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Trânsito
distribuição gratuita
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Decreto municipal cria polêmica com ampliação de área de zona azul no Centro
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Economia
(11) 7757-7331
Parceria entre setores visa melhorar operações de escoamento
no 40 | Julho de 2015 Cidadania
Aposentada transforma terreno baldio em horta comunitária
Novos cálculos
MP 676 cria fórmula alternativa para aposentadorias; centrais sindicais pretendem melhorar o texto
antena atual Nova seção do jornal repercute com dinamismo os acontecimentos do Brasil e do mundo
2 Editorial
A nova roupa do bom jornalismo Neste mês, o jornal Brasil Atual completa cinco anos de vida. E o presente é todo seu, leitor e leitora, que nos acompanha nessa dura batalha da comunicação brasileira. Você tem em mãos um veículo de comunicação que acaba de passar por uma reforma gráfica, visando ampliar ainda mais a participação das comunidades em nosso processo de produção jornalística. Como uma publicação séria, independente e crítica chegamos à conclusão de que é necessário nos reinventarmos. A velocidade e o dinamismo da Internet e das redes sociais se sobressaem enquanto meios de comunicação, entretanto, em nossa sociedade desigual, muitas pessoas ainda não possuem computadores, tablets ou smartphones. E mais: lá, nem tudo é jornalismo. Com este novo produto, reafirmamos a importância do jornal impresso, feito por profissionais sérios, comprometidos com o tratamento e apuração da informação. Estamos seguindo a tendência mundial do jornalismo impresso – que, de certa forma, já praticamos nos últimos dois anos –, oferecendo a vocês um produto ainda mais analítico, capaz de repercutir e aprofundar o que já foi noticiado (em âmbito local, nacional e mundial). Claro que não deixaremos de trazer reportagens inéditas e perfis de anônimos e famosos, duas de nossas principais modalidades. Não abriremos mão de fontes renomadas, mas também continuaremos a valorizar fontes comumente ignoradas por outros veículos: trabalhadores, sindicalistas, lideranças populares, ativistas sociais, artistas, empreendedores, estudantes, ou seja, gente como a gente. O novo projeto gráfico do Brasil Atual, que continuará sendo publicado mensalmente e com distribuição gratuita, também dialoga com a rede mundial de computadores, apresentando novas seções e formatos próximos ao praticado no jornalimo online. Ademais, também pretendemos aprofundar a experiência em nossas redes sociais (Facebook, Twitter e e-mail), e agora também pelo aplicativo de celular WhatsApp. A nossa missão fundamental é seguir construindo um canal de comunicação em defesa da democracia, que dê voz para todos e todas, e assegure os direitos constitucionais, impedindo qualquer afirmação de autoritarismo ou tirania em nossa sociedade. Portanto, leia, opine, critique, sugira, curta, compartilhe Brasil Atual, faça parte desta experiência jornalística comprometida com a construção da cidadania e com os Direitos Humanos. Bebedouro
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Decreto munic ipal cria polêm ica com ampliação de área de zona azul no Centro
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Parceria entre setores visa melhorar opera ções de escoam ento
Cidadania
Novos cál cu MP 676 cria
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gratuit
a n o 40 Julh o de 2015
Aposentada transforma terreno baldio horta comu em nitária
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sindicais pret endem melh orar
o texto
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Nova seção do jornal repe rcut com dinamism e os acontecim o entos do mundo
Expediente Rede Brasil Atual – Bebedouro Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Fotos capa – Fotos Públicas, Jean-Claude Mouton Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP: 01011-100 Tiragem 10 mil exemplares Distribuição Gratuita
Nova UBS no Jd. Tropical Projeto faz parte do programa Estratégia Saúde da Família, do governo federal, em parceria com a Prefeitura Municipal
No dia 26 de junho, foi inaugurada a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Oswaldo Damian de Oliveira, no Jardim Tropical, que faz parte do programa Estratégia Saúde da Família (ESF). O equipamento de 350 metros quadrados de área construída, que teve o investimento de R$ 470 mil do governo federal, realiza atendimentos de urgência e possui consultórios médicos e odontológicos, farmácia, além de salas de acolhimento, inalação, vacinação e exames. A UBS do Jardim Tropical conta com uma equipe formada por um médico, dois técnicos de enfermagem, um atendente, um dentista, um auxiliar de dentista, uma enfermeira e oito agentes comunitários de saúde.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a Estratégia Saúde da Família reorienta o modelo de assistência com base na implementação de equipes multiprofissionais nas UBSs, que passam a acompanhar entre 3.000 e 4.500 pessoas dentro de uma área geográfica restrita de atuação. Esses grupos devem prevenir, recuperar e reabilitar a população de doenças mais frequentes e manter a saúde da comunidade. A consolidação deste modelo depende da atuação da Prefeitura, como na substituição de serviços defasados na atenção básica. O horário de funcionamento da UBS do Jardim Tropical é de segunda a sexta-feira, das 7 h às 17 h.
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Bebedouro Trânsito
Prefeitura amplia zona azul sem consultar a população
N
o dia 29 de abril, o prefeito Fernando Galvão (DEM) publicou o decreto municipal nº 11.502/2015 no Diário Oficial, regulamentando a Lei nº 3.890/2009, que estende a abrangência das vagas de zona azul (estacionamento rotativo) nas vias do Centro. Os críticos da medida, porém, afirmam que o decreto também eliminou os bolsões de embarque e desembarque de mercadorias em frente às lojas da região. Para Antonio Rodrigues Sobrinho, presidente da Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL) de Bebedouro, o comércio não é contra a existência
da zona azul para o estacionamento de veículos, mas exige que seja feito um estudo prévio de impactos. “Nós queremos a suspensão do decreto até que esse trabalho que comprove a viabilidade fique pronto e justifique a ampliação”, pontuou. O decreto destaca a “urgente necessidade” de ampliar o sistema de zona azul, tendo como base o pedido formal do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio) e da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Bebedouro (Aciab). O vereador Paulo Bola (PTB), que promoveu uma audiência pública sobre o tema na Câmara Municipal, no dia 30 de junho,
Mapa da nova área de zona azul, no Centro
divulgação
Decreto não tem projeto de impacto sobre o comércio no Centro e elimina bolsões de estacionamento para caminhões
diz que o decreto foi elaborado sem consulta prévia. “O descontentamento das pessoas é muito grande. Faltou diálogo do poder público com a sociedade civil”, reforçou o parlamentar, que acredita que a medida tem a ver com a necessidade de a Prefeitura aumentar sua receita. Segundo a prestação de contas do Departamento Municipal de Tráfego, o município arrecadou R$ 4.160,00 com a venda de cartões de zona azul entre os dias 26 de abril e 2 de maio. Na semana seguinte, com a vigência do decreto, o montante subiu para R$ 7.440,00; entre 7 e 13 de junho, a receita foi ainda maior, chegando a R$ 9.010,00. Cada cartão de zona azul dá direito ao motorista es-
tacionar o veículo por uma ou até duas horas não renováveis, custando R$ 1 e R$ 2, respectivamente. Após esse período, caso permaneça estacionado, ele é multado em R$ 54,13, mais três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para caminhões de entrega, que não contam mais com os bolsões de estacionamento, inexiste essa possibilidade. A multa é adotada automaticamente. Nossa reportagem fez contato com o diretor do Departamento Municipal de Tráfego, Archibaldo de Camargo, mas ele se negou a dar entrevista ao jornal Brasil Atual. Archibaldo também não compareceu à audiência pública na Câmara Municipal.
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4 Economia
Para sanar gargalos no escoamento da produção, parceria visa melhorar logística Prefeitura, Secretaria Estadual de Transportes e Fatec buscam atrair mais empresas para retomar investimentos
Agência Brasil
O
agronegócio é a mola propulsora da economia de Bebedouro. O setor, no entanto, sofreu um baque financeiro nos últimos anos, tendo como parte da origem desse problema a dificuldade no escoamento da produção. O recuo dos investimentos causou impacto na cidade, que atualmente tem a dívida ativa estimada em torno de R$ 40 milhões. Preocupada com a falta de recursos, a Prefeitura pretende transformar Bebedouro em um polo de logística. O projeto, que é fruto de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Logística e Transportes e a Faculdade de Tecnologia (Fatec), tem o objetivo de fazer com que o município retome o seu vigor de desenvolvimento. Em maio, representantes do governo do Estado, do município e da faculdade se reuniram com empresários do agronegócio no 1º Fórum Regional de Logística para debater possíveis soluções e perspectivas de trabalho.
Segundo Lucas Serem, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, a ideia é aproveitar a localização privilegiada do município, cortado por um eixo de importantes rodovias estaduais, e fornecer condições para atrair empresários da região a fim de que centralizem a distribuição na cidade. “Com um setor de
transporte desenvolvido e estruturado, é possível ser mais competitivo”, ressalta. Uma dessas estratégias vem sendo desenhada desde a instalação da Fatec, em agosto do ano passado. A cada semestre, a instituição forma 40 alunos especializados em logística. A coordenadora do curso, Carla Regina Lanzotti, expli-
ca que a Fatec trará mão de obra qualificada à região, sobretudo em uma linha de estudos com visão holística em transporte, armazenagem e distribuição. “É o que falta em Bebedouro, pois normalmente o profissional é especializado apenas em uma dessas três áreas da logística”, salienta.
Giovanni Giocondo
Os “nós” do transporte rodoviário Melhorias Na opinião de Duarte Nogueira, secretário estadual de Logística e Transportes, Bebedouro precisa tratar com atenção seus gargalos logísticos, elevando a capacidade de carga nas rodovias e identificando os locais com mais frequência de congestionamentos. “A partir daí você cria soluções de engenharia que atenuam esses gargalos e, sob demanda, constrói terceiras faixas, pavimenta acostamentos, melhora a sinalização”, ponderou. Ainda para o secretário, este trabalho na área da logística também passa pelo investimento na integração de outros modais, como ferrovias e hidrovias.
nas estradas
Para o prefeito Fernando Galvão (DEM), é fundamental que o meio rural auxilie na retomada dos investimentos. “Seja para as demandas do pequeno ou do grande produtor, precisamos melhorar o acesso de pessoas, insumos, mercadorias no escoamento da produção”, disse. Uma das exigências dos agricultores bebedourenses é a melhoria da manutenção e a revitalização das estradas rurais. Uma das obras que devem ser iniciadas em breve pelo governo estadual é o asfaltamento dos 4 km da estrada municipal BBD-147, que liga o distrito de Turvínia a Monte Azul Paulista através da Rodovia Estadual Armando Sales de Oliveira.
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Bebedouro Previdência
Novas regras para aposentadoria não são unanimidade Centrais sindicais devem pressionar por melhorias na MP, que cria alternativa ao fator previdenciário
Entenda o novo cálculo Condição para optar pela não incidência do fator previdenciário
Por redação da RBA
Idade + Tempo de contribuição
95 85 Homens
Mulheres
Exemplo: (H) 60 anos de idade + 35 de contribuição = 95 pontos (M) 55 anos de idade + 30 de contribuição = 85 pontos
Fotos Públicas
Fórmula progressiva
No dia 18 de junho, foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória (MP) 676, que cria novas regras para a aposentadoria como alternativa ao fator previdenciário. A MP, que é uma reivindicação antiga das centrais sindicais, entretanto, não foi unanimidade. A CUT, por exemplo, considera a fórmula 85/95 uma conquista, mas questiona o modelo de progressividade. Para a entidade, a proposta do governo “não resolve as contas da Previdência” e atrasará o acesso dos trabalhadores à aposentadoria.
“O modelo previdenciário não é só uma questão econômica, é, principalmente, uma questão de projeto de país, da sociedade que queremos. Não existe um modelo definitivo e, sim, o modelo mais adequado, que requer um profundo debate sobre o seu financiamento”, diz a Central, em nota assinada por seu presidente, Vagner Freitas. A CUT afirma ainda que “vai manter a campanha em defesa do 85/95, garantindo a aposentadoria integral a quem é de direito, e vai manter as negociações para que o Brasil tenha uma Previdência viável, sustentável e justa”.
Já está valendo A nova regra para o cálculo das aposentadorias da Previdência Social já está em vigor desde a sua publicação no Diário Oficial da União, no dia 18 de junho. A MP 676 tem validade de 120 dias até que seja aprovada pelo Congresso Nacional e se torne lei. A expectativa é que os parlamentares voltem a debater a matéria a partir deste mês, podendo, inclusive, alterar o texto sancionado pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
A MP 676 inclui cálculo para as aposentadorias na Previdência Social e adiciona uma fórmula progressiva a partir de 2017. Pelo texto, o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento, for igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de 35; e igual ou superior a 85, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de 30 anos. O governo introduziu, no entanto, uma fórmula progressiva que passará a vigorar a partir de 2017, acrescentando um ponto tanto para homens como para mulheres. A partir de 1.º de janeiro de 2017, a fórmula passa a ser 86/96. Já em janeiro de 2019 passa a 87/97. Daí em dian-
2017 86 96 2019 87 97 2022 90 100
te aumenta-se um ano até se configurar a fórmula 90/100, a partir de janeiro de 2022. Então, para receber integralmente o benefício correspondente à sua faixa de contribuição, respeitado o teto, a soma da idade com o tempo de contribuição da mulher terá de atingir a pontuação 90 (por exemplo, 55 anos de idade e 35 de contribuição); e a do homem, 100 (por exemplo, 64 anos de idade e 36 de contribuição). A fórmula que hoje define o fator previdenciário continua existindo como opção, se for mais vantajosa para o segurado. O fator leva em conta uma combinação de tempo de contribuição com a perspectiva de vida (média divulgada anualmente pelo IBGE) do segurado no momento em que se aposenta. Tanto o fator como as fórmulas alternativas têm a finalidade de inibir as pessoas de anteciparem suas aposentadorias. Vem daí a justificativa apresentada na MP 676: “Ao fazê-lo, visa a garantir a sustentabilidade da Previdência Social”.
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antena atual
o que acontece no mundo você confere aqui
Nova alternativa de transporte na capital Ciclovia da Avenida Paulista, inaugurada no dia 28 de junho
sem ruídos
“Eu vou para o Pan-Americano, eu vou defender o meu país, mas não vou representar as pessoas que batem palmas para Feliciano, Bolsonaro, Eduardo Cunha, Malafaia. Eu não faço questão nenhuma de ter a torcida de vocês”,
mapa cultural paulista
O Coral Maestro Pedro Pelegrino, o artista plástico Renzo Fernandes, a fotógrafa Gislaine Santos e a Academia de Dança Silene Paes foram selecionados na fase local do Mapa Cultural Paulista, do governo do Estado. A próxima etapa acontece em Ribeirão Preto, entre os dias 16 e 23 de outubro.
viralizou Em plebiscito realizado no dia 5 de julho, 61% dos gregos rejeitaram austeridade imposta por credores internacionais
Após a aprovação do casamento igualitário nos EUA, no dia 26 de junho, pessoas de todo o mundo colocaram a bandeira do arco-íris em seus avatares nas redes sociais como forma de solidariedade à conquista desse direito civil dos homossexuais.
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disse a nadadora brasileira Joanna Maranhão, em vídeo publicado no Facebook, após a segunda votação do projeto de redução da maioridade penal.
Mark Zuckerberg, criador do Facebook.
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Bebedouro Entrelinhas
A ignorância de Dunga e a hipocrisia da CBF Por Enio Lourenço Após a vergonhosa participação da Seleção Brasileira na Copa América de Futebol, muitos pediram a demissão do técnico Dunga devido à sua incapacidade técnica. Entretanto, o desligamento do apaniguado de José Maria Marin e Marco Polo Del Nero urge como repúdio às suas declarações racistas. Na véspera da eliminação para o Paraguai, em entrevista coletiva, Dunga comentava sobre a pressão que a geração anterior ao tetracampeonato mundial, da qual ele era um dos atletas, sofria antes da conquista de 1994 quando disse: “Eu até acho que sou afrodescendente, de tanto que eu apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim e dizem: ‘vamos bater nesse daí’. E aí começam a me bater, sem noção, sem nada”. Ao expor esta tacanha associação preconceituosa, a ignorância do treinador faz juízo sobre alguma suposta predileção dos negros pelo sofrimento ou ainda os provoca com a ideia de “coitadismo”.
sobre os afrodescendentes. A maneira como me expressei não reflete os meus sentimentos e opiniões”, retificou. Novamente tivemos prova de que as anacrônicas ideias de Dunga não são risíveis apenas no que tange às táticas e às técnicas do esporte. Em 2010, na campanha da Copa da África do Sul, quando também era treinador do Brasil, ele já havia dado mostras de seu intelecto rudimentar ao dizer que não poderia opinar sobre a escravidão, o apartheid ou a ditadura militar, porque não tinha vivido essas épocas. Se Dunga não dimensiona o impacto e o porta-voz da Seleção Brasileira, aquela que possui uma infinidade de ídolos afro- o significado sócio-histórico de suas palavras, os brasileiros que sofrem diariadescendentes, um país de maioria negra. com o racismo sabem bem o quão A hipócrita CBF – que em 2014 lançou mente PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br Revistas COQUETEL ao precona campanha contra o preconceito cha- nocivo é esse reforço©negativo Parte inexistente na Caracterís- Aparelho como o A substân- Casa legislativa presivindo A demada “Somos Iguais” –,ticapoucas horas ceito "smartphone" blusa toRenan CalheiCausa dode uma marcia figura mais dida porpública. mara que desgaste cante do Motivação ambiental dura da (?) dos ros (2014) caia trocadilhonota objetos do Protocolo de Quioto ginasta técnica, missão dede Dunga, natureza mais Santos, do que depois do episódio, publicou oficial com novos dizeres do treinador. “Que- é uma premissa civilizatória para nossa em tratar o preconro me desculpar com todos que possam se sociedade, que insiste (?) Fleming, Mercedes A brasileiescritor (?), cantora ra é orienceito como enganoModelo ou brincadeira. sentir ofendidos com a minha tada pelo declaração "Origem", Muitos tentaram relativizar o episódio, apresentando a justificativa de sua origem “boleira” ou de sua formação pouco letrada, e assim ele seria incapaz de refletir sobre o simples fato de que naquele momento era
Itamaraty
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
Parte inexistente na blusa to- Causa do mara que desgaste caia de objetos
A substân- Casa legislativa presicia mais dida por Renan Calheidura da (?) dos ros (2014) natureza Santos, ginasta
(?) das Rosas, postal de Goiânia Monstruoso
Formiga, em inglês
A
Principal serviço secreto dos EUA
R
Aquele que é dado a chiliques
É da competência de
Letra da roupa do Robin (HQ) Chá, em inglês Greco-(?), luta
Medida de remédio Peças de segurança
Erro de percepção dos sentidos
"Meio de transporte" do extraterrestre
Medida de remédio Peças de segurança
Ana (?), pioneira da enfermagem Érico Veríssimo, escritor brasileiro
(?) a pena: ser proveitoso Urso, em espanhol
3/ant — oso — tea. 4/last — sosa. 5/atroz — tévez. 6/engano — travas. 10/fricoteiro.
Solução
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Solução S E N A D O B R A S I L E I R O
Jogador argentino do Juventus (2014) Forma de venda de chocolates
BANCO Anseio (?) Gargantas, hidrelétrica
Museu de Arte Moderna (sigla) Suave; Sufixo de delicado "mioma"
(?) a pena: ser proveitoso Urso, em espanhol
"Meio de transporte" do extraterrestre Substância proibida ao atleta profissional
Érico Veríssimo, escritor brasileiro
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D A I A N E
É da competência de
Ana (?), pioneira da enfermagem
E
Aquele que é dado a chiliques
Jogador argentino do Juventus (2014) Forma de venda de chocolates
Chá, em inglês Greco-(?), luta
N
Gerada; produzida
Letra da roupa do Robin (HQ)
VA
(?) das Rosas, postal de Goiânia Monstruoso
Formiga, em inglês
Anseio (?) Gargantas, hidrelétrica
Museu de Arte Moderna (sigla) Suave; Sufixo de delicado "mioma"
Substância proibida ao atleta profissional
Doença que afeta as articulações
T R E S
Classificação zoológica da abelha
Último, em inglês
3/ant — oso — tea. 4/last — sosa. 5/atroz — tévez. 6/engano — travas. 10/fricoteiro.
Laço do vaqueiro (pl.)
I E V V A L E R C T A B L E T E O S O
BANCO
Doença que afeta as articulações
Gerada; produzida
Fluido rarefeito em grandes altitudes
Principal serviço secreto dos EUA
R
Classificação zoológica da abelha
Último, em inglês
(?) Quebrada, destino turístico do Ceará
A
Erro de percepção dos sentidos
Laço do vaqueiro (pl.)
(?) Fleming, escritor Modelo de brinco
Mercedes (?), cantora "Origem", em "albino"
Fluido rarefeito em grandes altitudes
D G U I D A O S A I L O M A C A A R E N G A N S ET O L A GO O A D A T N T R A T EI R O O M A L I Z A N E Z N E V V A L E T E O
A brasileira é orientada pelo Itamaraty
© Revistas COQUETEL
D A M B I U S D I P C A N O N O S Ç I L A S T C R I L V FR I C O M A M AN A B O T E V I E C T A B L
Caracterís- Aparelho como o "smartphone" tica marcante do Motivação ambiental trocadilho do Protocolo de Quioto
de brinco
em "albino"
(?) Quebrada, destino turístico do Ceará
8 Cidadania
Do terreno baldio para a horta Com ajuda de vizinhos, aposentada revoluciona área abandonada no Residencial Rassim Dib
Agência Brasil
Por Giovanni Giocondo
A
os 63 anos, dona Ana Rosa Pereira da Rocha é uma mulher que, através de uma experiência simples, conseguiu voltar no tempo quase três décadas, quando trabalhava em um sítio em Taiaçu, onde viveu desde criança. Ao lado do marido Adão Rocha e de alguns vizinhos, ela interveio em um terreno baldio em frente à sua casa, no Residencial Rassim Dib, transformando o lugar em uma horta comunitária. O espaço, de propriedade da Prefeitura municipal, era tomado pelo mato e pelas ervas daninhas, além de ser depósito informal de lixo. O descaso
com o lugar não assustou Ana Rosa quando se mudou para cá, em 2013. “Eu sentia falta de algo para me distrair, como era na roça, e foi aí que vi a oportunidade de ocupar aquele lugar abandonado”, recorda. Aposentada desde 2007, a mulher logo reuniu colaboradores para transformar o terreno. Todos de enxada em punho, o primeiro ato foi o de carpir o matagal. Na sequência, ela pediu ao filho, que trabalha em uma fazenda, arame para cercar o terreno, impedindo que os animais pisoteassem o solo. Simultaneamente, dona Ana convocou uma “vaquinha” com os demais entusiastas para comprar adubo e sementes,
e começou a receber mudas vindas do Horto Florestal, que os vizinhos iam buscar de carro. “Plantei mandioca, quiabo, abóbora, goiaba, melancia, batata, pimenta, abacate”, revela. As hortaliças produzidas no terreno são divididas entre todos os vizinhos da rua, sem distinção, criando uma ligação entre os moradores. “A gente vive de salário mínimo, batalha para viver e para comer. Então, quando tem algo diferente, claro que anima a continuarmos nessa luta”, destaca Ana Rosa, que sempre tem a opção de complementar as refeições com um vegetal fresco. A aposentada também acredita que as plantas deixam o
A gente vive de salário mínimo, batalha para viver e para comer. Então, quando tem algo diferente, claro que anima a continuarmos nessa luta
ambiente mais interessante. “Pode ver que ninguém mais joga lixo aqui, o povo só aparece para doar sementes”, conta. Ela também aproveita o espaço para “tomar um solzinho” após as caminhadas que faz com os amigos na Academia da Saúde, instalada recentemente no bairro. Para dona Ana, Bebedouro seria ainda mais bonita se iniciativas semelhantes fossem adotadas em outros bairros. A simpática senhora também não vê problemas em devolver o espaço, caso seja solicitado pela Prefeitura. Mas se me deixarem, vou continuar, cada vez com mais fôlego”, sonha.