JornalCana — Edição 273 / Outubro 2016

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O MAIS LIDO! w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Outubro/2016

SĂŠrie 2

NÂş 273

Grupo Teston se torna gigante em transbordos no setor Empresa investe em tecnologia, no conhecimento dos mais velhos e na energia dos jovens

IMPRESSO - Envelopamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Outubro 2016

Í N D I C E DANFOSS DO BRASIL

11 21355400

45

ACOPLAMENTOS ANTARES

08009701909

30

24

58

17 35311075

3

ARTIGOS DE BORRACHA ANHEMBI

11 26013311

51

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

11 26826633

7

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTHOMATHIKA

16 35134000

14

DANFOSS DO BRASIL

11 21355400

45

METROVAL

19 21279400

8

16 39452825

58

16 35138800

50

CARRETAS ALFATEK

17 35311075

3

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL

16 35132600

25

CENTRÍFUGAS VIBROMAQ

CONTROLE DE FLUIDOS 19 21279400

PROLINK

19 34234000

CITROTEC

19 35080300

31

BINOVA

16 36158011

10

KOPPERT DO BRASIL

15 34719090

23

DURAFACE

18

16 33039796

26

31

ENGEVAP

16 35138800

50

81 35215971

SYNGENTA

0800 7044304

21

PEÇAS E ACESSÓRIOS AGRÍCOLAS DURAFACE

58

31

PLANTADORAS DE CANA DMB

GRÁFICA

19 35080300

16 39461800

13

PRODUTOS QUÍMICOS

ADAMA

43 33719000

15

BASF

11 30432125

9

SYNGENTA

0800 7044304

21

KOPPERT DO BRASIL

15 34719090

23

11 42313778

16

BETABIO/WALLERSTEIN 11 38482900

24

PROSUGAR

81 32674760

12

16 36265540

57

REFRATÁRIOS REFRATÁRIOS RP

ELETROCALHAS OXIMAG

19 35080300

MUDAS DE CANA

GERADOR DE CONDENSAÇÃO MEGA TUBOS

DURAFACE

MONTAGENS INDUSTRIAIS

FERRAMENTAS

FERTILIZANTES 8

SAÚDE - CONVÊNIOS E SEGUROS SÃO FRANCISCO SAÚDE 16 8007779070

ENERGIA ELÉTRICA -

59

SOLDAS INDUSTRIAIS

COMERCIALIZAÇÃO CPFL BRASIL

19 37953900

17

CPFL EFICIÊNCIA

19 37566071

19

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL ENGEVAP

16 35138800

AGAPITO

16 39462130

58

MAGÍSTER

16 35137200

11

16 35124312

29

S-PAA

50

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DISTRINOX

16 39698080

VOESTALPINE BOHLER 11 56948377

16 39452825

58

SÃO FRANCISCO

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS

16 39413367

16 35134000

14

DANFOSS DO BRASIL

11 21355400

45

CONSULTORIA/ENGENHARIA

UNICA

53

19 34753055

DMB

16 39461800

13

48

METROVAL

19 21279400

8

IRRIGAÇÃO 11 30934949

FEIRAS E EVENTOS

37

IRRIGA ENGENHARIA

62 30883881

MANCAIS E CASQUEIROS

TRANSBORDOS MOTOCANA

19 34121234

20

TESTON

44 33513500

2

TROCADORES DE CALOR AGAPITO

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

EVENTO \ FÓRUM 4

16 21014151

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

AUTHOMATHIKA

SOLENIS

47

52

ESPECIALIDADES QUÍMICAS

COLETORES DE DADOS MARKANTI

19

6

SUPRIMENTOS DE SOLDA

CALDEIRAS ENGEVAP

19 37566071

16 35124300

SOFTWARE

BALANCEAMENTOS INDUSTRIAIS VIBROMAQ

CPFL EFICIÊNCIA

A N U N C I A N T E S

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK

17

COZEDORES

AR-CONDICIONADO 64 36452576

19 37953900

CORRENTES INDUSTRIAIS

DE INFECÇÕES BACTERIANAS

MAIS AR

CPFL BRASIL

METROVAL

ANTIBIÓTICOS - CONTROLADORES BETABIO/WALLERSTEIN 11 38482900

SINATUB

INDUSTRIAL

ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

D E

4

16 39462130

58

TUBULAÇÕES PARA VINHAÇA DHC TUBOS

18 36437923

49

STRINGAL

11 43479088

50

VÁLVULAS INDUSTRIAIS TECNOVAL

16 39449900

55


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CARTA AO LEITOR

Outubro 2016

carta ao leitor

índice

Josias Messias

Usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 e 7 Modelo de gestão da Petribu parte para a excelência

Tecnologia Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 20 Colheita de cana gera diferentes demandas de espaçamento Doutores da Cana – Entrevista: Fabrizzio Tenório de Carvalho Plantio - Canteirização e preparo profundo podem ser boas opções Usina Atena cria campanha “I9 Cana” em busca da produtividade

Tecnologia Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 a 32 Usinas capturam ganhos significativos com implementação de Laços

Fechados Curso de fermentação trouxe conhecimento que gera resultados Especial - Preparo e extração

Setor em Destaque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 a 44 Cobertura Prêmio MasterCana Centro-Sul Cobertura Prêmio MasterCana Social

Mercado Fornecedor

5

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

Administração & Legislação . . . . . . . . . . . . . . .47 a 52 Gestão eficaz de compras possibilita otimização de recursos Controladoria é a guardiã das boas práticas contábeis e fiscais

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .54 a 58

UMA COISA NOVA “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova (...)” (Profecia de Isaías, no capítulo 43, verso 18 e parte do 19)

josiasmessias@procana.com.br

Etanol e política no Brasil, tem jeito? Em tempos de mercado açucareiro em alta, se há dois assuntos sobre os quais o público sucroenergético não quer nem pensar são política e etanol. No âmbito do cidadão, a política brasileira só tem causado dissabores! Não apenas pela corrupção que afeta todos os escalões e poderes da República, mas também pela chateação e mesmice das campanhas municipais, que não conseguiram renovar a esperança do povo brasileiro. No âmbito do setor, então, a política dos dois últimos governos do PT foi desastrosa para toda a cadeia produtiva canavieira. Outro assunto que não tem despertado a atenção e interesse do pessoal do setor é o etanol. Com os bons preços atuais e perspectivas positivas para as próximas safras, o açúcar ocupou o centro das atenções! Contudo, olhando no retrovisor, percebo que este comportamento pode representar um grande equívoco estratégico. Menosprezar a política pode ser danoso por algumas razões. Num país onde o Estado é gigante e interfere demasiadamente em todas as atividades sociais e econômicas, a boa ação política continua sendo indispensável para o bem estar da população e para o bom funcionamento dos mercados e das empresas. Considerando que no Brasil a democracia não está consolidada e leis podem ser estabelecidas, revogadas e interpretadas conforme a conveniência de quem se encontra no poder - como vimos recentemente -, devemos exercer uma força política positiva e constante visando não apenas melhorar as condições atuais como também impedir que as bases de sustentação já lançadas não sejam destruídas. Diferentemente da maioria dos produtores, cujos olhos estão postos no açúcar, penso que, já que o mercado açucareiro está favorável, devemos nos ocupar em criar e consolidar estruturas e políticas de sustentação ao mercado de etanol e da bioeletricidade! É com este foco que União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) confirmou a realização do Ethanol Summit em junho de 2017 e vai realizar o Unica Forum no próximo dia 28 de novembro, no World Trade Center (WTC) em São Paulo (SP). O ministro da Fazenda Henrique Meirelles é um dos palestrantes confirmados. “Não poderia haver momento mais propício para fomentar esta discussão. O Brasil vive um período de definição, com o Governo estudando adotar ou extinguir medidas que impactam setores produtivos importantes, entre eles o sucroenergético. Será uma chance de ouvir do próprio ministro sobre como serão articuladas políticas de energias renováveis com medidas macroeconômicas”, avalia a presidente da Unica, Elizabeth Farina. Fóruns de discussão como estes são importantes, pois todos sabemos que o mercado de açúcar tem um comportamento cíclico e que não há sustentabilidade para o etanol e para a bioeletricidade no Brasil sem uma forte atuação política. Contextualizando a parábola, este é um excelente momento para trabalhar duro como a formiga mas também agregar a função de cantar forte politicamente, como uma cigarra inteligente. Boa leitura!

NOSSOS PRODUTOS

DIRETORIA

ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO Prover o setor sucroenergético de informações relevantes sobre fatos e atividades relacionadas à cultura da cana-de-açúcar e seus derivados, e organizar eventos empresariais visando: Apoiar o desenvolvimento sustentável do setor (humano, socioeconômico, ambiental e tecnológico); Democratizar o conhecimento, promovendo o

intercâmbio e a união entre os integrantes; Manter uma relação custo/benefício que

propicie parcerias rentáveis aos clientes e demais envolvidos.

Presidência Josias Messias josiasmessias@procana.com.br Controladoria Mateus Messias presidente@procana.com.br Eventos Rose Messias rose@procana.com.br Comercial & Marketing Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br

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Editor Luiz Montanini - editor@procana.com.br Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Revisão Regina Célia Ushicawa Jornalismo Digital Alessandro Reis - editoria@procana.com.br

Comitê de Gestão Luis Paulo G. de Almeida luispaulo@procana.com.br Financeiro contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br

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Modelo de gestão da Petribu parte para a excelência Área de cana conhecida como “Engenho Esquecido” passou a ter a melhor produtividade da usina R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A organização do trabalho em todas as áreas faz parte do novo modelo de administração da Usina Petribu, de Lagoa de Itaenga, PE, que começou a ser adotado em 2010. Esse sistema de gestão busca de maneira incessante a excelência do negócio. Uma das prioridades é a abordagem dos pontos considerados mais críticos em relação aos custos, observa Arnaldo Dantas dos Santos Andrade, gerente de Organizações & Métodos da Petribu, que coordena o processo de implantação do novo sistema de gerenciamento nessa unidade pernambucana. Para a implantação do novo modelo de gestão, a Petribu utiliza a metodologia do PDCA - (do inglês: Plan - Do - Check - Act), que tem o objetivo de controlar e melhorar processos e produtos de forma contínua por meio do planejamento, execução, checagem e ações corretivas. Sem deixar de lado os outros setores, o foco inicial na implantação desse sistema de gestão, nos três primeiros anos, esteve voltado à área agrícola. Arnaldo Andrade e

Cartaz de abertura do projeto 5S no setor agrícola, iniciado ainda em 2010

Jorge Petribu – que era o presidente da usina na época e hoje preside o Conselho Administrativo do Grupo – desenvolveram um trabalho visando a otimização das atividades no campo. As mudanças passaram a acontecer em diferentes áreas. As piores fazendas começaram a apresentar os melhores resultados – revela Arnaldo Andrade. O trabalho realizado em um local com a menor produtividade da usina, conhecido como

Engenho Esquecido – distante quarenta quilômetros da unidade industrial – tornou essa área de cana a mais produtiva. “Isto fez com que os outros engenhos, num raio mais próximo da usina e com índice pluviométrico melhor, começassem a ser vistos como engenhos potenciais que não estavam dando o resultado esperado. A questão era operacional e não unicamente climática ou dificuldade de acesso”, comenta.

O novo sistema de gestão ajudou a entender como funciona o resultado operacional líquido da empresa, a própria eficiência industrial, o TMP - tempo médio de permanência da cana, que considera desde o momento em que ela é cortada até a sua chegada na indústria para a moagem – detalha. “Nas últimas cinco safras, a Petribu nunca teve um TMP tão pequeno. É um reflexo do novo processo de gestão” – constata.


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USINAS

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Sistema inclui implantação de cultura de gerenciamento da rotina A partir de 2013, a Usina Petribu iniciou um trabalho mais intenso em outras áreas: primeiramente no setor administrativo e depois no industrial. Um dos objetivos da implantação do novo sistema tem sido a adoção de uma cultura de gerenciamento da rotina no setor administrativo, revela Arnaldo Andrade. No processo de desenvolvimento do novo sistema, houve a criação dos itens de controle (índices específicos de cada área). O gerente de cada setor passou a trabalhar, de maneira sistemática, com procedimentos e controles. A presidente da usina, Daniela Petribu Ribeiro Oriá, tem uma atuação direta na implantação e monitoramento do novo modelo de gestão, acompanhando inclusive os itens de controle para saber quais departamentos estão apresentando evolução – revela Arnaldo Andrade. “Há também uma agenda fixa de reuniões com vinte e três departamentos, que se encontram uma hora por mês comigo, para que seja possível adequar suas necessidades às informações e condições existentes e aos interesses da diretoria”, diz o gerente de Organizações e Métodos.

Nessas reuniões, ocorre a discussão de um projeto específico da área de segurança do trabalho – exemplifica. Os projetos e os itens do controle são também avaliados nas reuniões mensais dos comitês que foram formados a partir do novo modelo de gestão da usina. Os comitês de nível 3 contam com a participação dos gerentes que discutem os indicadores de cada área com as suas equipes. Parte desses itens são debatidos nos comitês nível 2, integrados por diretores e gerentes. As reuniões dos comitês nível 1, formados pela diretoria e a presidente, avaliam as questões mais relevantes ao negócio. No nível 1 estão incluídos o Comitê de Gestão (CGE), o Comitê de Gestão Comercial (CGC) e o Comitê de Gestão Financeira (CGF). O trabalho ainda valoriza o conhecimento e valorização da cultura, como forma de crescimento pessoal e renovação da mente. No Projeto Petribu Cultural sessões de cinema e temáticas assemelhadas à convivência harmoniosa e aprofundamento pessoal e profissional são trabalhadas com descontração. (RA)

Projeto Petribu Cultural, onde sessões de cinema e temáticas são trabalhadas com os funcionários

Usina prepara a base para adotar a governança corporativa Arnaldo Andrade considera que é fundamental preparar e aprimorar a base para o desenvolvimento de um sistema eficaz de gestão. Segundo ele, a Petribu fez inclusive o caminho inverso em relação à maioria das empresas para a implantação do processo de governança corporativa. “Geralmente ocorre a montagem e a preparação da direção do ponto de vista da gestão. A Petribu fez o contrário: foi preparando e treinando toda a equipe, desde o cortador de cana. Era necessário também ter o ônibus na hora certa, a ferramenta

apropriada e disponível para que tudo rodasse perfeitamente”, detalha. O trabalho esteve concentrado inicialmente na preparação da base. Em 2014 começaram os primeiros passos da governança corporativa quando a Daniela Petribu assumiu a presidência da usina e o Jorge Petribu passou a presidir o Conselho Administrativo – conta Arnaldo Andrade. “Havia um entendimento da diretoria em relação ao que estava acontecendo. Existia um plano estratégico. Foram definidos os papéis do Conselho e da diretoria”, diz. (RA)

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Colheita de cana gera diferentes demandas de espaçamento Com diversas opções de medidas para o sulco simples, duplo alternado e base larga, história do plantio acompanha mudanças na cultura e quebra paradigmas R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A estratégia da moderação e precaução é geralmente adotada por técnicos e especialistas de diferentes áreas quando questionados sobre qual é a melhor solução para determinada etapa do processo produtivo nas áreas agrícola e industrial. “Cada caso é um caso” – e outras frases similares – tem sido a resposta padrão. Essa opinião, genérica e despretensiosa, tornou-se também uma alternativa para as recomendações de espaçamento no plantio de cana-de-açúcar. Com diversas opções de medidas para o

sulco simples, duplo alternado e base larga, a história do espaçamento do plantio na cultura tem acompanhado as transformações e demandas geradas anteriormente pelo corte manual e, mais recentemente, pela colheita mecanizada, conforme demonstram estudos realizados pelo engenheiro agrônomo Victorio Laerte Furlani Neto, especialista em mecanização canavieira. Experiente na área, Furlani Neto – que desenvolve diversos trabalhos voltados ao plantio mecanizado – não costuma ficar “em

cima do muro” quando o assunto é espaçamento. Ele defende o base larga, sem desprezar os aspectos positivos dos outros sistemas. Para isto, utiliza diversos argumentos e explicações técnicas. O base larga, com espaçamento de 1,80 ou 2,00 metros, requer um menor caminhamento das máquinas, durante a operação de colheita mecanizada, em relação ao sulco simples, que exige um percurso de 6.666 metros lineares por hectare. No sistema base larga, a máquina – compara –

percorre 5.000 metros no espaçamento de 2,0 metros ou 5.555 metros no caso da utilização de 1,80 metro. Somente este fator já é suficiente para a redução de custos por tonelada colhida – observa. A possibilidade de utilização dos modelos de colhedoras usados no sulco simples ou no duplo alternado é outra vantagem do base larga, afirma Furlani Neto, que é professor aposentado do CCA/UFSCar – Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos, com sede em Araras, SP.

Base larga resolve problemas provenientes da mecanização Um dos grandes diferenciais do base larga é resolver diversos problemas ocasionados pela colheita mecanizada. Os espaçamentos utilizados neste sistema evitam o pisoteio das soqueiras e melhoram as condições do canavial, o que cria condições para o aumento da longevidade e da produtividade das plantações – destaca Victorio Laerte Furlani Neto. Esse sistema permite também a canteirização, ou seja, o cultivo exclusivamente na linha da cana, havendo a compactação somente na entrelinha. Uma linha no sulco do base larga pode medir, por exemplo, trinta centímetros no fundo e cinquenta na “boca”. Nesse sistema, há uma distribuição das canas mais no fundo

do sulco, ou seja, um melhor enraizamento. Em decorrência dessas condições, as mudas têm mais espaço para se desenvolverem, ocorrendo uma otimização no aproveitamento da luminosidade e do fertilizante pelas gemas. Apesar de ser pouco adotado no Brasil, o base larga já era estudado na década de 1970 por uma equipe de pesquisadores – da qual Furlani Neto fazia parte – do extinto IAA/Planalsucar. Atualmente, entre as poucas experiências, esse espaçamento começou a ser utilizado há três anos com sucesso pela Usina Jayoro, de Presidente Figueiredo, AM – informa. Segundo ele, esse sistema de plantio é bastante usado na Austrália, inclusive pelo maior produtor de cana-de-açúcar daquele país. (RA)


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Pisoteio e compactação provocam mudanças no plantio Duplo alternado ganha espaço nos canaviais

Na história do plantio de cana-de-açúcar no Brasil, o espaçamento de 1,40 metro era predominante nas unidades que tiveram as primeiras experiências com a colheita mecanizada, relata Furlani Neto em trabalho sobre o assunto.

Usinas que adotavam 1,40 metro passaram a utilizar o espaçamento de 1,50 metro para evitar que equipamentos transitem no limite da sulcação A adoção desse espaçamento – também utilizado em áreas com corte manual até 1990 – foi baseada nos primeiros resultados obtidos nos países tradicionalmente canavieiros e em pesquisas sobre o assunto, observa o especialista em mecanização de Araras. Alguns problemas começaram a surgir, em canaviais que utilizavam 1,40 metro, devido à proximidade das esteiras ou rodados das colhedoras às linhas de plantio ou nas socarias subsequentes que transitam, neste espaçamento, no limite da sulcação. “Qualquer tortuosidade nas linhas, tornase fácil pisotear as laterais das socarias com as colhedoras ou veículos de transportes no

talhão”, comenta. Em decorrência disto, fica difícil a descompactação sem prejudicar os stands de canas/metro, o que aumenta as falhas nas lavouras – constata. De acordo com ele, o pisoteio e a compactação foram os principais motivos para a alteração do espaçamento de 1,40 m para 1,50 m, dando uma folga de 10 centímetros. “Mas, isto ainda é muito pouco, obrigando o uso de georreferenciamento por GPS aliado a pilotos automáticos”, enfatiza. No sulco simples de 1,50 m é necessário adotar na colheita mecânica, as bitolas nos tratores e transbordos centrados, com 3 metros de centro a centro, e utilizar pneus de alta flutuação e medidas adequadas para manter espaço seguro de 0.20 centímetros das linhas de cana – recomenda.

Em seu trabalho intitulado “Espaçamentos de plantio da cana-de-açúcar”, Victorio Furlani Neto relata que os espaçamentos reduzidos de 0,90 m a 1,10 m – utilizados em áreas com colheita manual – apresentam um aumento considerável no número de colmos/ha, redução no peso dos colmos, o que resulta em ganho significativo de produtividade por área. Há dificuldades, no entanto, nesses espaçamentos para o tráfego de caminhões. Pesquisas realizadas na década de 1980 continuaram indicando melhores respostas aos menores espaçamentos – observa. “Mas, as colhedoras na época exigiam alterações do 1,10 m para o 1,40 m. Esse espaçamento tirou, portanto, os caminhões dos talhões, onde passaram a trafegar transbordos com 2,80 m de bitolas”, diz. (RA)

Com o crescimento da colheita mecanizada de cana crua, o sistema duplo alternado tem ampliado o seu espaço em diversos canaviais brasileiros, porque evita o pisoteio da soqueira – como ocorre com o base larga – que costuma afetar as plantações nos sistemas convencionais. Para desempenhar um importante papel na preservação dos canaviais, o duplo alternado – conhecido também como sulco duplo ou combinado – utiliza geralmente medidas, como 0,90 m x 1,60 m ou 0,90 m x 1,50 m. A adoção desse sistema de plantio requer, dependendo dos espaçamentos e dos modelos de máquinas utilizados, a realização de adaptações em algumas colhedoras. O menor caminhamento da máquina que percorre 4.000 metros por hectare no 0,90 x 1,60 m ou 4.555 metros no 0,90 x 1,50 m é um dos aspectos positivos do duplo alternado, conforme avaliação de Furlani Neto. Além disso, o sistema combinado tem o tráfego facilitado em todas as operações mecanizadas, maior estabilidade da colheita em solos declivosos, proporciona boa longevidade dos canaviais, entre outros aspectos positivos. (RA)


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ENTREVISTA — Fabrizzio Tenório de Carvalho

DOUTORES DA CANA! Os cases de quem partiu na frente na corrida pelas altas produtividades

de 50% de nossas áreas bem como a utilização de calcário e gesso em socaria. Tanto no plantio como na replanta de socaria procuramos a excelência na qualidade de sementes. Estamos utilizando mudas vindas de meristemas, bem como as pré-brotadas.

Fabrizzio Tenório de Carvalho é superintendente agrícola no Grupo Carlos Lyra e atua nas usinas Caeté, Cachoeira e Marituba. É formado em engenharia agronômica pela UFAL — Universidade Federal de Alagoas, possui mestrado em produção vegetal e especialização em gestão e tecnologia no setor sucroenergético, além de MBA em gestão financeira. JornalCana — Qual a sua visão sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo sucroenergético? Fabrizzio Tenório — Não há como sobreviver sem produtividade alta no setor sucroenergético. Não podemos depender apenas do índice de TCH. É preciso que tenhamos também um ATR alto. Então o que buscamos aqui no Grupo Carlos Lyra é um TPH — Tonelada de Pol por Hectare alto. Esse é o resultado mais importante. Com isso podemos entregar o açúcar, ainda em forma de cana, mais barato o que vai proporcionar rentabilidade às nossas empresas. Quais decisões vêm sendo tomadas que

Dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da cana-de-açúcar, a nutrição complementar via folha configura-se como uma ferramenta de relevância? Sem dúvida! A adubação foliar complementar é uma prática em nosso grupo desde 2004. Os resultados são consistentes desde que utilizemos todas as técnicas de maneira correta (análise foliar, recomendação de época de aplicação corretas) e um produto de qualidade é fundamental.

Fabrizzio Tenório de Carvalho

refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais? Nosso sistema de trabalho é baseado na irrigação, adubação por necessidade e produtividade, replanta, manejo varietal e qualidade de plantio. Como temos três das quatro unidades situadas no Nordeste a irrigação é o ponto de partida. Temos 90% de

nossas áreas irrigadas, o que nos proporciona ganho de produtividade e estabilidade na produção. A adubação de socaria é realizada 100% com análise de solo e a dose de acordo com a expectativa de produção. Quando necessário utilizamos a adubação foliar complementar. Outra prática relacionada com fertilidade é a aplicação de vinhaça em mais

Qual seria o melhor caminho rumo ao fim da crise? O setor sucroenergético, assim como toda a economia brasileira, vem sofrendo com a enorme crise que o Brasil está passando e só temos uma alternativa: produzir açúcar barato! Então isso nos obriga a ter alta produtividade e custo baixo. Esse é o caminho que está apenas em nossas mãos. Ubyfol 34 3319 9500 www.ubyfol.com.br


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Grupo Teston é reconhecido como um dos melhores do setor Empresa se torna referência, apontada como uma das mais especializadas em cana no Brasil O Grupo Teston de Cianorte, PR, se destaca desde 2008 por seus conhecimentos em todos os processos de plantação, desenvolvimento e colheita da cana. De acordo com a diretoria do grupo, o envolvimento da empresa para ajudar o setor a vencer os problemas aproximaa de seus clientes, porque nisto as usinas percebem que estão juntos na batalha. O diretor Paulo Teston conta que desde criança tem contato direto com o canavial, desde a plantação, passando até mesmo pela capinagem e corte. “Estamos aqui para dar o nosso melhor a um setor que é a nossa vida”, diz. O grupo conta com a colaboração de 650 funcionários diretos e mais de 900 colaboradores indiretos que ajudam a manter a empresa no nível de sucesso e empreendimento que se encontra. O principal objetivo de todo o trabalho é proporcionar alto rendimento com baixo custo operacional, além de manter compromisso com a sustentabilidade. Neste 2016 a Teston se empenha em dois novos projetos com promessa de revolucionar o sistema de colheita, oferecendo significativa redução nos custos de produção e menor compactação do solo. Não existe ainda uma data exata para a finalização do projeto e o lançamento do produto, que está sendo desenvolvido em segredo industrial. Os novos produtos aumentarão o portfólio de qualidade dos produtos da Teston já em operação. A Usina Alta Mogiana em São Joaquim da Barra, SP, utiliza os transbordos há anos, com resultados positivos, de acordo com Saulo Augusto de Almeida Cantasini, supervisor de produção

agrícola da unidade, que hoje possui mais de 20 equipamentos em operação. Depois de avaliarem o desempenho do produto, os técnicos da Alta Mogiana concluíram que o tempo de transbordagem foi 53% mais rápido em relação ao dos outros transbordos que utilizavam antes. O supervisor conta que a Alta Mogiana está caminhando para padronização das frotas com transbordos Teston, que têm um raio de giro menor em relação aos transbordos

convencionais, com menor pisoteio. “A experiência foi muito positiva. Nosso relacionamento com a Teston foi sempre bom. Um ponto principal foi terem recebido com muita abertura nossas críticas quando sugerimos oportunidades de melhorias, assim atendendo às nossas necessidades. Isso fortalece nosso bom relacionamento até hoje”, comenta Saulo Cantasini. A Teston é quem agradece porque as observações da usina têm ajudado em muito para que seus produtos melhorem a performance.


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ENTREVISTA - Paulo Sérgio Teston

Empresa investe no conhecimento dos mais velhos e na energia dos mais novos O diretor administrativo do Grupo Teston acredita no investimento em novas tecnologias, na recuperação do setor e que este é um momento espetacular para a contratação de talentos que foram dispensados na crise. Ele deu a seguinte entrevista ao JornalCana: JornalCana — Como vê a recuperação do setor nesse momento de crise? Paulo Sérgio Teston — Percebo que o setor está voltando ao seu normal, a um bom ritmo, já que antes sofria com as variações e baixas dos preços dos combustíveis e do açúcar no mercado internacional. Hoje vemos que está saindo dessa desagradável situação. Estou otimista com o futuro. Quais as estratégias da Teston para vencer as dificuldades da crise? Estamos apostando em produtos novos, com mais tecnologia. Estamos facilitando a aquisição dos equipamentos, com opções de compra e aluguel. Nossa prioridade é facilitar para o cliente, inovando nas tecnologias e trazendo novas opções de créditos.

Como está o investimento em tecnologia e em pessoas? Vejo que este é o momento certo de investir pesado em tecnologia para ganho de produtividade, qualidade e rendimento do setor produtivo. Empresas que não se atualizarem correrão sérios riscos de sucumbir no mercado devido à baixa competitividade. Por outro lado, o momento é espetacular para a contratação de talentos que foram dispensados na crise, e para pensar em profissionalizar nossas equipes com treinamentos específicos de cada área visando a profissionalização das equipes de trabalho. É hora de colocar em prática o conhecimento dos mais velhos com a energia dos mais novos. Esta pode ser a combinação ideal para o sucesso das empresas brasileiras que almejam o sucesso. A luz no fim do túnel está próxima? As usinas já tiveram momentos muito ruins em 2013 e 2014. Em 2015 as coisas começaram a melhorar, mas 2016 ainda é um ano difícil, porém com grandes expectativas de melhoras devido a preços tanto do álcool

Paulo Sérgio Teston, diretor administrativo do Grupo Teston

como do açúcar. A partir de 2017 não tenho dúvidas de que quem estiver preparado com canaviais produtivos terá sucesso, pois com a crise muitos deixaram de investir principalmente em plantio e muitas unidades foram obrigadas a fechar e encerrar suas atividades. Com isso se abre uma lacuna de demanda do mercado, ou seja, a velha lei da oferta e da procura. Acredito muito que no final deste ano os preços estarão ainda melhores e vão alavancar o setor novamente. Quais as perspectivas e as expectativas da Teston para o próximo ano e próximas safras? Nossas expectativas são de um ano de melhoras, mesmo que de forma tímida.

O setor está mais maduro e também mais seguro dos caminhos que deve seguir e as decisões que deve tomar. Temos em nosso conceito a inovação e a mudança, que neste momento são primordiais. Temos que ser mais ágeis nas tarefas do dia a dia, ganhar rendimento e baixar custo de produção, e para isso precisamos de ferramentas que forneçam esta condição a quem está no campo diariamente. Esta é a meta da Teston, poder participar do sucesso do setor sucroenergético com máquinas que sejam realmente projetadas para atender os requisitos básicos, criar a receita ideal e assim facilitar o desenvolvimento sustentável do setor.


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Gigante 22.000, o maior transbordo do planeta Em 2009 o Grupo Teston, empresa paranaense especializada em colheita de cana-de-açúcar, apresentou seu produto revolucionário chamado Gigante 22.000, o maior transbordo do planeta. O título se deve tanto por seu tamanho, quanto pela agilidade e economia na colheita, diminuindo os custos com óleo diesel e compactação do solo. O produto possui capacidade de 22 toneladas, a maior do mercado, tempo de descarga reduzido em até 40% em comparação aos convencionais, além de evitar acidentes e permitir transbordagem em locais declivosos e facilitar o carregamento para o operador da colhedora. O grupo já é reconhecido por sua inovação constante e gestão eficiente. Diversos testes foram realizados com o transbordo na região de Assis, São Paulo, e de acordo com os relatos, os equipamentos forneceram ajuda valiosa na viabilização das operações agrícolas, como redução no tempo de descarga e aumento de rendimento de carga, pois esse tipo de transbordo é múltiplo da Julieta e, na operação com trator, consegue bascular de uma só vez e completar a Julieta. O grande diferencial do equipamento é a redução do número de transbordagem por tonelada de cana gerando, assim, uma série de economias. Os testes foram feitos observando cinco conjuntos de transbordos Teston em pleno trabalho. Em uma única unidade, foram observados diversos resultados do Gigante. Segundo os colaboradores que acompanharam o teste, mesmo em terrenos irregulares é possível acrescentar grande quantidade de cana. No momento do transbordamento são visíveis a facilidade e a agilidade que o Gigante Teston proporciona, comparando com os demais produtos existentes no mercado. Para os operadores, o transbordo Gigante 22.000 da Teston facilita nas manobras operacionais, e além disso, permite estacionar com uma distância segura para transbordamento de até um metro em relação a Julieta, evitando acidentes que é um dos fatores de risco que muitas usinas têm como problema.

As principais vantagens do Gigante são o menor consumo de diesel por tonelada colhida, maior capacidade de carga e melhoria no rendimento da colhedora. Há redução da cana caída na operação de transbordo e maior

facilidade no engate e desengate. Reduz risco de acidentes ao estacionar. Permite maior agilidade nas manobras no canavial. Reduz acidentes com o elevador, facilita operações de marcharé,proporciona maior segurança em operação

noturna. Tem baixo custo de manutenção e possui bitola regulável de 2.400 a 3.000 mm, o que vem sendo favorável para as usinas. Menor raio de giro do mercado, com 1,09 metros interno, que facilida manobras com segurança.

NOVO PAVILHÃO POSSUI 3 MIL M2 Para abrigar a linha de robótica, A Teston construiu um novo pavilhão com 3 mil m2 em Cianorte, PR. Com isto, o tamanho do parque industrial foi ampliado para 10 mil m2 de construção e 90 mil m2 de pátio. “Com este investimento passamos a soldar roboticamente 90% de nossas máquinas, e toda a linha de corte de tubos passou a ser realizada por máquinas de Comando Numérico Computadorizado, o que minimiza erros, garante precisão, constância e qualidade”, explica Paulo Teston. Teston 44 3351-3500 www.teston.com.br


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Medidas adequadas dependem de diagnóstico específico Não existe solução única para interferências da mecanização na sistematização da área, espaçamento do plantio e adubação R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A mecanização mexeu com muita coisa no processo de produção de cana-de-açúcar gerando novas demandas na área agrícola. Para lidar com as mudanças que estão ocorrendo nos canaviais, surgiram novas opções tecnológicas e de manejo da cultura. Há ainda o esforço de pesquisadores, profissionais de usinas e empresas, que é voltado ao desenvolvimento de algumas soluções. “Nem tudo está na cartilha”, observa Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, de Piracicaba, SP. As usinas devem adotar medidas apropriadas à sua realidade a partir do diagnóstico feito por profissionais da área – recomenda. As soluções mais adequadas em relação à sistematização da área, espaçamento do plantio e adubação estão entre as demandas geradas pela mecanização.

Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Esalq/USP

O desafio é maior, em alguns locais, devido às condições da topografia, da distribuição fundiária, constata o professor

da Esalq/USP. A sistematização nem sempre pode ser feita somente em função da máquina – comenta.

Em diversas áreas na região de Piracicaba, SP, é muito difícil a máquina fazer um “tiro” longo – exemplifica. Há fundos agrícolas diferentes, áreas com declividade mais acentuadas – constata. Em relação ao espaçamento, ele diz que existem algumas alternativas, como o duplo alternado, que é considerado uma medida interessante sob os aspectos agronômico e tecnológico. “Mas, não há uma solução única que pode ser aplicada em todos os casos, até porque existem limitações financeiras para a substituição de uma frota”, afirma. A maioria das colhedoras, que é utilizada pelas usinas, não está adaptada para o duplo alternado. “Ninguém pode trocar uma frota de uma hora para outra” – enfatiza. Segundo Edgar de Beauclair, as soluções locais também devem ser consideradas. “Trabalhar em conjunto com o vizinho, principalmente para o fornecedor, pode ser muito interessante. É uma forma de reduzir os custos na colheita. Mas é preciso entrar em acordo sobre qual variedade vai ser plantada e diversas questões que precisam ser discutidas no momento do plantio”, pondera. Para o professor da Esalq/USP, algumas situações precisam ser realmente preservadas no manejo da cultura. “O que se espera é sistematização ao máximo e evitar pisoteio por meio de controle de tráfego e canteirização”, destaca.


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Canteirização e preparo profundo podem ser boas opções Para o plantio, a “semente” de cana tem se mostrado um caminho promissor, mas ainda depende de viabilidade comercial É necessário utilizar novas práticas para adaptar o plantio e a sistematização da área a um melhor desempenho da colheita, sem prejuízo das técnicas agronômicas, comenta Edgar de Beauclair. Outra preocupação deve estar voltada a adoção de medidas que assegurem maior eficiência na adubação. Entre as soluções que podem ser utilizadas nas áreas de cana, o professor da Esalq/USP destaca a canteirização, ou seja, o cultivo somente na linha de cana. “É um bom caminho que tem se mostrado bastante promissor até o momento. Mas, não quer dizer que seja o único”, diz. Além da canteirização, ele recomenda – em diversas situações – a realização do preparo profundo. “É interessante para o aprofundamento do sistema radicular. Melhora a resistência à seca, proporciona uma brotação muito melhor”, diz. Não pode ser feito, no entanto, em qualquer lugar. “Em alguns solos onde há tendência a adensamento e translocação de argila, essa tecnologia pode gerar problemas”, alerta. Em relação à mecanização do plantio,

Edgar de Beauclair diz que existem caminhos a ser trilhados que estão em fase experimental. Segundo ele, o custo do plantio mecanizado é bastante elevado, com uma eficiência agronômica muito baixa. As plantadoras apresentam diversos problemas em relação à distribuição de mudas – observa. Na avaliação do professor da Esalq, é preciso desenvolver novas máquinas e novas formas de plantio. “A ‘semente’ de cana, que é uma nova forma de propagação da cultura, tem se mostrado um caminho promissor. Se ele se tornar viável em termos comerciais

para grandes áreas, vai ser um avanço muito grande”, afirma. Outras demandas geradas pela mecanização das lavouras estão relacionadas à adubação. Com a palha, a tecnologia de aplicação e as fórmulas de fertilizantes precisam evoluir – constata Edgar de Beauclair. “A fonte mais comum de nitrogênio é a ureia que tem a eficiência muito baixa quando colocada em cima da palha. A perda fica em 70% do que é aplicado em diversos casos. E, dependendo das condições, pode-se perder até 100%”, comenta. É preciso incorporar o nitrogênio no solo.

De acordo com ele, quando há o controle de tráfego e a canteirização, há o ganho de um benefício paralelo. “Fica mais fácil fazer a aplicação, porque é possível tirar a palha somente de cima da linha. Pode ser feita uma aplicação mais direta, mais localizada”, recomenda. Há ainda a alternativa de se trabalhar com outras fontes de nitrogênio. “Existem opções no mercado de fertilizantes organominerais e minerais, como fonte de nitrogênio, com maior eficiência agronômica do que a ureia, que permite um trato com a palha”, diz. (RA)


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Micronutrientes proporcionam ganhos significativos de produtividade A mecanização promoveu uma grande mudança no ambiente de produção, que contribuiu por alguns aspectos para uma significativa redução de produtividade, afirma Israel de Andrade Lyra Neto, gerente regional da Ubyfol, de Uberaba, MG. Neste contexto, os investimentos em nutrição complementar – ou seja, a utilização de micronutrientes – são totalmente justificados devido a necessidade de busca constante pelas práticas de manejo que promovam a retomada desta produtividade e da longevidade perdidas – comenta.

Soluções disponibilizadas pela Ubyfol possibilitam aplicações compartilhadas de produtos de nutrição complementar com defensivos, evitando a necessidade de operações adicionais O setor tem negligenciado, de maneira geral, a importância da produtividade dos canaviais – observa. “Existem, no entanto, cases de sucesso de grupos, unidades e fornecedores que priorizaram a manutenção das boas práticas agrícolas e partiram na frente nesta corrida pela alta produtividade dando bastante importância para o manejo nutricional complementar”, enfatiza. Os ganhos de produtividade provenientes da utilização de micronutrientes nos canaviais costumam ser elevados. “A cana apresenta respostas muito significativas que chegam a superar os 15% em TCH, mostrando que a cultura é extremamente responsiva ao fornecimento adicional dos micronutrientes”, exemplifica Israel Lyra Neto.

Israel de Andrade Lyra Neto, gerente regional da Ubyfol, de Uberaba, MG

Segundo ele, os micronutrientes são fundamentais para o desenvolvimento de qualquer planta. “No manejo tradicional da cana-de-açúcar seu uso era tido como um tratamento extra, como um ‘remédio’ para ser posicionado em situações onde as deficiências nutricionais estavam nítidas”, relata. Em um manejo onde se busca explorar com mais eficiência o potencial produtivo das cultivares – ressalta –, é necessário o uso adicional dos micronutrientes buscando manter plenas as atividades fisiológicas da cultura, o que reflete em melhores rendimentos agrícola e industrial. Para obter resultados positivos na utilização desses produtos existe a necessidade de adoção de alguns cuidados. O principal fator de sucesso na aplicação dos

micronutrientes não está diretamente relacionado aos volumes usados e sim à eficiência da utilização destes elementos pela planta – diz. “Aplicações subsequentes, no plantio, via foliar no estágio vegetativo, na maturação e junto aos inseticidas no corte de soqueiras, apresentam resultados mais satisfatórios que os observados com uma única aplicação de altos volumes via solo”, compara. De acordo com Israel Lyra Neto, a principal vantagem da nutrição via foliar é poder aplicar os elementos que ficam prontamente disponíveis para serem metabolizados pelas plantas quando mais elas demandam esses produtos. Em culturas mais intensas, aplicações compartilhadas com defensivos, com baixas vazões, são práticas corriqueiras e que

exigem muita tecnologia para garantir a compatibilidade e a eficiência dos nutrientes e dos defensivos – constata. Com o aumento da incidência de pragas e doenças, os canaviais têm exigido soluções diferenciadas nessa área. A Ubyfol – com uma trajetória de 31 anos – oferece programas para a cana-de-açúcar, entre outras culturas, que garantem a compatibilidade dos nutricionais com os defensivos, além das baixas vazões, evitando a necessidade de operações adicionais. Desde o plantio até a maturação, a Ubyfol disponibiliza os programas mais equilibrados – afirma o gerente regional –, que efetivamente promovem os melhores ganhos em TCH e qualidade da matériaprima a ser disponibilizada para a indústria. (RA)


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Usina Atena cria campanha “I9 Cana” em busca da produtividade Objetivo do projeto é acabar com as falhas na lavoura de cana, as perdas na colheita e reduzir o pisoteio LUIZA BARSSI, DE VALINHOS, SP

A fim de eliminar em curto espaço de tempo e de uma vez por todas algumas anomalias que podem ser prejudiciais à produção, a Usina Atena, de Martinópolis, SP, criou para esta safra 2016/2017 um rigoroso e unificado controle de qualidade agrícola. Uma equipe de planejamento foi formada a partir dos departamentos de Controle, Pesquisa & Desenvolvimento Agrícola e os resultados já aparecem. Em uma primeira etapa, os colaboradores da Usina Atena foram treinados para criar e medir os padrões e metas préestabelecidas de rendimentos e qualidade das operações. No início desta safra, exatamente na quarta semana do mês de março a empresa lançou a campanha I9 Cana – em busca da produtividade. O projeto envolveu todos os departamentos e foi lançado em parceria com os setores de Preparo e Plantio, Tratos Culturais, Colheita e Transporte e Manutenção Automotiva. De acordo com os realizadores, a intenção do projeto em execução é acabar com as falhas na lavoura, as perdas na colheita e pisoteio. E para alcançar tais objetivos a empresa entendeu que precisaria começar com conscientização de todos os colaboradores da unidade. Segundo Paulo Vitor Prates Nogueira, coordenador de engenharia agronômica, o projeto se iniciou com a implantação do controle de qualidade agrícola, onde foram criados padrões e metas em busca de melhorar os rendimentos e principalmente a qualidade da operação agrícola em todos os departamentos,

Paulo Vitor Prates Nogueira, coordenador de engenharia agronômica da Atena

desde o preparado de solo, passando por plantio, tratos culturais e colheita. “Em maio nós criamos de fato o projeto, que possui até mesma identidade visual própria, com logotipo e ênfases nas etapas a serem concluídas, buscando que todos os colaboradores envolvidos direta e indiretamente nas operações tenham a conscientização de que a empresa busca melhores resultados agronômicos. Objetivamos ainda envolver também os colaboradores com ideias e sugestões que possam ser usadas nas rotinas de trabalho”, comenta Paulo. O projeto vem ganhando força com os treinamentos realizados mensalmente e com a divulgação dos resultados obtidos. Assim, consegue despertar e envolver a todos na melhoria da produtividade. Os primeiros cinco meses do projeto I9 já trouxeram resultados na melhora da qualidade do plantio e na qualidade da colheita. De acordo com o coordenador de engenharia agronômica, a empresa reduziu 30% do pisoteio e as perdas na colheita passaram de sete a três por cento. “O que chama

bastante atenção é a mudança de comportamento e preocupação da maioria dos colaboradores na adequação ao nosso sistema de qualidade”, comemora Paulo. O nome I9 do projeto não se refere a 9 ações específicas, como as conhecidas 5S e assemelhadas, informa Paulo Vitor. O projeto foi batizado assim porque a expressão soa forte e remete ao envolvimento de todos os departamentos da unidade, da área agrícola, passando pela motomecanização, industrial, com todos os seus setores e terminando na administração. A busca por produtividade é constante e precisa da participação de todos. Entretanto, mesmo com resultados positivos Nogueira conta que no início não foi fácil. A maior dificuldade foi a aceitação dos colaboradores aos levantamentos e auditorias feitas para levantar os números do que vinha sendo realizado e os novos alvos a serem perseguidos. “O projeto I9 veio para quebrar esse paradigma e resistência à nova ideologia de trabalho”, conta. “Hoje a aceitação é bem maior e os colaboradores participam com sugestões nas caixas de ideias deixadas em cada área de vivência”, finaliza Paulo. A Usina Atena é a maior empregadora do munícipio de Martinópolis. Está instalada na fazenda Bartira, a seis quilômetros da Rodovia Homero Severo Lins. À frente da companhia está o empresário Roberto Sodré Viana Egreja. As atividades tiveram início no começo de 2007, porém só em 2008 realizou-se a primeira safra completa, com moagem de 528 toneladas. O processo de expansão tem acontecido ano a ano, tanto no parque industrial quanto na área agrícola. O reflexo desta expansão justifica a precisão de moagem de 2015 que é de 1.110.000 toneladas e também o objetivo de chegar a 1.500.000 toneladas nesta safra 2016. A produção em 2015 foi de 1.105.000 sacas de açúcar e de 52.000 m3 de etanol. Já para este ano, deverão ser produzidos 1.500.000 sacas de açúcar e 55.000 m3 de etanol. A Companhia tem hoje uma área de plantio, entre próprias e arrendadas de 14.300 hectares, adquirindo de terceiros (fornecedores) 1.680 hectares.


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OLHAI PARA OS CAMPOS! Esalq inicia sistema de previsões climáticas e aprofunda estudos dos seus efeitos sobre a produtividade do canavial nas regiões produtoras LUIZA BARSSI, DE VALINHOS, SP

Em agosto deste ano, a Esalq — Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, lançou o Sistema TempoCampo – Esalq. O principal objetivo é apresentar cenários de previsão dos efeitos do clima sobre a produtividade no campo e subsidiar ações dos produtores rurais. Com o sistema, que é produto de diversos projetos de pesquisa, a área de modelagem agrícola e agrometeorologia da universidade tem sua primeira versão operacional disponibilizada na forma de uma ferramenta de apoio à decisão para o setor privado e instituições públicas. O professor Fabio Marin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas e coordenador do projeto, explica que se trata de uma robusta infraestrutura computacional e modelos calibrados para as condições brasileiras permitem antever com boa acurácia o efeito do clima sobre o desempenho das culturas ao longo da safra, buscando contribuir para reduzir a incerteza do mercado e subsidiar as ações dos produtores. Na primeira fase, estarão disponíveis dados para o cultivo de cana e o sistema atuará também com soja e milho. Para facilitar a leitura, o sistema apresenta o Coeficiente de Produtividade Climática — CPC, um indicador desenvolvido

Fabio Marin, coordenador do projeto Sistema TempoCampo

pelo professor Marin para representar o efeito do clima sobre o desempenho da cultura. Quando o CPC cai abaixo de um, a perspectiva é de que o clima da safra atual reduza a produtividade em relação à safra passada. Segundo o coordenador do sistema, a vantagem do CPC é que ele reúne e pondera todos os elementos climáticos registrados ao longo da safra (temperatura e umidade do ar,

temperatura do solo, radiação solar, chuva, vento) num único indicador, facilitando a interpretação do efeito do clima sobre o desempenho dos canaviais. O Sistema TempoCampo não faz a previsão de produção total da propriedade ou das regiões, mas avalia a variação da produtividade em relação à safra anterior. O Sistema não monitora a área cultivada em cada ambiente de produção, ciclo e época de colheita da cana-de-açúcar, ele também não contempla variações sazonais do efeito de pragas, doenças e daninhas, bem como na adubação entre uma safra e outra. Ele assume, portanto, que a única fonte de variabilidade entre as duas safras analisadas decorre do clima. Assim, para uso adequado da informação, o usuário do sistema precisa ponderar a área destinada da alocada em cada ambiente, ciclo e época de colheita, como os outros fatores que podem influir sobre o desempenho da cultura na sua região de interesse. De acordo com o coordenador, o desejo era simular em máquinas de computador, o desemprenho agrícola das culturas. Esse tipo de sistema já existia em outros países, o que fez com que a vontade de executá-lo fosse ainda maior. “A principal dificuldade surgiu nos experimentos de campo, pois demanda muito tempo e trabalho”, comenta Fabio. Marin conta que algumas empresas fizeram a validação do sistema, e comprovaram que foi eficiente para reduzir as incertezas do produtor nas safras, além de ajudar no planejamento. “Pode-se dizer que conseguimos dar números ao clima, o que ajuda muito as empresas, como se fosse uma nota climática”, explica. Fabio finaliza dizendo que o sistema está sendo constantemente aprimorado. Que as pesquisas em campo continuaram a estudar a cana-de-açúcar, e cada novidade ou nova observação é considerada a fim de fazer melhorias, tentando reduzir ao máximo os erros de previsão e deixar os produtores mais confiantes.


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Curso de fermentação trouxe conhecimento que gera resultados DANIEL OLINTO, DA R EDAÇÃO

Diretores, coordenadores e representantes de usinas participaram dos cursos de processos e fermentação e de destilação, desidratação e aproveitamento de vinhaça, promovidos pela ProCana e a Sinatub, nos últimos dias 14 e 15 de Setembro, no hotel Oásis Tower, em Ribeirão Preto Nessa edição o curso abordou temas como a evolução tecnológica no processo fermentativo, a importância da análise integrada do processo fermentativo, gerenciamento de perdas na indústria, entre outros. Para o vice-presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, o curso é fundamental para fazer networking e identificar as atuais necessidades do setor. “As usinas em geral são diferentes, mesmo

Luiz Augusto, Vagner Fernandes, Maria de Fátima, Josias Messias, Rafael Francisco, Thales Barreto, Paulo Barci e Guilherme Fernandes

os processos sendo parecidos. Por isso, é importante que os profissionais conheçam as especificidades dos seus processos para,

Participantes do curso em Ribeirão Preto

então, gerar melhores resultados”, afirmou. “O curso de processos e fermentação é interessante e a cada edição me surpreende

mais. A qualidade técnica e analítica dos ministrantes e participantes são evidentes, além de ser um local de rever os amigos, trocar informações e fazer negócios”, afirmou o engenheiro químico e diretor da FCS Engenharia, Fernando Cullen Sampaio. Para o consultor e palestrante no curso de processos e fermentação, José Ieda Neto, eventos como esse são fundamentais para distribuir conhecimento. “Conseguimos aprofundar em diversos assuntos, bem como, muitos conceitos aprendidos aqui, não são vistos nas universidades”, ressaltou. “Cada vez mais participantes e a qualidade dos palestrantes fazem dos eventos da Sinatub um sucesso. Além de trocarmos experiências, fazemos novas amizades”, elogiou Carlos Alberto Pedrosa. “Através de conceitos vistos nas palestras é possível aumentar os rendimentos das nossas usinas em valores significativos”, acrescentou.

Luiz Augusto, Josias Messias e Artur Ferratti

Curso na área industrial promove encontro de gestores do setor sucroenergético e apresenta novas tecnologias “O evento reúne técnicos que conhecem o que existe de mais moderno em tecnologia no setor”, afirma diretor Destilação, Desidratação e Aproveitamento de Vinhaça, foram temas também abordados no curso promovido pela ProCana Sinatub, no hotel Oásis Tower, em Ribeirão Preto (SP). O evento reuniu dezenas de representantes de usinas e apresentou novas tecnologias, processos e informações para o setor. Para o Consultor de Negócios da JW Equipamentos, Murilo Machado, o curso é um facilitador entre produtores de tecnologia e as usinas. “Hoje as indústrias buscam fazer mais com menos, por isso, devemos fortalecer essa parceria, incentivar a troca de experiências,

buscando sempre o melhor resultado”, afirmou. “Esses eventos são sempre positivos e acrescentam conteúdo técnico, informações e experiências aos representantes das indústrias e tomadores de decisões do setor”, diz Maria Sicchieri, diretora da VS Engenharia. “Além do mais, é possível atingir novos mercados, ampliar nosso campo de atuação e aumentar nossas perspectivas de negócios através do networking realizado durante os coffee breaks”, acrescentou. Segundo o engenheiro de aplicação da Citrotec e também palestrante no curso, Guilherme Fernandes, é importante falar de destilação e concentração de vinhaça. “O cenário atual do mercado sucroenergético está inclinado para o mercado de açúcar, entretanto, não podemos deixar de lado o etanol, combustível necessário para o Brasil e o mundo. Por isso, o evento amplia o espaço

para discutir essa realidade”, ressaltou. “O evento reuniu técnicos que conhecem o que existe de mais moderno em tecnologia no setor, visando aumentar a produtividade, vapor e outras áreas industriais das usinas”, acrescentou Thalles Barreto, diretor da Velho Barreto Consultoria. “Foi muito bom!”, concluiu. A exposição que o evento proporciona para as empresas parceiras, chamou atenção da consultora de negócios da Authomathika, Thaisa Almeida. “Foi possível encontrar com clientes e potenciais clientes durante o evento, um networking importante”, afirmou. Para Josias Messias, presidente do grupo ProCana Brasil e organizador dos eventos, “com estes dois cursos avançamos para alcançar o foco da Sinatub que é contemplar todas as etapas da área industrial, incluindo recepção, preparo, extração, tratamento de caldo, processos, fermentação, destilação,

desidratação, aproveitamento de vinhaça e fábrica de açúcar”. Ainda segundo Messias, a diversidade dos palestrantes colaborou para ampliar o leque de soluções técnicas disponíveis. “O conteúdo, profundidade, diversidade dos assuntos e os pontos de vista diferentes dos palestrantes, mesmo sendo da mesma área, acrescentou conhecimentos específicos aos participantes”, ressaltou. “Ousadia” foi a palavra da vez no painel de debates, durante o curso de Destilação, Desidratação e Aproveitamento de Vinhaça. Os convidados debateram o panorama atual e pontuaram as perspectivas tecnológicas para o futuro. “Precisamos buscar mudanças e excelência dentro do escopo de trabalho de cada um” afirmou Messias. “Se não é possível fazer grandes mudanças, devemos começar pelas pequenas”, finalizou.


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Usinas capturam ganhos significativos com implementação de Laços Fechados 29,5 MW/dia, 2% no rendimento fermentativo e 0,53% no rendimento da extração são alguns ganhos obtidos por usinas utilizando a tecnologia D A R E DAÇÃO

No início desta safra a Usina Estiva, de Novo Horizonte (SP), identificou uma oportunidade com fechamento de laço na parte de energia e vêm obtendo um incremento na exportação de Energia de 29,5 MW/dia, o que equivale a R$ 1.290,625 por safra. A Usina Gaúcha, do Grupo USACUCAR, do Paraná, identificou que a operação de alimentaçao das dornas, mesmo atenta, nao conseguia garantir o atingimento do tempo de carregamento e o controle de brix e vazão de mosto, pela impossibilidade de repetibilidade e ao fato das dornas terem capacidades diferentes. Já trabalhando com o S-PAA em Laço Aberto, a gestão da usina identificou a portunidade de controlar a alimentaçao das dornas com ART constante através da implementação de Laço Fechado. Consequência da repetibilidade, operação menos demandada, preparação e controle mais adequado das cubas, redução do consumo de insumos, melhoria na ocupação das dornas, facilitação da gestão da fermentação em Laço Aberto e da implementação do Laço Fechado, a Usina Gaúcha conseguiu um aumento de cerca de 2% no rendimento fermentativo. Já a Bevap, de João Pinheiro (MG), implantou o controle automático da

Histórico de implementações do “Laço Fechado” na área de açúcar e etanol

embebição da moenda por Laço Fechado do S-PAA, garantindo a constância da embebição % fibra e, por consequência, um aumento da nível de extração da moenda, evitando a geração de excesso de caldo, que na sequência consumirá vapor no seu tratamento/evaporação, além de garantir a umidade ideal do bagaçao que enviado às caldeiras. O resultado foi um incremento médio de 0,53% na extração, equivalente a 0,6149 t/h de ART, representando um ganho estimado de R$ 2 milhões de reais na safra, considerando o mix atual da Usina.


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Laço Fechado é coisa séria A tecnologia de otimização em tempo real tem sido aplicada desde 1995 pela Soteica no setor petroquímico e há 8 anos no mercado sucroenergético. Durante este período, a maioria destas implementações foram com controles em laço aberto, com o sistema recomendando a alteração de set-points com a finalidade de atingir alguns objetivos traçados pela empresa. Por exemplo, melhorar a eficiência, reduzir custo, reduzir a variabilidade, etc. Estas implementações mostraram-se bastante atrativas do ponto de vista econômico, com tempo de retorno ao redor de 3 meses, mas também por proporcionar um melhor conhecimento da planta através do fornecimento dos dados de balanço de massa e energia em tempo real. Nos últimos anos tem se verificado um interesse maior em fechar alguns destes laços de controles, em função da confiabilidade adquirida, automatizando a atuação das recomendações feitas pelo sofware em alguns setores específicos da planta. Além disto, a poderosa plataforma de simulação, otimização global e de comunicação nativa do SPAA tem sido utilizada para implementar lógicas específicas de automação.

As primeira implementações de Laço Fechado foram na área de Utilidades (energia) em função da instrumentação existente e dos benefícios quantificáveis obtidos pelo gerenciamento adequado do conjunto Caldeira/ Turbina/ Gerador e do controle do consumo de vapor de processo. A figura 1 ilustra, para o caso de energia, os pontos mais comuns de atuação do S-PAA em Laço Aberto (PDCA) e em Laço Fechado. A operação em Laço Fechado tem a vantagem de acelerar

o processo de captura dos ganhos previstos pelo sofware e pode agregar um ganho adicional nas operações onde a atuação manual demandaria um esforço e uma prontidão além do razoável. No entanto alguns requisitos básicos, cuidados e procedimentos devem ser observados. Aqui abordamos os requisitos básicos para que o “fechamento do laço” ocorra de forma segura e robusta.


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Requisitos e Cuidados Básicos para controle em Laço Fechado Os requistos básicos de um sistema para operação em Laço Fechado são: Capacidade do sistema operar em tempo real. Isto engloba (i) captura automática dos dados de processo e de qualidade; (ii) modelo aderente com a realidade operacional da usina; (iii) algoritmo de otimização com tempo de processamento inferior à frequencia requerida para atuação na planta. Reconciliação de Dados - Interrelacionamento dos dados lidos com o respectivo balanço de massa e energia Validação dos dados, incluindo a desabilitação da automação em função de variáveis críticas Lógica representativa do objeto da otimização Algoritmo de otimização que permita tratar das variáveis contínuas (por exemplo, produção de vapor ) e discretas ( decisão de operar ou não um equipamento). As do primeiro tipo podem ser manipuladas por set-point, mas as do segundo tipo necessitam de uma ação do operador Afinamento e adaptação do modelo às flutuações do processo. Estimativa do desbalanço e manutenção desta constante durante a otimização Interface com o sistema supervisório para escrita dos dados dos set-points otimizados Os cuidados principais referem-se a: Considerar as restrições operacionais diretas e indiretas. As diretas estão ligadas a restrição de equipamentos e as indiretas não estão ligadas a um equipamento, por exemplo multa contratual por exceder limite de exportaçao de energia. Reconciliação de Dados - Checagem da confiabilidade e da viabilidade dos dados Detecção de eventual problema de comunicação entre o otimizador e o supervisório

Solução com S-PAA controlando a alimentação da dorna Resultado - Aumento de cerca de 2% no rendimento fermentativo resultante da atuação em Laço Aberto e implementação de Laço Fechado na alimentação da Dorna com ART constante Repetibilidade, operação menos demandada, preparação e controle mais adequado das cubas, redução do consumo de insumos, melhoria na ocupação das dornas, facilitação da gestão do setor

Em termos de metodologia Desenvolvimento de uma boa compreensão dos parâmetros de otimização, suas restrições e seu relacionamento com o supervisório Identificação de novas estratégias de controle ou mudança nas estratégias existentes que são necessárias para implementar a otimização. Criar tags extras no supervisório com informações extras referentes à otimização do “Laço Fechado” Criar uma interface homem/máquina na tela do supervisório Ajustar o modelo e os limites das restrições Operação com comissionamento A observância destes requisitos, cuidados e o seguimento dos procedimentos irá garantir que as soluções de otimização sejam factíveis e gerem os benefícios planejados. Exemplos de Laços Fechados em usinas Usina Estiva (SP) - Laço Fechado na parte de energia Resultado - Incremento na exportação de Energia de 29,5 MW/dia , o que equivale a R$ 1.290,625 por safra Usina Gaúcha (PR) - Fermentaçao – Alimentaçao com ART constante e repetibilidade

Bevap Bioenergia (MG) - Controle de Embebição Moenda Oportunidade - A Usina utilizava uma estratégia tradicional de controle de vazão embebição, que se baseava na rotação do 1º terno da moenda, onde para cada patamar de rotação era utilizada uma vazão típica de embebição. Esta estratégia gerava uma grande variabilidade na embebição % fibra da usina e no fluxo de caldo para o processo. Esta variabilidade afetava a extração da moenda e o consumo de vapor de processo Solução - O S-PAA permite um controle automático da embebição da moenda. Esta atuação on-line garante a manutenção da constância da embebição % fibra da usina e por consequência o aumento da extração da moenda, uma vez que o S-PAA analisará a variação da fibra da cana processada, POL e umidade do bagaço, e seus impactos no controle da vazão de embebição O ajuste da quantidade ideal de água garante a melhor extração da moenda, sem excesso de água, que afeta umidade do bagaço que será queimado na caldeira. A quantidade correta de embebição evita que seja gerado excesso de caldo, que na sequência consumirá mais vapor no seu tratamento/evaporação e que também pode desequilibrar a operação do processo. Resultado - Incremento médio de 0,53% na extração, equivalente a 0,6149 t/h de ART, considerando a eficiência industrial Ganho estimado de aproximadamente R$ 2 milhões de reais, considerando o mix atual da Usina.


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Grupo americano aposta na tecnologia das peneiras rotativas da Equilíbrio Presentes no Brasil e América Latina com a tecnologia das Peneiras Rotativas, a empresa brasileira Equilíbrio acaba de avançar e alcançar uma nova região, chegando, desta vez, aos Estados Unidos.

Equipamentos com tecnologia brasileira conquistam tradicional grupo de usinas nos EUA Um tradicional grupo de usinas localizado no estado de Louisiana, na região sul daquele país, decidiu investir na tecnologia das Peneiras Rotativas para Caldo Misto adquirindo duas unidades do equipamento para as suas plantas, ambos com a mesma capacidade de 700 TCH. Um dos equipamentos já se encontra em operação e o próximo startup acontece agora no mês de setembro. Este é um dos produtos da linha e tem como função atuar no processo de filtragem do caldo misto proveniente da moenda. “Estávamos há cinco anos estudando o mercado americano e de que forma poderíamos contribuir com as nossas soluções de melhorias de processo. Tivemos uma excelente receptividade, já que o setor naquele país está direcionando os seus

Luís Carlos Júnior, diretor comercial da Equilíbrio, ao centro, em apresentação do case da peneira à pressão na Flórida

investimentos para essa área”, explicou Carlos Alberto Celeste Jorge, presidente da Equilíbrio. A Equilíbrio também esteve recentemente em San Petersburg, Flórida, durante um seminário técnico para apresentar o estudo de caso da Peneira Rotativa à Pressão, um dos

mais novos equipamentos da marca com desenvolvimento 100% nacional. O case selecionado pela ASSCT — The American Society of Sugar Cane Technologists, foi apresentado por Luís Carlos Júnior, diretor comercial da Equilíbrio, por ser uma tecnologia única no mundo e com dados

expressivos de eficiência na separação de sólidos no segundo peneiramento do caldo misto, com retenção de bagacilhos de até 97%. Equilíbrio Perfeição em Movimentos 16 3946 2433 www.equilibrio.ind.br


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Tecnologias inovadoras aprimoram preparo e extração Com desfibrador extrapesado – que substitui sistema convencional –, usina de João Pinheiro obtém índice de preparo de até 92% R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Inovações tecnológicas nos sistemas de recepção, preparo da matéria-prima e extração do caldo estão proporcionando ganhos financeiros e de eficiência que chegam a ser surpreendentes em diversos casos. Bevap, de João Pinheiro, MG, tem adotado algumas tecnologias e procedimentos avançados

A utilização do desfibrador extrapesado no preparo – que substitui o sistema convencional com picador –, da camisa de alta drenagem em moendas e do software SPAA são algumas soluções que estão gerando diversos benefícios para unidades industriais de usinas e destilarias. Além disso, algumas medidas para o aperfeiçoamento dos sistemas de limpeza de cana têm melhorado a qualidade da matériaprima que está sendo transportada para a indústria, junto com maior quantidade de impurezas minerais e vegetais, devido à mecanização da colheita.

Um case de sucesso relacionado à recepção, preparo e extração, apesar dos recentes aprimoramentos e modificações ao sistema, é o da Bevap Bioenergia, de João Pinheiro, MG, que tem adotado algumas tecnologias e procedimentos avançados, de elevada eficiência. No processo de preparo da matériaprima para extração, por exemplo, essa usina conta com desfibrador extrapesado com potência instalada de 6.500 cv – informa Fernando Cesar Calsoni, gerente da Divisão Industrial da Bevap. “Alcançamos até 92% de IP – Índice de Preparo, o que para o

difusor é muito importante em função da extração”, afirma. A desativação de picadores no preparo, em decorrência da nova configuração dessa etapa do processo, possibilitou redução do consumo de energia e do custo de manutenção. O sistema de extração dessa unidade sucroenergética de João Pinheiro é composto por um difusor para 12.000 toneladas de cana por dia, com um pré-max e um terno de secagem de 90 polegadas após o difusor – detalha – para enquadramento da umidade do bagaço, que registra atualmente uma média de 48,5%.


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S-PAA e camisa perfurada elevam eficiência do processo Software, que trabalha como um Super Consultor 24 horas, proporciona ganhos de aproximadamente 0,53% na extração na Bevap A instalação de camisa de alta drenagem – conhecida como camisa perfurada – no rolo superior do pré-max e do terno de secagem é um dos destaques do processo de extração da Bevap. Somente a adoção dessa tecnologia, para o aprimoramento do processo de extração, é responsável por ganhos de R$ 2,8 milhões por safra em decorrência da diminuição da umidade do bagaço – revela Fernando Calsoni. Essa medida possibilita um melhor aproveitamento da biomassa, o que está permitindo um aumento da venda de bioeletricidade. Os benefícios provenientes da instalação da camisa de alta drenagem não param aí. “Proporciona melhor extração já que parte do açúcar que ainda está no bagaço, retorna para o difusor, no nosso caso”, diz o gerente da Divisão Industrial. Outra iniciativa importante da Bevap foi o controle em laço fechado pelo software S-PAA, da Soteica, em quatro pontos: controle de água de embebição, fluxo de caldo para o processo, carregamento automático de dornas e controle da pressão do vapor de escape das turbinas – informa. “Com essa medida, o nosso objetivo foi buscar uma melhor eficiência do processo como um todo. Após visitas a usinas que já utilizavam o S-PAA, vimos uma oportunidade para extrair o máximo possível da planta industrial”, enfatiza Fernando Calsoni. Com ganhos de aproximadamente 0,53% na extração, o que equivale a algo em torno de R$ 2 milhões, o software tem agregado valor, de maneira significativa, ao processo industrial dessa unidade sucroenergética.

Bevap: instalação do software S-PAA, da Soteica, foi considerada iniciativa importante

O S-PAA – utilizado por diversas usinas – não gera benefícios somente para o processo de extração. Trabalha como um Super Consultor 24 horas, gerenciando todos os equipamentos e processos da planta industrial para a máxima performance operacional e econômica. Este software faz a simulação e otimização em tempo real. A implementação pode ser modular (energia, processos e laço fechado). Desenvolvido pela Soteica, o S-PAA é uma das soluções disponibilizadas pelo Pró-

Usinas – por meio de parceiros estratégicos – que apresentam, em curto prazo, resultados comprovados no incremento da eficiência e da rentabilidade das usinas.

SISTEMA DE LIMPEZA A SECO Para o aprimoramento do sistema de preparo e extração, a Bevap adotou outras medidas, como modificação da placa desfibradora do extrapesado, reinjeção de água no difusor, melhorias das roscas afofadoras e tambor de retorno da corrente do difusor, de acordo com o gerente da Divisão

Industrial da usina. A Bevap conta ainda com um sistema de separação de impurezas composto por dois módulos de limpeza a seco por ar insuflado. A implantação ocorreu em 2011. “Houve três modificações e melhorias, após o projeto inicial ter sido colocado em marcha”, observa Fernando Calsoni. Segundo ele, a eficiência de redução de impurezas é de 48%. “É claro que o resultado depende da matéria-prima, clima, além de condições de operação do sistema”, pondera. (RA)


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Personalidades se reuniram em Sertãozinho para participar das homenagens aos destaques do setor Representantes de 75% da produção do setor sucroenergético do país estiveram presentes na noite de 22 de agosto, em Ribeirão Preto, SP, para a 28ª edição do prêmio MasterCana Centro-Sul. Cerca de 200 pessoas, grande parte de usinas e grupos produtores, acompanharam as homenagens aos destaques do segmento neste ano. Foram premiados executivos de dez usinas e grupos sucroenergéticos. Também receberam troféus as empresas do setor com melhor administração e as que mais se destacaram ao longo da última safra. O troféu de Líder do Ano coube a Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica — União da Indústria de Cana-deAçúcar, José Francisco Santos, presidente da JF Citrus e do Conselho de Administração da CMAA foi premiado como Empresário do Ano e Lodovico Trevisan Filho, diretor presidente da Bevap — Bioenergética Vale do Paracatu, foi o Executivo do Ano. Os Profissionais do Ano de 2016 foram: Hugo Cagno Filho, diretor executivo do Grupo Humus e Usina Vertente na categoria administração; Marcia Cubas, diretora de gestão de pessoas, jurídico trabalhista e sustentabilidade do Grupo São Martinho na Área de Recursos Humanos; Fernando Cesar Calsoni, gerente da divisão industrial da Bevap na Área Industrial; Geraldo Donizetti

de Oliveira Homem, gerente industrial na Odebrecht – Polo Eldorado na categoria de Bioenergia e Carlos Henrique Pereira Marques, diretor de produção da Usina Coruripe na Área Agrícola. A Orplana — Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil recebeu o prêmio como Destaque Institucional. Os ganhadores do troféu do MasterCana desempenho foram: Usina Diana, em Estratégia e Gestão; Cerradinho

Bioenergia, em Gestão Agroindustrial; Bevap Bioenergia, em Gestão Financeira; Guarani Grupo Tereos, em Bioeletricidade; Usina Vertente, em Automação e Controle de Processos; Destilaria Dcoil, em Tecnologia na Produção de Álcool; Usina Açucareira Guaíra, em Tecnologia Agrícola. A Usina Pitangueiras conquistou dois prêmios, em Tecnologia da Informação e Comunicações e Eficiência Industrial; assim como a BP Biocombustíveis, em Gestão Comercial e

CCT Mecanização Agrícola e a Usina São José da Estiva, em Eficiência na Extração e Manutenção Automotiva. O Prêmio MasterCana Centro-Sul 2016 teve como Patrocinador Master a TGM Turbinas Indústria e Comércio Ltda e como Patrocinadores Standard: a Sanardi Engenharia, São Francisco Gráfica, CPFL Energia, Authomathika, JW Equipamentos, Solenis, Ubyfol, Koppert, Pró-Usinas e Markanti Tecnologia.

CONFIRA OS PREMIADOS DO MASTERCANA CENTRO-SUL 2016

Líder do Ano

Empresário do Ano

Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica — União da Indústria de Canade-Açúcar

José Francisco Santos, presidente da JF Citrus e do Conselho de Administração da CMAA “Foi uma grande honra ser premiado como Empresário do Ano, ainda mais por ter recebido de um grupo de tamanha credibilidade. Além de estar competindo com empresas eficientes, faz pouco tempo que estou no setor sucroenergético e com isso, o prêmio se tornou mais significativo ainda”, comemora José Francisco Santos.

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Executivo do Ano Lodovico Trevisan Filho, diretor presidente da Bevap — Bioenergética Vale do Paracatu

Profissional do Ano – Administração Hugo Cagno Filho, diretor executivo do Grupo Humus e Usina Vertente

Profissional do Ano – Área de Recursos Humanos

Profissional do Ano – Área Industrial

Marcia Cubas, diretora de gestão de pessoas, jurídico trabalhista e sustentabilidade do Grupo São Martinho

Fernando Cesar Calsoni, gerente da divisão industrial da Bevap

Profissional do Ano – Bioenergia

Profissional do Ano – Área Agrícola

Geraldo Donizetti de Oliveira Homem, gerente industrial na Odebrecht – Polo Eldorado

Carlos Henrique Pereira Marques, diretor de produção da Usina Coruripe

MasterCana Desempenho – Gestão Agroindustrial

MasterCana Desempenho – Estratégia & Desempenho

Cerradinho Bioenergia, representado por Fernando Eduardo Amado Tersi, diretor de Operações Agroindustriais

Usina Diana, representada pela Doutora Renata Sodré Junqueira, presidente do Conselho da Diana


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MasterCana Desempenho – Gestão Financeira

MasterCana Desempenho – Gestão Comercial

Bevap Bioenergia, representado por Marcos Morais, diretor financeiro

BP Biocombustíveis, representado por Edi Castro, gerente comercial de açúcar

MasterCana Desempenho – Tecnologia da Informação e Comunicações

MasterCana Desempenho – Bioeletricidade Guarani Grupo Tereos, representado por Alexandre Jardim, diretor industrial da Guarani

Usina Pitangueiras, representada por Alex Lima, gerente de tecnologia e informação

MasterCana Desempenho – Eficiência na Extração Usina São José da Estiva, representada por Edgar Sakamoto Tsunoda, gerente de manutenção e utilidades

MasterCana Desempenho – Automação & Controle de Processos Usina Vertente, representada por Roberto Oliveira, gerente industrial

MasterCana Desempenho – Tecnologia Agrícola

MasterCana Desempenho – Manutenção Automotiva

Usina Açucareira Guaíra, representada por Gustavo Villa Gomes, diretor agrícola

Usina São José da Estiva, representada por Oudelso Junior que atua como gestor


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MasterCana Desempenho – CCT & Mecanização Agrícola BP Biocombustíveis, representado por Alex Frank Ravásio Squinca, gerente corporativo de motomecanização

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FORNECEDORES MAIS INDICADOS

Soluções em Geração & Cogeração de Energia Elétrica Sanardi, representado por Berilo Bezerra, diretor comercial

Administração – Serviços São Francisco Gráfica, representado por Valdenize Uzuelle Cardoso, diretora de administração vendas

Agrícola/CCT – Produtos & Insumos Markanti, representado por Adriano Cantadeiro, diretor-presidente

Agrícola/CCT – Produtos & Insumos Ubyfol, representado por Israel de Andrade Lyra Neto, gerente regional São Paulo

Industrial – Produtos & Insumos

Comercialização & Finanças

Solenis, representado por Wanderley Flosi Filho, vicepresidente América Latina

CPFL Brasil, representada por Daniel Marrocos Camposilvan, diretor da CPFL Brasil

Elétrica & Automação

Industrial – Máquinas & Equipamentos

Authomathika, representada por Antonio José de Gusmão, que atua como diretor da empresa

JW Equipamentos, representado por José Luiz Maria, diretor de operações e Carlos Eduardo Martins, diretor industrial


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FORNECEDORES MAIS INDICADOS

Industrial – Máquinas & Equipamentos

Industrial – Produtos & Insumos

Citrotec, representada por Bernardo Câmara Neto, diretor

Prosugar, representado pelo diretor Roberto Maia

Industrial – Produtos & Insumos

Administrativa – Serviços Agrho, representada por Renato Fazzolari, diretor

Engclarian, representada por Erlon Michel Zanarotti, gerente comercial

Agrícola/CCT – Máquinas & Equipamentos

Agrícola/CCT – Produtos & Insumos

Sergomel, representada por Osvaldo Ilceu Gomes, diretor presidente

Unimil, representada por Leandro Zotelli, gerente de vendas

Agrícola/CCT – Torres Alfatek, representada por Isabela Vacari, que atua na área comercial


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Usina São José da Estiva é tricampeã do MasterCana Social Pelo terceiro ano consecutivo, a Usina São José da Estiva de Novo Horizonte, em São Paulo, foi premiada como Empresa do Ano em Responsabilidade Socioempresarial no MasterCana Social 2016. A usina apresentou um total de 17 cases e recebeu 7 reconhecimentos entre troféus e certificados, sendo quatro em primeiro lugar nas categorias Educação & Cultura, Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida e Comunidade, dois em segundo lugar em Saúde Ocupacional e Desenvolvimento Humano e um em terceiro lugar em Valorização da Diversidade. Promovido pelo Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria — Gerhai e em parceria com a ProCana Brasil, o Prêmio MasterCana Social laureou empresas destaques do ano na área socioambiental, no último dia 22 de agosto, em Ribeirão Preto, SP. A homenagem aconteceu durante a cerimônia do MasterCana Centro-Sul, que reuniu cerca de 350 representantes de usinas e empresas fornecedoras do setor. Em sua 9ª edição, o Prêmio MasterCana Social recebeu 103

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cases, sendo 94 de usinas, 03 de entidades e 08 de empresas fornecedoras. Todos os projetos foram analisados minuciosamente por uma “Comissão de Notáveis”, que se reuniu no auditório MBF Agrobusiness que fez auditoria em todo o processo de votação. O MasterCana Social tem por objetivo

incentivar, reconhecer e premiar práticas de gestão de pessoas e responsabilidade socioambiental das empresas sucroenergéticas do Brasil, como também das entidades representativas e das empresas fornecedoras de produtos e serviços ao setor.

PREMIADOS MASTERCANA SOCIAL

Glória Green e Roberto Holland

Mônica Alcântara, responsável por sustentabilidade da Odebrecht e Luis Gaião

Categoria Educação & Cultura

Categoria Sustentabilidade & Meio Ambiente

São José da Estiva

Odebrecht Agroindustrial

Case vencedor: Projeto Mãos Dadas

Case vencedor: Florestinha

Pensando no bem emocional e tranquilidade do funcionário e sua família, a empresa criou o projeto para manter profissionais na área da psicopedagogia e psicologia para identificar e trabalhar com crianças, orientar os pais acerca da melhor forma de lidar com os filhos e fazer a relação entre escola, criança e família. Juntamente com a orientação aos pais e cuidado com as crianças, a empresa também faz a entrega do Kit escolar no início do ano letivo para todas as crianças filhas de funcionários e algumas crianças da comunidade. Esse projeto, além de ajudar os funcionários financeiramente, também estimula os pais a manterem seus filhos matriculados regularmente no período escolar, pois muitas vezes os pais não dispõem de condições financeiras suficientes para a compra de material escolar.

O Projeto Florestinha surgiu para promover a sensibilização ambiental e ocupar os horários ociosos de jovens e adolescentes em vulnerabilidade, com a intenção de socializá-los e tirá-los desta situação. Atualmente o Projeto Florestinha conta com 400 alunos em todo estado. O projeto partiu da necessidade de formar jovens mais conscientes por meio da Educação Ambiental, caminho mais eficaz para a preservação dos recursos naturais.

1º colocado: São José da Estiva – Projeto: Mãos Dadas 2º colocado: Grupo São Martinho – Projeto: Centro de Educação Ambiental 3º colocado: São José da Estiva – Projeto: Cinecoteca

1º colocado: Odebrecht – Projeto: Florestinha 2º colocado: Nardini – Projeto: Nardini Sempre Verde 3º colocado: Santa Terezinha – Projeto: Semeando o Verde


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PREMIADOS MASTERCANA SOCIAL

Danilo Santos, gerente de gestão de pessoas do Grupo São Martinho

Cinthia Xavier Martins de Lima, gerente de recursos humanos da Usinas Itamarati

Categoria Valorização da Diversidade

Categoria Saúde Ocupacional

Grupo São Martinho

Usinas Itamarati

Case Vencedor: Projeto Inclusão Social e Economicamente Ativa da Pessoa com Deficiência

Case vencedor: Qualidade de Vida do Trabalhador em Primeiro Lugar

A iniciativa promove cursos de capacitação profissional para pessoas com deficiência com o objetivo de prepará-las para o ingresso no mercado de trabalho. O programa já qualificou nos cursos de Aprendizagem em Almoxarife e de Assistente Administrativo, cerca de 160 pessoas com deficiência. Os cursos são realizados nas cidades localizadas na região onde estão instaladas as unidades do Grupo São Martinho e da Nova Fronteira Bioenergia e são promovidos com o apoio das prefeituras municipais por meio de suas secretarias de Saúde e Educação. A qualificação profissional é conduzida pelo SENAI, que conta com professores especializados, treinados para a educação de pessoas com deficiência, e é acompanhada por equipe multidisciplinar. Os cursos têm duração de 800 horas distribuídas durante um ano letivo. No período de participação nos cursos, as pessoas com deficiência são contratadas pela companhia no cargo de aprendizes. Os PcD passam por processos de seleção e integração antes de assumirem seus postos em diferentes áreas da unidade. O projeto ainda proporciona aos participantes a elevação da autoestima, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, possibilidade de ingresso no mercado de trabalho e, consequentemente, aumento da renda. 1º colocado: São Martinho – Projeto: Inclusão Social e Economicamente Ativa da Pessoa com Deficiência 2º colocado: Usina Santa Isabel – Projeto: Mostrando a Eficiência do Deficiente 3º colocado: São José da Estiva – Projeto: Diferentes e Iguais

Categoria Desenvolvimento Humano

A Itamarati, preocupada com a condição em que se encontrava a empresa, no tocante aos acidentes de trabalho, priorizou, entre outras ações, a definição de políticas de segurança e a criação de um programa composto de diversas ferramentas para a prevenção dos acidentes. Estabeleceu como Política de Segurança e Saúde Ocupacional da Usinas Itamarati a execução de todas as atividades de maneira segura e responsável, respeitando e preservando a saúde e a integridade física das pessoas, prevenindo acidentes envolvendo máquinas e equipamentos. Além dessas ações sistêmicas, foram desenvolvidas ações pontuais, como: controle de anomalias, formação da brigada de emergência, desenvolvimento de campanhas de saúde e segurança do trabalhador, realização de treinamentos diversos, instituição de SIPAT, elaboração e implantação do projeto de sinalização, correção das condições inseguras diversas, elaboração de procedimentos operacionais, intensificação da aquisição e utilização de EPI’s, PAE – plano de ações emergenciais, controle estatístico, avaliação de agentes ambientais para fins de elaboração do PPRA, instalação de barracas sanitárias, abrigos, bancos e mesas em frentes de trabalho, entre outras. Também foi instituído o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas, como diabetes e doença cardiovasculares e outros de prevenção e manutenção da saúde e segurança do funcionário, e tantos outros que buscam a qualidade de vida, com saúde e segurança do trabalhador: Programa de Proteção Respiratória; Programa de Conservação Auditiva; Programa de Saúde da Mulher e Ginástica Laboral. 1º colocado: Usinas Itamarati – Projeto: Qualidade de Vida do Trabalhador em Primeiro Lugar 2º colocado: São José da Estiva – Projeto: Noites Iluminadas 3º colocado: São Martinho – Projeto: Caçadores de Risco

São José da Estiva

Categoria Destaque Empresa Fornecedora

Case vencedor: Incentivando o Saber

São Francisco Sistema de Saúde Vencedor: Sr. Carlos Eduardo Prebelli

A Usina São José da Estiva investe em seus colaboradores, qualifica sua mão de obra a fim de garantir seus empregados, diminuir a rotatividade da empresa e ainda os motiva a se desenvolverem profissionalmente e alcançar sucesso profissional. A melhor maneira de alcançar o sucesso é através da educação. Com o objetivo de estimular o desenvolvimento de nossos colaboradores, a Usina São José da Estiva proporciona aos seus colaboradores a chance de completar os estudos, com isto, é concedido bolsas de estudos para cursos de nível técnico-profissionalizante, graduação, pósgraduação, visando o aprimoramento dos colaboradores face às suas atividades atuais e futuras. 1º colocado: São José da Estiva – Projeto: Incentivando o Saber 2º colocado: São José da Estiva – Projeto: Aprendendo na Prática 3º colocado: Santa Terezinha – Projeto: Agentes da Mudança

1º colocado: Sr. Carlos Eduardo Prebelli da São Francisco Sistema de Saúde 2º colocado: Sr. Gilson Zanella do Grupo VB e Rápido Luxo Campinas 3º colocado: Sr. Nayrton Figueiredo da Apetit Serviços de Alimentação


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PREMIADOS MASTERCANA SOCIAL

Célia Regina, assistente de benefícios da Usina São José da Estiva

Rosmarli Guerra, supervisora de responsabilidade social e comunicação

Categoria Qualidade de Vida

Categoria Comunidade

São José da Estiva

Usina São José da Estiva

Case vencedor: Vida Nova

Case vencedor: Projeto Circulando Cultura

O projeto “Vida Nova” preza acompanhar a vida gestacional da futura mamãe e seu filho desde a primeira consulta para receber a grande notícia que o exame é positivo, o pré-natal, o nascimento, a fase de puericultura até aos 12 anos da criança. Como o período gestacional o organismo da mulher se prepara para abrigar um novo ser, uma vida, consequência de intensas mudanças psicológicas, emocionais, fisiológicas e sociais. Ao mesmo tempo em que a mulher sente muita alegria e realização em saber que está grávida, também tem receio e medo do que está por vir. O papel de mãe acarretará mudanças na estrutura familiar, pois ela terá que dividir suas preocupações entre esposo, filhos, profissão e lazer. O pré-natal é a assistência no qual o médico cuida da saúde e bem-estar da gestante e bebê, prevenindo precocemente possíveis problemas de saúde. Portanto é fundamental por meio desse acompanhamento orientá-las a se situar de uma maneira equilibrada e tranquila. O curso de gestantes vem complementar o pré-natal, através de informações concretas e seguras de profissionais experientes, esposo e mulher podem esclarecer suas dúvidas e se sentirem mais confiantes, por isso é destacada a importância da participação do pai em todos os processos da gestação, que vai da fecundação ao nascimento do bebê. Além dos cuidados com o recém-nascido, o objetivo é reduzir a ansiedade da futura mamãe, ambos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas, colaborando mais com o nascimento do filho.

O projeto Circulando Cultura é uma expansão do que a Usina Estiva já realiza na OECA — Oficina Educacional da Criança e do Adolescente, associação sem fins lucrativos fundada em 1998, que atende crianças e adolescentes de famílias carentes da cidade, e também no Centro Cultural Gino de Biasi Filho, com aulas de música no projeto Soarte. Há sete anos, a Usina Estiva contribui para a manutenção da entidade, porém, diante da necessidade de melhorar o atendimento buscando novas perspectivas para os beneficiados, a empresa e a entidade se juntaram para criar o projeto “Usina Cultural” que possibilitou o patrocínio via lei de incentivo à cultura (ProAc). Em 2016 o projeto foi aberto para a comunidade, ampliando a oferta de vagas em diversos cursos. Hoje são mais de 160 vagas nos cursos de Canto Coral; Violão; Teatro e Dança, no Centro Cultural Gino de Biasi Filho, e outras 60 na OECA.

1º colocado: São José da Estiva – Projeto: Vida Nova 2º colocado: São Martinho – Projeto: Corrida SM 10km 3º colocado: Virgolino de Oliveira – Projeto: Campeonato do Bem

1º colocado: São José da Estiva – Projeto: Circulando Cultura 2º colocado: Odebrecht – Projeto: Juntos pela Comunidade 3º colocado: Viralcool – Projeto: Joga Tênis

Categoria Comunicação & Relacionamento

Grupo São Martinho Case vencedor: Projeto Gestão da Ética

Categoria Entidade Destaque do Setor

O Grupo São Martinho oficializou o Código de Ética e de Conduta Profissional da companhia em 2011. Como ação derivada, nasceu o Canal Ético. O objetivo principal era estabelecer um canal de comunicação independente e com credibilidade, no qual o colaborador pudesse relatar comportamentos e situações irregulares que viessem a comprometer a reputação da empresa como assédio moral, sexual e favorecimentos. O Canal Ético também está aberto para todos os públicos externos que se relacionam com a companhia, que têm acesso aos contatos pelo site da empresa e veículos de comunicação como jornais e revistas internos. Desde sua criação, o Canal Ético tem evoluído em números de recebimento de chamados, mostrando que o colaborador e os usuários confiam na ferramenta de comunicação, uma vez que a utilizam cada vez mais. A credibilidade e confiabilidade se devem pela forma independente, sigilosa e eficiente como funciona o canal. Administrado por uma empresa terceira que garante a isenção e a credibilidade do serviço, disponibiliza a todos os colaboradores canais de comunicação, como: e-mail, telefone e correspondência, garantindo a total confidencialidade das informações.

Siamig Case vencedor: Circuito Cultural de Uberaba 1º colocado: Siamig – Projeto: Circuito Cultural de Uberaba 2º colocado: Cooperativa dos Plantadores de Cana de Piracicaba – Projeto: Renascentes 3º colocado: Associação de Fornecedores de Cana de Guariba – Projeto: Cana Sustentável

Mário Ferreira Campos Filho, diretor da Siamig

1º colocado: São Martinho – Projeto: Gestão da Ética 2º colocado: Odebrecht – Projeto: Minuto Odebrecht 3º colocado: Biosev – Projeto: Comunicação Interna como Estratégia na Construção e Solidificação da Cultura Organizacional


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FENASUCRO REÚNE FORNECEDORES QUE MOVEM O SETOR

Ana Carolina, Gusmão e Thaisa - Authomathika

Cristiane e Mauro - Zanini Renk

Cristiano e Suzana Daudt - Antares

Marta e Vagner - Sergomel

Equipe da Caldema

Equipe da Citrotec

Equipe da CPFL Brasil

Equipe da Engevap

Equipe da HPB Energia

Equipe da JW

Equipe da SEW

Equipe da TGM

Estande da Ubyfol

Fernando, Luiz Fernando e Gabriela Nardelli - Unifibra

Hebert, Felipe e Maycon - Sanardi


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MERCADO FORNECEDOR

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Fenasucro & Agrocana confirma expectativa de retomada do setor FOTOS: RAFAEL CAUTELLA

Maior e principal feira do segmento realizada no final de agosto em Sertãozinho cresceu 3,5%

Números 24ª Fenasucro & Agrocana Público: 35 mil visitantes e compradores

Considerada o termômetro do setor sucroenergético e atraindo compradores do mundo todo que buscam soluções e novas tecnologias, a 24ª Fenasucro & Agrocana confirma o cenário de retomada. O balanço final divulgado pela organização do evento apresenta um crescimento de 3,5% em volume de negócios, o que equivale a R$ 2,9 bilhões, e supera a expectativa que era manter o mesmo número da edição passada de R$ 2,8 bilhões. As rodadas de negócios nacionais e internacionais impulsionaram os negócios na feira gerando cerca de US$ 390 milhões e mais de US$ 130 milhões em prospecções. As mais de 700 reuniões comerciais foram fruto das rodadas de negócio internacionais promovidas pelo Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, uma parceria entre o Arranjo Produtivo Local do Álcool — Apla e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos — Apex-Brasil e das rodadas nacionais, promovidas pelo Ceise BR e Reed Exhibitions Alcantara Machado. Participaram compradores de todos os estados do Brasil e de países, como: Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, entre outros. Segundo o Gerente Geral da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone, o aumento do volume de negócios demonstra a força da feira para o setor. “Os números refletem aquilo que vimos antes e durante os dias de Fenasucro & Agrocana. Muitas empresas apostaram e vieram pela primeira vez porque acreditaram que o evento seria o ponto de partida da retomada”, comenta. “Esta edição foi marcada por um clima bastante positivo e realmente acreditamos que a feira representou a ponte para a retomada do setor sucroenergético”, completou Paulo Gallo, presidente do Ceise Br. A feira também se consolida como plataforma de alternativas, soluções e inovações tecnológicas, reunindo mais de mil marcas que apresentaram produtos voltados para toda cadeia produtiva canavieira. De acordo com João Bissiano Herrada, representante da Citrotec, que participa da feira há sete anos, a edição de 2016 teve um balanço muito positivo. “Este ano tivemos muitas visitas que estavam fora de nossa programação, incluindo grupos estrangeiros. Tivemos um incremento de cerca de 80% entre vendas concretas e possibilidades de projetos futuros”, afirma Herrada. Para o representante da TGM, Adalberto Marchiori, a participação também superou as expectativas da empresa, principalmente, em relação à procura de serviços como o planejamento dos processos de manutenção. “Foi muito positivo. A qualidade do público está melhor, tivemos muitos negócios fechados e temos um número significativo de

Volume de negócios: R$ 2.9 bilhões a serem concluídos até o final de 2016. Marcas: mais de 1.000 em exposição Presença de representantes de 100% dos estados brasileiros 31% dos visitantes compostos por sócios e proprietários de usinas

Espaço de Conferências dobrou programação e presença de participantes em 2016

O NPS (índice que correlaciona a satisfação dos expositores com a intenção em retornar ao evento na próxima edição) subiu em 5% e passou de 16% para 21% Representantes de usinas e indústrias de mais de 46 países Área de exposição de 70 mil m² Mais de 200 horas de eventos de conteúdo Espaço de Conferências: presença de 5 mil pessoas Rodadas Internacionais Nacionais e Internacionais: geração de US$ 390 milhões Setores da Feira: Agrícola, Fornecedores Industriais, Processos Industriais, Transporte e Logística e Energia.

Negócios chegaram a R$ 2,9 bilhões, superando expectativas dos organizadores

Rodadas de negócios internacionais receberam compradores de diversos países

projetos em andamento”, afirma Marchiori. Na edição deste ano, a TGM comemorou entre outras negociações, a venda de quatro redutores para um grupo brasileiro de usinas e um pacote de produtos para empresas da Argentina. Para a SEW Eurodrive, a Fenasucro & Agrocana foi estratégica para fortalecer relacionamentos comerciais. “Tivemos a visita de clientes importantes e prospecção de novos negócios, além de receber clientes como Usina Cerradinho”, afirma Sarah

Leitão, representante da empresa. Em 2016, 35 mil visitantes compradores passaram pela feira. Em 2015 o número foi de 33 mil, vindos de todos os estados brasileiros e 46 países de todos os continentes do mundo. Qualificação profissional foi destaque na feira, um dos principais atrativos da 24ª edição da Fenasucro & Agrocana foi a sua grade de eventos de conteúdo, que passou de 90 para mais de 200 horas nesta edição. Passaram pelo Espaço de Conferências

José Felix Silva Júnior cerca de 5 mil pessoas, três mil a mais que na edição passada. Palestras, workshops, debates, encontros e seminários, disseminaram novos conhecimentos e tendências para que o setor sucroenergético se prepare para entrar em uma "nova era". “Todos os nossos visitantes encontraram na Fenasucro & Agrocana diversos conteúdos para enriquecer e se aprimorar profissionalmente. O setor está diante de um novo ciclo marcado por crescimento e, por isso, apostamos na qualificação para que os profissionais do setor estejam preparados para enfrentar os novos desafios que vêm por aí”, explica Igor Tavares, Diretor do Portfólio de Energia da Reed Exhibitions Alcantara Machado. A 25ª edição da Fenasucro & Agrocana já tem data para acontecer: de 22 a 25 de agosto de 2017. A feira é realizada pelo Ceise Br — Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. Mais informações pelo site: http://www.fenasucro.com.br. Reed Alcantara 11 3060 5000 www.reedalcantara.com.br


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Gestão eficaz de compras possibilita otimização de recursos Escolha de produtos competitivos, categorização dos fornecedores e gestão do almoxarifado são medidas de resultado R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Por mais paradoxal que pareça, gastar pode ser sinônimo de economizar, principalmente se isto for feito com planejamento e otimização dos recursos. A gestão eficaz de compras é, na verdade, uma grande aliada de unidades e grupos sucroenergéticos em períodos de crises e incertezas. A compra não é mais uma atividade que busca apenas atender as demandas dos processos de produção e gestão de usinas e destilarias. Vai além disso. A escolha de produtos competitivos, a categorização dos fornecedores, a realização de contratos, a gestão do almoxarifado está entre as iniciativas que possibilitam a utilização dos recursos de maneira otimizada. Uma das medidas para aprimorar o processo de compras é identificar e contatar fornecedores potenciais que desenvolvam produtos com tecnologia inovadora que possam agregar valor – exemplifica Amilton Nunes, coordenador de compras da Usina

Agro Serra, de São Raimundo das Mangabeiras, MA. Esses equipamentos ou materiais devem criar condições para a redução de custos – comenta. Na Agro Serra existe também a preocupação da realização de parcerias com

empresas que tenham produtos com preços competitivos e de qualidade, ou seja, com boa relação custo-benefício – observa Amilton Nunes. De acordo com ele, os chamados fornecedores potenciais devem apresentar

ainda estrutura e logística adequadas. O processo de fabricação dos itens, fornecidos por essas empresas, deve utilizar materiais de boa qualidade, o que amplia a durabilidade dos produtos, reduzindo a necessidade de manutenção e trocas frequentes – ressalta. Para tornar o processo de compras um forte aliado da gestão da empresa, a Agro Serra precisa também superar desafios logísticos em decorrência de sua distância em relação aos centros fornecedores de produtos. A usina está distante entre 2.100 a 2.500 quilômetros da maioria de seus fornecedores que está localizada em municípios, como: Sertãozinho, Ribeirão Preto, São Paulo e Piracicaba – todos no estado de São Paulo. Com o objetivo de agilizar o processo de logística e reduzir custos nessa área, essa unidade sucroenergética do Maranhão fez uma parceria com uma empresa de Ribeirão Preto, que coleta os produtos adquiridos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, consolida a carga e transporta até Goiânia, GO, onde os itens são retirados por um caminhão da própria Agro Serra – detalha. A logística integrada tem sido uma opção interessante para a redução de custos – diz. “Há uma agilidade na entrega dos materiais inclusive para os equipamentos que estão necessitando de determinadas peças”, constata.


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“Briga” pelo preço inclui negociações Planejamento e manutenção e realização de acordos linear diminuem gastos A Agro Serra adota a categorização dos fornecedores, conforme a importância dos produtos para a atividade, na gestão de compras e suprimentos. “Os itens críticos, que têm um giro constante, são acompanhados diariamente”, diz Amilton Nunes.

Com a categorização dos fornecedores, usina prioriza acompanhamento dos itens críticos e estratégicos Entre esses produtos incluem-se o ciclohexano, o ácido sulfúrico, a soda cáustica, utilizados na indústria, além de peças de colhedoras na área agrícola – exemplifica. Os que são considerados estratégicos, que apresentam custo elevado e são de extrema importância, também requerem um acompanhamento detalhado – observa. De acordo com o sistema clássico de categorização dos fornecedores, há ainda os produtos de simples aquisição e de livre concorrência. Outro procedimento na Agro Serra é a realização de acordos comerciais para a redução de custos e a agilidade das entregas

– informa o coordenador de compras. Essa unidade sucroenergética maranhense tem obtido desconto junto a fornecedores nas cotações spot em decorrência de negociações para pagamentos à vista – revela. “A ‘briga’ pelo preço, nesses casos, fica melhor. Temos conseguido uma boa redução”, enfatiza. Cada setor da Agro Serra tem um orçamento com o limite máximo de gastos semanais e mensais. “Não ficamos com material em estoque. Tudo o que está sendo pedido é necessário e chega para o usuário”, comenta. A gestão do almoxarifado é outra preocupação da usina. “Em um momento de crise, não podemos ter um valor alto em estoque. O valor que seria utilizado para o estoque é usado para outras demandas da empresa”, diz. A redução de estoque é uma estratégia utilizada pelo setor de compras de peças e serviços agrícolas da Delta Sucroenergia – com matriz em Delta, MG –, informa Marcio Rhander Sabatino, supervisor dessa área da usina. “Estamos fazendo um trabalho de venda dos obsoletos”, observa. Existem peças que estão “paradas” no almoxarifado, porque a maioria dos equipamentos da Delta foi adquirida de 2012 em diante – revela. “Estamos diminuindo o valor em estoque”, ressalta. (RA

A manutenção linear é outra medida adotada pela Delta, o que evita o acúmulo de serviços como ocorria antigamente. “Na entressafra, parava e desmontava tudo. Havia gastos enormes. Com a manutenção linear, no final do ano não tem muita coisa para fazer”, comenta Marcio Sabatino. Os serviços de manutenção, com esse sistema, são feitos conforme a necessidade. A economia é grande, pois a compra de peças é feita para os serviços que estão sendo executados. “O lead time da transportadora é de um dia. O que é comprado hoje, está aqui amanhã”, observa. Em decorrência disto, há uma diminuição do estoque. Com o objetivo de reduzir custos, a Delta tem procurado diminuir a terceirização dos serviços de manutenção – revela. “Nas operações de corte, carregamento e transporte, a redução é mais difícil, porque há muito valor agregado. Se ocorrer a diminuição da terceirização nesses casos, haverá necessidade de aumentar os investimentos”, constata. “Na área de manutenção, estamos terceirizando menos e fazendo mais dentro de casa”, afirma o supervisor de compras de peças e serviços agrícolas da Delta Sucroenergia. “Estamos focando bastante em contrato de fornecimento. Com isto, há economia de tempo, de valores, além de redução de hora-

Serviços de manutenção, com esse sistema, são feitos conforme a necessidade

máquina parada”, diz. A usina começou a dar ênfase na realização de contratos há dois anos, principalmente com grupos de produtos mais complicados, como os de colhedoras, caminhões, reboques, que requerem maior volume. “Tem funcionado bem”, observa. Esses contratos são voltados mais para a aquisição de peças e serviços específicos, possibilitando também uma diminuição de custos. “Baratear é planejar. É possível saber o que vai ser gasto de forma antecipada. Tudo o que é feito de maneira emergencial tornase mais caro”, avalia. (RA)


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Controladoria é a guardiã das boas práticas contábeis e fiscais Atividade vem sendo mais respeitada, pois alerta claramente sobre as situações de risco e ilustra os resultados negativos diante de decisões equivocadas que a crise sugere R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Em períodos de crise e incertezas no mercado, as atividades desenvolvidas pela controladoria tornam-se ainda mais relevantes para unidades e grupos sucroenergéticos – e também para empresas de outros segmentos. “A controladoria é, sem dúvida alguma, a guardiã das boas práticas na companhia, tanto contábeis e fiscais, como em controles internos nos departamentos”, afirma Fábio Valentim Pussi, gerente da área da DCBio Della Coletta Bioenergia, de Bariri, SP. Segundo ele, a crise pode provocar, de maneira geral, duas situações nas empresas. Uma delas é positiva, pois força a companhia a se reinventar, revendo conceitos, valores e processos – observa. A outra, considerada negativa, é a inclinação ao erro. “Neste caso, a crise é dada, geralmente, como desculpa para desvio das boas práticas”, diz.

Na avaliação dele, a controladoria vem sendo mais respeitada nesta última década do que no passado, pois alerta claramente sobre as situações de risco e ilustra os resultados

negativos diante de decisões equivocadas que a crise sugere. O papel desempenhado pela controladoria nas empresas tem se tornado

crescente, pois utiliza como fundamento os princípios contábeis, ou seja, todo projeto, implementação e/ou manutenção do sistema integrado tem como finalidade a correspondente informação contábil, que é a principal ferramenta para tomada de decisão estratégica – ressalta Fábio Pussi, que é formado em Ciências Contábeis e possui pósgraduação em Controladoria e Finanças, além de ter feito curso de livre-docência em Gerenciamento de Riscos. A controladoria tem o objetivo de assegurar, portanto, a qualidade e eficiência das informações contábeis – afirma. Além disso, tornou-se uma ferramenta valiosa no processo de mudanças que estão ocorrendo na contabilidade a partir da lei 11.638/2007. Para destacar a importância da controladoria para a implantação de um sistema eficaz de gestão empresarial, o controller da Della Coletta utiliza um conceito do contabilista e professor universitário Reinaldo Luiz Lunelli. “As empresas modernas e que se preocupam com um processo de gestão bem desenvolvido, necessitam de uma estrutura organizacional bem delineada para a sua sobrevivência”, diz ele, em um artigo publicado no Portal de Contabilidade. De acordo com Reinaldo Lunelli, a finalidade da controladoria é garantir que as informações sejam adequadas ao processo decisório e que esteja sempre pronta a apoiar a diretoria no processo de gestão.


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“Residência” dos custos facilita Formação não é adequada em diversos casos construção do orçamento A controladoria é, atualmente, a “residência” dos custos de uma companhia – define Fábio Pussi. “Acredito que os custos bem mapeados e apurados possibilitam a confecção do orçamento e fluxo de caixa em 90%, influenciando diretamente no endividamento da empresa. Os demais 10% derivam de estratégias e planejamentos da organização”, comenta. Segundo ele, a controladoria é estruturada pela contabilidade (societária, patrimonial e tributária), pelo sistema Integrado de gestão (ERP e sistemas especialistas), pelo planejamento e controle (acompanhamento do negócio, projeção orçamentária, custos e controle orçamentário), pela auditoria interna. Atualmente, a controladoria tem compartilhado algumas de suas atribuições com um novo departamento implementado em grandes corporações, que é o de gerenciamento de riscos – constata. De acordo com Fábio Pussi, a partir de um software de gestão bem implementado, e um fluxograma de procedimentos bem desenhado, em cada departamento da companhia, é possível utilizar uma das principais técnicas da controladoria, que é a realização de procedimentos de auditoria visando a melhoria contínua. Essas medidas possibilitam a identificação de inconformidades em diversos processos, criando condições para correções e/ou prevenções de falhas na empresa – afirma. Os recursos da TI - Tecnologia da Informação, como a utilização de um ERP - Enterprise Resource Planning, são essenciais para dar suporte ao trabalho desenvolvido pela controladoria, ressalta. “Não podemos mais pensar em controles e informações

Fábio Valentim Pussi, gerente da área da DCBio da Della Coletta Bioenergia

contábeis e fiscais, sem apoio de um bom ERP. A globalização, o avanço da tecnologia e a constante evolução dos órgãos governamentais, quanto à sua estrutura de fiscalização e arrecadação, exigem que a companhia possua um ERP bem estruturado e que atenda os stakeholders de forma ampla”, diz. (RA)

De maneira geral, os profissionais que atuam na área de controladoria em unidades sucroenergéticas têm formação precária – afirma Fábio Pussi. Muitos deles são originários de uma época menos informatizada, possuindo, no entanto, um maior conhecimento “braçal” da atividade, ou seja, com uma visão mais ampla para a elaboração de todos os procedimentos nessa área. “Quem já começou a atuar na controladoria, trabalhando com computador, terceiriza um pouco o pensamento. Joga as informações em uma planilha, o computador faz tudo e o profissional acaba não raciocinando como deveria”, compara. O que ocorre em várias empresas, principalmente as que não têm gestão profissionalizada, é a ausência de profissionais de controladoria com formação adequada, que tenham um conhecimento amplo da atividade. “Alguns possuem conhecimento das questões financeiras, mas não conhecem a área operacional. Hoje em dia as empresas não encontram profissionais completos, com todas as diretrizes”, observa. O básico para atuação na área é o conhecimento de contabilidade – constata. O perfil do profissional completo de controladoria requer conhecimento para estruturar os procedimentos e gerenciar controles internos de áreas específicas, como: vendas, compras, departamento pessoal e financeiro. Há atualmente poucos profissionais no mercado que possuem uma formação mais ampla – constata. Diversas empresas estão formando equipes de controladoria em vez de contar com profissionais que tenham conhecimento mais abrangente. É um caminho alternativo, que está se tornando uma boa solução – avalia. Empresas de grande porte, entre as quais, as que contam com investimentos estrangeiros, possuem, na maioria dos casos, profissionais de controladoria com uma formação mais adequada – diz. (RA)


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Comunicação precisa ser usada de maneira mais estratégica Divulgação dos benefícios da atividade sucroenergética deve abranger consumidores, governo e colaboradores R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A necessidade de aprimoramento da comunicação foi uma das preocupações demonstradas por lideranças do setor sucroenergético durante o evento técnico de abertura da 24ª Fenasucro & Agrocana, a V Conferência Datagro Ceise BR, realizado em 23 de agosto, em Sertãozinho, SP. A comunicação é considerada por integrantes de entidades representativas de usinas e destilarias como uma ferramenta importante para que sejam alcançados determinados objetivos no processo de superação dos efeitos da crise e de retomada do crescimento. Segundo eles, o papel da comunicação não se restringe à divulgação dos benefícios proporcionados pelo etanol visando o aumento do consumo do produto. O trabalho desenvolvido nessa área deve incluir ações de divulgação junto ao governo e aos próprios empregados das unidades e grupos produtores. O setor precisa se comunicar de maneira mais estratégica e eficiente, ressaltou Mário Campos Filho, presidente da Siamig – Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, durante a conferência. “Ainda algumas pessoas acham que o carro não vai pegar de manhã caso abasteçam com etanol”, observou.

Além da realização de campanhas voltadas ao consumidor, Mário Campos destacou a necessidade de aprimoramento das ações na área de comunicação direcionadas aos empregados do setor que são em torno de um milhão. O papel da comunicação é trabalhar também “o sentimento que os empregados devem ter por estarem ajudando a fazer um país melhor” – afirmou André Rocha, presidente do Sifaeg – Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás. “É preciso difundir o ‘orgulho agro’ por meio de uma campanha junto aos colaboradores”, enfatizou. As unidades sucroenergéticas precisam deixar claro aos seus funcionários a importância deles estarem participando da produção de um combustível limpo e renovável – observou. De acordo com André Rocha, o setor deve também “cobrar as distribuidoras que nunca fazem propaganda do etanol”. Uma comunicação eficiente do setor precisa desenvolver um trabalho junto a diferentes áreas do governo, enfatizando os atributos do etanol, disse Pedro Mizutani, presidente do Conselho da Unica - União da Indústria de Cana-deAçúcar, que também participou do evento técnico de abertura da Fenasucro. Na opinião dele, é necessário que o governo adote políticas públicas estáveis – que marquem o início de um novo ciclo –, reconhecendo inclusive as externalidades positivas do etanol. Para Pedro Mizutani, o trabalho de comunicação, que deve estar voltado para toda a sociedade, tem que extrapolar a questão de preço. Existe a necessidade de divulgar, de maneira mais intensa, os benefícios do etanol para o meio ambiente e para a saúde – ressaltou.

Pedro Mizutani sugere trabalho do setor junto a diferentes áreas do governo


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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São Francisco lança aplicativo pioneiro de gestão em saúde Investindo em novas tecnologias como suporte a seus programas de medicina preventiva, a São Francisco Saúde vem conquistando diferenciais capazes de assegurar maior eficiência assistencial, qualidade de vida e a satisfação de seus beneficiários. Com o lançamento pioneiro do SF BIOaps — Assistente Pessoal de Saúde, os clientes da São Francisco têm à sua disposição um aplicativo que permite a troca de informações em tempo real com uma equipe de enfermeiros. Os profissionais realizam agendamento de consulta, exames, avaliam a alimentação, além de armazenarem todos os dados e históricos clínicos de cada beneficiário. Dr. Carlos Braga, gerente médico da área de medicina preventiva da São Francisco Saúde, explica que o aplicativo pode ser baixado nas lojas virtuais de smartphones e tablets (Play Store e Apple Store). Basta pesquisar por SF BIOaps. “Após o download, o usuário preenche informações para que o sistema valide, sendo em seguida direcionado para responder um questionário de saúde”, diz o médico. Classificado como “Meu Diário de Saúde”, o aplicativo SF BIOaps contempla informações categorizadas como: Alimentar e Nutricional; Exercícios Físicos; Medicamentos; Pressão Arterial; Glicemia; Peso; Temperatura; Frequência Cardíaca; Cadastro de Medicamentos; Sinais e Sintomas. As publicações são recebidas pelos

Dr. Carlos Braga, gerente médico do Núcleo de Promoção e Gestão em Saúde da São Francisco

profissionais de saúde do aplicativo. Depois, uma enfermeira tutora e a equipe médica podem interagir e intervir em tempo real com o usuário. Isso ocorre 24 horas por dia, durante 7 dias por semana e sempre que preciso, o usuário pode postar sua dúvida ou chamar a equipe em chat. “Todas as postagens são avaliadas por nossa equipe e,

quando necessário, comentamos com orientações de melhores hábitos de saúde”, ressalta Braga. Refletindo na qualidade de vida do usuário, o SF BIOaps proporciona diversas vantagens aos clientes São Francisco, como: Prevenção de doenças; Atuação imediata em saúde; Contato rápido e direto com equipes

de enfermeiros; Orientações; Histórico clínico completo; Auxílio na mudança de hábitos de vida; Antecipação da chegada a unidades de Pronto-Atendimento, quando necessário. São Francisco Saúde www.saofrancisco.com.br

Linha Premium da Termomecânica melhora a competitividade e reduz custos das usinas

Motocana é símbolo de tradição, credibilidade e renovação A Motocana, fundada em 1959, tinha como atividade a fabricação de componentes hidráulicos. Com o crescimento do setor sucroenergético, a Motocana percebeu a oportunidade de desenvolver a primeira carregadora de cana do país, o que transformou os objetivos da empresa que lançou em mais de meio século de história mais de 200 modelos voltados para a movimentação de cargas nos setores agrícola, florestal, Industrial e rodoviário para o mercado interno e externo. A empresa completou em agosto de 2016 seu primeiro aniversário de reformulação, com evolução dos serviços e investimentos para o futuro, visando a melhoria no atendimento aos clientes. Para 2017, a Motocana está reformulando

seus equipamentos, como: a Sonda Oblíqua, a número um do mercado; transbordo; além de uma linha completa de carregadoras para fardo de palha; madeira; bags de laranja; dendê e cana-de-açúcar. Além disso, está fortalecendo e diversificando as lojas de peças, com uma linha mais completa de produtos hidráulicos e aprimorando os serviços e o atendimento ao cliente. São 57 anos de credibilidade que impulsionam a expectativa de crescimento e renovação. Conte com a Motocana! Motocana 19 3412 1234 www.motocana.com

O setor sucroenergético lida com fatores muito sensíveis como, por exemplo, intempéries climáticas, instabilidade de mercados internacionais e controle de preços de combustível. Por isso, reduzir custo e aumentar a competitividade é crucial. A linha Premium da Termomecânica, composta por Capas de Bronze TM 23, buchas e tarugos de bronze, ajuda a superar esses obstáculos e garante a melhor relação custobenefício às usinas de açúcar e álcool. Fabricada com uma liga exclusiva, sem similar no mercado, desenvolvida e patenteada pela empresa, tem como principal vantagem o fato de proporcionar maior durabilidade em relação aos concorrentes. Chega a resistir mais de uma safra e evita substituições e paradas no auge da produção. Os produtos da linha premium, em especial as Capas de Bronze TM 23, são utilizados na manutenção das usinas como peças de reposição. Instaladas nos ternos da moenda, têm a função de proteger o eixo da

moenda do desgaste, daí a necessidade de um produto de alta qualidade e confiabilidade. A boa resistência à corrosão dos produtos, excelente qualidade antifricção, usinabilidade e conformabilidade para buchas e mancais, tornaram a Termomecânica referência no mercado. Termomecânica www.termomecanica.com.br


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Defensivo biológico de alta performance Desde a década de 1970 a pesquisa brasileira vem difundindo o uso de agentes de controle biológico na cultura da cana-de-açúcar, visando o controle de pragas de importância econômica. Uma delas, a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata), pode ser controlada fazendo-se uso de um fungo entomopatogênico, o Metarhizium anisopliae, exibindo altos e promissores índices de eficiência em campo. Desde então uma rede de biofábricas focadas em produzir este microrganismo de controle estabeleceu-se no país, porém muito pouco se avançou no tocante às questões tecnológicas, como tecnologia de produção e formulação, bem como questões regulatórias. A Koppert do Brasil vem buscando o melhor e mais seguro modo de produzir massalmente este agente de controle biológico, de modo a garantir a qualidade do produto final, em concomitância com o desenvolvimento de uma formulação que possa exibir sua máxima performance em campo. Após mais de dez anos de pesquisas, a Koppert obteve, no ano de 2004, o registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento — MAPA, do primeiro inseticida microbiológico do Brasil à base de Metarhizium anisopliae, o Metarril WP (cepa Esalq E9), devidamente confeccionado em formulação tipo pó-molhável (WP). Além de facilitar o processo operacional de mistura da formulação em água, o Metarril WP não precisa de lavagens sucessivas, filtragem ou decantação. Por estar acondicionado em uma legítima formulação tipo WP, basta diluir o produto

Luciano Olmos Zappelini, gerente de produção e desenvolvimento da Koppert Biological Systems

em água e fazer a pulverização nos canaviais, agregando agilidade à operação de aplicação. Uma vez misturado em água no preparo da calda, vários aspectos são importantes na formulação, como: molhabilidade, suspensibilidade, espalhabilidade, tamanho de partículas, aderência e garantia de máxima persistência no ambiente. Outro aspecto de extrema relevância no estudo de uma formulação é que esta deve ainda prover ao microrganismo algumas características desejáveis, como incremento do tempo de prateleira, por exemplo. No caso do produto Metarril WP E9, este período pode

chegar a 365 dias quando armazenado em condições de temperatura controlada (-4 a 12°C). Aspectos como transporte e armazenamento são vitais à manutenção da viabilidade do produto e cruciais na obtenção de sucesso no controle. Neste sentido, a Koppert do Brasil desenvolveu uma cadeia logística dedicada, dotada de caminhões frigoríficos e câmaras frias, que nos permite transportar e armazenar os produtos biológicos em condições ótimas de temperatura e umidade, garantindo assim eficiência no campo. A formulação de um defensivo biológico

define o nível de performance do produto. Um produto pouco ou mal formulado não terá nunca, ainda que contenha o mesmo organismo, o mesmo nível de controle de uma formulação profissional. Ela deve garantir a longevidade do agente biológico de controle, assegurando que este chegue até o alvo com máxima capacidade de virulência. O que também traz agilidade no preparo de calda, praticabilidade agronômica e compatibilidade com os principais defensivos químicos para a cultura em questão. Koppert do Brasil www.koppert.com.br


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Rodotrem Multicargas Autodescarregável é equipamento multiuso e para o ano todo Os indicadores mostram a recuperação do setor. No entanto, para que os investimentos possam ser devidamente aproveitados, com possibilidade de máxima rentabilidade, faz-se necessário que a cadeia produtiva seja analisada como um todo; isso inclui, além do conhecimento tecnológico, os custos agregados a cada melhoria nas diversas etapas. A compreensão da importância da ligação entre as áreas agrícola e industrial da cadeia produtiva é relevante para que o processo tenha uma grande vantagem competitiva, através da qualidade de seus produtos e a otimização da cadeia produtiva e transporte. Com mais de 40 anos atuando no mercado, a Sergomel é especializada na industrialização, reformas e adaptações de equipamentos no setor canavieiro, florestal e rodoviário. Desta forma, percebendo a necessidade de seus clientes em obter um equipamento multiuso e que fosse utilizado durante todo ano, a empresa desenvolveu o Rodotrem Multicargas Autodescarregável. Este equipamento, além de atender o mercado canavieiro, nas etapas de carregamento, transporte, autodescarga de produtos granéis de alta densidade (torta de filtro), como também produtos de baixa densidade (mudas de cana, toletes ou rebolos

de cana), pode ser utilizado também em outros setores que possuem produtos com características similares aos anteriores como a cama de frango, esterco de procedência animal, bagaço, etc. “Optando por este novo equipamento da linha de produtos da Sergomel, a empresa obtém maior eficiência em suas operações”, afirma Adriano Terra, engenheiro de produtos da Sergomel. Desta forma, a Sergomel, comprometida

exigências de seu cliente, informa a empresa. A Sergomel conta com um parque industrial moderno, o que possibilita a prestação de serviços de qualidade, pontualidade, vendas de peças para reposição, além de um pós-venda ágil e eficiente, garante a diretoria. em oferecer o melhor produto, estará elaborando projetos personalizados, na busca da satisfação, atendendo sempre as

Sergomel 16 3513 2600 www.sergomel.com.br

Sanardi se destaca em soluções na geração de energia elétrica A Sanardi iniciou suas atividades em 2008 e se especializou na integração de sistemas de energia com foco em geração e cogeração de energia, especialmente com fontes renováveis. Participou da implantação de mais de 500MW, destacando-se entre seus principais projetos, a integração de todo sistema elétrico e automação de três plantas de cogeração da CPFL Renováveis: UTE Bio Formosa (40MW – 2011), UTE Bio Coopcana (50MW – 2012) e UTE Bio Alvorada (50MW – 2012); e recentemente, da ampliação da central de cogeração da Cerradinho Bio (90MW – 2016), um dos maiores projetos do setor sucroenergético. Na última edição do Prêmio Mastercana – Centro-Sul, realizada no dia 22 de agosto deste ano, a Sanardi foi agraciada como empresa vencedora na categoria: “Soluções em Geração e Cogeração de Energia Elétrica”. “Estamos muito felizes com este reconhecimento. A categoria em que fomos

escolhidos reflete fielmente o foco de atuação da Sanardi. Estamos no caminho certo. Isto só é possível graças à nossa equipe, altamente qualificada e comprometida com os objetivos da empresa e o sucesso do cliente”, afirmou Berilo Bezerra, diretor comercial da Sanardi. Sanardi 17 3228 2555 www.sanardi.com.br


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ARTIGO

A automação e seus benefícios Por experiências malsucedidas ou por desconhecerem o real retorno de uma automação, que tenha sido corretamente implantada, muitos empresários do setor deixam de investir adequadamente em soluções que certamente trariam excepcionais benefícios. A automação industrial adequadamente implantada, sem exageros, aplicando-se a tecnologia capaz e adequada ao processo deve ser perseguida e colocada como meta da indústria. Sem fazer apologia à eliminação de mão de obra direcionada a atividade de controle manual em campo, a realidade é que a solução de automação industrial garante o controle do processo estável 24 horas, adequado e podendo extrair o melhor desempenho dos equipamentos, diminuindo muitos gastos com mão de obra, custos trabalhistas e de acidentes com os três turnos. Certamente uma boa automação deixa a planta industrial mais rentável e com menor risco à segurança, traz mais tranquilidade ao empreendedor e mais dinheiro. Os profissionais da área de automação, do COI, devem ser bem treinados para poder pilotar a planta geradora em plenitude, procurando sempre extrair o máximo possível dela. Existem diversas tecnologias, cada uma adequada a cada necessidade do

processo. É muito importante saber escolher os equipamentos corretos, que estejam bem especificados e em consonância com todo sistema de controle. A automação, bem aplicada e desenhada, traz além dos benefícios de estabilidade de processo e melhores ganhos, a facilidade de gestão. Um empresário hoje pode ter na palma das mãos todos os números on-line de sua indústria, podendo assim tomar decisões rápidas, como o mundo hoje já requer. Tenho feito inúmeros startups em diversos segmentos de mercado. Nos segmentos químicos, petroquímicos, papel, alimentício, farmacêuticos, entre outros estruturados, todos estão muito mais avançados neste quesito, possuem hoje cerca de 95% dos pontos possíveis de controle, já automatizados, muito mais que o nosso setor de etanol, açúcar e energia. Certamente existe ainda muito espaço e oportunidades de melhorias de rendimento nos processos industriais que a automação, bem aplicada, pode trazer. Pensem nisto, procurem mais eficiência neste ponto; certamente encontrarão.

Eduardo Galeano

AUTHOMATHIKA 16 35134-000 www.authomathika.com.br


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Agapito atua há 30 anos na recuperação de placas trocadoras de calor A Agapito atua há 30 anos no mercado de recuperação de placas trocadoras de calor, efetuando também a limpeza das superfícies, além de testes e soldagem especial de furos e trincas, com acabamento dos dois lados da placa sem deixar ponto morto. A empresa atua também como funilaria e faz gabaritagem das canaletas para melhor acomodação das gaxetas (juntas de fluxo) encaixes para perfeito alinhamento do conjunto de placas, troca e colagem das gaxetas (juntas de fluxo), com pós-cura em estufa. A Agapito comercializa gaxetas (juntas de fluxo), faz vendas de trocadores de calor a placas e de placas trocadoras de calor. No mercado desde 1984, a empresa conta com profissionais altamente capacitados, fazendo um trabalho específico e diferenciado. A Agapito oferece todos os serviços na recuperação das placas de trocadores de calor, como: limpeza, desincrustação da superfície (sem danificar o inox), gabaritagem das canaletas (para melhor acomodação das gaxetas), testes e soldagem especial de furos e trincas sem deixar ponto

morto (com o próprio material da placa – AISI 316); refaz e reforça os encaixes (para melhor alinhamento do conjunto de placas),

faz avaliação das gaxetas e troca e colagem das gaxetas (com adesivo e processo especial), entre outros serviços correlatos.

Agapito 16 3946 2130 www.agapitotrocadordecalor.com.br


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