Jornal Brasil Atual Catanduva 32

Catanduva

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Direto da 102,7 FM Casos de furto aumentaram na região; PM dá dicas de segurança preventiva

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Imigração

no 32 | Setembro/Outubro de 2015

Novos povos que chegam ao país são tratados com preconceito por antigos colonos

Alerta:

Dengue Após apresentar índices alarmantes da doença em 2015, município não dá sinais de estar preparado para o retorno das estações climáticas quentes e úmidas, mais propícias ao aparecimento do mosquito transmissor

Mais saúde

Com bases de ritmos dançantes, zumba contagia centenas de pessoas nos parques e praças da cidade

2 Editorial

Congresso irresponsável sabotou o país no primeiro semestre Depois de um primeiro semestre tumultuado no cenário político nacional, muitas conclusões acerca da incapacidade do governo federal em lidar com as crises (política e econômica) foram bradadas aos quatro cantos do país.

A composição de um ministério pouco harmonioso, que abriga lideranças ruralista, do mercado financeiro, de grupos fundamentalistas religiosos, era o prenúncio dos conflitos de interesses que a presidenta Dilma teria de administrar, sobretudo após seu apelo popular para se eleger no segundo turno da eleição, sem aventar uma caminhada ao lado desses setores.

A debilidade foi tamanha nessa primeira metade do ano, que o vice-presidente Michel Temer também ganhou espaço, tornando-se o articulador político na tentativa permanente de acalmar os ânimos acirrados presentes na Câmara e no Senado (ambos presididos por seus correligionários do PMDB).

Este é o cerne da discussão: são desmedidas as críticas ao governo quando comparadas ao pouco que se fala sobre a sabotagem do Congresso Nacional fisiológico, que funciona na base da barganha e do clientelismo, misturando o público com o privado.

O deputado Eduardo Cunha e o senador

Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, decidiram como bem entenderam as pautas “importantes para o Brasil” que seriam votadas. É o caso do PLC 30/2015, que tramita no Senado e pode acabar com a CLT, possibilitando a terceirização de toda e qualquer atividade trabalhista. É importante recordar que o Congresso Nacional é composto por vários parlamentares empresários e ruralistas; lá, quase não há mulheres, negros, indígenas ou jovens.

Um contraste gritante com o que é a sociedade de fato. E é este modelo excludente que gira a engrenagem da corrupção, a inimiga nacional combatida aos domingos, uma vez que o modelo de financiamento das campanhas eleitorais permite doações milionárias de empresas, as patrocinadoras que depois cobram os juros do empréstimo.

Se o governo federal tem sido pouco hábil em gerir as crises, as duas Casas do Povo, até então, somente aprofundaram o momento delicado do país. Porém, dizem que é nessas horas que a criatividade aflora. Reinventar a nossa democracia representativa, de forma que ela amplie a participação popular direta, pode ser a maior vitória desses anos difíceis.

Expediente Rede Brasil Atual – Catanduva Editora Gráfica Atitude Ltda.

Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórteres Giovanni Giocondo e Guilherme Gandini Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa – Rafael Neddermeyer Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 12 mil exemplares Distribuição Gratuita

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Em casa, no carro, no ônibus: sintonize a rádio que fala a sua língua.

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Catanduva Oportunidade

Concurso público para supervisor de ensino tem inscrições abertas

Direto da 102,7 FM

Casos de furto crescem na região do Noroeste Paulista

Catanduva e Pirangi tiveram índices elevados neste ano

A Prefeitura de Catanduva realizará concurso público para preenchimento de quatro vagas do cargo de Supervisor Educacional, com salário estabelecido em R$ 3.302,29 e jornada de 40 horas semanais.

As inscrições têm cobrança de taxa de R$ 77 e estão abertas até o dia 8 de outubro. As provas objetivas e discursivas ocorrerão no dia 8 de novembro. Haverá, ainda, avaliação de títulos dos concorrentes.

Para participar do processo seletivo, o candidato deve possuir formação de nível superior em pedagogia

ou pós-graduação na área de educação, além de oito anos de experiência – quatro em cargo de especialista em educação e quatro de efetivo exercício da docência, ou oito anos de efetivo exercício da docência.

O concurso público segue determinação da Justiça após representação protocolada por Antônio Flávio De Fázio, presidente do PMN, que denunciou a forma de nomeação dos supervisores de ensino, dando origem a uma ação civil pública. “Vitória da educação”, celebrou o político.

Serviço

André Luiz D. Takahashi

O edital de abertura do Concurso Público nº 01/2015 da Prefeitura de Catanduva está disponível no site do Instituto de Educação e Desenvolvimento Social Nosso Rumo <www.nossorumo.org.br>.

As inscrições devem ser feitas no mesmo endereço eletrônico.

Guilherme Gandini

São quatro vagas em disputa para o salário de R$ 3.302,29

O crescimento da criminalidade tem deixado preocupados os moradores e os comerciantes do Noroeste Paulista. Os dados divulgados recentemente pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo corroboram essa tese.

Em Catanduva, os casos de furtos aumentaram 23,1% no mês de julho, com 101 registros, no comparativo com junho, quando houve 82 ocorrências. No acumulado do ano, foram 647 furtos na cidade.

Na vizinha Pirangi, a situação não é diferente. O número de casos cresceu quase 66% este ano em comparação com o mesmo período de 2014.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Segurança Pública, em junho foram registrados 15 crimes na cidade, que possui 10.623 habitantes – em 2014, houve nove ocorrências em igual período.

Somente nos primeiros 15 dias de agosto deste ano, foram registrados quatro assaltos no município. O sargento Flávio Henrique da Silva, responsável pelo policiamento militar em Pirangi, traçou um perfil específico dos criminosos em entrevista à Rádio Brasil Atual (102,7 FM).

“São, normalmente, menores de 18 anos, usuários de entorpecentes que necessitam manter o vício e, por

isso, realizam furtos para trocar as mercadorias por drogas. Na maioria das vezes, são mercadorias de troca fácil e rápida”, explicou.

Segundo o PM, muitas dessas pessoas são identificadas devido às características do furto, principalmente nos municípios menores.

Para evitar os furtos de automóveis, de residências e de estabelecimentos comerciais, a polícia sugere algumas dicas básicas de segurança.

“Ao se ausentar da residência, tranque as portas e janelas e evite deixar objetos de valor na área externa, com vista para a rua. Ao se ausentar do veículo, mantenha os vidros fechados e não deixe bolsas, celulares e carteiras sobre os bancos ou painel do automóvel”, disse.

O sargento ainda complementou com algumas sugestões sobre o uso da Internet. “Cuidado ao publicar sua localização nas redes sociais, dessa forma você deixa claro ao bandido que a sua residência está vazia, um motivo a mais para quem tem a intenção de praticar o furto.”

A PM ainda ressalta que é importante que as vítimas registrem os casos na delegacia, pois servem para planejar a estratégia de policiamento. Toda informação sobre os suspeitos ou material roubado deve ser comunicada imediatamente por meio dos boletins de ocorrência.

4 Imigração

Estrangeiros nem sempre encontram recepção amistosa em nosso país Moldado por imigrantes, Brasil ainda se encontra despreparado para receber os novos estrangeiros

C

Por Giovanni Giocondo

onstruído com a ajuda de imigrantes de diversas nacionalidades, o Brasil vem recebendo a cada dia um novo fluxo de estrangeiros, que fogem das guerras e da miséria de todo o mundo, em busca de trabalho digno.

Nas últimas semanas, o continente europeu ficou em evidência por muitos de seus países ainda resistirem a abrigar refugiados do norte da África e do Oriente Médio.

Por aqui, de meados do século XIX até o início do século XX, os municípios do interior de São Paulo foram destacados pontos de acolhida aos imigrantes, sobretudo de procedência europeia, e seguem, ainda, sendo o destino de muitos cidadãos de todo o mundo.

Peruanos, bolivianos, haitianos, sírios e africanos de diversas nacionalidades representam algumas das novas imigrações que chegam ao Brasil. Segundo Tania Rocio Illes, artista plástica peruana e coordenadora executiva do Comitê de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHCI), esses imigrantes “têm muito potencial e capacidade para colaborar com o desenvolvimento do país”.

A recepção aos novos imigrantes dada pelos brasileiros herdeiros dos refugiados de ontem, no entanto, nem sempre é amistosa. Agressões verbais, físicas e casos de racismo são comuns.

“Acredito que tem a ver com o fato de que, naquela época, os europeus brancos eram bem-vindos, enquanto negros e indígenas são discriminados

por serem considerados ‘diferentes’ e ‘inferiores’”, constatou Tania.

Esse fluxo imigratório tende a aumentar em meio à turbulenta conjuntura europeia. A resistência e a violência com que alguns governos tratam os refugiados emergem de maneira contraditória. A Hungria, que tem negado veementemente a entrada de estrangeiros em seu território, teve 100 mil refugiados migrando para o Brasil após a dissolução do Império Austro-Húngaro, no fim da 1ª Guerra Mundial, em 1918.

Já o governo brasileiro tem se mostrado mais solidário à causa.

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 10 de setembro, a presidenta Dilma Rousseff (PT) disse que o país está “de braços abertos

para acolher os refugiados e oferecer-lhes esperança”.

Nesse sentido, tramita na Câmara dos Deputados a nova Lei da Imigração, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB). O PL 2615/2015 é considerado “progressista” por garantir mais direitos sociais e regularizar a situação dos estrangeiros, em contraponto ao Estatuto do Imigrante, de 1980.

Para Tania Illes, que trabalha no Brasil há 12 anos, “a legislação é fruto de muitos anos de luta dos imigrantes”. “O Brasil ainda precisa avançar nas políticas públicas que auxiliem os estrangeiros com o idioma, a assistência social e desburocratizem a política migratória, que é o principal empecilho para que eles permaneçam aqui”, salientou.

Imigração em Catanduva Os italianos vieram em grande número para o município entre o final do século XIX e o início do século XX para trabalhar na lavoura. Em 1920, os colonos já representavam 10% da população local e fundaram uma sociedade com o objetivo de manter as tradições e “promover assistência social, médica e recreativa” aos conterrâneos.

Fotos: Arquivo Memorial do Imigrante, Laura Daudén e Fabio Arantes

Solidariedade e “confronto de gerações”

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Catanduva Saúde

Dengue faz 35 mortes e ainda ameaça

Médico infectologista estima que epidemia tenha contaminado mais de 50 mil moradores de Catanduva; risco aumentará no verão Por Guilherme Gandini

O

Para cada pessoa doente, existem outras cinco que tiveram contato com o vírus, mas não apresentaram sintomas

Responsabilidades

A Secretaria Municipal de Saúde, entretanto, por meio de nota, diz desenvolver todas as ações necessárias para combater a doença e responsabilizou a instabilidade climática pela epidemia.

“A variação sazonal da temperatura e da pluviosidade influenciou a dinâmica do vetor, e a falta de imunidade para o soro tipo 1, que foi o vírus que circulou no município, deixou a população exposta.”

Segundo a pasta, o trabalho de combate foi intensificado nessa época de chuvas, assim como as visitas em imóveis de difícil acesso e a retirada de criadouros em terrenos e áreas verdes, além de campanhas educativas, como o “Feitiço contra a Dengue”.

DRAMA E DESCASO A febre alta apareceu em fevereiro e quase tirou a vida do aposentado João Antônio Lilli, de 85 anos.

Fraqueza, dores, falta de apetite foram outros sintomas. “Nunca tinha sentido algo tão ruim”, confessou.

Ele deu entrada no Hospital Padre Albino numa sexta-feira, onde foi medicado para uma suposta infecção de intestino. Sem melhora, retornou no sábado.“Tive que aguardar o resultado do exame de sangue por duas horas sentado numa cadeira, mesmo estando muito fraco e com o corpo ruim”, relembrou. Ao pedir soro, ganhou apenas um copo d´água.

A dengue só foi diagnosticada dias depois pelo seu médico particu-

lar, Sérgio Rebelato, que chegou de viagem e determinou sua imediata internação – ele já apresentava pneumonia e arritmia, além de perda aguda de peso (17 quilos).

“Enfrentei uma semana de internação com muita medicação em um hospital lotado de gente com dengue.

Sobrevivi, mas fiquei com a visão mais fraca e dores nas costas”, lamentou.

A família de Lilli, que mora na Avenida São Domingos, criticou o poder público. “A cidade só chegou ao ponto que chegou porque a Prefeitura deixou a coisa rolar. Foram muitos casos entre amigos do bairro”, disse um parente do aposentado, que preferiu não se identificar.

Fotos: Assessoria de Comunicação Prefeitura de Catanduva e Guilherme Gandini

clima quente e chuvoso de setembro preocupa as autoridades de saúde pública de Catanduva. A proliferação da dengue, que infectou 10.471 catanduvenses e matou 35 de janeiro a agosto deste ano (mais dois óbitos ainda estão sob investigação), deve aumentar com a proximidade do verão.

Pela média, um a cada dez habitantes contraiu a doença, sendo a maior epidemia de dengue da história local.

Catanduva tornou-se a “campeã brasileira” em casos proporcionalmente ao número de habitantes, na faixa de 100 mil a 499 mil moradores, segundo o Ministério da Saúde.

O município ainda compõe o grupo de 10 cidades paulistas que mais tiveram casos da dengue no ano.

Juntas, elas correspondem a 43% dos 590 mil casos confirmados no Estado. A lista é dominada por cidades mais populosas, como São Paulo, Campinas e Guarulhos.

O médico infectologista Arlindo Schiesari Júnior estima que mais de 50 mil habitantes podem ter se contaminado durante o período epidêmico. “Para cada pessoa doente, existem outras cinco que tiveram contato com o vírus, mas não apresentaram os sintomas”, explicou.

O especialista afirma que há risco de que uma nova epidemia assole a cidade no verão, mesmo que metade da população esteja imunizada ao vírus tipo 1. “A outra metade está exposta.

Se houver circulação de outro tipo de vírus, o perigo será ainda maior.”

O combate à doença, segundo Schiesari, precisa ter envolvimento contínuo da população e da Prefeitura, como nas vistorias no interior das residências e nos quintais. “80% dos criadouros estão lá”, disse.

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antena atual

o que acontece no mundo você confere aqui

sem ruídos

“ No Brasil, ainda é normal homem pisar em mulher, branco em preto e rico em pobre. Os cineastas estão no cinema para isso e é ótimo que estes filmes estejam dando certo, porque fazem o mundo pensar e repensar estas atitudes.”, disse a cineasta Anna Muylaert, diretora do premiado filme Que Horas Ela Volta, que trata sobre a relação entre patrões e empregadas domésticas, em entrevista ao jornal Brasil de Fato.

viralizou

Gol de Cristiano Ronaldo! Em 19 de setembro, no jogo entre Real Madrid e Granada pelo Campeonato Espanhol, o atacante português entrou em campo com Zaid Abdul Mohsen, de 7 anos, refugiado sírio que, junto com seu pai, foi agredido por uma cinegrafista húngara quando chegavam à Europa.

No dia 20 de setembro, o Papa Francisco realizou uma missa campal na Praça da Revolução, em Havana (Cuba). O pontífice argentino teve papel destacado na retomada da diplomacia da Ilha com os EUA, oficialmente celebrada em julho.

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“E Foram Quase Felizes Para Sempre”, a primeira comédia solo de Heloisa Périssé, será apresentada em Catanduva, no Teatro Municipal Aniz Pachá, no dia 24 de outubro, às 21 horas. A história das desventuras amorosas de uma escritora é marcada pela versatilidade da atriz, que se multiplica em 15 personagens na peça. Os ingressos estão à venda nos sites <megabilheteria.com> e <guicheweb.com.br>.

Fotos: Ismael Francisco e reprodução YouTube

Heloisa Périssé em Catanduva

Catanduva

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Entrelinhas

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Enquanto o rock segue doente, o rap esbanja vitalidade Por Enio Lourenço

© Revistas COQUETEL

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A mobilização para a vacinação contra o HPV, por sua repercussão

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(basicamente, os famosos), porque no cenário independente as bandas de punk rock e hardcore jamais deixaram de cantar a revolta contra os opressores, é o que fazem os capixabas do Dead Fish há mais de 20 anos.

Enquanto a Rede Globo tenta forjar novas bandas de rock (leia-se produtos) através do seu programa “Superstar” para preencher essa lacuna, a turma do hip-hop vai conquistando cada vez mais os corações e mentes dos nascidos neste milênio.

Os rappers Emicida e Criolo são as principais referências do momento.

Ambos conseguiram absorver “o dedo na ferida” das denúncias sociais dos Racionais Mc’s – os maiores ícones do rap nacional –, cantando em alto e bom som o cotidiano e as nossas mazelas, e também experimentando a mescla com influências das músicas africanas e latinas, do samba, do funk, do reggae e de tantos outros estilos, como bases do próprio rock. É, meu caro rock, lamento muito seu estado atual. Você tornou-se banal e passou a fazer parte daquele sistema que tanto criticávamos juntos.

Não sei se você vai resistir, mas saiba que sempre nos lembraremos do seu auge. Agora, fica tranquilo e deixa por conta do rap, que com suas rimas e improvisos tem cantado muito bem a metáfora de nossas vidas.

A mobilização para a vacinação contra o HPV, por sua repercussão

Time de futebol de Silvio Berlusconi

3/dei — ela — err — ran — tea. 4/also. 6/cuenca. 9/emplastro. 14/eduardo saverin.

O rock and roll respira através de aparelhos. A simplicidade de uma guitarra, um baixo e uma bateria, com canções irreverentes e/ ou politizadas, é quase um álbum de fotografias amareladas que olhamos com nostalgia. O estilo musical que marcou a cultura do século XX por promover debates sobre o comportamento de uma juventude inquieta hoje vive como um cordeirinho adestrado da indústria fonográfica.

No Brasil, ao se falar de rock é obrigatório falar dos pioneiros Raul Seixas e Os Mutantes, ou da moçada dos anos 1980, como o Legião Urbana, o Barão Vermelho e os Titãs (estes ainda em atividade), que despontaram na cena musical dando um chute na bunda daquela velha e carcomida ditadura militar, censora da cultura brasileira por mais de duas décadas.

Viramos o século e o pouco que sobrou daquela geração aderiu ao conservadorismo político de outrora. Os casos mais emblemáticos são os dos músicos Lobão e Roger, do Ultraje a Rigor, que aparecem nos holofotes mais pelas bandeiras retrógradas, preconceituosas e elitistas que atualmente defendem, do que propriamente pela arte que produzem.

Claro que todos os exemplos citados compõem o chamado mainstream

Gênero de Rubem Cobra Braga (Lit.) constritora que pode chegar aos Chá, 9m de comprimento em inglês

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Mais saúde

Entre no ritmo da zumba Mistura de dança com fitness ganhou popularidade por utilizar o axé, o funk e o sertanejo com outros ritmos latino-americanos Laura Correia Marostegone

A zumba ajuda a perder peso, na definição da musculatura corporal, sobretudo das pernas, melhora o humor e eleva a autoestima, beneficiando corpo e mente

Maria Aparecida Cantelli

Guilherme Gandini

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ansiedade da pequena Laura Correia Marostegone, de 8 anos, aumenta com a proximidade da aula de zumba. Ela, que é cadeirante, participa frequentemente nos três horários oferecidos pela Prefeitura no Parque Papa João Paulo II (próximo ao Aeroclube).

O gosto da menina pela modalidade começou com as aulas no Conjunto Esportivo Anuar Pachá.

Depois, ela adotou o novo local como seu favorito. “É muito divertido. Eu posso me soltar e volto feliz para casa”, resume. Segundo a avó, Mauriza Correia, que a acompanha na atividade, a zumba proporciona movimentação, bem-estar e controle de peso à sua neta.

Para o professor Rafael Moreno, os benefícios sentidos pela estudante do ensino fundamental estão entre os motivos que levam cerca de 200 pessoas às aulas. “A zumba ajuda a perder peso, na definição da musculatura corporal, sobretudo das pernas, melhora o humor e eleva a autoestima, beneficiando corpo e mente.” A cada aula é possível perder de 800 a 1.000 calorias.

Outra vantagem da modalidade, que mistura ritmos de dança com movimentos de ginástica, é a socialização. “As pessoas fazem novas amizades, interagem com a comunidade e saem do sedentarismo de uma forma divertida”, diz o professor, que garante que a insegurança dos novatos desaparece após a primeira aula. “A pessoa faz uma aula e sempre retorna.”

No Brasil, a zumba tem ganhado

popularidade por misturar outros ritmos latino-americanos, como a salsa, o merengue e a cúmbia, com estilos mais conhecidos do público daqui, como o axé, o funk e o sertanejo universitário.

Foi essa liberdade que atraiu a aposentada Maria Aparecida Cantelli para as aulas realizadas no parque público. “Eu estava durinha, agora já estou mais soltinha”, brinca. Ela celebra a interação que a zumba proporcionou, tirando-a de casa e do sedentarismo, enquanto se exercita ao lado do amigo José Rodrigues. “Não fico mais parado”, concorda com a amiga.

Mudança de vida

Pioneira na região, a professora Jéssica Spagnol Pachá ministra aulas para cerca de 800 alunos no Conjunto Esportivo Anuar Pachá, no Parque Iracema, com turmas às 7h15, às segundas, quartas e sextas-feiras, e às 18h15, às terças e quintas-feiras. “É uma forma fácil de se praticar atividade física. Você se diverte e fica saudável”, diz a professora, que defende que a dança tem o poder de mudar a vida das pessoas, e relembra relatos de superação de doenças, como a depressão – ela, inclusive, já recebeu cartas de agradecimento de alunos.

Faça sua escolha

As aulas oferecidas pela Prefeitura são gratuitas. Para participar, basta ir a um dos locais e requebrar o corpo à vontade: Parque Papa João Paulo II (Aeroporto), Conjunto Esportivo Anuar Pachá (Parque Iracema), Ginásio Prof.ª Elba Reny Francischelli (Gaviolli), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Bom Pastor, Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) do Eldorado, e na pista de caminhada do bairro Nova Catanduva I. Mais informações através do telefone: 3523-2305.