JornalCana 240 (Janeiro/2014)

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Ribeirão Preto/SP

Janeiro/2014

Série 2

Nº 240

R$ 20,00

Alexandre Andrade Lima é o Líder do Ano no Nordeste Presidente da Unida e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco foi um dos premiados do MasterCana, no Recife


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Janeiro 2014

Í N D I C E ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS FRANPAR

16 21334383

COLETORES DE DADOS 47

MARKANTI

72

ACOPLAMENTOS VEDACERT

16 39474732

AÇOS

D E

A N U N C I A N T E S

FEIRAS E EVENTOS

FIOS E CABOS

AGRISHOW

11 35987800

43

COMBATE A INCÊNDIO - EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

REED MULTIPLUS

16 21328936

63 E 70

SAP FÓRUM BRASIL

11 55032343

31

ARGUS

SINATUB TECNOLOGIA

16 39111384

6

16 39413367

19 38266670

4

27

FRANPAR

16 21334383

47

CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIAL

FERRAMENTAS

TUPER

47 36315000

35

SUGARSOFT

BUSSOLA

16 32219000

21

LEMAGI

19 34431400

42

AÇOS INOXIDÁVEIS MARC-FIL

18 39056156

56

11 30169619

22

11 38482900

62

PRODUQUÍMICA

11 30169619

22

17 35311075

3

11 26826633

57

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTHOMATHIKA

16 35134000

7

METROVAL

19 21279400

30

16 39452825

74

16 38182305

72

BIOCOMBUSTÍVEIS 37

BRONZE E COBRE - ARTEFATOS 16 39464766

58

CALDEIRARIA CSJ METALÚRGICA MARC-FIL

20

18 39056156

56 69

CALDEIRAS 71

18 33617224

56

17 35311075

3

CAPAS DE PROTEÇÃO USICAP ALFATEK

19 38129119

19 37354489

2

IHARA

15 32357914

25

19 34391101

40

16 35124300

19 34669300

17 32282555

ENGEVAP

16 35138800

71

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

19 34967710

29

19 21279400

30

11 33563100

32

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS 16 35134000

12 40093591

19 32282667

RODOFORT

19 33222000

39

ESPECIALIDADES QUÍMICAS

RODOTREM

18 36231146

66

PRODUQUÍMICA

SERGOMEL

16 35132600

10

EVAPORADORES

11 30169619

11 30169619

22

19 34514811

40

7

11

16 32219000

MAGISTER

16 35137200

33

18 36315000

ELETRODOS

16 35135230

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

DMB

AGRIMEC

TRANSPORTADORES INTERNOS

60

11 33407555

MARC-FIL 23

16 39464766

58

58

CONGER

19 34391101

40

ENGEVAP

16 35138800

71

15 32357914

25

PRODUQUÍMICA

11 30169619

22

UBYFOL

34 33199500

5

11 30169619

22

J. ZULIAN

19 32282667

74

PLAINAS

MARC-FIL

18 39056156

56

AGRIMEC

PENEIRAS ROTATIVAS VIBROMAQ

16 39452825

74

16 39461800 18 39056156

69 19 56

19 38129119

18

51 34628000

76

TROCADORES DE CALOR AGAPITO

16 39479222

72

MARC-FIL

18 39056156

56

TUBOS E CONEXÕES COMEGA

16 39699660

15

FRANPAR

16 21334383

47

TUPER

47 36315000

35

VÁLVULAS INDUSTRIAIS DURCON-VICE

11 44477600

8

FOXWALL

11 46128202

36

FRANPAR

16 21334383

47

VEDAÇÕES E ADESIVOS 55 32227710

60

PLANTADORAS DE CANA DMB

24

TRATORES MASSEY FERGUSON

16 39464766

64

TRATAMENTO DE ÁGUA/EFLUENTES VLC

IHARA

74

24

TRANSBORDOS

11

19 32282667

72

16 35135230

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

42

J. ZULIAN

16 39479222

COMASO ELETRODOS

29

55 32227710

75

AGAPITO

69

12 40093591

69

16 08007779070

SOLDAS INDUSTRIAIS

19 34967710

19 34431400

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

SÃO FRANCISCO SAÚDE

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

PARKER HANNIFIN

20

SAÚDE - CONVÊNIOS E SEGUROS

TORRES DE DESTILAÇÃO

LEMAGI

19 34374242

17

C 21

NUTRIENTES AGRÍCOLAS

FILTROS MAGNÉTICOS

17

16 21018888

SUPRIMENTOS DE SOLDA

40

FILTROS INDUSTRIAIS 22

11 32694770

PULL ROLAMENTOS

IRBI MÁQUINAS

19 34514811

PRODUQUÍMICA

NSK ROLAMENTOS

73

HANNA

FERTILIZANTES 74

73

41

MONTAGENS INDUSTRIAIS

FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS

16 36265540

REFRATÁRIOS RIBEIRÃO

16 36265540

FERRUSI

HANNA

22

SUPERFÍCIES - TRATAMENTO E PINTURA

MOENDAS

FERRAMENTAS INDUSTRIAIS

62

11 30169619

11 22024814

FERRUSI 40

J. ZULIAN

74

19

METAIS

28

11 38482900

PRODUQUÍMICA

REFRATÁRIOS RIBEIRÃO

ITR SOUTH AMERICA

19 34391101

68

16 39452825

16 39461800

MATERIAIS RODANTES

CONGER

18 36083400

VIBROMAQ

34

BETABIO/WALLERSTEIN

ISOVER

ELETROSERVICE

67

20

ROLAMENTOS

MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

ENERGIA ELÉTRICA - ENGENHARIA E SERVIÇOS

CSJ METALÚRGICA

49

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

BUSSOLA

ELETROCALHAS

RODOBIN

CENTRÍFUGAS

16 21014151

MANCAIS E CASQUEIROS

EDITORA

19 34374242

REFRATÁRIOS

ISOLAMENTOS TÉRMICOS

DESTILARIAS

EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

CARROCERIAS E REBOQUES

SÃO FRANCISCO GRÁFICA

PRODUQUÍMICA

18

FMC

PARKER HANNIFIN

58

FERRUSI

INSUMOS AGRÍCOLAS

EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

CARRETAS

16 39464766

FUNDIÇÃO

METROVAL

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

AUTHOMATHIKA

PRODUTOS QUÍMICOS

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

20

ANSELL 16 35138800

72

ELETROSERVICE

13

69

SANARDI

16 38182305

INSPEÇÃO TÉCNICA

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL 19 34374242

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 ENGEVAP

19 34234000

CSJ METALÚRGICA

SOLUÇÕES

DMB

65

19 34374242

DISPAN 11 991494604

11 55484226

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

PROCANA BRASIL

BIG BAG'S

FERRUSI

30

DECANTADORES

CONGER

BALANCEAMENTOS INDUSTRIAIS

BETA RENEWABLES

PROLINK

VLC

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO

SOLUÇÕES

SUDAMÉRICA

CSJ METALÚRGICA

ÁREAS DE VIVÊNCIA

VIBROMAQ

19 21279400

CORRENTES INDUSTRIAIS

BETABIO/WALLERSTEIN

DWYLER

METROVAL

12

GRÁFICA

CORRENTES AGRÍCOLAS

ANTIBIÓTICOS - CONTROLADORES DE INFECÇÕES BACTERIANAS

ALFATEK

74

CONTROLE DE FLUIDOS

ANTI-INCRUSTANTES PRODUQUÍMICA

19 34023399

PLANTAS INDUSTRIAIS

CONSTRUFIOS FIOS E CABOS 11 50538383

16 39461800

19

PARKER HANNIFIN

12 40093591

11

VEDACERT

16 39474732

72

VENTILAÇÃO INDUSTRIAL


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CARTA AO LEITOR

Janeiro 2014

índice

5

carta ao leitor

Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

Josias Messias

josiasmessias@procana.com

Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 15

Setor busca alternativas para crise

ENTREVISTA: Philippe Meeus - “NÃO QUEREMOS SUBSÍDIO...”

Etanol luta para sobreviver com leve reajuste

Afinal, teremos de novo o etanol americano nesta entressafra?

Tecnologia Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 29

Como prolongar a vida útil dos dutos de caldeiras

Meio ambiente limpo por inteiro

Aumento de impurezas favorece formação de cor no açúcar

TGM lança a maior turbina a vapor desenvolvida no Brasil

Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

Ação Social & Meio Ambiente

DOLCE VIDA! Impacto social da agroindústria da cana nas cidades

32 a 35

consideradas novas fronteiras agrícolas é relevante

Tecnologia Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36 a 48

Cana que floresce e isoporiza acumula perdas

Agricultura de Precisão se torna a aliada ideal da mecanização

Mudança de ambiente com mecanização seleciona pragas

Má distribuição de chuva desenha mapa do déficit hídrico

Setor em Destaque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 a 57

Alexandre Andrade Lima é o Líder do Ano no Nordeste

Administração & Legislação . . . . . . . . . . . . . . . .58 a 62

Planejamento é recurso eficaz para sobrevivência e crescimento

Política do setor em 2014 deve ser marcada por entraves

Grupo de Estudos para Gestão Sustentável e Controladoria da Cadeia

Sucroenergética faz sua primeira reunião

Saúde e Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64

Especialista aponta locais que podem trazer riscos de acidentes ou

incêndios

Mercador Fornecedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65 Usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 Destaques do setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . . .69 a 74

TUDO SE FAZ NOVO “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Apóstolo Paulo, no verso 17 do capítulo 5 de sua segunda carta aos Coríntios

Ano Novo, luta antiga Esta primeira edição do ano do JornalCana traz em suas páginas (32 a 35) reportagem especial relatando o relevante impacto social da agroindústria da cana nas cidades consideradas novas fronteiras agrícolas do país. Mostra famílias inteiras que foram beneficiadas pela transformação socioeconômica resultante da produção de cana-de-açúcar e da instalação de usinas em várias cidades. Uma delas é Quirinópolis, no Sul de Goiás. Produzindo cana-de-açúcar há apenas dez anos, está atualmente entre as maiores produtoras do país e já é considerada polo industrial do setor sucroenergético. Apenas para ficar em poucos exemplos, dados da economia do município de Quirinópolis indicam que só em 2012 o setor de serviços cresceu 12% e a indústria cresceu cerca de 35%. Na época em que as usinas chegaram, foram criados quase 10 mil empregos diretos e indiretos e agora o número médio anual é de 3 mil. Outra cidade que está entre as maiores produtoras de cana do país é Conceição das Alagoas, em Minas Gerais. Seus moradores assim como a economia da cidade foram beneficiados com a instalação de usinas na cidade. Outras cidades aparecem na matéria e todas levam à conclusão de que a agroindústria canavieira melhorou em muito a qualidade de vida de seus habitantes, proporcionando mais empregos, desenvolvimento social e progresso econômico. Já publicamos histórias e cases como esses em outras edições. Periodicamente o fazemos, especialmente em momentos importantes. Entendemos que este é um deles. É um momento em que alguns empresários do setor se dizem cansados, beirando o desânimo. Nossa esperança, ao publicar estas e outras notícias propositivas, trazendo um pouco do muito que o setor sucroenergético faz pelo país, é a de que os bravos de toda essa cadeia retomem a fé e o ânimo. Que levantem as mãos cansadas e voltem a acreditar e a lutar. Comunidades inteiras e parte significativa de nosso país dependem do nosso sucesso. O ano é novo, mas a luta é antiga. Já vencemos antes. Vamos inovar e vencer novamente!

NOSSOS PRODUTOS

O MAIS LIDO! ISSN 1807-0264 Fone 16 3512 4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia 14096-030 - Ribeirão Preto - SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO Prover o setor sucroalcooleiro de informações sérias e independentes sobre fatos e atividades relacionadas à cultura da cana-de-açúcar e seus derivados, visando: Apoiar o desenvolvimento sustentável, humano, tecnológico e socioeconômico; Democratizar o conhecimento, promovendo o intercâmbio e a união entre seus integrantes; Ser o porta-voz da realidade e centro de informações do setor; e Manter uma relação custo/benefício que propicie parcerias rentáveis aos clientes e aos demais envolvidos.

w w w. jo r n a lc a n a . c o m . b r PRESIDENTE

REDAÇÃO

Josias Messias - josiasmessias@procana.com.br

Editor Luiz Montanini - editor@procana.com.br Coordenação e Fotos Alessandro Reis editoria@procana.com.br Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur Consultor Técnico Fulvio Machado Reportagem Andréia Moreno - redacao@procana.com.br André Ricci - reportagem@procana.com.br Arte Gustavo Santoro Revisão Regina Célia Ushicawa

GERENTE DE OPERAÇÕES Fábio Soares Rodrigues - fabio@procana.com.br

ADMINISTRAÇÃO Controle e Planejamento Asael Cosentino - asael@procana.com.br Eventos Rose Messias - rose@procana.com.br Financeiro contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Recursos Humanos Abel Martin - contasapagar@procana.com.br

ASSINATURAS E EXEMPLARES 11 3512.9456 www.jornalcana.com.br/assinaturas

Anuário da Cana Brazilian Sugar and Ethanol Guide

BIO & Sugar International Magazine

www.jornalcana.com.br O Portal do setor sucroalcooleiro

Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool

JornalCana A Melhor Notícia do Setor Prêmio BestBIO Brasil

Prêmio MasterCana Os Melhores do Ano no Setor

MARKETING / PUBLICIDADE Comercial Gilmar Messias 16 8149.2928 gilmar@procana.com.br Leila Milán 16 9144.0810 leila@procana.com.br Matheus Giaculi 16 8136.7609 matheus@procana.com.br Michelle Freitas 16 9128.7379 michelle@procana.com.br

Tiragem auditada pelos

Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e 10.000 exemplares comerciais reservados. É proibida a Publicação mensal reprodução, total ou parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


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AGENDA

Janeiro 2014

A C O N T E C E U BIORREFINARIAS FOI TEMA DE EVENTO EM SÃO PAULO Nos dias 26 e 27 de novembro, aconteceu na cidade de São Paulo, capital, a Conferência Biorrefinarias Brasil 2013. O evento abordou temas como etanol 2G, pirólise, bioprodutos, financiamento de projetos, rota térmica, inovações tecnológicas sustentáveis, tendências do setor, competitividade industrial e viabilidade econômica.

GEMEA SE DESPEDE DE 2013 O Gemea - Grupo de Estudos sobre a Maximização da Eficiência Agroindustrial promoveu em 6 de dezembro seu último encontro de 2013. O evento foi realizado no Oitis Hotel, em Goiânia, GO. Em pauta estiveram assuntos como “A Integração da Manutenção Preditiva entre os Setores Industrial e Agrícola”, “Revolução em Segurança e Praticidade em Cilindros de Gás”, “Inertização com Nitrogênio para Segurança de Tanques de Etanol e Biocombustíveis”, entre outros.

A C O N T E C E 6TH SUGAR ASIA Em fevereiro de 2014, nos dias 27 e 28, Mumbai, na Índia, recebe o 6th Sugar Asia, evento que tem como objetivo debater questões como inovações tecnológicas no setor de açúcar, etanol e energia. Mais informações acesse: nexgengroup.in/Exhibition/sugarasia/.

AGRISHOW A Agrishow acontece de 28 de abril a 2 de maio de 2014, em Ribeirão Preto, SP. Mais informações, acesse: www.agrishow.com.br.

SUCRONOR A 5ª Mostra Sucroenergética para a Região Nordeste, acontece de 14 a 17 de abril de 2014, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, PE. Mais informações através do site: www.sucronor.com.br.

BESTBIO SERÁ EM JUNHO DE 2014 O Prêmio BestBIO, que acontece em 6 de junho, em Ribeirão Preto, SP, é uma iniciativa independente que tem por objetivo central incentivar a sustentabilidade através da divulgação e reconhecimento aos melhores cases da bioeconomia brasileira, com ênfase no desenvolvimento e geração de energias limpas e renováveis. A edição 2014 do Prêmio acontece no primeiro semestre de 2014. Mais informações, acesse: www.bestbio.com.br.

FERSUCRO A Stab Leste realiza no período de, 8 a 11 de julho de 2014, no Centro de Convenções de Maceió, AL, a 9ª edição da Fersucro – Feira Regional Sucroalcooleira. Mais informações através do site: www.fersucro.com.br.

FENASUCRO A Fenasucro&Agrocana acontece de 26 a 29 de agosto de 2014, em Sertaozinho, SP, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar toda a cadeia de produção: preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita, industrialização, mecanização e aproveitamento dos derivados da cana-de-açúcar. Mais informações: www.fenasucro.com.br.

PRÊMIO MASTERCANA COM DATAS DEFINIDAS As três edições do Prêmio MasterCana já têm data marcada. No Centro-Sul, a festa acontece no dia 25 de agosto, em Sertãozinho, SP. Já o MasterCana Nordeste, neste ano, acontece em 30 de outubro, no Recife, PE. Por último, em 18 de novembro, será realizado o MasterCana Brasil, em São Paulo, capital. www.mastercana.com.br

PROCANA STRATEGIC VISION O evento ProCana Strategic Vision, novo evento da ProCana Brasil, acontecerá também em 18 de novembro, junto ao MasterCana Brasil, em São Paulo, capital. Mais informações da novidade virão nas próximas edições do JornalCana.


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MERCADOS

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Setor busca alternativas para crise Heloísa Menezes, ministra interina do Desenvolvimento, quer se reunir com setor ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Em meio a crise financeira do setor sucroenergético, a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol), presidida pelo deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional têm buscado alternativas para superação desse cenário em conjunto com o setor. Uma delas é o constante diálogo com o governo, apesar do clima de insatisfação. Na última reunião que aconteceu em Brasília, no dia 4 de dezembro, com entidades da indústria canavieira de máquinas e equipamentos, empresários e representantes do governo, o segmento recebeu um convite da ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Heloísa Menezes. Menezes convidou as Frentes do Etanol e da Indústria a participarem, em fevereiro de 2014, da reunião do Comitê de Competitividade, que é coordenado pela sua pasta. “A ministra demonstrou

Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético quer ampliar diálogo

interesses em contribuir na busca de alternativas para a superação da crise do setor sucroenergético, colocando o Comitê de Competitividade à disposição do setor para discutir, em sua próxima reunião no ano que vem, temas como energia renovável, agronegócio e o setor de máquinas e equipamentos”, adiantou Arnaldo Jardim. O parlamentar do PPS defende que a indústria receba apoio pelos investimentos

realizados em tecnologia e inovação para aprimorar as máquinas e equipamentos utilizados nos canaviais e nas usinas. Arnaldo Jardim explica que a situação é muito delicada porque a crise atinge a indústria de máquinas, equipamentos, bens de capital, insumos e serviços; compromete os fornecedores e plantadores de cana-de-açúcar provocando ainda o desemprego em toda a cadeia produtiva do etanol e do açúcar.

Ele cobra do governo a implementação de política de incentivo ao setor. A reunião das frentes parlamentares contou ainda com a presença de representantes dos Ministérios de Minas e Energia e de Agricultura; BNDES; do secretário de Energia de São Paulo, José Anibal; e de entidades do setor, como o Ceise e a Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região CentroSul do Brasil).


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MERCADOS

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ENTREVISTA: Philippe Meeus

“NÃO QUEREMOS SUBSÍDIO...” FÁBIO RODRIGUES

“...Só não podemos ser engolidos”, alerta o diretor presidente da Agro Industrial Tabu, da Paraíba ANDRÉ RICCI, DA REDAÇÃO

Philippe Meeus, diretor presidente Agro Industrial Tabu, é oriundo de trading internacional de etanol, no caso, a Alcotra. O representante tem se destacado por alguns movimentos aparentemente contrários ao padrão do mercado sucroenergético. A despeito das condições desfavoráveis à produção sucroenergética na região Nordeste e na contramão dos investimentos do setor, que nos últimos anos se concentraram na região CentroSul, Philippe Meeus decidiu investir no papel de produtor, adquirindo o controle da Destilaria Tabu, na Paraíba.Recentemente, articulou um movimento na região visando garantir a paridade do preço do etanol anidro com o da gasolina A, que compõem a gasolina C, vendida nos postos. O objetivo é acabar com esta transferência de renda dos produtores de etanol para as distribuidoras. Confira a entrevista: JornalCana: Como o senhor chegou ao papel de produtor na presidência da Destilaria Tabu? Philippe Meeus: A empresa foi fundada em 1977. Desde 1989, fui presidente da Alcotra e neste período participei do gerenciamento do mercado mundial de álcool, atuando bastante na região Nordeste do Brasil. Com isso, acabei conhecendo bem o setor e os empresários da área. Em 2007 resolvi adquirir 49% da Tabu e o restante comprei em 2011. Quais motivos levaram o senhor a investir no setor canavieiro? Tenho uma visão diferente do mercado sucroenergético. Antigamente acreditava que era preciso ser grande para poder se manter no mercado. Hoje, vejo que cada tonelada de cana, cada metro cúbico de etanol produzido, pode gerar lucro, dependendo da forma com que for administrado. Como o senhor enxerga o mercado alcooleiro no Nordeste? Mesmo sendo deficitária, acredito muito na região. Precisamos lutar por uma produção melhor remunerada, já que aqui o índice de ATR - Açúcar Total Recuperável é menor que o do Centro-Sul, assim como a produtividade, em função de problemas hídricos, que gera um custo maior com irrigação. É preciso ter retorno para pensar em novos investimentos. Mesmo com tudo isso, fui atraído a entrar

no negócio pois vejo na administração uma forma de melhorar o mercado. Hoje o mercado é administrado pelas distribuidoras, enquanto o produtor, que tem um compromisso social e ecológico muito grande, não tem o retorno adequado. E o que fazer para mudar este cenário? Precisamos de diretrizes que nos mostrem caminhos para vendas e participações. Assim, seremos remunerados e também atenderemos aos interesses das distribuidoras. No Nordeste produzimos 60% de álcool anidro e 40% de hidratado, enquanto no Centro-Sul, nos últimos anos, a produção de anidro caiu para 40%. Isso desviou a atenção do mercado. Na realidade, o mercado deveria ser misturado a um componente, que pode ser a gasolina. Vejo que cada vez mais se fala em E85 e o E25. Acredito que essa seja uma remuneração que poderia ser atribuída na evolução do preço da gasolina.

Que trabalho tem realizado em busca de melhores preços? Estamos discutindo com os empresários da região uma forma de poder compensar o mercado que hoje está totalmente concentrado, em 70%, na Petrobras e na Raízen. Fica muito difícil para o produtor administrar o compromisso de formar estoque em um mercado deficitário. O mercado, da forma como atua, promove uma importação selvagem do produto a preço de dumping, feito pelas distribuidoras que não têm compromisso com a região de produção. E o Brasil tem condição de atender a própria demanda por etanol? Temos mercados vizinhos em termos de região, como Alagoas e Goiás, que estão com superávit na produção. Isso é algo muito bom para o país, já que uma região pode ser parceira da outra. Acredito que o mercado de etanol esteja bem equilibrado com 25% de mistura na gasolina. Contudo, vejo que, no Nordeste, a tendência é que

contribua cada vez menos na produção, pois a margem dos distribuidores é tão desproporcional no caso do anidro, que gera um problema sério. A sustentabilidade do mercado está ameaçada. Qual a melhor solução para este problema? O Brasil precisa se mostrar capaz de administrar uma política adequada de preços que não tenha elasticidade com a demanda, porque no anidro, essa variação não afetaria o consumidor e traria uma melhor remuneração ao produtor. Qual sua opinião sobre o E85? Do ponto de vista de preço, ele vai melhorar o consumo e a eficácia do produto. O E85 foi analisado no exterior como um produto que representa a melhor proporção de mistura com a gasolina. Que o país passe a ter a produção de anidro, tudo bem, mas ela precisa ser administrada com uma fórmula de equalização de preço que retribua o setor. Por exemplo, hoje, no Nordeste, como podemos explicar que o mercado paga, no máximo R$ 150 por metro cúbico, enquanto o frete é de R$ 250? Isso é consequência de uma administração ruim, que não permite aos empresários nordestinos produzir a ponto de estocar o produto. É um desafio grande. O que a região nordestina precisa? Investir. A Petrobras está fazendo mais refinarias e com isso vai agregar maior consumo na região. Agora, no setor canavieiro, ninguém vai investir em novos negócios enquanto a remuneração não for adequada. Quais as perspectivas para o próximo ano? Existem dois mercados para se analisar, o de anidro e hidratado. Acredito que no Nordeste a tendência é se concentrar no anidro e tentar aumentar a produção, para diminuir o déficit local. Se conseguirmos elaborar uma política adequada, com medidas que garantam a sustentabilidade do setor na região, não precisaremos nem de subsídio. Queremos apenas uma adequação de preços. Como o senhor enxerga a gestão política do país na área de energia renovável? O governo está sempre diversificando seus riscos, aproveitando as oportunidades de desenvolver cada área de energia. Não existe absolutamente nada que substitua o setor sucroenergético, pelo compromisso social que temos. Outras fontes energéticas são politicagem. Aqui no Nordeste são centenas de pessoas que trabalham nesta área. O que é melhor, viver do “Bolsa Família” ou ter seu trabalho e sustento? Infelizmente, o compromisso social está cada vez mais caro. Mais uma vez reitero que não estamos pedindo subsídios, apenas medidas que permitam que não sejamos engolidos pelo mercado. Esse é um desafio enorme, não é fácil, mas vamos conseguir as melhorias para o setor. Vamos avançar.


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Etanol luta para sobreviver com leve reajuste FÁBIO SCREMIM - APPA

Problemas da classe produtiva só devem ter solução a partir de 2015 com o aumento dos preços do açúcar ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Naturalmente como em toda entressafra, o etanol tende a se tornar mais valorizado e começa a esboçar uma reação de alta. Há quem não acredite no tradicional aumento de 20% para o período por conta de forças políticas, mas há quem esteja bem confiante em relação à elevação dos preços, o que garante uma melhor remuneração ao produtor. Mas no meio do caminho, o novo anúncio de reajuste da gasolina em 4% e de 8% para o diesel, provocou uma certa indignação no setor. Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool, Luiz Custódio Cotta Martins, o atual reajuste da gasolina e do diesel não atende a necessidade do setor, mas apenas da Petrobras. Para ele, uma das medidas mais coerentes seria aumentar os combustíveis fósseis aos níveis internacionais. "Hoje a defasagem está em torno de 13%. Para o setor, esse aumento trouxe um pequeno reajuste de cerca de 2% no etanol, o que não aliviou os problemas do segmento", lembra. Além disso, Custódio acredita que o aumento no diesel também acarretará um aumento no custo de produção do setor. De acordo com Renata Marconato, analista da MB Agro Consultoria, com o final da safra, os preços do etanol começam a esboçar um aumento natural para a época. “Por conta dos estoques mais apertados em abril, e, dependendo do tempo do início da safra 2014/15, os preços podem sentir um aumento mais acentuado neste período,

retornando depois com o andamento da safra”, lembra. A analista da MB Agro explica que o anidro fechará 2013 a um preço médio de R$ 1,32/l (usina, sem impostos) e o hidratado a R$ 1,17. “O etanol teve um melhor desempenho de preços neste ano. A alta de 25% na mistura do anidro à gasolina deu suporte para o consumo deste combustível, ao mesmo tempo que uma pequena correção nos preços da gasolina e a desoneração do PIS-Cofins sobre o hidratado melhoraram a relação entre os preços na bomba, elevando o consumo deste etanol a partir de julho. O consumo de anidro tem uma elevação naturalmente garantida pelo consumo da gasolina e, se mantida a produção semelhante a este ano,

os preços em 2014 devem ter uma pequena elevação sobre 2013, ficando ao redor de R$ 1,34 na média do ano”, ressalta. Renata afirma que uma recomposição dos preços da gasolina em paridade com o mercado internacional impactará positivamente nas vendas de hidratado e manterá seu preço em patamares remuneradores. De acordo com ela, o consumo de anidro cresceu 39% entre janeiro e 16 de novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O hidratado apresentou alta de 17% na mesma comparação. “Somados os dois combustíveis, o consumo interno pode chegar a 22,5 bilhões de litros até o final da safra em março de 2014. As exportações

somaram 2,2 bilhões de litros até o momento e desaceleram daqui em diante, não devendo passar dos 2,5 bilhões de litros”, revela. Mas para a especialista, tudo pode mudar com uma reação norte-americana. “No caso do anidro, o cenário de preços pode ter um viés de baixa, caso a proposta de redução do mandato norte-americano de biocombustíveis seja aprovada. O problema em 2014 pode estar na concorrência do etanol norte americano no mercado internacional, já que os preços do milho continuarão remunerando a produção de etanol daquele país, o que pode produzir um excedente exportável mais agressivo”, finaliza.


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Açúcar deve fechar abaixo dos US$¢ 17,80/lb Sobre ofertado com as boas safras seguidas da Índia, o mercado internacional de açúcar não teve fôlego para passar dos US$¢ 18,80/lb neste ano, e deve fechar com preço médio abaixo dos US$¢ 17,80/lb. A afirmação é de Renata Marconato, analista da MB Agro Consultoria. “No mercado interno, o preço médio do açúcar cristal deve fechar o ano com média abaixo dos R$ 50/sc 50kg (cepea). Na próxima safra mundial, alguns países, principalmente os que produzem açúcar de beterraba, devem reduzir a área plantada, como a Rússia, já que os preços emparelham com os custos de produção. O Brasil não terá significativas mudanças na capacidade de produção que se encontra atualmente, fazendo com que a próxima safra seja muito semelhante a esta”. De acordo com ela, o superávit entre oferta e demanda no mercado internacional deve continuar, mas ser menor que nas safras anteriores, dando início a um ciclo de correção do balanço internacional. “Este cenário leva a, pelo menos, um piso para os preços do açúcar no mercado internacional, semelhante a 2013, e uma retomada rumo aos US$¢ 21/lb em 2015”, lembra. Uma fonte do setor afirma que os preços do açúcar bruto no mercado internacional, que atingiram uma mínima de três anos em 2014, devem se recuperar na próxima safra, “principalmente devido a perspectiva de redução do excedente no mundo com a safra menor brasileira”, diz. A fonte explica que isso ocorre porque há um aumento de demanda constante no mundo em torno de 4 milhões de toneladas de açúcar/ano. Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool, Luiz Custódio Cotta Martins, os problemas da classe produtiva sucroenergética só serão solucionados a partir de 2015 com o aumento dos preços do açúcar e quando os estoques no mundo estiverem baixos. “Antes disso, não creio em grandes mudanças”, lembra.

Luiz Custódio Cotta Martins não crê em grandes mudanças antes de 2015


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Afinal, teremos de novo o etanol americano nesta entressafra? Analistas avaliam produção nacional para apontar se país terá que importar etanol de milho; opiniões divergem ANDRÉ RICCI

E

PATRÍCIA BARCI, DE

RIBEIRÃO PRETO, SP

A cada entressafra no Centro-Sul, as especulações sobre a autossuficiência brasileira na produção de etanol é colocada em xeque. A safra 2013/14, em especifico, foi considerada alcooleira em detrimento a produção de açúcar. Contudo, há o temor de que o Brasil tenha que importar etanol dos Estados Unidos. Em outra frente, representantes do segmento descartam a possibilidade, além de afirmarem a

possibilidade de exportação. André Rocha, gerente de geração de valor e oportunidades da Exame Auditores Independentes, diz que não acredita na importação do produto. “Não vejo um cenário onde o Brasil terá que importar etanol. Na falta do biocombustível o preço tende a subir, o que leva os consumidores a

se dividirem entre etanol e gasolina. O próprio mercado acaba se regulando. Ficarei surpreso caso ocorra”, aponta. Como explicação, Rocha lembra ainda que nos últimos anos o governo não tem sinalizado acreditar no etanol, por isso, buscar o produto em outro país não seria viável. “Não vejo o governo com a intenção

de manter o etanol competitivo, muito pelo contrário. Nos últimos anos vemos o governo destruindo a competitividade do etanol”, finaliza. O pesquisador da Embrapa — Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, José Gilberto Jardine, disse que apesar de não podermos prever a quantidade de chuva na região e se isso de fato afetará o andamento da safra, a importação de etanol de milho dos Estados Unidos dificilmente ocorrerá. "É um mau negócio para o Brasil, em vez de dar emprego para os brasileiros estaremos dando para os americanos. Por que razão eles não importam então o nosso etanol? Não tem nenhum sentido isso. A não ser que seja uma emergência, o que não acredito que seja o caso. Não acho que vai faltar etanol por excesso de chuva no campo. Acredito muito mais no crescimento previsto pela Unica, do que na falta" explica.


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ENTREVISTA - Waldyr Barroso

“Importação de etanol deve ficar abaixo dos 100 milhões de litros” ANDRÉ RICCI, DA REDAÇÃO

Desde 17 de outubro de 2013, Waldyr Barroso é o novo diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. O representante, que está na ANP desde 2005 e exerceu o cargo de superintendente de Refino e Processamento de Gás Natural e Produção de Biocombustíveis, avaliou os desafios que o setor sucroenergético enfrentará no próximo ano. No curto prazo, ele afirma que o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, o Brasil, terá que importar etanol de milho dos Estados Unidos. Confira a entrevista exclusiva: JornalCana: Quais as perspectivas para o setor sucroenergético em 2014? Waldyr Barroso: O segmento vem sofrendo mudanças significativas nas últimas décadas. Além da produção de açúcar e etanol, consolidou-se a produção de bioeletricidade, criando uma sinergia entre os produtos. Essa produção tem se mostrado rentável para as usinas, o que é um fator positivo, pois ajuda a alavancar investimentos em produtividade, logística e em novas tecnologias, contribuindo para o aumento da competitividade do setor. Como a ANP avalia o mercado de etanol? Para a ANP o etanol é um combustível cuja regulação da cadeia produtiva encontra-se na fase de aprendizagem. Pode-se mencionar que a estimativa otimista para produção de etanol no Brasil na safra 2013/14 vem se confirmando. De acordo com o 2° levantamento deste ciclo, realizado pela Conab, verifica-se um aumento de 10,7% na produção de cana em relação à safra passada, com 52,2% do total destinado à produção de etanol. Ainda de acordo com o levantamento, considerando a produção dos canaviais nesta safra, das áreas renovadas e das áreas de expansão da cana, estima-se que haverá um aumento de 6,44% em relação à safra atual, acarretando um aumento de 6,25% na produção de etanol. O senhor acredita que o setor sucroenergético esteja nos planos do país no futuro? Evidentemente que sim. O governo vem trabalhando incansavelmente na busca do fortalecimento do setor, sobre o qual podemos destacar a publicação da Lei 12.490/2011 que dispõe legitimamente que os biocombustíveis sejam tratados como combustíveis que de fato são. Assim, os biocombustíveis passaram a ter tratamento uniforme no

Waldyr Barroso, diretor da ANP: Brasil terá que importar etanol

âmbito da Política Energética Nacional. Isso inclui não só o etanol, mas também o biodiesel, além dos demais biocombustíveis colocando-os em igualdade de tratamento com os combustíveis derivados de petróleo. Há hoje um certo medo de novos investimentos no setor por parte do empresariado. Como o governo pode ajudar nisto? Entendo que está havendo um esforço de todo governo nesse sentido, como exemplo, cito os avanços da ANP na publicação da Resolução ANP 67/2011, que estabeleceu a contratação da produção do etanol entre os produtores e distribuidores de combustíveis líquidos. Além disso, cito ainda a publicação da Agenda Regulatória, que é uma importante ferramenta de planejamento que visa maior

previsibilidade na ação regulatória, melhor participação social e, consequentemente, mais efetividade para os atos normativos. Temos ainda a participação da ANP em fóruns de discussão específicos do segmento produtivo de biocombustíveis que atua também nesse sentido, a exemplo da antecipação da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina para 25% em maio deste ano. Enfim, vejo que ações semelhantes às anteriormente citadas potencializam investimentos para o segmento de etanol no país. Qual é a situação das unidades em recuperação judicial? Há atualmente duas unidades industriais em recuperação judicial autorizadas pela ANP para operação, localizadas nos estados de São Paulo e Paraíba. Essas usinas estão adimplentes com suas obrigações junto à ANP, no entanto não estão produzindo etanol no momento. Quais os maiores desafios do etanol em 2014? Diretrizes de longo prazo sobre o papel do etanol na matriz de combustíveis brasileira, readequação da tributação sobre o etanol e sobre a gasolina, incentivos à bioeletricidade. Destaco ainda a produção do etanol de 2ª geração em patamares economicamente competitivos. A meu ver as políticas públicas ainda são determinantes para o desenvolvimento do setor, tanto na área de pesquisa como na produção. Não é saudável para o segmento manter essa dependência, o ideal seria toda a cadeia produtiva trabalhar para melhorar sua eficiência visando à redução de custos de produção. O Brasil pode importar etanol dos EUA durante o período de entressafra? Os Estados Unidos utilizam o milho como matériaprima para produção de etanol, cujos preços são altamente influenciados pelo mercado mundial, definindo a oferta americana de etanol. Segundo o USDA - Departamento de Agricultura dos EUA, a próxima safra de milho deverá ser recorde, aumentando a disponibilidade da matéria-prima no país, acarretando em preços competitivos do etanol. Dessa forma, é possível que haja a importação do produto para atender à crescente demanda no Brasil, especialmente na entressafra, quando a oferta de etanol é menor. Considerando que o Brasil importou etanol nas últimas entressafras, isto deverá se repetir em 2013/2014. Qual valor deverá ser importado? Com a expectativa da produção um pouco maior que a da safra passada deverá ocorrer uma importação abaixo dos 100 milhões de litros de etanol para a próxima entressafra.


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Importação de etanol americano passou a ser escape de rotina De acordo com o analista de mercado Renato Dias, a importação de etanol dos EUA já é uma realidade, sendo que alguns volumes já foram contratados para entrega em janeiro de 2014. "Esses volumes começarão a entrar em janeiro, e a chuva na entressafra, no Centro-Sul, não é um fator determinante para a necessidade de importação de etanol dos Estados Unidos como muitos acreditam", explica. Com produção na casa dos 34 milhões de toneladas de açúcar no CentroSul, com pouco mais de 25 bilhões de litros de etanol anidro e hidratado até dezembro, Dias diz que pela programação das usinas, ainda que as condições climáticas sejam favoráveis, o Brasil não conseguiria produzir a quantidade necessária para suprir a demanda interna. "Vamos imaginar que o volume de chuvas não prejudique a produção da entressafra e conseguíssemos atingir esse número, ainda assim teríamos um estoque ‘apertado’ neste período". Para ele, o problema é que os analistas levam em consideração apenas o fator das chuvas, que já são esperadas para essa época do ano. "O fator mais importante, que é a demanda doméstica por cana-de-açúcar, não é levado em consideração. Em 2013 esta demanda

aumentou consideravelmente. Houve também um aumento da demanda por combustíveis, com o aumento da mistura no começo do ano, com grande impacto no mercado. Projetando um consumo para os próximos meses da safra e entressafra e até mesmo a produção calculada pela Unica — União da Indústria de Cana-de-Açúcar, os estoques ficariam abaixo do que a ANP pede" diz. Dias, acrescenta a isto, o fato do galão de etanol americano ser competitivo principalmente nesta época do ano, quando os preços internos tendem a ficar mais altos e consegue-se um cenário propício para a importação lucrativa. "Num cenário onde tudo dá certo, sem problemas no porto, por exemplo, o Brasil consegue lucrar com a importação na entressafra, com o etanol americano chegando ao país mais barato que o preço do nacional, ao custo de 2 dólares por galão", disse. Entretanto, o analista prevê que o fato não prejudicará o produtor brasileiro. "Não serão volumes absurdamente grandes. Serão importações pontuais, para cumprir com os estoques exigidos e a demanda doméstica, ou seja, não será uma quantidade que penalize o setor, em torno de 500 milhões de litros de etanol anidro", finaliza. (AR e PB)

Renato Dias informa: alguns volumes já foram contratados

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Sinatub discute balanço de vapor e projeto de tubulações FULVIO PINHEIRO MACHADO, DE

RIBEIRÃO PRETO, SP

CONSULTOR

DO

JORNALCANA

Com o apoio da ProCana Brasil, a Sinatub realizou mais um curso voltado aos técnicos e profissionais atuantes no setor sucroenergético. Intitulado “Curso de Balanço de Vapor e Detalhamento de Projetos de Interligações”, os palestrantes convidados abordaram o tema “Projeto Básico e Influência de um Adequado Projeto de Tubulação e seus Respectivos Acessórios na Performance Operacional de Turbinas, Caldeiras, Bombas e Equipamentos nas Unidades Industriais”. Com a presença de técnicos e interessados do setor sucroenergético, o curso foi realizado nos dias 27 e 28 de novembro passado, nas dependências do Cenacon, em Ribeirão Preto, SP. Abrindo o evento, Carlos Alberto Pedrosa, diretor da Pedrosa Consultoria e Ailton Siqueira, diretor da Ailton Siqueira Consultoria falaram sobre o uso de sangrias em evaporadores e uso de água condensada visando um melhor aproveitamento energético. Em sequência, Hugo Osvaldo Scanavino, diretor da Flexihelp Engenharia, discorreu sobre os parâmetros que envolvem o projeto e dimensionamento de tubulações de vapor. Márcio Perticarrari e Benedito Campanha, diretores da Welding Soldagens falaram sobre a obrigatoriedade de inspeções com a nova revisão da NR13. Tratando das soluções para economia de energia, Luciano Bussi, engenheiro da Richard Klinger abordou os Sistemas de Vapor e manutenção industrial. Camilo Parodi, diretor da DurconVice Válvulas, explanou sobre a aplicação de válvulas de recirculação para proteção de bombas e alimentação de caldeiras. Juntas de expansão e suportes de

Alexandre Pedroso, Carlos Alberto Pedrosa, Luiz Cláudio, Antonio Carlos Viesser, Anderson Trigo e Daniel Lucena.

mola em sistemas de vapor foi o tema de João Medina Neto, gerente de engenharia da Dinatécnica. Válvulas Nicsa em Sistemas de Tubulação, foi o tema abordado por Antonio Paulo de Godoy, gerente de Produto da Nicsa, seguido de Camilo Parodi, diretor da Durcon-Vice Válvulas que falou sobre a aplicação de Válvulas Condicionadoras em linhas de vapor.

No segundo dia de palestras, Thiago Cervantes, engenheiro de Aplicação da Caldema explicou como o balanço de vapor e o projeto adequado da tubulação influem no desempenho das caldeiras. Roberto Aneas, da área de Desenvolvimento de Mercado da Isover Saint-Gobain, apresentou os produtos para isolamento térmico produzidos pela empresa e suas vantagens técnicas,

seguido de Mauro Moratelli, gerente Comercial da TGM que falou sobre como os esforços transmitidos pela tubulação de vapor influem nas turbinas. Flávio Cavalcante da Fike Latina apresentou os Sistemas de Proteção contra Explosão e Alívio de Pressão. Alexandre Pedroso, gerente de Projetos de Polo da Raízen abordou a sistemática empregada na Raízen para a realização de Projetos de Tubulação e sua influência na performance de caldeiras, turbinas, bombas e outros equipamentos, sendo sucedido por Anderson Trigo, diretor da Spectra que encerrou os trabalhos falando sobre análise de vibração em tubulações e equipamentos rotativos. Anderson Trigo também foi o mediador do debate realizado ao final do primeiro dia do curso, quando Daniel Lucena da Agro Industrial Santa Helena, Alexandre Pedroso da Raízen, Antonio Carlos Viesser da Tonon-Unidade Bocaína e Carlos Alberto Pedrosa expuseram suas visões como produtores frente a tecnologia empregada no balanço de vapor e projeto de tubulações.


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COMO PROLONGAR A VIDA ÚTIL DOS DUTOS DE CALDEIRAS FULVIO PINHEIRO MACHADO, DE

SÃO CARLOS, SP

CONSULTOR

DO

JORNALCANA

O aumento da geração de energia, sem falar da produção de etanol 2G, são opções que possibilitam diversificar o leque de produtos obtidos através da cana-de-açúcar. Assim, além do bagaço que já é utilizado como combustível, a mecanização intensiva do corte em substituição a queima e colheita manual, trouxe a possibilidade de se usar também a palha da cana para a geração de energia. A adequação das unidades industriais a essas novas possibilidades tem sido motivo de estudos para o desenvolvimento de equipamentos apropriados para a queima conjunta desses combustíveis, já que apresentam características diferentes daquelas existentes com a queima unicamente de bagaço. Entre os aspectos a serem considerados, um dos mais relevantes é a umidade contida nos gases da queima dessa biomassa. Em uma caldeira com capacidade de gerar 200 toneladas/hora de vapor, a queima do bagaço gera aproximadamente 500 toneladas de gases que contêm a grosso modo 100 toneladas de água. Em função disso são necessários

Projeto criterioso amplia a vida útil de dutos das caldeiras

cuidados especiais no projeto das caldeiras para que a temperatura na parte posterior do equipamento não esteja

próxima ao ponto de orvalho, o que acarreta condensação e graves problemas de corrosão. Um projeto criterioso deve

levar em conta essas particularidades da queima de biomassa com alto teor de umidade, sem que no entanto prejudique a eficiência da caldeira. Os sistemas de lavagem de gases utilizados para a separação da fuligem podem contribuir para aumentar os problemas de corrosão nos dutos posteriores das caldeiras. Uma das soluções é a construção de dutos em chapas de aço inoxidável. Uma outra possibilidade é o uso de Precipitadores Eletrostáticos, que fazem a separação de particulados sem o auxílio de água. Nesse tipo de equipamento, através de alta voltagem, as partículas são carregadas eletricamente o que possibilita sua separação por eletrodos de coleta especialmente projetados. A Bernauer, empresa sediada em São Paulo-SP e unidade industrial localizada em Capivari-SP, detém uma larga experiência no fornecimento de Precipitadores Eletrostáticos de construção modular que apresentam alta segurança operacional com baixa demanda de energia. Além de Precipitadores Eletrostáticos, a Bernauer também desenvolve e produz uma variada gama de ventiladores, exaustores para caldeiras e fornalhas que atendem diversos segmentos industriais, como Cimento, Fundição/Siderurgia, Madeira e Mineração.


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Capacidade de ventiladores e sopradores deve ser proporcional ao tamanho das caldeiras Com o aumento da capacidade de moagem, o aproveitamento do bagaço e agora também da palha para geração de energia, as usinas sucroenergéticas têm optado pela instalação de caldeiras cada vez maiores em suas plantas industriais. Os requisitos de capacidade dos equipamentos complementares das caldeiras, como ventiladores e sopradores, aumentam na mesma proporção, exigindo concepções de projeto mais criteriosas quanto ao desempenho e consumo de energia. A Equilíbrio, localizada em Sertãozinho, projeta e fabrica ventiladores e sopradores industriais para caldeiras, pesados e extra pesados, dos tipos centrífugos e axiais com tamanhos e configurações variadas, podendo ser arranjados de modo direto ou indireto, com simples e dupla aspiração, proporcionando pressões estáticas de até 900mmH2O, em vazão de simples estágio e até 7000mmH2O em múltiplo estágio, com eficiência de até 90%. A engenharia da Equilíbrio determina qual o rotor mais adequado para a aplicação entre modelos de rotor aberto e fechado, com pás retas ou curvadas, em

função das características de projeto. Para os ventiladores de grande capacidade são usados perfis aerodinâmicos que permitem maior eficiência e economia de energia no acionamento. Quando usados na tiragem forçada de caldeiras a bagaço, as pás são revestidas com materiais mais resistentes a abrasão, o que proporciona uma operação mais adequada dos rotores sem necessidade de manutenção por várias safras. A Equilíbrio também realiza a manutenção e reforma de equipamentos existentes, já que conta com uma larga experiência na fabricação desses produtos. O balanceamento de rotores na manutenção é indicado para proporcionar bom desempenho, eficiência e durabilidade de todos os equipamentos ou componentes rotativos, como exaustores e ventiladores. Para prestar esse serviço, a empresa possui máquinas estacionárias modernas e com diferentes capacidades de realizar o balanceamento de equipamentos com comprimentos que vão desde 100 até 6.000 mm, aceitando um peso máximo de rotores de até 10.000 kg e diâmetros de 80 a 2.600 mm. (FPM)

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Aços inoxidáveis ganham espaço em várias aplicações As novas aplicações dos aços inoxidáveis no setor sucroenergético tiram proveito desse material ser mais resistente à abrasão e a corrosão, condições que se apresentam de forma intensa na produção de açúcar e etanol e que degradam rapidamente o aço carbono, material comumente utilizado na construção dos equipamentos presentes na indústria como dutos das caldeiras. Os aços inoxidáveis são aços com percentual máximo de 1,2% de carbono, pelo menos 10,5% de cromo e outros elementos de liga. A camada passiva de óxido de cromo que se forma na sua superfície de maneira natural e contínua proporciona proteção duradoura contra a corrosão. Junto ao cromo, o níquel é essencial para fabricação dos aços inoxidáveis austeníticos, muito utilizados por apresentarem excelentes resistência à corrosão, soldagem e conformação. Embora reconhecidos como mais resistentes, proporcionar maior troca de calor e serem de mais fácil limpeza, os aços inoxidáveis sempre foram preteridos em favor do aço carbono em função de seu maior preço inicial, o que restringiu sua aplicação em larga escala no passado. Ao longo dos anos, com o surgimento de novos tipos de aço inoxidável, como os da série 400 e outros, mais competitivos, a diferença de durabilidade se impôs, pois esse material confere maior vida útil e menor necessidade de manutenção, o que a longo prazo se traduz em um ganho em relação aos materiais de menor preço, mas também menos duráveis, como é o caso do aço carbono. Esses materiais são fornecidos pela Aperam, que é a única empresa situada na América Latina a produzir uma variada gama de aços inoxidáveis em suas plantas industriais localizadas em Timóteo-MG, Ribeirão Pires-SP e Montevidéu no Uruguai. Criada em 2011, como resultado do desmembramento do setor inox da ArcelorMittal, a Aperam atua

globalmente na produção de aços inoxidáveis, especiais elétricos e ligas de níquel, com uma capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de aços planos inoxidáveis em suas plantas industriais localizadas no Brasil, França e Bélgica. A Aperam disponibiliza para o segmento sucroenergético aços inoxidáveis planos e tubos ferríticos, também conhecidos como linha KARA, e austeníticos, com elevado desempenho. A

empresa tem colaborado com o setor ao realizar estudos minuciosos para novas aplicações que demonstram sob o ponto de vista técnico e econômico a viabilidade do emprego dos inoxidáveis em substituição ao aço carbono nos diversos setores produtivos das usinas de açúcar e etanol ampliando consideravelmente sua vida útil e reduzindo as necessidades de manutenção. A Jatinox, empresa que comercializa os aços inoxidáveis Aperam, conta com

seu conhecimento tecnológico, adquirido ao longo de mais de 40 anos de atuação no mercado, pode indicar a melhor forma de se aplicar os diferentes tipos de aço inoxidável em locais onde o aço carbono apresenta pouca durabilidade por ação da corrosão e abrasão, como, por exemplo, nos dutos de gases das caldeiras, sujeitos a alta umidade e temperatura”, afirma José Roberto de Andrade, gerente de Desenvolvimento de Mercado da empresa. (FPM)


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MEIO AMBIENTE LIMPO POR INTEIRO Uso melhor de efluentes, do bagaço e fim da queima ressaltam filosofia verde no setor No passado a produção de açúcar e etanol pelas usinas era vista como uma atividade capaz de promover danos ao meio ambiente. Entre as principais objeções às usinas, estava o descarte do resíduo da destilação, a vinhaça, também conhecida regionalmente como restilo, ou garapão, entre outras denominações. Esse efluente com o passar dos anos passou a ter uma destinação nobre, ou seja, a fertirrigação da própria lavoura, graças ao seu elevado teor de potássio, o “K” dos macronutrientes. Na atualidade, com a grande capacidade das unidades produtoras, muitas fábricas já estão concentrando esse efluente para que não só sejam reduzidos os custos de seu transporte, mas para que também possa haver uma distribuição mais equitativa por toda a lavoura. Outro excedente produzido pelas usinas no passado era o próprio bagaço da cana, que não tendo nenhuma finalidade mais útil após o término da safra era amontoado em áreas adjacentes à indústria, desprezando-se seu potencial energético. Como existia um saldo de bagaço durante a moagem, era um fato comum que as caldeiras também operassem como “incineradores” para diminuir o incômodo dos montes de bagaço ao fim da safra. Na atualidade, não só o bagaço é um bem precioso, pois permite produzir energia adicional que pode ser comercializada e também o etanol celulósico ou 2G como costuma ser denominado, mas até a própria palha da cana já encontra aplicação com essa mesma finalidade, uma vez que a

Com a colheita mecanizada a lavagem de cana foi substituída pelos sistemas de limpeza a seco

colheita mecanizada da cana possibilita o aproveitamento da palha. Para tanto, as usinas já estão se equipando com sistemas que permitem receber adequadamente esse resíduo da colheita, assim como, instalando caldeiras com sistemas de queima mais flexíveis, que permitem o uso de

combustíveis com maior teor de umidade, como é o caso das caldeiras equipadas com leito fluidizado. O fim da queima da cana e a aceleração da colheita mecanizada forçou uma mudança conceitual no sistema de recepção de cana das usinas, onde anteriormente a tradicional etapa de

lavagem da cana na mesa alimentadora deixou de ser feita, com o benefício de se reduzir a captação de água necessária para a indústria e eliminar a necessidade de tratamento dessa água após o uso, pois se tornava rica em matéria orgânica o que acarretava uma elevada demanda biológica de oxigênio, ou DBO.


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Limpeza a seco reduz demanda de água na indústria A colheita mecanizada trouxe muitas vantagens para a indústria sucroenergética. No entanto, como toda mudança, novas questões decorrentes dessa nova modalidade de colheita necessitam ser equacionadas e assimiladas. Uma das principais vantagens desse método de colheita, principalmente no aspecto ambiental, foi a eliminação da lavagem da cana. Porém, a colheita mecânica não elimina as impurezas minerais e traz mais impurezas orgânicas, como restos de folhas, palmitos, entre outros. Assim, novos métodos de limpeza tiveram de ser desenvolvidos em substituição à lavagem de cana anteriormente empregada. Nos diversos sistemas propostos a lavagem foi substituída por alguma modalidade de ventilação e o tombamento visando eliminar as impurezas. Em alguns sistemas isso ocorre em uma mesa alimentadora de maiores proporções, sendo que em outros isso se faz por meio de uma sucessão de esteiras. Esses sistemas seguem evoluindo e pesquisas estão sendo feitas a respeito da melhor maneira a se resolver as diferentes questões, assim como manusear adequadamente a palha, que agora, com a colheita mecanizada, pode ser aproveitada como combustível em adição ao bagaço para gerar um excedente de energia comercializável, ou ainda para a produção

Sistemas de limpeza a seco substituíram a lavagem da cana

de etanol celulósico, o assim denominado etanol 2G, ou de segunda geração. Diversos fabricantes estão propondo sistemas com essa finalidade, com projetos que conciliam eficiência com o custo implantação. Esses sistemas, genericamente denominados de Sistemas de Limpeza a Seco, de uma maneira geral

implicam em mudanças no sistema de recepção de cana nas usinas, que tradicionalmente se resumiam aos descarregadores laterais ou guinchos hilo e às mesas alimentadoras. Os benefícios desses novos sistemas, além dos ambientais já mencionados, certamente virão de uma alimentação mais

constante das moendas ou difusores, propiciando a manutenção de um elevado patamar de eficiência na indústria. Para tanto, até novos sistemas de preparo de cana foram desenvolvidos, empregando apenas um desfibrador e eliminando os tradicionais jogos de facas que o antecediam. (FPM)


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Diminuir volume reduz custos de manejo da vinhaça Com o aumento da capacidade de produção pelas unidades sucroenergéticas, o manejo do efluente da destilação de etanol, a vinhaça, foi se tornando cada vez mais dificultoso devido a necessidade desse efluente ser enviado a distâncias cada vez maiores. Nem sempre a topografia do terreno ou a distribuição da lavoura permite que sejam usadas valas ou tubulações, o que acarreta a necessidade de transporte por caminhões, aumentando consideravelmente o custo para essa operação. Para equacionar essa questão, duas frentes de trabalho buscam reduzir a produção de vinhaça na indústria. A primeira trata de obter fermentações com teor de etanol maior no vinho, que é o produto final da fermentação, pelo desenvolvimento de leveduras que sejam mais tolerantes a uma maior concentração de etanol. Um outro caminho para se obter a redução do volume de vinhaça é o da concentração em evaporadores, técnica que tem apresentado resultados expressivos na prática, com diversas instalações já em operação nas usinas. A Citrotec, sediada em AraraquaraSP, é uma das empresas que desenvolveu e tem fornecido equipamentos que trabalham sob o efeito de névoa turbulenta descendente, sendo o resultado desta tecnologia aparelhos capazes de concentrar a vinhaça gerada nas destilarias. A névoa turbulenta descendente faz com que estes equipamentos trabalhem com um mínimo de incrustação, reduzindo em até 10 vezes o volume gerado na produção de etanol. Diminuindo-se o volume de vinhaça, os custos de distribuição e manejo da vinhaça na lavoura são também reduzidos, e igualmente as despesas com adubos e fertilizantes, pelos motivos dos volumes serem significativamente menores e pela melhor qualidade dos

Concentração de vinhaça

nutrientes potássio e nitrogênio, pelo fato de estarem concentrados após a evaporação da água contida na vinhaça. Por exemplo, enquanto a produção de vinhaça in natura de uma destilaria sem concentração de vinhaça está na ordem de 13 litros de vinhaça por litro de etanol produzido, com 3Brix e o potássio contido é em média de 5 kg/m³, quando concentrada, a vinhaça desta destilaria passará a produzir 1,3 litros de vinhaça por litro de etanol, com 25Brix e 30 kg/m³ de potássio. Para otimizar estes processos, a

Citrotec desenvolveu três tipos de equipamentos para concentração de vinhaça. O Reboiler de Névoa Turbulenta é um equipamento de aquecimento indireto das colunas de destilação, de alta eficiência e baixo índice de incrustação, que além de possuir maior coeficiente de troca térmica que os refervedores, evita que o condensado seja adicionado à vinhaça como nos sistemas de aquecimento por borbotagem. Já o Ecovin, é um sistema de evaporação em múltiplo-efeito para concentração de vinhaça, que trabalha com baixo

consumo energético e sua operação é bastante simplificada por ser automatizada. O Ecovin JL é um sistema de concentração de vinhaça que, acoplado às colunas de destilação, permite a produção de etanol com a vinhaça já concentrada, sem consumo adicional de vapor. Um quarto projeto da empresa, o EcoWaste, substitui o vapor como fonte de energia para a evaporação pelos gases de exaustão na chaminé das caldeiras, possibilitando um aproveitamento energético adicional nas usinas. (FPM)


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Projeto adequado economiza recursos na limpeza das dornas A etapa mais crítica na produção do etanol é certamente a fermentação. Por ser um processo biológico e trabalhar com grandes volumes de uma matéria-prima de características variáveis ao longo do tempo, necessita de muitos cuidados e atenção para que se obtenha o rendimento desejado. Um dos fatores que pode afetar severamente esse processo é a presença de microrganismos indesejáveis que possam concorrer com as leveduras, consumindo os açúcares destinados à produção do etanol. Para tanto, é necessário que a limpeza das dornas seja feita de maneira adequada, evitando assim a proliferação de infectantes. Ao se projetar um sistema de limpeza deve-se levar em conta quais as necessidades críticas, as razões e o tempo disponível para a operação, e ainda que tipo de instalação, fixa ou portátil, é mais adequada para a aplicação em questão. Os parâmetros a serem considerados são a vazão e a cobertura, além do impacto, distância e padrão do jato e também, no intuito de reduzir custos com energia, soluções de limpeza e o consumo de água. Deve-se usar a menor vazão possível. Tempo, temperatura, ação mecânica e química são fatores que podem afetar a limpeza. Na ação mecânica, o impacto do jato necessário para efetuar uma limpeza adequada depende de vários fatores:

Fermentação é a etapa mais crítica na produção do etanol

distância, vazão e pressão, tipo de resíduos e a temperatura da água, entre outros. Uma regra básica é que a força total de impacto é igual ao produto da densidade do líquido pela velocidade de saída do jato e pela vazão total. Assim, para dobrar o impacto é necessário dobrar a vazão ou quadruplicar a pressão do líquido. Os processos de limpeza podem ser

manuais ou automáticos de baixa ou alta pressão. Os automáticos de alta pressão são os mais indicados, pois consomem menos água, são mais eficientes, demandam menos tempo e não necessitam de operadores. É importante também que, não somente o processo de assepsia deva ser

bem executado, mas também deva durar o menor tempo possível, evitando transtornos no processo decorrentes do inadequado manejo do volume disponível de dornas para a fermentação. Dessa forma, um projeto bem executado além de proporcionar assepsia adequada, também contribui para a redução da demanda de água na indústria. (FPM)


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Aumento de impurezas favorece formação de cor no açúcar A falta de cuidados no processo de fabricação e na armazenagem também pode comprometer a qualidade do produto RENATO ANSELMI, FREE LANCE

DE

PARA O

CAMPINAS, SP

JORNALCANA

A maior quantidade de impurezas na matéria-prima, principalmente a vegetal por causa do aumento da colheita mecanizada de cana crua, tem sido uma das preocupações da área industrial de usinas que se empenham em reduzir a cor do açúcar no processo de fabricação. Mas, este não é o único inimigo a ser vencido na batalha contra o escurecimento do produto. Algumas condições operacionais e de controle, fora das recomendações, no processo de produção e até mesmo na armazenagem estão entre as causas de aumento da cor,

afirma Cláudio Hartkopf Lopes, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A formação de cor no açúcar – com ou sem queima da palha – está diretamente associada à qualidade da matériaprima. Apesar de não ter os inconvenientes causados pelo fogo, a cana crua colhida mecanicamente “carrega” os problemas provenientes das impurezas minerais e vegetais. A presença de folhas, pontas, palhas secas está entre as principais causas de “escurecimento” do açúcar, que é decorrente da reação de alguns componentes chamados precursores da cor, como polifenóis e aminoácidos, explica Cláudio Lopes, que é vinculado ao Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural do Centro de Ciências Agrárias da UFSCar, localizado em Araras, SP. A terra não deixa de dar sua contribuição. O ferro contido nela pode provocar reações com os polifenóis e gerar compostos coloridos, esclarece. O metal funciona, às vezes, como um catalisador. A idade da cana também interfere na cor. É preciso prestar atenção nas características das variedades, alerta. Tem variedade com excelentes qualidades agronômicas – exemplifica –, que gera um caldo com cor mais escura, que apresenta grande dificuldade de clarificação. Na hora de fazer o manejo varietal, é necessário levar em conta esse fator. O processo de fabricação industrial também pode ser o responsável pelo surgimento de cor. A temperatura muito alta – detalha – cria condições para a ocorrência da caramelização. Durante a produção, a presença de um catalisador pode provocar a reação de Maillard que resulta em produtos coloridos. Outra recomendação é fazer um cristal com granulometria uniforme, destaca o professor da UFSCar. “Os grãos de tamanho pequeno agregam muita cor. Açúcar com boa granulometria e baixo teor de cinzas sempre tem uma cor boa”, enfatiza. No pós-fabricação, outras variáveis contribuem para o escurecimento do açúcar, como a temperatura no ensaque. A umidade alta e a temperatura elevada aumentam a cor no armazém. A qualidade do açúcar – ressalta – envolve diversos aspectos, desde capacitação de mão de obra, eficiência de equipamentos, insumos utilizados. “Os cuidados começam na lavoura e terminam no armazém. É um processo global”, diz.

Cláudio Lopes, da UFSCar: focado na “brancura” do açúcar

Dosagem adequada de fosfato ajuda a remover precursores Não há solução mágica. A obtenção da “brancura” do açúcar depende mesmo da somatória de medidas adotadas no processo de produção. Alguns problemas podem ser resolvidos no tratamento do caldo, observa Cláudio Lopes. A cana no Brasil costuma apresentar baixo teor de fosfato (P2O5), por isso existe a necessidade da adição de ácido fosfórico, recomenda. A dosagem adequada de fosfato no caldo cria condições para a remoção de componentes precursores de cor. É necessário um teor de P2O5 em torno de 350 miligramas por litro de caldo. A média proporcionada pela cana brasileira – informa – é de 150 mg/l. As canas indianas – compara – têm um teor mais elevado, por volta de 250 mg/l. “Para ter uma boa remoção dos precursores, é preciso adicionar ácido fosfórico e polímeros, principalmente porque as usinas estão adotando hoje o decantador rápido”, comenta. No processo mais antigo, o decantador lento deixava o caldo parado por três ou quatro horas. No rápido, o tempo de estadia é muito pequeno, o que é benéfico para que não ocorra a formação de cor, desde que esse tipo de decantador opere com caldo que tenha alto índice de ácido fosfórico, além de polímeros eletrolíticos, observa o professor da UFSCar. O ideal é cana com baixa quantidade de precursores de cor. Mas, como não é possível evitar que isto aconteça em muitos casos, é preciso ter um bom tratamento de caldo, enfatiza. (RA)


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VARIEDADES QUE ESCURECEM CALDO GERAM PREOCUPAÇÃO Empresa desenvolve tecnologia que reduz em 50% a cor do açúcar em relação a outros processos O aumento da quantidade de impurezas transportadas para a indústria não é o único fator que tem exigido maior atenção com o controle da cor do açúcar. A utilização de algumas variedades altamente produtivas que geram um caldo de cor mais escura também tornou-se motivo de preocupação, constata o engenheiro mecânico Meroveu Costa Júnior, diretor técnico da Prosugar. A RB 92579, uma das mais plantadas no país, possui essa característica – exemplifica. Variedades mais novas, com produtividade elevada, também geram caldo com coloração escura. “Ninguém pode desprezar um material genético que está sendo lançado por causa dessa dificuldade”, observa Meroveu Costa, que é pós-graduado em produção de açúcar e álcool. A solução desse problema – escurecimento do açúcar – deve ser incumbência de centros de pesquisa e da indústria, afirma. Pensando nisto, a Prosugar desenvolveu um novo conceito de remoção de cor no processo industrial. Essa tecnologia reduz em 50% a cor do açúcar em relação a outros processos, compara o diretor da empresa. “O tratamento é totalmente químico. Essa tecnologia evita a formação de cor, sem levá-la para outra etapa”, diz. Quando é feita uma operação de refino, a indústria parte de um açúcar mais escuro para fazer um produto refinado, detalha.

Meroveu Costa Júnior: novo conceito de remoção de cor no processo industrial

“Aquela cor do açúcar mais escura vai para algum lugar, por exemplo, para o mel da refinaria. A tecnologia da Prosugar age quimicamente nos processos coloridos, tornando-os incolores”, esclarece. O sistema clarifica, mas não se resume ao uso de um simples clarificante – informa. “Proporciona diversos benefícios, além da clarificação, como a irreversibilidade dessa cor, que não aparece em nenhum ponto do processo”, enfatiza. Sem revelar toda a “receita do bolo” – ou seja, o modo de se obter o resultado final –, Meroveu Costa diz quais são alguns ingredientes desse sistema: a Prosugar possui moléculas que ao serem combinadas fazem a clarificação. Dois produtos – o Prosugar 18-06 e o Prosugar 18-12 – são utilizados pela empresa nesse processo. “Dependendo do arranjo da usina, são usados no caldo decantado ou na evaporação ou no xarope final”, afirma. Outra variável a ser considerada na aplicação está relacionada ao açúcar que a unidade industrial pretende produzir: VHP, cristal ou refinado. A tecnologia proporciona um ganho

de produtividade em açúcar. “Como as massas saem mais claras, é possível minimizar as lavagens nas centrífugas, o que permite um maior ganho em açúcar e uma menor quantidade de mel que circula na fábrica. E isso otimiza o consumo de energia térmica na usina”, diz. Esse sistema possibilita – resume – a fabricação de um açúcar de melhor qualidade, aumento da produção, menor consumo de vapor no processo e também a otimização ou até mesmo a eliminação do uso de outros insumos. Além disso, com o armazenamento do produto de forma adequada é possível estocar o açúcar – fabricado com a adoção da tecnologia Prosugar – por até dois anos sem a incorporação de cor. Com o uso do processo convencional, mantendo as mesmas condições de estocagem, o tempo para aumento de cor no armazém não ultrapassa a metade desse período. A relação custo-benefício desse processo é bastante positiva, de acordo com Meroveu Costa Júnior. “Apenas com a diferença de rendimento obtido o sistema torna-se superavitário. Temos conseguido um aumento de produtividade de 5% no mínimo”, afirma. O sistema tem apresentado resultados satisfatórios também em usinas que usam difusor para extração do caldo. Duas unidades produtoras que só conseguiam produzir VHP, obtêm agora açúcar branco cristal – revela – com cor Icumsa abaixo de 150. Além disso, aumentaram a produção em 10%. Esse processo começou a ser desenvolvido há dez anos na Usina Santo Antonio, de São Luís do Quitunde, AL, onde foi utilizado em planta em escala contínua por quatro anos. A tecnologia está sendo comercializada há um ano, quando foi criada a Prosugar. (RA)

Sulfitação tem ação bloqueadora de reações coloridas Com utilização bastante difundida no setor, a sulfitação tem sido usada concomitantemente a outros procedimentos visando a clarificação do caldo. Algumas soluções tecnológicas começam a ser disponibilizadas no mercado brasileiro como alternativa a esse processo. A sulfitação – que consiste no uso de anidrido sulfuroso (SO2) – tem uma ação alvejante e bloqueadora de reações coloridas, diz Cláudio Lopes. “Além de impedir a formação da cor, o SO2 preserva o produto no pós-fabricação. Impede o escurecimento no armazém”, ressalta. A legislação permite a presença de até 15 mg de anidrido sulfuroso – conhecido também como dióxido de enxofre – por quilo de açúcar, informa. Considerando a ingestão de açúcar de 55 quilos per capita/ano e a quantidade permitida de SO2, o consumo de açúcar é responsável por 4% do máximo de sulfito que pode ser ingerido por dia. “É irrisório”, afirma. Se não ocorrer mudança na legislação, as usinas deverão, na maioria dos casos, continuar com a sulfitação, que tem um preço mais acessível em relação a outros processos, opina. “A sulfitação deve ter ainda vida longa”, acredita. Cláudio Lopes lembra que a carbonatação já é utilizada em países europeus e asiáticos. Esse método proporciona resultados no mínimo iguais à sulfitação, mas requer um investimento mais elevado para a sua implantação. Outros métodos precisam ser avaliados por estudos e trabalhos acadêmicos, argumenta o professor da UFSCar. “O setor sucroenergético teve várias ‘revoluções’ nos últimos anos. Não é refratário a inovações”, afirma. Por isso, não terá problema em adotar um processo com eficiência comprovada, observa. E que tenha também custo competitivo. (RA)


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TGM lança a maior turbina a vapor desenvolvida no Brasil Equipamento conta com pressão do vapor de admissão de 96 bar (a) e temperatura de 518ºC ANDRÉ RICCI,

DE

SERTÃOZINHO, SP

A TGM, empresa localizada na cidade de Sertãozinho, SP, lançou, no fim de novembro, a maior turbina a vapor desenvolvida, fabricada e montada com tecnologia 100% brasileira. É, também, a maior turbina já produzida na América Latina, com potência de 65 MW. Em cerimônia que reuniu autoridades governamentais, lideranças sucroenergéticas, clientes e parceiros, a TGM apresentou a CT 63, equipamento que terá sua primeira unidade instalada na Guatemala e contou com apoio do FINEP- Agência Brasileira da Inovação e do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Paulo Roberto de Oliveira, gerente de RH da TGM, abriu o evento destacando a importância da gestão para o sucesso da empresa. “Não queremos resultado a qualquer custo, mas garantimos satisfação ao colaborador com a nossa eficiência e tecnologia inovadora”, disse. A turbina de condensação modelo CT 63 possui pressão do vapor de admissão de 96 bar (a) e temperatura de 518ºC. Por se tratar de um acionamento direto de gerador, a rotação do equipamento é de 3.600 RPM. Visando maior economia de combustível da planta foi projetado um ciclo regenerativo composto de múltiplas tomadas de vapor para o reaquecimento da água de alimentação da caldeira. “A ideia de fabricar um produto como este surgiu pelo fato de que o mercado dependia

exclusivamente de tecnologia estrangeira. Acabamos desenvolvendo um equipamento de alto nível com eficiência superior aos concorrentes em muitas aplicações, principalmente nas personalizadas”, afirma Marcos Nishi, diretor industrial da TGM. Maurilio Biagi Filho, Carlos Roberto Liboni, Antonio Tonielo e o acionista José Fábio Benelli, que participaram do evento, falaram da trajetória e da importância da TGM ao longo de seus 22 anos de existência. Já o Deputado Federal Arnaldo Jardim e a secretária da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Monika Bergamaschi, parabenizaram o Grupo pelo lançamento da tecnologia.

Marcos Mussin, diretor da TGM, lembra que, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo segmento canavieiro brasileiro, 2013 foi um ano importante. “Acredito que este ano tem marcado uma nova fase da TGM. Estamos entregando a CT 63, cuja potência é suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil habitantes, e contamos, hoje, com tecnologia para produzir turbinas com potência de até 150 MW”. No Brasil, cerca de 70% da energia elétrica produzida por biomassa na matriz energética brasileira são através de turbinas fabricadas pela marca, sendo que a empresa é responsável por quase 10 GW de potência instalada, ao redor do mundo, com suas turbinas.


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PRODUÇÃO

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Raízen inicia sua 1ª planta de etanol 2G Esta é a primeira de 8 unidades planejadas pela empresa para serem construídas nos próximos dez anos FULVIO PINHEIRO MACHADO, DE

PIRACICABA, SP

CONSULTOR

DO

JORNALCANA

A Raízen deu início a construção de sua primeira unidade de produção de etanol 2G no Brasil. A planta com capacidade para 40 milhões de litros de etanol celulósico por ano está sendo construída em área ao lado da unidade Costa Pinto, localizada em Piracicaba, SP. Com um investimento de R$ 230 milhões, parte financiada pelo BNDES, essa será a primeira de 8 unidades planejadas pela Raízen para serem construídas nos próximos dez anos, quando a Raízen prevê estar produzindo 1 bilhão de litros de etanol 2G.

Local de construção da Planta de Etanol 2G na Unidade Costa Pinto da Raízen

Diretoria da Raízen e Gabriel Ferrato, prefeito de Piracicaba, durante a apresentação da Planta de Etanol 2G

Pedro Mizutani: expressivo aumento de produção sem áreas de plantio adicionais

A matéria-prima para a produção do etanol celulósico será o bagaço de cana proveniente da moagem na Costa Pinto, adicionado da palha e demais resíduos

vegetais resultantes da colheita da cana. Para atingir a capacidade de produção projetada, a planta utilizará pouco mais de 300.000 toneladas de bagaço/ano e

operará por um período de 300 a 330 dias por ano, gerando em média 250 empregos e ocupará uma área total de 27.000 m², sendo 15.000m2 para estoque de bagaço. João Alberto Abreu, diretor de Bioenergia e Tecnologia da Raízen, explica que essa planta é o resultado do trabalho da Raízen para equacionar e solucionar diversos desafios como a viabilidade técnico-econômica, encontrar uma solução tecnológica para o prétratamento da matéria-prima e hidrólise, além da integração com a produção convencional de etanol e sinergia com a área agrícola. Para se preparar para a produção do etanol 2G, a Raízen, desde 2012, vem mantendo uma equipe junto a sua parceira, a Iogen Corporation, empresa canadense de biotecnologia, mantém uma planta teste de etanol celulósico na cidade de Ottawa, no Canadá, para onde já foram enviadas 1.000 toneladas de bagaço com a finalidade de testar a viabilidade técnica e econômica do processo. Pedro Mizutani, Vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, explica: “A produção de etanol via celulose tem a grande virtude de possibilitar um expressivo aumento da produção sem que seja necessário o uso de áreas de plantio adicionais, o que resulta na prática em aumento da produção por hectare de cana plantada”. Para essa nova planta, a Novozymes, empresa dinamarquesa será a fornecedora exclusiva de enzimas desenvolvidas para a transformação da celulose em açúcares fermentescíveis. Esses açúcares posteriormente serão enviados para a etapa de fermentação convencional da Costa Pinto, onde serão transformados em etanol pelas leveduras. No evento de apresentação da planta para a produção de etanol 2G, Gabriel Ferrato, prefeito de Piracicaba, elogiou a iniciativa e demonstrou sua satisfação por Piracicaba receber mais este feito pioneiro.


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AÇÃO SOCIAL & MEIO AMBIENTE

Impacto social da agroindústria da cana nas cidades consideradas novas fronteiras agrícolas é relevante PATRÍCIA BARCI, FREE

DE

LANCE PARA O

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DOCE VIDA!

RIBEIRÃO PRETO, SP JORNALCANA

São cinco e meia da manhã em Quirinópolis, Goiás, e Neide Maria Dantas, 40 anos, nascida na cidade vizinha de Gouvelândia, já prepara sua marmita para mais um dia de trabalho na Nova Fronteira Bioenergia, uma parceria entre o Grupo São Martinho e a Petrobras, localizada na Usina Boa Vista. Sua rotina como operadora de colhedora de cana pode parecer pesada para a maioria, mas ela diz que sua vida nunca esteve melhor, assim como a de seus dois filhos, que também trabalham na usina. "Antes eu era vendedora autônoma e não tinha nem mesmo plano de saúde. Não tinha INSS ou qualquer tipo de garantia. Hoje eu ganho mais, consigo sustentar minha família e tenho todas as garantias e direitos como qualquer trabalhador, além de plano de saúde para mim e minha família. Nossas vidas melhoraram muito com a vinda da usina para nossa região", diz. Neide e tantas outras pessoas do município de Quirinópolis e região, foram

Neide e seus filhos: benefício da agroindústria canavieira estendido a toda a família

beneficiadas pela transformação econômica resultante da produção de canade-açúcar e consequente instalação de usinas. Parece mentira, mas o município de Quirinópolis, no sul de Goiás, produz canade-açúcar há apenas dez anos, e está atualmente entre os maiores produtores do país, sendo considerado um polo industrial do setor sucroenergético. De acordo com Marcos Dias Ferreira, superintendente da Associação de Indústria e Comércio de Quirinópolis, essa transformação econômica aconteceu como resultado de uma parceria do município com o Governo do Estado que pretendia na

época expandir os canaviais pelo CentroOeste e estimular a economia de outras regiões, que hoje são consideradas as novas fronteiras da agricultura e produção do país. "No início de 2004 as usinas já estavam se instalando na região, consequentemente a área para o plantio de cana foi se expandindo. Hoje em dia, a cidade tem quase dois terços ocupados pela cana", explicou. Ferreira afirma que os dados da economia do município indicam que só em 2012 o setor de serviços cresceu 12% e a indústria cresceu cerca de 35%. "Estamos agora numa etapa de mais

equilíbrio em relação à oferta de emprego ligada à cana e ao álcool, com 3 mil vagas em 2012/13. Na época em que as usinas vieram, eram quase 10 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao setor sucroenergético", afirma. Quirinópolis é uma entre muitas cidades que fazem parte das chamadas "novas fronteiras agrícolas" do Brasil, situadas fora do Estado de São Paulo. De acordo com dados da PAM — Produção Agrícola Municipal e do IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, outra cidade que está entre as maiores produtoras de cana-de-açúcar do país, é Conceição das Alagoas, em Minas Gerais. Seus moradores assim como a economia da cidade foram beneficiados com o plantio da cultura e instalação de usinas na cidade. "A produção gerou muito emprego aqui em Conceição das Alagoas, e o crescimento de nossa economia deve muito à cana-de-açúcar" afirmou Cláudio de Araújo, secretário do departamento de arrecadação tributária de Conceição das Alagoas. De acordo com Cláudio, a cidade de Conceição das Alagoas, que tem plantação de cana-de-açúcar desde 1994, passou por uma grande mudança e a diferença da cidade antes e depois da plantação da cana-de-açúcar é visível. "A cana-de açúcar melhorou a qualidade de vida dos habitantes da cidade, por proporcionar mais empregos relacionados ao setor sucroenergético", afirmou.


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Cana-de-açúcar já é tradição em Barra do Bugres O município de Barra do Bugres, diferentemente de algumas cidades, entre as novas fronteiras agrícolas, tem a produção de cana como parte fundamental da cidade. A economia do município tem como base a plantação de cana-deaçúcar há muito tempo, com mais de 37 mil hectares de cana plantados, que abastece duas grandes usinas produtoras de álcool e açúcar, a Barralcool e a Itamarati. De acordo com dados da Prefeitura Municipal de Barra dos Bugres, na década de 1980 o ciclo econômico foi transformado com a vinda de migrantes de Minas Gerais, São Paulo e Ceará, que investiram na pecuária e na cultura da cana-deaçúcar, transformando-se no principal ramo da economia da época e na economia atual do município. A industrialização da cana-deaçúcar mudou o panorama de Barra do Bugres, pois atraiu grande quantidade de mão de obra no período das colheitas. (PB)

Barrálcool: produção e industrialização da cana giram a economia da cidade

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Marilza mudou de vida graças às usinas Assim como Neide Maria Dantas e seus filhos (veja na página anterior), muitos outros moradores das cidades consideradas novas fronteiras agrícolas, como Rio Brilhante, MS, Uberaba, MG, Conceição das Alagoas, MG e Barra do Bugres, MT, melhoraram suas vidas e de suas famílias através da cana-de-açúcar. Não é difícil também, achar nas usinas da região de Ribeirão Preto, exemplos de pessoas que vieram de usinas de algum desses Estados, como no caso de Marilza Aparecida dos Santos Xavier, 45, que cortou cana por um tempo na Usina São Martinho localizada na cidade de Pradópolis, SP, mas que também trabalhou numa das usinas na região de Rio Brilhante por alguns anos, quando a cidade despontava como fonte de emprego no setor. Para ela, que tem dentro de casa, marido e dois filhos que trabalham na São Martinho, a única forma de crescer dentro da usina é começando de baixo. "Tanto eu, quanto meus três filhos e meu marido, conseguimos mudar de vida graças às usinas. Conheci meu marido na época que cortávamos cana, hoje tanto ele quando meus filhos já estão na parte de operação das máquinas", diz. Apesar de não trabalhar mais na área, Marilza acredita que se não fosse pelas usinas todos estariam passando por muitas dificuldades. "Na época em que morávamos em Rio Brilhante, isso há muito tempo atrás, a cana-de açúcar trouxe para dentro de casa, uma chance para todos trabalharem e ajudarem com as despesas. A cidade cresceu em pouco tempo e com ela as oportunidade apareceram. Quando viemos para Pradópolis foi mais fácil entrar em outra usina pois já tínhamos experiência", diz. A cidade de Rio Brilhante no Mato Grosso do Sul, de fato cresceu graças à cana-de-açúcar, ficando entre as dez cidades que em 2012 registraram a maior produção de cana-de-açúcar do país de

Marilza Xavier: cana trouxe para dentro de casa uma chance para todos

acordo com a PAM- Pesquisa Agrícola Municipal e do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com produção estimada em 5,719 milhões de toneladas de cana, a cidade está em segundo lugar no ranking de maior produção no Brasil, ficando atrás somente de Morro Agudo, SP. De acordo com o gerente de produção agropecuária e meio ambiente de Rio Brilhante, Laudir Novello Boiani a força da agricultura na cidade gerou novos empregos e consequentemente o desenvolvimento econômico. "Melhorou as condições de vida dos trabalhadores vinculados às usinas da região e com isso o crescimento do município em si acaba sendo significativo por gerar renda, com trabalhos diretos e

indiretos vinculados a esse setor", explica. O fenômeno de crescimento econômico resultado da plantação de canade-açúcar pode ser observado também pelos moradores de Uberaba. A cidade de Uberaba, de acordo com dados da prefeitura do município é a quarta cidade no ranking do PIB do agronegócio brasileiro. Com produção de cana-de-açúcar em torno de 5 milhões e 700 mil toneladas em 2012, a cidade responde por aproximadamente 11% da moagem total do Estado, que possui ao todo 43 usinas, com 23 só no triângulo mineiro. De acordo com Danilo de Siqueira Campos, secretário de agricultura da cidade, são 75.000 hectares plantados só

com a cultura. "Esperamos que a safra 2013/14 seja ainda melhor, com produção esperada de 7.125 mil toneladas, o que beneficiará nossa economia ainda mais", disse. A cidade conta ainda com boa integração de grupos ligados ao setor sucroenergético, sendo a SiamigAssociação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, o Sindaçúcar- Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais e o Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais, que beneficiam o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Zona da Mata, Sul de Minas, Oeste, Noroeste, Central, Mucuri/Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. (PB)


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Desafios para o futuro Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso foram Estados beneficiados com políticas de apoio à produção de cana-deaçúcar em determinado momento nesses últimos 20 anos, tendo em seu território as cinco cidades com maior produção de cana-de-açúcar fora do Estado de São Paulo, conhecido como o Estado com maior produção no Brasil. De acordo com dados do Conab- Companhia Nacional de Abastecimento para a temporada 2013/14, a cultura da canade-açúcar continuará em expansão. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul deverão ter acréscimo de áreas de plantio de 60,1 mil hectares, 92,5 mil hectares e 81,4 mil hectares, respectivamente. Apesar do Estado de São Paulo permanecer como o maior produtor com 51,31% (4.515.360 hectares) da área plantada, Minas Gerais vem em seguida com 8,0% (781.920 hectares), Goiás com 9,3% (818.390 hectares) e Mato Grosso do Sul com 7,09% (624.110 hectares). Para Marcos Dias Ferreira, superintendente da Associação de Indústria e Comércio de Quirinópolis, uma das cidades que teve maior expansão na produção de cana-de-açúcar nos últimos 10 anos e viu sua economia ser alavancada pelo setor sucroenergético, o desafio é dar continuidade ao crescimento e desenvolvimento econômico resultantes da produção de canade-açúcar e seus subprodutos, tanto em Quirinópolis como em todas as cidades que partilham desse crescimento. "É óbvio que não podemos fazer isso sozinhos. É necessário, acima de tudo, medidas governamentais e políticas públicas que valorizem a produção e o setor. Dependemos de políticas econômicas favoráveis, principalmente do governo federal, em relação à questão sucroenergética, desde políticas de importação até incentivos fiscais. Dependemos de tudo isso para que esse crescimento continue", conclui. (PB)

Quirinópolis: uma das cidades com maior expansão de canaviais nos últimos 10 anos

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Cana que floresce e isoporiza acumula perdas RAFAEL MERMEJO

Agroquímico reduz prejuízos desde que seja utilizado antes da indução floral RENATO ANSELMI, FREE

DE

LANCE PARA O

Prejuízo é maior quando fenômeno ocorre na entressafra

CAMPINAS, SP

JORNALCANA

Chuva, umidade e fotoperíodo formam uma combinação em determinados períodos do ano – que varia conforme a região – que pode causar o florescimento e a isoporização, responsáveis por prejuízos significativos no processo de produção agroindustrial. Variedades com tendência a esses fenômenos podem ter perda significativa de peso, diminuir a capacidade de moagem e afetar até mesmo a recuperação de açúcar. As temperaturas médias diurnas e noturnas e a duração do período nublado – o que é difícil de mensurar – e chuvoso podem favorecer a ocorrência desses problemas, afirma o engenheiro agrônomo Oswaldo Alonso, consultor técnico da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste). Quando a região de Ribeirão Preto, SP – exemplifica –, registra temperaturas noturnas mínimas acima de 18ºC e máximas diurnas abaixo de 31ºC durante 8 a 10 dias entre 20 de fevereiro a 20 de março, as variedades floríferas ficam com maior predisposição ao florescimento. Nessas condições – explica –, com período de nebulosidade e temperatura mais amena, a amplitude térmica é menor. Caso as previsões climáticas indiquem que a probabilidade de ocorrência desse fenômeno é de 50%, a recomendação é usar inibidor de florescimento duas semanas antes da planta atingir o ponto de indução floral, afirma Oswaldo Alonso. Não adianta adotar esse procedimento após a indução – ressalta.

Oswaldo Alonso, da Canaoeste: algumas variedades não florescem, mas isoporizam

O produto reduz os efeitos do florescimento. Além disso, pode proporcionar ganhos na velocidade da brotação das soqueiras – que têm um crescimento mais acelerado – e no perfilhamento, observa. O custo é de três toneladas por hectare, incluindo o preço do agroquímico e da aplicação aérea. Mas, os benefícios são muito maiores, avalia. Algumas variedades são mais suscetíveis a esse tipo de fenômeno. Mas, não se deve simplesmente descartá-las do cartel varietal das lavouras de cana – esclarece –, porque apresentam, na maioria dos casos, características positivas que compensam a adoção de medidas para o controle do florescimento. E a exclusão desse material

reduziria, de maneira significativa, as opções para a produção de cana. Existem também regiões que apresentam maior tendência ao florescimento, como as cidades de Franca e Batatais, no estado de São Paulo, que têm altitude acima de 700 metros, exemplifica Oswaldo Alonso. “No estado de Minas Gerais, em Uberaba e Uberlândia, ocorre o florescimento quase anualmente. Nas regiões canavieiras nordestinas, localizadas na faixa litorânea, há também elevada incidência”, detalha. No município de Pedro Afonso, Tocantins, chega a ser necessário até duas aplicações de inibidor de florescimento no mesmo ano, revela.

Quando ocorrem precipitações intensas, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro e, algumas vezes, em dezembro, Alagoas costuma ter problemas proporcionados pelo florescimento e isoporização, informa o engenheiro agrônomo Cândido Carnaúba Mota, presidente Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil – Regional Leste (Stab Leste), com sede em Maceió, AL. Segundo ele, esses fenômenos não têm ocorrido no estado nos últimos quatro anos, dois deles tiveram inclusive problemas com seca. As canas florescem em Alagoas em abril, maio e junho, ou seja, muito distante da safra, observa. “Por isso, há uma grande perda de cana no campo”, constata. Quando floresce e isoporiza, no período de moagem, essa matéria-prima chega a ser aproveitada pela indústria – explica o presidente da Stab Leste. Nesse caso, o prejuízo é menor. A perda chega a ser mais elevada, mesmo no período de colheita, com a ocorrência do florescimento em cana de menor porte, de meio a um metro de colmo. “A planta para de crescer. Há perda significativa de produtividade, de ATR”, diz.


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Eliminação de água provoca redução da densidade e do peso Seminário discute fisiologia da planta e estratégias para minimizar riscos de florescimento e isoporização

Cândido Carnaúba sugere colheita das floríferas do Nordeste em dezembro

Desafio é desenvolver precoces que não sejam floríferas Um dos desafios do melhoramento genético é o desenvolvimento de variedades precoces que não floresçam nem isoporizam, afirma Cândido Carnaúba, da Stab Leste. Em Alagoas, a cana precoce é colhida em setembro, outubro e um pouco em novembro. “No mês de janeiro, já tem porte para o florescimento, caso haja

condições favoráveis de umidade, temperatura e fotoperíodo para que ocorra a indução”, esclarece. Uma alternativa em Alagoas é colher variedades floríferas, caso não sejam precoces, no mês de dezembro, pois não terão porte para o florescimento no período das chuvas em janeiro e fevereiro, recomenda. (RA)

Apesar de acompanhar, na maioria das vezes, o processo de florescimento, a isoporização pode acontecer sem que a planta floresça. Esse problema contribui para o aumento de perdas durante a produção agroindustrial. Quando a cana floresce, os colmos param de emitir novos entrenós e iniciam um processo que provoca a saída permanente de água das células do parênquima da planta e, em consequência disto, ocorre a redução da densidade e do peso da cultura. “Há um chochamento da cana”, resume Oswaldo Alonso, da Canaoeste. Segundo ele, o inibidor de florescimento também tem efeito contra a isoporização, conseguindo diminuir a perda de peso. O consultor agronômico alerta que algumas variedades não florescem, mas isoporizam. Outras florescem, mas não têm problemas com a isoporização. E

existem aquelas que apresentam predisposição para os dois fenômenos, detalha. O uso do agroquímico, desde que aplicado da forma correta, vai atenuar os efeitos negativos em qualquer situação. Para discutir questões ligadas à fisiologia da planta e fornecer informações sobre estratégias a serem adotadas para minimizar os riscos de florescimento e isoporização, a Canaoeste, em parceria com a Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (Stab) e o Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), tem realizado anualmente um evento sobre o assunto, próximo ao período de indução do florescimento. Em fevereiro, acontecerá o terceiro seminário sobre “Fisiologia de Florescimento/Isoporização e Maturação em Cana-de-Açúcar”, para avaliar as recomendações realizadas nos dois anos anteriores e fazer previsões sobre as possibilidades de ocorrência desses fenômenos em 2014, informa Oswaldo Alonso. A previsão, feita em 2013, teve elevado grau de acerto, revela. Com apoio do Instituto Agronômico e de fontes de informações sobre climatologia, está sendo possível indicar qual é a probabilidade de florescimento, comenta. (RA)


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Agricultura de Precisão se torna a aliada ideal da mecanização FULVIO PINHEIRO MACHADO, DE

SÃO CARLOS, SP

CONSULTOR

DO

JORNALCANA

Comparada com a agricultura tradicional, onde relativamente poucos pontos são amostrados e as características consideradas importantes, como a necessidade de fertilizantes ou as propriedades do solo, são determinadas via de regra por uma média de amostragens, a Agricultura de Precisão representa um grande avanço, pois a amostragem se faz de forma muito mais intensiva e precisa. Na AP a área é dividida em pequenos segmentos, que são posteriormente representados em uma grade ou mosaico no mapa da área que está sendo trabalhada, mostrando as variações das características do ambiente mensuradas pelas amostras de uma maneira muito mais fiel do que os métodos tradicionais. Assim, essa nova técnica pode ser explicada como um conjunto de sistemas de gerenciamento e procedimentos práticos baseados nas variações que são encontradas no ambiente em que se faz o cultivo agrícola, visando o aumento de produtividade e a redução de custos, otimizando os ganhos econômicos e preservando o meio ambiente de modo mais efetivo. No entanto, como a necessidade de

Agricultura de Precisão otimiza a lavoura

amostragens se torna extremamente elevada, assim como a localização precisa de cada ponto no segmento de área, essa nova técnica não pode ser feita pelos métodos usuais. É necessário se lançar mão de sistemas de posicionamento georreferenciais. É por esses motivos que a Agricultura de Precisão só se tornou uma possibilidade prática a partir da existência dos sistemas de posicionamento globais, como o GPS e seus similares mais recentes.

Portanto, para que se atinjam os resultados almejados com a AP, também é necessária a mecanização de todas as atividades, sem o que, o trabalho de determinação das variáveis e práticas culturais subsequentes não poderia ser realizado em um período de tempo adequado. Uma das aplicações práticas da AP é o traçado de linhas de plantio a partir de softwares especialmente desenvolvidos, que permitem uma melhor distribuição

espacial da lavoura, assim como, facilitam sobremaneira esse trabalho. Essa tecnologia permite maior segurança e confiabilidade no plantio, pulverização ou colheita, uma vez que a utilização do piloto automático permite aumentar as linhas de plantio por hectare em relação ao método convencional, através de um projeto racional, realizado no escritório e com base em um levantamento do terreno e das características dos equipamentos.


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Piloto automático evita danos por compactação Com a mecanização da lavoura canavieira surgiram também novas necessidades de cuidados em seu manejo para evitar danos como a compactação, uma vez que o número de máquinas e veículos que transitam pela lavoura aumentou consideravelmente. Nessas circunstâncias, o uso de piloto automático georreferenciado tem se tornado uma necessidade nas diversas operações realizadas na lavoura. O Auto Guide 3000, um sistema de piloto automático, oferecido pela Massey Ferguson e pela Valtra, empresas do Grupo AGCO, é uma solução para essa questão, pois possibilita até 3 níveis de precisão: submétrico, até 30 cm de precisão entre as passadas; decimétrico, 10 cm de precisão na passada; e por fim, o centimétrico que por meio de sinal RTK consegue uma precisão de até 2,5 cm na passagem dos equipamentos. Nesse equipamento os comandos são executados em uma tela touchscreen de 12,1 polegadas. Usando a rede RTK, que consiste em bases que corrigem o sinal dos satélites utilizados nos sistemas de georreferenciamento e direcionamento das máquinas, obtêm-se maior precisão, pois o sinal dos satélites contém erros que são normais, e para que sejam utilizados em máquinas agrícolas é necessário usar de métodos para a correção destes erros, com o objetivo de melhorar a precisão dos equipamentos embarcados nas máquinas. A

O Auto Guide 3000 instalado em trator

correção de sinal RTK é o mais preciso dos métodos, conferindo uma precisão de até 2,5 cm. Estas redes vêm oferecer ao cliente dos produtos Massey Ferguson e Valtra a possibilidade de utilizar essa tecnologia sem a necessidade de adquirir uma base RTK apenas para sua propriedade. O Auto Guide 3000 possui um software de funções avançadas que permitem operar a modalidade de Sistema de Tráfego Controlado. Esse conceito permite a implantação de programas de

padronização de larguras de trabalho e bitola das máquinas, além do planejamento das operações no campo para concentrar a passagem de máquinas e implementos em uma área específica, utilizando o mesmo rastro e integrando todas as operações na lavoura, eliminando assim a compactação nas demais áreas. Por meio da unificação de ferramentas como piloto automático, o trabalho das máquinas torna-se mais preciso e planejado, aumentando o controle das

operações no campo. O fabricante afirma que de acordo com pesquisas, em sistemas de cultivo que utilizam o tráfego aleatório de máquinas, a compactação do solo pode chegar a 86%. Já com a implantação do conceito de Trafego Controlado este percentual pode cair para até 14%. O aumento da densidade do solo acarreta em perdas como crescimento lento e distorcido de raízes, redução de porosidade, aeração e infiltração de água no solo. (FPM)


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Aplicativos trazem informações climáticas em tempo real Várias operações e manejos na agricultura são extremamente dependentes das condições climáticas e os produtores necessitam de informações em tempo real para a tomada de decisões, como aplicação de defensivos, fertilizantes foliares e maturadores, entre outros. Com a crescente popularização dos smartfones a New Holland desenvolveu e oferece gratuitamente um aplicativo denominado “NH Clima” para tornar a agricultura mais fácil e ao mesmo tempo mais produtiva. Ao contrário de aplicativos já existentes que são sempre baseados em produtos ou equipamentos, esse produto da New Holland somente necessita de um smartphone, sendo assim, distinto dos demais. Esse aplicativo de informações climáticas oferece um serviço abrangente aos produtores que necessitam de informação em tempo real, onde quer que estejam, para executar operações altamente dependentes do clima, como aplicação de defensivos, maturadores, entre outros. Os dados são obtidos de uma rede de mais de 71 mil estações meteorológicas, distribuídas ao redor

do mundo, e por meio da geolocalização (GPS), são recebidos e analisados por uma subestação mais próxima. Uma grande quantidade de informações está disponível para acesso, incluindo temperatura efetiva e sensação térmica, pressão, velocidade e direção do vento, todos itens de extrema importância em processos como o de pulverização na lavoura. Além de canais de notícias rurais, um localizador de concessionárias também está integrado ao pacote. Nesta ferramenta, a localização do usuário é reconhecida automaticamente ou por meio do formulário de busca, que fornece informações sobre as lojas mais próximas. Quando a concessionária é selecionada, é possível realizar contato instantâneo com o atendimento da loja. O aplicativo NH Clima disponível para iPhones está em sua versão 1.5 e é compatível com iPhone, Ipod e iPad, requerendo sistema operacional iOS 4.0 ou posterior. Para smartphones com sistema operacional Android está disponível a versão 1.05, que pode ser baixado através do Google Play para versão do Android 2.2 ou posterior. (FPM)

Computador de Bordo CBA 3200 PLM da Auteq

NH Clima apresenta informações climáticas em tempo real

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Computador de bordo coleta de dados via Wi-Fi Os computadores de bordo são equipamentos versáteis que possibilitam coletar todas as informações relativas aos trabalhos nas frentes agrícolas. Eles podem ser instalados em caminhões e veículos agrícolas e proporcionam uma série de funcionalidades. Um exemplo, é o CBA3200 PLM, desenvolvido e fabricado pela Auteq, que permite reduzir custos por meio do controle do consumo de combustível; consumo de peças e mão de obra de manutenção; tempo do veículo parado por baixa produtividade do operador/motorista, por falhas de logística ou por acidentes e tempo gasto com registro de informações do campo e erro nestes registros. O CBA 3200 PLM tem como principal característica eliminar a operação de coleta das informações dos computadores de bordo da frota de forma manual, atuando como um posto de coleta móvel, daí o sufixo PLM em seu modelo. O equipamento geralmente é instalado em um caminhão comboio e desta forma enquanto o comboio presta serviços no campo, normalmente de abastecimento dos veículos na frente de trabalho, o PLM aproveita para coletar automaticamente os registros dos computadores dos veículos de uma frente, via Wi-Fi, eliminando a necessidade de coleta de dados via PDA, simplificando enormemente o trabalho de obtenção das informações. A transferência dos registros coletados

para o banco de dados é realizada no posto de abastecimento. Para isso, o equipamento conta com 4 Gb de memória não volátil e coleta totalmente automática, via Wi-Fi. A funcionalidade aproveita o tempo de parada para abastecimento para fazer a coleta e proporciona confiabilidade da informação. Adicionalmente o CBA3200 PLM possibilita o registro de todos os excessos em relação aos parâmetros de operação predefinidos pelo cliente; emissão de nota de avaliação de cada motorista/operador, o que geralmente condiciona a remuneração variável dos motoristas e operadores; registro eletrônico semiautomático do certificado eletrônico de carga; consistência de informações registradas no campo em dois níveis, contra tabelas do cliente de valores válidos e consistência situacional (comparação do status informado, atividade ou motivo de parada, contra a informação coletada pelos sensores). O CBA 3200 PLM possui entrada para 16 sensores; GPS interno de 50 canais; comunicação Wi-Fi e GPRS; conectividade Can e RS232; quatro saídas para atuadores; teclado numérico de 20 teclas; e display gráfico com resolução de 128 x 64 pixels transflectivo com backlight. O equipamento é totalmente vedado à prova de água e poeira e resistente à vibração e trepidação, características essas herdadas do CBA 3200. (FPM)

Sistemas de gestão favorecem o aumento da produtividade Nos últimos anos, com a ampliação da capacidade de produção de todas as unidades industriais, acompanhada de uma necessidade cada vez maior de aumento de produtividade e redução de custos para se manter a competitividade, tornou-se imperativo o uso de ferramentas de gestão que permitam não só informar situações e ocorrências em tempo real, mas também permitir a tomada de decisões no mínimo espaço de tempo possível. Há muito tempo a informática fornece ferramentas adequadas a tratar de grande quantidade de dados, incluindo estratégias de ação pré-definidas, que consistem nos chamados SIG – Sistemas Integrados de Gerenciamento. No entanto, foi somente com o avanço da microeletrônica, produzindo processadores mais potentes e o advento dos sistemas baseados na arquitetura cliente/servidor, tornando os custos desses sistemas mais baixos e funcionais, que foi possível generalizar seu uso. A adoção desses sistemas permitem várias vantagens organizacionais, como: eliminar interfaces manuais, agilizar o fluxo e a qualidade das informações, eliminar atividades duplicadas, facilitar o processo de gerenciamento e decisão, reduzir o “lead-time” e suas incertezas, e ainda incorporar práticas pré-definidas em seu código. Assim, nos dias de hoje, é impensável a gestão de qualquer empreendimento sem essas ferramentas. No caso das usinas, seu uso pode ser dividido, a grosso modo, em três áreas:

administrativa, industrial e agrícola. Especificamente na área agrícola os desafios de gestão são enormes, envolvendo a identificação das áreas quanto aos tipos de solo e declividade, manejo varietal, tratos culturais, colheita. Os procedimentos de colheita, como corte, carregamento e transporte detém grande importância, pois representam aproximadamente 25% dos custos totais de produção. Além disso, a correta operação da indústria é dependente do fluxo constante de matériaprima, no caso a cana-de-açúcar, para que também possa ter uma performance correspondente à produtividade desejada. O correto equacionamento através da gestão dos recursos existentes, como máquinas e mão de obra, são fundamentais para o sucesso da operação, que envolve várias frentes ao mesmo tempo e em situações de trabalho diferentes. Isto se torna mais evidente ainda com a crescente adoção da mecanização da lavoura, com suas múltiplas máquinas e necessidades logísticas. Focando essas necessidades, várias empresas tem atuado no sentido de fornecer softwares específicos para essas atividades, possibilitando uma gestão eficaz dos recursos disponíveis na usina. Para que esse trabalho seja consistente, é importante que os programas utilizados para cada área de atividade sejam capazes de se comunicar entre si, permitindo uma total integração. (FPM)

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Mudança de ambiente com mecanização seleciona pragas FULVIO PINHEIRO MACHADO, DE

SÃO CARLOS, SP

CONSULTOR

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JORNALCANA

A cultura da cana-de-açúcar, tal como outros produtos agrícolas, está sujeita a uma série de variáveis para que se tenha a produtividade adequada ao longo de todo o ciclo útil da planta, que no caso da cana se estende por várias safras. Algumas das condições necessárias ao pleno desenvolvimento da planta, como solo, necessidade de nutrientes, condições hídricas satisfatórias e manejo podem ser alteradas de forma a satisfazer os requisitos da planta. No entanto, outras, podem ser eventualmente previsíveis, mas de difícil controle, como é o caso das variações climáticas que podem variar significativamente, favorecendo a lavoura em determinadas circunstâncias ou prejudicando em outras. Assim, para se obter uma excelente produtividade, todos esses fatores devem ser levados em conta na gestão da lavoura, como também a escolha de variedades que se prestem às condições existentes na região de cultivo. Além desses aspectos, um outro fator que requer muita atenção, é a ocorrência de pragas e doenças, pois qualquer descuido ou falta de atenção pode resultar em severos prejuízos pela diminuição da produtividade, que no caso de ataques severos, podem influenciar negativamente não só a colheita presente, mas também todas as futuras, pela diminuição das plantas produtivas por área. Uma das pragas de maior incidência e bastante conhecida é a broca-da-cana, cujas larvas ao adentrar aos colmos, facilitam a

A palhada é um excelente abrigo para diversas pragas

incidência de doenças como a Podridão Vermelha e pragas secundárias resultando em grandes prejuízos. Muito embora haja um constante esforço em selecionar por melhoramentos ou métodos genéticos variedades que possam ser resistentes a várias doenças e pragas é pouco provável que se consiga um leque adequado de variedades que possam ser

resistentes a todas as doenças e pragas, afirmou Leila Dinardo, pesquisadora do IAC em palestra realizada no “Encontros Fermentec”. Mais recentemente, a aceleração da mecanização em substituição a queima da palha para se fazer o corte manual, embora vantajosa na maioria dos aspectos, teve como resultado uma grande mudança no

ambiente no canavial. Com essa alteração das condições, determinadas pragas se viram favorecidas em detrimento de outras. Como exemplo, a palha resultante do corte mecanizado proporciona um habitat favorável a várias pragas, entre elas o Sphenophorus levis, que tem se destacado pela facilidade com que se propaga e pela dificuldade de seu controle.

Sphenophorus traz prejuízos para a cana Também conhecido como o bicudo da cana-de-açúcar, o Sphenophorus levis é uma importante praga dos canaviais no estado de São Paulo. As larvas desse inseto destroem o rizoma da planta, causando grandes prejuízos para a produtividade, além de reduzir a longevidade do canavial. Atualmente o Sphenophorus está distribuído em mais de 40 municípios, incluindo as regiões Central (Araraquara, São Carlos, Jaú, etc.); Sul (Assis, Ourinhos); Nordeste (Pradópolis) e Leste (Leme, Pirassununga, Araras, São João da Boa Vista, Santa Cruz das Palmeiras, etc.), estando portanto em praticamente todas as regiões de cultivos de cana-de-açúcar do estado de São Paulo. Os danos na lavoura são causados pelas larvas que se abrigam no interior do sistema radicular da cana e danifica os tecidos. Esta também é a razão da dificuldade de controle do inseto, uma vez que abaixo do nível do solo está protegido dos defensivos. A cama de palha deixada pela colheita mecânica também fornece um excelente abrigo para o inseto,

Sphenophorus é uma praga de difícil controle

diminuindo ainda mais sua exposição aos defensivos. Como consequência pode ocorrer a morte da planta e falhas nas brotações das soqueiras, causando perdas significativas. Os ataques seguidos nas áreas de soqueiras e a consequente redução do

stande da cultura ocasionam perdas cumulativas nos cortes, obrigando a reformas precoces do canavial, que muitas vezes não passam do segundo corte. O Sphenophorus tem uma capacidade de voo restrita, portanto é possível que a dispersão do inseto a longas

distâncias seja através das mudas obtidas em local já infestado, principalmente em período recente, quando a necessidade de rápida expansão dos canaviais, fez com que produtores lançassem mão de mudas que provavelmente não tinham sanidade adequada. Por essa razão, uma das técnicas de controle dessa praga é o plantio de mudas reconhecidamente sadias ou o uso de mudas pré-brotadas como as MPB do IAC. A expansão da praga para talhões vizinhos é possível também, uma vez que os adultos caminham lentamente possibilitando a sua dispersão se não forem tomadas medidas de controle. Para controlar a incidência do Sphenophorus tem sido recomendado um conjunto de medidas que consiste na destruição mecânica da soqueira na época apropriada, o uso de iscas tóxicas, a manutenção da área destruída livre de vegetação hospedeira por um período prolongado e o plantio com aplicação do princípio ativo Fipronil. Uma outra técnica de controle é a biológica, através de nematóides que possam parasitar o inseto. (FPM)


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Aumento da produtividade depende do uso da irrigação

Vinícius Costa: volume de água muito concentrado traz problemas

Má distribuição de chuva desenha mapa do déficit hídrico Temperaturas elevadas, inclusive no inverno, e radiação solar podem agravar situação que atinge diferentes regiões RENATO ANSELMI, FREE

DE

LANCE PARA O

CAMPINAS, SP

JORNALCANA

Não é possível obviamente, para qualquer pessoa, sobreviver sem água. O consumo excessivo por alguns dias não compensa a carência absoluta em outros períodos. A mesma lógica se aplica à necessidade hídrica das plantas. A falta de água, em determinados períodos, pode comprometer o desenvolvimento delas e ter grande impacto nos custos da produção agrícola. Por isso, a irrigação – de salvação, suplementar ou plena – torna-se uma ferramenta importante para a gestão da produção. O elevado déficit hídrico, que afeta diversas áreas de cana, não está associado somente à quantidade de chuva, esclarece o engenheiro agrônomo Vinícius Costa, gerente de negócios da IRZ, empresa de consultoria para projetos na área de irrigação da Lindsay Corporation. Estados do Centro-Oeste, como Goiás

e Mato Grosso, e de outras regiões chegam a registrar 2000 mm de chuva por ano, constata. Mas, isto acaba não sendo suficiente para atender as necessidades da cultura de cana-de-açúcar, apesar de ser um índice pluviométrico superior ao de Piracicaba, SP – exemplifica – que é de 1300 mm, em média. O problema no Centro-Oeste está na má distribuição da chuva, avalia Vinícius Costa. Segundo ele, esse volume é muito concentrado, em alguns lugares, entre novembro e fevereiro, principalmente em janeiro e fevereiro. “E, depois nessas regiões, vários meses ficam sem uma gota de chuva”, enfatiza. Na região canavieira de Ribeirão Preto ocorre geralmente uma chuva no meio do ano, compara. É necessário considerar também o fator temperatura. No Centro-Oeste há muita radiação inclusive no inverno que não é tão frio como no estado de São Paulo, observa o gerente da IRZ Lindsay. Segundo ele, o Centro-Oeste tem uma temperatura muito mais elevada e radiação solar disponível por um período maior, durante o dia, em relação a polos canavieiros paulistas. Em São Paulo, há também radiação solar, porém a temperatura mais baixa cria melhores condições para o desenvolvimento da planta – comenta. A evapotranspiração, nessas condições, tornase menos drástica mesmo sem chuva. Um mix formado por distribuição

irregular de chuva, temperaturas elevadas durante o ano, inclusive no inverno, e radiação solar acaba contribuindo para que uma região tenha alto déficit hídrico, ressalta Vinícius Costa. Além de áreas do Centro-Oeste brasileiro, outras regiões enfrentam problemas com o déficit hídrico por causa da concentração da chuva em poucos meses, como os tabuleiros costeiros no Nordeste. A situação vai piorando nas regiões mais distantes de São Paulo. “O Sul de Goiás é um pouco pior do que o Noroeste paulista. Em direção ao Norte de Goiás, Tocantins e Nordeste brasileiro, a condição de produção por causa do déficit hídrico vai se agravando gradativamente”, diz. Mas, os problemas não se restringem a esses locais. Parte de Mato Grosso do Sul, apesar de ter geadas no inverno, enfrenta transtornos também causados por veranicos, afirma. “Na região de Presidente Prudente, em São Paulo, seguindo para Mato Grosso do Sul até a divisa com Mato Grosso, há deficiência hídrica causada por má distribuição de chuva durante o verão, formando os chamados veranicos”, detalha. No semiárido nordestino, a situação ainda é mais complicada, porque não há nessa região nem a chuva irregular, que ocorre nos tabuleiros costeiros, destaca Vinícius Costa, ao descrever diversos locais do mapa do déficit hídrico das regiões canavieiras do Brasil.

A mudança da produtividade da canade-açúcar para um patamar mais elevado, que facilite as unidades sucroenergéticas a pagarem suas contas, será possível somente com a irrigação, associada a outros fatores agronômicos, opina Vinícius Costa. É comum uma usina com cultura de cana de sequeiro em Goiás – exemplifica –, ter uma produtividade de 70 toneladas por hectare (TCH). De acordo com ele, esse resultado pode não ser suficiente para as unidades sucroenergéticas arcarem com seus custos de produção que inclui, entre outros itens, as despesas com a mecanização. Pensando no ambiente irrigado, é preciso que haja uma distribuição adequada de variedades, da mesma maneira que este procedimento deve ser adotado para a cultura de sequeiro, enfatiza. O gerente de negócios da IRZ Lindsay diz que não existe ainda um programa de melhoramento genético para o desenvolvimento de material voltado exclusivamente para área irrigada. Segundo ele, instituições de pesquisa estão começando a pensar nessa possibilidade. “Mas, o grande foco é cana de sequeiro”, observa. Existem hoje poucas opções de variedades adaptadas até mesmo para sequeiro, voltadas para as novas fronteiras de cana, o que inclui regiões do Centro-Oeste brasileiro. A tendência é o aumento do desenvolvimento de material para essas áreas. As áreas irrigadas de cana exigem também um melhor manejo de pragas e doenças. Nesses ambientes, a cana é mais saudável e por isso fica mais “palatável” ao ataque de insetos. Há ainda falta de conhecimento sobre o manejo da irrigação, afirma. Além de adicionar a água e controlar pragas e doenças de maneira eficiente, é preciso melhorar a adubação, evitar a compactação do solo, trabalhar a colheita mecanizada com menor velocidade das máquinas, principalmente nos primeiros anos, detalha Vinícius Costa. Outro aspecto a ser considerado é a escolha de variedades que não tenham sérios problemas de tombamento e por isso facilitam a colheita. “Se não for feita a lição de casa em relação ao fator agronômico, a irrigação não dá o resultado esperado”, ressalta. Para que ocorra o crescimento da cultura de cana no Centro-Oeste – destaca –, existe a necessidade de um sistema de irrigação. De acordo com ele, pode não haver necessidade de uma área ser irrigada o tempo todo. “Mas, em alguns momentos em que o déficit hídrico impacta na produtividade, como no final de safra em Goiás, apesar de existirem problemas em outros períodos, a irrigação torna-se muito importante”, exemplifica.


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Projeto deve levar em conta a necessidade de cada área Com alta eficiência e facilidade de operação, pivô central é considerado uma das melhores opções para a irrigação de canaviais O projeto na área de irrigação deve levar em conta o nível de deficiência hídrica em uma área específica, o período do ano em ocorre esse problema, entre outros fatores, observa Vinícius Costa. Existem atualmente estudos que conseguem definir, com modelagem, qual é a produtividade esperada para uma determinada cobertura deste déficit, revela. Na hora de escolher o sistema de irrigação, a questão topográfica e a disponibilidade hídrica são aspectos importantes que devem ser considerados, afirma o gerente de negócios da IRZ Lindsay. Para ele, as melhores opções são tecnologias modernas, como o pivô central e as suas variantes, além do gotejamento. Em decorrência da robustez, o pivô é uma boa indicação para diversas áreas, afirma. “O gotejamento tem o espaço dele. Mas, é

Marcus Schmidt, adepto do pivô central com irrigação plena

mais exigente em relação ao manejo”, compara. Na avaliação de Vinícius Costa, o pivô tem melhor adaptação ao dia a dia da usina, que conta com trabalho intenso e grande movimentação de máquinas nas

áreas de cana. “Esse sistema apresenta alta eficiência e fácil operação”, diz. O aumento de produtividade proporcionado pelo pivô central é de 30% a 70% em média, dependendo do projeto, das lâminas aplicadas, manejo da lavoura,

Gotejamento subterrâneo reduz custo de produção Apesar de ter um custo de implantação mais elevado em relação a outras tecnologias, a irrigação por gotejamento subterrâneo também é considerada uma opção interessante para áreas com elevado déficit hídrico. “Esse sistema reduz o custo de produção do canavial”, afirma o engenheiro agrônomo Daniel Pedroso, do Departamento Agronômico da Netafim. Isto ocorre devido à possibilidade de utilização dos tubos gotejadores do sistema para aplicação de nutrientes e da vinhaça por meio da fertirrigação, além de inseticidas, nematicidas, substâncias húmicas, hormônios de crescimento, informa Daniel Pedroso. O uso eficiente e uniforme de água e nutrientes em toda área e ciclo da cultura gera diversos benefícios. Um deles é o aumento significativo da longevidade da lavoura, que chega a pelo menos dobrar, passando de 5 para 10 cortes, destaca o engenheiro agrônomo. Em alguns casos na região Nordeste, canaviais alcançaram 15 cortes e produtividade acima de 100 TCH para plantações com mais de 10 cortes, revela. Com irrigação e fertirrigação por gotejamento, o rendimento agrícola pode chegar de 140 a 160 toneladas de cana por hectare, dependendo das condições agroclimáticas, a duração do período vegetativo e variedade. Essa tecnologia possibilita a redução de gastos com mão de obra que geralmente eleva os custos de outros sistemas, observa Daniel Pedroso. Segundo ele, o gotejamento é uma excelente alternativa para regiões com elevado déficit hídrico, localizadas principalmente no Nordeste e em estados do Centro-Oeste. “É uma tecnologia que veio para ficar”, ressalta. As usinas Japungu, de Lucena, PB, e Seresta, de

Daniel Pedroso: sistema reduz o custo de produção do canavial

Teotônio Vilela, AL, com áreas irrigadas por gotejamento em torno de 4.000 hectares cada uma, são alguns exemplos de sucesso da utilização dessa tecnologia no país, de acordo com o agrônomo.

avalia. Em casos mais específicos, os benefícios chegam a ser ainda maiores. Uma usina do Nordeste teve a produtividade – exemplifica – de 45 TCH de uma área de sequeiro ampliada para 120 TCH com o uso da irrigação. As melhores alternativas de irrigação, considerando sistemas mecanizados, são pivô central, pivô central rebocável nos sistemas lineares, opina o engenheiro agrícola Marcus Schmidt, supervisor regional da Valmont/ Valley. Para as áreas com elevado déficit hídrico, ele recomenda o uso de pivô central com irrigação plena. Em relação ao consumo de água, Marcus Schmidt destaca que o equipamento trabalha com emissores com ultra baixa pressão. “Com isto, é possível conseguir eficiência na aplicação de água em torno de 95% e economia de energia”, ressalta. A possibilidade de uso do pivô central na aplicação da água residuária da indústria e da vinhaça é outra vantagem proporcionada por esse equipamento. A Valmont tem inclusive uma linha de produto específica, a Poly-Span, para essa finalidade. “Os tubos são revestidos por polietileno para que não ocorra desgaste provocado por líquidos mais agressivos”, informa.

Avaliação do sistema precisa incluir benefícios indiretos A procura pelo sistema de irrigação com pivô central tem sido grande, apesar do momento de dificuldades do setor sucroenergético, de acordo com Marcus Schmidt. “O que está travando a implantação de novos projetos é a questão ambiental, incluindo a outorga de água e a liberação da supressão de árvores, mesmo as usinas assumindo o compromisso da realização do replantio em outras áreas”, relata. Na hora de avaliar os benefícios proporcionados por esse equipamento – e pela irrigação de maneira geral –, não deve ser considerado somente o incremento de produtividade em tonelada por hectare. “Talvez, a conta não feche”, observa. Nesta análise da relação custo-benefício é preciso incluir a maior quantidade de produto final (etanol e açúcar) e outros efeitos positivos indiretos, diz. “Com a obtenção de maior produtividade, a usina está deixando de arrendar terra”, exemplifica. A maioria das grandes unidades e grupos sucroenergéticos adota essa prática – enfatiza. A diminuição do custo da terra arrendada abrange também a redução de gastos com o preparo dessa área para o cultivo e os procedimentos necessários para a produção de cana, como adubação, tratos culturais, plantio, colheita, entre outros. “Essas terras geralmente são mais distantes da usina. Em consequência disso, há também uma diminuição do custo do Corte, Carregamento e Transporte (CCT)”, comenta. Segundo ele, pouquíssimas usinas e grupos chegam a esse detalhamento, considerando os benefícios indiretos da irrigação. A lavoura irrigada produz uma cana de melhor qualidade em relação ao teor de fibra, observa. “Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a maior longevidade do canavial irrigado”, diz.


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Tecnologia é importante para canaviais sem déficit elevado Estados do Centro-Sul, que não têm esse problema, também dão resposta econômica positiva à irrigação É preciso desmitificar que a irrigação é importante somente para áreas com elevada deficiência hídrica, afirma o engenheiro agrônomo Marcelo Ferrero, diretor geral da Raesa Brasil que trabalha com o sistema “Alas Móveis”. De acordo com ele, em estados do Centro-Sul, que não têm problemas de déficit hídrico, costuma circular uma informação equivocada de que esses locais não respondem economicamente à irrigação. “Isto não é verdade. Fizemos um experimento em 2012 em uma usina de um dos maiores grupos do setor, na região de Ribeirão Preto, SP. Foi utilizada uma lâmina de 60 mm no pós-corte. Houve a colheita de 15 toneladas a mais, a um custo de 5 toneladas”, relata. De acordo com ele, os benefícios desse resultado são relevantes, pois a Irrigação não pode ser vista somente como fator de aumento de produtividade. “Essa tecnologia é um excepcional instrumento para redução de custo”, enfatiza. Se forem obtidas 10 ou 15 toneladas a mais em áreas próprias, próximas a usinas, em solos melhores, é possível excluir o arrendamento de terras em locais distantes, com solos mais pobres e produtividade mais baixa, avalia. Em consequência disso, ocorre a diminuição de custos por causa de diversos itens que acabam sendo eliminados: o elevado preço de arrendamento de terras

em determinados locais, como no estado de São Paulo; gastos com as operações do Corte, Carregamento e Transporte (CCT) para essas áreas mais distantes, além de despesas com adubação, tratos culturais, mão de obra, entre outras. “Hoje em dia, não se consegue reduzir custos, de uma forma tão rápida, com o uso de uma tecnologia como a da irrigação”, enfatiza. A utilização da irrigação nas áreas com déficit hídrico também é preponderante, afirma Marcelo Ferrero. “Se a usina tem produtividade média de 50 TCH e precisa colocar na indústria 3 milhões de toneladas de cana, a área necessária para a produção desse volume é

muito maior em relação a uma área de cana com rendimento de 90 TCH”, compara. A questão do custo do arrendamento de terras é um problema para o canavial em qualquer situação, com maior ou menor proporção, tanto para área com deficiência severa – ou não –, afirma. Segundo o diretor da Raesa, em relação a investimentos para a implantação de um sistema de irrigação pode não haver diferença significativa entre uma área com elevada deficiência hídrica e outra região que não apresenta essa condição. “É preciso usar muito mais água para elevar a produtividade em 40 TCH em relação ao aumento do rendimento em 15 TCH”, diz.

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Versatilidade é um dos diferenciais do sistema Alas Móveis A realização de ensaios com irrigação, nas condições próprias de cada unidade, é muito importante para as usinas visando a gestão eficiente do sistema, afirma Marcelo Ferrero. A irrigação de cana começou a ser mais discutida, mais analisada, observa. Se a diretoria de uma usina solicitar dados referentes ao uso dessa tecnologia, profissionais da área de irrigação devem ter números para demonstrar os benefícios proporcionados pela tecnologia e também o prazo de amortização dos investimentos, comenta. Os ganhos provenientes da irrigação são geralmente significativos, como demonstra experimento realizado na Usina Santa Vitória, de Santa Vitória, MG, que avaliou o sistema Alas Móveis, da Raesa. Houve a aplicação de 4 lâminas de 60 mm cada, o que totalizou 240 mm, em uma área de 3.500 hectares. O aumento da produtividade alcançou 34 toneladas por hectare em relação à testemunha que obteve um rendimento de 62 TCH, compara Marcelo Ferrero. Com três anos no mercado, a tecnologia Alas Móveis é utilizada em 75 mil hectares de cana no país, informa. “É o sistema que foi mais vendido no Nordeste nos últimos três anos. Nessa região, há uma cultura de irrigação mais arraigada do que no Centro-Sul. O produtor nordestino entendeu essa tecnologia com maior facilidade”, afirma. Segundo ele, um dos diferenciais desse sistema é a versatilidade. “Pode ser utilizado para cana soca, cana alta”!, diz. Apresenta também facilidade de deslocamento, podendo ser usado inicialmente – exemplifica – em uma determinada área, e, posteriormente, pode ser utilizado para irrigar outro talhão, conforme a gestão hídrica da usina.


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Alexandre Andrade Lima é o Líder do Ano no Nordeste Presidente da Unida e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco teve atuação destacada DA REDAÇÃO

O produtor de cana, presidente da Unida – União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar e da AFCP – Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, recebeu o Prêmio MasterCana Nordeste no último dia 26 de novembro, no Recife, como Líder do Ano. O dirigente está à frente dos produtores de cana nordestinos e tem conseguido direcionar o poder político de abrangência nacional e regional para obter vitórias importantes. Tanto é que o caminho entre Pernambuco e Brasília ficou pequeno para Lima que se deslocou diversas vezes para acompanhar e levar as reivindicações dos produtores atingidos pela maior seca dos últimos 50 anos. Entre suas idas e vindas acompanhou de perto a votação em prol da subvenção aos produtores nordestinos, inclusive dialogando com deputados e senadores. Junto com presidentes das associações dos produtores nordestinos

reivindicaram ações hídricas estruturantes do governo federal para evitar novos prejuízos com secas futuras. Trabalhou para sensibilizar deputados e senadores para votarem a derrubada dos vetos do governo federal à Lei 12.844 (Lei da renegociação das dívidas rurais). Acompanhou o leilão da Usina Manoel Costa Filho e teve importante participação no processo. Em parceria com o governo do Ceará, disponibiliza caminhões e equipamentos e máquinas para transportar caminhões de cana da Usina para complementar a alimentação do gado, que tem sofrido com a seca na região. Levou junto com outros dirigentes as reivindicações de prejuízos da seca ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Pleiteou por meio da AFCP junto com o Sindicape um plano de recuperação dos canaviais. Além da vitória por meio da ação judicial coletiva, solicitada pela AFCP, em 2010, onde os fornecedores nordestinos de cana foram autorizados a receber do governo federal a importância financeira cobrada indevidamente na folha de pagamento do setor desde 2005. Estes e outros trabalhos beneficiaram os produtores de sua terra Natal, ao qual fala com tanto orgulho. A partir desta página e até a página 57, o JornalCana publica a cobertura completa do evento em Recife.

Líder do ano: Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida e da AFCP

HALL DA FAMA É DEZ! — Dez personalidades foram homenageadas no Hall da Fama do Prêmio MasterCana Nordeste, no Recife. São eles, em sentido horário: Luiz Magno Epaminondas Tenório de Brito, diretor geral do Grupo Carlos Lyra; José Alexandre Bezerra Meireles, engenheiro agrônomo; Henrique Queiroz, deputado estadual; Djalma Euzébio Simões Neto, presidente da Stab Setentrional; Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP; José Aluísio Lessa, secretário de articulação social e regional do Governo do Estado de Pernambuco, Gerson Carneiro Leão, presidente do Sindicape – PE, Renato Augusto Pontes Cunha, presidente do Sindaçúcar – PE; Reginaldo Duarte, coordenador da unidade TGM no Nordeste; Guilherme Farias, representando Eduardo José Farias, presidente do Grupo Farias e Josias Messias, presidente da ProCana Brasil, anfitrião do evento


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HALL DA FAMA HALL DA FAMA HALL DA FAMA

EMPRESÁRIO DO ANO: Philippe Meeus, diretor presidente

PROFISSIONAL DO ANO – GESTÃO EMPRESARIAL:

PROFISSIONAL DO ANO - ÁREA FINANCEIRA: Bruna Maria

do Grupo Tabu

Roberto de Souza Leão, executivo do Grupo Tabu

Guerra de Farias Câmara, diretora executiva Grupo Farias

Oriundo do trading internacional de etanol e na contramão

O grupo belga Alcotra BioEnergy está à frente da Destilaria

Bruna Farias é graduada em Administração de empresas

dos investimentos do setor, que se concentraram na região

Tabu, que tem sede na Paraíba e atende as principais

pela Universidade de Pernambuco e possui MBA em

Centro/Sul, Philippe Meeus decidiu investir no nordeste,

capitais do Nordeste. Com a mudança societária iniciada em

Finanças pelo IBMEC. Assumiu a Diretoria Executiva do

adquirindo a destilaria Tabu, na Paraíba. Agora, Meeus

2007, a operação chega ao fim com o grupo tendo 100% do

Grupo Farias em 2012, com 12 anos de experiência no setor

defende a sustentabilidade do etanol no Nordeste com

comando da produtora de álcool carburante e especial extra

sucroenergético.

objetivo de organizar a união dos produtores para ganhar o

fino. A aquisição proporcionou uma gestão mais

preço do anidro na paridade da gasolina e remunerar o

profissionalizada, tendo foco na produtividade, redução de

setor de forma apropriada.

custos e comercialização otimizada do produto.

PROFISSIONAL DO ANO - ÁREA COMERCIAL: Francisco

DESTAQUE INSTITUCIONAL: Sindaçúcar – PE, representado

MASTERCANA DESEMPENHO - SAÚDE E SEGURANÇA NO

Vital Alves da Silva, gerente comercial da S/A Usina

por Renato Augusto Pontes Cunha, presidente

TRABALHO: S/A Usina Coruripe Açúcar e álcool,

Coruripe

O Sindaçúcar atua no desenvolvimento do setor

representada por Fábio Moniz, Diretor de RH

Francisco Vital é formado em Ciências Contábeis e pós-

sucroenergético de Pernambuco através da assistência a 16

A segurança é um valor para a Usina Coruripe. De 2012 para

graduado em Gestão Estratégica de Marketing e trabalha na

usinas associadas, visando o melhoramento tecnológico,

2013 houve uma redução de 221% nos acidentes com

Usina Coruripe há mais de 30 anos. À frente da Diretoria

humano e social do setor. Recentemente, o Sindaçúcar de

afastamentos, consequência da forte conscientização de

Comercial desde abril, Vital é um dos principais

Pernambuco destacou por reinserir a subvenção industrial

uso de EPI e de uma mudança na cultura da empresa, que

responsáveis por manter a empresa focada nos resultados

para o etanol através da lei 12.865.

inclui iniciativas como as Sipat - Semanas Internas de

positivos.

Prevenção de Acidentes no Trabalho e no Trabalho Rural.

MASTERCANA DESEMPENHO - INOVAÇÃO

MASTERCANA DESEMPENHO - RESPONSABILIDADE SOCIAL:

MASTERCANA DESEMPENHO - PRESERVAÇÃO

AGROINDUSTRIAL: GranBio S/A, representada por Leandro

Grupo Carlos Lyra, representado por Marta Luciana Sampaio Mathias

AMBIENTAL: Usina Trapiche, representada por Cauby

Takano Sader, coordenador de produção da BioFlex 1,

dos Santos, Gerente de Gestão de Pessoas.

Pequeno Figueiredo Filho, assessor técnico corporativo do

planta da GranBio em São Miguel dos Campos, AL — A

Marta, que completou 30 anos de trabalho na Usina Caeté é

Grupo Serra Grande e responsável pela área ambiental das

GranBio constrói a primeira planta industrial de etanol

considerada admirável pela equipe e desenvolve um trabalho de

Usinas Trapiche e Serra Grande

celulósico do Brasil e aposta em pesquisas para crescer. Em

extrema importância para o bom funcionamento da empresa. A

Situada em uma área de 31 mil hectares, estão sob os

menos de um ano, os pesquisadores já realizaram mais de

Caeté mantém desde a década de 60 no município de São Miguel

cuidados da Trapiche mais cinco mil hectares de mata

100 mil cruzamentos entre germoplasmas de cana, tendo

dos Campos, a Escola Conceição Lyra, oferecendo diversos

atlântica e três mil hectares de manguezais. A área tem 21%

como objetivo desenvolver uma variedade capaz de suprir

benefícios aos alunos, tais como :Merenda Escolar, Banco de Livros,

de mata preservada e 6% de mangues constantemente

as necessidades para a produção de etanol celulósico.

Feira de Livros/Exposição Literária, Transporte Escolar, Laboratório

vigiados. Devido à proteção da floresta, das matas ciliares e

de Informática e Projetos Ambientais. Cerca de 15 mil alunos

manguezais, a Trapiche recebeu no ano passado a Medalha

participaram do processo educacional da referida instituição e,

Leão do Norte da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

atualmente, encontram-se matriculados 468 estudantes.


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HALL DA FAMA HALL DA FAMA HALL DA FAMA

MASTERCANA DESEMPENHO - INOVAÇÃO NA GESTÃO

FORNECEDOR MAIS INDICADO - ÁREA INDUSTRIAL -

ELÉTRICA/AUTOMAÇÃO - SERVIÇOS / ADMINISTRATIVA –

AGRÍCOLA: Agrocan - Cooperativa do Agronegócio da Cana-

PRODUTOS E INSUMOS: Sherwin Williams, representada

SERVIÇOS: CPFL Energia e Serviços, representada por Luiz

de-açúcar, representada por Gerson Carneiro Leão,

por Francisco Carlos Mendonça Silva, gerente regional de

Eduardo Cardozo, gerente de negócios da CPFL Serviços; e

presidente do Sindicape

vendas Sherwin-Williams

Luis Ricardo Vargas, gestor de comercialização da CPFL Brasil

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - ÁREA INDUSTRIAL:

FORNECEDOR MAIS INDICADO - ÁREA INDUSTRIAL -

FORNECEDOR MAIS INDICADO - ÀREA

Engclarian, representada por Silvio Bezerra, gerente da filial

PRODUTOS E INSUMOS: GE Power & Water, representada

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE: Compu-Software,

nordeste

por Antonio Gomes Alves, gerente regional Norte-Nordeste

representada por Edson de Carvalho, diretor presidente e

da GE Power & Water

José Antonio de Mello, diretor comercial

FORNECEDOR MAIS INDICADO - ÁREA INDUSTRIAL -

FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

PRODUTOS E INSUMOS QUIMICOS: Coremal,

PRODUTOS E INSUMOS: Usifértil, representada por

PRODUTOS E INSUMOS: Arysta, representada por Diego

representada por Marcelo Maia, diretor comercial

Edmundo de Moura Leite Filho, presidente

Rafael Cavalcante de Lima e Silva Consultor Técnico Comercial

FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

PRODUTOS E INSUMOS: Syngenta, representada por

PRODUTOS E INSUMOS: Fertine, representada por

PRODUTOS E INSUMOS: UPL do Brasil, representado por

Otávio Euzébio, gerente de venda da Syngenta Cana

Edmundo de Moura Leite Filho, presidente

Múcio Novaes, representante comercial


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HALL DA FAMA HALL DA FAMA HALL DA FAMA

EXECUTIVO DO ANO: Jucelino Sousa, diretor presidente da

MASTERCANA DESEMPENHO - EDUCAÇÃO E

MASTERCANA DESEMPENHO - AUTOMAÇÃO E CONTROLE

Usina Coruripe

DESENVOLVIMENTO: Usina Petribú S/A, Daniela Petribú

DE PROCESSOS: Agrovale, representada pelo engenheiro,

Economista e químico, Jucelino tem larga experiência no

A Petribu procura oportunizar a todos os colaboradores o

Leozildo Pereira Pedrosa, superintendente industrial

segmento de distribuição de combustíveis e trabalhou 15

desenvolvimento profissional e pessoal, com a participação

A Agrovale foi uma das pioneiras no processo de

anos à frente da Alesat. Em janeiro deste ano, Jucelino

em atividades como sessões de cinema, treinamentos,

automação na região nordeste e conta com praticamente

assumiu a Presidência da Usina Coruripe com a missão de

debates, gincanas e responsabilidade social, como o

todo seu parque industrial automatizado, utilizando

implantar um novo conceito de governança, mais moderno,

"Cozinha Brasil", que ensina a preparar pratos saudáveis

tecnologia de comunicação via rede devicenet, desde a

transparente, arrojado, focado na meritocracia, no respeito

com qualidade e sabor, gastando pouco.

recepção de cana até o final do processo e ensaque do

ao cliente e nos resultados. Tudo com o objetivo de produzir

açúcar, com a utilização de ensacadoras, empacotadoras e

mais, gastando menos.

aquisição de enfardadeiras que possuem controle de peso.

MASTERCANA DESEMPENHO - GESTÃO JURÍDICA: Usina

MASTERCANA DESEMPENHO – BIOENERGIA: Grupo JB

MASTERCANA DESEMPENHO – IRRIGAÇÃO: CIA Usina

União e Indústria – PE, representada por Ana Cecília

Açúcar e Álcool Ltda., representada por Carlos Alberto

São João – PB, representada por Eduardo Ribeiro Coutinho,

Bezerra de Meirelles Mafra, Diretora Jurídica

Lacerda Beltrão, diretor

diretor presidente

Ana Cecília Bezerra de Meirelles Mafra é formada pela

O Grupo JB é reconhecido pela diversificação de produtos e

A Cia. Usina São João inova o conceito de Irrigação plena

Universidade Católica de Pernambuco, pós graduada em

agregação de valor à cadeia da cana-de-açúcar. Desde a safra

passando a utilizar a energia solar para alimentar seus

Direito Público e concluinte LLM em Direito Empresarial

2008, utiliza a palha da cana junto com o bagaço para mover

equipamentos de irrigação fixos e móveis. A empresa

pelo IBMEC/RJ. Começou a trabalhar na Usina União e

suas 2 termoelétricas que possuem uma capacidade instalada

desenvolveu um sistema inovador de aproveitamento de

Indústria em 2006 e atualmente exerce a funçao de Diretora

de 58,2 MW. O JB inova também pela parceria com a CETREL

energia solar, fazendo o uso de módulos fotovoltaicos e

Jurídica.

no tratamento e biodigestão da vinhaça, que gera 0,875 MW de

eletrônica de alta potência, que substitui o consumo de

bioeletricidade e segue para ser utilizada como biofertilizante.

combustíveis fósseis e eletricidade.

PATROCINADORES

TGM

HPB Simisa

Equilíbrio

Prosugar

Reginaldo Duarte, coordenador

Maurício Moisés, diretor comercial

Carlos Alberto Celeste Jorge, diretor

Marcelo Maia, diretor comercial

da unidade TGM no Nordeste


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HALL DA FAMA HALL DA FAMA HALL DA FAMA

DESTAQUE SINDAÇÚCAR/STAB - FORNECEDOR MAIS INDICADO - AGRÍCOLA/CCT -

DESTAQUE SINDAÇÚCAR/STAB - FORNECEDOR MAIS INDICADO - SERVIÇOS PARA A ÁREA

PRODUTOS E INSUMOS: Agrical, representada por Jairo Ribeiro, diretor

ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO: Emprotec, representada por Alice Velozo Guimarães Costa, diretora

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Planejamento é recurso eficaz para sobrevivência e crescimento Usina que não adota essa prática não consegue sair rapidamente de uma situação de crise RENATO ANSELMI,

DE

CAMPINAS, SP

“Sem planejamento, é como navegar sem rumo e com defeito na vela, indo ao sabor das ondas”. Com essa frase, o diretor da MBF Agribusiness, Marcos Françóia, procura demonstrar a importância do planejamento estratégico para a sobrevivência e o crescimento das empresas. Não é possível alcançar determinados objetivos – enfatiza –, caso não haja planejamento para atingi-los. As unidades e grupos sucroenergéticos que fazem planejamento estão mais preparados para enfrentar os efeitos negativos proporcionados pela crise no setor, adotando estratégias para desvio de rota sempre que houver necessidade, avalia. A situação se torna mais complicada, no entanto, para empresas com problemas de gestão, que enfrentam sérias dificuldades financeiras, como ocorre com diversas usinas e destilarias. Se não há a prática de planejamento e está na crise – afirma –, não é possível sair rapidamente da situação. “Planejar demanda se inteirar do mercado, das regras de gestão e das melhores práticas de mercado”, diz. A empresa precisa conhecer detalhadamente seus números – observa – para que possa buscar soluções sem prejudicar a qualidade e a eficiência Segundo Marcos Françóia, no 5º Congresso TMA Brasil de Reestruturação e

Recuperação de Empresas, realizado no final de novembro em São Paulo, onde reuniram-se as melhores consultorias com bancos e escritórios de advocacia, ficou claro que há dinheiro para ser investido, mas o mercado não confia nos gestores das empresas que estão em dificuldade. “Para um caso complicado, o que se

recomenda é abrir o coração e os números para uma boa empresa de consultoria com conhecimento do mercado específico, para que seja encontrada uma solução em conjunto”, propõe. A alternativa pode até ser a recuperação judicial, que em muitos casos – alerta – já passou da hora de ser adotada.

Diagnóstico precisa ser feito com maior precisão possível O diagnóstico da situação da empresa, com maior precisão possível, é determinante para a realização de um planejamento de qualidade. De acordo com Marcos Françóia, diversas unidades e grupos sucroenergéticos não têm controle de seus próprios números. “Nesse caso, uma consultoria especializada deve mapear a situação da empresa para que sejam definidas as estratégias para recuperação. Mas tudo isso passa por uma grande mudança de cultura na gestão”, comenta. Se uma empresa é bem controlada não precisa nem de diagnóstico para que seja iniciado o processo de implantação do planejamento estratégico, afirma. Há diversos fatores que devem ser considerados na elaboração do planejamento das usinas e destilarias, levando-se em conta as características peculiares da atividade sucroenergética. “A questão da boa administração dos custos é primordial nesse setor”, enfatiza Marcos Françóia. Segundo ele, com uma visão detalhada da composição dos custos muitas decisões estratégicas podem ser tomadas para a melhoria da eficiência e redução de gastos. Mas o enfoque não é só esse – diz o diretor da MBF. As decisões não devem se restringir às questões operacionais. É preciso considerar as estratégias voltadas às melhores práticas para captação de recursos e para a garantia de preços finais remuneratórios. “O planejamento estratégico deve ser elaborado com visão macro dos mercados, da política, das tendências, das boas práticas operacionais e tudo mais que possa aproximar os resultados projetados ao que de fato virá a acontecer”, afirma. Mas, nunca será possível obter – esclarece – 100% do que foi planejado.


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Monitoramento deve avaliar resultados obtidos e dificuldades É necessário fazer acompanhamento periódico para que seja realizado trabalho de correção “Apesar das dificuldades no Brasil e no próprio setor, é necessário planejar a empresa para um período mínimo de três anos”, recomenda José Darciso Rui, diretor da Caerha Consultoria. Este planejamento deve levar em consideração – afirma – metas de produção e de eficiência, custos, indicadores agrícolas, indicadores industriais, gestão de pessoas, programas voltados à sustentabilidade ambiental, entre outros itens. Não adianta, no entanto, fazer um planejamento para determinado período, sem que ocorra o acompanhamento e a avaliação de sua aplicação e dos resultados obtidos. “É preciso monitorá-lo dia a dia, semana a semana, mês a mês por meio da realização de reuniões com líderes, gerentes”, observa. O tema deve entrar em pauta também em reuniões de diretoria e de Conselho. Darciso Rui destaca a necessidade de

Integração com Tecnologia da Informação é fator importante O histórico confiável de números e dados sobre a empresa é outro fator considerado fundamental para a elaboração do planejamento estratégico. De acordo com especialistas da área, caso as informações referentes ao desempenho de unidades e grupos em diferentes áreas não sejam compatíveis com a realidade, poderá haver um comprometimento do planejamento. Nada de “maquiagem”. Quanto mais precisos forem os dados, maior a possibilidade de corrigir distorções e estabelecer metas para a recuperação e crescimento da empresa. A integração com a Tecnologia da Informação (TI) é também um aspecto importante para a elaboração de um planejamento de qualidade. Os recursos de TI viabilizam o acompanhamento, com maior segurança, de todas as metas estabelecidas e eventuais correções de rota. A grande quantidade de informações, geradas por diferentes áreas e departamentos, não pode ficar armazenadas em planilhas eletrônicas ou programas simples. (RA)

José Darciso Rui: planejamento sem acompanhamento é inócuo

se fazer um trabalho de correção, porque poderão surgir diversos problemas e dificuldades durante a execução do que foi definido previamente. “Planejar não é acertar tudo”, diz. É necessário ter ferramentas – enfatiza – de controle e acompanhamento. “Quanto mais a situação fica

complicada, maior a importância do planejamento”, comenta. Em situações de crise, aumenta a necessidade inclusive de elevar a eficiência da gestão. O planejamento estratégico é muito importante para dar uma direção, um norte de como atuar e onde atuar”, afirma. (RA)

Usinas que fazem a “lição de casa” estão se saindo bem Diversas unidades e grupos sucroenergéticos ainda não incorporaram o planejamento estratégico em suas práticas de gestão, de acordo com José Darciso Rui, que é também diretor executivo do Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria (Gerhai). Segundo ele, o setor ainda tem uma postura de comodismo e fica achando que o governo vai dar um jeito para resolver os problemas existentes. Mas, isto não vai ocorrer, opina. “Há também uma expectativa de que as coisas aconteçam de uma maneira natural”, diz. È preciso fazer uma gestão sustentável, implantando a governança corporativa, destaca o diretor da Caerha. “Procuramos abordar em palestras, reuniões do Gerhai e encontros com empresários e executivos a necessidade que as empresas têm de fazer a lição de casa”, enfatiza. Existem atualmente muitas unidades e grupos em dificuldades, constata. A estimativa é que 40 empresas estão quase falidas e 100 a beira do abismo, correndo riscos. “Temos 30% a 35% do setor em uma situação comprometedora e 60%, endividado. Mas, quem está apostando no planejamento estratégico, fazendo a lição de casa, buscando caminhos, procurando

se modernizar e profissionalizar as áreas mais estratégicas, está se saindo bem”, afirma. Não são apenas grandes grupos, com uma cultura proveniente de multinacionais que têm como visão a realização do planejamento estratégico para um período de até 10 anos, que estão obtendo resultados positivos. José Darciso Rui diz que empresas de pequeno e médio portes, proprietárias de uma ou duas usinas, também têm realizado gestão e planejamento de qualidade. (RA)

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É necessário trabalhar tripé da sustentabilidade Cada empresa tem um planejamento estratégico diferente da outra. “O terno de uma não serve para outra. Deve ser feito sob medida”, esclarece Rui. O planejamento estratégico requer a compatibilização de recursos com investimento, análise de risco e de viabilidade, análise de ponto de equilíbrio da empresa. “Sabemos que há usinas que moem 1,2 milhão de toneladas de cana. Mas, as despesas delas exigiriam o processamento de 1,4 milhão no mínimo. A empresa está se ‘enforcando’ e não está vendo”, diz. A unidade que enfrenta essa situação tem, em diversos casos, espaço para crescer. “Se não dá para crescer, essa usina tem a possibilidade de adequar os seus custos. Tudo é uma questão de planejamento”, observa. Segundo ele, as empresas não têm demonstrado, em diversos casos, interesse em adotar medidas nessa área. Em consequência disso, os problemas vão se avolumando – constata – e chega uma hora que ocorre a inviabilidade financeira. “Não vi, até agora, nenhuma empresa que entra em recuperação judicial, sair dessa situação com sucesso”, afirma. No planejamento estratégico é necessário trabalhar o tripé da sustentabilidade que inclui os aspectos econômico-financeiro, ambiental e social, de acordo com Rui. Para isto, é necessário ter como parâmetros: custos e resultados, transparência, comprometimento e imagem da empresa. A partir disso, deverão ser trabalhados indicadores que são considerados importantes para a empresa, como a eficiência, a produtividade agrícola, o processo de certificação (ISO 9001, ISO 14000, ISO 18000, ISO 22000). Em relação à sustentabilidade econômica é preciso que ocorra o aproveitamento da capacidade instalada, o aprimoramento das áreas que precisam ser profissionalizadas, a capacitação de toda a equipe, entre outros procedimentos. “O conjunto de medidas vai blindar a empresa de problemas”, ressalta. O planejamento estratégico não dá para ser feito da noite para o dia, observa. Não pode também deixar de ser documentado e acompanhado – ressalta – por meio de um plano de ação que inclua controle e melhoria das medidas implementadas. (RA)


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Grupo na área de controladoria vai definir parâmetros de análise

Marcos Françóia: riscos devem ser mapeados

Mitigação de riscos melhora performance da empresa “Conhecer o que pode ser um problema e se preparar para enfrentálo pode significar ganhos”, comenta Marcos Françóia Existem diversos riscos que podem afetar a atividade sucroenergética. O planejamento estratégico pode evitar alguns deles ou mesmo amenizar os efeitos causados pelos riscos que não estão diretamente ligados ao processo de gestão da empresa, como adversidades climáticas ou medidas adotadas – ou a

falta delas – pelo poder público. Os riscos devem ser mapeados e, a partir disso, precisam ser trabalhados para que ocorra a mitigação deles, afirma Marcos Françóia, da MBF Agribusiness. Na área financeira, a volatilidade de preços do etanol e do açúcar, o impacto das variações da taxa de câmbio, questões relacionadas a operações de crédito e endividamento da empresa são alguns itens que compõem a listagem de riscos que afetam a atividade sucroenergética. No processo de produção, a qualidade da matéria-prima, dos serviços executados e dos equipamentos utilizados pode significar riscos para as atividades agrícola e industrial e,

consequentemente, gerar perdas para as empresas. Máquinas defasadas, por exemplo, podem diminuir a produtividade e comprometer a eficiência operacional. “Se a empresa minimiza seus riscos, melhora sua performance. Num setor, como o sucroenergético, conhecer o que pode ser um problema e se preparar para enfrentá-lo pode significar ganhos e muita economia”, comenta Marcos Françóia. Segundo ele, existem atualmente muitas consultorias que se especializaram em gestão de riscos e desenvolvem excelente trabalho nessa área. “Infelizmente, muitos gestores acham que esse custo é desnecessário”, diz. (RA)

Instrumentos de controle são considerados fundamentais para o desenvolvimento da análise de risco, afirma Marcos Françóia. De acordo com ele, a área de controladoria desempenha papel importante para a gestão de riscos. “Se valorizada pela administração e gerida de forma competente, com conhecimento do que se propõe, é essa a área que proporciona instrumentos para as melhores decisões, mas que também, por falta de competência pode levar a perdas irreparáveis”, avalia. Para contribuir com o aprimoramento da gestão de empresas do setor, foi criado inclusive, no dia 3 de dezembro, o Grupo de Estudos para Gestão Sustentável e Controladoria da Cadeia Sucroenergética. A expectativa é reunir a equipe pensante do setor, vinculada a essa atividade, para definir parâmetros de análise que possibilitem uma boa tomada de decisão, afirma Marcos Françóia, articulador e coordenador geral do grupo. Um dos objetivos é estabelecer uma metodologia de trabalho – revela – para que as empresas da cadeia sucroenergética sigam uma linha de conduta. E, assim, possam comparar seus dados sem “ruídos”. A profissionalização do setor não permite mais que uma rodinha de empresários – comenta o diretor da MBF – discuta quem tem o menor custo, sem critérios para definir o que compõe esse custo, qual o perfil de cada empresa, etc. “O grupo visa criar uma linha de comunicação entre os profissionais, com a finalidade de fazer essa cultura do controle ser mais valorizada na gestão. Isso é uma exigência do mercado financiador, que quer confiar nas informações que recebe e saber que quem as produz, sabe o que faz e segue uma linha de análise”, explica. Além disso, esse novo grupo procurará preparar melhor o profissional da área com treinamentos que abordem novas técnicas de gestão e controle, políticas fiscais, análise de risco, entre outras questões relacionadas à atividade. (RA)


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Política do setor em 2014 deve ser marcada por entraves ANDRÉ RICCI,

DE

SERTÃOZINHO, SP

Para o presidente da ProCana Brasil, Josias Messias, sempre e em primeiro lugar, o setor sucroenergético precisa se unir para que consiga maior atenção do governo. Josias foi um dos palestrantes durante a última reunião do Gerhai - Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria em 2013, realizada em 29 de novembro último, em Sertãozinho, SP. Com a responsabilidade de falar sobre o cenário político envolvendo o segmento, Messias lembrou aos participantes os motivos que fizeram com que a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, instalada na Câmara dos Deputados, em Brasília, DF, surgisse. “No mês de junho participamos de um evento em São Paulo com diversas lideranças do setor. Lá, sentimos que era o momento de articular ações que pudessem ser alavancadas. Foi daí que surgiu a Frente Parlamentar que hoje nos representa”, explicou. Messias lembrou que ao longo dos anos, um dos pleitos do segmento tem sido a volta da Cide sobre a gasolina, fator que elevaria o valor do combustível fóssil, trazendo competitividade ao etanol. No fim de 2013, entretanto, o governo promoveu o aumento nas refinarias de 4% da gasolina e 8% do diesel, fato que segundo o palestrante, tem um único

Josias Messias: o setor tem parcela de culpa pela atual situação

objetivo. “O reajuste foi concedido para não deixar a Petrobras morrer. Tudo isso faz parte de uma manobra política, visando as eleições de 2014”, afirmou. Contudo, o governo não é o único problema do segmento. Josias explicou que o setor tem sua parcela de culpa pela atual

situação. A falta de união, para ele, é um dos problemas. “Somos muito grandes e as demandas regionais são diferentes. É utopia acreditar em uma agenda única que traga solução a todos. Temos que ser realistas e encarar os problemas”. Como alternativa, Josias Messias

aponta os fatores que podem trazer sobrevida às usinas de cana-de-açúcar. “As empresas precisam de duas coisas para voltar a crescer, que são acesso a capital financeiro e gestão eficiente. Esses dois pontos devem caminhar juntos nesta retomada”.


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A PRIMEIRA VEZ NINGUÉM ESQUECE Grupo de Estudos para Gestão Sustentável e Controladoria da Cadeia Sucroenergética faz sua primeira reunião DA REDAÇÃO

Aconteceu na manhã do dia 3 de dezembro de 2013 a primeira reunião do Grupo de Estudos para Gestão Sustentável e Controladoria da Cadeia Sucroenergética. O encontro ocorreu nas dependências do auditório da MBF Agribusiness, em Sertãozinho, SP. Nesta primeira reunião foram registradas 70 inscrições, participando diretores de usinas e de empresas de bens de capitais, além de acadêmicos e apoiadores da iniciativa, como o coordenador nacional do Gatua - Grupo das Áreas de Tecnologia das Usinas de Açúcar, Etanol e Energia, Carlos Alberto Rodrigues de Barros, o Bill, que contou aos presentes um pouco da história da fundação e do desenvolvimento do grupo por ele hoje coordenado, bem como as dificuldades vivenciadas nesse processo. Formado por profissionais das áreas de controladoria e finanças das usinas e da cadeia produtiva sucroenergética, o grupo nasceu da necessidade do mercado, apontada durante o 9º Congresso Nacional do Gatua, em outubro, durante painel coordenado pela MBF. É o que explica Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness e articulador do grupo. “Este é um clamor do mercado há muito tempo. Vemos uma dificuldade muito grande das empresas em ter números que se confirmem, e hoje, este é um ponto muito exigido pelos bancos. Diante desses pontos, resolvi dar o primeiro passo”.

Para o controller da Baldin Bioenergia, José Carlos Zanetti, o grupo vai ajudar na interação das empresas e na troca de experiências. “Todos temos dificuldades parecidas, mas soluções diferentes. Conversar e debater pode nos auxiliar no dia a dia”. Durante o evento, o advogado Ronny Housse Gatto apresentou aspectos jurídicos para a criação do grupo, sugerindo sua formalização como pessoa jurídica,

constituído como uma associação sem fins lucrativos. De acordo com Gatto, a formalização ajuda a dar independência ao grupo, limita a responsabilidade dos participantes, e facilita a condução do grupo e possíveis resoluções de conflitos. Ficou definido ainda que, até que seja aprovado o estatuto e realizada uma eleição para definir a diretoria do grupo, Marcos Françóia será o coordenador geral. O representante acredita que seja

necessária uma mudança na gestão das empresas, especialmente as do setor sucroenergético, para que os investimentos possam voltar e a indústria da cana, bem como as empresas de bens de capitais, possam se recuperar. As reuniões serão bimestrais, conforme votado pela maioria, e o próximo encontro está marcado para 18 de fevereiro de 2014, novamente na sede da MBF. Na ocasião será discutido o estatuto do grupo.


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SAÚDE & SEGURANÇA

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CUIDADO! Especialista aponta locais que podem trazer riscos de acidentes ou incêndios ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Os recentes acidentes que atingiram armazéns de açúcar da Copersucar e a Usina Santa Adélia, abriram discussões em torno do assunto e despertou preocupação do setor. Isso porque nas usinas existem diversos pontos de riscos de inflamáveis e explosivos tanto na fabricação de açúcar como de etanol que precisam ser monitorados 24 horas por dia, segundo especialistas da área de Segurança. Mário Márcio, presidente do Grupo de Saúde Ocupacional da Agroindústria Sucroenergética, acredita que para se evitar acidentes as usinas precisam identificar os setores com maiores riscos de explosões ou inflamáveis. Ele aponta que na fábrica de açúcar, por exemplo, há alguns locais que podem oferecer maiores riscos. “Exemplo, a esteira de borracha que transporta açúcar pode oferecer riscos de explosão devido o acúmulo de pó em alta

Rádios comunicadores precisam ser seguros contra explosões

concentração e algum tipo de atrito nas máquinas. Por isso, é preciso ter motores intrinsicamente seguros ou contra explosões nesses locais devendo realizar com cuidado o levantamento de Áreas Classificadas. Isso determina o grau de riscos de acidentes nesses setores”, diz. Outro local que deve estar bem monitorado contra riscos é o setor do descarregamento de açúcar a granel e carregamento de etanol. “No descarregamento de açúcar a granel dentro do barracão, a máquina que transporta o açúcar (VHP) deve conter a proteção do

motor e escapamento se existe ou não a possibilidade de causar explosão, pois o açúcar é inflamável, levando-se em consideração a concentração, ventilação, espaço físico, etc”. De acordo com ele, até mesmo no ensaque do açúcar é preciso ter cuidados. “O açúcar sai da esteira em direção à caixa de ensaque. Ali, após a balança, na caixa de ensaque pode haver acúmulo de pó do açúcar que gera risco de explosões. Esse pó do açúcar pode ser até mais perigoso do que o vapor do etanol devido a falta de conhecimento das pessoas, que muitas

vezes não acreditam que esse pó de açúcar em grande concentração pode explodir”, avalia. Ele também alerta para os riscos dentro de uma destilaria de álcool, inclusive com o uso de ciclo hexano, devido o vapor de inflamável. "Os cuidados vão desde uso de um rádio comunicador, máquinas fotográficas até serviços a quente que no meu ver deve ser proibido. Os rádios comunicadores precisam ser seguros contra explosões, que podem acontecer quando em contato com o vapor do etanol na destilaria”, ressalta.

Empresa atua na gestão de programa de seguros

Alvaro Dabus: proteção em conjunto

Existe no mercado um conjunto de ferramentas para proteção ao bolso dos acionistas das usinas. Trata-se da gestão de programa de seguros, uma das linhas de atuação da AD Corretora de Seguros. A afirmação é de Alvaro Dabus, diretor executivo da empresa, ao ressaltar que é preciso deixar claro na hora da contratação, os riscos que serão transferidos ao segurador e quais o acionista irá assumir. “Separamos o seguro em função dos riscos físicos, financeiros, pessoais e contratuais. Dentre as ações que

podem ser feitas para minimizar prejuízos nos riscos físicos (patrimônio) está um estudo para analise de cobertura de incêndios, raios e explosões. Temos seguros para a responsabilidade civil decorrente de acidente, para questões ambientais, de saúde e de vida. Na parte contratual estão relacionadas questões de obrigações contraídas, pois há uma gama de riscos que envolve a atividade. Porém tudo deve ser devidamente planejado antes do sinistro”. Segundo Dabus, é interessante estudar a aplicação de cobertura de

lucros cessantes decorrente da paralização da fabricação, pois há despesas que perduram após o sinistro que precisam ser recompostas. “Chamo a atenção para a reflexão de como o seguro está sendo contratado. Renovar o seguro todo ano com base no ano anterior representa um risco para a usina, pois podem surgir fatos novos que deixam de ser analisados e segurados. As seguradoras precisam ter know-how para oferecer a proteção necessária à realidade do setor”, diz. (AM)


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MERCADO FORNECEDOR

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Antecipar o futuro dos negócios é o tema do SAP Forum 2014 Maior evento de negócios e tecnologia da América Latina, que chega à sua 18ª edição, deve reunir mais de 9.000 participantes em São Paulo O principal evento de negócios e tecnologia da América Latina, SAP Forum, já tem uma data para ocorrer no ano que vem. Entre os dias 11 a 13 de fevereiro de 2014, no Transamérica Expo Center, ocorre a 18ª edição do SAP Forum Brasil, cujo tema central será: “Antecipe o futuro dos negócios”. O evento reunirá executivos e empresários de todos os setores da economia, de pequenas a grandes empresas. Para esta edição, a expectativa dos organizadores é que o evento reúna mais de 9.000 visitantes únicos durante os três dias. Serão mais de 180 sessões distribuídas em seis espaços diferentes, divididas por áreas de negócios, tecnologias emergentes, pequenas e médias empresas, entre outros. O objetivo do SAP Forum é disponibilizar conteúdo e promover a troca de experiência entre os participantes para mostrar como a

inovação e as tecnologias de ponta potencializam ainda mais os negócios, promovendo vantagem competitiva. Tradicionalmente, o Forum reúne conteúdo técnico e de negócios relevantes para os participantes. “Em

sua próxima edição, o SAP Forum trará diversas sessões voltadas para as diferentes indústrias e linhas de negócio, incluindo Agronegócios. Além disso, estão programadas exibições de casos de sucesso de empresas que

melhoraram seus negócios utilizando tecnologias inovadoras e demonstrações in loco de soluções de mobilidade, computação em nuvem, análise de dados, e processamento de informações em tempo real com a plataforma SAP HANA”, resume Gustavo Amorim, vice-presidente de Marketing da SAP para a região Southern Latin America (SoLA). Um dos temas que mais terá destaque no encontro é o Big Data, termo que consiste na captura e análise de grandes volumes de dados. Para Amorim, nesta era digital, as empresas geram milhões de dados diariamente que precisam ser analisados minuciosamente, uma tarefa praticamente impossível sem a ajuda de uma tecnologia como o Big Data. “Desenvolver estratégias de negócio levando em consideração a atualização de dados em tempo real e a tecnologia de análise preditiva são aspectos fundamentais para a empresa estar melhor preparada para o futuro”, conclui o executivo. Para mais informações visite a página do SAP Forum 2014: http://global.sap.com/brazil/events/20 14-sap-forum-brazil. SAP 11 5503.2343 www. global.sap.com/brazil


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USINAS

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Grupo JB aposta na diversificação da produção Racionalização de custos é outra estratégia utilizada para driblar a crise, afirma o presidente da empresa, Carlos Beltrão A racionalização de custos e a diversificação do mix de produtos têm sido as alternativas utilizadas pelo Grupo JB – que completa 50 anos em 2014 – para driblar os momentos de dificuldades enfrentados pelo setor. “Não conseguimos competitividade para produzir commodities, então a gente procura agregar novos produtos”, comenta Carlos Alberto Lacerda Beltrão, presidente da empresa. Os passivos de diversos grupos – constata – estão aumentando a cada dia. “O setor contribui para a economia de divisas, geração de empregos, interiorização do desenvolvimento, geração de energia elétrica. Há ainda os benefícios ambientais”, destaca. Segundo ele, falta uma diretriz para a atividade sucroenergética. “O governo não diz o que quer do setor”, observa. Enquanto não há a definição de uma política pública que crie condições para um reposicionamento das empresas do segmento, o Grupo JB faz um trabalho muito forte na questão de controle de custo, revela Carlos Beltrão, que foi premiado pelo MasterCana Brasil como um dos “Mais Influentes” do setor. “Estamos com um produto (o etanol) congelado há alguns anos, enquanto os custos não param de subir. O momento é de crescer pouco e ter alguma agregação de margem em cima de algumas alternativas”, afirma. Proprietário das unidades Companhia Alcooquímica Nacional em Vitória de Santo Antão, PE e a Lasa, em Linhares, ES, entre outras empresas, o grupo produz diversos tipos de açúcar e

Carlos Beltrão, presidente do Grupo JB e sua esposa Tereza Beltrão

etanol, aguardente, além de energia elétrica a partir da biodigestão da vinhaça, em parceria com a baiana Cetrel. “Estamos certificados também para vender açúcar e gás carbônico (CO2) – utilizado na fabricação de refrigerante – para a Ambev e Coca-Cola”, informa. A empresa produz também energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O Grupo JB está desenvolvendo

projeto, em parceria com a austríaca See Algae Technology (SAT) e com a participação da Universidade Federal de Pernambuco, para a instalação de uma unidade semi-industrial que utilizará algas para a produção de biodiesel e de óleo, rico em ômega 3, para a indústria alimentícia. “A planta vai estar preparada para as duas coisas. A fabricação vai ocorrer de

acordo com o preço do produto no mercado”, comenta Carlos Beltrão. Segundo ele, a construção da unidade deverá ocorrer no médio prazo. A planta modular poder ser ampliada – explica – à medida que o negócio for se solidificando. Grupo JB 81 3114.2222 www.grupojb.com.br


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DESTAQUES DO SETOR

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Por Fábio Rodrigues – fabio@procana.com.br

UM TRATOR A CADA 5 MINUTOS Unidade da AGCO é a maior fábrica da França; produz tratores de 75cv até 370cv FÁBIO RODRIGUES,

DA

BEAUVAIS, FRANÇA

Desde suas dispendiosas guerras até se tornar a segunda maior economia da União Europeia, a França tem esculpida a história em sua cultura, por meio de obras de artes e pinturas. Além de ser o terceiro maior país em área da Europa, possui forte influência econômica, política e militar no mundo todo. E é na cidade de Beauvais que a AGCO tem a maior fábrica de tratores na França. Inaugurada em 1960, a fábrica produz tratores de 75cv até 370cv em uma área de 25,5 hectares e conta com 2200 colaboradores. Mais de 874 mil tratores foram construídos em Beauvais até hoje, uma impressionante média de um trator produzido a cada cinco minutos. A fábrica contempla vários processos que incluem usinagem de aço e ferro fundido, transmissão e linha de montagem. Seu centro de tecnologia abriga uma exposição de tratores que conta a história da Massey Fergusson e evolução de seus equipamentos. Desde os primeiros modelos, com o famoso traseiro de três pontos de ligação produzidos em 1936 até o moderno MF 7616 com tecnologia de motor e transmissão Dyna-6. “O sistema Dyna-6 não exige acionamento de embreagem para troca de marchas, aumentando a eficiência operacional”, esclarece Everton Pezzi, supervisor de marketing de tratores Massey Fergusson. A AGCO é uma das líderes mundiais focada na concepção, fabricação e distribuição de máquinas. E ser uma das aliadas em suprir a demanda mundial por alimento faz parte da estratégia da companhia. Quando questionado sobre quais caminhos o futuro reserva para o segmento Alfredo Jobke, o diretor de marketing para América Latina foi enfático: “A produtividade por hectare tem aumentado tanto nos últimos anos. Quando somada à redução de custos, certamente se transformarão na grande mudança num futuro próximo”. Jobke revelou ainda que a eficiência é obrigação de todo fabricante de equipamentos e que o segredo do sucesso e evolução do segmento é otimizar a produção, com mais automatização, maior qualidade e menor custo. O JornalCana conheceu a fábrica em Beauvais na França a convite da empresa.

MF 8600 Dyna-VT: máquinas com 370 cv e plano de produção em solo brasileiro para breve

Transmissão Dyna-6 não exige acionamento de embreagem

Alfredo Jobke: otimização da produção com menor custo

Destaque-se Sugestões de divulgação de lançamento de produtos, informativos, anúncios de contratações e promoções de executivos e demais notas corporativas ou empresariais devem ser enviadas a Fábio Rodrigues, email: fabio@procana.com.br Model A: produzido de 1936 a 1939


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ITR projeta aumentar capacidade de atendimento em 35% Apesar de ser uma empresa jovem no mercado sucroenergético, a ITR South America chegou para ficar. Com essa afirmação, o diretor Paulo Siriani, em entrevista exclusiva ao JornalCana, deixa claro o compromisso da excelência de qualidade na prestação de serviços e fabricação de materiais rodantes. O negócio deu tão certo nesse mercado que para 2014, a empresa projeta um aumento de 35% na capacidade de serviço. “Projetamos investir em estrutura, munk, prensas novas e qualificação de equipes. Temos contratos fechados com grandes usinas e em fase de fechamento e esperamos que a parte de serviços cresça muito em 2014. O segmento de peças vem crescendo muito em cinco anos. Prova disso é que em 2013, cresceu 150%, devido a qualidade diferenciada do produto. Todo material rodante é produzido nas fabricas do grupo e por isso trabalharmos no desenvolvimento da linha de cana ficou fácil, principalmente com nossa engenharia na Itália”, lembra. A empresa atua na importação, exportação e distribuição de material rodante para todas as marcas de equipamentos; peças de reposição em geral para Caterpillar® e Komatsu®; material de desgaste e FPS para todas as aplicações; esteiras de borracha para miniescavadeiras e rompedores hidráulicos. Há cinco anos a ITR South America iniciou a fabricação da primeira esteira de material rodante para colhedora de cana. “Mas para termos um ciclo completo era preciso desenvolver um pós-venda forte e uma prestação de serviço também forte. Então lançamos a ITR Service que comercializa peças, acompanha o trabalho de manutenção em campo. Localizada em Cedral (SP), todo acompanhamento do material ITR no mercado de cana e de manutenção são feitos por lá”, explica. Segundo ele, também fornece elevadores, um item

Paulo Siriani, diretor

crítico da colhedora. “Temos grande estoque das principais marcas do mercado e, recentemente, ampliamos nosso portfólio, passando a fazer negócios à base de troca”, afirma. O executivo explica que a empresa está testando em três usinas um protótipo de uma esteira com bucha rotativa, onde não existe virada de pino e bucha e com vida útil maior do que o convencional. “Essa é a segunda

versão de protótipo e isso seria uma novidade para o mercado canavieiro. Temos interesse de fazer muito por esse mercado e essa novidade pode ser um divisor de águas para a marca dentro do Brasil”, finaliza. ITR South America 11 3340.7555 www.itrservice.com.br


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Sanardi fortalece parceria com o Grupo Coruripe O Grupo Coruripe está ampliando a sua unidade industrial de Carneirinho/MG para atender ao aumento de sua moagem de 1.500.000 para 2.200.000 tc/ano. Esta ampliação inclui a instalação de uma nova caldeira de 150t/h-67kgf/cm², um novo terno de moenda eletrificado, ampliação do tratamento de caldo, evaporação, torres de resfriamentos e fábrica de açúcar; e também ampliará em 4MW o excedente de energia para comercialização. Para tanto, o Grupo Coruripe contratou a Sanardi para integrar o sistema elétrico, instrumentação e automação, fortalecendo

a parceria entre as empresas. “A Sanardi além de possuir knowhow no setor sucroenergético tem realizado excelentes parcerias com o Grupo Coruripe, mantendo sempre um alto padrão tecnológico. Não temos dúvidas quanto à qualidade, preço e custo-benefício desta parceria”, afirma o engenheiro Valdemar Vargas de Oliveira, Gerente Corporativo de Desenvolvimento Industrial do Grupo Coruripe. Sanardi 17 3228.2555 www.sanardi.com.br

Equipe da Sanardi instalou nova caldeira na Usina Coruripe

Roberto Aneas, coordenador de mercado da Isover Saint – Gobain

Isover lança produto de alta performance na isolação industrial A Isover, completa sua gama de soluções apresentando ao mercado industrial uma nova lã mineral para altas temperaturas chamada Ultimate. Trata-se do U Tech 6.0, um produto fabricado a partir de rochas vulcânicas e basálticas pelo processo de fibragem exclusivo da Isover que agrega todas as qualidades de lã de rocha convencional com a leveza e flexibilidade da lã de vidro. “Isso garante proteção contra fogo até em um isolamento acústico profissional, passando pelo alto desempenho no isolamento térmico para altas temperaturas”, diz Roberto Aneas, coordenador de mercado da Isover Saint – Gobain. Aneas explica que o produto pode ser

aplicado nas indústrias e proporciona excelente isolamento térmico em altas temperaturas de serviço de até 750°C, leveza única, rápida instalação, economia notável e proteção ativa do meio ambiente. “O U Tech 6.0 é um isolamento em fibra mineral que atende aos requisitos da norma ASTM C411 e ASTM C447, conforme especificado na norma ASTM C612 - Especificação padrão para bloco de fibra mineral e placa de isolamento térmico - para o uso de até 700° C”, comenta. Isover Saint-Gobain 0800 055 3035 www.isover.com.br

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e21 conquista ouro na XVII Mostra de Comunicação e Marketing do Agronegócio da ABMR&A Em São Paulo, na semana passada, foram anunciados os grandes vencedores da XVII Mostra de Comunicação em Marketing Rural e Agronegócio, promovida pela ABMR&A - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, a maior premiação do gênero do setor Agro. O júri selecionou as ideias mais criativas da propaganda do agronegócio, veiculadas entre 2010 e 2013, além de conceder prêmios especiais a agências, anunciantes, veículos e profissionais do setor. A e21, agência de publicidade do Grupo MTCom, foi premiada em seis categorias com peças de comunicação criadas para o cliente BASF Agro, incluindo “Ouro” para “Planeta Faminto” como melhor campanha institucional. A conquista é resultado de um trabalho consistente da célula BASF da e21, uma equipe criada especialmente para o atendimento da conta. Com profissionais especializados em comunicação para o mercado agro, a agência aposta na sinergia estratégica com o cliente para criar projetos vencedores, gerando valor de marca e resultados.

"Emblemática esta conquista. É um reconhecimento de que a parceria com a BASF está resultando em ideias criativas e de alto impacto.", comemora Alberto Meneghetti, Diretor da e21.

PRÊMIOS CONQUISTADOS PELA e21 Campanha Institucional – Ouro – “Planeta Faminto” Fonograma – Prata – “Gaúcho” Comercial de TV e Cinema – Prata – “João” Comercial de TV e Cinema – Bronze – “Viagem pela planta turbinada” Programa de incentivo – Bronze – “Esquadrão Classe SAS” Evento – Bronze - “In campo”

e21 Agência de Multicomunicação Ltda. 51 3227.9444 www.e21.com.br

Empresa desenvolve prolongador de bitolas para caminhões transbordo A empresa Carcaças Guimarães, especializada na fabricação e serviços de eixos direcionais, carcaças e terceiro eixo. Atendendo todo o mercado sucroenergético no segmento de transportes pesados. Desenvolveu o Prolongador de Bitolas CGP 300, para atender a demanda de caminhões transbordo. O adaptador permite ao eixo do veículo expandir ou retrair de acordo com a necessidade das vias rurais e Bitola prolongada para caminhões de transbordo públicas. Permitem que o veículo transite entre as linhas da plantação sem pisotear a soqueira, no O equipamento inclui um dispositivo momento de trabalho de colheita ou mecânico de operação manual, com o plantio da cultura de cana-de-açúcar; qual o veículo trabalha no campo com 3 favorece as condições de rebrota; metros de abertura de centro a centro dos aumento da longevidade dos canaviais; pneus, e em vias públicas com 2,60 não compactação do solo; aumento da metros de lado a lado externo dos pneus, produção por hectare e, em decorrência, atendendo às legislações das vias públicas. maior eficiência na colheita; cria zona de tráfego, diminuindo quebra e consumo de Carcaças Guimarães combustíveis e a possibilidade de 16 3969.9393 tombamento do veículo www.carcacasguimaraes.com.br

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Controle de frequência móvel no campo é com a Sisponto

Montagem de painéis elétricos requer cuidados e técnica

A Sisponto Sistemas Inteligentes é uma empresa especializada em equipamentos e sistemas para controle de frequência e tem como principal objetivo: desenvolver soluções tecnológicas inovadoras e seguras, sempre primando pela qualidade e satisfação integral das necessidades de seus clientes. Pensando na mobilidade necessária às empresas agrícolas ou agroindustriais, a Sisponto desenvolveu um Registrador Eletrônico de Ponto móvel, resistente e compacto, que conta com a tecnologia GPRS; ideal para o registro do ponto dos colaboradores ou terceirizados que se encontrem em campo, distantes à administração. O GPRS no equipamento permite a transmissão de dados em tempo real; eliminando a necessidade de um computador no local ou de um responsável pela coleta dos pontos. O REP da Sisponto

A experiência da Projelpi no mercado de painéis elétricos foi conquistada ao longo dos anos, com uma produção de qualidade e excelência. Para um bom projeto, alguns elementos são fundamentais para a eficiência e qualidade das operações. Sugere-se elaborar uma lista com todas as informações das cargas. Assim, é possível realizar todos os cálculos, estudos e especificação dos equipamentos necessários. Todo o processo deve ser avaliado com cautela, pois um erro no projeto ou na montagem pode ocasionar em mau funcionamento dos equipamentos e perda

pode ser fixado em qualquer local e todos os dados são enviados para um servidor, através de uma operadora de celular e ficam disponíveis para o gerenciamento do RH. Conta também com um moderno Sistema de Energia Solar que mantém o Relógio funcionando até mesmo em locais onde não exista energia elétrica. O REP da Sisponto atende a todas as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego no que se refere à Portaria 1.510/09. Sisponto 11 4063.5544 www.sisponto.com.br

de produção. Como complemento à montagem dos painéis, a Projelpi desenvolve aplicativos de supervisão, responsáveis pelo controle, proteção e operação dos painéis por meio de softwares específicos. Os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e normas internacionais, além da certificação ISO 9001 são base para fabricação dos painéis, que tornam a Projelpi uma empresa reconhecida, além de garantir a segurança nas operações. Projelpi Soluções em Energia 19 3434.8083 www.projelpi.com.br

Painéis elétricos produzidos pela Projelpi


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Colheita de cana crua

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André Cesar Vitti, pesquisador

IAC sedia curso de Interpretação de Análise de Solo e Manejo de Adubação O Infobibos Informações Tecnológicas para o Agronegócio, apresentou a 5ª Edição do Curso Teórico Prático de Interpretação de Análise de Solo e Manejo de Adubação em Cana-de-açúcar no IACCentro de Convenções da Cana-de-açúcar em Ribeirão Preto, SP, nos dias 11 e 12 de novembro. O curso foi direcionado a produtores, profissionais de usinas, pesquisa, ensino e extensão, cooperativas, associações, estudantes e profissionais em geral da área sucroenergética. Dentre os temas apresentados estão os conceitos sobre os principais fatores de

produtividade que limitam o potencial produtivo das variedades de cana-deaçúcar, entre outros, com objetivo de ensinar a correta recomendação de corretivos e fertilizantes em cana-deaçúcar. O pesquisador e ex-diretor técnico de divisão da APTA- Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios do Polo Centro-Sul, André Cesar Vitti, que foi o facilitador do curso, afirma que o treinamento para profissionais das usinas e pesquisadores é essencial, porque o conhecimento específico deve sempre ser aprimorado. Cursos como estes, evitam

que as pessoas que trabalham com a cultura cometam muitos erros futuros, além de incentivar a renovação de conhecimento, para assim terem o manejo e o posicionamento corretos dos fertilizantes que estão utilizando em suas lavouras. "O posicionamento correto indica se o produtor deverá parcelar ou não a adubação em função do ambiente de produção, da época em que essa cana foi ou deixou de ser colhida até o ponto em que já foi feita a correção do solo", diz. De acordo com o pesquisador o parcelamento da adubação pode ocorrer quando o solo não está corrigido ou

quando está com a CTC - Capacidade de Troca Catiônica efetiva baixa. "Se você tiver um solo com grande permeabilidade, ou seja, um solo com uma infiltração alta, uma CTC efetiva baixa e com alta saturação de hidrogênio, a situação requer um parcelamento da adubação em função da facilidade de perda desses nutrientes, principalmente se associados a períodos de muita chuva", afirma. Infobibos 19 3243.0396 www.infobibos.com/rotacana


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Ferrusi destaca-se no ramo de fundidos para o setor

Aplicação de revestimento antidesgaste em bagaceira

Magíster e referência em revestimento de bagaceiras A bagaceira tem crucial importância em um terno de moenda, pela sua contribuição na eficiência do terno na extração de caldo; pela bagaceira, passam milhões de toneladas de cana que são acompanhadas de impurezas minerais e vegetais; com o crescente aumento destas impurezas e consequente desgaste prematuro das peças, uma preocupação a mais com a bagaceira é a sua complexidade de substituição durante a safra, onde obrigaria desmontar-se todo o terno, e para que este risco seja minimizado, um revestimento antidesgaste de qualidade é essencial. Garantindo a vida útil de centenas de bagaceiras de importantes usinas, com absoluto sucesso nas últimas seis safras em que atua, a Magíster vem aplicando revestimentos para cada situação de desgaste, o que mais se destaca é o que utiliza uma liga

de níquel e tungstênio, que proporciona alta resistência ao desgaste por abrasão e corrosão. Esta combinação de elementos de liga, aliada ao procedimento de aplicação (conforme foto), que utiliza o fio flexível revestido Flexdur, que garante uma aplicação com temperatura controlada sobre o aço que a compõe, sendo cada gota do material depositada cuidadosamente, formando uma camada uniforme com espessura suficiente para garantir a resistência ao desgaste durante toda a safra. Por não abrir mão do processo tradicional de aplicação, e pelo comprometimento com resultados de seus clientes, a Magíster se tornou referência em revestimentos de bagaceiras. Magíster 16 3513.7200 www.magister.ind.br

Desde 1989 a Ferrusi Fundição atua com destaque nacional no ramo de fundidos, ferro fundido cinzento e nodular, bronze, aço carbono, aço inox, alumínio e ligas especiais, peças de 1 kg a 5 toneladas. Com capacidade de produção de mais de 200 toneladas ao mês, a empresa conta com fornos, estrutura física, equipamentos e funcionários capacitados para desenvolver os mais complexos e diversificados serviços; dentre eles: projetos, análises laboratoriais completas, serviços de caldeiraria e usinagem, modelação, departamento de inspeção e jateamento. Todos dentro de padrões e normas exigidos pelo mercado atual. A Ferrusi tem como principal objetivo atender bem seus clientes e o constante aperfeiçoamento da qualidade máxima em seus produtos e serviços. Investimos pesado em tecnologia de ponta e apresentamos padrões administrativos e comerciais modernos e ousados, assim como a logística de seus produtos finais. São diversos os segmentos da indústria que podemos atender, tais como: açúcar e álcool, agrícola, bioenergético, cerâmico, cítrico, metalurgia, mineração, papel e celulose, pavimentação e siderurgia, enfim, englobam desde pequenas indústrias até as principais indústrias de base, fundindo e fabricando produtos sob encomenda, compatíveis com cada necessidade, além da produção de peças acabadas de todos os tipos e formas. Traçamos como diretriz desenvolver soluções inovadoras, através de tecnologia avançada, fortalecer a parceria cliente,

Empresa possui capacidade de produção de mais de 200 toneladas ao mês

fornecedor e funcionário, que contribui para a nossa manutenção do padrão de qualidade e reconhecimento de mercado, foco em soluções viáveis aos nossos clientes, e respeito ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Ferrusi 16 3946.4766 www.ferrusifundicao.com.br


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