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Centro Infantil José Reinaldo Brugnaro II oferece 30 vagas para creche noturna a partir deste mês
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Saúde
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Após intensa mobilização, Limeira consegue reduzir casos de dengue
no 41 | Fevereiro de 2016 Trabalho
Crise econômica avança e município perde quase 6 mil postos de trabalho formais em 2015
Batalhas da vida Jovens ocupam o Centro com desafios de improviso que refletem suas vivências, o preconceito e a desigualdade social
2 Editorial
Sinais de mudanças no governo federal Depois de um ano instável, no dia 3 de fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff foi à sessão de abertura do Congresso Nacional conclamar unidade aos parlamentares para a aprovação de projetos de interesse do governo, que possibilitem a retomada do crescimento econômico do país. Diante de muitos desafetos que a querem longe do Palácio do Planalto, Dilma foi tenaz em seus propósitos e não se intimidou em encarar grupos de deputados pouco interessados em resoluções reais para as crises políticas e econômicas – aqueles adeptos do lema “quanto pior, melhor”. As duas principais propostas apresentadas, uma nova reforma da Previdência Social e o retorno da CPMF, porém, ainda dividem opiniões entre situação e oposição. O que há de novo é a atitude revigorada da presidenta em voltar a se impor, sinalizando a possibilidade de novos rumos. Fato é que as bases sociais que elegeram Dilma já acenaram para o governo seus anseios para este ciclo de crescimento que tanto se espera. O eixo pautado pela Frente Brasil Popular solicita medidas que estimulem a geração de empregos, maior oferta de crédito para consumo, capital de giro para as empre-
sas retomarem os níveis de produção e a manutenção da cadeia produtiva da Petrobras. A auditoria da dívida pública federal também é uma reivindicação antiga que o governo poderia olhar com maior carinho. O mecanismo, previsto na Constituição Federal de 1988, foi vetado pela presidenta em janeiro, após ser aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo o coletivo Auditoria Cidadã da Dívida, 46% dos gastos da União se deram com o pagamento e amortização da dívida em 2015, o equivalente a cerca de R$ 958 bilhões. Por fim, a “justiça tributária” é a cereja do bolo. A criação de novas faixas no Imposto de Renda, fazendo com que aqueles que ganham mais, paguem mais; e que pessoas com rendimentos de até R$ 3.390 mensais sejam isentas é uma grande oportunidade de sanar os problemas econômicos do país, de forma mais igualitária. Afinal, é preciso refletir: quem realmente produz as riquezas do país são aqueles trabalhadores do andar de baixo, que lutam para ter um trabalho com carteira assinada, mirando uma aposentadoria digna no final da vida, ou aqueles ricos e abastados que só se preocupam com a engorda de suas contas bancárias personnalité?
Expediente Rede Brasil Atual – Limeira Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Reprodução Facebook Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita
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Limeira Educação
Creche noturna começa a funcionar até o final do mês Secretaria Municipal de Educação abre 30 vagas em Centro Infantil, mas projeto é criticado por sindicato devido à ausência de contratações O Centro Infantil já atende 300 crianças no período diurno, divididas em duas unidades, e conta com 60 funcionárias. Araciana Dalfré, diretora da creche, afirma que o espaço terá como principal atribuição educar e desenvolver os meninos e meninas. “Eu não vejo a creche apenas com a função social. Temos uma preocupação pedagógica, já que nessa faixa etária as crianças começam a desenvolver a fala e a coordenação motora. Aqui, as crianças terão o seu potencial lúdico respeitado”, explica. A diretora, porém, reforça que não haverá contratações de mais funcionárias. “Algumas farão horas extras e vão se revezar para não ultrapassarem os limites legais de jornada de trabalho”, explica.
Críticas A creche noturna é uma das metas do plano de governo do prefeito Paulo Hadich (PSB). O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) é contra a implantação do novo horário “nos moldes em que a creche está planejada”. Segundo Eunice Lopes, presidente da entidade, a medida contraria um compromisso oficial de Hadich com a redução da jornada dos servidores municipais. “Se o horário será estendido, nós exigimos a contratação de funcionários. A Prefeitura tem a obrigação de abrir os olhos das pessoas para a educação, mas não pode oferecer um serviço público já sucateado”, reclama. Para a sindicalista, se o foco da creche é permitir que as mães possam es-
tudar e trabalhar, o papel dos homens na educação dos filhos também precisa ser repensado. “E os pais não vão ficar com essas crianças nunca?”, questiona. Mães e pais interessados em matricular seus filhos precisam dirigir-se ao Centro Infantil munidos de Certidão de Nascimento da criança, RG dos pais, comprovante de residência e a declaração de trabalho ou de estudo no horário noturno. A documentação será analisada pelo setor de assistência social do município, que vai definir quem poderá usufruir do serviço. O Sindsel também classifica o processo de seleção como “ilegal”. “A creche é um direito da criança. O município não tem como escolher quem pode ou não utilizar o serviço”, destaca Eunice Lopes. Giovanni Giocondo
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lternativa na educação das crianças cujos pais trabalham ou estudam à noite, a creche noturna do Centro Infantil José Reinaldo Brugnaro II, no Centro, começa a funcionar até o final do mês, das 19h às 23h, ainda que à espera de mais interessados para completar as 30 vagas que a Secretaria Municipal de Educação oferece para crianças de zero a três anos. Segundo Maria Eliete Luchesi, diretora do Departamento de Gestão Escolar da pasta, o novo horário da creche irá priorizar crianças que estão fora da rede municipal de ensino. “Não queremos que elas passem o dia todo longe de casa”, esclarece Maria Eliete, ressaltando que a procura pelo serviço ainda é tímida.
Temos uma preocupação pedagógica, já que nessa faixa etária as crianças começam a desenvolver a fala e a coordenação motora.
4 Saúde
Número de casos de dengue tem queda vertiginosa Em sete meses de mobilização da comunidade limeirense, notificações oficiais de contaminados cai de 2.184 para apenas 34 casos Dengue em números Em 30 de janeiro, no “Dia D contra a Dengue”, foram encontrados 953 criadouros do Aedes aegypti – média de um a cada 16 casas visitadas – e removidas 250 toneladas de entulhos irregulares. Em 271 residências, os agentes municipais entraram para fazer a varredura mesmo sem permissão, medida adotada desde o ano passado com base em decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, resultando em 26 autuações. Marina Archangelo acredita que a população passou a colaborar mais por ter medo das outras doenças ligadas ao mosquito – além da dengue, o Aedes também transmite o zika vírus e a febre chikungunya. “Felizmente isso soou como um alerta para todos, o que fez com que cada um passasse a fazer a sua parte”, disse.
Arte e cultura
Oficina fomenta linguagens
Reprodução Facebook
Encontro com fotógrafo de esportes radicais é destaque em março
Divulgação Defesa Civil de Limeira
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nfestada pelo vírus da dengue nos últimos anos, quando computou 2.184 casos oficiais da doença entre julho de 2014 e janeiro de 2015, Limeira conseguiu minimizar o problema com o mosquito Aedes aegypti. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, entre julho de 2015 e janeiro de 2016 ocorreram apenas 34 notificações. Para Marina Cristiane Archangelo, presidente do Conselho Municipal de Saúde, a queda tem relação direta com o trabalho de conscientização dos moradores e as ações para eliminação das larvas do mosquito. “Os mutirões, que envolveram mais de mil pessoas, as visitas casa a casa e as ações coercitivas com amparo judicial foram essenciais para chegarmos a esse cenário”, reflete.
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Oficina Cultural Carlos Gomes comemora 19 anos de história com uma programação recheada de atrações para este 1º trimestre de 2016. O projeto Oficinas Culturais, ligado à Secretaria Estadual de Cultura, tem como objetivo descentralizar a cultura das grandes metrópoles e redistribuí-la para os municípios menores, como Limeira, que é o polo regional responsável pelo atendimento de mais de 60 cidades. De acordo com Robson Trento, coordenador da Oficina Carlos Gomes, o propósito do trabalho é “a formação de público para as diversas linguagens artísticas presentes no espaço, como as artes plásticas, a fotografia, o circo, o cinema, o teatro e o design”. Workshops, palestras, exposições e espetáculos, sempre gratuitos, fazem um intercâmbio entre os repertórios da população e de profissionais renomados.
Um dos principais eventos acontece em 12 de março, quando o fotógrafo Flávio Samelo, conhecido por sua trajetória no canal de esportes radicais OFF, promove a oficina “Fotografia de Skate”, onde vai narrar parte de sua experiência na área e abordar técnicas ligadas à arte. As inscrições acontecem até o dia 3 de março, com vagas limitadas. Podem participar pessoas maiores de 18 anos e que possuam conhecimento intermediário em fotografia. A programação completa da Oficina Cultural Carlos Gomes está no site: <http://www.oficinasculturais.org. br/carlos-gomes>. Oficina Cultural Carlos Gomes Endereço: Palacete Levy – Rua da Boa Morte, 11, Centro Telefone: 3451-8692/ 3495-1028
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Limeira Trabalho
Em 2015, quase 6 mil demitidos no município Órgão da Câmara Municipal mapeia dados do Caged para subsidiar projetos de recuperação de postos de trabalho
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Autopeças KML, no bairro Vila Nova, uma das empresas fechadas em 2015
“Muitas empresas grandes e médias aproveitam o momento de crise para se reestruturar. Já as pequenas acabam fechando
Divulgação e Giovanni Giocondo
aumento do desemprego no Brasil não poupou Limeira. Segundo dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a cidade perdeu 5.998 vagas em 2015. A indústria de transformação foi a mais afetada pelo cenário de crise econômica, totalizando 3.419 postos de trabalho fechados no último ano. Em seguida vem a construção civil, com 1.505 empregos a menos ante 2014. Atenta aos novos índices, a Consultoria Técnica Especializada da Câmara Municipal de Limeira compilou, analisou e tratou os dados do Caged para dar aos vereadores subsídio e informações que resultem na construção de projetos e programas voltados à recuperação de postos de trabalho. Os dados estão disponíveis a toda a população no site da Câmara. Segundo Denis Matias dos Santos, coordenador da Consultoria, criada no fim do ano passado, o objetivo do levantamento é entender melhor o “comportamento” do desemprego na cidade e região. “O município sentiu o reflexo da crise econômica no país, mas é preciso saber quais as especificidades do mundo do trabalho aqui, para saber por que tivemos esse saldo negativo”, comenta. O mapeamento revela, por exemplo, que o maior número de desligamentos aconteceu em dezembro, com 2.135 demissões. Cerca de um terço desse número refere-se à administração pública municipal, que encerrou 762 contratos temporários. “Boa parte deles [demitidos] são professores que foram recontratados em janeiro de 2016 após um novo processo de seleção”, explica Denis Matias.
Metalúrgicos: os mais afetados Setor mais afetado pelo desemprego em 2015, a indústria metalúrgica não para de demitir. De acordo com Francisco Paulo da Costa e Silva, o Paulinho, membro da oposição do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, cerca de sete mil trabalhadores do setor na região perderam o emprego, dois mil somente na cidade. “Muitas empresas grandes e médias aproveitam o momento de crise
para se reestruturar. Já as pequenas acabam fechando”, informa. Segundo Paulinho, as autopeças foram as mais afetadas. “As fábricas perderam fôlego com a redução da demanda da indústria automobilística”, diz. Para o metalúrgico, faltou entendimento entre os trabalhadores e os patrões para garantirem a manutenção dos empregos. “Algumas empresas chegaram a consultar o sindicato para ade-
rir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego) do governo federal, que prevê a redução salarial com a continuidade do emprego, mas não houve acordo”, conta Paulinho, ressaltando que muitos demitidos não tiveram seus direitos trabalhistas respeitados, como o depósito de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o pagamento do 13º salário.
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antena atual
o que acontece no mundo você confere aqui Socialismo nos Estados Unidos
Neymar Jr. encontra-se em conflito com as Justiças brasileira e espanhola devido à sua transferência do Santos para o Barcelona. Aqui, o MPF denunciou o jogador de futebol por sonegação fiscal e falsidade ideológica; na Espanha, a investigação ocorre para saber se o pagamento de imposto relativo ao montante total da transação foi cumprido pelo clube da Catalunha. O atleta, inclusive, já prestou depoimento à Audiência Nacional.
viralizou
Uma marca de roupas, que tem o apresentador Luciano Huck como associado, causou polêmica na Internet. A loja da companhia no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, anunciou uma liquidação com manequins pintados de preto e alçados de cabeça para baixo, com cordas amarradas aos pés. O mau gosto da ação de marketing gerou indignação nas redes sociais. Internautas acusaram a marca e o apresentador de racistas.
sem ruídos
“A guerra contra o mosquito transmissor do zika é complexa, porque deve ser travada em todos os lugares e por isso exige engajamento de todos. Se nos unirmos, a maneira de lutar se torna simples. Não podemos admitir a derrota porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar oscriadouros. Repito: basta que impeçamos o mosquito transmissor de se reproduzir em águas paradas. Se o mosquito não nascer, o vírus zika não tem como viver”, disse a presidenta Dilma Rousseff em pronunciamento oficial, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, no dia 3 de fevereiro.
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Fotos: Alex Fau, Gage Skidmore e reprodução Facebook
“Deu ruim, parça”
Nos Estados Unidos, um candidato socialista tem chamado a atenção do mundo durante as primárias da eleição presidencial, que ocorre em novembro: Bernie Sanders. O senador do estado de Vermont, de 73 anos, disputa a preferência do Partido Democrata (ainda que eleito como independente) contra a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, para concorrer contra o Partido Republicano. Sanders agrada aos jovens por ser crítico ao sistema financeiro e por não aceitar doações de corporações.
Limeira
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Ignorante em certo assunto Ainda
Escuta telefônica (pop.) (?) de metais, dispositivo de segurança de bancos e aeroportos
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um leprechaun, no folclore irlandês
Piso do ringue de boxe
(?) boreal, atração celeste da região ártica
Traje qua-
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Os 60 foram dos hippies Etapa da viagem
(?) Baldwin, ator Buscador da internet
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Peça do motor Caneta, em inglês (?) do povo: crítica de Marx à religião
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Petiscar ou bebeicar (fig.) plástico para mbrulhar limentos
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(?) Baldwin, ator Buscador da internet Os 60 foram dos hippies Etapa da viagem
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Bastão de Posêidon Peixe de água doce ?) cherie: minha querida, m francês Raio (abrev.) .200, em romanos O aluno jamais eprovado por falta
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O Reino de Iemanjá (Rel.) Estuda Traje quadriculado, típico dos escoceses
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Tássia Camargo, atriz paulista
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A sílaba mais fraca da palavra Rancor
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D E O O L A E C T O R E A A N O L I D E A I N O S O A B I P I O E N T N G E
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D T E M P R T E O C N I A T R C A ID U A R O E R S A
arasita do intestino, ospedado na carne de porco (Patol.)
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Embutido que recheia pães
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Ignorante em certo assunto Ainda
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Agir como O de pero- Órgão Competição esportiva um precon- ba é "indi- tratado internacional realizada ceituoso cado" ao pelo nefro- em julho de 2015 (Toronto) Pena cara de pau logista
Tonalidade de amarelo
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rofissional de gravadoras Recompensa da como Rick Bonadio aptura de m leprehaun, no folclore irlandês
Ratazana, em inglês
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3/mon — pen — rat — ton. 4/alec — bing. 5/tênia. 8/detector.
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Parasita do intestino, hospedado na carne de porco (Patol.)
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Agir como O de pero- Órgão Competição esportiva um precon- ba é "indi- tratado internacional realizada ceituoso cado" ao pelo nefro- em julho de 2015 (Toronto) Pena cara de pau logista
P R O D U T O R M U S I C A L
te sem dormir, com o sangue e o suor lutando contra as reminiscências etílicas dos dias mais genuínos do ano. É o fim da fantasia e da ingenuidade – quando muitas vezes queremos mesmo é viver para sempre naquele paralelo de confetes e serpentinas. “Tristeza não tem fim/ Felicidade sim”, crava a canção A Felicidade, de Vinicius de Moraes, reinterpretada no ótimo disco Estudando o Samba. Serão mais 365 dias até que o tempo da liberdade e da libertinagem, permitidas pela convenção social, reine novamente entre nós. Os dias em que floresce a pulsão da vida plena, em que deixamos de ser a massa reificada que bate cartão das 8h às 17h, longe dos sanguessugas fantasiados de tabelas e planilhas: é a realidade da maioria; adeus, tabus da vida média. O carnaval nos traz a humanidade perdida. E como as lembranças permanecem frescas, pratiquemos mais o mundo da maioria até a próxima festa da carne; nos próximos meses, sejamos menos “coisa” e mais sonhadores. Pela nossa completude, bom baile da ressaca a todos.
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CRUZADAS DIRETAS
3/mon — pen — rat — ton. 4/alec — bing. 5/tênia. 8/detector.
“A felicidade do pobre parece/ A grande ilusão do carnaval/ A gente trabalha/ O ano inteiro/ Por um momento de sonho/ Pra fazer a fantasia/ De rei ou de pirata ou jardineira/ Pra tudo se acabar na quarta-feira.” Acabou de passar o bloco da festa mais popular do mundo, reconhecido aqui por suas singulares alegorias, onde a inversão dos papéis é a regra, sem sutilezas, com total integração entre os gêneros e as classes (dizem), todos livres para brincar e transgredir durante quatro dias (ou cinco, ou uma semana ou até um mês, para os mais foliões). A melancolia dos versos que abrem este texto, na versão do cantor baiano Tom Zé, acompanhados do dedilhado de violão e uma contumaz percussão que marca o tempo como um relógio de cuco, entretanto, simboliza o lamento do pós-festa. E agora? Esqueça o dinheiro e a sua posição social. A verdade é que voltamos aos nossos risíveis papéis sociais naquela quarta de cinzas, ao meio-dia, quando o chefe aparece com a roupa muito bem passada e estamos praticamen-
Ratazana, em inglês Embutido que recheia pães
Parasita do PALAVRAS intestino, hospedado www.coquetel.com.br na carne Profissional de gravaEstabeledoras cimento de porco Recom- como Rick da vida pensa da (Patol.) captura noturna de Bonadio
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Entrelinhas
8 Cultura e sociedade
Batalha da Gruta é o enfrentamento contra a exclusão Através do rap, jovens da periferia conquistam o Centro com desafios de improviso e subvertem a ordem nas rimas e na vida Por Giovanni Giocondo
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ímbolo da contestação de um sistema dominante na música e no cotidiano, a cultura hip-hop tem mostrado no Brasil que sua luta para dar voz aos problemas crônicos das periferias veio para ficar. Em Limeira, o movimento liderado por rappers e MC’s está conquistando espaços antes inimagináveis para a juventude dos bairros pobres e “subvertendo” a ordem em pleno Centro da cidade. O palco é a Praça Toledo Barros, mais especificamente o entorno da Gruta Municipal, onde em todas as noites de sexta-feira, desde outubro de 2013, é travada a “Batalha da Gruta”. Uma caixa de som e dois microfones são a estrutura suficiente para que, em qualquer circunstância, centenas de adolescentes e adultos
Reprodução Facebook
Na batalha, você vai falar basicamente do que você conhece, do que você vive, do que você sente
se desafiem no improviso das rimas e das batidas ritmadas do rap.
Conhecer, viver, sentir Fundador do evento e um dos líderes do movimento, Renan Venâncio, o Dark, de 22 anos, conta como a realidade das periferias se transporta para os versos da galera. “Quem vê uma ‘biqueira’ (ponto de venda de drogas) em cada esquina, quem vê o parente sendo preso e maltratado pela polícia, quem vê a mãe saindo de casa cedo para trabalhar e voltando à noite inevitavelmente vai ter essa influência nas letras”, revela. “Na batalha, você vai falar basicamente do que você conhece, do que você vive, do que você sente”, arremata Dark, lembrando que o rap é quase como uma escola. “Muita gente não gosta dessa comparação, mas eu uso
porque acho que o rap educa, ensina você a ter caráter, te mostra um lado que você nunca tinha visto, te dá asas, não te limita”, reflete. Adepto dos “rolezinhos” durante a adolescência, Dark deixou de lado a ida aos shoppings centers, onde “não fazia nada para disseminar o hip-hop”. Pintor, trabalho que exerce com o pai “desde sempre”, o jovem espera “ganhar o mundo” com o rap. “Mesmo que eu saia [de Limeira], eu quero que a Batalha continue sempre. Mas meu objetivo é esse, viver da música com meu grupo, o Psico Ativo”, afirma.
Levante contra a repressão Na opinião de Daniela Silva, diretora de um documentário sobre a Batalha da Gruta e de outro sobre o encarceramento da juventude, a transgressão dos adolescentes através
do hip-hop abre a possibilidade de superar a lógica punitiva do Estado. “Esses meninos mostram nas rimas que existe no seu dia a dia um contexto de exclusão e de desigualdade social, que durante muito tempo as autoridades insistiram em ignorar e que levaram à falta de oportunidades e ao crime. E como o Estado responde a isso? Com repressão e encarceramento”, explica a documentarista. A relação entre as rimas improvisadas da Batalha da Gruta e a situação social da juventude limeirense de baixa renda é estreita. A cidade tinha em 2014, segundo dados do Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do Estado de São Paulo, 285 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em regime fechado, a quarta maior população de jovens da Fundação Casa.