JornalCana 246 (Julho/2014)

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Ribeirão Preto/SP

Julho/2014

Série 2

Nº 246

R$ 20,00

Medida Provisória de Dilma exige emplacamento e licenciamento de novos tratores; setor requer que Congresso impeça este absurdo

ERA SÓ O QUE FALTAVA!


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Julho 2014

Í N D I C E ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS FRANPAR

16 21334383

COLETORES DE DADOS 30

16 35189001

27

ACOPLAMENTOS VEDACERT

16 39474732

82

AÇOS APERAM

11 38181821

18

FRANPAR

16 21334383

30

ANTI-INCRUSTANTES 16 39515080

33

GASIL

81 34718543

36

ANTIBIÓTICOS - CONTROLADORES DE INFECÇÕES BACTERIANAS 11 37320022 17 35311075

3

11 26826633

17

AUTHOMATHIKA

16 35134000

ENDRESS + HAUSER

11 50334333

47

METROVAL

19 21279400

54

10

BALANCEAMENTOS INDUSTRIAIS 16 39452825

82

19 32891333

14

SOLUÇÕES

16 38182305

72

CABOS DE AÇO OKUBO

19 38266670

CONSTRUFIOS

11 50538383

41

BOSCH ENGENHARIA LTDA

PARKER HANNIFIN

12 40093591

19

SOLUÇÕES

16 38182305

72

QUÍMICA E DERIVADOS

81 34718543

36

ESPECIALIDADES QUÍMICAS 17 33243955

66

GASIL

PROZYN

11 37320022

81

GEORREFERENCIAMENTO JRM GEO

39

16 35149966

25

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

79

CALDEIRARIA CALDEIRAS

SÃO FRANCISCO GRÁFICA

IRRIGAÇÃO GERMEK

13

60

AGAPITO

16 39479222

82

COMASO ELETRODOS

16 35135230

34

MAGISTER

16 35137200

21

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

79

LEVEDURAS E ENZIMAS

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

PROZYN

11 37320022

ARYSTA DO BRASIL

11 30545000

67

LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DE BAGS

BASF

11 30432125

45

DESTAK IDEIAS

CANAVIALIS

19 35124143

55

LUBRIFICANTES

IHARA

15 32357914

29

SHELL BRASIL PETRÓLEO

MC DESINFECÇÃO IND

31

19 34391101

64

EDITORA PROCANA BRASIL

16 35124300

43, 57, 63 42

65

SANARDI

17 32282555

26

FEIRAS E EVENTOS

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL

79

PROCANA BRASIL

16 35124300

43, 57, 63

CONGER

19 34391101

64

REED ALCANTARA

11 30604942

56 E 71

ENGEVAP

16 35138800

76

SINATUB

16 39111384

8

19 34343433

65

FERRAMENTAS 19 34431400

68

18 36231146

74

PROBOILER ENGENHARIA

11 30937088

53

ENTIDADES

SERGOMEL

16 35132600

23

GERHAI

35 38510400

72

LEMAGI 19 34562298

77

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ANSELL

11 33563100

22

FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS

69

7

CONGER

7

11 33407555

51

16 35189001

TROCADORES DE CALOR AGAPITO

27

16 39479222

82

19 34343433

65

TUBOS DE CONCRETO ENGETUBO IND.

19 34391101

64

TUBOS E CONEXÕES

ENGETUBO

19 34343433

65

ARCELORMITTAL - ACESITA 11 38181821

18

ENGEVAP

16 35138800

76

FRANPAR

16 21334383

30

PETROFISA

41 36261531

32

TGM

16 21052600

35

NUTRIENTES AGRÍCOLAS IHARA

15 32357914

29

UBYFOL

34 33199500

5

PEÇAS E ACESSÓRIOS AGRÍCOLAS UNIMIL COLHEDORAS

19 21050800

PENEIRAS ROTATIVAS

19

VIBROMAQ

16 39452825

24

DMB

16 39461800

VÁLVULAS INDUSTRIAIS FOXWALL

11 46128202

16

FRANPAR

16 21334383

30

VEDAÇÕES E ADESIVOS 82

PLANTADORAS DE CANA 32

2

84

68

41 36261531

9

44 33513500 41 21077400

12 40093591

PETROFISA

11 56450800

16 39461800

TESTON

19 33188330

19 34431400

APS COMP ELÉTRICOS

DMB

JOHN DEERE

PARKER HANNIFIN

FIBRA DE VIDRO

79

TRANSBORDOS

CASE IH

41 21077400

LEMAGI

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS

52

CASE IH

MONTAGENS INDUSTRIAIS

EVAPORADORES

19 21228826

TRATORES

RENK ZANINI

19 34343433

RONTAN

79

59

TORRES DE DESTILAÇÃO METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

MOENDAS E DIFUSORES 19 34669300

18 36212182

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

ITR SOUTH AMERICA

PROBOILER ENGENHARIA

RODOTREM

15

MATERIAIS RODANTES

ELETROCALHAS DISPAN

21 21710400

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

DESTILARIAS CONGER

70

34

TINTAS E REVESTIMENTOS SHERWIN-WILLIAMS

17 33611575

16 35135230

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO AGM TECH SOLINFTEC

81

MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

16 35124310

SUPRIMENTOS DE SOLDA COMASO ELETRODOS

METALQUIP

METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100

82

17 35319600

36

65

16 39452825

20

81 34718543

19 34343433

VIBROMAQ

19 36827070

INTERCAMBIÁVEIS

PROBOILER ENGENHARIA

CENTRÍFUGAS

53

76

19 34234000

83

11 30937088

54

GASIL

9

RONTAN

19 21279400

PROLINK

16 08007779070

SINALIZADORES INDUSTRIAIS

19 37315800

54

16 39461800

SÃO FRANCISCO SAÚDE

TESTO

19 21279400

76

SISPONTO

SAÚDE - CONVÊNIOS E SEGUROS

METROVAL

METROVAL

16 35138800

CATRACAS

27 35

SOLDAS INDUSTRIAIS

ENGEVAP

3

16 35189001 16 21052600

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE

68

66

TGM

DMB

19 33018101

ENERGIA ELÉTRICA - ENGENHARIA E SERVIÇOS

17 35311075

75

17 33243955

68

RENK ZANINI

BOSCH ENGENHARIA LTDA

65

CARROCERIAS E REBOQUES

16 21014151

19 33018101

REDUTORES INDUSTRIAIS

CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIAL

19 34343433

ALFATEK

62

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

15

ENGETUBO

CARRETAS

14 34136856

GRÁFICA

COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS 21 21710400

NEOBRAX

GASES INDUSTRIAIS

NEOBRAX

DESINFECÇÃO INDUSTRIAL

BIG BAG'S BONSUCESSO

COMBATE A INCÊNDIO - EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

40

DECANTADORES

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

VIBROMAQ

84

PLANTAS INDUSTRIAIS

19 35729999

CORRENTES INDUSTRIAIS

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

7

19 33188330

FIOS E CABOS

HIDRO AMBIENTAL

CONTROLE DE FLUIDOS 81

ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK

41 21077400

JOHN DEERE

SHELL BRASIL PETRÓLEO

ALCOLINA

PROZYN

4

CASE IH

ARGUS

A N U N C I A N T E S

EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

16 39413367

COLHEDORAS DE CANA

ACIONAMENTOS RENK ZANINI

MARKANTI

D E

9

FLUKE

19 32733999

PARKER HANNIFIN

12 40093591

73 19

VEDACERT

16 39474732

82


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CARTA AO LEITOR

Julho 2014

índice Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

5

carta ao leitor Josias Messias

josiasmessias@procana.com

Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 e 11 Giro do Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 a 18

Setor crê que aumento da mistura é o primeiro passo para sair da crise Setor deve ter nova temporada de fusões e aquisições

Política Setorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 a 26

Plano Safra ignora cana-de-açúcar Líderes e produtores se reúnem com presidenciáveis Cinco perguntas para Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul

Homenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

Estiva celebra 50 anos com homenagem a colaboradores

Logística & Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 e 30

Impasse sobre o licenciamento de tratores continua na câmara

Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 a 44

Agrônomos afirmam que cenário crítico do setor mudará em breve China dobra quantidade de açúcar importado Continente africano pode tornar-se potência futura em etanol Centro-Sul praticamente iguala moagem passada Clima e crise afetam produção na região nordestina

Impacto Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

JAVAPORCO, O TERROR!

Impacto Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48 e 49

“Servir é a essência do bom ambiente de trabalho”

Administração & Legislação . . . . . . . . . . . . . . . .50 a 56 Certificação de sistema de gestão aumenta controle das etapas de produção Premiação do MasterCana Social é apresentada na reunião do Gerhai

Tecnologia Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58 a 72 Ser empresário no setor é ter fé inabalável Maior quantidade de impurezas minerais interfere na vida útil de exaustores e ventiladores Bombas inadequadas podem provocar explosão de custos Quantidade elevada de impurezas exige pré-tratamento do caldo Usina São Martinho adquire CVP Bosch

Tecnologia Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 a 76

Manejo adequado da irrigação gera ganhos significativos

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . . .78 a 82

ALÍVIO PARA A CRISE “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (convite de Jesus no livro de Mateus, capítulo 11, verso 28)

Emplacar ou empacar? Imagine a cena insólita: uma colhedora de cana que transita em direção aos talhões é abordada por policiais rodoviários, que pedem documentos do veículo. Caso não esteja registrada, licenciada e emplacada, será multada e recolhida ao pátio, como um veículo qualquer. Esta cena imaginária pode se tornar real caso a Medida Provisória 646, já assinada por Dilma Rousseff, seja aprovada no congresso. Ela obriga o registro, licenciamento e emplacamento dos automotores agrícolas que transitem em vias públicas fabricados a partir de 1º de agosto de 2014. A MP será analisada por senadores e deputados em comissão mista, em seguida será votada pelos plenários da Câmara e do Senado. Já foram apresentadas 71 emendas para a medida, o que demonstra o quanto é controversa. Algumas questões precisam ser levantadas pelo Congresso antes de permitir que a medida entre realmente em vigor. (veja matéria completa nas páginas 29 e 30). Qual é a motivação do governo ao instituir essa obrigatoriedade? Não pode ser outra senão a de arrecadar mais dinheiro do contribuinte. Com isto, enche seus cofres e deixa ainda mais combalido o setor agrícola como um todo. Calcula-se que no licenciamento da máquina nova, ainda que único, cerca de 3% a mais de seu valor serão gastos a mais. E mais o IPVA, este anual, cuja renovação será obrigatória. Estimativas indicam que os custos com emplacamento, vistoria e IPVA possam chegar a R$ 30 mil ao ano por máquina. A definição do que é via pública também não está clara. Outra questão a resolver: se a medida vale apenas para máquinas novas, que entram em circulação a partir de primeiro de agosto deste 2014, o que será das antigas? Estas poderão transitar livremente? No mínimo isto é um contrassenso. Mais do que todas estas questões, a do impacto econômico sobre as empresas agrícolas – em nosso caso, sobre as usinas – precisa ser levada em conta. O setor sucroenergético não possui apenas alguns tratores de esteira ou patrolas, mas utiliza inúmeras máquinas agrícolas motorizadas, tratores que puxam transbordos, colhedoras e plantadoras, entre outras. É possível e espera-se que o Senado e a Câmara recuperem o bom senso que a Presidência parece ter perdido e rejeite estes pontos nefastos. Caso insista, em vez de fazer o setor emplacar, fá-lo-á empacar. De toda esta medida provisória, o único item que realmente beneficia o setor e toda a cadeia agrícola é o da permissão para que motoristas habilitados na categoria B conduzam tratores e máquinas agrícolas. Nossa sugestão é que o Congresso reduza esta MP apenas a este item e que ignore todo o restante. Com o não radical a esta medida estaria mostrando ao Executivo o absurdo que foi colocado em pauta.

NOSSOS PRODUTOS

O MAIS LIDO! ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO Prover o setor sucroenergético de informações relevantes sobre fatos e atividades relacionadas à cultura da cana-de-açúcar e seus derivados, e organizar eventos empresariais visando: Apoiar o desenvolvimento sustentável do setor (humano, socioeconômico, ambiental e tecnológico); Democratizar o conhecimento, promovendo o

intercâmbio e a união entre os integrantes; Manter uma relação custo/benefício que propicie

parcerias rentáveis aos clientes e demais envolvidos.

DIRETORIA Josias Messias josiasmessias@procana.com.br Controladoria Mateus Messias presidente@procana.com.br

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REDAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

Editor Luiz Montanini - editor@procana.com.br Coordenação e Fotos Alessandro Reis - editoria@procana.com.br Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur Reportagem Andréia Moreno - redacao@procana.com.br André Ricci - reportagem@procana.com.br Patricia Barci - patricia@procana.com.br Wellington Bernardes - wbernardes@procana.com.br Arte Gustavo Santoro Revisão Regina Célia Ushicawa

Gerente Administrativo Luis Paulo G. de Almeida luispaulo@procana.com.br Financeiro contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br

MARKETING Gerência Fábio Soares Rodrigues fabio@procana.com.br Assistente Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br

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JornalCana - O MAIS LIDO! Anuário da Cana Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! JornalCana Online www.jornalcana.com.br BIO & Sugar International Magazine Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool

Prêmio MasterCana Tradição de Credibilidade e Sucesso Prêmio BestBIO Brasil Um Prêmio à Sustentabilidade Fórum ProCana USINAS DE ALTA PERFORMANCE SINATUB Tecnologia Liderança em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

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Comercial Gilmar Messias 16 8149.2928 gilmar@procana.com.br Leila Milán 16 9144.0810 leila@procana.com.br Matheus Giaculi 16 8136.7609 matheus@procana.com.br

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AGENDA

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A C O N T E C E U GEGIS DEBATE BENEFÍCIOS FISCAIS DO SETOR O Gegis – Grupo de Estudos em Gestão Industrial do Setor Sucroenergético se reuniu pela segunda vez em Sertãozinho, SP, para debater, entre outros pontos, os benefícios fiscais voltados ao setor sucroenergético. O encontro, que aconteceu no dia 30 de maio, abordou o decreto que regulamenta o crédito presumido de PIS/Cofins para produtores de álcool, conforme prevê a Lei 12.859/2013, além do “Refis da Crise”, que renegocia valor de dívidas e seus juros. O advogado Ivan Schmid foi um palestrantes do evento, que contou com cerca de 30 pessoas.

A C O N T E C E TECNÓLOGOS EM BIOCOMBUSTÍVEIS

CURSO DE CALDEIRAS, VAPOR E ENERGIA

O curso de graduação em biocombustíveis da Fatec Nilo de Stéfani - Jaboticabal é gratuito, contempla a produção de biocombustíveis sólidos (madeira e biomassa), líquidos (etanol e biodiesel) e gasosos (biogás), além de abordar atividades que são relacionadas ao setor sucroenergético como a produção de açúcar, bioeletricidade, gestão de subprodutos, dentre outros. O curso é oferecido no período da manhã, das 8h20 às 11h50 e da noite, das 19h às 22h30, com 40 vagas cada. Mais informações no site www.fatecjab.edu.br.

Acontece nos dias 24 e 25 de julho, em Ribeirão Preto, SP, o curso de ‘Caldeiras, Vapor e Energia’, promovido pela Sinatub Tecnologia, em parceria com a ProCana Brasil. Serão abordados os principais tópicos de necessidade utilizados pelos usuários industriais, contribuindo com o aprimoramento da qualidade e produtividade das caldeiras e dos sistemas de vapor. Mais informações www.sinatub.com.br.

FÓRUM PROCANA

FERSUCRO A Stab Leste realiza no período de, 8 a 11 de julho de 2014, no Centro de Convenções de Maceió, AL, a 11ª edição da Fersucro – Feira Regional Sucroalcooleira. Mais informações através do site www.fersucro.com.br.

FENASUCRO A Fenasucro&Agrocana acontece de 26 a 29 de agosto de 2014, em Sertãozinho, SP, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar toda a cadeia de produção: preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita, industrialização, mecanização e aproveitamento dos derivados da canade-açúcar. Mais informações www.fenasucro.com.br.

Palestra realizada na edição 2013 do curso

BESTBIO O Prêmio BestBIO, que acontece em 18 de setembro, em Ribeirão Preto, SP, é uma iniciativa independente que tem por objetivo central incentivar a sustentabilidade através da divulgação e reconhecimento aos melhores cases da bioeconomia brasileira, com ênfase no desenvolvimento e geração de energias limpas e renováveis. Mais informações acesse www.bestbio.com.br.

O Fórum ProCana 2014 – Usinas de Alta Performance acontecerá no mesmo dia do Prêmio BestBIO, 18 de setembro, em Ribeirão Preto (SP). Entre outros assuntos, o evento discutirá casos que apresentam resultados comprovados, de curto prazo, no incremento da rentabilidade e da competitividade das usinas; além de modelos de negócios sustentáveis, compatíveis com a diversidade de desafios e a alta volatilidade do mercado sucroenergético.

PRÊMIOS MASTERCANA Em 2014, a edição Centro-Sul do MasterCana terá muitas novidades. Uma delas é a mudança de local, sendo realizado no dia 25 de agosto, em Ribeirão Preto, SP. Já o MasterCana Nordeste acontece em 13 de novembro, em Recife, PE. Por último, em 25 de novembro, será realizado o MasterCana Brasil, em São Paulo, capital.


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USINA DO BEM

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Delta comemora Semana do Meio Ambiente A Usina Delta Sucroenergia realizou o plantio de mudas e hortaliças em escolas municipais nas cidades onde tem parques industriais no Triângulo Mineiro, no início de junho. O objetivo foi comemorar a Semana do Meio Ambiente nas unidades Delta, Conceição das Alagoas e Conquista. A ação consistiu em criar hortas para as escolas, que cultivarão: cheiro verde, alface, pimenta, pimentão, cebolinha e, plantarão árvores de espécies nativas da região. Segundo a assessoria da unidade, as próprias crianças puderam plantar e aprender sobre os cuidados para que as sementes cresçam e sirvam como alimentos na refeição escolar.

Ação consistiu em criar hortas para escolas municipais

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Usina solta 14 mil alevinos no MT A Usina Barralcool, de Barra do Bugres, promoveu no dia 5 de junho, a soltura de 14 mil alevinos da espécie Piraputanga, em comemoração à Semana do Meio Ambiente. O Projeto faz parte do Programa “Viva o Peixe”, realizado pelo quarto ano consecutivo, mas o diferencial desta edição foi a soltura em um ponto de lazer da cidade. O objetivo da ação foi promover a preservação de alevinos no Lago Azul, local onde foram soltos os peixes. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, além de comemorar o Meio Ambiente, também celebrou-se os 70 anos da cidade.

Programa “Viva o Peixe”, acontece pelo quarto ano consecutivo

Responsabilidade socioambiental De 4 a 11 de junho, a Usinas Itamarati promoveu a 5ª Semana de Responsabilidade Socioambiental, em Nova Olímpia, MT. A empresa já promoveu ações como uma campanha de doação de sangue. O Projeto Doce Peixe, aconteceu com soltura de alevinos na represa São Lourenço. Pessoas da comunidade, familiares e funcionários da empresa, participaram dos acontecimentos. Houve ainda uma palestra sobre Meio Ambiente na Escola Estadual de 1º Grau Jada Torres, de Tangará da Serra. Em 10 de junho, o presidente

da Itamarati, Antonio Christiano, promoveu um evento na unidade, que contou com palestras sobre política de investimento social privado da empresa; setor de responsabilidade social e projetos próprios; indústria do conhecimento. No dia 11, aconteceu a apresentação do Projeto Karatê, do Instituto Florescer; e palestras sobre drogas na adolescência; violência doméstica; projetos ambientais. Em paralelo, a unidade montou um ponto para aferição da pressão arterial, controle de glicemia e cálculo de IMC.


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EVENTOS

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Prêmio BestBIO 2014 recebe inscrições de cases Premiação encerrará Fórum ProCana - Usinas de Alta Performance ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

O Prêmio BestBIO está recebendo as inscrições dos cases participantes até dia 30 de julho. Promovido pela ProCana Brasil, a edição 2014 do evento que reconhece as melhores empresas e profissionais da bioeconomia brasileira, está repleta de novidades. Ele será o evento social de encerramento do Fórum ProCana 2014 - Usinas de Alta Performance e acontecerá em Ribeirão Preto, SP, no dia 18 de setembro. O BestBIO 2014 irá destacar os cases e profissionais do país nas áreas de biocombustíveis, bioenergia, bioeletricidade, biotecnologia e responsabilidade ambiental e empresarial. Josias Messias, presidente da ProCana Brasil, afirma que as usinas e empresas relacionadas ao segmento devem participar para mostrar essa força, ressaltar os investimentos e a tecnologia empregada. O BestBIO conta com o apoio das principais entidades da área, como a UNICA (União da Indústria de Cana-deaçúcar), APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool), ANACE (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia), CBCN (Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável), RENABIO (Rede Nacional de Biomassa para Energia), Sindustrial Engenharia e SBAG (Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura). Em 2010, a Guarani implantou um sistema de gestão de segurança, que culminou na redução de 60% nos índices de acidentes de trabalho. Esse trabalho rendeu à empresa o Prêmio BestBIO 2013,

Edilberto Bannwart, representante da Guarani, em 2013, no evento de premiação

na categoria “Empresa do Ano – Responsabilidade Empresarial”. “Quando falamos na questão de acidentes de trabalhos, não analisamos somente a área de segurança, nem apenas as lideranças que atuam neste segmento. Muitos outros fatores influenciam no quesito redução de acidentes. O programa “Risco Zero” que desenvolvemos na Guarani incentiva, valoriza, reconhece e premia os colaboradores da usina. Acredito que, por isso, estamos alcançando bons resultados, que resultam em prêmios tão importantes como este”, reforça Edilberto Bannwart, representante da Guarani em 2013, no evento de premiação.

Serviço Prêmio BestBIO Brasil 2014 e Fórum ProCana 2014 Usinas de Alta Performance Data: 18/09/2014 Local: Ribeirão Preto (SP) www.bestbio.com.br/cases Mais informações: fone 16 3512.4300 eventos@procana.com.br

SOBRE O FÓRUM O Fórum ProCana 2014 - Usinas de Alta Performance é um evento desenvolvido com o

foco de apresentar aos empresários e executivos do setor, casos de resultados comprovados no incremento da rentabilidade e da competitividade das usinas. O programa do Fórum, que será realizado no mesmo dia e local do Prêmio BestBIO Brasil 2014, inclui temas como Modelos de negócios sustentáveis, compatíveis com a diversidade de desafios e a alta volatilidade do mercado sucroenergético; Alternativas inovadoras na reestruturação & capitalização das empresas; Metodologias consagradas na redução de custos e melhorias de eficiência nos processos; e tecnologias em estágio comercial que permitem alcançar o pleno potencial agroindustrial da cana-de-açúcar.


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EVENTOS

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Micro e pequenas empresas terão espaço exclusivo na Fenasucro Dezesseis micro e pequenas empresas voltadas à cadeia produtiva do setor sucroenergético terão um espaço exclusivo para exporem seus serviços e produtos durante a 22ª Fenasucro. Neste ano, o evento acontece de 26 a 29 de agosto, no Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho, SP. A presença dessas empresas é o resultado de uma parceria entre a organização da Fenasucro (Reed Exhibitions Alcantara Machado e Ceise Br) e o Sebrae/SP, possibilitando a participação delas na maior feira internacional de tecnologia sucroenergética. Existente desde a primeira edição da Fenasucro, a parceria ainda visa às empresas maior acesso ao mercado do setor e a aproximação com grandes fornecedores e compradores. A participação delas é viabilizada a um custo baixo, uma vez que parte do valor é subsidiada pelo Sebrae. “Assim, esses estabelecimentos podem reforçar suas marcas junto ao mercado sucroenergético e conhecer novos clientes e fornecedores. Nosso papel é incentivar o desenvolvimento e a competitividade das micro e pequenas empresas e, por isso, estamos sempre presentes em grandes feiras setoriais. Historicamente, estas ações dão resultados muito positivos para as empresas”, explica o gestor do Sebrae, SP, Fábio Menezes de Souza.

Parceria com o Sebrae resultará em um espaço dedicado para 16 empresas

Segundo Fábio, os resultados crescem a cada ano. Em 2013, foram realizados 231 contatos que geraram 277 mil em negócios imediatos e uma previsão de R$ 3.945.000,00 estimados para os quatro meses após a realização da feira. O presidente do Ceise Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, afirma que esta parceria é fundamentalmente importante para o

fortalecimento do Departamento das Micro e Pequenas Empresas, criado pela entidade para apoiar e buscar soluções inovadoras para esses empreendedores, integrantes da cadeia produtiva sucroenergética. “O conhecimento estratégico e aplicado do Sebrae nos ajuda a promover o desenvolvimento sustentável dessas empresas, inserindo-as no contexto

socioeconômico do município, com a criação de novos postos de trabalho, por exemplo, além da contribuição para um melhor resultado da economia local”, afirma. Reed Exhibitions Alcântara Machado 16 2132.8936 www.reedalcantara.com.br


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GIRO DO SETOR

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O Setor pelo Mundo INDONÉSIA Uma nova usina de açúcar em Elora, na Indonésia, começou oficialmente a operar. A usina é apontada por especialistas, como uma das mais modernas do país, com capacidade de produção de 600 mil toneladas de açúcar por dia, de acordo com o jornal “Jakarta Post” da Indonésia. Kamadjaja, presidente da unidade chamada de “PT Gendhis Multi Manis GMM”, disse que a construção começou em junho de 2011 e custou em torno de 1,8 trilhões de Rúpias (152 milhões de dólares). A usina processa cerca de 6 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia, o equivalente a 600 toneladas de açúcar, e é considerada a unidade mais moderna, em

Colheita de cana na Indonésia

ÍNDIA

TAILÂNDIA

O setor de açúcar na Índia está passando por graves problemas. Existe a questão da dívida das usinas com os agricultores e há também incerteza, sobre a questão do subsídio à exportação de açúcar bruto, de acordo com o “Economic Times” da Índia. Desde que o novo governo assumiu o comando do Ministério das Finanças, o departamento pode ter nova proposta para suspender o subsídio à exportação a partir de junho, devido à diminuição dos volumes exportados. Acredita-se que, como medida alternativa, o governo possa lançar um novo programa de mistura de etanol no país.

GUIANA

Planta da Skeldon Sugar

uma área onde a maioria das usinas de açúcar estão em operação desde 1870, época da colonização holandesa. A Indonésia possui 74 usinas, construídas no período da colonização holandesa, sendo que 11 estão localizadas na mesma região da nova unidade. Atualmente, a demanda por açúcar na Indonésia é de 5,75 milhões de toneladas por ano e apenas 40% vem da produção nacional. Com a nova usina, a previsão é que o fornecimento aumente em 5%. A nova usina se estende por 43 hectares e emprega mais de 1.000 trabalhadores diretos e 20 mil produtores de cana-de-açúcar, num sistema de cooperação que lhes dá participação nos lucros finais.

Açúcar tailandês

A produção de açúcar da Tailândia, segundo maior exportador do mundo depois do Brasil, está estimada a atingir produção recorde, a partir de novembro de 2014, depois do governo do país promover o aumento das plantações entre os agricultores. A produção pode subir de 6,3%, ou o equivalente a 110 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e a quantidade exportada pode ser de até 9 milhões de toneladas em 2015, a partir dos 8 milhões de toneladas este ano. O crescimento da produção na Tailândia pode reduzir os preços do açúcar bruto negociado em Nova York e a demanda global pode exceder a produção em 2014/15, depois de um excedente nos estoques de açúcar este ano, e nos anos anteriores, de acordo com as estimativas da Kingsman SA.

PAQUISTÃO Especialistas em mercado de açúcar tem questionado a real eficiência da administração por trás da Guysuco — Guyana Sugar Corporation, empresa de açúcar do governo da Guiana, no norte da América do Sul. Estimativas preliminares apontam para produção de apenas 80 mil toneladas, desde o início da safra até o momento. A Guysuco está pressionando os produtores de uma de suas fábricas, localizada em Skeldon, para que esta, atinja sua meta de cerca de 14 mil toneladas por dia, antes do fim da safra, de acordo com o jornal “Stabroek da Guiana”. “Foram produzidas míseras 7 toneladas de açúcar, na quarta-feira, 28 de maio”, de acordo com um trabalhador da fábrica, que não quis se identificar para a imprensa local. Quando concebida, nos planos do governo do país, a fábrica de Skeldon produziria, no mínimo, 110 mil toneladas por ano. Ninguém do governo quis se pronunciar a respeito do possível prejuízo, até o momento.

O Paquistão terá um excedente de cerca de um milhão de toneladas de açúcar, este ano, de acordo com informações do Jornal “DawnNews”. O cálculo foi feito com base no consumo mensal, que gira em torno de 390 mil toneladas, e dos estoques disponíveis de 3,45 milhões de toneladas, espalhadas por usinas situadas em três províncias. Estoques da província de Punjab, tem 1,9 milhões de toneladas de açúcar nos estoques, seguido de 1,4 milhões de toneladas em Sindh e 200 mil toneladas em Khyber Pakhtunkhwa. A produção de açúcar, calculada de novembro de 2013 a

abril 2014, foi de 5,45 milhões de toneladas no total, das quais Punjab produziu cerca de 3,25 milhões de toneladas: Sindh, 1,850 milhões de toneladas e Khyber Pakhtunkhwa, 350 mil toneladas. Para PSMA- Pakistan Sugar Mills Association, os indicadores sobre a produção de açúcar e estoques do país estão satisfatórios, apesar de alguns produtores demonstrarem insatisfação com o ritmo lento das exportações da commodity. De acordo com dados do PBSPaquistão Bureau of Statistics, as exportações de açúcar caíram 27% em quantidade e 37% no preço.

CUBA Em Cuba, porta-voz da Azcuba — Organización Superior de Dirección Grupo Azucarero, disse que, cerca de uma dúzia de usinas ainda está em operação para tentar alcançar a meta de produção do setor, que apesar das dificuldades enfrentadas por causa do mau tempo, deve ter aumento de 3%, de acordo com informações da Prensa Latina. Entretanto, até o momento, apenas cinco províncias cubanas conseguiram iniciar a colheita de cana-de-açúcar.

Transporte de cana no Paquistão


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Setor crê que aumento da mistura é o primeiro passo para sair da crise Governo retira texto de emenda provisória, mas pede rapidez em estudos técnicos ANDRÉ RICCI,

DE

SÃO PAULO,

CAPITAL

Na última edição do JornalCana informamos que havia sido aprovado por uma comissão mista do Congresso Federal, em 14 de maio, a emenda referente a Medida Provisória (MP) 638/14, autorizando o aumento do teto de percentual do álcool anidro na gasolina para 27,5%, desde que o órgão do governo aceitasse a viabilidade técnica do aumento. Contudo, sob atuação do governo, o texto foi retirado. Já na primeira semana de junho, a informação era de que o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a mando da Presidente Dilma, convocou líderes do setor sucroenergético para reuniões em Brasília, DF. De fato, o encontro aconteceu e reuniu, em 11 de junho, representantes da Anfavea — Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e dos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e do Comércio. “Tenho a impressão de que medidas serão tomadas em benefício do setor", disse Elizabeth

Roberto Rodrigues: aumento da mistura

Cid Caldas: grupo técnico reavalia

não resolve, mas ajuda

viabilidade da mistura

Farina, presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, ao sair da reunião. Cid Caldas, coordenador geral de açúcar e etanol do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, traz detalhes do trabalho. “Existe o pedido do setor para que o governo reavalie a questão da mistura. Isso vem sendo estudado por um grupo técnico. Continuamos buscando aquilo que nos foi passado em um primeiro momento”, explica.

A dúvida que permanece, ao menos para o governo, é sobre a viabilidade técnica da alteração. Especialistas apontam perda de eficiência dos carros a gasolina, além de desgaste maior do motor. Mas não para o setor. “Temos plena convicção de que não existe problemas nesta ordem. Estudos já encomendados pelo segmento, assim como informações da própria Anfavea, dizem que não há empecilhos”, afirma Arnaldo Jardim, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético.

Mário Campos, presidente executivo da Siamig - Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, tem participado na busca pela implementação do aumento. Ele explica que existem dois momento importantes neste processo e que precisam ser observados. “Uma coisa é a questão legal e outra é a efetiva. O governo busca comprovar tecnicamente que a alteração é possível, fato que nós acreditamos ser. O que defendemos neste momento é que a legislação seja alterada, para que, no momento em que as confirmações surgirem, a mudança possa ser feita rapidamente”. Campos corrobora a opinião de Jardim de que o aumento traria fôlego aos produtores. “Independentemente de quem vença a eleição, é preciso mudar a política energética do país. Acreditamos que com 1 bilhão de litros a mais para o anidro – valor estimado caso a mudança se confirme -, a situação melhoraria”. Já Roberto Rodrigues, mais novo presidente do conselho deliberativo da Unica, afirma que a alteração não resolverá em definitivo a crise econômica do segmento, mas será o primeiro passo. “Seria importante, inclusive, para que o preço da gasolina diminua ao consumidor. Sem contar as vantagens ambientais, geração de empregos, enfim, tudo aquilo que temos falado há tempos”.


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Recuperação do setor depende de mudança de legenda no poder executivo Com know-how de uma pessoa que desde o início da década de 1970 trabalha em prol do setor sucroenergético, Maurílio Biagi Filho atribui ao processo eleitoral a saída para o segmento. O empresário, que foi convidado para ser vice de Alexandre Padilha (PT) na disputa pelo governo de São Paulo, e recusou, fala com segurança sobre o atual momento. “Existe uma grande hipocrisia em tudo que vem sendo dito. Uma condição básica para que o setor se recupere é a mudança de governo. Ao mesmo tempo, não é certo que se mudar, vai melhorar”, explica. A grande questão no momento é o aumento da mistura de etanol anidro na

gasolina, saindo dos atuais 25% para 27,5%. “Não faz sentido ainda não ter sido autorizado. É uma economia enorme para o país, para a Petrobras e ainda ajuda o setor. Mostra despreparo do governo para lidar com o assunto”, afirma. Para Biagi, a informação de que o governo convocou líderes do setor para um diálogo mostra, mais uma vez, a demora em agir por parte dos governantes. “É uma conversa extremamente importante, pena que demorou tanto para acontecer”. Além da mudança na legenda parlamentar, o empresário acredita ser

Manoel Ortolan: aumento da mistura contribui com o meio ambiente

necessário um novo modelo de negócio para o etanol para que a curva de crescimento volte. Voltar todos os esforços apenas para o preço da gasolina, em sua opinião, não é o caminho. “O governo não fará isso em função do setor. Temos que inovar, apresentar soluções novas e ideias que ainda não foram sugeridas. Se não, será difícil sair desta situação”. Manoel Ortolan, presidente da Orplana – Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil é outro que tem trabalhado para provar que o setor sucroenergético precisa de ajuda. Falando como um produtor que vem sofrendo com as condições de mercado,

Ortolan defende o aumento da mistura. “Muito se fala, mas pouco se faz. Essa questão da mistura é algo que pode contribuir para que o setor retome suas atividades, já que ajuda a regular o mercado”. Ele afirma ainda, que um programa renovável genuinamente nacional, como é o caso do etanol, não pode ser desprezado, haja visto sua importância social e ambiental. “Continuamos dependendo de duas questões: da clara definição do papel do etanol na matriz energética brasileira, além do tratamento tributário diferenciado entre o biocombustível e a gasolina”. (AR)

Maurílio Biagi Filho: atual governo é despreparado para lidar com setor


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Setor deve ter nova temporada de fusões e aquisições Usinas em recuperação judicial e que encerraram atividades despertam interesse de investidores ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

As fusões e aquisições do setor sucroenergético que tiveram seu ápice há alguns anos, podem voltar com força nas próximas safras ou até mesmo nessa temporada, segundo analistas de mercado. Isto porque o mercado de açúcar apresenta preços mais aquecidos e o consumo do etanol poderá aumentar. Sendo assim, o mercado espera um novo movimento de compra e procura por usinas em dificuldades, tanto das que pararam de moer ou hibernaram, como daquelas em recuperação judicial. “Mas isso não será um movimento desenfreado, tudo será plenamente analisado”, lembra uma fonte de mercado. De 1995 a 2003, 35 usinas foram incorporadas, segundo um estudo “Fusões e aquisições das unidades produtivas e da agroindústria de cana-de-açúcar no Brasil e nas distribuidoras de álcool hidratado etílico”, de Paulo Henrique de Lima Siqueira, doutorando da Universidade Federal de Lavras e Luiz Gonzaga de Castro Junior, professor da Universidade Federal de Lavras. Dessas, 23 foram vendidas, cinco sofreram processo de fusão e uma se tornou joint venture e outra foi arrendada. Em 2004, o mercado registrou cinco casos de aquisição neste setor e o grupo Cosan e FBA foram os principais compradores. Em 2006, as empresas estrangeiras respondiam por 4,5% da produção nacional de cana, ou 18,5 milhões de toneladas, e tinham 11 unidades, de acordo com a Unica. Os estudiosos relatam que de 2006,

Ruínas da Usina Galo Bravo, em Ribeirão Preto, que encerrou atividades em 2010

2007, 2008 e 2009, ocorreram nove, 25, 14 e seis fusões e aquisições, respectivamente, no setor. Dados da Unica demonstram que 67 grupos econômicos sucroenergéticos do Centro-Sul do País possuíam 154 unidades produtoras na safra 2006/07, que processaram cerca de 73,23% da produção do Centro-Sul, ou 273,5 milhões de toneladas. O estudo aponta ainda que em 2007, os principais compradores foram grandes grupos e fundos estrangeiros, responsáveis por 70% das transações realizadas. “Depois

da forte entrada de investimentos registrada em 2007, os negócios perderam força em 2008, por conta da crise financeira global. As companhias estrangeiras, como a multinacional americana Bunge, a espanhola Abengoa, o asiático Noble Group, as francesas Louis Dreyfus Commodities (LDC) e Tereos, continuaram adquirindo usinas naquele ano, e o setor foi responsável por 18% dessas operações”, contam os pesquisadores. Segundo pesquisa do repórter

Wellington Bernardes, especialista em engenharia agronômica do JornalCana, com o fechamento de três usinas em Goiás, o número de desempregados chegou a 10 mil, de acordo com dados do Sifaeg. “Desde 2008, 66 unidades deixaram de moer por questões estratégicas e principalmente por dificuldades financeiras”, diz. Em Minas, por exemplo, a pesquisa constatou que oito unidades foram fechadas e gerou o desemprego de 5 mil pessoas. (AM)


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Reabertura de usinas em PE mobiliza setor canavieiro Das cinco usinas fechadas no Estado de Pernambuco, duas delas estão sendo alvo de mobilização de prefeitos, deputados estaduais e federais de Pernambuco, além do Sindicape e Associação dos Fornecedores de Cana de PE, da Zona da Mata do Estado, que defendem a reabertura. Um encontro realizado no dia 9 de junho, em Ribeirão (PE), na sede do Consórcio Público dos Municípios da Mata Sul Pernambucana (Comsul) reuniu diversos representantes que defendem a volta das atividades da Pumaty em um primeiro momento. Frederico Pessoa de Queiroz, vicepresidente da AFCP, e o presidente do Sindicape, Gerson Carneiro Leão, participaram da reunião do Comsul. “O objetivo central do encontro é tratar da reativação da Usina Pumaty, fechada em 2012, e que, deste então, vem provocando uma séria desestabilidade socioeconômica na mesorregião”, lembra. O evento foi convocado pelo presidente do Comsul, José Genivaldo – Geninho (PSB), que é prefeito de Cortês. “O fechamento das usinas canavieiras traz alta taxa de desemprego à região, queda de arrecadações municipais, no comércio local, aumento da criminalidade e, causando à classe dos pequenos produtores rurais e trabalhadores

canavieiros grandes transtornos, visto que as unidades industriais estão sem as mínimas condições de moagem”, conta o presidente do Comsul. Proposta de retomada - Atualmente, há uma proposta com o governador João Lyra Neto, de retomada do funcionamento da unidade industrial, mas nenhuma decisão ainda foi oficializada. O projeto propõe o arrendamento da usina por meio de cooperativa de produtores de cana. O Estado investiria o recurso em favor dos canavieiros, para arrendarem e administrarem a unidade industrial, retomando a produção no local, e, em consequência, todos os benefícios socioeconômicos na área. A AFCP e o Sindicape estimam que o valor necessário para a ação gira em torno de R$ 15 milhões. O projeto já tinha recebido aval do antigo governador Eduardo Campos, em março, antes de deixar o comando do Palácio do Campo das Princesas. O antigo gestor também apoiou o mesmo projeto para reativar a usina Cruangi, na cidade de Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado, desativada em 2013. Este projeto, que também está estimado no valor de R$ 15 milhões, também segue em avaliação por parte da nova equipe do governador. (AM)

Gérson Carneiro Leão participa das conversas para reativar Usina Pumaty

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As 66 usinas que interromperam a produção desde 2008 USINA . . . . . . . . . . . . . . . . .ESTADO .CIDADE

USINA . . . . . . . . . . . . . . . . . .ESTADO .CIDADE

Alcana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Nanuque Alpha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Cláudio Santo Hipólito . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Santo Hipólito CEPAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .São Sebastião do Paraíso Fronteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Fronteira Planalto . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Araxá Triálcool . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Canápolis Vale do Paranaíba . . . . . . . . .MG . . . . . . . .Capinópolis Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . .GO . . . . . . . .Acreúna Energética São Simão . . . .GO . . . . . . . .São Simão Serrra do Caiapó . . . . . . . . .GO . . . . . . . .Montividiu Debrasa . . . . . . . . . . . . . . . .MS . . . . . . . .Três Lagoas Safi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MS . . . . . . . .Nova Alvorada Santa Olinda . . . . . . . . . . .MS . . . . . . . .Sidrolândia Alcopan . . . . . . . . . . . . . . . .MT . . . . . . . .Poconé Araguaia . . . . . . . . . . . . . .MT . . . . . . . .Confresa Catende . . . . . . . . . . . . . . .PE . . . . . . . .Catende Cruangi . . . . . . . . . . . . . . .PE . . . . . . . .Timbaúba Pumaty . . . . . . . . . . . . . . .PE . . . . . . . .Joaquim Nabuco Salgado . . . . . . . . . . . . . .PE . . . . . . . .Ipojuca São Luiz . . . . . . . . . . . . .PE . . . . . . . .Maraial Barcelos . . . . . . . . . . . . .RJ . . . . . . . . .Campos dos Goytacazes Cupim . . . . . . . . . . . . . .RJ . . . . . . . . .Ururaí Pureza . . . . . . . . . . . . . .RJ . . . . . . . . .São Fidélis Santa Cruz . . . . . . . . . .RJ . . . . . . . . .Campos dos Goytacazes Sapucaia . . . . . . . . . . .Rj . . . . . . . . .Campos dos Goytacazes Corol . . . . . . . . . . . . . .PR . . . . . . . .Rolândia Casquel . . . . . . . . . . . .PR . . . . . . . .Cambará Goioerê . . . . . . . . . . .PR . . . . . . . .Moreira Sales Floralcool . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Flórida Paulista CBAA . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Icém TGM . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Cerqueira César São Carlos . . . . . . . .SP . . . . . . . .Jaboticabal

Santa Luiza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Motuca Galo Bravo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Ribeirão Preto Agrest . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Espírito Santo do Turvo Albertina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Sertãozinho Alvorada do Oeste . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Santo Anastácio Aralco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .S. Antônio do Aracanguá Bernardino de Campos . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Bernardino de Campos Bertolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Pirangi Biosauro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Guararapes Camilo Ferrari . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Tambau Decasa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Caiuá Dracena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Dracena Everest . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Penápolis Guaricanga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Presidente Alves Ibirá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Santa Rosa do Viterbo Jardest . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Jardinópolis Maluf . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Santo Antônio de Posse Maringá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Araraquara Nova União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Serrana Oeste Paulista . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Monte Aprazível Pau D'Alho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Ibirarema Pignata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Sertãozinho Renascença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Ibirarema Santa Anita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Tatuí Santa Rita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Santa Rita do Passa Quatro Santa Fany . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Regente Feijó São José . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .Rio das Pedras São Pedro do Turvo . . . . . . . . . . . . .SP . . . . . . . .São Pedro do Turvo Seragro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SE . . . . . . . .Japoatã Uruba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .AL . . . . . . . . .Atalaia Guaxuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .AL . . . . . . . . .Teotônio Vilela Laginha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .AL . . . . . . . . .União dos Palmares Roçadinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .AL . . . . . . . . .São Miguel dos Campos Fonte: Anuário da Cana


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Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag

Plano Safra ignora a cana-de-açúcar Caio, presidente da Abag, diz que modelo continua “distante do mundo real” ANDRÉ RICCI

E

WELLINGTON BERNARDES,

DA REDAÇÃO

Anunciado no dia 19 de maio, o Plano Safra 2014/15 disponibilizará 156,1 bilhões de reais em créditos para o agronegócio, valor 14,7% superior ao do

ano passado. Durante seu pronunciamento, a presidenta Dilma Rousseff (PT) destacou a importância de investir no setor agrícola. "Os números mostram que oferecer políticas adequadas, construídas a partir do diálogo, é fundamental. Escutar o que os produtores acham que deve ser feito é algo essencial para que nós saibamos como facilitar e não criar barreiras para o setor". Contudo, de acordo com Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, a afirmação não se encaixa quando o assunto é cana-de-açúcar. “Há um enorme

buraco quando se pensa no setor sucroenergético. Para açúcar e etanol, o Plano Safra continua distante do mundo vivido”, afirma. Com a atual conjuntura do segmento, Carvalho explica que o acesso aos recursos indicados fica comprometido. De acordo com a Unica - União da Indústria da Canade-Açúcar, 30% das empresas do segmento estão empenhando pelo menos 17% do faturamento para cobrir endividamentos e podem deixar de produzir. “Fazendo uma metáfora, o mundo do planejamento pode destinar recursos para atender a cana, mas no mundo real é o

agricultor canavieiro ou a usina que chega com dívida e não consegue ter acesso aos recursos. Você pode fazer plano, pode indicar os recursos, mas as usinas que realmente precisam, não terão acesso. É surreal”, explica. O presidente da Abag critica, ainda, o modelo no qual não há orientação aos produtores para buscarem um posicionamento. Porém, ressalta que há aspectos positivos, como a inclusão das florestas plantadas no Ministério da Agricultura, e a posição importante para questão do armazenamento, crucial para a logística nacional.


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Setor está descontente com Plano Safra Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar - Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná, é outro que não está contente com as condições oferecidas. De acordo com ele, a burocracia no acesso aos recursos impede o desenvolvimento do segmento. “Devido ao longo período de dificuldade do setor, nem todas as empresas conseguem obter o dinheiro pela necessidade de garantias e certidões”, explica. Questionado sobre quais áreas necessitam de mais investimentos, ele explica: “É preciso ser feita uma reforma e modernização das indústrias, mas para isso, é necessário mais flexibilidade no acesso aos créditos. Tais medidas de financiamento deveriam ser em caráter permanente para facilitar o planejamento das indústrias.”, afirmou, lembrando da necessidade de aumento de produtividade. O Plano Safra prevê a disponibilização de R$ 156,1 bilhões para custeio, comercialização e investimento. O montante é quase 15% maior na comparação com os R$ 136 bilhões autorizados para o ciclo 2013/14. A taxa média de juros, no entanto, será de 6,5%, contra 5,5% no plano anterior. (AR)

Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar

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Quatro perguntas para Elizabeth Farina

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Como a senhora avalia o Plano Safra em relação ao setor? Não sei do que se trata, já que não há uma palavra sobre cana-de-açúcar no Plano Safra. Ele foi apresentado pela presidente da República, mas não consta nada em relação ao setor, mesmo sabendo que passamos por extrema dificuldade financeira. Diante disto, o que a senhora tem feito? Podemos participar de várias maneiras em busca de melhorias. Mas tudo é demorado e, neste caso, trata-se de uma longa negociação com o Ministério da Agricultura. Mas o ministro Neri Geller tem se mostrado bastante empenhado em acelerar alguns procedimentos, possíveis de serem implementados num prazo mais curto de tempo. Estamos trabalhando para que as coisas possam evoluir. SAIBA O QUE OFERECE O PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2014/2015 Quais seriam estes procedimentos? (Nenhum dos investimentos comtempla o setor canavieiro) Apesar de parecer uma medida pequena, teria um impacto muito grande. Falo da possibilidade de financiamento para armazéns de estocagem de açúcar. É um assunto pouco falado por aqui, mas se pensarmos que o Brasil é líder mundial na exportação da commodity, veremos quão importante seria termos este recurso. Somos o país com menor capacidade de estocagem em relação ao que é produzido. E qual seria a principal vantagem? Por aqui isso ainda é pouco falado, mas li em um jornal americano que o Brasil é líder, mas não forma o preço do mercado internacional. Isso acontece exatamente porque não temos capacidade de estocagem suficientemente grande para explorar essa posição. Então, este é um dos pleitos junto ao Ministério da Agricultura.

Elizabeth Farina: cana foi ignorada do Plano Safra


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Líderes e produtores se reúnem com presidenciáveis 5º Prêmio Top Etanol ofereceu aos três principais candidatos à presidência da República a chance de falar ao setor; Dilma Rousseff não compareceu ANDRÉ RICCI,

DE

SÃO PAULO, SP

Durante evento realizado na cidade de São Paulo, SP, em 2 de junho, os três principais candidatos à presidência da República tiveram oportunidade de falar a produtores e líderes do setor sucroenergético, que juntos, somaram aproximadamente 750 pessoas. Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT) foram convidados, mas a atual presidente, não compareceu. O primeiro a expor seu planos foi Aécio Neves. Ele afirmou que o setor foi “abandonado” pelo atual governo, caminhando, assim, na contramão das necessidades mundiais. Em seu discurso, o representante lembrou o fechamento de diversas usinas, além de reiterar que outra parte está em vias de liquidação ou iniciando processos de recuperação judicial. “Nenhum setor

Campos comprometeu-se em diferenciar combustíveis limpos e fósseis

tem sido tão vitimizado pela incapacidade do atual governo quanto o sucroenergético”, explicou. “A falta de regras leva um setor que acreditou no governo, foi buscar dinheiro emprestado, foi buscar parceiros, investiu, a viver hoje a situação que vivemos”. As palavras são do pré-candidato do PSB à

Aécio Neves prometeu ser interlocutor direto com o setor

presidência da República, Eduardo Campos, que fechou o 5º Prêmio Top Etanol. Ao falar sobre suas propostas voltadas ao segmento, o representante se comprometeu a diferenciar combustíveis limpos e fósseis. “Algo que precisa imediatamente ser resolvido é a diferença

como se tributa o combustível fóssil e como se tributa o biocombustível. Quero assumir o compromisso de ser o presidente que vai voltar a tratar de maneira diferente o combustível fóssil do combustível de fonte renovável”, disse Campos, bastante aplaudido pelos empresários.


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Cinco perguntas para Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul ANDRÉ RICCI, DA REDAÇÃO

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Qual é a expectativa do setor em relação às eleições? A política pública tem efeito de vida e morte sobre o nosso setor e é exatamente o que estamos vendo hoje, uma crise sem precedentes. Por isso, a eleição torna-se ainda mais importante. Nossa agenda é uma só e temos pressa e urgência. Independentemente do resultado das urnas, precisamos de uma política pública que nos permita recuperar e crescer, transformando todo nosso potencial em realidade e desenvolvimento para o país. Como está a safra no Mato Grosso do Sul? Até a primeira quinzena de maio moemos 4,81 milhões de toneladas de cana, valor que aponta um atraso de 17% com relação a safra passada. O mix ainda está mais orientado para o etanol, dentro do esperado. As análises de clima até o momento têm afastado a perspectiva de geadas, o que é um alento aos produtores. Qual a expectativa de produção? Esperamos crescer 6,7%, atingindo 44,3 milhões de toneladas de cana moída em 2014/15. O que dizer das condições climáticas nos últimos meses? Afetaram os canaviais? Começamos a moer com algum atraso em função das geadas vividas no ano passado. Essas fizeram com que alguns hectares de cana não estivessem pronto para colheita. As chuvas de abril ficaram na média mensal, no entanto, algumas unidades tiveram episódios concentrados, o que também atrapalhou a colheita. Foi na primeira quinzena de maio que as coisas começaram a voltar ao normal, com um desempenho já quase igual ao da safra passada. Qual a mensagem para os produtores que buscam alternativas no enfrentamento da crise? A representação institucional do setor está unida e ativa como nunca. Estamos perseguindo com muita determinação as mudanças que o nosso setor precisa. E acredito no ditado do "copo meio cheio”, já que nossos fundamentos são bons e a sociedade enxerga que a crise que vivemos é nociva para o país.

Roberto Hollanda Filho


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HOMENAGEM

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Estiva celebra 50 anos com homenagem a colaboradores ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

A Usina São José da Estiva comemorou 50 anos de existência no dia 31 de março, em Novo Horizonte (SP) com um café da manhã e uma missa de ação de graças. Estiveram presentes mais de 1,3 mil pessoas entre colaboradores de todos os setores da empresa e membros da família Biasi: Nancy Machado de Biasi, Valéria de Biasi Cabrera, Joseli Magri de Biasi e Lilian Maria de Biasi Gomes, e os diretores Sandro Cabrera e Roberto de Biasi. Além da missa, houve a apresentação de um vídeo sobre os 50 anos e depoimentos de alguns colaboradores sobre seu trabalho na empresa. Cada colaborador teve seu nome gravado num chaveiro, que foi dado de presente. A peça tem a logo comemorativa dos 50 anos.

“O ponto mais positivo de tudo isso, nestes 50 anos, são os nossos colaboradores. Somos nós, as pessoas, que fazemos tudo isso. Não adianta investir em máquinas e tecnologia, se por trás delas não houver pessoas como estas, honestas, dignas e comprometidas”, apontou o diretor Sandro Cabrera aos convidados. Roberto de Biasi também destacou as pessoas, mas começou falando dos fundadores, do avô Gino de Biasi, dos filhos dele, Gino, Walter e Jorge, e dos que os sucederam. “Esta empresa tem raiz, é forte e sempre gera bons frutos. A empresa já é grande e nós não podemos deixar que ela pare no tempo. Pedimos a Deus que nos dê sabedoria para que nos momentos difíceis possamos pedir aos nossos antepassados a orientação para fazermos o nosso melhor”, afirmou.

Painéis honraram colaboradores

Companheiros fiéis Dos 63 anos de idade, Elizeu da Rocha, dedicou 34 à sua atividade dentro da Usina Estiva. Ele já fez de tudo um pouco na área agrícola. Foi contratado para ser motorista, trabalhou em uma máquina de arroz e puxava cana. Depois foi fiscal do barracão e trabalhou no posto de combustível, da qual tem grandes recordações. Tomou conta da oficina agrícola, depois foi para motomecanização e hoje é encarregado de conservação de patrimônio. “Nunca sonhei que teria um cargo como esse e tudo isso foi conquistado

com muito esforço e apoio do pessoal. A usina me deu todo apoio e confiou em mim. Eu agarrei a chance e luto até hoje. Até me arrepio ao pensar nessa empresa, pois representa tudo na minha vida. A vi crescer e se transformar no que ela é hoje. Ela representa todas as realizações da vida, pessoal e profissional e faz parte de minha família, não sei viver sem esse ambiente. Parabéns a todos e muita saúde”, lembra. Um lugar marcante dentro da empresa é o antigo posto de combustível. “Na época compraram alguns caminhões e

Valdemar Sampronha,

Elizeu da Rocha, encarregado de

supervisor de moenda

conservação do patrimônio

Atual fachada da Usina Estiva

eu me sentia orgulhoso de preparar o álcool aditivado para abastecer esses veículos. Ficava até tarde para ajudar a preparar o álcool para colocar no caminhão. Na época colocava-se álcool, óleo de mamona e anticorrosivo para poder andar”, lembra com carinho. Aos 67 anos e 43 deles dedicados a São José da Estiva, Valdemar Sampronha, supervisor de moenda, admira com carinho o local que passou mais da metade de sua vida. No dia 19 de junho, o colaborador irá completar 44 anos na empresa. Começou na empresa como torneiro mecânico, depois passou a mecânico de moenda e posteriormente assumiu o cargo de supervisor de moenda, onde está até hoje. “Recordo que no início quando ainda trabalhava no torno eu gostava de observar

as atividades, observava como os colaboradores do setor da caldeira alimentava os fornos com lenha. Além desta atividade eu também, por vezes, era chamado para ajudar em outros setores. Sempre fui uma pessoa prestativa e que procurava melhorar as condições de trabalho para mim e para os meus companheiros. A empresa me proporcionou muitas realizações pessoais como casas, terrenos e veículos, mas o que guardo no meu coração são os amigos. Conquistei muitos amigos na Usina e nas fornecedoras de serviços e peças. Sinto-me muito orgulhoso e feliz por isso e por estar a tanto tempo nesta empresa e poder comemorar os 50 anos de sua fundação. Parabéns Estiva, continue sempre crescendo!”.

USINA ESTIVA NA DÉCADA DE 1960 — A Usina São José da Estiva foi fundada no dia 31 de março de 1964, por José Willibaldo de Freitas, Antonio Ribeiro do Vale, Juca Borges e Gino de Biasi, este último considerado um desbravador e visionário para seu tempo. A inauguração da Usina São José da Estiva foi um marco para Novo Horizonte. Naquele ano, a moagem foi de 217 toneladas de cana, para a produção de 348 sacas de açúcar. Toda a história e a evolução ao longo das últimas cinco décadas podem ser conferidas no site www.estiva.com.br.


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Impasse sobre o licenciamento de tratores continua na câmara WELLINGTON BERNARDES, DA REDAÇÃO

No final do mês de maio, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória 646, que altera as normas para o registro e o licenciamento de tratores e máquinas agrícolas no Código de Trânsito Brasileiro. Com a MP em vigor, os automotores agrícolas fabricados a partir de 1º de agosto de 2014, que transitam em vias públicas, devem ser registrados, licenciados e emplacados. A nova medida implica em mudanças para proprietários que possam transitar com seu maquinário por vias públicas. Para estes, o registro e licenciamento são obrigatórios, porém únicos. O IPVA será cobrado anualmente. O único ajuste comemorado pelo setor foi a liberação de motoristas habilitados na categoria B para conduzirem estes veículos em vias públicas. Os proprietários que possuem maquinários que transitam em vias públicas, devem realizar o registro de seus veículos no Renavam - Registro Nacional de Veículos Automotores. Para tal, é necessário apresentar o CAT – Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito; o Código de marca/modelo/versão específico e o pré-cadastro pelo fabricante ou montadora, órgão alfandegário ou

importador do trator ou automotor agrícola. As discussões sobre o tema se arrastam desde 1997, ano de criação da Lei 9503 que institui o Código de Trânsito Brasileiro, que exigia o registro e licenciamento de tratores. Em 2012 o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), apresentou a Proposta de Lei 3312, que desobrigava tratores e veículos para o trabalho agrícola, como colhedoras, do registro e licenciamento anual. O deputado afirma que não é compreensível que máquinas agrícolas, que passam 98% de suas vidas úteis no campo, sejam tratados iguais aos veículos que transitam por vias públicas. O Projeto de Lei foi vetado este ano, no dia 15 de maio, um pouco antes da apresentação da MP 646. "A partir da data prevista na MP 646 (1º de agosto) os produtores terão que licenciar, emplacar, registrar, pagar IPVA e tudo mais. O projeto de minha autoria não cobrava de ninguém, até porque, mesmo cobrando para maquinários adquiridos no futuro, a injustiça permanece", explica Alceu Moreira. Segundo o deputado, o preço médio do emplacamento para os veículos de uso rural é estimado entre R$ 500 e R$ 1 mil por máquina, no Rio Grande do Sul, o que pode aumentar de acordo com o valor do maquinário.

Deputado Alceu Moreira

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LOGÍSTICA & TRANSPORTE

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MP dos tratores já tem 71 emendas A MP será analisada por senadores e deputados em comissão mista, em seguida, será votada pelos plenários da Câmara e do Senado. Já foram apresentadas 71 emendas para a medida, uma delas, do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que afirma que os gastos com o licenciamento, emplacamento, seguro obrigatório e a compra de outros itens de segurança corresponderão a 3% do valor da máquina. “Estimativas prévias indicam que os custos com emplacamento, vistoria e IPVA podem chegar a R$ 30 mil ao ano”, adverte o senador. O setor sucroenergético já manifesta sua posição contrária à medida. Segundo Wilson Agapito, gerente de logística agrícola da Usina Santa Isabel, esta medida implica em maiores custos para as usinas sem retornos garantidos. “Vamos emplacar nosso maquinário e pagar mais taxas para obtermos quais benefícios? Não consigo projetar vantagens para o setor e nem para os demais agricultores” alerta. Segundo Agapito, um avanço com a MP é a liberação de motoristas habilitados na categoria B. “O processo de logística de tratores é mais burocrático quando temos que prontificar motoristas habilitados em categorias superiores, agora será mais fácil para executarmos estas operações”, conclui. Em debate no grupo de Mecanização Agrícola da rede LinkedIn em cana-de-açúcar, Kazuyochi Ota Junior, engenheiro de manutenção automotiva da Usina NovAmérica, explicou que a MP não trata de forma ampla o problema da circulação de tratores em vias públicas. “Medidas como maior orientação, sinalização das vias, condições de tráfegos, verificação das condições das frotas, informação sobre melhores logística de deslocamento de áreas são mais primordiais, pois um acidente não será evitado apenas por utilização de placas nos tratores”, comentou. A comissão mista para analisar a MP 646 foi instalada no dia dez de junho, e será composta por quinze senadores e quinze deputados titulares e suplentes. A presidente da comissão é a Deputada Luci Choinacki (PTSC), o relator é o Senador Gim (PTB-DF). O Relator e o Relator Revisor – Deputado Sandro Mabel (PMBB-GO) são os designados para emitir o parecer. A Câmara dará o parecer final sobre o projeto, caso haja alteração, o projeto será enviado à Presidência da República para sanção. Caso a MP seja aprovada sem alterações será promulgada pelo congresso. (WA)

Wilson Agapito, gerente de logística agrícola da Usina Santa Isabel


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Agrônomos afirmam que cenário crítico do setor mudará em breve WELLINGTON BERNARDES, DA REDAÇÃO

Os entraves da cadeia sucroenergética são conhecidos por seus participantes há tempos, porém previsões e ferramentas que auxiliem a tomada de decisões, podem não ser tão acessíveis. Atentos à essa demanda, o Geca – Grupo de Estudos em Cana-deaçúcar com a supervisão do professor Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, realizou no dia 23 de maio, em Piracicaba, SP, o simpósio “Cenários, perspectivas e previsões de produção de cana-de-açúcar”. O evento promoveu o debate sobre a atual conjuntura do setor sucroenergético e as possíveis soluções para os entraves da cadeia. Na primeira parte do evento, o professor da Esalq, Edgar Beauclair palestrou sobre os aspectos gerais do momento sucroenergético, e suas possíveis chances de recuperação nos próximos anos. Para Beauclair, o setor passou por uma série de entraves políticos e econômicos, mas a situação não é permanente. “Não temos apenas esperança, sabemos que o cenário vai mudar. O mercado sucroenergético nacional possui grande expressão no cenário interno e internacional”, afirma. Na parte da tarde, o atual presidente da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa discorreu sobre o atual cenário e as perspectivas para o setor canavieiro. Caio, como também é

chamado, comentou a atual conjuntura do agronegócio nacional, com enfoque para o setor sucroenergético e os entraves políticos e econômico, responsáveis por frear seu crescimento. “Para um setor que vem passando por dificuldades, claro que qualquer gota d’água acaba tendo uma proporção extremamente negativa ou uma muito boa, depende de onde iremos direcionar a reação”, explicou. “Quando você trata muito mal ou faz alguma medida negativa com um setor que vem sofrendo já há alguns anos, como é o caso da agroindústria canavieira, o impacto é muito maior e a reação normalmente possui proporções enormes”, completou. Fernanda Cardoso Dezani, coordenadora do Grupo de Estudos em Cana-de-açúcar, afirma que o intuito do evento foi demonstrar para o público que há boas perspectivas para safras futuras. Para isso, pesquisadores, estudantes e profissionais devem compartilhar experiências. “Queremos ajudar o setor a entender quais caminhos traçar e qual será o possível cenário para os próximos anos. A compreensão do presente e entendimento das previsões são fundamentais para driblar as dificuldades”, conclui. O Geca é formado por estudantes de graduação em engenharia agronômica da Esalq, e realiza atividades experimentais em parceria com empresas e entidades, além de organizar eventos para a comunidade acadêmica e envolvidos com o setor.

Fernanda Cardoso Dezani, coordenadora do Geca


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China dobra quantidade de açúcar importado PATRICIA BARCI,

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RIBEIRÃO PRETO

Nos últimos anos, o rápido aumento do consumo de açúcar para fins industriais tem sido a principal força motriz do setor na China, de acordo com um dos maiores analistas de mercado do mundo, o “Research and Markets”, que acabou de liberar um relatório em que analisa o atual mercado e faz previsões futuras para a indústria de açúcar chinesa, entre 2013 e 2017. De acordo com dados da Associação de Açúcar da China (China Sugar Association), criada pelo Ministério da Indústria, são ao todo 458 fábricas de açúcar, a partir de cana-de-açúcar e beterraba, vinte e cinco institutos de pesquisa para o segmento, e dezenove empresas que desenvolvem equipamentos para sua fabricação. Para se ter uma ideia do crescimento da produção, as vendas de açúcar no mercado interno aumentaram 11,12%, só em 2014, se comparado ao mesmo período no ano passado. No auge da safra passada, a produção de açúcar da China já havia atingido um pico, com 13.883.600 toneladas, e o consumo industrial do açúcar foi perceptivelmente o que se desenvolveu mais rapidamente, atingindo de 65% a 70% de crescimento, nos últimos três anos. Em contradição, o consumo per capita anual de açúcar da China é inferior a 11 kg,

Vendas de açúcar no mercado interno aumentaram 11,12%

e este número é inferior a 2 kg em áreas rurais, o que é muito mais baixo do que o nível médio dos países ocidentais com

mesmo nível de desenvolvimento, que é de 24,5 kg. Quanto às perspectivas a longo prazo, o consumo de açúcar da China deve

registrar um crescimento significativo nos próximos anos, de acordo com especialistas do setor.


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China investe em produção de açúcar em outros países A indústria açucareira da República Dominicana, segundo maior país do Caribe, recebeu este ano, investimentos de empresas chinesas, pela crescente demanda do adoçante na sua indústria. Em setembro passado, um representante chinês que esteve no país, Xu Yansheng, revelou que nos últimos anos o açúcar de cana tem ocupado importante espaço no mercado da China. Xu destacou que em 2012 o intercâmbio comercial entre os dois países somou mais de 1,439 milhões de dólares, 14,3% a mais do que 2011. “A China é o segundo maior sócio comercial nas importações da República Dominicana e o terceiro maior sócio comercial nas exportações”, disse. O Vietnã exportará 400 mil toneladas de açúcar para a China ainda em 2014, devido a excesso em seus estoques, de acordo com informações do Ministério da Indústria e Comércio do país. Para facilitar ainda mais as exportações de açúcar para China, a associação responsável pelo mercado de açúcar no Vietnã, vai permitir que as empresas vietnamitas exportem o açúcar para a China sem restrição de quantidade e livre de licença, de acordo com notícia veiculada no China’s Xinhua e sugaronline.com.

IMPORTAÇÕES Janeiro e fevereiro de 2014 foram os meses de maior destaque referentes à importação, nesta safra, para a China. Dados da F. O. Licht, indicam que a China dobrou a quantidade de açúcar importado no segundo mês do ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. Foram importadas 164.906 toneladas de açúcar, que mesmo abaixo dos 290.902 de janeiro, ainda é o dobro das 82.173 toneladas de fevereiro do ano passado. O volume foi considerado novo recorde para o mês, superando as 157.446 toneladas importadas em fevereiro de 2009. Uma análise aponta que as

Vietnã exportará 400 mil toneladas de açúcar para a China

importações de açúcar da China subiram17,7%, em relação à safra passada, graças a uma reserva de vários carregamentos, feitos previamente, em tempos de preços abaixo de mercado. Acredita-se que a compra tenha sido feita no fim do mês de novembro de 2013, quando os preços do açúcar bruto caíram para 17,50 centavos de dólar por libra-peso

em NY enquanto os preços domésticos estavam muito altos. Algo parecido aconteceu na safra anterior, quando a China adquiriu um recorde de 4,3 milhões de toneladas de açúcar bruto, de acordo com informações passadas por Maureen Josiah da ISO — International Sugar Organization. “O país tem consolidado sua posição

de maior rede de importação de açúcar do mundo. A ISO tem estudado o papel da China no mercado mundial de açúcar e prevê dados recentes do mercado açucareiro do país, fornece indícios de produção, consumo e importações de açúcar crescentes até o ano de 2023”, disse Maureen Josiah da ISO- International Sugar Organization. (PB)


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Previsões para a próxima safra A produção de açúcar de canade-açúcar da China está prevista para ter uma grande queda na próxima safra, com cerca de 1 milhão de toneladas a menos, devido a uma dívida do setor com os agricultores do país, consequência dos preços baixos da commodity este ano, de acordo com a imprensa chinesa.

Biocombustíveis O mercado de biocombustíveis na China deverá crescer a uma taxa anual média de 16,88% até 2016, de acordo com índices levantados pela indústria. Um dos principais fatores que contribuem para o crescimento desse mercado é o rápido crescimento do setor de transportes e aumento da demanda por energia. No entanto, os elevados custos de capital envolvidos na produção de biocombustíveis no país, sem uma política específica para tal finalidade, pode representar um desafio para o crescimento deste mercado, segundo especialistas. (PB)

SETOR AÇUCAREIRO NA CHINA Possui 458 fábricas de açúcar, a partir de cana-de-açúcar e beterraba Possui 25 institutos de pesquisa para o segmento Possui 19 empresas que desenvolvem equipamentos para fabricação de açúcar Produziu 13.883.600 toneladas de açúcar em 2013


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Continente africano pode tornar-se potência futura em etanol A previsão anual da GRFA — Aliança Global de Combustíveis Renováveis em cooperação com F.O. Licht, prevê que a produção global de etanol, será superior a 90 bilhões de litros, em 2014. Isso equivale a um aumento de quase 2,7 % em relação aos 88 bilhões de litros em 2013. Na África, as previsões de produção superaram todas as expectativas. Para especialistas, o continente é o que tem maior potencial de expansão de produção para o futuro, com um crescimento de mais de 136% na produção de etanol em 2014, de acordo com dados da domesticfuel.com. Para Peter Baron, diretor executivo da ISO — Organização Internacional do Açúcar, algumas regiões da África ainda não estão muito avançadas em termos de apoio do governo e confiança dos investidores. “A questão é a ausência de uma política favorável ao setor. De um modo geral, a diversificação para investimento em produção de etanol combustível vai depender dos preços e da vontade dos produtores em abandonar parte da produção do açúcar, além de incentivos políticos mais fortes, como os mandatos de mistura, bem como alguns incentivos financeiros, tais como garantias de empréstimo, que seriam necessários para que os mercados nacionais e regionais avançassem para uma escala que seja economicamente sustentável”, explica. Historicamente, a produção de etanol africana data de 1980, com instalações de produção de sucesso desenvolvidas no

Peter Baron, diretor executivo da ISO

Zimbabwe, Malawi e Quênia. No entanto, por causa de inúmeros desafios como a segurança alimentar, disponibilidade de terras, e políticas pouco favoráveis do governo, alcançar a sustentabilidade foi um grande obstáculo. Em relação ao futuro, Baron diz que um número crescente de países estão começando a implementar os mandatos de etanol, incluindo Moçambique, África do Sul, e Quênia e algumas unidades

Crescimento da produção de etanol africana será de 136% em 2014

produtoras já existentes que podem se expandir nos próximos anos, se os produtores de biocombustíveis, governos e investidores firmarem uma parceria eficaz na criação de sistemas energéticos sustentáveis para o desenvolvimento local, bem como para a exportação. “Embora a produção de açúcar seja a maior prioridade e o principal produto comercial a partir da cana-de-açúcar, a cultura pode ter um papel muito mais

diversificado e multifuncional, para que além de seu uso primário para a produção de açúcar, também seja aproveitado seu significativo potencial de uso da biomassa. Acredito que a viabilidade da indústria na África pode ser aumentada através da criação de um amplo portfólio de produtos que podem melhorar a rentabilidade e competitividade, especialmente através de etanol de melaço e eletricidade por cogeração a partir do bagaço”, explica.

Produção açucareira da Suazilândia está em expansão Na Suazilândia, ou Reino da Suazilândia, o tempo parece que não passou. Consta que, não só a bruxaria é assunto levado a sério no país, como bruxas foram proibidas por lei, de voarem em suas vassouras acima de 150 metros de altura. Crendices à parte, o pequeno país, localizado na África Austral, limitado a leste por Moçambique e pela África do Sul, é também o quarto maior exportador de açúcar bruto e refinado do continente africano, de acordo com dados da ISO e da Ecobank, e está em plena expansão. Suazilândia tem três usinas de açúcar: Mhlume, Simunye e Ubombo com uma capacidade de produção anual combinada de mais de 800.000 toneladas e para a safra de 2013/14, a produção de açúcar aumentou 3% em relação ao ano passado, com estimadas 679.934 toneladas, e exportou cerca de 374 mil toneladas de açúcar para a União Europeia, seu maior mercado. Para a próxima safra, as áreas de cultivo de cana-de-açúcar, terão também 3% de aumento, com 61.000 hectares a mais. Se as condições climáticas forem favoráveis serão colhidas 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A produção de açúcar pode alcançar até 725 000 toneladas, o que seria um aumento de 6%

Cortadores de cana da Suazilândia

na produção de cana-de-açúcar, resultado da expansão das terras cultivadas. Suazilândia pode aumentar as exportações de açúcar para a EU em cerca de 3%, com 385 mil toneladas na próxima safra, também resultado do aumento da produção de açúcar. Em 2013/14 foram

exportados cerca de 373.523 toneladas de açúcar para a UE, 4% a mais do que as 340 mil toneladas exportadas na safra anterior. As áreas de cultivo de cana-de-açúcar têm aumentado significativamente nos últimos cinco anos, com ajuda de pesados

investimentos do governo do país, que dá subsídio aos agricultores que optam pela cultura ao invés de outras. Como resultado, a produção de cana-de-açúcar aumentou 15%, atingindo seu nível mais alto de 5,6 milhões de toneladas em 2012/13. A expectativa é de que até 2016/17, a área de cana-de-açúcar aumente para 65 mil hectares e o país produza mais de 6,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A produção de açúcar é responsável por quase 60% da produção agrícola do pais, e engloba 35% dos empregados assalariados na agricultura, além de contribuir com cerca de 18% para o PIB do país. Em relação aos biocombustíveis, o país tem uma mistura de E10 e atualmente, estima-se que mais de 70 milhões de litros de etanol sejam produzidos anualmente em Suazilândia. E assim como o açúcar, o etanol é em sua maioria, exportado para a União Europeia. “A indústria do país prevê que esta produção cresça cerca de 5% nos próximos cinco anos, e o Ministério dos Recursos Naturais e Energia está atualmente trabalhando em um novo projeto, que irá promover misturas maiores de etanol na gasolina” explica Dr. Peter Baron, diretor executivo da ISO- Organização Internacional do Açúcar.


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Etiópia quer desenvolver setor canavieiro Em 2011, uma delegação composta por representantes do Ministério da Agricultura da Etiópia e de empresários etíopes visitou o Brasil para conhecer a tecnologia brasileira de produção de etanol a partir da cana-deaçúcar, além de maquinários e itens relacionados ao setor. A razão deste estreitamento nas relações com nosso país, além de agregar conhecimento aos etíopes, também já indicava que a indústria do país africano, estava levando a sério o desenvolvimento de seu próprio setor. Já em 2014, pelo menos duas entre dez notícias no mundo, sobre mercado de açúcar e construção de novas usinas, vem da

Etiópia. País este, que é considerado um dos mais antigos do mundo e a segunda nação mais populosa da África, que com um volume de investimentos crescente, encontrou no setor sucroenergético, uma forma de sobrepujar a miséria em que grande parte de sua população ainda vive. De acordo com a ISO - Organização Internacional do Açúcar, a Etiópia tem produção de 18,5 milhões de litros de etanol por ano e os etíopes das classes mais privilegiadas, fazem uso do E10, mistura de 10% de etanol na gasolina, assim como outros países africanos com visão destacada de futuro.

Etiópia encontrou no setor sucroenergético uma forma de sobrepujar a miséria

Tendaho Sugar Factory

Unidade terá capacidade para esmagar 26 mil toneladas de cana Uma das principais produtoras etíopes, a Tendaho Sugar Factory, está produzindo açúcar e etanol de cana-deaçúcar desde janeiro de 2014. Com apenas 85% da primeira fase da fábrica concluída, a unidade deverá produzir 123 mil toneladas de açúcar até o final deste mês, de acordo com anúncio do diretor de comunicações da Corporação das Indústrias de Açúcar da Etiópia, Zemedkun Tekle. A unidade terá capacidade para

esmagar 26 mil toneladas de cana e produzir 619 mil toneladas de açúcar por ano, além de 120 MW de energia elétrica e 6 milhões de litros de etanol. Com uma plantação de cana-de-açúcar que se estende por uma área de 50 mil hectares, a indústria doou para a comunidade 12 mil hectares de terra para atividades de desenvolvimento social, construindo postos de saúde, instalações de distribuição de água potável e novas estradas.


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Omo-Kuraz I terá capacidade para esmagar 12 mil toneladas de cana

RANKING DE IMPORTAÇÃO Maiores importadores de açúcar bruto e refinado na África na safra 2012/13 PAÍS

AÇÚCAR (em toneladas) Algéria ...........................................1.523 mil Nigéria...........................................1.150 mil Egito ..............................................1.090 mil Marrocos ..........................................940 mil Sudão ...............................................590 mil Tunísia ...............................................500 mil Gana .................................................395 mil Angola...............................................392 mil Etiópia ...............................................387 mil África do Sul....................................200 mil Fonte: ISO e Ecobank

RANKING DE EXPORTAÇÃO Maiores exportadores de açúcar bruto e refinado da África na safra 2012/13 PAÍS

AÇÚCAR (em toneladas) Ilhas Maurício ............400 mil (toneladas) Egito ..................................................355 mil Algéria...............................................350 mil Suazilândia.......................................340 mil Zâmbia..............................................290 mil Malawi ...............................................297 mil África do Sul....................................296 mil Moçambique....................................200 mil Zimbabwe.........................................197 mil Uganda .............................................110 mil Fonte: ISO e Ecobank

Hibir Sugar SC Uma das maiores empresas de distribuição de açúcar da Etiópia firmou uma parceria com outra grande companhia do país, a Metec-Metal & Engineering Corporation, para a construção de uma usina de açúcar, com obras iniciadas em maio passado, de acordo com a imprensa local. “Vamos construir a fábrica, preenchendo todas as lacunas e lidando com todos os problemas que porventura surgirem dentro da Hibir", disse Kinfu Dagnew , diretor-geral da METEC, em razão da assinatura do contrato. A Hibir alugou um total de 6.183 hectares de terra, por um período que se estenderá por 40 anos, em Jawi Wereda, na Zona Awi no Estado Regional Amhara, a 610kms de Addis Abeba. O cultivo da cana-de-açúcar, em 2940 hectares já teve seu início há alguns meses.

Primeira de sete usinas a ser construída no Sul da Etiópia, a OmoKuras I já está 80% concluída e tem previsão de entrar em pleno funcionamento no ano que vem, de acordo com a Agência de Notícias do país. Quando estiver totalmente operacional, ela terá capacidade para esmagar 12 mil toneladas de cana-deaçúcar por dia. De acordo com o gerente geral da fábrica, Nuredin Asaro, outros trabalhos relacionados, tais como: desvio do rio Omo, e a construção de sistemas de irrigação, além de construção de residências para os funcionários, cultivo de 5.000 hectares de cana-de-açúcar, também estão sendo realizados à parte. De acordo com a Agência de Notícias da Etiópia, a construção da usina tem ajudado as comunidades vizinhas, dando-lhes maior infraestrutura e novas instituição de ensino.


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Usina é financiada por governo de Israel

Kessem Sugar Factory A Kessem Sugar Factory está para ser concluída em breve e terá capacidade de produzir 260 mil toneladas de açúcar por ano.

Outra unidade produtora na Etiópia, desta vez financiada pelo governo de Israel, ainda em construção, é a Wolkayit Sugar, no Estado de Tigray, e é uma das dez novas fábricas de açúcar que a etíope Sugar Corporation pretende construir em diferentes partes do país. A unidade terá capacidade de moer 24 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia, produzir 484 mil toneladas de açúcar e 20.827 metros cúbicos de etanol por ano.

Setor açucareiro etíope Diante dos grandes investimentos no setor açucareiro da Etiópia, a produção de açúcar do país está estimada em 1,58 milhão de toneladas para meados de 2015, de acordo com a WIC — Walta Information Center. Este valor equivale a cinco vezes o total produzido na última safra, e este é apenas 70% do que está sendo projetado pelo GTB- Crescimento e Plano de Transformação do país. De acordo com o GTB, após a finalização de projetos, como o “Tana Belese Sugar Development Project”, até doze mil toneladas de açúcar serão produzidas por dia, e uma capacidade estimada de quatro milhões de toneladas por ano.

Unidade pretende expandir capacidade de produção A Usina Fincha Sugar Factory, na região de Oromia, pretende expandir sua capacidade de produção, cultivando um adicional de 11.700 hectares de cana-de-açúcar a partir de uma área total de 21.000 hectares, de acordo com o jornal Addis Fortune da Etiópia. A fábrica produz atualmente 110 mil toneladas de açúcar e oito milhões de litros de etanol por ano. Após a conclusão do trabalho de expansão, espera-se uma produção de mais de 200 mil toneladas de açúcar e 20 milhões de litros de etanol por ano. Fincha produz sete megawatts de energia elétrica e após a finalização do projeto, pretende produzir 31 MW, além de fornecer 10 MW para o sistema de rede nacional. Esta é a mais antiga fábrica de açúcar na Etiópia e a primeira a produzir etanol com capacidade de produção acima dos 40.000 litros por dia.

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Energia

Produção de açúcar da Etiópia está estimada em 1,58 milhão de toneladas para safra 2015

O projeto também pretende mandar energia elétrica para oitenta e sete cidades e aldeias da zona rural até 2015. Além disso, a construção de uma ferrovia que irá ligar a cidade de Asaita e o porto de Tadjourah, diminuirá drasticamente o custo do transporte de bens e serviços.


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Project Finance facilita aprovação de financiamento para usinas POR JOSÉ AMÉRICO RUBIANO

Não desconheço as razões das dificuldades que o setor da bioenergia da cana está enfrentando: climáticas, mudança de modelo na colheita e especialmente conjuntural em face de uma postura nanica do governo federal. Em contrapartida o setor vive um momento especial na agregação de valor de sua produção. A partir de novas tecnologias atingirá importantes novos índices de produtividade. A colheita mecanizada disponibiliza um volume considerável de palha que agregará volume importante na produção de etanol, de bioeletricidade e de pellets. Os investimentos para implantar esta expansão são vultosos. Como alavancar financiamentos para apoiar estes investimentos? Quando do lançamento do Proinfa — Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, ainda no Governo Fernando Henrique, assistimos, no BNDES, a palestra do Nelson Silfert, lançando o Project Finance Misto, uma modelagem que buscava no Corporate Finance, a ampliação das garantias do financiamento. Em 1998, antes portanto deste evento no BNDES, estruturamos para um conjunto de usinas da região de Araçatuba, financiamentos cuja garantia principal foi a venda antecipada para entrega futura de álcool para a Petrobrás. Este

financiamento, foi agenciado pelo Banco ABC. O Project Finance está implantado como modelagem financeira nos financiamentos das principais agências de fomento nacionais e multilaterais com as quais trabalhamos. A estrutura de garantias do Project Finance não apropria os ativos das empresas, reunidas em uma SPE — Sociedade de Propósito Específico. A garantia principal é a venda dos produtos resultantes do empreendimento apoiado com o financiamento. Na fase de implantação, a constituição das garantias de completion e de performance facilitará a aprovação do financiamento, nessa modelagem, se a implantação do empreendimento for feita por uma empresa epecista. Pelas partes (parceiros) envolvidas, a modelagem de Project Finance, tem uma estruturação jurídica mais complexa, mas amplamente dominada por nosso setor jurídico. O objetivo deste artigo é trazer, sucintamente, a informação de que é possível buscar financiamentos dentro de uma modelagem cujas garantias não exigem o esforço dos ativos das empresas proponentes dos financiamentos. Importante dizer, que a análise de performar os insumos (bagaço e palha) para a produção de E2G, bioeletricidade e pellets tem uma importância fundamental.

José Américo Rubiano, diretor da FINBIO – Financiamento e Investimento para Bioenergia e da J.A. Rubiano Consultores Associados


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Clima e crise afetam produção na região nordestina RENATO ANSELMI,

DE

CAMPINAS, SP

As condições climáticas, o mercado e a crise no setor estão impactando nos resultados da atividade sucroenergética no Nordeste. Além de sentir os efeitos da falta de uma política pública, o que afeta a cadeia produtiva em todo o país, a região nordestina convive com adversidades climáticas e topográficas específicas. Com a operação de 22 usinas das 24 existentes, Alagoas, por exemplo, teve na safra 2013/14 uma produção de 21,9 milhões de toneladas de cana, uma queda de 7,6% em comparação aos 23,7 milhões processados no ciclo 2012/13. Dez usinas tiveram aumento no total de cana

beneficiado e doze registraram redução, segundo informações do Sindaçúcar/AL – Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas. A safra alagoana foi predominantemente açucareira: 18,9 milhões de toneladas de cana foram destinadas para a fabricação de açúcar e apenas três milhões para etanol. Mesmo assim, o total de açúcar produzido, de 1,7 milhão de toneladas, foi 21,6% menor em relação ao ciclo passado que teve uma produção de 2,2 milhões de toneladas. Em Pernambuco, a produção das unidades sucroenergéticas na safra 2013/14 ficou em 14,4 milhões de toneladas de cana conforme dados repassados pelas usinas, informa

Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida – União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar. No ciclo 2012/13, o estado registrou uma produção de 13,1 milhões. “Houve uma pequena recuperação em decorrência do aumento das chuvas. Mas, o estado não teve ainda uma safra normal. Historicamente, a moagem de Pernambuco é de 17 milhões”, comenta. Na região nordestina, a produção ficará em torno de 52 milhões, abaixo da produção normal no Nordeste que é de 60 milhões de toneladas de cana, observa Alexandre Lima. “Estamos sofrendo reflexos da seca dos anos de 2012 e 2013. Houve muita mortalidade da socaria”, constata.

Subvenção ameniza efeitos de problemas específicos Além de questões nacionais e de mercado, o Nordeste enfrenta também problemas específicos. “A nossa topografia é bastante acidentada, tem a questão climática”, destaca o presidente da Unida. Para amenizar essa situação, ele observa que o setor nordestino tem conseguido, no entanto, ajuda relativamente considerável do governo federal. Alexandre Lima cita como exemplo a subvenção de R$ 12,00 por tonelada de cana fornecida às usinas na safra 2012/13, limitado a 10 mil toneladas, para cada produtor do Nordeste. As usinas receberão R$ 0,25 por litro de etanol produzido no período. A lei que concede esse benefício foi assinada pela presidente Dilma Rousseff em 18 de junho. “Essa subvenção equaliza um pouco o custo de produção em relação ao Centro-Sul. E alivia bastante”, comenta. A Unida foi o carro-chefe da articulação, via Congresso Nacional e, depois, a Presidência da República, visando a obtenção desse benefício – diz.

Canaviais sentem reflexos da mortalidade da socaria causada pela forte estiagem

Importação de etanol gera prejuízos para a atividade

Política pública e preço do açúcar podem mudar situação

Não é somente o clima que tem criado dificuldades para o setor sucroenergético nordestino. A questão econômica está interferindo bastante na atividade. A importação de etanol de milho prejudicou as usinas e os produtores de cana – avalia Alexandre Lima, que preside também a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). De janeiro a abril, houve a importação de 250 mil metros cúbicos de etanol. “Essa medida pressiona o preço para baixo. Como o mercado já é cartelizado, com 80% das vendas nas mãos de duas distribuidoras, a importação aumenta ainda mais as dificuldades”, diz. O presidente da Unida faz coro aos

“Para a próxima safra, estamos na expectativa de que o governo mude a política para o setor de combustível para que a gente possa ver um horizonte na frente” observa. Segundo ele, o setor espera também que o superávit de açúcar no mundo, que estava em torno de 9 milhões no ano passado, fique praticamente zerado ou negativo em 2014. “Faz três anos que estamos trabalhando com sobra de açúcar no mundo”, constata. A tendência é começar a safra 2014/15 no Nordeste com uma situação um pouco melhor em relação ao preço de açúcar – prevê. “Deve haver uma melhoria, principalmente em relação aos preços internacionais. O etanol vai depender da política que será adotada pelo governo”, afirma. Na avaliação dele, não deverá ocorrer, no entanto, um aumento da produção em

representantes do setor: “Falta uma política pública de curto, médio e longo prazos”. Ele também defende a necessidade de aumento da mistura. “O Brasil diz sempre que o setor não tem intervenção. Mas, tem intervenção ao contrário. Enquanto outros países fazem intervenção para proteger o setor produtivo deles, aqui é ao contrário”, compara. Alexandre Lima critica a maneira como está sendo suprida a demanda de combustível no país. “A Petrobras importa gasolina mais cara, vende o combustível fóssil mais barato do que importou, dá um rombo no seu caixa e cria essa crise sem precedentes no setor sucroenergético, que é a maior da história”, salienta.

Pernambuco e no Nordeste, porque o setor está descapitalizado. “Da mesma forma que acontece no Centro-Sul, algumas usinas da região estão fechando devido à crise. Nos dois últimos anos, fecharam quatro unidades somente em Pernambuco. Em Alagoas, fecharam outras quatro; na Paraíba, uma usina e no Rio Grande do Norte, outra”, informa. Por questões econômicas e climáticas, não será ainda na safra 2014/15 que o Nordeste vai recuperar a sua produção histórica de 60 milhões de toneladas, nem Pernambuco a de 17 milhões, prevê Alexandre Lima. “É preciso recuperar a mortalidade que ocorreu por causa da seca. Como está todo mundo descapitalizado, essa recuperação está acontecendo de maneira lenta”, enfatiza.


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JAVAPORCO, O TERROR! Híbrido resultante do cruzamento entre javali e porco devora canaviais e fere pessoas nas lavouras ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Um híbrido resultante do cruzamento entre javali e porco está devorando canaviais e ferindo pessoas nas lavouras. É o javaporco. Na década de 90, javalis foram importados da Europa para a criação em cativeiro no Uruguai de uma carne exótica, porém vários animais fugiram, embrenharam-se nas matas e acabaram cruzando com porcos domésticos do Brasil. O híbrido desses cruzamentos foi apelidado javaporco. Estes animais silvestres se tornaram um problema para os produtores rurais brasileiros. Os primeiros ataques às lavouras foram observados no Rio Grande do Sul, mas nos últimos anos os animais chegaram a vários estados. Por já atacar os canaviais, começaram a preocupar os produtores desse segmento. Algumas regiões do Norte do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e oeste paulista, mais especificamente na região de Araçatuba e de Bauru, SP, são alvo desses animais ferozes que estão trazendo medo e tirando o fôlego de muitos produtores. Áreas canavieiras da Usina Diamante, de Jaú, SP, NovAmérica Agrícola e da Usina Aralco, ambas no oeste paulista, registraram a presença destes animais e alguns ataques a animais, como cães, e até a pessoas. Segundo Paulo Camargo, topógrafo da Aralco, os javaporcos agem como a capivara, em grandes grupos. “Eles provocam sérios prejuízos nos canaviais. Agem em grupos e comem a cana de tal forma que estagna o seu crescimento, provocando a perda da área. Se o grupo for grande podem arrasar com 20 ha de uma só vez”, lembra. Lincoln Fernandes, do Ibama de Dourados, MS, afirma que a situação do javaporco saiu do controle e causou muitos estragos no sul daquele estado. “Ele não tem predador natural. É uma praga nociva para o ser humano e para as culturas agrícolas. Sempre nos deparamos com esse animal em nossas vistorias de campo”, lembra. Legislação - O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) liberou este ano a caça controlada, mediante abate, da captura seguida de eliminação e da eliminação direta, incluindo uso de arma de fogo. Mas só quem tiver inscrição junto ao Ibama poderá caçar. O interessado deve previamente inscrever-se no CTF (Cadastro Técnico Federal), pelo www.ibama.gov.br. Quem for caçar com armas deve protocolar a declaração na unidade do Ibama. Mas o uso de arma de fogo só poderá ser feito com autorização do Exército Brasileiro e quem for usar armadilhas deve protocolar pedido de autorização junto ao Ibama.

Os javaporcos agem em grupos e devoram a cana, estagnando seu crescimento

Infestação de javaporcos pode tornar-se pior que das capivaras Aos poucos os javaporcos vão tomando conta dos canaviais. Tanto é que na região de Bauru, interior paulista, segundo relatos de fontes entrevistadas pelo JornalCana, também há registros de invasões nas lavouras canavieiras. A Usina Diamante, localizada em Jaú, SP, é uma das vítimas dos curiosos javaporcos. Cesar Guandalim, mecânico de colhedora da Usina Diamante, explica que na área da Usina há muitos animais, e que se transformou numa praga. Em uma só noite de trabalho contou 22 animais num mesmo bando, sem contar outros que estavam próximos. “Não tem como espantar o javaporco porque ele é persistente e são muitos bandos. Geralmente no brejo não tem tanto alimento para eles, então vêm para o

campo. Ali tem um rio próximo onde descansam e a noite circulam pelo canavial para se alimentarem. Pela manhã voltam para sua área para dormir ”, diz. Segundo ele, dependendo do número de animais, em um mês podem comer até 4 ha ou até mesmo volume maior. “Se for rota de milho eles preferem. Na cana, arrancam até a raíz e se alimentam dela completa. Então não brotam outras canas no lugar onde foi feito o estrago. Calculo que o prejuízo seja grande. Em uma mesma plantação de milho próxima foi registrada uma perda de 40% da lavoura”, lembra. Guandalim explica que a população de animais está aumentando, mas já observa os bichos há uns três a quatro

anos no campo. “Se ninguém conseguir combatê-los, será pior que a praga das capivaras, pois o porco se alimenta das plantações. Tem alguns locais em que o javaporco atacou pessoas, pois é muito agressivo, porém nem a cerca elétrica segura o bicho. A única coisa que poderia segurar seria uma cerca com uns dez fios de arames, mas são muitas áreas e seria oneroso para os proprietários. Além disso, algumas terras são arrendadas e o investimento seria feito por parte dos proprietários, que também não acham interessante cercar”, lembra. Ele afirma ainda que os animais se posicionam do lado da máquina, pois são animais muito curiosos. “Mas nunca tentei ver de perto o animal, é muito perigoso”, ressalta. (AM)


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Projetos sociais de usinas revelam talentos esportivos Setor incentiva prática esportiva e descobre talentos do futebol ao levantamento de peso ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

No país da Copa do Mundo muitos de seus atuais craques foram descobertos em campos improvisados no interior do Brasil. Muitos foram revelados nos campos de várzea, canindés, nas “peladas” de ruas ou até mesmo em escolinhas de futebol de pequenas cidades. E realmente há quem apoie com o coração essa nobre causa que afasta as crianças das ruas e oferece oportunidades para preencher sua rotina diária e mudar seu futuro. É o caso da Jalles Machado, de Goiás, através do projeto social da Fundação Jalles Machado, mantém há 20 anos uma escolinha de futebol, em Goianésia (GO). De lá surgiram diversos destaques, entre eles: Elismar Dorneles da Silva, Paulo Henrique Carvalho, Lucas Vinícius Dias Costa “Pipoca” e Guilherme Miranda Rosa que já são parte do elenco de times profissionais de primeira e segunda divisão, como do Grêmio de Porto Alegre, RS. As ações da Jalles Machado englobam ainda projetos paralelos de incentivo a prática de esporte: como a Associação Esportiva Jalles Machado, um clube recreativo para colaboradores e dependentes; mantém o projeto Atleta do Futuro, onde a Escola Luiz César, mantida pela Fundação Jalles Machado, tem uma parceria com o Sesi para realização do

Devarley Ricardo Silva, descobridor de talentos e professor da escolinha de futebol Jalles Machado, mantém há 20 anos uma escolinha de futebol

projeto. São 280 alunos matriculados que praticam várias modalidades esportivas, como: futsal, futebol de campo, vôlei, handebol, natação, tênis, etc; a Associação Esportiva Jalles Machado mantém também duas equipes de futebol que disputam campeonatos amadores em Goianésia e região, torneios internos e a empresa mantém ainda uma escolinha de natação. São tantos talentos que foram descobertos pela Jalles, através da equipe do professor da escolinha de futebol, Devarley Ricardo Silva, que a empresa perdeu as contas. Atualmente o projeto de futebol conta com 320 atletas, com idades entre sete a 16 anos. “Nesse período do projeto já participamos do campeonato goiano de futebol em 2000, onde conquistamos o

quarto lugar, com atletas da cidade. Voltamos a participar em 2007 e 2008 nas categorias sub 15 e em 2013 nossos atleta representaram o Goianésia Esporte Clube na categoria sub-15, disputando o campeonato Goiano. Participamos de competições municipais e regionais . Por 14 anos consecutivos fomos a equipe que mais vezes foi campeã. Hoje estamos participando do campeonato municipal de base. Na categoria sub-10 e sub-12 temos duas equipes em cada categoria e no sub-14 temos uma equipe. Desse trabalho já colhemos vários frutos não só de atletas, mas por estar tirando essas crianças e adolescentes das ruas e trazendo para participar do esporte e fazer alguma atividade física”, diz Devarley. Segundo o professor, que fala com orgulho de sua contribuição para a vida

da Jalles Machado

desses jovens, alguns jogadores participaram do campeonato mundial universitário. Francisco Bala, e outros jogadores fizeram avaliações em grandes clubes, como: Goiás, Vila Nova, Atlético Mineiro, América Mineiro, e não seguiram carreira talvez por mais falta de apoio. O futebol amador mantém duas equipes: a Master Jalles formada por atletas funcionários da empresa e disputa a série B do campeonato municipal, campeã em 2012. Já a Associação Esportiva Jalles Machado é composta por atletas funcionários da cidade e das cidades vizinhas e é a atual campeã amadora da série A. Outra empresa que também incentiva a prática esportiva é a Açucareira Guaíra que revelou um campeão de levantamento de peso em seu quadro de funcionários.

Celeiro de promessas no futebol da cidade e da região Quem pensa que em Goiás apenas há muitos cantores revelados na atualidade, está enganado, pois o estado é também celeiro de grandes talentos do futebol. Aos 22 anos, Elismar Dorneles da Silva, nunca deixou de sonhar com a carreira de jogador profissional. Aos 16 anos iniciou na escolinha de futebol mantida pela Jalles Machado. Hoje joga como volante no América de Morrinhos, time da segunda divisão de Goiás. “Para mim foi ótimo o incentivo da Jalles, pois aprendi muito. É um projeto muito especial e vem revelando bons jogadores. Estou muito satisfeito por ter essa oportunidade. Sonho com a Copa do Mundo, pois todo sonho de um profissional é chegar numa Copa, mas por enquanto vou acompanhar pela televisão”, diz em tom de descontração. Segundo o jogador, manter o esporte é caro e exige muito sacrifício, mas vale a pena. “Desde os meus 19 anos comecei a ganhar dinheiro com minha profissão”, lembra. O seu maior ídolo no futebol é o Paulinho, ex-Corinthians, que hoje joga na Seleção Brasileira e nele o atleta se inspira. “Meu maior sonho é chegar num time

Elismar Dorneles da Silva também integra o elenco do Grêmio, de Porto Alegre

grande e disputar o campeonato brasileiro. Agradeço a oportunidade a todos que me ajudaram e que Deus abençoe cada um deles”, diz. Outro atleta, Paulo Henrique Carvalho, terceiro goleiro do Goianésia, começou com 10 anos a treinar na

escolinha da Jalles Machado, através do incentivo de um amigo e não parou mais. Até os 17 anos treinava no projeto da Usina, partindo direto para disputar a primeira divisão do Campeonato goiano de Futebol. Aos 18 anos, irá iniciar em julho, sua segunda participação nesse tipo de

competição. Depois de uma bateria de testes foi selecionado pelo time da cidade natal e começou a treinar no time da base do Goianésia, passou para a categoria sub-20 e subiu para o profissional. “Eu me sinto bem feliz por ter recebido aquela oportunidade e desenvolver o meu talento na escolinha de futebol da Jalles, pois foi lá que tudo começou. Sou grato pela oportunidade. Desde cedo meu pai me incentivou a estudar, por isso, independente da carreira, pretendo cursar uma faculdade de engenharia de software, pois gosto muito de computação”, ressalta. Seu grande inspirador é o goleiro Tafarel, o Casillas, goleiro da seleção da Espanha e atual goleiro do Real Madrid e o goleiro da Seleção Brasileira, Júlio César. “Agradeço a Jalles pela oportunidade e quem puder aproveitar deve agarrar com tudo a chance. No primeiro obstáculo não devemos desistir, por isso continuo insistindo no meu sonho e se parar perderei tudo que conquistei até hoje”, finaliza. (AM)


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‘Pipoca’ quer estourar no Grêmio de Porto Alegre A Jalles Machado plantou a sementinha do futebol no coração de muitos jovens. Não foi diferente com o zagueiro Lucas Vinícius Dias Costa, que esteve na escolinha de futebol da empresa dos 12 aos 15 anos. Na cidade jogou na categoria de base do Goianésia e depois partiu para Votuporanga, interior de São Paulo, para estudar e conquistou um lugar na base do time da cidade, o Votuporanguense. Lá disputou o Campeonato Paulista na categoria sub-20 e a Copa São Paulo. Chegou ao Grêmio de Porto Alegre, RS, no início deste ano e joga na categoria sub-19 da base, como zagueiro. Inclusive algumas vezes por semana, treina com os jogadores profissionais. Em agosto disputará o campeonato gaúcho. “Eu me sinto privilegiado e ao mesmo tempo ansioso por estreiar. Aqui a responsabilidade é maior porque sempre se espera algo a mais do jogador e além do mais, representamos milhares de pessoas e meninos que queriam estar aqui”, lembra. Segundo ele, a Usina dá muita oportunidade para os meninos e por eles, sente gratidão pelo incentivo de treinar. “Foi uma fase muito importante na minha vida, onde fiz vários amigos, aprendi

Lucas Costa, o “Pipoca”, formado na escolinha da Jalles Machado, hoje é parte do elenco do Grêmio, de Porto Alegre

muito, inclusive a competir mais e acreditar no meu sonho. Aprendi muita coisa com o Devarley, tanto a ter disciplina, como algumas técnicas e fui muito incentivado. Acho que eles deveriam continuar incentivando os meninos no esporte e até transformar a escolinha numa categoria de base, pois tem boa estrutura para isso. Hoje me sinto realizado por estar no profissional, mas ainda tenho muito que aprender”, reforça. Apesar de ter que sacrificar a convivência com a família e os amigos, o futebol é tudo para ele, pois é de uma família apaixonada pelo esporte. “Ter o futebol como trabalho é um sonho”, completa. O atleta terminou o ensino médio e pretende fazer faculdade no futuro. Hoje já vive do futebol, mas ainda não o suficiente para ajudar a família. Ele vive no alojamento do Grêmio no Rio Grande do Sul e tem como ídolos, Thiago Silva e Cristiano Ronaldo. Guilherme Miranda Rosa, aos 16 anos, também disputa campeonatos na categoria de base do Grêmio de Porto Alegre e tudo começou na escolinha de futebol da Jalles Machado, ainda quando era criança. (AM)

Colaborador de usina se consagra no levantamento de peso Desde 2009, a paulista Açucareira Guaíra tem patrocinado atletas no levantamento de peso. O patrocínio consiste na liberação do atleta para participação das competições, fornecimento de suplementos, uniformes, custeio integral de viagens para participação em campeonatos (transporte térreo e aéreo, alimentação, estadia, etc), além da dispensa do funcionário, sem descontos. Esse total apoio e incentivo tem rendido grandes resultados na carreira do atleta Reginaldo Rosa, o “mineiro” auxiliar de operação na fábrica de açúcar, que iniciou sua trajetória no levantamento de peso no Campeonato Paulista de 2010 de Supino, sagrando-se campeão na categoria estreante até 90 Kg de peso corporal, com a marca de 187,5 kg. O último campeonato que venceu foi o Paulista na categoria Supino, no dia 30 de abril, em São Paulo, onde quebrou o recorde que era de 270 kg, levantando 272,50 kg, sagrando-se o melhor atleta da competição. Ao longo da carreira o colaborador da Guaíra tem colecionado diversos títulos: recordista brasileiro na modalidade Supino; campeão paulista, com recorde de 240 kg; vice-campeão sulamericano de levantamento de peso “Supino”; prata no sul-americano de Supino na Colômbia e campeão da Copa Brasil. Em 2013, o atleta e colaborador venceu o Campeonato Sul-Americano de levantamento de peso realizado no Uruguai. O esportista que é patrocinado pela empresa foi campeão na categoria Supino até 93 kg. Na ocasião

O atleta do levantamento de peso, Reginaldo Rosa, o “mineiro” recebe total apoio da Açucareira Guaíra

quebrou o recorde na modalidade, que era 260 kg ao atingir a marca de 270 kg. Além da quebra do recorde, o atleta foi premiado como o 2º melhor atleta do evento, que teve a participação de 250 competidores. Com a performance, Reginaldo foi convocado para participar do Mundial realizado na Dinamarca. O “mineiro” descobriu sua vocação para o esporte ainda criança em Minas Gerais, quando trabalhava com serviços que exigiam força. Depois que percebeu seu gosto pelo esporte começou a frequentar a academia, mas somente em

Guaíra, cidade em que mora e trabalha, iniciou treinamentos no levantamento de peso e conheceu outros atletas. Depois de sua família, diz que o esporte é a segunda coisa que mais lhe agrada. “Minha vida é uma rotina diária de treinamentos, pois chego em casa e saio para a academia, de segunda a sábado, junto com seu filho. “No início, sem apoio, fiquei desanimado e com vontade de parar. A usina começou a me ajudar e a vontade e o ânimo tomaram conta de mim. Além de me liberar do serviço, recebo ajuda total, por isso, sou muito

grato à Usina Guaíra”, diz. Segundo ele, a empresa ainda patrocina a inscrição nos campeonatos, exame antidoping, material de treino e suplementação mensal. “Às vezes fico entre dez a doze dias fora, sem qualquer tipo de desconto no salário. Com todo esse apoio, me sinto responsável por trazer bons resultados e sei que sem o apoio da Usina já teria desistido e não teria os títulos e a evolução atual. Serei grato pelo resto da vida pela ajuda, me sinto um filho abençoado por estar recebendo esse incentivo”, afirma. (AM)


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ENTREVISTA - Silvio Luiz de Flório, psicólogo

“Servir é a essência do bom ambiente de trabalho” ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Segundo o psicólogo e professor mestre, Silvio Luiz de Flório, a Gestão do Servir como vantagem competitiva é um tema relevante para o mundo corporativo e um diferencial competitivo forte. O especialista em Administração com ênfase em Recursos Humanos e mestre pela PUC – SP em Administração de Recursos Humanos, nos diz em entrevista exclusiva as vantagens do Servir na empresa. JornalCana - Por que servir o outro é a essência do trabalho e das vivências das pessoas? Silvio de Flório - Porque a todo o instante, temos a chance de servir alguém, facilitando sua vida e engrandecendo a nossa. Servir é ou deveria ser a essência do ser humano. Quando servimos alguém nos sentimos mais seguros e confiantes, além de cultivarmos uma energia positiva para nós. Qual a importância da Gestão do Servir, dentro de uma organização e como esta gestão pode se tornar um diferencial competitivo? Gestão do servir significa direcionar todos os comportamentos e competências dos colaboradores e dos líderes da organização para o Servir, pois existem profissões que naturalmente servem alguém e outras que servem por convicção, assim sendo, se aliarmos a convicção com a competência do servir, teremos um diferencial competitivo muito forte. Quem não trabalha servindo, não serve para trabalhar. Por que servir o outro, muitas vezes, deixa de ser diferencial competitivo e passa a ser a própria atividade fim da empresa? Existem ramos que naturalmente servem as pessoas: gastronomia, transportes, vendas, saúde, educação e outras que o fazem por convicção. Desta forma, se o comportamento de servir sair do discurso e for incorporado ao dia a dia das empresas, determinará um grande diferencial, pois as ações, comportamentos é o que são valorizados e não as intenções, atitudes. O senhor explica que na gestão de recursos humanos, empresas dispostas a servir demonstram isso em sua cultura e no comportamento de seus funcionários. E isso independe do setor a que pertencem? Por quê? Sim, a gestão de servir deve estar no comportamento e na cultura da empresa, nos pequenos atos, na forma como as pessoas se expressam, no olhar e na conduta de cada um. Comente algum caso real que exemplifique essa questão do comportamento.

Silvio Luiz de Flório: gestão do servir é diferencial no mundo dos negócios

Certa vez, fui convidado por um presidente de uma grande empresa com mais de 800 colaboradores para apresentar a minha consultoria. Logo ao adentrar na sala do presidente, fui recepcionado por ele e não por uma secretária, assim como quando foi me oferecido um café, pois ele mesmo preparou o café e me serviu. Depois percebi que essa cultura do servir nos pequenos detalhes, fazia parte do comportamento de todos. Era possível perceber na empresa: simplicidade, relações leves e o ato de servir. Fale-nos um pouco sobre Marketing de Atitude, na qual a postura da empresa e de seus colaboradores está no centro das ações de marketing. Isso existe no setor sucroenergético? Ou ainda faltam ações nesse sentido? O publicitário Júlio Ribeiro diz: “A reputação de sua empresa chega ao cliente antes de seu vendedor”. Essa frase ilustra bem o Marketing de Atitude. Se a empresa não se preocupa com as atitudes e os comportamentos dos seus colaboradores, deixará a mercê das pessoas fazerem isso. Devemos como gestores, nos preocuparmos com as condutas de todos na empresa. Na maioria das empresas não há uma preocupação com o comportamento e atitude de seus colaboradores referente a um propósito e uma conduta uniforme. Todas as ações devem ser direcionadas a um pensamento e uma forma de reagir,

mostrando através dos pequenos exemplos o que se espera das pessoas. Como uma empresa familiar poderá desenvolver o Marketing de Atitude? As empresas familiares e todas as outras podem se preocupar e adequar sua cultura e conduta ao marketing de atitude. Para isto, basta tomar para si a responsabilidade de gerir os comportamentos e atitudes dos seus colaboradores, com exemplos e propósitos, ou seja, investindo nas lideranças e seu no desenvolvimento; dizendo para as pessoas o que se espera delas e não só deixando que elas infiram sobre isso; oferecendo vivências positivas e cooperativas às pessoas nas empresas e não só normas e procedimentos punitivos; tratando as pessoas como você gostaria de ser tratado; definindo um valor ou propósito para sua empresa que faça sentido para as pessoas; dando o exemplo de servir as pessoas naturalmente e verdadeiramente. Quais as diferenças entre servir para valer em prol da empresa e servir apenas por si próprio? Para que ocorra o Servir de uma maneira ampla e verdadeira devemos perceber que a liderança maior quer isso e que as lideranças menores percebam isso da liderança maior e sejam treinadas no dia a dia e nas ações de desenvolvimento da área de recursos humanos. Assim, os colaboradores poderão perceber, sentir e

ver na prática e não só no discurso. O ser humano só se entrega em realizar algo quando ele percebe que realmente terá respaldo e será isso que se espera dele. Em tempos de crise no setor sucroenergético, a gestão do servir ajudaria a suportar o período? De que maneira? Sim, imagina se já houvesse na empresa um propósito definido onde todos saberiam o que se espera deles, comportamentos uniformes de conduta, do presidente ao colaborador de nível mais baixo. Onde todos percebessem o caminho que devem seguir e o que podem ajudar. Isso facilitaria o envolvimento e daria mais segurança, até o surgimento de ideias e condutas inovadoras para a crise. Quais os primeiros passos para implantar a gestão de servir na empresa? Não é necessária nenhuma mudança drástica, aliás nem é recomendado. A cultura da empresa deve sempre ser respeitada, mas a Atitude e Comportamento devem ser trabalhados de forma estratégica, discutida inclusive no planejamento estratégico da empresa, definindo formas de agir nas pequenas e nas grandes ações do dia a dia, com conformidade e apresentando isso através de planos e políticas às pessoas. A forma de agir deve ser coerente com aquilo que se espera de todos.


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Certificação de sistema de gestão aumenta controle das etapas de produção RENATO ANSELMI,

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CAMPINAS, SP

A obtenção da certificação do sistema de gestão da qualidade costuma abrir novos caminhos para unidades sucroenergéticas. Além de manter e ampliar mercado no país e no exterior, o que já pode ser considerado um grande “negócio”, a certificação cria a chamada “cultura de qualidade” na empresa. A mudança de hábitos é o grande salto que pode ser proporcionado pela certificação. A implantação de um sistema de gestão eficiente nessa área cria condições, por exemplo, para o aumento do controle de todas as etapas da produção. Fica instaurado um processo de melhoria contínua, estimulado pelas auditorias periódicas e recertificações. Há uma ruptura com práticas arcaicas e superadas. Os processos ficam mais organizados e otimizados, gerando maior produtividade, enfatiza o administrador de empresas Fábio Rodrigo Lanza, assistente de gestão da qualidade da Usina Colombo, de Ariranha, SP, que possui certificação nessa área desde 1999, quando obteve a ISO 9002 para os setores de refinaria e empacotamento. Com uma mudança nessa norma que passou, em sua revisão, a ser a ISO 9001, a certificação foi estendida em 2002 a toda planta da fábrica – informa. Entre os benefícios proporcionados pela implantação do sistema – detalha – estão: a diminuição de retrabalho; a melhoria do atendimento aos requisitos regulamentares aplicáveis ao produto; a otimização da logística da empresa, que possibilitou o atendimento dos pedidos em menor tempo; a diminuição do índice de devolução. A lista não para aí. Com o processo de certificação, as atividades operacionais passaram a estar focadas no produto e na satisfação dos clientes internos, criando

Treinamento realizado na Usina Colombo propõe criar cultura de qualidade

condições para a melhoria da qualidade do produto final – relata Fábio Lanza. A melhoria do relacionamento e satisfação dos clientes externos também tornaram-se consequências da implantação do sistema de qualidade. Esse processo proporcionou ainda uma interação entre os objetivos da alta direção e as expectativas dos funcionários em geral – observa. A empresa tem conseguido implantar uma cultura de

qualidade, independentemente da obtenção dessa certificação. “O foco na qualidade é muito forte no Grupo Colombo”, ressalta. Segundo Fábio Lanza, mesmo nas unidades não certificadas, como o departamento agrícola da matriz localizada em Ariranha e nas filiais de Palestina e Santa Albertina, é muito perceptível o empenho e dedicação, havendo sempre a busca pelo alto rendimento, baixo índice de não conformidades e melhoria contínua.


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Sistema de gestão quebrou resistências e mudou hábitos

Fábio Lanza, assistente de gestão da qualidade da Usina Colombo

Para implantar um sistema de gestão da qualidade, existe a necessidade de quebrar resistências e adotar novos hábitos. Não é uma tarefa tão simples. Entre as dificuldades que surgem neste processo, Fábio Lanza destaca o conflito de interesses. Desenvolver um sistema de gestão baseado em requisitos de uma norma técnica cria trâmites operacionais, e principalmente gerenciais, divergentes em relação a hábitos e costumes enraizados na organização – comenta. “Entretanto, com os resultados obtidos, essa barreira ‘invisível’ foi derrubada e hoje já não é mais possível imaginar a empresa sem a manutenção do sistema de gestão”, afirma. A participação dos funcionários é de fundamental importância na conquista e manutenção de um sistema de gestão certificado. “Devido ao empenho, dedicação, interação e participação dos colaboradores o sistema tem melhorado continuamente, alinhando o interesse de todos em busca da missão da empresa, de transformar a cana-de-açúcar em energia”, enfatiza. De acordo com ele, não há como imaginar um sistema de gestão da qualidade sem a capacitação e desenvolvimento dos colaboradores.

Aliás, este é um requisito da norma. “Se não for atendido, não se obtém a certificação”, observa. Além de cumprir as exigências da norma, o desenvolvimento de pessoas gera benefícios para a empresa. Por isso, o Grupo Colombo promove constantemente – de acordo com Fábio Lanza – palestras, simpósios, treinamentos de integração, cursos específicos visando a reciclagem e capacitação dos colaboradores para a execução de suas atividades. Segundo ele, outras medidas foram adotadas durante a implantação do sistema de gestão de qualidade, como a organização das áreas de compras e comercial (vendas), que melhoraram o relacionamento com fornecedores, clientes e consumidores, estabelecendo grandes parcerias ao longo do tempo. Houve também, nesse processo, maior aproximação de diversos departamentos, como industrial, agrícola, suprimento, comercial, recursos humanos, financeiro, de tecnologia da informação, entre outros. “A prática de reuniões tornou-se uma constante, como forma de visualizar os resultados obtidos e traçar novas metas, alinhando e conciliando o interesse de todos”, afirma. (RA)


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Segurança alimentar e preservação ambiental aprimoram processo A melhoria da qualidade não é a única preocupação da Usina Colombo na administração de seus negócios. A empresa está desenvolvendo um sistema de gestão integrada, que engloba, além da certificação de qualidade (ISO 9001), o processo que culminou na conquista da ISO 14001 e da ISO 22000 que está sendo incorporada ao sistema, segundo informações de Walter César Bertoncello, coordenador da área de gestão da qualidade e meio ambiente da Colombo. Algumas ações mais específicas, que fortaleceram o compromisso dessa usina com a qualidade e o desenvolvimento sustentável, começaram em 1997 com o processo de certificação da ISO 9001 (gestão da qualidade) por solicitação das grandes redes de supermercados. A Colombo vislumbrou um mercado potencial com a realização de parcerias com essas empresas, produzindo e empacotando açúcar com a marca do cliente. Para isto, havia necessidade de obter uma certificação que comprovasse a existência de um sistema de gestão totalmente focado na qualidade e na satisfação do cliente, fato que levou a Usina Colombo a buscar a certificação. Em 1999, essa unidade de Ariranha obteve a ISO 9002, para os setores de refinaria e empacotamento. Em 2002, conquistou a ISO 9001, estendendo a certificação de qualidade para toda a planta da fábrica. O trabalho incessante e permanente da Usina Colombo visando o aprimoramento do processo de gestão teve outra etapa importante em 2002 com o início da implantação do sistema de gestão baseado na norma ISO 14001 (meio ambiente) que foi obtida em 2005. A política de gestão da empresa sempre esteve voltada à conciliação de produção com alta eficiência e preservação do meio ambiente. O passo seguinte foi a implantação

Certificações O escopo das certificações ISO 9001 e 14001 da Usina Colombo abrange desenvolvimento, produção e comercialização de etanol anidro e hidratado combustível, etanol para outros fins, açúcar cristal, açúcar refinado amorfo especial, e refinado granulado das marca Caravelas, Colonial e marcas próprias de clientes. Inclui ainda produção e comercialização de energia elétrica. Para as certificações FSSC 22000 e ISO 22000, o escopo engloba produção de açúcar cristal especial, açúcar refinado especial e refinado granulado desde a recepção da cana-de-açúcar à expedição do produto.

do processo voltado à ISO 22000 (segurança alimentar) – conquistada em 2012 – que veio complementar e agregar valor ao sistema de gestão integrada, observa Fábio Lanza. “Novamente por solicitação das grandes redes, que estão preocupadas com riscos de contaminações graves nos alimentos, uma vez que a cadeia hoje é global e dificilmente seria possível cercar um problema localmente, a Colombo buscou a implantação de um sistema de gestão voltado à segurança alimentar”, comenta. De acordo com Walter Bertoncello, a ISO 9001 e a 14001 tiveram auditoria de recertificação – realizada pela Fundação Vanzolini – em junho. A ISO 22000 e FSSC 22000 terão visita de acompanhamento pela SGS na segunda quinzena de agosto, passando pelo processo de recertificação em 2015. (RA)

Usina administra seus negócios, preocupando-se com a melhoria contínua e o desenvolvimento sustentável


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Premiação do MasterCana Social é apresentada na reunião do Gerhai MasterCana Social oferece bolsas de estudos para vencedores ANDRÉIA MORENO, DA REDAÇÃO

Uma parceria entre a escola B.I. International e o Gerhai, idealizador do Prêmio MasterCana Social, com a ProCana Brasil, estará ofertando aos vencedores do Prêmio em 2014, bolsas de estudos de MBA’s. Esse assunto foi apresentado durante a última reunião do Grupo, no dia 23 de maio, em Sertãozinho, SP. Durante o evento, Silas Santos, diretor do B.I. unidade de Ribeirão Preto explicou que a vencedora na categoria “Empresa do ano em responsabilidade socioempresarial” ganhará uma bolsa para imersão na University of California – Berkeley, (EUA), no módulo “Innovation”, com tradução simultânea, concedida à empresa na representação do seu CEO ou Presidente (Sujeito à disponibilidade de data e condições de viagem). Já a vencedora da categoria “Desenvolvimento Humano” receberá uma bolsa integral

Público durante a última reunião do Grupo, no dia 23 de maio

para o MBA em Recursos Humanos com ênfase em Desenvolvimento Organizacional na unidade de Ribeirão Preto, concedida à empresa, representada pelo seu executivo/gestor de Recursos Humanos. Segundo ele, a empresa vencedora da categoria “Sustentabilidade / Meio Ambiente” será presenteada com uma

bolsa integral para um dos seguintes MBA’s: Gestão de Empresas e Negócios, Gestão de Projetos e Inovação; Gestão em Controladoria e Finanças, Recursos Humanos (concedida à empresa, representada pelo seu gestor da área de Sustentabilidade/Ambiental). As demais categorias – Educação e Cultura, Valorização da Diversidade, Saúde

Ocupacional, Qualidade de vida, Comunidade, Comunicação e Relacionamento participarão de um sorteio para concorrer a uma bolsa integral para um dos seguintes MBA’s: Gestão de Empresas e Negócios, Gestão de Projetos e Inovação, Gestão em Controladoria e Finanças, Recursos Humanos, concedida à empresa, representada pelo seu gestor da área de Sustentabilidade/Ambiental (*Empresas ganhadoras nas outras categorias não participarão deste sorteio). “A parceria pretende fortalecer oportunidades e gerar conteúdo, compartilhar conhecimento, apoiar no desenvolvimento sociocultural, fortalecer a cultura e promover o aprendizado e o desenvolvimento executivo”, afirma Silas Santos. O Gerhai ainda apresentou durante a reunião, o “Programa de Desenvolvimento Continuado - PCD – módulo 3, e a palestra: O líder integral”, através de Carlos Casarotto, consultor e Henrique Hinz, professor doutor em Direito do Trabalho e Economia e Juiz do Trabalho da vara de Andradina, falou da “Ação Regressiva Acidentária – Prevenção, Riscos e Consequências para as empresas”.


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Para ser empresário no setor é preciso fé inabalável A afirmação é de Antonio Gusmão, executivo de destaque que atua há 32 anos na cadeia sucroenergética RENATO ANSELMI,

DE

CAMPINAS, SP

Novas soluções e tecnologias não são viabilizadas por acaso. Para serem transformadas em aliadas estratégicas do processo de produção agroindustrial de usinas e destilarias, precisam contar com o esforço, persistência e visão de executivos da cadeia fornecedora de bens e serviços para o setor sucroenergético. Há muitos profissionais de destaque nessa área. Um deles é o diretor da Authomathika, Antonio José de Gusmão, que atua há 32 anos na cadeia sucroenergética. “Vi muitas crises do setor. Aprendi muito e respeito todos os empresários que lutam e que empreendem nele. Ser empresário no Brasil é ser herói. Ser empresário no setor sucroenergético, além de heróico, é ter uma fé inabalável e inquestionável”, afirma. A Authomathika surgiu, cresceu e tornou-se forte, atuando nesse mercado há 15 anos – conta – por meio de fornecimentos de Automação e Elétrica, Serviços de Revisões e Metrologia. A ligação dele com o setor sempre foi inclusive muito próxima. “Nasci numa colônia de usina. Com cinco anos de idade

Antonio José de Gusmão, diretor da Authomathika

meu pai me colocou em cima de uma moenda. E já era elétrica na época”, relata. No momento de crise é necessário procurar – afirma – maior retorno, “tirar leite de pedra”. Segundo ele, a automação e a tecnologia de maneira geral são ferramentas para isto. Ajudam a empresa a ser mais produtiva e, consequentemente, mais competitiva, para conseguir ganhar

um pouco mais ou deixar de perder. Com a automação industrial e agrícola, implantada de maneira correta, o aumento da eficiência é real, indiscutível e facilmente notada, afirma Antonio Gusmão. “O retorno financeiro é evidente”, enfatiza. Na opinião dele, hoje não é concebível uma usina operar adequadamente, objetivando lucro, sem ter um sistema de

automação. “É quase impossível ter bons rendimentos, em todos os turnos de trabalho, dependendo apenas do operador e da sua habilidade”, comenta. A implantação de um sistema de automação, bem elaborado e estudado profissionalmente – ressalta – reduz perdas, melhora a eficiência de processos, aumenta a capacidade produtiva com baixo custo, traz mais proteção ao patrimônio, diminui problemas trabalhistas e dá mais recursos para análises gerenciais. Em relação à crise, ele considera que é a maior já vivenciada pelo mercado sucroenergético. Toda empresa, que tem na sua carteira clientes desse setor, está sendo afetada. Por estar operando em outros segmentos, a Authomathika tem conseguido manter seus compromissos – observa. ”Mesmo com a crise, o setor sucroenergético ainda é uma fatia importante de nossas vendas, equivalente a cerca de 60% neste último ano”, revela. Na opinião de Antonio Gusmão, de todos os problemas enfrentados pelo governo e o Brasil, os que estão mais fáceis de ser equacionados são os do setor sucroenergético. “Precisamos ter uma política clara e definida para os próximos anos”, afirma. De acordo com ele, existe demanda forte latente para o etanol e a energia da biomassa. “Temos expertise, capacidade de produzir e de ampliar a produção”, constata. Há uma luz no fim do túnel. Basta caminhar na direção correta – enfatiza.

A visão de quem conhece os dois lados do balcão Com 29 anos de atuação no mercado, o engenheiro mecânico Waldemar Antonio Manfrin Junior, diretor da TGM, outro executivo com atuação destacada na indústria de base do setor, conhece de perto não somente os efeitos da crise em toda a cadeia sucroenergética. Tem também experiência para propor alternativas para driblá-la. É fundamental as usinas buscarem soluções tecnológicas para as áreas industrial e agrícola visando a redução do custo fixo e o aumento da produtividade – afirma. E, por consequência, terão condições de vender um produto competitivo mundialmente – comenta. Waldemar Manfrin faz essa análise com a “autoridade” de quem já viveu “dos dois lados do balcão”. Em 1985, ele iniciou a sua carreira, trabalhando na empresa Zanini, onde ficou por um ano. Em 1986, foi para a Usina Santa Elisa, atuando como gerente de manutenção industrial e moagem. “Lá fiquei até 2000 e continuo no setor até hoje como diretor da TGM”, conta. Na opinião dele, um dos investimentos mais importantes para as usinas, atualmente, é a cogeração de energia. “Além da rentabilidade, gera empregos na cadeia produtiva”, observa.

Terceiro produto de usinas e destilarias, a bioeletricidade tem inclusive potencial para se tornar um fator relevante para a sobrevivência e a elevação da competitividade das unidades sucroenergéticas – afirma. “A energia torna-se o ponto de equilíbrio financeiro, pois permite que a usina tenha contratos fixos com garantias de receitas”, ressalta. Em relação à situação da indústria de base do setor, Waldemar Manfrin observa que a crise afeta e muito, não só a TGM, como todas as empresas da cadeia sucroenergética, reduzindo a quantidade de projetos e, por consequência, aumentando a concorrência, o que impacta nos preços e na margem de lucro. Apesar de todos os problemas, o setor sucroenergético continua sendo estratégico para a TGM, que é fabricante de turbinas a vapor e redutores de velocidade. “Representa 60% do nosso faturamento”, revela. A empresa tem procurado se fortalecer por meio da atuação em outros mercados. Segundo ele, a exportações tem dado bons resultados devido à qualidade dos serviços e dos produtos da TGM que são bem vistos pelos clientes. (RA)

Waldemar Antonio Manfrin Junior, diretor da TGM


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Maior quantidade de impurezas minerais interfere na vida útil de exaustores e ventiladores RENATO ANSELMI,

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CAMPINAS, SP

Mudanças no processo de produção agroindustrial estão acarretando também modificações na concepção, funcionamento e manutenção de acessórios de caldeiras. A utilização da palha na geração de energia e a maior quantidade de impurezas, entre outras variáveis, provocaram mudanças nos sistemas de alimentação da biomassa, na presença do ar secundário e, consequentemente, nos ventiladores e exaustores. O aumento das impurezas minerais, em decorrência do crescimento da colheita mecanizada de cana crua, está interferindo, por exemplo, no funcionamento e na vida útil de exaustores e ventiladores. Existem diversas situações que geram impactos nesses equipamentos, afirma Rodrigo Kiliam, gerente do Departamento de Projetos da Jacaré Ventiladores Industriais. No caso do lavador de gases instalado após o exaustor, há grande incidência de desgaste por abrasão, o que reduz drasticamente a vida útil desse equipamento – explica. “Quando o lavador de gases é instalado antes do exaustor,

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OPS! Lavador de gases, instalado na Usina Santa Helena

grande parte desses particulados acaba ficando retido no lavador, o que aumenta a vida útil do rotor, porém o mesmo sofrerá um ataque maior por corrosão”, observa.

Para os ventiladores de insuflamento, o aumento de impurezas refletirá em maior dificuldade no balanceamento do processo de queima. Dependendo da quantidade de

impurezas por tonelada de cana, poderá haver uma certa instabilidade operacional neste processo – afirma. A manutenção de ventiladores e exaustores é outro aspecto importante que deve ser considerado para o funcionamento eficiente desses equipamentos, segundo Rodrigo Kiliam. “Diversos clientes optam por realizar a manutenção na própria unidade e acabam alterando as medidas originais de projeto, resultando em problemas como vibração por ressonância, fluxo turbulento devido à distorção de raios ou medidas incoerentes”, constata. Alguns cuidados devem ser adotados pelos usuários desses equipamentos – recomenda. Um deles é a aferição de balanceamento e limpeza, que deve ocorrer quando o nível de vibração estiver acima do indicado para determinado tamanho de máquina. No caso da relubrificação dos rolamentos, a periodicidade deve acontecer conforme indicado na placa de identificação da máquina. “A quantidade de graxa e tempo para relubrificação depende de rotação, tamanho e tipo do rolamento”, diz o gerente de projetos. Para a Inspeção visual em rotores dos exaustores, a recomendação é a realização da primeira verificação de desgaste em 90 dias ¬– caso o índice de desgaste seja elevado. Em seguida, as inspeções devem ser realizadas em intervalos de 30 dias. “Se for constatado algo de anormal é necessário chamar um técnico especializado para uma melhor averiguação”, orienta.


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Projetos buscam soluções para sistemas de ventilação

Usina Santa Maria, de Cerquilho, SP

Questões ambientais e colheita mecânica exigem adequações As exigências de órgãos ambientais, como a Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, provocaram modificações nos lavadores de gases, destaca Maurício Daroz, gerente industrial da Usina Santa Maria (Grupo J. Pilon), de Cerquilho, SP. Os fabricantes fizeram adequações para tornar esses equipamentos mais eficientes, ressalta. Com o aumento das impurezas minerais e vegetais devido ao crescimento da colheita mecanizada, houve também a

necessidade da realização de algumas mudanças internas em caldeiras, o que está acontecendo inclusive na Usina Santa Maria – revela. “Temos diminuído bastante a velocidade dos gases internos da caldeira”, informa. O objetivo é impedir que a maior quantidade de impureza mineral se transforme em um jateamento, o que provoca um maior desgaste dos tubos. “Estamos fazendo alterações para que a velocidade seja a menor possível”,

diz. Uma das modificações está relacionada à redução do diâmetro da tubulação para que ocorram o aumento da vazão e a diminuição da velocidade – explica. Com essa mudança, a Usina Santa Maria pretende criar condições para que as caldeiras tenham uma vida útil mais longa. “A grande quantidade de impureza mineral trazida do campo detona a caldeira em dois ou três anos, caso nada seja feito”, esclarece Maurício Daroz. (RA)

As alterações nas concepções construtivas das caldeiras impactam de forma natural nos projetos dos ventiladores, exigindo apenas um estudo mais elaborado diante da forma operacional do processo em questão, comenta Rodrigo Kiliam, gerente de projetos da Jacaré. Entre as principais características dos projetos elaborados pela empresa, inclui-se o dimensionamento de rotores visando a obtenção de alta eficiência, a economia de energia e a adequação do equipamento à aplicação, levando-se em consideração o que será melhor para o processo, afirma Flávio Kiliam, diretor comercial da Jacaré. Os projetos desenvolvidos pela empresa são customizados – ressalta –, havendo a verificação de todos os detalhes para que ocorra o atendimento das demandas de cada cliente. O trabalho de engenheiros e técnicos especializados nessa área tem o objetivo de buscar soluções de problemas em sistemas de ventilação – diz. (RA)


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Bombas inadequadas podem provocar explosão de custos RENATO ANSELMI,

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produção de açúcar. Nas unidades sucroenergéticas, as bombas são utilizadas para torres de resfriamento, caldo clarificado, carregamento de etanol, vinhaça, dornas, caldo filtrado, caldo com bagaço, água com bagaço, água clarificada, resfriamento de mancais de moenda, condensados, caldo decantado, água bruta, água reciclada, enfim, para toda logística de fluidos industriais – detalha Carlos Eduardo Ferreira de Souza, diretor da Century do Brasil.

CAMPINAS, SP

Elas podem não ter a mesma badalação e destaque de moendas, difusores, caldeiras e outros equipamentos. Mas, são consideradas vitais para o funcionamento das plantas industriais de unidades sucroenergéticas. Utilizadas em diferentes etapas do processo de produção, as bombas – que são relegadas, em diversos casos, ao segundo plano – exigem cuidados especiais em relação à instalação, operação e manutenção. A preocupação com este item deve começar, na verdade, com a escolha de um produto de qualidade, de modelo e especificações adequados à finalidade de uso. Nem sempre o menor preço significa que o comprador está fazendo um bom negócio, alertam especialistas. Pelo contrário, equipamentos de qualidade duvidosa, ou mesmo a instalação e manutenção feitas inadequadamente, podem gerar perdas e provocar uma “explosão” de custos na área industrial, principalmente no setor de manutenção. A melhor alternativa, neste caso, é adquirir bombas de fabricantes que utilizam, por exemplo, material construtivo de primeira linha, compatível ao tipo de fluido que será movimentado. É preciso observar também se o fabricante costuma testar o produto, de maneira criteriosa, de acordo com as condições em que será utilizado. Todo cuidado é pouco para que não ocorra uma “implosão” do equilíbrio financeiro, devido aos prejuízos causados por interrupções na produção em decorrência da necessidade de reparos ou da substituição de bombas. O mercado disponibiliza diversos tipos de equipamentos de qualidade para a movimentação de fluidos em usinas e destilarias. Na maioria dos casos, ocorre o uso das bombas centrífugas, de pequenas a elevadas

Alinhamento correto evita desgastes e quebras

Equipamentos de qualidade duvidosa podem gerar prejuízos

vazões. Existem os modelos especiais, como as bombas de alta pressão voltadas para a alimentação de água

para as caldeiras. Há ainda as de deslocamento positivo, de recalque de massa cozida no setor de cozimento na

Além da escolha do equipamento de qualidade, profissionais da área industrial de usinas e destilarias devem estar atentos ao alinhamento correto das bombas com os seus acionamentos, para que não ocorram desgastes e quebras. A utilização de acoplamentos, com especificações adequadas, também é importante para o bom funcionamento desses equipamentos. O uso de acoplamentos apropriados corrige pequenos desalinhamentos entre as bombas e os seus motores, proporcionando também redução da vibração e prolongamento da vida útil de mancais e rolamentos. As bombas e seus motores também devem estar assentados em uma base bem fixada, rígida e estável, evitando-se assim desalinhamentos e vibrações. Apesar de ser uma medida básica, profissionais da área lembram que a base deve proteger o equipamento de qualquer contato com águas decorrentes da limpeza ou da chuva, para que sejam evitados danos às bombas. (RA)


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Kit de diagnóstico diminui gastos no processo de fermentação Solução pode evitar prejuízos de milhões de reais em uma safra, diz especialista ANDRÉ RICCI, DA REDAÇÃO

Integrante do portfólio do PróUsinas, o Kit MC permite quantificar em até 30 minutos a contaminação bacteriana nos caldos do processo fermentativo, como mosto, fermento (cuba tratada e não tratada) e dorna de fermentação. Trata-se de uma metodologia criteriosa, em uma área sensível para a produção de etanol e que ainda apresenta grande potencial de melhoria, no caso, a fermentação. De acordo Mário César Souza e Silva, biomédico-microbiologista especializado em desinfecção industrial e responsável pelo desenvolvimento do produto, a quantificação ajuda a calcular o volume de antimicrobianos e antibióticos a serem aplicados corretamente. “O caldo do processo fermentativo possui sacarose a ser convertida pelas leveduras em açúcar ou etanol, mas essa sacarose também pode servir de alimento para outros competidores (bactérias contaminantes da fermentação). Com a perda dessa sacarose a usina toma prejuízo. Então, quanto mais rápido quantificar o nível de contaminação e corrigi-la, menor será a perda”, analisa o desenvolvedor do Kit. Como exemplo, o professor cita uma

dorna de fermentação de 1 milhão de litros, nas condições normais de processo de fermentação e com controle microbiológico. “Na média, essas leveduras produzem 10% de etanol, então em uma rodada (entre 8, 10 ou 12 horas) são produzidos 100 mil litros de álcool. Quando não existe esse controle, essa mesma dorna ao invés de produzir 10%, produzirá 7%. Assim, em um período de 10

horas, por exemplo, a usina terá um prejuízo de 30 mil litros. Considerando que a tendência é que esta baixa eficiência persista durante a maior parte da safra, o prejuízo pode alcançar alguns milhões de reais”. Soma-se ainda a este prejuízo, os gastos excessivos com a administração indiscriminada, e muitas vezes abusiva, de antimicrobianos e antibióticos por falta de uma quantificação correta da

contaminação. O Kit MC é uma solução cromogênica composta por pigmentos exógenos precursores de cor azulada (indicador cromogênico). A caixa contém 36 tubos de 5 mL de solução cada, seis pipetas de pasteur descartáveis e um gabarito de cores. Cada Kit custa entre R$ 200,00 e R$ 300,00, dependendo da quantidade adquirida.

Eficiente, Kit MC é aprovado nas usinas Com a necessidade de aumento na produção, além da diminuição de gastos, as usinas sucroenergéticas buscam soluções eficientes para o dia a dia. A Usina CerradinhoBio, por exemplo, é uma das unidades que testou o Kit MC. Sidmara da Silva, analista de processos industriais da usina, diz que a eficácia da solução faz a diferença. “Os testes foram muito bons já que em 15 minutos consegui quantificar o nível de contaminação da

fermentação nas dornas e nas cubas. O resultado é muito confiável, comparando com a microscopia e petrifilm”, lembra ela, que começa a usar o Kit mensalmente. O produto também foi aprovado por Maria Angélica Garcia, biomédica especializada em microbiologia industrial da Usina Santa Adélia. Ela diz que o teste, realizado nas três unidades do grupo, foi positivo. “É muito prático e o resultado sai rápido. Esse tipo de análise não pode

demorar, por isso, em poucos minutos descobrimos o nível de contaminação da fermentação. Eu recomendaria a todas as usinas, principalmente para quem não tem condições de fazer o plaqueamento. Esse Kit é uma solução maravilhosa e o resultado é preciso”, afirma. Silvana Lima, técnica em química da Usina São Francisco (Balbo), também recomenda o produto. “Foi ótimo o teste com o Kit MC, pois facilita o dia a dia dos

laboratórios. Gostei muito do sistema de cores e da rapidez do resultado”, afirma. A metodologia do Kit MC foi validada por plaqueamentos com caldo para a série de diluições, corrigidos de acordo com as exigências ambientais e nutricionais das bactérias fermentadoras encontradas no processo industrial, originando o gabarito de cores. “Os principais grupos produtores já realizaram testes validando a eficiência do Kit MC”, complementa Mário César.

Maria Angélica Garcia (ao fundo), da Usina Santa Adélia: “Recomendo Teste do Kit MC, na Usina Vale do Tijuco: aprovado

o kit a todas as usinas, pois é prático e o resultado é rápido e preciso”


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Rotores e componentes de vedação, como gaxetas e selos, devem estar em bom estado

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Carlos Eduardo de Souza, diretor da Century Bombas

Preditiva monitora desempenho de equipamentos A manutenção eficiente das bombas é fundamental para o prolongamento da vida útil e o funcionamento, sem maiores transtornos, desses equipamentos. Uma das medidas recomendadas, nessa área, é a realização da manutenção preditiva, que possibilita o monitoramento do desempenho dos equipamentos a partir de informações geradas pela análise de vibração. A utilização da técnica de análise de vibração é fundamental para avaliar as condições dos rolamentos das bombas de recalque e de seus acionamentos. Se o

rolamento tiver pistas, esferas ou roletes com desgaste elevado, poderá haver inclusive necessidade de ser substituído. A manutenção preventiva tem o objetivo de averiguar vazão, pressão, ruído, temperatura, vibração, acoplamento, entre outros itens. Há necessidade também da avaliação das condições dos rotores e do estado dos componentes de vedação, como gaxetas e selos. Este procedimento é importante para evitar a ocorrência de vazamentos provocados por desgastes. Entre as consequências de uma manutenção mal feita estão as paradas

desnecessárias de operações. Isto ocorre por causa do descaso e da falta de organização na realização da manutenção preventiva, ressalta Carlos Eduardo de Souza, da Century. “É necessária também a verificação de todo sistema de lubrificação do equipamento”, observa. Dependendo do resultado dessa avaliação, a recomendação pode ser a complementação ou a substituição do lubrificante. “As desmontagens e montagens com ferramentas inadequadas são os casos mais frequentes de quebras”, constata. Segundo

ele, a Century se preocupa em qualificar os mecânicos de seus clientes para que façam a montagem e desmontagem do equipamento de maneira adequada. Esse procedimento possibilita a conservação das bombas e contribui para o prolongamento da vida útil desses equipamentos – comenta. A realização da manutenção corretiva requer um diagnóstico preciso das falhas apresentadas pelas bombas e seus componentes. A partir disso, serão feitas intervenções, como substituição de peças, reparos, balanceamento e alinhamento. (RA)


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Empresa desenvolve modelos para o lodo e o mel rico O mercado fornecedor tem oferecido diversos serviços voltados ao atendimento das demandas relacionadas às bombas, como orientação para a escolha adequada de equipamentos, instalação, montagem, operação e manutenção, incluindo a preditiva e a assistência técnica emergencial. O “pacote” pode incluir a realização de cursos e treinamentos in company para a utilização e manutenção desses equipamentos de forma correta. Empresas que atuam nessa área procuram também avaliar quais são as melhores soluções e indicações de equipamentos para as necessidades específicas de cada cliente, realizando um trabalho de consultoria técnica. Existem alguns fornecedores de bombas que têm inclusive forte atuação no setor sucroenergético. A Century do Brasil, por exemplo, que é fabricante de bombas centrífugas de rotores fechados e abertos, possui uma linha de bombas para moendas, difusores e dornas que é considerada referência no mercado. Além disso, fabrica as que são voltadas para etanol, vinhaça, xarope, entre outras. Segundo Carlos Eduardo de Souza, a preocupação da empresa é fabricar bombas voltadas à elevação da eficiência

no processo de produção industrial. Entre os produtos oferecidos pela Century nessa área, ele destaca as bombas de embebição, que não entopem, não vazam na gaxeta e sequer gotejam. “É a única bomba ecologicamente correta. Entendemos que é inadmissível o desperdício de água ou da própria matéria-prima”, ressalta. De acordo com ele, a Century é focada em desenvolver bombas centrífugas. “Conseguimos, no decorrer de anos, o desenvolvimento deste tipo de bomba para algumas áreas que antes só funcionavam com bombas de deslocamento positivo”, afirma. Os modelos de bombas BCX voltadas para o lodo e as BCV4X10 para o mel rico são resultantes deste trabalho. Anteriormente, para a movimentação do mel com uma bomba de deslocamento positivo, demorava-se uma hora para o abastecimento de uma carreta de 60mts/3, com a BCV4X10, a mesma carreta é abastecida em 15 minutos – compara. Segundo ele, isso só foi possível depois de muito estudo técnico e testes incansáveis na própria aplicação. “Esse desenvolvimento teve grande importância para a produção”, enfatiza. (RA)

Bombas centrífugas tornam-se opções para a movimentação que era feita somente com deslocamento positivo

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Quantidade elevada de impurezas exige pré-tratamento do caldo A implantação do sistema de limpeza de cana a seco tornou-se imperativa em diversas situações, afirma engenheiro de processos RENATO ANSELMI,

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CAMPINAS, SP

A ampliação do tempo de retenção do caldo no decantador rápido, o uso da automação para o controle de diversos procedimentos, a maior utilização do aço inox são algumas medidas que estão ajudando as unidades sucroenergéticas a enfrentar um sério problema no tratamento do caldo: a quantidade elevada de impurezas minerais e vegetais, que se tornaram mais presentes no processo de produção industrial com o crescimento da colheita mecanizada. Nos casos em que os cuidados com a limpeza da cana-de-açúcar no campo não têm sido satisfatórios, o total de impureza vegetal trazido com a matéria-prima para a indústria varia de 12% a 15% e o de impureza mineral fica entre 3% e 4% – revela o engenheiro de processos Marcus Menato, que atua na área de engenharia de aplicação de açúcar e etanol da Sermatec Zanini. A empresa tem feito – revela – o acompanhamento da quantidade de impurezas transportada, junto com a cana picada crua, para a indústria. Com esses índices bastante elevados, a implantação de um sistema de limpeza de cana a seco torna-se imperativa – ressalta Menato. A utilização dessa tecnologia voltada à remoção de impurezas desempenha inclusive um papel relevante para o tratamento do caldo. “Chamamos a etapa do sistema de limpeza de cana a seco de pré-tratamento do caldo”, observa. A Sermatec Zanini trabalha com duas

Sistema de limpeza de cana a seco da Usina Equipav

soluções nessa área: uma para cana inteira e outra para picada. O corte manual de cana inteira no estado de São Paulo ocorre praticamente em área de declividade acentuada e locais próximos à rede elétrica onde é complicado o uso de máquinas – comenta. “Em outros estados, no entanto, essa cana inteira chega, em algumas unidades, a 20% do total de matéria-prima processada pela usina”, observa. O sistema de limpeza a seco de cana picada é instalado em um equipamento

conhecido como tombador lateral, o de cana inteira a sopragem ocorre na mesa alimentadora – informa. Mesmo com a utilização do sistema de limpeza a seco em sua melhor eficiência, que proporciona redução das impurezas em 70% – o índice médio é de 55% –, segundo Marcus Menato, ainda vai sobrar uma grande quantidade de impurezas. No caso da vegetal, com índice de até 15% em alguns lugares, o volume ficaria ainda em 4,5%. “Essa impureza tem que ser trabalhada no tratamento de caldo.

Infelizmente, ela já entra sobrecarregando os sistemas de preparo e extração da cana, pois vai passar pelo picador, desfibrador e pela moenda ou difusor. Concorre com a matéria-prima”, constata. Além de reduzir a quantidade de impurezas na cana – tanto nas operações no campo e no sistema de limpeza a seco –, a preocupação e os cuidados com tratamento do caldo por meio da utilização de insumos e de equipamentos eficientes é que vão contribuir com a qualidade do produto final.


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Dimensionamento do decantador e aço inox aprimoram processo “De maneira geral, o tratamento de caldo continua o mesmo de dez anos atrás, pouco se acrescentou. Esse processo inclui a sulfitação, a calagem, o aquecimento do caldo, a decantação, a filtração do caldo clarificado e do lodo, com a utilização de equipamentos específicos”, detalha. Uma mudança nessa área tem sido o dimensionamento do decantador para que tenha maior tempo de retenção – observa. O do tipo rápido que decantava durante 45 minutos a uma hora, está agora realizando esse procedimento em aproximadamente noventa minutos, o que melhora a qualidade

do caldo clarificado. Isto está ocorrendo também por causa da maior quantidade de impurezas minerais e vegetais que aumentam o desgaste de equipamentos – afirma. O aumento do uso de inox no sistema de tratamento é outra medida que está sendo adotada pela Sermatec Zanini devido aos problemas em relação à qualidade da matéria-prima, informa Marcus Menato. O inox está sendo utilizado, por exemplo, em rotores de motobombas, tubulações de caldo, parte interna do decantador e de outros equipamentos, como o feixe tubular para troca térmica. (RA)

Sistema de tratamento de caldo da Usina Cerradinho Bio

Equipamentos eficientes agregam valor a diferentes etapas A utilização de equipamentos mais eficientes contribuem para a otimização de diferentes etapas do tratamento de caldo. Inovações tecnológicas têm, em diversos casos, agregado valor a esse processo. Com a preocupação de atender novas demandas nessa área, a Sermatec Zanini estará inclusive lançando na Fenasucro – que acontece de 26 a 29 de agosto, em Sertãozinho, SP – algumas tecnologias voltadas à área de evaporação. As novidades são o condensador evaporativo, os evaporadores NTD – Névoa Turbulenta Descendente e o multi satélite que tem um balão de expansão no centro e as calandras distribuídas em satélites ao redor do balão, conforme informações de Marcus Menato. “Cada equipamento apresenta alguns

diferenciais em relação aos existentes no mercado”, afirma. No evaporador multi satélite, com um balão de expansão e quatro evaporadores, por exemplo, há a vantagem de parar para limpeza apenas 25% do equipamento. A Sermatec Zanini fabrica equipamentos com um balão e quatro evaporadores e com um balão e seis evaporadores – informa. Outro diferencial do multi satélite é conseguir uma área de troca térmica muito maior em equipamento único – ressalta. Esse evaporador não é considerado espaço confinado, o que facilita a manutenção. Após a abertura da tampa do multi satélite, o operador faz a limpeza no ambiente, esclarece. Entre as diversas vantagens desse

equipamento, Marcus Menato observa que o multi satélite possui instrumentação completa para operação e limpeza (se for CIP), válvulas com acesso apropriado para operação e manutenção, sistema de desvio de condensado contaminado e peso do conjunto do evaporador otimizado. Além disso, é um evaporador autoportante - com saia de sustentação –, sendo também preparado para expansões futuras. “O NTD é um falling film de alta velocidade. O tempo de residência do caldo neste evaporador é muito menor. Com isto, ocorre menor queima de caldo, ou seja, formação de cor mais baixa no xarope e menor incrustação, o que vai resultar num produto final de melhor qualidade”, explica. Apresenta uma distribuição uniforme do produto nos tubos

e não tem recirculação do caldo – destaca. Em relação ao condensador evaporativo, ele afirma que a principal vantagem deste equipamento é a eliminação do uso das torres de resfriamento de água. E, em consequência disso, não há necessidade da instalação das grandes tubulações de bombeamento e das bombas de água de resfriamento. A água de reposição do condensador evaporativo, em diversas situações, é o próprio condensado que é recuperado do sistema. Esse equipamento dispensa o uso de produtos químicos, incluindo algicida, pois não há necessidade de tratamento de água, como ocorre nas torres. Apresenta também baixo custo de manutenção e gera economia significativa de energia. (RA)


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Filtro de lodo proporciona ganhos para a cogeração Para a filtração do lodo proveniente da decantação do caldo de cana, a empresa VLC disponibiliza uma solução que tem apresentado resultados satisfatórios. Trata-se do SCF, um filtro horizontal tipo esteira com alimentação por gravidade. As principais características do SCF são baixo consumo de água e descarte da torta com pol reduzido em comparação a outros equipamentos do mercado, afirma Juliano Porta, gerente de marketing da empresa. “O filtro de lodo da VLC apresenta robustez e é de fácil operação”, enfatiza. Esse equipamento tem uma relação custo-benefício satisfatória devido à recuperação do açúcar contido no lodo, proporcionado pela pol baixa da torta, avalia Edson Luiz Stefano, que é representante comercial da empresa. Além disso, gera ganhos para a cogeração de energia.

Em decorrência do baixo consumo de água obtém-se caldo filtrado com brix maior e, consequentemente, menor consumo de vapor na evaporação deste caldo – explica. De acordo com ele, este equipamento apresenta uma redução de 50% do consumo de água para lavagem da torta e tela quando comparado com a prensa desaguadora. Outros indicadores revelam a eficiência do SCF: 99% de retenção de sólidos suspensos, 1% de pol, 70% de umidade da torta Em relação à prensa desaguadora, além da economia de água, o filtro de lodo possui outras vantagens, como menor pol e necessidade de menos instrumentação – diz Edson Stefano. Apresenta ainda maior durabilidade da tela filtrante, pois não possui área de prensagem – compara. A estrutura é em aço inox. (RA)

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Customização é fundamental para a obtenção de resultados positivos O desenvolvimento de projeto e o dimensionamento do tratamento de caldo de acordo com a necessidade de cada usina, levando em consideração todas as características do processo, é fundamental para que se obtenha o melhor resultado possível nessa área, afirma Marcus Menato. Além de desenvolver o projeto customizado, a Sermatec Zanini disponibiliza todos os equipamentos para tratamento do caldo, incluindo soluções para filtração do caldo e do lodo – informa. A empresa faz o fornecimento “turn key”, o que abrange obra civil, estruturas metálicas, equipamentos, interligações, acessórios, isolamento térmico até a posta em marcha do sistema. (RA)

Sistema automático controla pH, temperatura e dosagens O uso de um sistema eficiente de automação no tratamento de caldo é outro procedimento que deve ser adotado para a obtenção de bons resultados nesta etapa do processo de produção industrial, segundo o engenheiro de aplicação da Sermatec Zanini, Marcus Menato. “O tratamento não deve ficar dependendo do operador, mas, do sistema automático”, afirma. Todo o controle de pH, temperatura, a dosagem de leite de cal, de enxofre e de polímeros deve ser feito por meio do uso de recursos da automação – enfatiza – visando a obtenção de um melhor resultado . Nas usinas novas, o índice de utilização dessa tecnologia é elevado. O mesmo não ocorre, em diversos casos, em unidades mais antigas – compara. (RA)

Torta de filtro


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Curso de PCM atualiza profissionais do setor Trabalho feito de maneira eficiente pode aumentar em 50% a produtividade dos profissionais da área, diz especialista ANDRÉ RICCI,

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RIBEIRÃO PRETO, SP

Em busca de conhecimentos para planejar e ter maior controle da manutenção, profissionais de diversas usinas do país se reuniram na cidade de Ribeirão Preto, SP, de 19 a 21 de maio. O motivo foi o curso de PCM – Planejamento e Controle da Manutenção, promovido pela Sinatub Tecnologia, em parceria com a ProCana Brasil. Coube ao engenheiro mecânico Ênio Perche, a função de instruir os participantes. Ao longo dos dias, além de conhecimentos teóricos, os profissionais puderam realizar tarefas práticas, com procedimentos que simulam problemas do dia a dia e estimulam a tomada decisão de maneira eficiente. “Planejamento e o controle da manutenção são fatores críticos no setor sucroenergético por estarem associados diretamente aos custos de produção e à disponibilidade dos equipamentos. Caso a área de manutenção não esteja estruturada para trabalhar de forma planejada, há perda de produtividade e desperdícios”, explica ele. De acordo com o especialista, com a correta programação da manutenção, pode-se aumentar em 50% a produtividade dos profissionais de manutenção, trazendo, inclusive, redução nos custos. “O gerenciamento eficaz dos equipamentos beneficia a todos, melhorando produtividade, qualidade, segurança operacional e ambiental”, finaliza.

Ênio Perche, instruiu participantes sobre Participantes durante curso PCM realizado pela Sinatub

planejamento e controle de manutenção

DEPOIMENTOS

O curso é importante para que sejam estabelecidos novos parâmetros para as empresas e também para sistematizar o nosso conhecimento. Digo que é confirmar o que já se sabe e angariar novos conhecimentos. A tecnologia muda a todo instante, se renova a cada dia e os cursos são importantes para nos manter atualizados. Precisamos reduzir custos e para isso, ter controle total de cada processo é fundamental. Leomar Gomes, supervisor de PCM da Ferrari Agroindústria

Acompanhar explicações que trazem conhecimento técnico é muito importante. Hoje as mulheres estão tendo mais espaço nesta área de manutenção e precisamos nos informar. Todas as empresas precisam crescer, tanto em produção quanto financeiramente. Sem um planejamento correto, isso não é possível. Jéssica Gervásio, assistente administrativo da Usina Goiasa

O treinamento é muito importante, pois aqui conversamos com colegas de outras usinas, que possuem experiências diferentes para situações iguais. Sou novo nesta área e ouvir profissionais com mais conhecimento ajuda muito. Trata-se de um curso especifico, que traz novos indicadores e mostra a forma correta de como a manutenção tem que ser realizada. Mais do que consertar, é preciso saber a origem da falha para que não volte a acontecer. Na Usina Itajobi estamos melhorando a questão da manutenção e já verificamos menos quebras. Isso é fundamental na indústria. Luciano Zaneti, líder de PCM da Usina Itajobi


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Usina São Martinho adquire CVP Bosch A Usina São Martinho, localizada em Pradópolis, interior de São Paulo, agora conta com o CVP - Cozedor Contínuo a Vácuo, produto oferecido pela Bosch Engenharia. O equipamento, que pesa 200 toneladas, foi instalado a oito metros acima do solo utilizando equipamentos especializados. Todo o trabalho de construção e instalação durou nove meses. Ivan Voigt, diretor da empresa Bosch Engenharia, explica com detalhes o funcionamento do equipamento. “O CVP de massa B utiliza sementes (produzidas em laboratório) e mel proveniente dos cozedores de massa A. Durante este processo, o açúcar contido no mel A é cristalizado nas sementes, fazendo-as crescer e tornar-se cristais de açúcar B. No projeto desenvolvido pela Bosch, estes cristais ficam um período idêntico dentro do CVP, fazendo com que eles saiam com tamanhos praticamente iguais. A excelente qualidade dos cristais de massa B auxiliam na produção de cristais de massa A”. Já sobre a relação ‘custo-benefício’, Voigt afirma que a utilização do CVP pode trazer vantagens econômicas no decorrer do tempo. “O investidor terá os benefícios de um cristal de melhor qualidade, além de economizar energia. Ambos trarão ganhos por muitos anos para a usina”, afirma. Questionado sobre as condições mercadológicas do setor sucroenergético, o diretor da Bosch espera que no segundo semestre o preço do açúcar melhore, fazendo

Cozedor continuo a vácuo produzido pela Bosch Engenharia

com que a produção aumente e a tecnologia seja cada vez mais necessária. “Com o preço mais atrativo, um maior número de usinas estarão interessadas em produzir grandes quantidades de açúcar de forma rentável. Assim, o próximo passo é confiar no uso desta tecnologia como já é feito em países como

Tailândia, Havaí, África do Sul, Filipinas, entre outros”. O CVP foi fornecido em contrato de turnkey pela Bosch Engenharia, sendo projetado, construído, instalado e comissionado pela própria empresa. Tais componentes incluem a estrutura de suporte

do CVP, a sementeira, a automação e todas as bombas, tubulações e válvulas. Já a fabricação foi feita pela Simisa e a automação pela DLG. Bosch Engenharia 19 3301.8101 www.boschengenharia.com.br


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Manejo adequado da irrigação gera ganhos significativos Além do aumento da produtividade e da longevidade, uso dessa tecnologia reduz gastos com a expansão da área de cana RENATO ANSELMI,

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CAMPINAS, SP

A irrigação gera ganhos significativos para as lavouras de cana-de-açúcar. ”Se for feito o manejo adequado, a resposta é sempre positiva”, ressalta Rafael Addobbati Barros Alves, gerente agrícola da Companhia Usina São João, de Santa Rita, PB. Além da elevação de produtividade em tonelada por hectare, proporcionada por essa tecnologia, há também outros benefícios que devem ser considerados. Um deles é maior longevidade do canavial, que ocorre por causa do incremento da rebrota da socaria – constata Rafael Addobbati – devido à utilização da irrigação de salvação. Com o aumento da produção de matéria-prima para a fabricação de açúcar e etanol, em decorrência do uso da irrigação, a usina deixa de adquirir ou arrendar terras e reduz gastos com o

Rafael Addobbati Barros Alves, gerente agrícola da Companhia Usina São João

preparo dessas novas áreas e com os procedimentos necessários para o cultivo de cana, como adubação, tratos culturais, plantio, entre outros.

Há também economia com as operações de colheita, transbordagem e transporte de áreas arrendadas que são localizadas geralmente distantes da usina.

A obtenção de resultados satisfatórios com a utilização dessa tecnologia depende, no entanto, do desenvolvimento de um projeto eficiente de irrigação que deve considerar diversos fatores. Antes de qualquer iniciativa nessa área, é preciso ter conhecimento e certeza do volume de água disponível, alerta Rafael Addobbati. Outros procedimentos importantes são a escolha de variedades responsivas, a realização de estudo (análises físicas do solo) para determinar a velocidade de infiltração e o uso adequado do aspersor para não provocar erosão – afirma. Além disso, é necessário o dimensionamento do equipamento de acordo com o volume a ser aplicado – observa. A escolha do sistema de irrigação não está exclusivamente vinculada à utilização de um equipamento eficiente, que possui recursos tecnológicos avançados, segundo a opinião de especialistas da área. É preciso considerar as características de cada região. A topografia do terreno e a disponibilidade hídrica, por exemplo, interferem na decisão. Mas, não é só isto. índice pluviométrico, evapotranspiração, oferta e necessidade de mão de obra estão entre os itens que devem ser levados em conta na elaboração de um projeto. A pedologia, ou seja, o estudo dos solos, também fornece informações essenciais. É necessário avaliar inclusive as condições químicas do solo.


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Três sistemas viabilizam uso de tecnologia em áreas de cana Com uma área cultivada de cana-deaçúcar de nove mil hectares, a Cia Usina São João utiliza a irrigação em 6.600 hectares – informa Rafael Addobbati. Para isto, adota três sistemas diferentes: aspersão com equipamento semifixo; aspersão com equipamento autopropelido (Hidro Holl) e pivô central. “O critério adotado, para a escolha desses sistemas, foi o da necessidade, ou seja, como não tínhamos equipamentos para irrigar toda área, elegemos inicialmente os semifixos e autopropelidos pela sua mobilidade”, explica o gerente agrícola da São João. Essa medida viabilizou o atendimento de diversas áreas de acordo com a demanda. ”A partir de agora, uma vez que já atendemos as emergências da lavoura, estamos dimensionando equipamentos semifixos para irrigação nas diversas fazendas”, comenta. Segundo ele, o manejo da irrigação é feito de três formas, considerando a necessidade e as possibilidades de aplicação de lâmina. A usina utiliza a irrigação de salvação, a semiplena e a fertirrigação, dependendo das condições

Demanda hídrica de diferentes áreas exige diversificação de sistemas

das áreas onde ocorre o emprego dessa tecnologia. Nos períodos críticos, há a utilização

da irrigação de salvação que consiste na aplicação de uma lâmina de 40 milímetros, com a finalidade de garantir

a rebrota da socaria e a longevidade do canavial, informa Rafael Addobbati. Essa alternativa é adotada em aproximadamente três mil hectares. Na semiplena – aplicada em 600 hectares – a São João utiliza pivôs centrais. “Neste caso, lançamos mão de uma mini estação meteorológica que fornece diariamente informações sobre a evaporação e precipitação, o que nos proporciona um balanço hídrico do período. A partir da evapotranspiração da cana-de-açúcar determinamos a necessidade de água a ser aplicada”, detalha. Essa unidade sucroenergética utiliza também a fertirrigação em dois mil hectares de plantações de cana. “Há aplicação de três lâminas de 150 metros cúbicos por hectare com intervalos de dez a quinze dias. A vinhaça é diluída em água na proporção de 1 para 7, com o objetivo de nutrir e irrigar ao mesmo tempo”, afirma. A São João ainda irriga a área de reforma de canaviais, que é de mil hectares em média, com os equipamentos que estão disponíveis – observa. (RA)

Resultado positivo depende de procedimentos específicos Um sistema de irrigação, projetado e implantado de maneira correta, pode gerar muitos benefícios para a cultura de cana-deaçúcar. Mas, para que os investimentos nessa área tenham o resultado esperado é necessário trabalhar diversos aspectos agronômicos, alertam especialistas. A irrigação sozinha não faz milagres. Aliás, é preciso fazer o básico de maneira eficiente, a chamada “lição de casa”, levando-se em conta as especificidades do ambiente irrigado.

Nessas áreas, existe a necessidade, por exemplo, de maior atenção com determinadas doenças e pragas, que encontram condições mais favoráveis de se desenvolverem em canaviais que não apresentam problemas de déficit hídrico. A preocupação com o manejo correto da cultura deve incluir cuidados redobrados para minimizar a compactação do solo, escolha de variedades com boa adaptação aos ambientes irrigados e adubação adequada, entre outros aspectos. (RA)

Pivot de irrigação


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Central da São João possibilitará o aproveitamento da energia solar Um dos diferenciais da gestão do sistema de irrigação da Cia Usina São João tem sido a otimização dos recursos disponíveis, incluindo a conciliação entre as demandas hídricas e o aproveitamento dos equipamentos existentes. Além disso, essa unidade sucroenergética está inovando o conceito de Irrigação plena, desenvolvendo projeto que têm a finalidade de utilizar a energia solar para alimentar seus equipamentos. A São João está programando para setembro a inauguração desse sistema de aproveitamento de energia solar, fazendo uso de módulos fotovoltaicos e eletrônica de alta potência, que substitui o consumo de combustível fóssil e energia elétrica de fricção magnética. Pela primeira vez foi projetada no Brasil uma “Central de Energia Elétrica Fotovoltaica Híbrida e Modulada”, voltada especificamente para agricultura, informa Rafael Addobbati. O projeto possui módulos fotovoltaicos tipo ilha aplicados no sistema, ou seja, com acumulação em bancos de baterias, além de uma arquitetura única incluindo eletrônica de alta potência (1.2 MW) – detalha. Segundo ele, o diferencial desta tecnologia é proporcionar irrigação plena em grandes áreas totalmente autônomas, podendo alimentar o pivô central e outros equipamentos móveis. A automação e a lógica neste sistema são gerenciadas pela eletrônica e o monitoramento é feito à

Sistema de irrigação movido a energia solar

distância por meio de radiotelemetria – observa. O projeto tem inicialmente o objetivo de criar condições para a sustentabilidade da irrigação plena. “Pode ser utilizado durante todo o ano de forma ininterrupta e assim oferecer a energia renovável, obtida do sol, em substituição a todas as outras fontes de energia”, enfatiza. O investimento nesse projeto terá um

retorno muito rápido devido a sua finalidade principal que é a irrigação plena conforme estudo econômico realizado – afirma o gerente agrícola. A central atenderá uma área de cinco mil hectares nesta primeira fase, possibilitando um incremento em áreas de sequeiro de sessenta toneladas por hectare, o que possibilitará um aumento da produção em trezentas mil toneladas de

cana. De acordo com Rafael Addobbati, a implantação dessa primeira fase do projeto exigiu bastante esforço e dedicação. Houve a necessidade de estudos, adaptações, retrofit de equipamentos, aquisições, além da disponibilidade de recursos. Ele observa que essas dificuldades não deverão ocorrer em novos projetos e ampliações da central de energia. (RA)


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Siemens consolida presença nos projetos de cogeração das usinas A Siemens, multinacional com destaque em fornecimento de soluções de alta tecnologia para os setores elétrico e industrial, também é uma das líderes mundiais no fornecimento de turbinas a vapor. Com mais de 100 anos de experiência no setor, a Siemens auxilia no desenvolvimento de novos projetos e se destaca cada dia mais no mercado brasileiro com o fornecimento de soluções para os projetos de cogeração em usinas de açúcar e etanol. Nos últimos anos a fábrica de turbinas a vapor, localizada no complexo industrial da empresa em Jundiaí, SP, já passou por duas expansões, sendo uma delas a instalação do túnel de balanceamento a vácuo de rotores, um dos mais modernos do mundo, aumentando assim a capacidade de fabricação local de turbinas de maior porte. No ano de 2013, a empresa fabricou no Brasil a turbina de número mil, além de atingir outras marcas, como a fabricação das maiores turbinas a vapor já produzidas no Brasil, ultrapassando a barreira dos 100 MW. Além disso, acaba de assinar contrato para fornecer a primeira turbina a vapor com acionamento direto para o gerador, de 73 MW de capacidade. Essa será a maior turbina do segmento de açúcar e etanol no Brasil. “O fornecimento de equipamentos de alta eficiência com elevado grau de confiabilidade continua sendo prioridade dentro da nossa empresa, entretanto a

aproximação e parceria que temos desenvolvido com nossos clientes é essencial no sucesso dos nossos projetos”, explica André Garcia, gerente de vendas da área de turbinas a vapor. “Buscamos entender as necessidades dos nossos clientes e desenvolver em conjunto a melhor solução técnica e comercial, agregando valor em cada projeto e consolidando parcerias de longo prazo”, explica. Como prova desta aproximação, a Siemens tem investido na área de assistência técnica voltada para este mercado, com técnicos capacitados e disponíveis para atendimentos programados e emergenciais, além de contar com a estrutura de apoio do parque fabril de Jundiaí. “Apesar de proporcionarmos uma solução confiável, com alto índice de disponibilidade e baixo nível de manutenção, sabemos que é essencial ter uma assistência técnica especializada e com agilidade necessária para atender as demandas do mercado”, conclui André. A Siemens tem sido pioneira na implementação de alguns conceitos no setor de açúcar e etanol, como: o fornecimento do primeiro projeto com ciclo regenerativo, fornecimento de turbinas com escape axial, entre outros.

Empresa fabricou primeira turbina a vapor com acionamento direto para o gerador

Sucesso do controle biológico depende de três pré-requisitos O controle biológico parte do desenvolvimento consiste na redução da tecnológico do produto. população de organismos Quanto à qualidade, o indesejáveis a sistemas monitoramento dos agrícolas através de um ou indicadores de qualidade mais inimigos naturais, que dos produtos da indústria predam, parasitam ou até a sua utilização no competem com os campo permite o primeiros. aproveitamento total da De acordo com tecnologia, já que estamos Gustavo Ranzani lidando com produtos vivos. Herrmann, engenheiro Finalmente, a agrônomo e diretor Gustavo Ranzani Herrmann legalidade é apresentada comercial da Koppert quando os produtos à base Biological Systems, a cotesia e trichogramma de agentes biológicos são classificados como para controle de broca e metarhizium para defensivos e, portanto, seguem a mesma cigarrinha são os produtos biológicos mais legislação federal de agrotóxicos. A não utilizados para a cana-de-açúcar. “Este observância desse requisito implica em sanções produtos são bons para o setor e para o meio penais a fabricante e usuário. ambiente. Porém, pelo menos três pré“A crescente exigência pela racionalização requisitos básicos da atividade devem ser do uso de agrotóxicos no setor canavieiro trará observados para se obter resultados positivos”, grandes oportunidades ao controle biológico explica Herrmann. que, se adotado com profissionalismo, pode Os pré-requisitos são: tecnologia, contribuir sobremaneira com a produção qualidade e legalidade. De acordo com o sustentável de energia no Brasil”, conclui engenheiro agrônomo, o processo fabril Herrmann. demanda acurada tecnologia com vistas à preservação do efeito natural do agente e sua Koppert do Brasil multiplicação em larga escala. Praticidade de 19 3124.3677 uso e viabilidade técnica devem também fazer www.koppert.com.br

Siemens 11 4585.4676 www.siemens.com


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Química Real combate contaminação da fermentação etanólica Neste ano a Química Real completa 15 anos de dedicação em oferecer ferramentas tecnológicas no combate à contaminação bacteriana na fermentação, contando com a parceria da Elanco no lançamento de antibacterianos de alto desempenho e qualidade. Atualmente a empresa possui em seu portfólio, uma linha de antibacterianos à base de monensina, um dos agentes mais eficaz do mercado. Desenvolvido e lançado pela Elanco em 1993, o Kamoran é um antibacteriano à base de MSC — Monensina Sódica Cristalina, para controle das principais bactérias Gram (+). Eficaz contra lactobacillus, bacillus e streptococcus. Controla cerca de 80% dos principais lactobacillus. Há também o Kamoran WP, desenvolvido à base de MSC com ação desfloculante. Eficiente contra as bactérias Gram (+) que floculam as células de levedura, principalmente l. fermentum, l. plantarum e l. fructosus. Outro produto que possui como princípio ativo a MSC, é o Corstan, mas com excelente ação em meios mais viscosos como méis destinados à fermentação. Eficaz contra as bactérias presentes no mel final. O HJ Gold –

desenvolvido e lançado pela Química Real em 2002 — é indicado para controle das principais bactérias Gram (+), em especial lactobacillus, bacillus, pediococcus e streptococcus e algumas Gram (-). Já o HJ Líquido, lançado em 2013, é feito à base de monensina na forma líquida, possuindo assim melhor biodisponibilidade no meio de ação, acelerando o combate à contaminação bacteriana. Os produtos Kamoran, Kamoran WP e Corstan foram formulados e patenteados pela Elanco, produzidos e distribuídos exclusivamente pela Química Real. De acordo com a Química Real, nenhuma outra empresa domina a eficácia, modo de ação, aplicação e segurança do que esta parceria. Os produtos são à base de monensina, mas todos com ações específicas e para situações diversas. A empresa, afirma que nenhum produto à base de monensina é igual ao outro, e aconselha que os profissionais usem produtos de onde se possa saber a origem. Química Real 31 3057.2000 www.quimicareal.com.br

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Sistema da Solinftec integra economia de combustível e pneus com controle on-line de ativos A tecnologia de monitoramento da pressão nos pneus TPMS — Tire Pressure Monitor System tem ganhado importância desde o final da década passada. A procura por diminuir o desperdício de combustível e, com isso, a emissão de CO2, levou países desenvolvidos a aprovar leis que exigem dos fabricantes o uso do TPMS, tais como a Lei Tread aprovada em 2008 pelos EUA, e leis similares na Europa e Japão desde 2010. Só como referência, o departamento de transporte dos EUA calcula no país desperdício de 4 milhões de litros, equivalentes a 1,3 bilhão de dólares por ano devido à baixa pressão dos pneus. O TPMS proporciona uma economia de combustível para veículos novos de, no mínimo, 2%, o que aumenta até 10% para veículos usados. Já 10% abaixo da pressão recomendada reduz a vida útil do pneu em 11%. Visando alcançar uma economia de até 9% de combustível e aumentar a vida útil dos pneus em até 15%, que por sua vez traz um benefício ao meio ambiente e segurança nas estradas, a Solinftec desenvolveu um tag inteligente para pneus, compatível com o restante de suas tecnologias de computador de bordo e telemetria. Sua aplicação também em pneus de alta flutuação permite manter a

pressão correta, responsável pelo equilíbrio entre pouca compactação e vida útil do pneu. Para isto, segurados com uma fita de aço na roda de cada pneu, se instala o tag TGP-10 comunicando sem fio com um receptor P200 instalado na parte dianteira do veículo, que por sua vez se comunica com o computador de bordo da cabine. Os dados são mostrados ao motorista e

transmitidos on-line até a central, onde o cliente terá em tempo real o estado e localização de cada pneu da frota. Esta informação se integra com o sistema de controle de pneus da usina, para um controle efetivo do histórico deste ativo. Adicionalmente toda vez que os caminhões passarem pela balança, se transmite automaticamente o status dos pneus dos caminhões, assim como em

borracharia, oficina e caminhões borracheiros para aplicativos instalados em tablet industriais MAG400S interligados com o sistema de controle de pneus (ativos) da usina, para atualização das informações. AGM Tech Solinftec 18 3441.0238 www.solinftec.com

Redutor planetário TGM G3 Full tem alto nível de controle operacional Este ano, a aplicação dos planetários completou uma década de operação no mercado sucroenergético. Firme neste propósito, a TGM se tornou pioneira no setor ao desempenhar com credibilidade as inovações tecnológicas em busca da eficiência industrial e da competitividade. Ao longo destes anos, a multinacional brasileira comprovou, totalmente, sua eficiência, segurança e operação no mercado para acionamento de moendas e difusores. Ao consagrar o funcionamento em grandes plantas industriais, a aplicação de planetários TGM apresentou ótimos resultados e é um caminho certo, ou seja, 10 safras de sucesso no setor e vida útil estendida com o G3 Full. Em um estudo comparativo de eficiências, é possível analisar o quanto o G3 Full é mais eficiente, considerando a eficiência do conjunto relacionado às perdas mecânicas. O planetário central possui eficiência energética superior aos redutores de eixos paralelos. De acordo com o coordenador comercial da Unidade de Negócios de Transmissões, Vicente de Paula Silva Junior, esta eficiência é superior e representa uma economia significativa e ganhos energéticos. “O G3 Full, além de ser uma máquina mais robusta, é mais confiável e permite grandes aplicações. A durabilidade também é maior nos rolamentos e a individualização de

lubrificação dá maior confiabilidade à máquina”, descreve Junior. Outros pontos inquestionáveis da terceira geração de redutores são: ciclo de manutenção de até 10 safras garantidas pelo dimensionamento dos rolamentos para 100 mil horas, além de possuírem tratamento superficial em black oxide, que contribui com a redução do atrito entre os componentes, sistema individualizado de lubrificação e a segurança com monitoramento e proteção eletrônica através dos sistemas monitork e protetork, que permitem operação em elevados níveis de torque. Nos últimos anos, o planetário foi o mais vendido, comprovando sua eficiência e segurança. “O G3 Full é superior aos demais do mercado, é resistente e tem preços competitivos. E a redução de custo em manutenção para o cliente ao longo da vida do equipamento foi o grande atrativo”, comentou o coordenador comercial. Portanto, a geração moderna e completa da linha G3 Full, além de ser inovadora é uma opção que proporciona maior eficiência energética da planta, visto que esta é uma luta constante das usinas e destilarias. TGM 16 2105.2600 www.tgmtransmissoes.com.br

G3 Full tem tecnologia consolidada para acionamento de difusores e moendas


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Wallerstein e Fermentec oferecem pacote de análises para gestores da fermentação Com mais de 70 anos no mercado cervejeiro e desde 2007 no mercado sucroalcooleiro, a Wallerstein continua inovando e oferecendo aos seus clientes muito mais do que produtos. Atenta à dificuldade de avaliação do custo/benefício sobre o uso de antibióticos, devido a possíveis erros de análises e até mesmo falta de medição de alguns parâmetros importantes, a Wallerstein fechou com a Fermentec um pacote de análises para oferecer aos seus clientes que serve de ferramenta aos gestores da fermentação. Trata-se de um balanço de produção de ácido láctico, acético e manitol na fermentação alcoólica, determinando quanto de açúcares foram desviados pelas bactérias e deixaram de produzir álcool. O manitol, por exemplo, não faz parte das análises de rotina e cada molécula significa uma molécula de frutose que deixou de produzir álcool. Para uma destilaria que produz 800 mil litros de álcool/dia, uma concentração de 0,5% de manitol no vinho significa uma perda de 25 mil litros de álcool/dia. “Com o Betabio 45 (beta ácidos) desde 2007, a Wallerstein também oferece toda uma linha de extratos de lúpulo o AlphaBio (alfa ácidos), IsoBio (Iso alfa ácidos) e TetraBio (Tetra hidro iso alfa ácidos). Com essa gama de produtos naturais à base de lúpulo, vem atendendo às exigências das mais variadas fermentações”, afirma Fernando Feitosa, representante comercial da Betabio. Ainda sobre parcerias, acaba de fechar uma muito importante para dar melhor atendimento ao mercado. Como já é parceira da Lallemand para o mercado cervejeiro, estende essa parceria também para o mercado sucroalcooleiro. Essa união de forças entre

Fernando Feitosa

Wallerstein e Lallemand oferece maior rapidez nas soluções dos problemas de fermentação, com tecnologia a favor da indústria.

Betabio/Wallerstein 11 3848.2900 www.betabio.com.br

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Neobrax detecta bactéria que diminui Rodobin lança Semirreboque 20 kg de açúcar/tc da produção Prancha Carrega Tudo retrátil No ano de 2005, a Neobrax descobriu em uma Usina de Pernambuco uma bactéria que diminuía em torno de 20 Kg de açúcar/TC. A partir desta descoberto a empresa fez um levantamento mais minucioso e detectou que a bactéria estava alojada no xarope. O prejuízo causado pela bactéria era tão grande que a análise da empresa foi divulgada com certa reserva. De acordo com Teresa Cristina Vieira, diretora do laboratório de pesquisa, na safra passada a Neobrax foi chamada por uma usina no Estado de Minas Gerais onde descobri-se a ação de uma bactéria que causou um prejuízo de 18 kg de açúcar/TC. “O gerente corporativo da usina nos disse que a ação da bactéria era semelhante a uma tubulação de 25m3/h escoando açúcar diretamente para o esgoto”, observa Teresa Cristina Vieira. “Observamos o xarope ao microscópio e percebemos uma bactéria visualmente idêntica à da usina de Pernambuco. Fizemos outros testes de confirmação utilizando meios de cultura diversos e confirmamos que era a mesma. Avaliamos de onde estava vindo e orientamos o que deveria ser feito”, explica a diretora do laboratório da Neobrax. Com as providências tomadas em relação a ação da bactéria, a eficiência de recuperação em ART subiu de 80 para aproximadamente

Teresa Cristina Vieira, diretora do laboratório de pesquisa da Neobrax

86%. Nas duas usinas a quantidade da bactéria estava a 106/mL no xarope e em outros pontos da fábrica. “Já encontramos em mais três usinas, uma delas em Mato Grosso do Sul e as outras duas em Alagoas. O prejuízo é de acordo com a quantidade de bactérias encontradas no xarope”, afirma Teresa Cristina Vieira. Neobrax 11 2305.3000 venda@neobrax

A Rodobin Implementos tem 30 anos de experiência no mercado, sendo que destes, 15 voltados para o setor sucroenergético, fabricando diversos implementos para o setor, como transbordo reboque, transbordo plantio, transbordo sobre chassi, e outros, bem como projetos personalizados para o cliente. Agora, a empresa está lançando um equipamento que vem auxiliar bastante no transporte do setor, como o semirreboque prancha carrega tudo retrátil, de dois eixos, com capacidade para 34 toneladas brutas, tendo a eficiência de levar apenas vinte minutos para carregar uma colhedora de cana. Com 16.700 mm de comprimento e dois eixos, facilita muito as manobras operacionais. Sempre investindo em tecnologia, a Rodobin se aplica no desenvolvimento de seus produtos. Mais informação podem ser obtidas em nosso site.

SOBRE A EMPRESA Como segmento na linha de mecanização da colheita e plantio de canade-açúcar, em conjunto com usinas da região onde está localizada, desenvolveu projeto para suprir e abastecer as plantadoras de cana picada; projeto este batizado na fabricação, como RT-CP 19500, ou seja reboque transbordo cana plantio para cana picada, onde articula 3 cestos individualmente, de 6,5 toneladas cada, com capacidade total de 19.5 toneladas na cana plantio, podendo também com simples adaptações transformá-lo em transbordo para transporte de torta de filtro. Rodobin 18 3608.3400 www.rodobin.com.br

Semirreboque tem capacidade para 34 toneladas brutas


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