metamorfose da massa
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Entrelinhas
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De Bebedouro para o mundo, grupo InSenso movimenta a cena do hip-hop local e da Inglaterra
S
e a música de Bebedouro ganha contornos de inovação, Rafael Alonso (Pastel), Breno Peixe (Rasta) e Raul Borges (Ralves), os três integrantes do grupo InSenso, são dos principais responsáveis pelo feito, colocando a cidade no mapa do rap nacional. O grupo começou de uma forma inusitada em 2009. Rafael, de 28 anos, e Breno, de 32, eram praticantes do le parkour – modalidade esportiva na qual o atleta usa de saltos e equilíbrios para se deslocar sobre obstáculos, como bancos, rampas, escadas e árvores. Entre um movimento e outro no esporte, Breno começou a usar o freestyle (versos livres) para fazer rimas em alusão ao novo amigo.
Arquivo pessoal
Trio composto por artistas multifacetados recorre a influências distintas e defende valores como a solidariedade entre artistas Breno, Rafael e Raul
Eu acredito que o rap não pode perder nunca essa veia intensa de denúncia de tudo o que consideramos injusto.
As influências e o processo criativo “Eu coloquei na minha cabeça que queria fazer música. Ajudou muito no início o fato de o meu primo ser produtor de house (vertente de música eletrônica), o que fez com que eu pesquisasse bastante e começasse a experimentar alguns samplers (mix de sons a partir de um aparelho) e batidas que pudessem se encaixar com o que a gente pretendia”, recorda Rafael, estudante de educação física, budista, vegano e praticante de artes marciais. B-boy ao longo da juventude, Breno trouxe do perfil dançarino dos desafios de break a malemolência que o InSenso transparece nos shows. Adepto da religião rastafári, tatuador profissional e capoeirista, ele expressa muito da sua arte utilizando a melodia do berimbau e a voz que despeja versos fortes e decididos, como nas canções “INSS” e “Poesia denuncia”.
O consenso que deu origem ao nome InSenso só veio, no entanto, quando o caçula Raul, o Ralves, de 25 anos, passou a dividir os vocais e a composição das letras com a dupla. O estudante de direito afirma que bebeu na fonte do punk rock e considera-se defensor da luta política que o rap promove nos palcos contra o preconceito racial e a desigualdade social. “Eu acredito que o rap não pode perder nunca essa veia intensa de denúncia de tudo o que consideramos injusto. Jamais podemos nos acomodar. Até para manter a tradição de um som e de uma cultura que sempre lutou contra a discriminação de toda ordem e que, infelizmente, ainda existe contra o próprio rap”, constata.
Novos projetos Reticências (2010) foi o primeiro álbum de estúdio gravado pelo trio. Agora, De Tom Sério, Sátira carece de alguns ajustes antes do lançamento, que deve acontecer até junho. Enquanto isso, as apresentações não param em festivais e eventos musicais de todo Estado. Mas se fechar dentro de si nunca foi a opção dessa rapaziada que preza pela solidariedade como grande fim. As dificuldades comuns das bandas independentes para conseguir gravar incentivaram o InSenso a aglutinar artistas da região em torno de uma ideia. Foi assim que Rafael montou, dentro do seu fusca, um projeto itinerante de gravação. Microfones e outros equipamentos foram instalados no carro do ano de 1983, dando a
possibilidade dos músicos montarem e mixarem suas músicas de graça. O apuro técnico das canções e a pluralidade dos versos chamou a atenção do rapper britânico Conor Nutt, que os convidou para gravar uma mixtape com outros 12 artistas, no ano passado, já lançada na Inglaterra. A música Reflexão Cotidiana faz parte da coletânea lançada pela banda The Peregrine Falcons. O InSenso foi o único grupo latino-americano a participar. E a parceria não para. Um novo som já vem sendo costurado com Nutt e, ao que parece, Bebedouro vai ficar pequena para tantas novas melodias e experimentações. Até onde o InSenso vai chegar? Pela quantidade de combustível na mente do trio, o fusca ainda tem muitos quilômetros a percorrer.