JornalCana — Edição 266 / Março 2016

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O MAIS LIDO! w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Ribeirão Preto/SP

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Série 2

Nº 266

R$ 20,00

O VIGOR QUE VEM DO ALTO! Usina Santo Antonio, de Alagoas, paga feliz R$ 30,00 por hectare na aplicação foliar aérea para garantir melhor produtividade e lucro

IMPRESSO - Envelopamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Março 2016

Í N D I C E ACIONAMENTOS ZANINI RENK

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL 16 35189001

11

3

GENERAL CHAINS

19 34172800

36

NUTRIENTES AGRÍCOLAS

CONTROLE

UBYFOL 19 21279400

10

62 30883881

4

IRRIGAÇÃO

50

13

DISTRINOX

16 39698080

51

ISOLAMENTOS TÉRMICOS REFRATÁRIOS RIB. PRETO 16 36265540

16 35134000

7

DMB

METROVAL

19 21279400

10

ENGEVAP

38

17 35311075

3

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL

16 35132600

14

COLETORES DE DADOS MARKANTI

16 39413367

CONEXÕES CONEFLANGES

19 34753055

11 26316861

38

49

SAÚDE - CONVÊNIOS E SEGUROS

28

27

FEIRAS E EVENTOS 11 30176800

SOLDAS INDUSTRIAIS

20

FEIRAS E EVENTOS AGRISHOW

11 35987800

37

REED ALCANTARA

11 30605000

45

MSBIO

16 35124312

21

FAR - DIAGNÓSTICO

16 35124312

23

FAR - TREINAMENTO

16 35124312

25

AGAPITO

16 39462130

50

MAGÍSTER

16 35137200

9

DMB

16 39461800

8

TESTON

44 33513500

2

TRANSBORDOS

FERMENTAÇÃO 4, 52

11

REFRATÁRIOS

7

REFRATÁRIOS RIB. PRETO 16 36265540

INFORMA GROUP

CARRETAS ALFATEK

16 35189001

SÃO FRANCISCO SAÚDE 16 08007779070 16 35138800

8

ESPECIALIDADES QUÍMICAS SOLENIS

CALDEIRAS

16 39461800

REDUTORES INDUSTRIAIS ZANINI RENK

16 35134000

40

49

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

AUTHOMATHIKA

AUTHOMATHIKA

5

PEÇAS E ACESSÓRIOS AGRÍCOLAS DURAFACE - DURAPARTS19 35080300

ELÉTRICOS AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

34 33199500

PLANTADORAS DE CANA

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

64 36452576

11 26826633

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E 38

IRRIGA ENGENHARIA

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

A N U N C I A N T E S

ENGRENAGENS

17 35311075

AR-CONDICIONADO MAIS AR

16 35138800

METROVAL

ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK

ENGEVAP

D E

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO TECSOIL (SOLINFTEC) 18 36212182

15

TECNOLOGIA INDUSTRIAL CONSTRUÇÃO PRÉ-FABRICADA PROTENDIT

11 2997-2133

FERRAMENTAS 43

19 21279400

LEVEDURAS

FERTILIZANTES 10

CORRENTES INDUSTRIAIS GENERAL CHAINS

19 34172800

36

PROLINK

19 34234000

6

BINOVA

16 36158011

34

ALTA

41 30719100

33

32

ENERGIA ELÉTRICA - ENGENHARIA E

11 26316861

38

16 21014151

41

SANARDI

GRÁFICA SÃO FRANCISCO

17 32282555

19

26

40

DMB

16 39461800

16 35124332

44, 48

ENGEVAP

16 39462130

50

16 35189001

16 35138800

SIEMENS JUNDIAÍ

11 45854676

29

VÁLVULAS INDUSTRIAIS 11

FOXWALL

11 46128202

18

VARIEDADE DE CANA

MONTAGENS INDUSTRIAIS 8

AGAPITO

TURBINAS

MÍDIA DIGITAL

ZANINI RENK

42

TROCADORES DE CALOR

MANCAIS E CASQUEIROS

PORTAL JORNALCANA

11 43479088

21

MOENDAS E DIFUSORES

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

SERVIÇOS

STRINGAL 16 35124312

FLANGES

ELETROCALHAS 11 42313778

MSBIO

DURAFACE - DURAPARTS19 35080300 CONEFLANGES

OXIMAG

16 35124312

40

TUBULAÇÕES PARA VINHAÇA

CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL

SPAA

DURAFACE - DURAPARTS19 35080300

38

CTC

19 34298199

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CARTA AO LEITOR

Março 2016

índice

5

carta ao leitor

Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

Josias Messias

josiasmessias@procana.com

Cana Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

Exportação global de etanol continua sem perspectiva de aumento

Política Setorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

ENTREVISTA - Renato Cunha, do Sindaçúcar-PE

Mercado Fornecedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 a 14

Seleção de leveduras eleva rendimento fermentativo na Junco Novo

Logística & Transportes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Suape passa a monitorar navios em tempo real

Tecnologia Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 a 20

Guarani implanta software que otimiza cogeração e produção em tempo real

Manutenção adequada eleva eficiência do preparo e extração

Administração & Legislação . . . . . . . . . . . . . . . .21 a 23

Sistema de gerenciamento quebra paradigmas na Petribu

Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 26

Cautela é mesmo como o caldo de galinha no setor...

Tecnologia Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 a 40

Doutores da Cana!

HAJA LUZ!

Corrigir o solo e nutrir bem a planta são mandamentos na Santo Antonio

Mecanização do plantio exige cuidado redobrado com o raquitismo

Presença da palha nos canaviais gera benefícios e novos desafios

Ação Social & Meio Ambiente . . . . . . . . . . . . . . .42 a 46

Projeto de usina resgata a história do Brasil

FICAR PERTO DA QUADRA PODE GARANTIR DISTÂNCIA DO CRIME

Usina faz parceria contra a droga da droga!

Pesquisa & Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

ENTREVISTA - Francisco Dutra Melo, pesquisador

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . . .48 a 50

OS DEZESSEIS DA SALVAÇÃO “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. (Jesus, no verso 16 do capítulo 16 do evangelho de Marcos)

A saída é rodar o PDCA O setor sucroenergético entrou no terceiro trimestre de 2016 demonstrando que as grandes companhias ainda hesitam em partir para grandes e ousados investimentos. Em seu apoio estão as associações de classe, que entendem que não é tempo de abrir a torneira agora e correr o risco de vê-la secar durante a safra (veja matéria sobre investimentos nas páginas 25 e 26). Mas, engana-se quem pensa que as usinas estão paradas. Continuam a investir, sim, mas priorizando o essencial, o aumento de produtividade e melhorias operacionais. Nesta edição mostramos bons exemplos, como o da Usina Junco Novo, de Capela, SE, que, ao adotar um processo de seleção e introdução de leveduras mais produtivas, passou a contabilizar ganhos expressivos (veja matéria nas páginas 12 a 14). A implantação de um novo sistema de gerenciamento está mudando a rotina de trabalho, melhorando processos, gerando resultados positivos e criando perspectivas promissoras para a Usina Petribu, de Lagoa de Itaenga, PE (veja matéria nas páginas 21 a 23). O ciclo de gestão é baseado no PDCA - criado há 20 anos por Edward Deming - e tem o objetivo de controlar e melhorar processos e produtos de forma contínua por meio do planejamento, execução, checagem e ações corretivas. Dada a complexidade da atividade sucroenergética, o PDCA deveria ser uma ferramenta básica de gestão de todas as usinas, da menor à maior. Já o sonho de todo executivo do setor é “rodar” o PDCA em todas as áreas da usina e em tempo real, incentivando e cobrando a atuação de todos os envolvidos. Assim como o software S-PAA já faz na área industrial (veja na página 17 porque a Guarani decidiu implantar este software, que otimiza cogeração e produção em tempo real). Rodar o PDCA online é a única forma de extrair o máximo proveito dos recursos disponíveis, fazendo com que cada grama de ART e cada centavo investido revertam em lucro e sustentabilidade para a empresa e para toda a sociedade. A saída é “rodar” o PDCA! NOSSOS PRODUTOS

DIRETORIA

O MAIS LIDO! ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO Prover o setor sucroenergético de informações relevantes sobre fatos e atividades relacionadas à cultura da cana-de-açúcar e seus derivados, e organizar eventos empresariais visando: Apoiar o desenvolvimento sustentável do setor (humano, socioeconômico, ambiental e tecnológico); Democratizar o conhecimento, promovendo o

intercâmbio e a união entre os integrantes; Manter uma relação custo/benefício que propicie

parcerias rentáveis aos clientes e demais envolvidos.

Josias Messias josiasmessias@procana.com.br Controladoria Mateus Messias presidente@procana.com.br Eventos Rose Messias rose@procana.com.br Marketing Digital Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br

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AGENDA

Março 2016

A C O N T E C E PRÊMIOS MASTERCANA 2016 As três edições do Prêmio MasterCana já estão com datas definidas: o MasterCana Centro/Sul será realizado em 22 de agosto, em Sertãozinho, SP, no dia anterior ao da abertura da Fenasucro & Agrocana; o MasterCana Brasil acontece em 25 de outubro, em São Paulo, SP e os troféus do MasterCana Norte/Nordeste serão entregues em 24 de novembro, no Recife, PE. Marque estas datas.

AGRISHOW A 23ª edição da Agrishow — Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação será realizada entre os dias 25 a 29 de abril de 2016, no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste, em Ribeirão Preto, SP. Para obter mais informações sobre a Agrishow 2016, entrar em contato com a organização do evento através do e-mail: visitante.agrishow@informa.com.

ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA O Fórum Usinas de Alta Performance Agrícola acontecerá no dia 28 de abril, em Ribeirão Preto, durante e dentro da programação da Agrishow 2016. Reunirá os maiores especialistas do país no tema. Maiores informações com Rose pelo email: rose@procana.com.br

ALTA PERFORMANCE INDUSTRIAL O Fórum Usinas de Alta Performance Industrial acontecerá no dia 22 de Setembro, em Ribeirão Preto. Agende esta data.

FENASUCRO & AGROCANA Nos dias 23 a 26 de agosto de 2016 acontece em Sertãozinho, SP, no Centro de Eventos Zanini, a Fenasucro & Agrocana. Esta é a maior feira mundial em tecnologia e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético. É o principal encontro entre produtores, profissionais e os principais fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para a agroindústria da cana-de-açúcar, um evento completo que oferece aos visitantes a oportunidade de explorar toda a cadeia de produção: preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita, industrialização, mecanização, aproveitamento dos derivados transporte e logística do produto e subprodutos da cana-de-açúcar.


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CANA LIVRE

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LER, ESCREVER E DESENHAR! Projeto “Histórias que Ganham o Mundo” desperta gosto pela leitura e escrita DA R EDAÇÃO

O que era uma corriqueira atividade realizada na Fundação Raízen, na qual os alunos produziam textos e desenhos sobre um determinado tema transformou-se num premiado trabalho — ficou em segundo lugar no prêmio MasterCana 2015 na categoria Educação e Cultura. Com o objetivo de fomentar o gosto pela leitura e escrita nos alunos, o projeto “Histórias que Ganham o Mundo” envolve em suas práticas o desenvolvimento de um livro pelos participantes, transformando-os em autores e despertando o desejo de tornarem-se futuros escritores. Comer, rezar e amar, como aconselha um livro mundialmente conhecido, tem seu lugar na vida do pessoal envolvido, mas para eles também é fundamental ler, escrever e desenhar. O projeto seguiu esse escopo por seis anos e em 2014 foi submetido e aprovado pelo Ministério da Cultura. Um dos temas, denominado “Lendas e Mitos”, resgatava características regionais de cada localidade que o projeto abrangeu e atraiu cerca de 23

mil alunos de escolas municipais e estaduais de treze cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Foram distribuídos 3 mil livros à comunidade e para as 360 escolas contempladas. Formaram-se 380 profissionais ligados à área de educação docente. Lucia Teles, gerente de responsabilidade social da Raízen, observa que o país carece de educação de qualidade. “Sabemos que as mudanças que precisamos no país, em grande parte, estão atreladas à educação. Liderar um projeto cujos objetivos envolvem contribuir para a capacitação de professores e, ao mesmo tempo, estimular o gosto pela leitura e redação nestes jovens alunos, é fundamental para nós”. De acordo com dados da Raízen, foram investidos cerca de R$ 170 mil no projeto, um valor pequeno quando comparado ao grande resultado na abertura de mentes dos participantes e no despertamento do prazer de ler e escrever em cada um deles. As comunidades locais que o projeto abrangeu vêm sentindo efeitos positivos. “Para os alunos, possibilita a descoberta do prazer pela leitura e redação, mas em uma condição totalmente diferente, pois eles são os autores das suas próprias histórias. Para os professores, sem dúvida, oferece maneiras criativas de ensinar conteúdos que muitas vezes os alunos não demonstram tanto interesse”, conclui Lucia Teles.

Parte do grupo envolvido no projeto da Fundação Raízen

Lucia Teles: mudanças que precisamos no país, em grande parte, estão atreladas à educação


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MERCADO

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Exportação global de etanol continua sem perspectiva de aumento As exportações globais de etanol continuam baixas e sem perspectivas concretas de avanço no curto prazo. Embora os embarques tenham crescido no ano passado, em razão da demanda adicional liderada pela Ásia, os números totais continuam em baixo patamar. Foram comercializados 7,6 bilhões de litros de etanol no mercado internacional em 2015, 8,7% a mais que no ano anterior, calcula a FCStone e informa que na comparação com a média dos últimos cinco anos (7,4 bilhões), o crescimento foi de 2,7%. Esses volumes contemplam todos os tipos de etanol, e não somente os biocombustíveis. No ano passado, as exportações brasileiras somaram 1,9 bilhão de litros, e os EUA absorveram praticamente a metade desse volume. Aproximadamente 25% dos embarques foram destinados à Coreia do Sul, basicamente para uso industrial. A China ficou com 6,5% do total e a Índia com 5%. As exportações americanas atingiram 3,2 bilhões de litros em 2015, e 14% do volume foram destinados ao Brasil, informa a FCStone. Apesar de exportarem volumes menores que os EUA, as usinas brasileiras vêm recebendo mais pelo produto, em especial no próprio mercado americano. A razão é que o etanol de cana do Brasil é classificado

como avançado pela Agência Ambiental Americana (EPA) por reduzir em mais de 60% a emissão de gases poluentes na comparação com a gasolina, e recebe um prêmio por isso. Na Califórnia, por exemplo, onde o etanol brasileiro é ainda mais valorizado por seus atributos ambientais, esse prêmio estava em US$ 117 por metro cúbico na última sextafeira. Trata-se de um ágio de 27% sobre o valor de US$ 427 por metro cúbico pago pelo etanol convencional no mercado americano, conforme cálculo da consultoria Datagro. A estagnação do comércio global foi um problema para os grandes países produtores em passado não muito distante. Depois de exportar 5 bilhões de litros em 2008, o Brasil, por exemplo, viu seus embarques caírem pela metade, o que deprimiu os preços no mercado doméstico nos anos seguintes, em consequência do excesso de oferta. A FCStone, acredita que em 2016 os volumes de exportação global de etanol poderão ser mais baixos que os do ano passado, mas próximos dos 7 bilhões de litros registrados em 2014. A perspectiva de continuidade dos preços do petróleo em patamar historicamente baixo e o desaquecimento da demanda global, particularmente a chinesa, podem ter efeitos negativos sobre a demanda por importações de etanol.

Foram exportados 7,6 bilhões de litros de etanol em 2015, 8,7% a mais que no ano anterior


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POLÍTICA SETORIAL

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ENTREVISTA - Renato Cunha, do Sindaçúcar-PE

“El Niño devastou a safra de cana no Nordeste”, desabafa diretor do Sindaçúcar D ELCY MAC CRUZ, DE R IBEIRÃO PRETO, SP

O presidente do Sindaçúcar-PE Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco, Renato Cunha, fez um desabafo em 25 de fevereiro último: “O fenômeno El Niño devastou a safra 2015/16 das usinas da região Nordeste do País”, declarou. Confira nesta entrevista os motivos da quebra da 2015/16 e a projeção da safra 2016/17 em Pernambuco, um dos principais estados produtores de cana-deaçúcar do Nordeste brasileiro. JornalCana – Qual a previsão de moagem de cana-de-açúcar da safra 2015/16 na região Nordeste do país? Renato Cunha – 49 milhões de toneladas de cana. É um montante 12 milhões de toneladas abaixo das previstas 61 milhões de toneladas projetadas para a safra. O fenômeno El Niño é o grande responsável pela quebra, por ter provocado forte estiagem? A agenda canavieira da região Nordeste se deparou com aspectos climáticos negativos, oriundos do El Niño, mas também com a descapitalização do setor nos últimos cinco anos. Essa descapitalização fez com que houvesse diminuição nos investimentos em adubação dos canaviais, o que comprometeu e influenciou na redução da safra. Foi uma redução sem precedentes na história do setor sucroenergético do Nordeste. Renato Cunha: Além do El Niño, setor nordestino sofreu descapitalização

Normalmente a safra de cana no Nordeste vai de agosto de um ano a março do outro. Como está agora? Das 15 usinas de cana que moeram na safra 2015/16, dez terminaram a safra e cinco devem moer até 8 ou 10 de março na região da Zona da Mata Sul. Elas seguiram em produção mesmo com o ATR menor.

Quais as perspectivas para a safra 2016/17? São menos ruins, mais positivas em razão do regime de chuvas do verão. Qual sua previsão de moagem de cana no estado de Pernambuco para a safra 2016/17?

Deveremos chegar a 13,4 milhões de toneladas ou a 14 milhões de toneladas. É menos que as 15 milhões de toneladas processadas na safra 2014/15, mas bem acima das 11,7 milhões de toneladas da safra 2015/16, que está em fase de término. No acumulado da safra 2015/16, iniciada em

agosto do ano passado, o estado de Pernambuco registrou 825 milímetros de chuvas. É pouco, devido ao fenômeno El Niño, que provoca seca no Norte-Nordeste do Brasil. A projeção era de 1 mil a 1,2 mil milímetros na Mata Norte e de 1,4 mil a 2 mil milímetros na Mata Sul do estado.


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MERCADO FORNECEDOR

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Seleção de leveduras eleva rendimento fermentativo na Junco Novo Case de sucesso em Sergipe mostra que é possível aumentar faturamento sem investimentos elevados R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Com dificuldades para a realização de expansões e novos investimentos, unidades produtoras de açúcar, etanol e energia têm adotado soluções que estão proporcionando a otimização de diversas etapas do processo de produção industrial. Para o mercado fornecedor de equipamentos e de serviços, o desenvolvimento de alternativas tecnológicas que minimizam perdas na indústria e eleva a eficiência operacional, tem sido também um “bom negócio” para a ampliação dos ganhos em tempos de “vacas magras”. O setor sucroenergético brasileiro já tem inclusive diversos cases de sucesso que possibilitaram o aumento do faturamento sem a necessidade de realização de altos investimentos. Exemplo disso é a adoção de vários procedimentos no processo de fermentação etanólica da Usina Junco Novo, de Capela, SE, que possibilitou a elevação do rendimento fermentativo, de 85% para 92%, segundo Teresa Cristina Vieira Viana,

Usina Junco Novo, SE

diretora da MSBIO, de Maceió, AL, que presta consultoria para essa unidade sergipana. Houve também uma elevação significativa no índice de eficiência na recuperação de ART (ART/ART), de 68% para 85%, segundo Francisco Muniz da Motta, diretor administrativo da usina. Para ele, a seleção de leveduras de acordo com as

condições regionais do processo de produção – tipo do solo, cana utilizada, quantidade de impurezas, etc – é um dos principais fatores para a obtenção de resultados satisfatórios. A performance dessas leveduras é muito boa, principalmente se forem considerados diversos fatores que envolvem a operação da unidade, avalia Marcos Jorge Correa do Nascimento, químico industrial da Junco

Novo, que fabrica etanol e cachaça. “A multiplicação delas é rápida”, observa. Com corte manual em toda a área de cana, a usina não possui sistema de lavagem de cana, o que contribui para o aumento da quantidade de impurezas minerais no processo. Isto, além da falta de refrigeração adequada nas dornas, acaba interferindo na fermentação.


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MERCADO FORNECEDOR

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Conjunto de medidas possibilita aprimoramento do processo “Estamos cem por cento satisfeitos com os resultados”, afirma Francisco da Motta. Os ganhos financeiros têm sido obtidos com o aumento da produção de etanol devido à elevação do rendimento do processo fermentativo. Diversas medidas foram implantadas, a partir de 2007, para o aprimoramento do processo de fermentação da usina de Capela.

Pré-tratamento, conjunto de enzimas bem balanceadas e reator de hidrólise de alto desempenho são fundamentais “A seleção de leveduras tem uma importância fundamental para a obtenção dos resultados positivos”, enfatiza o diretor da usina. A MSBIO realiza um trabalho detalhado e um processo contínuo de pesquisa e escolha das melhores leveduras da própria unidade. Outra iniciativa foi a mudança dos trocadores de calor para obter uma melhor

refrigeração – informa o diretor da Junco Novo. “Um conjunto de ações aprimorou todo o processo”, diz. A realização de treinamentos voltados às áreas de operação e de microbiologia também contribuíram, de maneira significativa, para a elevação do rendimento fermentativo, conta Teresa Cristina Vieira Viana, diretora da MSBIO, empresa que integra o Pró-Usinas, portfólio de soluções que apresentam resultados comprovados no incremento da eficiência e da rentabilidade de usinas e grupos produtores. O trabalho de consultoria da MSBIO incluiu a estruturação e montagem do laboratório de microbiologia e a melhoria de diversos itens que estavam interferindo no rendimento da fermentação. Uma das questões resolvidas foi o excesso de cal que estava indo para a destilaria, o que provocava entupimento das centrifugas, desgaste dos bicos, floculação do fermento e, consequentemente, aumento do consumo de ácido sulfúrico – exemplifica Teresa Cristina. Houve também a realização de um trabalho para a melhoria da assepsia na unidade industrial, principalmente das moendas. (RA)

Teresa Cristina Vieira Viana, diretora da MSBIO e Marcos Jorge Correa do Nascimento, químico industrial da Junco Novo

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MERCADO FORNECEDOR

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Customização garante melhoria contínua da performance A seleção e a manutenção de leveduras eficientes e produtivas têm sido preponderantes para a obtenção de resultados positivos no processo de fermentação etanólica da Junco Novo. De modo geral, a utilização de leveduras de qualidade é essencial para a sobrevivência das usinas, ressalta Teresa Cristina. “Seria importante que todas as unidades realizassem esse trabalho, que gera um lucro significativo”, constata.

MSBIO seleciona, a cada safra, levedura da Junco Novo que apresenta maior velocidade no consumo de ART em relação às anteriores No caso da Junco Novo, a escolha das melhores leveduras foi a grande responsável pela elevação do índice do rendimento fermentativo – destaca. Esse trabalho continua sendo desenvolvido pela MSBIO que recebe mensalmente amostras do fermento dessa unidade sucroenergética de Capela. As leveduras usadas no processo são personalizadas, ou seja, resultantes da seleção das leveduras presentes no processo da própria unidade. São conhecidas como LPT, ou seja, Levedura do Processo Transformada. A customização tem possibilitado a escolha, a cada ano, de uma levedura que apresenta maior velocidade no consumo de ART em relação às anteriores. Além disso, proporciona produção de maior volume de etanol com a mesma quantidade de ART. Essa seleção contínua possibilita a escolha de uma levedura cada vez melhor – afirma. “A levedura da safra 2015/16 é muito melhor do que a do ciclo 2010/11”, exemplifica. “As leveduras chegam rugosas no laboratório da MSBIO e são transformadas em

Cepa nativa, como chegou; e como ficou, por causa da cal (floculado)

Seleção inclui análises e comparação de desempenho

Na bordas do tambor a cal se deposita, parecendo uma nata e faz flocular o fermento

lisas”, observa. Essa empresa alagoana de consultoria – que integra o Pró-Usinas – faz também o acompanhamento da multiplicação do fermento utilizado na Junco Novo. Teresa Cristina explica que, quando expostas à temperaturas superiores a 34ºC, as leveduras sentem-se agredidas e disparam uma medida de defesa, tornando-se rugosas e os cachos não soltam da levedura mãe, o que

provoca redução de sua eficiência na conversão de ART em etanol. “Na Junco Novo, mesmo quando há problema de temperatura na fermentação durante a safra, o que torna as leveduras rugosas, consegue-se uma boa performance devido ao trabalho de seleção. É que as leveduras são de ótima qualidade”, enfatiza. (RA)

A MSBIO utiliza no processo de fermentação a levedura MSB – obtida e desenvolvida pela própria empresa – quando inicia o trabalho em uma unidade sucroenergética onde ainda não foi selecionada levedura do seu processo. O objetivo, no entanto, é obter leveduras personalizadas que apresentam os melhores resultados – esclarece Teresa Cristina, que atua há 28 anos nessa área. Para a seleção de leveduras em laboratório, é necessário cumprir algumas etapas – detalha –, como plaqueamento, purificação da levedura, produção de massa, fermentação e análises. “É feita uma fermentação estéril com mosto padrão. Há uma comparação do desempenho apresentado pelas diferentes leveduras”, observa.(RA)


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Carga transportada por trens pela Rumo ALL tem aumento de 4,5% WELLINGTON B ERNARDES, DE

R IBEIRÃO PRETO, SP

Após nove meses de fusão, a Rumo ALL informou ao mercado seu desempenho financeiro em 2015. Avaliação dos dados demonstram que houve aumento de 4,5% no volume total transportado pelo modal ferroviário, motivado principalmente pelo crescimento de 10% da movimentação de produtos agrícolas. Foram elevadas no Porto de Santos (SP) 11,7 milhões de toneladas, resultado 5,1% superior a 2014, reflexo da participação de grãos em complemento aos volumes de açúcar. No total, a Rumo ALL em 2015 movimentou cerca de 4,13 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) de açúcar, resultado emitido em proforma, pois o processo de fusão da Rumo com a ALL ocorreu durante o ano passado. O desempenho no quarto trimestre de 2015 para a commodity foi ligeiramente positivo, no período foram elevadas 1,22 bilhões de TKU, 4,2% em relação ao

D ELCY MAC CRUZ, DE

combinado das duas companhias em igual período de 2014. A companhia divide suas unidades de negócio em três operações: Norte (Malha Norte, Malha Paulista e Operação Portuária

em Santos); Sul (Malha Oeste e Malha Sul) e Contêineres (Operação de contêineres, incluindo a Brado Logística). O portal JornalCana traz análise completa das movimentações.

Governo autoriza investimento de R$ 308 mi da Rumo no Porto de Santos O governo federal assinou termo aditivo a contratos da Rumo Logística para expansão das operações da companhia no Porto de Santos, com investimentos de aproximadamente 308 milhões de reais até o fim de 2018, disse o ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, em 25 de fevereiro último. O aditivo unifica três contratos da empresa, controlada pela Cosan Logística, com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), com prazo único até 6 de março de 2036. “O investimento é de uma renovação antecipada que estava para se encerrar no próximo dia 6 de março, com riscos inclusive de o porto paralisar a

operação portuária de grãos que a Rumo opera”, disse o ministro em evento do setor portuário. Com isso, a capacidade de armazenagem dos terminais para açúcar e outros produtos de origem vegetal, em sacos e a granel, passará dos atuais 10 milhões de toneladas para 14,67 milhões de toneladas por ano, segundo a Secretaria de Portos. De acordo com apresentação de Barbalho, o governo pretende realizar mais 20 renovações de arrendamentos de março de 2016 até 2018. De julho de 2015 a fevereiro deste ano, foram feitas quatro renovações de arrendamentos.

Suape passa a monitorar navios em tempo real O Porto de Suape, localizado em Recife (PE) e que, conforme a administração, realizou em 2015 um movimento de cargas de 14,24 milhões de toneladas, acaba de inaugurar sistema de monitoramento em tempo real dos navios mercantes. O sistema é capaz de monitorar, em tempo real, os navios mercantes que trafegam pelas águas do porto. O Sistema de Identificação Automática (AIS) identifica o nome do navio, registra a velocidade, a localização, a rota percorrida anteriormente, além de identificar as embarcações que estão em área de fundeio. Estas operações vão melhorar a previsão de chegada dos navios e ajudar a reduzir o tempo de espera e de atracação das embarcações.

Fórum de 6 países traz ânimo a usinas de cana do Mato Grosso R IBEIRÃO PRETO, SP

Os gestores das seis usinas de cana-de-açúcar do estado do Mato Grosso têm um diferencial favorável de projeção de negócios com países vizinhos ao Brasil. As companhias sucroenergéticas matogrossenses estão no foco da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano (Zicosur), fórum internacional com a participação de seis países da América Latina (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru). O Zicosur atrai o setor sucroenergético do Mato Grosso ao apontar estratégias de fortalecimento ambiental, cultural e econômico. Essas estratégias ganham novo capítulo porque Cuiabá, capital do Mato Grosso, sediará pela primeira vez uma reunião do fórum internacional, entre 20 e 24 de abril próximo. Em Cuiabá serão realizadas reuniões das comissões temáticas de infraestrutura, indústria e comércio, turismo e meio ambiente. Entre os temas a serem tratados estão questões relacionadas à logística, como o corredor bioceânico (ferroviário, rodoviário e portuário) que contempla os estados-membros do Fórum. De acordo com Vinicius Saragiotto, Secretário Adjunto de Captação e Monitoramento do Gabinete de Assuntos Estratégicos (GAE) do governo do Mato Grosso, ações semelhantes às que se propõe discutir na Zicosur estão consolidadas nos eixos do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, autarquia formada por seis estados brasileiros que buscam soluções para uma agenda de problemas comuns. O Zicosur é uma das primeiras iniciativas dos anos 1990 integrada por estados subnacionais de seis países. Tem como principal objetivo coordenar a inserção internacional competitiva da região, com a iniciativa de complementaridade econômica, comercial e cultural, cuja finalidade é tornar-se porto e ponte da América do Sul até os mercados da Ásia e Pacífico.


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Guarani implanta software que otimiza cogeração e produção em tempo real Vertente é a primeira unidade do Grupo Tereos a aderir ao processo já na safra 2016/17 DA R EDAÇÃO

A Açúcar Guarani, pertencente ao grupo francês Tereos, vai iniciar a safra 2016/17 com software de gestão industrial online na Unidade Vertente. O processo de implantação do SPAA teve início neste fevereiro e sua utilização está prevista até o mês de julho. Para Hugo Cagno Filho, diretor executivo da Vertente, o S-PAA representa uma tecnologia avançada que proporciona ganhos operacionais e econômicos expressivos, pois permite a tomada de decisão em tempo real. “Você tem a planta nas mãos, online”, disse ao presidente do Pró-Usinas, Josias Messias, que estava acompanhado por Nelson Nakamura, diretor da empresa Soteica.

Hugo Cagno Filho, diretor executivo da Vertente: S-PAA é tecnologia avançada

Usina Vertente, uma das usinas da Açúcar Guarani, do grupo francês Tereos

Nelson Nakamura, da Soteica, na Usina Vertente

Usina Vertente espera alta Guarani é a 3ª maior produtora de açúcar do País produtividade industrial com o S-PAA A Guarani é uma das empresas líderes do setor sucroenergético brasileiro. Controlada do Grupo Tereos, 3º maior produtor mundial de açúcar, a Guarani é a 3ª maior produtora de açúcar do País. Além de ampla presença na indústria de alimentos, com o fornecimento de açúcares, a Guarani produz em larga escala o etanol e a energia elétrica, proveniente da cogeração do bagaço de cana-de-açúcar. A capacidade de processamento da Guarani é de 23 milhões de toneladas de cana por safra. Em 2014, a Companhia

processou 20,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produziu 1,5 milhão de toneladas de açúcar, 790 milhões de litros de etanol e 1.000 GWh de energia para a comercialização. Essa produção se dá em sete unidades industriais, localizadas na região noroeste do Estado de São Paulo. São elas: Andrade, Cruz Alta, São José, Severínia, Mandu, Tanabi e Usina Vertente (controle de 50% em parceria com o Grupo Húmus). Desde 2007, a empresa possui uma unidade industrial, produtora de açúcar, em Moçambique.

O software S-PAA representa o “estado da arte” em gerenciamento industrial já aplicado a usinas e destilarias, especialmente pela atuação em laço fechado nos principais set-points da indústria, como a embebição e controle caldeira/turbogerador. A Açúcar Guarani soma-se ao Grupo Usaçúcar, do Paraná, e usinas Pitangueiras, Bevap e São José da Estiva que adquiriram o sistema, somando 11 unidades produtoras. O software tem robusto algoritmo de otimização capaz de ser executado on-line, definindo para os operadores em tempo real quais parâmetros operacionais levam a uma

melhoria do desempenho do processo e consequentemente a uma maior rentabilidade. A suíte denominada S-PAA possui três módulos principais: o de gerenciamento e otimização de energia; o de gerenciamento e otimização de processo produtivo; e o de operação e otimização em Laço Fechado. O módulo de operação e otimização em Laço Fechado, denominado S-PAA Closed Loop, permite que alguns set-points sejam definidos automaticamente pelo sistema, agilizando as implementações propostas e estabilizando o processo em um novo patamar de rentabilidade.


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Manutenção adequada eleva eficiência do preparo e extração Alguns recursos, como chapisco, picote, sistema para medição de torque, melhoram desempenho de equipamentos nessas etapas do processo R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A manutenção adequada dos equipamentos e seus componentes que fazem parte do sistema de preparo e extração de cana-de-açúcar é fundamental para que sejam minimizados os problemas relacionados à eficiência dessas operações. Os cuidados com o sistema de preparo da cana incluem, por exemplo, a necessidade de verificação e substituição de facas do picador e de martelos do desfibrador – sempre quando for necessário – devido ao desgaste gerado pelas características da fibra da cana e das condições operacionais nesta etapa da produção industrial. No caso do picador e desfibrador, existe também a possibilidade de adoção de medidas visando a ampliação da vida útil de seus componentes. O emprego de produtos, disponibilizados pelo mercado, para revestimento e recuperação da superfície de diversos componentes é uma opção para manter a eficiência e ampliar a periodicidade de substituição de facas e martelos. O mesmo procedimento pode ser adotado para outros itens da planta industrial submetidos a desgastes, como bagaceiras, rodetes, engrenagem de acionamento, entre outros. Além da manutenção adequada, há diversos recursos – como chapisco, picote, sistema para medição de torque, aço inoxidável, acoplamentos flexíveis – que podem ser utilizados para o aprimoramento do desempenho de equipamentos das etapas de preparo de cana e extração do caldo.

Diminuição de impurezas evita desgastes Para reduzir a necessidade de manutenção no preparo e extração de cana – e em outras etapas do processo de produção –, usinas e destilarias, em conjunto com fabricantes, têm se esforçado para aprimorar o sistema de limpeza de cana a seco. O

objetivo é assegurar elevada eficiência na separação de impurezas minerais e vegetais em relação ao volume de cana. As folhas, pontas e palhas, por exemplo, possuem altos teores de sílica, material muito abrasivo que aumenta o

desgaste de martelos, facas, rolos, entre outros itens. Além disso, as impurezas vegetais “roubam” espaço da cana-deaçúcar e sobrecarregam o sistema de preparo e extração, reduzindo inclusive a eficiência da moagem. (RA)


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Facilidade na execução dos serviços torna-se diferencial Equipamentos e sistemas incorporam soluções voltadas à redução do custo de manutenção Alternativas tecnológicas, voltadas ao processo de preparo e extração, estão procurando se diferenciar no mercado pela possibilidade de oferecer redução da necessidade de manutenção ou maior facilidade na execução dos serviços nessa área. O menor custo de manutenção do difusor é usado pelos fabricantes como um dos diferenciais desse equipamento utilizado no processo de extração da cana-de-açúcar. A moenda – que tem procurado se modernizar – também incorporou diversos recursos e soluções com a finalidade de facilitar e reduzir o custo de manutenção. Os castelos dos equipamentos novos, por exemplo, foram redesenhados para simplificar o processo de montagem e desmontagem. A utilização de desfibrador extrapesado no preparo de matéria-prima para extração reduz, de maneira significativa, a manutenção nesta etapa do processo, pois o sistema dispensa o uso de picadores que

Nardini Agroindustrial: sistema de limpeza de cana e mesa alimentadora

tendem a se tornar desnecessários nas plantas industriais de usinas e destilarias que fazem exclusivamente a colheita de cana picada. Além de diminuir a manutenção, este

tipo de desfibrador proporciona um índice de preparo que geralmente fica entre 89% e 91,5%. No sistema convencional, a eficiência chega até a 89%. (RA)

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Preditiva possibilita planejamento de intervenções Considerada fundamental para o funcionamento da planta industrial, a manutenção preditiva também é essencial para a eficiência operacional dos equipamentos que integram o sistema de preparo e extração das unidades sucroenergéticas. A utilização de recursos tecnológicos, como análise de vibração, termografia, ferrografia (análise de óleos), que fazem parte da manutenção preditiva, possibilita a identificação de diversos problemas que ocorrem no período de extração. Desta forma, é possível planejar intervenções preventivas e até mesmo corretivas, em alguns casos, durante uma parada programada ou na entressafra, evitando-se maiores transtornos. (RA)


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Acumuladores hidráulicos exigem testes anuais Sistema de lubrificação centralizada de moendas pode requerer troca das juntas de vedações das tampas e de filtros Os acumuladores hidráulicos estão entre os itens de moendas que requerem procedimentos criteriosos de avaliação no sistema de extração. Existe inclusive a necessidade de realização anual de testes mais detalhados de seus componentes, além da verificação e pré-carga de nitrogênio. De acordo com especialistas, a manutenção pode ser feita a cada dois anos no caso de usinas que tenham um plano nessa área e que adotem procedimentos de controle da pureza dos óleos utilizados no sistema. É preciso ter atenção redobrada em relação ao principal item de segurança dos acumuladores hidráulicos que é a válvula de segurança, exigência inclusive da NR 13. Considerados vasos de pressão, os acumuladores hidráulicos devem estar sempre submetidos aos parâmetros desta norma regulamentadora. Para que não ocorra risco de parada não programada durante a safra, o Sistema de Lubrificação Centralizada de moendas também exige uma avaliação criteriosa. No período de manutenção, após as verificações de praxe, pode ser necessária – dependendo

de cada caso – a troca das juntas de vedações das tampas e de todos os filtros instalados nos sistemas de lubrificação, especialmente os filtros de ar. Esses procedimentos são importantes para que seja evitada a contaminação dos reservatórios por impurezas. A variação do nível de lubrificante cria condições para a constante entrada e saída de ar dos reservatórios por meio de filtros de ar e de eventuais frestas de juntas ressecadas das tampas. Da mesma forma que os hidráulicos, os sistemas de lubrificação centralizada precisam ser dotados de válvulas de segurança que devem ser inspecionadas anualmente. A manutenção eficiente desse sistema evita os indesejados transtornos

provenientes das paradas não programadas por causa do desgaste e quebra dos acionamentos de moendas. Para reduzir danos ao sistema de acionamento, outra medida adotada por usinas é o emprego de acoplamentos flexíveis para moendas – em substituição a luvas e palitos – que compensam o desalinhamento entre eixos. Essa solução cria condições favoráveis para maior flutuação do rolo superior e elimina a rigidez existente no conjunto luva/palito. De maneira geral, o funcionamento eficiente das moendas, que são bastante exigentes em relação à manutenção, depende dos cuidados com os diversos itens, peças e acessórios que fazem parte deste sistema de extração. (RA)

Confiabilidade operacional inclui cuidados com mancais e casquilhos A confiabilidade operacional do processo de preparo e extração está relacionada ainda aos cuidados adotados com os mancais e casquilhos. Esses componentes são submetidos aos desgastes provenientes das condições severas de operação das plantas industriais de usinas e destilarias. A atenção com os mancais e casquilhos já começam na etapa de instalação, principalmente em relação às folgas e alinhamento destes componentes. O objetivo é evitar que ocorram desgastes prematuros. É necessário verificar, no período de entressafra, a área de contato do casquilho em relação ao eixo que será utilizado e fazer a limpeza no interior das serpentinas. A lubrificação exige procedimentos criteriosos, como a utilização de óleos e graxas recomendadas para cada aplicação. Para o funcionamento adequado de mancais refrigerados, que são usados em moendas, é preciso que o sistema seja alimentado por água de boa qualidade. (RA)


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Sistema de gerenciamento quebra paradigmas na Petribu Modelo de gestão baseado no PDCA possibilita aprimoramento do processo e a implantação de rápidas melhorias R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

A implantação de um novo sistema de gerenciamento, iniciado em 2010, está mudando a rotina de trabalho, melhorando processos, gerando resultados positivos e criando perspectivas promissoras para a Usina Petribu, de Lagoa de Itaenga, PE. Esse trabalho – que não é tarefa das mais simples – tem exigido a quebra de paradigmas e a participação da equipe de gestores e funcionários dessa unidade sucroenergética. “É uma mudança de cultura”, afirma Daniela Petribu Ribeiro Oriá, presidente da Usina Petribu. O novo sistema exige inclusive um total alinhamento das diferentes áreas da usina com as metas e estratégias da empresa. “Sem o envolvimento de todos, o sistema não funciona”, observa. Segundo ela, o processo de implantação do novo modelo de gestão se deparou com diferentes tipos de reação: algumas pessoas não acreditaram, outras ficaram esperando para ver o que iria acontecer e diversos

Daniela Petribu Oriá e Arnaldo Dantas dos Santos Andrade, da Petribu

integrantes da equipe compraram logo a ideia. “Antes de tudo foi necessário fazer o funcionário entender e acreditar que ele era capaz de aprimorar o processo e que poderia promover melhorias rápidas”, diz Arnaldo Dantas dos Santos Andrade, gerente de Organização & Métodos da Usina Petribu, que coordena o processo de implantação do sistema de gerenciamento nessa unidade pernambucana. O modelo de gestão implantado é considerado um processo de evolução que acaba gerando uma seleção natural. Algumas pessoas tiveram inclusive dificuldades para se adaptar. De acordo com ele, houve a criação de um ambiente de credibilidade e de trabalho em equipe para que o funcionário tivesse entendimento e conhecimento do método que está sendo aplicado, o PDCA (do inglês: Plan Do - Check - Act). Esse ciclo de gestão tem o objetivo de controlar e melhorar processos e produtos de forma contínua por meio do planejamento, execução, checagem e ações corretivas. “O PDCA é um meio para se chegar a um bom resultado. Exige um impulso de endomarketing e a estruturação de programas em nível operacional”, resume Arnaldo Andrade, que tem mais de dez anos de experiência com essa metodologia – cinco deles na usina de Lagoa de Itaenga. O case de sucesso da Petribu foi apresentado inclusive no evento “Usinas de Alta Performance”, promovido pelo Pró-Usinas em novembro, no Recife, PE.


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Processo inclui levantamento de indicadores específicos “É um processo que não termina nunca”, afirma Daniela Petribu ao comentar a implantação e o desenvolvimento do novo sistema de gerenciamento da Usina Petribu. Existem fases diferentes para as diversas áreas – constata. “Na agrícola, o processo está mais maduro. Na área administrativa, estamos chegando aos objetivos que foram inicialmente definidos”, avalia.

Os itens de controle possibilitam a identificação e discussão dos principais problemas, causas e soluções para as demandas da usina A elaboração dos fluxos e a criação dos procedimentos são as medidas que estão sendo adotadas, atualmente, na indústria, que foi o último setor a ser trabalhado mais fortemente no processo de implantação do novo modelo de gestão. A meta é inclusive obter a certificação FSSC 22000 (Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos) até o final do ano – informa a presidente da usina. O foco inicial deste trabalho, de 2010 a 2013, esteve voltado ao setor agrícola,

Reuniões de Cumbuca: aprendizado de gerenciamento

Jorge Petribu fazendo a apresentação

da rotina iniciado em 2010 por Daniela Petribu

do projeto 5S ao setor agrícola em 2010

porque houve a identificação nessa área dos pontos mais críticos em relação ao custo – revela Arnaldo Andrade. “A partir de 2013, começamos a trabalhar mais intensamente a área administrativa para que se estabelecesse uma cultura de gerenciamento da rotina” – observa. “Durante dois anos foi trabalhado sistematicamente o 5S no campo. Todos os ônibus tinham faixa desse programa. Houve a realização de treinamentos, a criação de um mascote – o Zé Caninha – e a formação de uma equipe de qualidade no campo para a divulgação do 5S” – detalha o gerente de Organização & Métodos.

Uma das etapas para a implantação do sistema, nas três áreas, foi o levantamento dos indicadores específicos, chamados também de itens de controle, que possibilitam a identificação e discussão dos principais problemas, causas e soluções para as demandas dos diversos departamentos da empresa. Os itens de controle são monitorados nas reuniões dos diferentes comitês existentes na usina. “Nos comitês de nível 3, os gerentes avaliam os seus indicadores com as suas equipes. Parte desses itens são debatidos nos comitês nível 2, que têm a participação de diretores e gerentes de

diferentes áreas. As informações mais importantes ao negócio tornam-se temas das reuniões dos comitês nível 1, que são formados pela diretoria e a presidente”, afirma Arnaldo Andrade. Do nível 1, fazem parte o Comitê de Gestão (CGE), o Comitê de Gestão Comercial (CGC) e o Comitê de Gestão Financeira (CGF). O desenvolvimento do novo modelo de gestão, com a utilização da metodologia do PDCA, contou também com a implantação da governança corporativa na usina, que deu os primeiros passos em 2014, quando Daniela Petribu assumiu a presidência. (RA)


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Novas atitudes e procedimentos fazem parte das mudanças “Estamos calibrando os sistemas de produção e os processos diversos para serem executados de um modo mais simples e com excelência operacional, seguindo um planejamento”, ressalta Arnaldo. As reuniões, os alinhamentos, o planejamento, o orçamento têm evoluído bastante – constata. “O modelo mental de se chegar na causa, na raiz de um problema tem sido um grande desafio. O gestor não tem somente responsabilidade nesse sistema, começa a ter também autoridade sobre o processo dele. É quando se vê o resultado”, comenta. A redução do número de acidentes e a eficiência da usina, que tem se mostrado muito boa, são algumas consequências desse sistema de gerenciamento – afirma. Segundo a presidente da usina, Daniela Petribu, os resultados já começam a ser percebidos em diversas atitudes e procedimentos. A comunicação interna melhorou, há um maior comprometimento da equipe, as pessoas estão mais preocupadas com os processos e com a eliminação do desperdício – exemplifica. O sistema de gerenciamento está simplificando bastante o trabalho. “A gente consegue racionalizar a atividade, evitar o retrabalho”, observa. A área de Recursos Humanos tem envolvimento total no processo de

implantação do sistema de gestão da Petribu, Tem fundamental importância para ponderar a linguagem e definir o ritmo para diferentes níveis: operacional, tático e estratégico – explica Arnaldo Andrade. Recursos Humanos é estratégico na Petribu e está diretamente ligado à presidente da usina, Daniela Petribu, que participa semanalmente das reuniões do Comitê de RH da empresa, quando ocorre inclusive a definição de ações voltadas à gestão de pessoas, incluindo a capacitação profissional. Entre os treinamentos, organizados por RH, inclui-se o programa “Escola de Lideres”, que é direcionado à liderança das áreas agrícola, industrial e administrativa, abordando temas, como gestão, transporte, e metodologia do PDCA.

Arnaldo Santos gerente de Organizações & Métodos na Petribu desde 2010

AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO Uma das ferramentas utilizadas no processo de gestão da Petribu é o Método da Cumbuca, desenvolvido pelo consultor Vicente Falconi. Essa técnica possibilita a aquisição de conhecimentos a partir da leitura e discussão de temas de livros sobre gestão. Para isto, são formados pequenos grupos de diferentes áreas. “Temos utilizado o ‘Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia’, do Falconi”, observa Arnaldo Andrade. (RA)

Zélia Maria, do RH, em treinamento de procedimentos de plantio a trabalhadores rurais em 2010


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Datagro revisa safra 2015/16 no Centro/Sul para 620 milhões de toneladas de cana

Odebrecht quer investir mais R$ 2 bi nas usinas de cana do grupo

ALESSANDRO R EIS, DE R IBEIRÃO PRETO, SP

Durante coletiva de imprensa realizada em 22 de fevereiro último, a Datagro revisou seus números para a safra 2015/16. Os dados apresentados indicam que o setor na região Centro/Sul estava em ritmo para atingir a estimativa proposta anteriormente pela consultoria de 605 milhões de toneladas de cana com 30,7 milhões de toneladas de açúcar e 27,5 bilhões de litros de etanol. Porém, no final de janeiro deste ano, o Ministério da Agricultura apresentou novo critério aos produtores para apuração de safra onde toda a produção do período de 1 de abril a 31 de março passa ser considerada parte da safra 2015/16. Desta forma, a estimativa da consultoria para março deste ano correspondente ao início da safra 2016/17 passou a ser contabilizada para safra 2015/16.

PREVISÕES PARA SAFRA 2015/16

PREVISÕES PARA SAFRA 2016/17

Moagem Centro/Sul: 620 milhões de toneladas Produção de açúcar: 31,18 milhões de toneladas Produção de etanol: 28,43 bilhões de litros, sendo 10,63 bilhões de litros de anidro e 17,68 bilhões de litros de hidratado Mix para etanol acumulado: 59,1% ATR da cana: 131,35 kg/t Fonte: Datagro

Moagem Centro/Sul: 625 milhões de toneladas Produção de açúcar: 33,8 milhões de toneladas Produção de etanol: 28,10 bilhões de litros, sendo 10,6 bilhões de litros de anidro e 17,36 bilhões de litros de hidratado Mix para etanol acumulado: 57,3% ATR da cana: 130,60 kg/t Fonte: Datagro

A Organização Odebrecht decidiu por realizar um aumento de capital no valor de R$ 2 bilhões na controlada Odebrecht Agroindustrial, braço sucroenergético do grupo. O aporte é uma contrapartida exigida pelos bancos credores para alongar o endividamento da empresa, que supera R$ 13 bilhões. Em 31 de março de 2015, a companhia informou uma dívida bancária de R$ 13,5 bilhões, R$ 3,1 bilhões da qual com vencimento em 12 meses. Desde 2014 vem buscando reestruturar seu endividamento, que supera em cinco vezes sua receita líquida. Entre as operações realizadas, destacase a venda dos ativos de cogeração para uma outra subsidiária da própria Organização Odebrecht por R$ 3,7 bilhões. Além disso, em outubro de 2014, a controladora também injetou R$ 820 milhões por meio de um aumento de capital privado. A Odebrecht Agroindustrial possui nove usinas de cana no Centro-Sul e capacidade instalada para processar 36 milhões de toneladas de cana por safra.

Sumitomo compra 20% de empresa de biomassa da Cosan DA R EDAÇÃO

Mesmo com aumento, consumidor segue abastecendo com etanol ALESSANDRO R EIS, DE R IBEIRÃO PRETO, SP

De acordo com a consultoria Datagro, o consumidor de combustíveis da região Centro/Sul do Brasil segue abastecendo com etanol apesar do aumento dos preços. Segundo o presidente da consultoria, Plinio Nastari, o consumo de etanol hidratado em dezembro de 2015 foi surpreendente: 1,548 bilhões de litros. Em

2015, o consumo de hidratado atingiu recorde de 17,823 bilhões de litros, aumento de 37,2% sobre 2014. O fenômeno, de acordo com Nastari, acontece graças a restrição orçamentária vivenciada pelos brasileiros em crise. “O consumidor continua abastecendo com etanol porque ele representa um dispêndio em reais na hora de encher o tanque. Isto por conta de uma restrição orçamentária em função da crise e da baixa renda”, explicou.

A trading Sumitomo Corporation anunciou no Japão a compra de 20% da startup Cosan Biomassa, controlada pela gigante de infraestrutura e energia Cosan. O negócio visa desenvolver um mercado de longo prazo para o bagaço e a palha da cana e, para isso, a Sumitomo aposta na produção de pellets da biomassa. O valor pago pela fatia minoritária não foi informado, mas após a entrada da japonesa, a Cosan Biomassa passou a ser avaliada em cerca de R$ 500 milhões, informou Mark Lyra, o presidente da empresa. A planta comercial entrou em operação

no ano passado no município paulista de Jaú, ao lado da usina de cana-de-açúcar da Raízen Energia, outra controlada pela Cosan. A unidade tem capacidade instalada para produzir 175 mil toneladas de pellets por ano. Antes de inaugurar a planta, a Cosan Biomassa, criada em 2010, pesquisou por alguns anos a tecnologia para fabricar o produto. Por ser considerado inovador, o projeto obteve financiamento reembolsável, a juros subsidiados, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foram aprovados R$ 254,9 milhões e, até agora, a financiadora desembolsou R$ 169,7 milhões. Conforme a Finep, o projeto tem ainda uma contrapartida da Cosan Biomassa de R$ 110 milhões.

Mark Lyra, presidente da Cosan Biomassa


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Cautela é mesmo como o caldo de galinha no setor... Companhias hesitam em dar grandes passos e prudência é apoiada pelas associações

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Nunca foi tão lembrada no setor o provérbio popular ensinando que a cautela é como o caldo de galinha, que não faz mal a ninguém. Entrou no terceiro trimestre de 2016 demonstrando que as grandes companhias ainda hesitam em dar grandes passos. Para apoiá-las, há um coro à capela das associações de classe, cujo estribilho reconhece que não é mesmo tempo ainda de partir para ações ousadas de investimentos. Afinal, o momento econômico e a política nacional permanecem instáveis. Tomadas radicais de decisões são importantes, mas com parcimônia e, enquanto a situação não se normaliza, o importante é ter prudência antes de agir e investir. Estas são as frases mais ouvidas no momento. Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP — Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, informa que pretende continuar a cobrar do Governo Federal o cumprimento da lei 12.999, de julho de 2014, referente à subvenção da cana-de-açúcar do Nordeste. O recurso é indispensável para amenizar os prejuízos do setor em razão das

Manoel Ortolan: implantação do planejamento estratégico é algo desafiador

últimas secas na região nas duas safras recentes, a primeira considerada a maior dos últimos 50 anos e a segunda causada por travessuras climáticas do El Niño. Manoel Ortolan, presidente da Orplana aponta o quão desafiador é a implantação do

planejamento estratégico da organização em momentos difíceis. “Fizemos um projeto que contempla seis diretrizes que tratam de governança e estrutura, comunicação, educação técnica e gerencial, agregação de valor de serviço, informação e

relacionamento, e negociação equilibrada na cadeia”, informa. Ortolan ainda espera que neste 2016 os colaboradores estejam entusiasmados para ajudar a construir a “Nova Orplana”, uma visão que promete ser mais atuante, dinâmica e mais participativa, que cuidará cada vez mais dos interesses dos seus associados — os produtores independentes de cana. Maria Christina Pacheco, da Assocap — Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari, enfatiza que o produtor brasileiro deve manter a segurança de sua renda já consolidada do que partir para novos empreendimentos de retorno talvez incerto. “O produtor precisa manter a sua renda para continuar a produzir”, observa. Aos trabalhadores do setor, a diretora da associação aconselha que façam suas atividades com criatividade e dedicação, dando maior apoio ao produtor para que haja um desenvolvimento sustentável, diz, forçando a aplicação neste contexto de um jargão da moda. De acordo com Maria Christina Pacheco, dois assuntos estão pautados e já sendo discutidos na Assocap neste 2016: o primeiro busca fazer valer nas montadoras a ideia de que invistam mais em pesquisa e desenvolvimento flexfuel para que consigam produzir um motor a etanol mais eficiente, que faça de 12km a 15km com um litro do biocombustível. A segunda é a manutenção da Cide da gasolina que, no cômputo final, proporciona aumento do preço do etanol.


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Diana foi criteriosa na entressafra para evitar parar e gastar mais depois A Usina Diana superou suas expectativas de produção no ano de 2015. Ricardo Junqueira, diretor da companhia, estima que na safra 2016/17 serão moídos 1,65 milhão de toneladas de cana. Pretende produzir 100 mil toneladas de açúcar e 60 milhões de litros de etanol; sendo 20 mil m³ de anidro. Mas por ali ninguém baixou a guarda. No início de 2016 a usina realizou a tradicional manutenção de entressafra com muito maior critério e cuidado. “Ao sermos criteriosos na manutenção preditiva evitamos paradas e gastos desnecessários durante o ano”, lembra. A companhia começará a safra sem investir em tecnologias. Entretanto, está dando mais ênfase nas melhorias operacionais na área industrial e agrícola. Está instalando novos geradores com paralelismo, rolos perfurados nas moendas e limpeza a seco. “Na área agrícola estamos concluindo a tipificação de todos os nossos solos e vamos tratá-los de acordo com essa tipificação. Investiremos em adubos líquidos e

compostagem. Estamos também lançando um programa interno de valorização da nossa soca”, explica

Ricardo Junqueira. O diretor da Usina Diana considera sua equipe de colaboradores a melhor do setor. “São

comprometidos com a companhia e estão se capacitando profissionalmente cada vez mais”. (LM)

Biosev investe em mudas prébrotadas, piloto automático no plantio e recolhimento de palha A Biosev também tem dado ênfase nos investimentos em tecnologia agrícola. Recentemente adquiriu cerca de um milhão de mudas pré-brotadas (MPB) e também tem utilizado sistemas de piloto automático nas operações de plantio e colheita. A companhia ainda deu início ao recolhimento de palha para cogeração, informa o presidente Rui Chammas. A Biosev finalizou a safra passada com cerca de 29 milhões de toneladas de

cana moídas e recuperação de 32 mil toneladas de açúcar, o ATR. “Neste ano nosso trabalho continua pautado pelo espírito Biosev, que abrange conquista, trabalho em equipe e busca permanente da excelência. Seguiremos valorizando o clima organizacional, composto por um ambiente participativo, oportunidades de emprego, possibilidades de crescimento e realização profissional”, conclui Rui Chammas. (LM)

Rui Chammas: ênfase nos investimentos em tecnologia agrícola


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fim de melhorar as condições de trabalho e de segurança noturnas no malhador — local geralmente próximo à área de vivência nos talhões onde é feito o carregamento dos caminhões canavieiros — várias usinas literalmente trouxeram luz ao problema. A maior parte das unidades do grupo Odebrecht, por exemplo, utilizam geradores para iluminar os locais de transbordo. A São José da Estiva, por sua vez, desenvolveu o projeto Noites Iluminadas, cuja eletricidade necessária é capturada por placas de energia solar. Os dirigentes e gerentes agrícolas das frentes de corte entenderam que havia necessidade de melhorar a visibilidade noturna dos malhadores depois que surgiram registros de incidentes de aparecimento de animais na área, alguns peçonhentos e de falhas no próprio trabalho dos malhadores de transbordo e demora maior nas manutenções de máquinas, equipamentos e caminhões durante a noite. Às vezes, um conserto que seria fácil de ser feito demorava mais tempo porque era preciso esperar que amanhecesse para que o mecânico conseguisse ver e ter acesso melhor à peça avariada. A característica mais conhecida do malhador é a de que, no processo de carregamento em que o transbordo transfere a cana para o caminhão, alguns pedaços de cana acabam caindo fora do basculante ou

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HAJA LUZ! Usinas ampliam a segurança para os trabalhadores iluminando melhor as noites no malhador

Área de vivência e torre de iluminação no malhador de cana

Iluminação por energia solar no malhador de cana melhora transbordos e manutenções à noite

carroçaria. Os malhadores ou o próprio pessoal local, motoristas e tratoristas, recolhem a cana caída e a jogam novamente na carga. Durante a noite, este trabalho fica mais difícil de ser feito e a condição se torna insegura, pois após a saída do transbordo, todo local demarcado fica sem iluminação, sujeito assim ao aparecimento de animais peçonhentos, entre outros perigos, como até mesmo ser atropelado por algum dos veículos que por ali trafegam. No caso da São José da Estiva, de Novo Horizonte, SP, o trabalho conjunto entre os setores de segurança do trabalho, elétrico e de caldeiraria permitiu o aparelhamento do local e uso de energia solar para produzir energia elétrica na área de vivência. Foi montado um sistema utilizando seis placas solares, no teto dessa área e outros equipamentos que permitiram a construção de um painel gerador que recebe energia do sol na parte interna. A ideia original resultou no recebimento pela empresa do prêmio MasterCana Social em 2015. O painel controla a carga elétrica que é enviada para as baterias que, por sua vez, alimentam as luzes externas e a geladeira. As luzes externas são formadas por duas torres móveis de iluminação com lâmpadas LED de 72 watts cada. Com cabos de extensão de 50 metros, essas torres são colocadas nas extremidades do local delimitado do malhador, de aproximadamente 100 metros, o que mantém uma iluminação em todo o local, durante todo o período noturno.


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Solo no ponto e operadores hábeis garantem o placar no jogo contra as impurezas DA R EDAÇÃO

Perceber quando o tempo permite ou dar a sorte de encontrar o solo no ponto na hora da colheita garante o placar favorável na partida contra as impurezas minerais. Considerada uma das maiores especialistas em tecnologia agrícola de cana-de-açúcar no Brasil, a engenheira agrônoma e pesquisadora Raffaella Rossetto aponta alguns fatores que podem influenciar na quantidade de matéria estranha que costuma ser arrastada pelas máquinas para os transbordos, destes para os caminhões e, finalmente, chegar à indústria, como as indesejadas impurezas minerais. O carregamento é uma etapa que liga a colheita da cana à sua acomodação final nos caminhões que fazem o transporte até a usina. Essa etapa utiliza a circulação de veículos mais leves do que os treminhões dentro da lavoura evitando, assim, a compactação do solo e aumentando a agilidade desse processo, explica Raffaella Rossetto. Raffaella Rossetto observa que nos casos em que ainda há queima da palha da cana, quando a queima não ocorreu de forma eficiente, é grande a quantidade de folhas não queimadas, que na colheita mecanizada são levadas juntamente com os colmos, aumentando a quantidade de matéria estranha no carregamento. No corte manual essas folhas geralmente são retiradas.

Raffaella Rossetto: tática para vencer o jogo contra as impurezas do campo

De acordo com a pesquisadora, quanto mais argiloso e úmido se encontra o solo, maior é a possibilidade de aumento do índice de matéria estranha no carregamento de cana. O solo úmido adere facilmente aos colmos no momento da rolagem desses pelo terreno, que ocorre durante a ação da máquina. O solo úmido também adere com facilidade ao rastelo que está efetuando o carregamento, indo juntamente com a cana colhida para a caçamba, aumentando o percentual de matéria estranha. O manejo agrícola, somado a habilidade dos operadores de máquinas, garantirão a qualidade da matéria-prima, explica Raffaella Rossetto. Quando os colmos estão dispostos em montes ou esteiras de modo organizado, geralmente, a quantidade de material estranho é menor, pois as movimentações das máquinas ocorrem em menor frequência. Ela ensina também que rastelos com dispositivos hidráulicos que limitam a sua penetração no terreno (acompanhando o relevo do solo), e garras que também possuem esse dispositivo limitando o seu fechamento, geralmente carregam menor quantidade de material estranho junto aos colmos. Assim, um dos pontos fundamentais para garantir a matéria-prima isenta de sujeiras aparece na habilidade do operador da colhedora, testifica Raffaella Rossetto. Quanto mais experiente o operador, menor será a quantidade de material estranho presente no carregamento.


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ENTREVISTA - Marco Antonio Cabral Maranhão, Usina Santo Antonio - AL

DOUTORES DA CANA! Os cases de quem partiu na frente na corrida pelas altas produtividades LUIZ MONTANINI, DE VALINHOS, SP

Marco Antonio Cabral Maranhão, superintendente agrícola da Usina Santo Antonio, em São Luís do Quitunde, AL, faz parte da terceira geração de produtores sucroenergéticos em Alagoas. A usina, prestes a completar 100 anos, foi comprada pelo avô Ernesto Gomes Maranhão em 1957, passou em 1965 para seu pai Severino Carlos Correia Maranhão, falecido há dois anos, e para os três irmãos e hoje é comandada pelo tio José Carlos Maranhão, diretor presidente de todo o grupo, composto pela Central Energética Jitituba, anexo da indústria da Santo Antonio, a Sanfertil Santo Antonio Fertilizantes e as usinas Santo Antonio e Camaragibe, a cerca de 60 km de Maceió. Formado em agronomia pela Ufal – Universidade Federal de Alagoas, em 1995, Marco Antonio passou a trabalhar na usina ajudando o pai, então diretor agrícola. “Ele foi meu maior professor e o mais exigente”, lembra. “Com ele, aprendi muito”. Os outros três tios cuidavam de outras áreas da usina e da Camaragibe no município de Matriz de Camaragibe, AL. Maranhão passou a infância na usina. Cresceu, formouse em Maceió, casou-se, teve três filhos e voltou para trabalhar em um dos lugares de que mais gosta na vida, a usina. A área de cana da Santo Antonio e Camaragibe é de 30 mil hectares, arrendadas e próprias, na maioria. A moagem de ambas é de 3 milhões de toneladas por safra em média (2,2 milhões de toneladas na Santo Antonio e 800 mil toneladas na Camaragibe), produzindo média de 6,5 milhões de sacas de açúcar cristal e 60 milhões de litros de álcool por safra. A produtividade agrícola média da Santo Antonio nos últimos 30 anos é de 78 toneladas de cana por hectare. Um ótimo índice quando se leva em conta as conhecidas condições climáticas adversas do Nordeste. De acordo com Marco Antonio Cabral Maranhão, a explicação para este sucesso está no fato de a usina prezar os tratos culturais e a nutrição da cana. “Estamos sempre preocupados com a correção do solo, como calcário e gesso e há mais de dez anos

Marco Antonio Cabral Maranhão, superintendente agrícola da Usina Santo Antonio, AL

utilizamos complemento da nutrição da cana com adubação foliar”, explica. Maranhão observa que a adubação foliar é fundamental quando se pretende obter aumento da produtividade no mesmo espaço de terra. “Investimos no crescimento vertical em áreas menores para não ter que produzir mais do que o necessário em regiões de topografia acidentada, onde o custo de produção é mais alto”.

O fato de obter volume de cana maior permite à usina moer mais dias na safra, reduzindo a entressafra. “A nutrição foliar tem seu custo, claro, mas ele sempre fica abaixo do que o retorno que temos e, ainda que empatasse, entendo que seria indicada porque você ganha mais dias de moagem, aumenta a produtividade e consegue produzir mais em menor área”, conclui o superintendente agrícola.

Corrigir o solo e nutrir bem a cana são mandamentos na Santo Antonio

Pulverização aérea na Santo Antonio: custo de R$ 30,00 por hectare

Corrigir o solo e nutrir bem a cana são mandamentos na Santo Antonio. “A correção do solo disponibiliza os elementos que já existem nele para a cana absorvê-los e assim haverá uma resposta melhor em tudo o que você complementar”, garante Maranhão. O superintendente agrícola está convicto de que, dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da cana, a nutrição complementar via folha configura-se como uma ferramenta de relevância para a obtenção das altas produtividades. E o custo de aplicação é baixo quando comparado ao retorno. Pagamos R$ 30,00 por aplicação aérea por hectare, fora o custo do produto. “Quando a gente começou a utilizar fertilizante foliar havia um paradigma de que gramínea não dava boa resposta à adubação foliar. Hoje, dez anos depois, posso garantir que este “preconceito” foi

quebrado”, lembra Marco Antonio Maranhão. Oito mil dos trinta mil hectares de cana das usinas Santo Antonio e Camaragibe recebem adubação foliar, principalmente nos tabuleiros. Não foi estendida a toda a área por questões de áreas de topografia acidentada e por não bater a idade da cana com a época certa de aplicação. “Este tipo de aplicação é indicado para o período que chamamos aqui no Nordeste de inverno, quando a massa foliar da planta está boa e seu vigor vegetativo está alto. E quando está chovendo a gente também não consegue aplicar todos os dias e nem em áreas de encostas porque é perigoso para o piloto e para a aeronave. Mas estes 8 mil hectares nos ajudam demais quando chegamos ao final da safra e vemos que mantivemos nossa média de produtividade alta”, finaliza Marco Antonio Maranhão.


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Aplicação aérea de micronutrientes aumenta produtividade e ATR da cana A nutrição foliar com micronutrientes na cana-de-açúcar vem trazendo um acréscimo de produtividade, além de aumentar a longevidade do canavial, o que faz esta tecnologia ser cada vez mais utilizada pelas usinas processadoras de cana-de-açúcar. Com o aumento do uso da nutrição foliar na cana, as aplicações aéreas possibilitam uso mais comercial da tecnologia. Os resultados são de acréscimo de produtividade e ATR em torno de 8 a 14%, refletindo diretamente em um canavial mais sadio e vigoroso. Nos valores de mercado de hoje, o ganho real com esta tecnologia de nutrição foliar vem levando a uma margem de contribuição agrícola de 1 para 4, ou seja, para 1 real investido o produtor de cana recebe 4 de retorno. “Como a usina obtém lucro com açúcar e álcool, essa margem passa a ser de contribuição agroindustrial, subindo de 1 para 14”, calcula o gerente regional da Ubyfol, Israel Lyra. Os resultados vão de 8 a 18 t/ha de acréscimo. Para todo esse benefício, o custo fica em torno de uma a duas toneladas de cana por hectare, dependendo da necessidade de investimento da usina. “Tendo em vista que as aplicações devem ser feitas a partir do fechamento do canavial, na aplicação com pulverizadores tratorizados pode-se trazer um dano físico à cultura, o que não ocorre com a aviação agrícola”, esclarece, acrescentando que hoje se consegue fazer aplicações aéreas desde áreas planas da região Centro-Sul, como na Usina Cerradão,

em Frutal (MG), até em encostas suaves como nos casos da Usina Serra Grande, em São José da Laje (AL) e na Usina Cachoeira, do Grupo Carlos Lyra, em Maceió (AL). A aplicação aérea na cana-de-açúcar vem facilitando esta tecnologia em vários aspectos, entre eles a otimização das aplicações nas horas com temperaturas mais

amenas do dia, o que é determinante nos resultados almejados, onde se consegue aplicar até 700 hectares numa única manhã. O que devemos levar em consideração é que essa linha de produtos é protegida por uma molécula própria, orgânica, que faz parte do metabolismo da planta, sempre com a preocupação de não alterar negativamente a

fisiologia da planta, ou o princípio ativo de um defensivo que porventura possa estar sendo aplicado conjuntamente. Este fator é determinante para os resultados. Ubyfol 34 3319.9500 www.ubyfol.com


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Mecanização do plantio exige cuidado redobrado com o raquitismo Disseminação da doença pode se agravar se não forem adotadas medidas preventivas adequadas RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Em processo acelerado de transformação, os canaviais brasileiros correm o risco de enfrentar “epidemias” e suas consequências, assumindo a versão agrícola de um roteiro nada desejado – que é inclusive muito sério – de saúde urbana devido aos transtornos causados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Nos dois casos, existe pelo menos uma semelhança: a falta de prevenção. E isto ocorre, no setor sucroenergético, principalmente em relação ao raquitismo da soqueira, doença sistêmica disseminada pela falta de sanidade das mudas e toletes. E o problema tem gerado maior preocupação, principalmente a partir da expansão da cultura, nos últimos anos, que utilizou até mesmo cana de segundo e terceiro corte no plantio. Existem outros fatores que podem contribuir para o aumento dessa doença, caso não sejam adotadas medidas preventivas adequadas – alerta o professor Alfredo Seiiti

Alfredo Seiiti Urashima, professor da UFSCar

Urashima, da UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. O fim da queimada da cana e a mecanização do processo de produção agrícola – colheita e plantio – estão interferindo na ocorrência e manejo de doenças nas lavouras de cana-de-açúcar. O uso de mudas pré-brotadas, como as MPB do IAC – Instituto Agronômico (com trabalho mais adiantado nessa área) e de empresas que utilizam conceito semelhante, está criando condições para o aumento do plantio mecanizado, constata o professor da UFSCar. A tendência é o desaparecimento do uso de toletes nessa operação – observa. Do ponto de vista da fitopatologia, o plantio mecanizado com mudas pré-brotadas vai exigir que a matriz tenha uma sanidade perfeita para que seja evitada a disseminação do raquitismo da soqueira – enfatiza. A única forma de propagação dessa doença é por meio de mudas – ou mesmo toletes – contaminadas. “O raquitismo não tem nenhum inseto vetor”, afirma. “Haverá necessidade de uma matriz muito boa, porque se ela tiver doente, o raquitismo da soqueira será disseminado mais facilmente com a mecanização”, ressalta. Essa doença ainda existe na Austrália, Estados Unidos, África do Sul, que possuem uma área de cana muito menor do que a do Brasil e têm uma tecnologia muito mais avançada – diz. No caso do setor sucroenergético brasileiro, com uma área de cana de nove milhões de hectares, os cuidados devem ser muito maiores – enfatiza.


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Usinas precisam fazer desinfecção da lâmina de corte das colhedoras Outro procedimento necessário é a análise de sanidade do material (toletes ou mudas pré-brotadas) utilizado no plantio A necessidade de controlar essa doença exige que as empresas, com atuação neste segmento, adotem procedimentos rigorosos para a produção de mudas sadias, destaca Alfredo Urashima, que está vinculado ao Centro de Ciências Agrárias da UFSCar, campus de Araras, SP. As usinas e produtores de cana também devem assumir o seu papel na prevenção dessa doença. “Quando a colheita era manual, na mudança de um talhão para outro era muito mais fácil desinfetar o facão. Na colheita mecanizada, quando há a mudança de um campo para outro, o operador não para a máquina para fazer a desinfecção do implemento de corte” – compara o professor da UFSCar. A recomendação para a adoção deste procedimento é feita pelos especialistas em fitopatologia. “Mas, é muito pouco provável que ocorra, na maioria dos casos, a parada da máquina para que seja realizada a desinfecção”, reconhece. A lâmina de corte fica bem protegida na colhedora, o que demanda mais trabalho e tempo para que

ocorra a desinfecção – constata. “Este procedimento geralmente não é feito. Mesmo exigindo um trabalho maior, a recomendação tem que ser seguida, pois se um talhão estiver contaminado, a doença vai ser disseminada pela máquina”, diz. “Existe sim o risco da mecanização tanto do plantio como da colheita aumentar a incidência do raquitismo da soqueira – ressalta. “A dúvida é saber quão sadia vão ser essas mudas” – questiona. É necessário que todas as usinas façam

uma análise de sanidade do material (toletes ou mudas pré-brotadas) utilizado no plantio – adverte. “Existem muitas unidades que ainda não fazem esse trabalho de monitoramento da doença”, afirma. Apesar da falta de dados no Brasil, o professor da UFSCar considera que o raquitismo é a doença mais importante e perigosa da cana-de-açúcar. “O grande problema é que ele ataca todas as variedades. Não é visível. Atua como um diabetes. É possível ver o raquitismo à medida em que os

cortes vão avançando”, observa. O raquitismo é sistêmico, uma vez instalado, não há como controlá-lo com o uso de agroquímico. Essa doença é mais problemática em locais onde a cana possa sofrer estresse hídrico. Diminui o número de cortes do canavial e só pode ser eliminada na reforma – diz. Além disso, provoca redução na produtividade que pode variar entre 5% a 19%, dependendo da variedade, conforme trabalhos já realizados nessa área. (RA)


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Ferrugem alaranjada causa preocupação e perdas significativas Plantio de um mosaico mais diversificado possível de variedades é alternativa para evitar grandes estragos causados por essa doença A ferrugem alaranjada é outra doença que tem gerado preocupação e prejuízos para usinas e produtores de cana. Na avaliação de Alfredo Urashima, esse é o segundo maior problema, na área de fitopatologia, que afeta o setor sucroenergético devido à sua ocorrência em variedades de importância. Uma das diferenças desta doença em relação ao raquitismo da soqueira é que ela não atinge todas as variedades. Mas, quando é disseminada em um canavial, os efeitos podem ser significativos. Essa doença atacou a SP81-3250, que era a segunda variedade mais plantada do país – exemplifica o professor da UFSCar. “Os centros de pesquisa de melhoramento genético têm variedades que podem substituir a 81-3250. Mas, as usinas são muito tradicionais. Para substituírem uma variedade, as unidades sucroenergéticas precisam estar muito seguras disso. Tem usina que prefere fazer a pulverização aérea do que substituir a 3250”, revela. Outra variedade bastante atingida por essa doença é a CTC15, que estava sendo muito requisitada e iria obter posição de destaque no censo varietal – avalia Alfredo Urashima. O plantio dessas duas variedades, em áreas de reforma, tem registrado diminuição significativa. Há também outras variedades chamadas intermediárias – considerando o índice de infestação – que também costumam ser atacadas. Existem diversas variedades resistentes à ferrugem alaranjada, o que não ocorre com o raquitismo. A disseminação da ferrugem alaranjada – causada pelo fungo Puccinia kuehnii – é totalmente diferente em relação ao raquitismo

que depende de uma muda contaminada para ser propagado, não possuindo vetor nem contaminação aérea. A ferrugem, que estava na Austrália e foi detectada na Flórida, é propagada por correntes de ar. “O mesmo isolado que atingiu a Flórida é o que afetou os canaviais brasileiros, passando antes pelo México, Costa Rica, Panamá e Colômbia. Veio pelo vento. A ferrugem se caracteriza por ter uma

disseminação aérea muito forte. Ninguém consegue parar o vento”, diz Alfredo Urashima. Para fugir de grandes estragos que possam ser causados por essa doença, a recomendação é o plantio de um mosaico mais diversificado possível de variedades – recomenda. Com isto, torna-se menor a possibilidade de canaviais serem atingidos, de maneira drástica, pela ferrugem alaranjada – constata.

Os sintomas da ferrugem são visíveis nas folhas atacadas e é possível combatê-la por meio do emprego de fungicidas, que são geralmente eficientes. “O problema é o aumento do custo de produção”, diz. Segundo ele, a dúvida das usinas é sempre ter uma avaliação precisa que indique se compensa fazer a aplicação do produto em situações com determinados índices de infestação. (RA)


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Presença da palha nos canaviais gera benefícios e novos desafios O volume de biomassa que deve ser deixado no campo é uma das questões que tem gerado intensos debates voltados ao manejo adequado R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Não há dúvidas: a palha gera diversos benefícios para a cana-de-açúcar. Mas, cria também novos desafios para a cultura, que motivaram inclusive a realização de estudos, debates e diversas recomendações. O manejo adequado da palha, o plantio direto – quando for possível – e a rotação de culturas podem formar uma combinação interessante para o aumento da produtividade e para a sustentabilidade econômica e ambiental dos canaviais. “A palha é um resto cultural. Todo resto cultural é benéfico para a cultura subsequente, no caso a própria cana. Mas, também traz problemas quando são muito volumosos. Nenhuma outra cultura possui a quantidade de biomassa que a cana tem. O recolhimento de parte da palha é sempre muito interessante”, comenta Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Esalq/USP – Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, campus de Piracicaba, SP. Aliás, o volume de biomassa que deve ser retirado das áreas de cana é uma das questões que tem gerado intensos debates sobre o manejo da palha. Segundo o professor da Esalq – que é vinculado ao Departamento de Produção Vegetal –, não há uma receita pronta. É preciso fazer a avaliação de cada área, levando em consideração inclusive as características do ambiente de produção e da própria variedade de cana, entre outros fatores. “As melhores situações têm sido o recolhimento parcial da palha. Mas, em algumas condições pode haver necessidade da retirada total da biomassa”, compara. Em alguns ambientes de produção, que são carentes de matéria orgânica e possuem baixa capacidade de armazenamento de água, é interessante deixar uma cobertura para o solo – recomenda. “Não é aquele ‘montão’ de palha”, observa. De acordo com ele, é difícil quantificar, porque a decisão depende de cada caso, do tipo do solo, da época de realização da colheita da cana. “Se estiver no final de safra (no Centro-Sul) não há tanta preocupação para conservação da umidade do solo, pois haverá chuva em um prazo curto. Na colheita no início da safra, quando haverá ainda um período seco pela frente, é bom contar com uma certa cobertura”, diz.


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Recolhimento total pode ser também alternativa de manejo Biomassa exige mudanças no controle de plantas daninhas, principalmente em relação ao uso de herbicidas Variedade com dificuldade de brotação, época de colheita – final de safra com proximidade do período de chuva –, infestação de cigarrinha-das-raízes, elevada incidência de corda-de-viola são fatores que podem interferir na decisão de recolhimento total da palha – afirma Edgar de Beauclair. “No caso de cigarrinha, a retirada de toda a palha reduz a infestação rapidamente. Se tiver uma incidência elevada de corda-de-viola, é melhor fazer o recolhimento total, o que possibilita trabalhar com herbicidas mais baratos e eficientes para a eliminação deste problema”, exemplifica. Segundo ele, existe, no entanto, um aspecto que é difícil discutir tecnicamente, ou seja, a receita da usina. O proprietário da unidade sucroenergética pode requerer toda a palha para a cogeração de energia por necessidade de aumentar o faturamento, até por uma questão de sobrevivência da própria usina – observa. De maneira geral, a presença dessa biomassa provoca diversas mudanças no

manejo das lavouras da cana-de-açúcar. “Com a palha, cria-se uma pressão de seleção de plantas daninhas. Surgem algumas espécies e são eliminadas outras. O melhor exemplo é a corda-de-viola que nunca tinha sido um problema e passou a ser”, constata. A palha exige mudanças no manejo das plantas daninhas, principalmente em relação aos produtos utilizados no controle, diz Edgar de Beauclair. “É necessário prestar muita atenção nos herbicidas que serão usados”, ressalta. Na questão da adubação, o professor da Esalq tem sérias restrições em relação à possibilidade da cana contar com os nutrientes da palha que é uma matéria orgânica de difícil decomposição. “Se for utilizada vinhaça em áreas de cana com palha, a situação é diferente. A vinhaça tem açúcar e um pouco de ácidos e por isso a palha, nessas condições, é mais rapidamente decomposta. Há um efeito sinérgico da palhada com a vinhaça. Neste caso, dá para contar com uma parte dos nutrientes da palha”, afirma. O produtor e o fornecedor de cana, que não têm acesso à vinhaça, não devem contar com os nutrientes da palha que não estarão disponíveis para a planta a curto e médio prazo – diz. A palha vai melhorar a eficiência do fertilizante utilizado porque aprimora a capacidade de armazenamento de umidade, a coesão do solo e diminui a compactação superficial do solo – esclarece.

No caso de cigarrinha, a retirada de toda a palha reduz a infestação rapidamente


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Soja, amendoim, adubo verde proporcionam ganhos interessantes

Práticas conservacionistas elevam produtividade e rentabilidade Sem restrição agronômica, plantio direto requer somente a abertura do sulco e não exige preparo prévio Apesar de criar algumas dificuldades de manejo, a palha gera diversos benefícios para a cultura da cana-de-açúcar, favorecendo a preservação de umidade, o controle de erosão e a performance de fertilizantes, entre outros. Fonte de matéria orgânica, a presença da palha no campo cria condições para a adoção

de práticas sustentáveis, que proporcionam aumento significativo da produtividade e da rentabilidade do canavial. Essa nova concepção abre perspectivas para o manejo conservacionista do solo por meio da utilização do plantio direto, que requer somente a abertura do sulco e não exige preparo prévio. “É sempre muito interessante. Agronomicamente não há restrição. Funciona bem, mexe muito menos no solo”, opina Edgar de Beauclair. Segundo ele, o plantio direto só não é feito mais em cana, porque é difícil sulcar trinta centímetros com a presença da palha. “Tem um ou outro equipamento que funciona

em algumas situações. Essa não é ainda uma questão totalmente resolvida operacionalmente”, diz. O plantio direto é usado, em diversos casos, na rotação de culturas com soja e amendoim – observa – que aguentam bem um terreno mais compactado, até mesmo por causa da presença da palha. “Não precisam de uma grande profundidade de solo como a cana. A colheita mecanizada nos canaviais está provocando uma compactação violenta. E, às vezes, o plantio direto pode cair numa armadilha de compactação extrema. Mas, essa é uma questão de cuidado básico”, comenta. (RA)

A rotação de culturas é considerada outra prática bastante interessante devido aos ganhos que proporciona aos canaviais, como elevação da produtividade, aumento da longevidade e proteção do solo contra a erosão. A decisão entre plantar um adubo verde e uma cultura alimentícia (soja, amendoim, etc), após a reforma do canavial, depende da estratégia de cada usina, a infraestrutura logística e comercial, a topografia do terreno, entre outros fatores. A soja e o amendoim geram receita direta e têm restos culturais ricos, rapidamente degradáveis – constata Edgar de Beauclair. “São bem diferentes dos restos culturais da cana. Têm uma relação carbono-nitrogênio baixa e por isso liberam nutrientes de maneira rápida para as plantas, em dias, semanas. No máximo, em um ou dois meses, está tudo mineralizado, disponível para as plantas”, afirma. A relação carbono-nitrogênio da palha da cana é alta e, em decorrência disto, demora para liberar nutriente – explica – que vai estar sujeito a tudo o que acontece no ambiente, ou seja, ação de microorganismos, volatização, lixiviação. Em diversas regiões, como nas áreas de Piracicaba, SP, que não apresentam colheitabilidade para cereais com máquina, o adubo verde é uma excelente opção, aumentando o número de cortes, elevando a produtividade da cana-de-açúcar – afirma. A crotalária juncea é ótima, porque proporciona uma biomassa fantástica. É fácil de manejar, muito rústica, melhora ambientes de produção que são considerados fracos. A cana, plantada após a crotalária, apresenta um desenvolvimento muito bom”, enfatiza. (RA)


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Projeto de usina resgata a história do Brasil DA R EDAÇÃO

Desde sua fundação, em 1964, a Usina São José da Estiva vem investindo em projetos sociais educacionais, culturais, ambientais, de saúde, esporte e lazer. Além de programas e ações internas, a empresa apoia entidades, ONGs ou organizações governamentais em programas que contribuam na melhoria da qualidade de vida das regiões que atua. A fim de ampliar o horizonte de oportunidades da população, principalmente por meio da educação e cultura, a usina criou o projeto “Era Uma Vez... Europa” que incentivava o interesse de jovens pela cultura, auxiliando no desenvolvimento do ensino e aprendizagem. O programa, em conjunto com professores, contribui para o conhecimento teórico e prático de países que de alguma forma tiveram ou têm algum tipo de relação com o Brasil. As duas primeiras edições do projeto foram em 2011 e 2014. Em 2015 concentrou-se em resgatar aspectos históricos nacionais. “Era Uma Vez... Brasil” focou a história da colonização brasileira, baseado na chegada da Família Real ao Brasil, narrada no livro 1808, de Laurentino Gomes. Alunos do 9º ano de escolas municipais e estaduais de Novo Horizonte, Itajobi, Sales, Irapuã e Ponga

foram beneficiados. Dividido em pesquisa, oficinas e intercâmbio, o programa atua em três etapas: na primeira, os professores são preparados para desenvolver o conteúdo, propor atividades de pesquisa, leitura e culturais para os alunos, tendo como resultado final os trabalhos em HQs (Histórias em Quadrinhos) e vídeos de um minuto. A segunda etapa avalia os melhores alunos da primeira e os encaminha a um campus. Com duração de seis dias em período integral, os jovens participam de oficinas culturais de teatro, audiovisual, capoeira e HQs. As 100 HQs resultantes da oficina integrarão o livro “Era uma vez... Brasil”. Com uma tiragem de mil unidades por cidade, o livro servirá como incentivo para os alunos e será distribuído em escolas e bibliotecas no Brasil e em Portugal. Após o campus, serão selecionados os 20 jovens que apresentarem o melhor rendimento e que seguirão para a terceira etapa do projeto, a viagem a Lisboa. Por proporcionar a 20 jovens a oportunidade de intercâmbio e desenvolvimento de habilidades físicas e emocionais, bem como a integração social e o convívio com as diferenças, a Usina São José da Estiva ficou em primeiro lugar na categoria Educação e Cultura do MasterCana Social 2015.

Sandro Henrique Sarriá Cabrera


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Conhecer melhor a 7ª Arte ficou fácil em Novo Horizonte Unidade móvel leva livros para os bairros da cidade e oferece espaço para exibição de filmes digitais O pequeno município de Novo Horizonte, SP, vem contando com uma boa opção cultural. A cidade, que tem cerca de 39 mil habitantes, não possui salas de projeção cinematográficas — a cidade mais próxima com cinema está a 50 km —, dificultando o acesso da maior parte da população à sétima arte. A Usina Estiva vem patrocinando a Cinecoteca, uma unidade móvel que leva livros para os bairros da cidade, com espaço para exibição de filmes digitais. A iniciativa entrou em operação em outubro de 2012 e incluiu oficinas de contação de histórias, de argila e desenho para as crianças. A Cinecoteca já visitou 30 bairros de Novo Horizonte e levou cinema e leitura para mais de 10 mil adultos e crianças. A unidade móvel trabalhou até 2014 com equipe de dez profissionais, dentre eles colaboradores voluntários da usina. Como parte do projeto, ao final da ação, a Cinecoteca foi doada a uma escola da cidade. Em seguida, a companhia adquiriu nova unidade e a ação continuou a ser executada e no final do ano a empresa doou

Cinecoteca foi doada a uma escola da cidade

novamente uma Cinecoteca, por meio de doações, para a Diretoria Municipal de Educação e Cultura. Assim, todos os alunos da rede pública, prioritariamente, e a

comunidade, a já usufruem deste benefício. Em 2012 foram investidos R$ 78 mil. Já em 2014, R$ 64 mil, pela segunda unidade adquirida pela Usina Estiva. Em

2015, ao repassar a Cinecoteca para a Diretoria de Educação e Cultura, outros R$ 25 mil foram investidos para melhorias do local onde ela seria instalada.


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FICAR PERTO DA QUADRA PODE GARANTIR DISTÂNCIA DO CRIME Viralcool investe em esporte para livrar crianças e jovens do assédio das drogas e do crime DA REDAÇÃO

Jamais será normal, mas hoje não é incomum encontrar número crescente de crianças e adolescentes assediados pelo crime ou prostituição. Meninos e meninas de 7 a 17 anos vivem sob o risco de vulnerabilidade social em razão da falta de atividades e programas que preencham suas expectativas cotidianas. O que era até há menos de dez anos também incomum acontecer no interior do Brasil, onde estão instaladas as usinas sucroenergéticas, hoje é mais frequente. Muitas delas sucumbem à atração das drogas e da prostituição. Entre outros males, vivenciam os dissabores da gravidez precoce, do abandono social e da queda no rendimento escolar e, sem perspectivas ou esperanças, algumas crianças e jovens caem na criminalidade. A partir de constatações como as do parágrafo acima, a equipe de ação social do grupo paulista Virálcool decidiu trabalhar para criar perspectivas e efetivar um futuro melhor para estes jovens, por meio de vivências e construir ou reforçar os laços de afetividade familiar. Ao iniciar o programa “Educando Pelo Esporte” a companhia estava decidida a enfrentar o desafio de contribuir com a formação das crianças, jovens e adolescentes, oferecendo oportunidades de trilharem um caminho de formação social, educacional e psicológica. A ideia que sempre pautou o trabalho foi a de tornar estes jovens fragilizados efetivamente em cidadãos ativos e participantes dos direitos e deveres de que compõem uma vida em sociedade. O programa oferece vagas para cerca de 200 crianças e adolescentes praticarem esportes como futsal e handebol. Para

alcançar os objetivos de educação, a companhia firmou parceria conveniada com o Estado de São Paulo, através da Lei Estadual de incentivo ao esporte e com as prefeituras próximas locais. O programa começa com a contratação de professores de educação física e estagiários. Em seguida é feita a divulgação

em todas as unidades escolares do município, onde se concentra a camada de faixa etária correspondente. Após a inscrição dos alunos é realizado o preparo e implantação dos núcleos esportivos correspondentes as atividades de futsal e handebol. Durante as atividades, que duram doze meses, os alunos recebem da companhia dois conjuntos de uniformes.

Os resultados do projeto são notórios nos ganhos sociais e fundamentais no cotidiano das crianças, jovens e adolescentes atendidos. De acordo com informações da empresa, hoje já se contabiliza uma crescente melhora do rendimento e frequência escolar, além de notável mudança no comportamento social das crianças e jovens atendidos.


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Usina faz parceria contra a droga da droga! O crescimento da violência urbana e o contínuo uso de drogas no município de Novo Horizonte, SP, levou a Usina São José da Estiva, em 1999, a se engajar em uma parceria com a Polícia Militar, a fim de ajudar a promover o Proerd — Programa Educacional de Resistência às Drogas e a

Violência. A empresa, além de apoiar o projeto, também patrocina a formatura, momento muito aguardado pelos formandos, com todos os alunos do quinto ano fundamental das redes pública e privada da cidade. O programa funciona ao longo de um

trimestre escolar. Uma vez por semana os alunos recebem instruções de policiais militares da cidade em técnicas centradas na resistência à pressão ao uso de drogas. Este processo, torna o policial amigo e mais próximo das crianças. No fim, é feito uma formatura. É realizada uma grande

celebração, oferecendo prêmios para os alunos que se destacam na redação e lembranças para os professores e policiais envolvidos. Desde 1999 o projeto já atendeu mais de 8,5 mil estudantes. Em média, são 500 alunos por ano que passam por este aprendizado.

SENSO MUSICAL APURADO Em conjunto com o Proerd a Usina São José da Estiva apoia o projeto Soarte, cujo objetivo é promover acesso à cultura e benefícios inerentes ao aprendizado, oferecendo aulas de música principalmente para crianças e adolescentes. As oficinas de

flauta, violino, percussão e canto coral acontecem desde agosto de 2013, no Centro Cultural Gino de Biasi Filho, em Novo Horizonte. Ministradas por professores de música formados na Unicamp, as aulas são totalmente gratuitas, sempre na quarta e

quinta-feira de cada semana. O projeto oferece cerca de duzentas e cinquenta vagas. Para mostrar o progresso dos alunos, a cada semestre uma apresentação é organizada para os familiares e o público em geral.

O Soarte também abriu as portas do Centro Cultural de Novo Horizonte para a população ter acesso à música erudita. Segundo a empresa, o programa tem criado estímulo da audição dos alunos para apreciação de um repertório mais apurado.


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ENTREVISTA - Francisco Dutra Melo, pesquisador

Pesquisa do Nordeste bate de frente com a crise do setor Trabalho de incubadora tem foco na síntese de polímeros e compósitos derivados da cana-de-açúcar LUIZ MONTANINI, DO R ECIFE, PE

Ao lado de outros quatro companheiros o engenheiro químico Francisco Dutra Melo tem elevado o status da pesquisa e desenvolvimento de Pernambuco. Por meio de estudos em biopolímeros nanocelulósicos bacterianos derivados da cana-de-açúcar o grupo está apostando em inúmeros produtos voltados, especialmente, às áreas médica e farmacêutica, como próteses e curativos que aceleram cicatrizações dos tecidos. Pesquisador oriundo e ainda ativo na UFRPE — Universidade Federal Rural de Pernambuco, com sede no Recife, Dutra Melo e os colegas estão andando resolutos na contramão da crise, investindo nestes subprodutos da cana. Ganhador do Prêmio MasterCana Norte/Nordeste 2015, ele conta nesta entrevista como, à frente da incubadora Polisa Biopolímeros para Saúde, empresa de pesquisa, desenvolvimento, inovação tecnológica, produção e comercialização de polímeros de cana-de-açúcar e seus produtos, encontram muitas dificuldades, mas não desistem. Seu trabalho tem foco na síntese de polímeros e compósitos derivados da cana-deaçúcar e o desenvolvimento de produtos com alto valor agregado a partir do biopolímero, aplicáveis nas áreas de medicina, farmácia, biologia, bioquímica e física. Compósitos, para quem não está familiarizado com o tempo, são materiais de moldagem estrutural, formados por uma fase contínua polimérica (matriz) e reforçada por uma fase descontínua (fibras) que se agregam físico-quimicamente após um processo de cura. JornalCana — Junto com outros pesquisadores da Polisa, o senhor está trabalhando em subprodutos da cana em prol de vários benefícios ao setor. Quais são os principais, e como é que vocês começaram a pensar nesse trabalho? Francisco Dutra Melo — A cana-deaçúcar é uma matéria-prima que proporciona leque muito grande de aplicações. Fala-se que existem mais de mil possibilidades em derivados da cana. Existem alguns estudos avançados na África do Sul e no Brasil e é uma tendência mundial e ambientalmente correta transformar polímeros naturais em carboidratos. Algum tempo atrás, nós conseguimos isolar a bactéria. E a partir daí lançamos um programa de desenvolvimento na área da inovação. Criamos a empresa incubadora e hoje já temos novidade do setor. Quais são as novidades? Existe hoje um direcionamento para a geração de novos produtos. Principalmente

na área da medicina, na clínica médica. E já existe alguns produtos em fase final visando aprovação na própria Anvisa (Agência nacional de Vigilância Sanitária) para liberação do mercado de clínica hospitalar do país. Por exemplo, próteses pra braços, pernas, joelhos, articulações. São várias próteses, inclusive o próprio silicone elaborado a partir da cana-de-açúcar, com a enorme vantagem de ser um silicone natural, podendo ser usado em reparações humanas.

Os curativos podem chegar mais no curto prazo. Acreditamos que dentro de dois anos já se possa fazer. Nos demais, não tenho nenhuma previsão, nem mesmo há empresas que compraram os direitos de produção, especialmente porque ainda estão em testes. Existem pedidos de patentes em nível de Brasil, algo em torno de 6 patentes. A boa notícia é que estamos entrando agora em um ótimo mercado internacional, o maior do mundo, o americano.

Há algum já com aprovação comercial? Aprovação ainda não. Estão na última fase do protocolo clínico, principalmente a linha de curativos. São alternativas naturais bem interessantes, mas que vão eventualmente ter um tempo de processo aí para entrada no mercado. Principalmente as próteses. Isso vai demandar tempo, mas a gente segue nessa busca para levar melhor qualidade de vida às pessoas necessitadas e melhores oportunidades comerciais ao setor.

Com que produto estão entrando nos EUA? Com o resultado da pesquisa nanocelulósica bacteriana, um polímero para aplicações diversas na área da medicina. Mas também precisamos ter paciência para que o produto seja aprovado nos testes e suplante os

O Senhor faz ideia de quanto tempo deve levar para esses produtos chegarem em escala comercial?

O senhor é oriundo do extinto Planalsucar. O que tem visto nestes 30 anos de vivência no setor em termos de mudanças favoráveis e significativas que o setor sucroenergético, especialmente no Nordeste e em Pernambuco teve?

Bem, apenas o fato de o setor nordestino ter tido continuidade é significativo. Acredito que alguns programas que o Planalsucar implantou foram fundamentais para a cultura canavieira. Entre os quais destaco o de melhoramento genético da cana-de-açúcar e o próprio sistema de medição do índice de sacarose. Foram ferramentas imprescindíveis ao desenvolvimento canavieiro no nordeste. Como o senhor vê o setor sucroenergético brasileiro? Ele necessita de uma regulamentação mínima, voltada para a segurança fundiária e de novos investimentos em áreas absolutamente necessárias ao país, como a de geração elétrica pela biomassa. Para o setor nordestino em particular o que o senhor reivindicaria? Um grande programa que inclua investimentos governamentais em ração animal por meio do bagaço hidrolisado, por exemplo, ajudaria tanto os próprios produtores de cana quanto os criadores de algumas reses no agreste e sertão nordestino, que sofrem muito na seca.


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Software da Webtrac permite controle e total gerenciamento dos equipamentos Com um produto considerado pela própria empresa como inovador e diferenciado, a Webtrac informa que vem se destacando nas usinas brasileiras uma vez que, segundo afirma, seu software de gestão 100% via web possibilita o controle e total gerenciamento sobre os equipamentos. A Usina Santo Ângelo em Pirajuba/MG, equipou sua frota de carros, caminhões e máquinas com a tecnologia Webtrac de identificação do condutor por rádio frequência (RFID). É acoplado ao rastreador um hardware que faz a leitura do código contido no cartão de identificação de cada condutor. Este, por sua vez, é enviado para o software de rastreamento que faz a associação automática do colaborador ao veículo específico. Após a liberação, o sistema permite controle e relatórios diversos, tais como: Ignição: Identifica o status do equipamento: se está ligado ou desligado.

Controle de combustível. Gestão sobre documentos do condutor e frota. Velocidade: informativo online de qualquer violação de velocidade determinada. Horímetro: acompanhamento dos tempos de funcionamento e parado. Área restrita: controle da área de atuação, identificando sua entrada ou saída. Jornada de trabalho: relatório de horas trabalhadas do condutor. BDV: Boletim Diário Veicular.

Controle de manutenção. Acelerômetro: dispositivo que permite identificar qualquer movimentação indevida do equipamento sem acionamento da ignição. Violação de bateria: quando houver rompimento de alimentação entre a frota e o rastreador, será enviado alerta online. Posicionamento com bateria violada: caso aconteça qualquer violação de alimentação na frota, o rastreador irá comunicar-se por até 12 horas. Alerta: em toda e qualquer

anormalidade o software enviará alertas por e-mail ou SMS. Todos os relatórios disponíveis para impressão ou exportação em XLS/RTF e PDF. A Webtrac ressalta que possui linha completa de rastreadores, que permitem proteção do patrimônio, melhorias de desempenho, acompanhamento de telemetria e melhorias em todo o processo logístico. Webtrac 11 2973-1010 www.webtrac.com.br


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Solenis adquire Quimatec e inicia expansão no mercado de açúcar e etanol Investir para crescer. Esta foi a estratégia da Solenis ao comprar a Quimatec Produtos Químicos, empresa brasileira de especialidades químicas para a fabricação de açúcar e etanol, localizada em Araraquara, São Paulo. O negócio, formalizado em 23 de dezembro, representa um marco para a atuação da Solenis neste mercado. A nova unidade passou a se chamar Solenis Tecnologias Químicas e somou à equipe brasileira da Solenis mais 110 funcionários, totalizando 520 no Brasil. Com a Quimatec, a Solenis torna-se um dos principais fornecedores do mercado mais avançado do mundo de bioetanol. “O setor sucroalcooleiro faz parte de um mercado maior,

o de biorrefinaria, que vem crescendo mundialmente”, observa o vice-presidente da Solenis para América Latina, Wanderley Flosi Filho. “Com essa aquisição, vamos acelerar nossa entrada nesse segmento, uma vez que a Quimatec já atende 90% das indústrias de açúcar e etanol do Brasil, que é o maior mercado do mundo”, afirma o executivo. Outra vantagem é a complementação de portfólio. Enquanto a Solenis é uma das maiores em tratamento de águas, a Quimatec é líder no fornecimento de especialidades químicas para os processos de fabricação de açúcar e etanol. A união dessas áreas irá tornar a empresa a mais completa no setor em tecnologia, produtos e expertise. “A aquisição

da Quimatec faz parte da estratégia da Solenis para ampliar a oferta de químicos de processos e tratamento de águas industriais tanto para o mercado local quanto para o global de bioetanol”, diz Flosi. A Solenis planeja aproveitar o forte canal de vendas da Quimatec para levar sua oferta de tratamento de águas de classe mundial para os produtores de açúcar e etanol, enquanto leva globalmente os químicos de processos e tecnologias de aplicações da Quimatec para seus tradicionais mercados ao redor do mundo. Os antigos sócios e irmãos, Fabrício e Fernando Saab Pereira, continuam atuando como diretores de negócios e de marketing, respectivamente.

Para Fabrício Saab Pereira “associar-se a uma multinacional líder de mercado, com portfólios que se complementam, tornou-se a forma mais vantajosa para ambos os lados de continuar crescendo”. Fernando, irá expandir os negócios de açúcar e etanol na América do Sul em países, como: Colômbia, México e Guatemala. O negócio incluiu também a Locatec, operadora de serviços logísticos com frota própria de caminhões que pertencia à Quimatec. Solenis 11 3089 9225 www.solenis.com


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Oximag trabalha na proteção da contaminação ferrosa Um dos grandes problemas enfrentados na produção de açúcar é a contaminação ferrosa, ela pode acontecer desde a colheita da cana até o empacotamento final. A Oximag Indústria e Comércio de Produtos Magnéticos garante que tem a solução para este problema. No início da produção e refino do açúcar o equipamento ideal é o separador eletromagnético, onde sua principal característica é a proteção da moenda, preparando o material e o qualificando para a próxima etapa do processo de produção. Na fase do cozimento do xarope a inovação é o uso do filtro magnético, que vai fazer a descontaminação ferrosa mais grosseira do produto, diminuindo a carga de contaminação para a etapa seguinte em até 30%.

No final do processo, o uso da grade magnética de limpeza automática torna-se imprescindível, garantindo a descontaminação ferrosa refinada de até 99% em todos os tipos de açúcares produzidos. Todos os equipamentos produzidos pela Oximag trazem laudos com testes de força magnética e garantia de 12 meses. A empresa fabrica sob medida, de acordo com a necessidade de cada cliente, além de reformar e fazer a manutenção dos equipamentos já existentes, fabricados ou não pela Oximag. Oximag 11 4231-3778 www.oximag.com

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RBC Engenharia amplia seu segmento de atuação Com um crescimento amplo e atingindo ótimos resultados nos últimos dois anos, a RBC Engenharia comemora, em 2016, uma década de existência. Tal ascensão ocorreu em função de alguns negócios fechados com parceiros em geração e cogeração de energia, dentro do setor sucroenergético. Um ponto importante nesta escalada foi a ampliação dos segmentos de atuação da empresa, atingindo agora outros setores, como o alimentício e de energia eólica. No setor sucroenergético destaca-se o trabalho de “engenharia do proprietário”, fornecido durante 24 meses para ampliação de uma unidade de cogeração, localizada na

região de Pirassununga, SP, pertencente a uma das maiores empresas de energia do Brasil. Na área de energia eólica, foram fechados alguns contratos de engenharia em 2015 e há grandes expectativas de fechamento de outros ainda neste início de 2016. Para a diretoria da RBC o momento é de deixar o pessimismo para trás e trabalhar muito, com criatividade e sempre buscando novas oportunidades. RBC Engenharia 19 3413.5440 www.rbcengenharia.com.br


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