JornalCana 325 (Abril 2021)

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Abril 2021

Série 2

Número 325

DIANA COMPLETA 40 ANOS E ESTIMA TER MAIS UMA SAFRA EXCELENTE

Companhia irá realizar a 35ª safra na temporada 2021/22




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CARTA AO LEITOR

Abril 2021

índice EVENTOS Já estão abertas as inscrições para a 34ª edição do MasterCana Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

MERCADO

carta ao leitor Andréia Vital - redacao@procana.com.br

Por que captar recursos no mercado de capitais é estratégico para as usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Abrir o capital é estratégia de crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 Qual o impacto do mercado de capitais para as usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 CerradinhoBio emite seu primeiro CRA verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Mapa anuncia CRA com garantia do BNDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Comercialização de combustíveis em 2020 teve queda de 5,95% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 ANP divulga metas individuais de descarbonização das distribuidoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 Geração de CBIOs atinge 50% da meta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Centro-Sul conclui a safra 20/21 com moagem de 605,46 milhões de toneladas de cana . . . . . . . . . .14 Safra 2020/21 de cana inicia com queda nos preços do açúcar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Produção de açúcar deverá cair 3.254 milhões de toneladas na safra 2021/22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Lideranças apontam os desafios da safra na região Norte/Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 Copersucar assumirá 100% do capital da Alvean . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 BNDES apoia modernização de unidades do Grupo Tereos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

GENTE Jacyr Costa Filho deixa comando do Grupo Tereos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Setor perde Marcelo Wirgues, presidente da Usina Caçu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Arthur Tavares morre os 64 anos por complicações da Covid-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

USINAS Usina Diana completa 40 anos e estima ter mais uma safra excelente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 e 23 Reconhecimento facial segue revolucionando a marcação de ponto nas usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Pindorama supera um milhão de toneladas produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Jalles Machado recebe autorização para exportar açúcar aos EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Atvos investe R$ 2 milhões em Corredor Ecológico de Mata Atlântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 CRV Industrial deverá moer 1,8 milhão de ton de cana na safra 2021/22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 Usina Uruaçu estima moer 1,2 milhão de ton de cana na safra 2021/22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 Cooper-Rubi espera moer 2,1 milhões de ton. de cana na safra 21/22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

INDUSTRIAL Mesmo com desafios climáticos, Da Mata investe em busca de novos recordes . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

AGRÍCOLA Biotecnologia como ferramenta de incremento da produtividade dos canaviais . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 Raízen investe R$ 345 milhões em renovação de frota para a safra 2021/22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 Produtor recorre ao uso de adubo biológico para obter canaviais de excelência. . . . . . . . . . . . . . . . . .33 BP Bunge investe em alternativas biológicas para controle de pragas e doenças . . . . . . . . . . . . . . . . .36 Estudo do IAC mostra como a produtividade de cana varia no mesmo tipo de solo . . . . . . . . . . . . . . .38

ESPECIAL COVID-19 Usinas da Paraíba entregam cestas básicas a famílias carentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Usina Cerradão doa totens de álcool gel para SINE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Usina Batatais faz doação de álcool e jalecos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Cosan une esforços a outras empresas para contratar 386 profissionais de saúde . . . . . . . . . . . . . . . .40 Raizen também participa de ação emergencial para importar medicamentos para intubação . . . . .40 Usina Açúcareira Guaíra doa cestas básicas aos municípios de Guaíra e Ipuá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 UISA cede cilindros de oxigênio e doa respiradores em Mato Grosso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 Segunda onda da Covid-19: como as usinas garante, prevenção e segurança nas operações . . . . . .42

“Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro.Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto”. Jeremias 17:7,8

ISSN 1807-0264

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NOSSA MISSÃO

Bolsa de Valores na mira das usinas A abertura de capital vem sendo uma das apostas de empresas sucroenergéticas pa− ra investir na aquisição de ativos e em atividades operacionais sem recorrer a bancos. Essa tendência já atraiu companhias como a Jalles Machado, Biosev, São Martinho e ou− tras que estão no caminho, entre elas, a Raízen que pode lançar o maior IPO da B3 em breve. Nesta edição de abril trazemos informações sobre as oportunidades e cuidados que surgem neste novo cenário, incluindo a emissão de debêntures e certificados de re− cebíveis (CRAs). A edição destaca também que a região Centro−Sul do Brasil concluiu a safra 20/21 com 605,46 milhões de toneladas de cana processadas, o que representa crescimento de 2,56% sobre as 590,36 milhões de toneladas registradas na temporada 19/20.A expan− são da moagem, simultânea à melhora da qualidade da matéria−prima, refletiu na maior disponibilidade de produto, com avanço de 7,11% na produção de açúcar e etanol fren− te ao ciclo passado.Além disso, a edição traz as primeiras expectativas de algumas com− panhias em relação à nova safra que começou oficialmente no dia 1º de abril. Ainda falando de mercado, mostra que a ANP definiu as metas individuais de des− carbonização das distribuidoras para 2021, que devem adquirir 24,86 milhões de Cré− ditos de Descarbonização (CBIOs) este ano, sendo que a quantidade de CBIOs dispo− nibilizados no primeiro trimestre já equivale a quase 50% dessa meta. Evidencia também que uma pesquisa feita pelo IAC afirma que os canaviais insta− lados em um mesmo tipo de solo, porém com condições de temperaturas e disponibi− lidade hídrica diversas, terão produtividades variadas. Já a matéria de capa traz a história de sucesso da Usina Diana, que completa em maio, 40 anos de atividade. A empresa familiar, que nasceu como destilaria cresceu ao longo dos anos, apostando na tecnologia para manter−se competitiva no mercado. A Diana vem evoluindo também na governança, com a implementação até outubro/2021 do Conselho de Administração, introduzindo aos poucos a terceira geração da família no comando da empresa. Iniciando a sua 35ª safra, a usina localizada em Avanhandava, gera empregos e ren− da para a região onde atua e também exerce o seu papel social, perfil ainda mais evi− dente neste momento de pandemia, com diversas doações para rede pública de saúde para amenizar os impactos da Covid−19. O leitor encontra também um especial sobre as ações das empresas no enfrenta− mento da Covid−19, que vêm contribuindo para garantir a segurança dos colaborado− res e para que as operações ocorram com mais eficiência. É muito conteúdo interessante! Boa leitura!

COMITÊ DE GESTÃO

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Presidente Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

Editora Andréia Vital - (16) 9 9279.4155 redacao@procana.com.br

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Lucas Messias Mateus Messias João Pedro Messias presidente@procana.com.br

Produtos Digitais Alessandro Reis - (48) 9 2000.4934 editoria@procana.com.br

Assinaturas & Exemplares Silvan Junior - (16) 9 9635.3205 atendimento@procana.com.br www.procanaloja.com.br

“Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis"

Diagramação Porão das Idéias Murad Badur - (19) 9 8173.3268 diagramacao@procana.com.br

Financeiro Renata Macena gerentefinanceiro@procana.com.br

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EVENTOS

Abril 2021

Já estão abertas as inscrições para a 14ª Edição do MasterCana Social Solenidade de premiação acontecerá no dia 16 de agosto As inscrições para a 14ª Edição do MasterCana So− cial já estão abertas. Realizado pela ProCana Brasil em parceria com o Grupo de Estudos em Recursos Huma− nos na Agroindústria (GERHAI), o Prêmio MasterCa− na Social é uma iniciativa que visa incentivar, reconhe− cer e premiar as melhores práticas em gestão de pessoas e responsabilidade socioambiental das empresas da cadeia produtiva bioenergética incluindo entidades representa− tivas e empresas fornecedoras de produtos e serviços, que

contribuem para o desenvolvimento sustentável e pro− moção do bem−estar social de todos os envolvidos. A cada edição é evidente o aumento na quantida− de e qualidade dos Cases inscritos, demonstrados atra− vés de uma crescente preocupação com a forma de apresentação e melhoria nos projetos para que sejam competitivos. Não há limite de cases, ou seja, a empre− sa poderá inscrever−se em todas as categorias. A premiação do MasterCana Social acontecerá jun− to com o MasterCana Centro−Sul, na noite de 16 de agosto. Na última edição, o MasterCana Social aconte− ceu no sistema híbrido, devido à Covid−19. Para a edi− ção de 2021, o modelo será definido mais próximo ao evento e irá depender do cenário pandêmico.

CONFIRA AS CATEGORIAS I II III IV V VI VII VIII IX

X XI

Educação e Cultura Meio Ambiente Valorização da Diversidade Saúde Ocupacional Desenvolvimento Humano Qualidade de Vida Comunidade Comunicação e Relacionamento Empresa do ano em Responsabilidade Socio-Empresarial (concorre a empresa com mais de 05 cases inscritos) Destaque Empresa Fornecedora Destaque Entidade.

PROGRAMAÇÃO Inscrições: até 02/07/2021 Envio dos projetos: até dia 10/07/2021 Período de análise dos cases: de 13 à 18/07/2021 Divulgação da lista das fin finalistas: 19/07/2021 Solenidade de premiação: 16/08/2021 Confir fira o regulamento para participação e inscreva seus cases no site www.gerhai.org.br


MERCADO

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Por que captar recursos no mercado de capitais é estratégico para as usinas Dinheiro mais barato em relação aos bancos é um dos atrativos que leva mais empresas a abrir capital e emitir CRAs e debêntures

Operar como empresa listada na Bolsa, emitir debêntures e certificados de recebíveis (CRAs) são ferramentas de captação financeira que vieram pa− ra ficar na gestão das empresas sucroe− nergéticas. Na verdade, essas ferramentas são estratégicas em um mercado de açú− car, etanol e bioeletricidade que se mantém desafiador, embora as ofertas institucionais de financiamentos pú− blicos seguem para poucos.

Veja o caso do BNDES, cuja linha denominada RenovaBio reduz a taxa de juros cada vez que a usina−cliente di− minui o número de litros de etanol pro− duzidos para emitir um CBio. A linha é bem atraente e está aberta para as mais de 230 usinas credenciadas pelo progra− ma de Estado de biocombustíveis. No entanto, o banco público é bem direto ao destacar as garantias exigidas para o interessado: hipoteca, penhor, propriedade fiduciária, fiança ou aval “serão definidas na análise da operação”.

As exigências são, sim, necessárias, porém podem afastar muitas usinas que saem de um recente passado de crise financeira provocada por ações do governo − uma delas foi o conge− lamento do preço da gasolina no go− verno Dilma Rousseff. Diante disso, a captação de recur− sos no mercado financeiro amplia seu peso estratégico, até porque as empre− sas sucroenergéticas seguem e preci− sam continuar seguindo práticas de sustentabilidade ambiental.

Além disso, captar recursos finan− ceiros com a abertura de capital é a aposta de empresas para investir na aquisição de ativos e em atividades operacionais sem recorrer a bancos. A atratividade da bolsa está no fato de o dinheiro estar mais barato e farto no mundo, relata o Centro de Estudo de Mercado de Capitais (Cemec), da Fipe. Neste sentido, um bom exemplo está nas companhias listadas em Bolsa. Em que pese a pandemia da Covid− 19 e suas repercussões diretas na que− da de consumo de etanol, duas repre− sentantes do setor sucroenergético abrem os capitais neste ano. A primeira delas é a Jalles Macha− do, que em 08 de fevereiro concluiu sua oferta pública inicial (IPO) na B3. “Com o IPO, a Jalles Machado mantém a listagem de uma empresa do universo agro na B3”, disse Otávio Lage de Siqueira Filho, diretor−pre− sidente da empresa, no evento de conclusão da oferta pública.

IPO da Raízen deve ser o próximo

Raízen deve lançar um dos maiores IPOs da história do mercado de capitais brasileiro em valores nominais.

CRA VERDE E DEBÊNTURES Além da B3, o mercado de capitais disponibiliza ativos que já são empre− gados pelas empresas do setor sucroe− nergético. Entre eles estão os certifica− dos de recebíveis do agronegócio, tam− bém conhecidos como CRA Verde. A Tereos divulgou no fim de mar− ço ter realizado transação inédita para a companhia com a emissão de seu primeiro CRA Verde no montante de R$ 348 milhões e prazo de 5 anos. Segundo a companhia, a emissão está alinhada com os Green Bonds Principles e conta com a certificação

certificadora de financiamentos sus− tentáveis SITAWI. “A oferta reforça o compromisso da Tereos com o desen− volvimento sustentável e o empenho em atrelar seus financiamentos à sus− tentabilidade”, relata a companhia. Assim como a Tereos, a Bioenergé− tica Aroeira, com unidade produtora em Tupaciguara (MG), e a FS Bioener− gia, que controla unidades produtoras de etanol de milho no Mato Grosso, também emitiram CRA Verde. Só para destacar, a Aroeira relata ser a pioneira do setor na emissão desse certificado.

A Jalles Machado torna−se a única companhia de capital privado do esta− do de Goiás listada na B3 e a quarta do setor sucroenergético. As demais são a Biosev, São Martinho e Cosan, que além de etanol e açúcar, extrai e pro− cessa petróleo e gás. Aliás, a Cosan deverá protagonizar ainda neste primeiro semestre de 2021 o IPO da Raízen, joint venture da qual é sócia junto com a Royal Dutch/Shell. Nada menos do que quatro bancos foram contratados para o que, segundo análise do Brazil Journal, deve ser um dos maiores IPOs da história do mer− cado de capitais brasileiro em valores nominais. Estimativa da agência Reuters in− dica que o IPO deverá levantar cerca de

R$ 13 bilhões, montante que só perde − e pouco − para o IPO do Santander Brasil, que chegou a R$ 13,1 bilhões em 2009. Mas supera com folga o da Rede D’Or, que levantou R$ 11,5 bi− lhões em 2020. Para analistas, o IPO é parte da estratégia de Rubens Ometto, presi− dente do Conselho da Raízen, de lis− tar todas as companhias operacionais da Cosan. A avaliação é de que os recursos levantados com a oferta sejam empre− gados para arredondar a estrutura de capital da Raízen e suportar sua estra− tégia de crescimento em energia reno− vável. Listada, o valor de mercado da Raízen, segundo a Reuters, deve che− gar a R$ 100 bilhões.

Emissão de debêntures entra no ‘cardápio’ Já tradicionais também entre empresas sucroenergéticas, as emis− sões de debêntures também seguem atrativas no ‘cardápio’ de busca de re− cursos financeiros no mercado de ca− pitais. Valor mobiliário emitido por so− ciedades de ações, representativo de dívida, ele assegura aos detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.Assim como em outros se−

tores da economia, esse instrumento de captação de recursos avança tam− bém no setor sucroenergético. Em abril, por exemplo, a Diana Bioner− gia aprovou a sua quarta emissão de debêntures, no valor de R$ 75 mi− lhões, relata oValor Investe. Para tan− to, a emissão é dividida em duas sé− ries, ambas com vencimento em 2025. Esses recursos serão destinados a reperfilamento da dívida.


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MERCADO

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Abrir o capital é estratégia de crescimento “A atividade de abertura de capital na B3 no ano de 2020 representou uma “democratização” da nossa bolsa”, avalia executivo da Deloitte Em recente pesquisa com 51 em− presas de capital aberto, a Deloitte avaliou os custos de operação como companhia aberta. Entre os resultados, praticamente dois terços dos respon− dentes consideram que os custos são compensados pelos seus benefícios, tais como visibilidade no mercado, me− lhoria de controles e processos de go− vernança e oportunidade de captar recursos mais facilmente, e com me− nor custo. Abrir capital, então, é uma saída estratégica também para as empresas do setor sucroenergético? Para res− ponder esta e a outras perguntas, o JornalCana entrevistou Carlos Zanot− ta, sócio de Global Capital Markets Group da Deloitte, atuante há mais de 15 anos na área de auditoria. Confira: Jor nalCana − Na média, a recei− ta líquida das unidades sucroenerg é− t icas d e can a e de m ilho a tiva s no Pa í s f i c a a b a i x o d e R $ 3 0 0 m i − lhões/ano. S endo assim, como des− taca o estudo da Deloitt e, elas se en− caixam na f aixa de 20% das empre− s as par t i c i pan t es da pes qu i s a e qu e em 2 01 9 tivera m receit a lí quida abaixo de R$ 3 00 milhões. Diante disso, e dos ganhos de es− tar listada, abr ir capital é uma estraté− g ia também para as médias empresas sucroenergéticas, com receita líquida de R$ 300 milhões? Carlos Zanotta − Abrir o capital pode ser um potencial estratégia para o crescimento do setor, assim como dos demais segmentos da nossa economia. A atividade de abertura de capital na B3 no ano de 2020 representou uma “de− mocratização” da nossa bolsa, com a inclusão de empresas de diversos seg− mentos até então ainda não represen− tados e também de menor porte. Por exemplo, em 2020 diversas operações inéditas de abertura de ca− pital ocorreram no nosso mercado, como a primeira transação com in− vestidores 100% nacional, sem neces− sitar acessar investidores estrangeiros e também as primeiras operações de IPO com esforços de emissão restritos a investidores apenas institucionais,

Carlos Zanotta

diminuindo o custo destas transações. No caso das sucroenergéticas, essa abertura de capital é ainda facilitada pelo fato de já existirem empresas lis− tadas no segmento, facilitando o en− tendimento do setor pelos analistas e potenciais investidores e permitindo comparações entre estas empresas. A abertura de capital possui diver− sos ganhos adicionais para uma empre− sa, tais como acesso a novas possibili− dades de capitalização e financiamento (e muitas vezes com acesso a créditos mais baratos, pela redução dos riscos dos bancos pelo fato da companhia aberta fornecer informações ao mer− cado), aprimoramento das suas práticas de gestão corporativa na condução dos seus negócios, visibilidade e atrativida− de da empresa, inclusive para retenção e contratação de profissionais, tendo em vista a maior exposição da companhia. Existe uma média de custo para o processo de aber tura de capital? Co− mo ele é for mado? A média de custos para a realização da oferta inicial de ações ou abertura de capital no Brasil, entre 2004 e 2020, de acordo com estudo realizado pela De− loitte em conjunto com a B3, divulga− do em setembro de 2020, foi de 4,9% do valor captado [para ver o estudo, leia QR COde no final da página]. A grande maioria destes custos,

representando na média 3,9% das emissões, segundo o estudo, são de comissões pagas aos bancos interme− diadores do IPO e incorridos apenas no caso de sucesso da captação de recursos. O 1% restante se refere aos custos com auditores, advogados, consulto− res, taxas de registro junto à CVM e B3, estes sim incorridos independen− temente da finalização do processo de abertura de capital. Os requerimentos usualmente envolvem a Companhia ter sido auditada nos últimos 3 anos, assim como existe a obrigação das companhias adaptarem sua governan− ça aos requerimentos de governança corporativa requeridos pela B3, com a implementação de comitês, conse− lhos e políticas relevantes para a ges− tão dos negócios. Como as despesas das emissões, excluindo−se as comissões dos bancos representam em torno de apenas 1% dos valores usualmente captados pelas companhias, não existem linhas de fi− nanciamento específicas para a aber− tura de capital. De forma resumida, na média, para cada R$ 100,00 que a empresa busque captar num IPO, são gastos R$ 1,00 com consultores, R$ 3,90 com as comissões dos bancos, fa− zendo com que a companhia tenha um aumento de capital líquido de R$ 95,10 – sem a necessidade de paga− mento de juros futuros, como acon− tece em um financiamento, sendo desta forma uma oportunidade muito barata para sustentar o crescimento dos negócios das empresas. Com o avanço do mercado de descarbonização, o que protagoniza o etanol (como redutor da emissão de gases de efeito−estufa) e as usinas cre− denciadas no prog rama RenovaBio,

estar com capital aberto acrescenta mais possibilidades de negócios já que a venda de créditos de carbono (os CBios do RenovBio) e mesmo o etanol ten− de a crescer em ter mos mundiais? O mercado discute cada vez mais a importância das companhias divul− garem suas práticas de ESG (Am− biental, Social e Governança Corpo− rativa, da sigla em inglês Environ− mental, Social and Governance) que, sendo uma companhia aberta, a ex− posição da companhia oferece diver− sas oportunidades de se comunicar com mercado sobre as práticas sus− tentáveis adotadas. Além disso, segundo o estudo rea− lizado pela Deloitte e B3 em setem− bro de 2020, também destaca que, de− pois da abertura de capital, o custo para novas captações via emissões de ações cai de 4,9% para 3,5%, em mé− dia, tornando o acesso ao capital mais simples e barato para que as compa− nhias possam realizar os investimentos necessários na melhoria da sua opera− ção, visando a redução do seu impac− to ambiental e, desta forma, facilitan− do também a obtenção das certifica− ções necessárias do RenovaBio. Adicionalmente, é cada vez mais comum empresas também exigirem uma maior divulgação de seus forne− cedores sobre as suas práticas, desta forma, a companhia já sendo aberta e divulgando estas informações periodi− camente ao mercado, facilita o proces− so de diligência já requerido por esses seus potenciais cliente antes da assina− tura de novos contratos de venda.

Leia o QR Code para ter acesso ao estudo


MERCADO

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Qual o impacto do mercado de capitais para as usinas? Alexandre Figliolino responde Alexandre Figliolino, sócio diretor da MB Agro Consultoria, é especia− lista em gestão financeira de empresas também do setor sucroenergético. Em entrevista ao JornalCana, ele comenta sobre a importância do mercado de capitais, os créditos de descarboniza− ção e se os bancos seguirão financia− dores e parceiros das usinas. Jor nalCana − Em sua avaliação, qual o impacto do mercado de capi− tais para as usinas e qual a tendência? Alexandre Figliolino − Foi muito positivo de uns tempos para cá que o mercado de capitais tenha aberto as por− tas. Isso propicia a diversas empresas do setor sucroenergético ter nesse mercado uma fonte alternativa importante de captação de recursos a custos competi− tivos e com prazos alongados. O setor sem dúvida caiu no gosto do investidor. Como assim? Como os títulos CRAs e debên− tures incentivadas têm um incentivo fiscal importante de isenção de IR para o investidor pessoa física, o inte− resse de quem investe e de quem emite tem sido grande. E o que deverá vir por aí? Tem sido muito comum a emissão de papéis corporativos, mas temos certeza que no futuro teremos tam− bém grupos de fornecedores do setor tendo acesso ao mercado, já que exis− tem canais disponíveis para isso. E a abertura de capital?

A abertura de capital (IPO) já é um processo bem mais complexo, onde ape− nas um grupo mais seleto de empresas pode acessar, porque as exigências e os custos de acesso são bem maiores.Além do que podem não fazer sentido para muitos. Os bancos estão perdendo espaço? Não tenho dúvidas de que du− rante muito tempo os bancos ainda serão a principal fonte de financia− mento do setor, tendo a desinterme− diação financeira via emissão de dívi− da a mercado ocupando apenas um pequeno espaço. Os créditos de descarbonização, os CBios, tendem a ganhar espaço como ativos financeiros?

Os CBios são um instrumento muito novo e que tiveram em 2020 seu primeiro ano de negociação. Na medida que esse instrumento se tor− na mais conhecido, e tendo em todo o seu processo um alto nível de go− vernança, com as certificações ocor− rendo de forma bem clara e transpa− rente, nada impede que seu mercado se amplie para não obrigados [os ob− rigados são as distribuidoras de combustíveis]. Isso porque existe uma enorme preocupação de todos os agentes eco− nômicos de neutralizar suas emissões de carbono e o CBIO, sem dúvida, por ser um excelente instrumento para is− so. Nessa forma, amplia−se o leque de compradores do crédito, hoje muito

concentrado na mão das grandes dis− tribuidoras. Como o senhor avalia o acesso das empresas de pequeno por te ao mer− cado de CRA? O acesso ao mercado de CRA é per− feitamente possível mesmo para empresas de menor porte. Para emissões públicas via instrução CVM 400 é recomendável que a empresa tenha rating [nota de classifica− ção de risco de crédito] público. Mas existe um mercado de colo− cação mais restrita, via CVM 476, on− de normalmente as empresas não têm rating. Normalmente são emissões de porte menor dada as restrições de acessar investidores, pois podem ser contatados até 72 investidores e a co− locação ser feita para no máximo 50. Uma usina de moagem de 3 mi− lhões de toneladas de cana pode tran− quilamente acessar o mercado pelas duas vidas [CVM 400 e CVM 476]. E sobre os custos de um processo de emissão? Os custos de emissão estão muito atrelados à qualidade do crédito da empresa emissora. E, nisso, um rating elevado ajuda bastante a reduzir o custo, mas também sofre muito a in− fluência do prazo, ou seja, quanto mais curto mais a taxa baixa. Nas atuais condições de mercado, para uma emissão de prazo médio de 3 anos, as taxas estariam ao redor de IPCA + 4 a 6% para o investidor, mais os custos inerentes à emissão.


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MERCADO

Abril 2021

CerradinhoBio emite seu primeiro CRA verde Operação tem como objetivo reforçar a posição de liquidez da empresa

A Neomille, empresa subsidiária da CerradinhoBio, concluiu, recente− mente, a emissão de R$ 253,6 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A emissão foi classificada como “verde”, o que res− saltou a responsabilidade socioam− biental da companhia. Trata−se do primeiro CRA verde emitido pela empresa. “A forte demanda e diversidade dos participantes que aderiram à ofer− ta evidenciam o sucesso da operação, que marca mais um importante passo da CerradinhoBio no mercado de ca− pitais brasileiro. Com o CRA, a em− presa encerrou a safra 20/21 com a posição de liquidez mais robusta de sua história”, disse Gustavo de Marchi, diretor administrativo financeiro da companhia. Paulo Motta, presidente da Cer− radinhoBio, afirmou que a empresa segue no caminho certo, com cresci− mento constante devido a investi− mentos estratégicos, entre eles, os R$ 280 milhões na construção da Neo− mille. A unidade consolidou o grupo como um dos maiores complexos in− dustriais de produção de bioenergia da América Latina com capacidade con− solidada de produzir 770 milhões de litros de etanol e 1.300 GWh de ge− ração de energia. Outro investimento citado pelo executivo, foi o projeto de desgargala− mento no processo de moagem de ca− na. Com o valor de R$ 50 milhões, ele ampliou a capacidade de moagem na planta de cana para 6,0 milhões de to− neladas ao ano, um incremento de 15%. Nesta entrevista exclusiva, Motta dá mais detalhes sobre os resultados positivos registrados em todas as áreas de atuação da companhia ao longo da safra 20/21, quando a companhia al− cançou a marca recorde na produção de etanol. Jor nalCana − Qual balanço o se− nhor f az da safra 20/21? Paulo Motta − A safra 20/21 é, sem dúvida, motivo de orgulho para a Cerradinho. Mesmo diante de um ce− nário de tantos desafios impostos pela pandemia, a empresa conseguiu al− cançar resultados consistentes em to− das a áreas. Registramos recorde na produção de etanol: foram 647 mil m³ (442 mil m³ na cana e 205 mil m³ no milho), frente aos 501 mil m³ da safra

continuar entregando produtos essen− ciais ao mercado de forma competi− tiva e dar continuidade ao plano de expansão de produção, superando as metas estabelecidas.

Paulo Motta

passada (430 mil m³ a partir da cana e 71 mil m³ a partir do milho). Aumen− tamos nossa oferta de DDG 124 mil toneladas na safra 20/21 contra 45 mil toneladas na safra 19/20 e o óleo com 4.7 mil toneladas na safra 20/21 con− tra 273 toneladas na safra 19/20. A pandemia prejudicou muito os negócios da companhia? No início da pandemia trabalha− mos com muito cuidado para enten− der o cenário e quais seriam os des− dobramentos. Priorizamos os cuida− dos com a saúde e segurança dos nos− sos colaboradores com muito zelo e respeito. Temos muito foco em cuidar da situação de caixa da companhia. Felizmente a evolução do mercado com recuperação de demanda e bons preços nos possibilitou o melhor re− sultado de safra da nossa história. Quais são as per spectivas para a safra 21/22? Para a próxima safra, a companhia espera moer 5,8 milhões de toneladas de cana, um aumento de 16%, e ou− tras 530 mil toneladas de milhos, tam− bém um aumento de 16%. Queremos

O clima no último ano teve im− pacto para a empresa? Tivemos alguns desafios relacio− nados com a estiagem, que reduziu o volume de cana disponível e acabou terminando por alongar nosso perío− do de entressafra. RenovaBio: qual o desempenho da companha no último e qual a pre− visão para 2021? O primeiro ano foi bastante posi− tivo, especialmente se colocarmos em perspectiva as incertezas e desafios trazidos pela Covid−19. Foi muito importante a manutenção das metas de compra de CBIOs, mesmo em ce− nário mais adverso, para garantir a se− gurança e desenvolvimento do pro− grama. A CerradinhoBio se destacou como uma das principais geradoras e comercializadoras de CBIOs, com 663.284 CBIOs escriturados. Consideramos que 2021, será o ano de solidificação do RenovaBio e estamos trabalhando internamente para a certificação no negócio de eta− nol de milho, a Neomille, junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A companhia já tinha a exper iên− cia na emissão de certificados de re− cebíveis do ag ronegócio (CRA) e, agora, fez a sua pr imeira emissão de CRA “verde”. Poder ia dizer como

será utilizado o recur so obtido pela empresa? O CRA “verde” de R$ 253,6 mi− lhões foi emitido pela Neomille, em− presa produtora de etanol de milho e derivados, subsidiária da Cerradinho− Bio, e teve como objetivo reforçar a posição de liquidez da empresa, que demanda bastante capital de giro por conta da sazonalidade da compra de milho que será utilizada em toda safra. A operação foi coordenada pela XP Investimentos e pelo Bradesco BBI, conta com selo verde e possui prazo de 5 anos, com amortização em parcela única ao final do período. O senhor acredita que a emissão de g reen bond será uma tendência no setor sucroenergético? Sim, acreditamos que esse cami− nho não tem volta e é bastante posi− tivo. Os investidores estarão cada vez mais atentos às práticas de sustentabi− lidade, nos diferentes aspectos, que as empresas investidas adotam. Como o senhor vê a retomada da aber tura de capitais das usinas e quais são os planos da Cer radinhoBio em relação a isso. O aumento do número de em− presas do setor entre as empresas lis− tadas é positivo pois fortalece mais uma alternativa de busca de capital e dá maior exposição ao setor. A Cer− radinho já vem trabalhando há bas− tante tempo para fortalecimento de sua governança e ampliação das alter− nativas de financiamento e estamos determinados a continuar trabalhando nesse sentido.


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Mapa anuncia CRA com garantia do BNDES O Ministério da Agricultura Pecuária e Abaste− cimento (Mapa) anunciou no dia 8 de abril um no− vo sistema que permite aos produtores rurais am− pliar o acesso ao crédito, inclusive para renegociação de dívidas. O modelo consiste em um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) com garan− tia do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco− nômico e Social (BNDES). Com o CRA Garantido, como está sendo cha− mada a operação, espera−se que seja gerada concor− rência no mercado, reduzindo os riscos da operação e, consequentemente, as taxas de juros aos produto− res. Como piloto, foi escolhida a Cotrijal Coopera− tiva Agropecuária e Industrial (RS). “O CRA Garantido é o somatório de esforços que fez nascer essa ferramenta tão importante e iné− dita para o nosso agronegócio. Que ele sirva de exemplo para outras cooperativas e para que outros bancos e seguradoras também possam entrar. Temos poucos recursos oficiais, que têm que ser dirigidos para os pequenos e médios produtores”, disse a mi− nistra Tereza Cristina. “Esta é a primeira operação em que o BNDES atua como garantidor. Esse instrumento de garantia, ainda pouco explorado no Brasil, vai nos permitir apoiar pequenos e médios em− preendedores, não só no setor da agropecuária, mas nas mais diversas indústrias Brasil afora”, dis− se o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, ressaltando que o instrumento também democra− tiza o crédito no Brasil. Já José Ângelo Mazzillo Júnior, secretário adjun−

A ministra Tereza Cristina e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano durante live de lançamento da nova modalidade

to de Política Agrícola do Mapa, explica que esse mecanismo “concretiza um caminho mais efetivo de como o Estado deve estimular o mercado de crédi− to para o agronegócio brasileiro: como garantidor de instrumentos de crédito, mitigando riscos para o in− vestidor e permitindo maior acesso pelos produto− res rurais a um crédito menos oneroso”. O incentivo a mecanismos de financiamento privado, via mercado de capitais, com investimento estrangeiro no agronegócio brasileiro foi intensifi− cado pela Nova Lei do Agro (Lei 13.986/2020), em vigor há pouco mais de um ano.

Como funciona o CRA Garantido? A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, define o CRA como um título de renda fixa lastreado em recebí−

veis originados de negócios entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, abrangendo finan− ciamentos ou empréstimos relacionados à produção, à comercialização, ao beneficiamento ou à indus− trialização de produtos, insumos agropecuários ou máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. Na prática, funciona da seguinte forma: produ− tores rurais que precisam comprar insumos nego− ciam com a empresa fornecedora a compra do pro− duto a partir de uma Cédula de Produto Rural (CPR), principal título de financiamento do siste− ma de crédito agrícola e que serve como lastro pa− ra a emissão do CRA. A empresa que ficou de receber o valor pela venda do insumo a longo prazo, caso queira, pode adiantar os recebíveis. Ela, então, procura uma se− curitizadora − que pagará em dinheiro o valor que seria recebido futuramente e transforma esses cré− ditos em títulos de renda fixa, os CRAs, que serão disponibilizados para negociação no mercado de capitais. Ao adquirir esses títulos, os investidores recebem uma remuneração prefixada, na maioria das vezes, com rendimento superior ao Certifica− do de Depósito Interbancário (CDI). O CRA tem atraído os investidores pelos bons rendimentos que oferece. Todavia, como tí− pico instrumento de mercado de capitais, não re− cebe a proteção do Fundo Garantidor de Crédi− tos. No caso do CRA Garantido, o BNDES pas− sa a ser o garantidor do crédito, gerando mais se− gurança à operação.


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Comercialização de combustíveis em 2020 teve queda de 5,97% Etanol hidratado combustível teve consumo de 19,26 bilhões de litros no ano Em 2020, foram comercializados 131,76 bilhões de litros de combustí− veis no Brasil, uma queda de 5,97% em comparação com 2019, refletindo as medidas de isolamento em função da pandemia da Covid−19. Os dados foram apresentados, no início de abril, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante Seminário online de Avalia− ção do Mercado de Combustíveis 2021 (Ano−base 2020) realizado no começo de abril. Na abertura do evento, o diretor da ANP Marcelo Castilho destacou as medidas tomadas pela ANP para mi− tigar os desafios trazidos pela pande− mia. “Diante do ritmo do consumo de combustíveis vivenciado desde o iní− cio da crise sanitária, a ANP estrutu− rou ações no sentido de acompanhar diariamente a cadeia logística de su− primento de combustíveis e a dinâ− mica operacional de distribuição, com intuito de intensificar o monitora− mento do mercado e garantir o abas−

tecimento nacional de combustíveis. É importante ressaltar que, apesar dos desafios impostos pela crise, a ANP não deixou de atuar. Pelo contrário, se

adaptou rapidamente, sendo mantido o nível dos serviços prestados à socie− dade brasileira”, afirmou. A comercialização de óleo diesel B (diesel com adição de biodiesel na proporção definida na legislação) se manteve estável, com aumento 0,30%, totalizando 57,47 bilhões de litros. Is− so reflete a importância do óleo die− sel B no transporte de cargas no país e a relevância do modal rodoviário na matriz de transportes nacional. Foram comercializados 6,6 bilhões de biodiesel em 2020, um crescimen− to de 11,47% em relação a 2019, de− vido ao aumento da mistura obriga− tória ao óleo diesel – em março, o teor de biodiesel no diesel aumentou de 12% para 13%, conforme estabelecido na Resolução nº 16/2018 do Conse− lho Nacional de Política Energética (CNPE). O consumo de gasolina C (com 27% de etanol anidro, conforme le− gislação vigente) sofreu queda de 6,13%, chegando a 35,82 bilhões de litros. Trata−se do mesmo percentual de redução da gasolina A (pura) e do etanol anidro. O etanol hidratado combustível teve consumo de 19,26 bilhões de li− tros no ano, registrando diminuição de 14,58% na comparação com 2019. O etanol total (soma de anidro e hidra− tado) teve redução de 11,93%, com 28,93 bilhões de litros consumidos. A comercialização de GNV dimi− nuiu 17,70% em relação ao ano ante− rior, devido à queda de circulação de

táxis e veículos de aplicativos nos grandes centros. Ainda segundo os dados divulga− dos hoje pela ANP, as vendas de gás li− quefeito de petróleo − GLP (gás de cozinha) em 2020 cresceram 3,01% com relação ao ano anterior, soman− do 13,60 bilhões de litros. O aumen− to também pode ser explicado pela pandemia, uma vez que, com a maior parte da população passando mais tempo em casa, houve maior procura pelo produto. Ainda como efeito da situação de emergência sanitária, que reduziu a atividade de companhias aéreas, os combustíveis de aviação também tive− ram queda no consumo. A comercia− lização de querosene de aviação (QAV), utilizado em aeronaves de grande porte, como as de voos co− merciais, teve redução de 49,20%, to− talizando 3,55 bilhões de litros. Já a gasolina de aviação (GAV), utilizada nas aeronaves de pequeno porte a pis− tão, totalizou 39 milhões de litros, uma diminuição de 9,61%. No óleo combustível, houve acréscimo de 6,80%, somando 2,02 bilhões de litros, em função do au− mento das exportações brasileiras de commodities, pois a principal destina− ção desse produto é o abastecimento de grandes embarcações utilizadas no transporte desses produtos. Com relação às importações lí− quidas de combustíveis, houve redu− ção para o diesel (−21,64%), gasoli− na (−19,34%) e QAV (− 57,95%), também refletindo o menor consu− mo nacional devido à pandemia. Por outro lado, aumentaram as importa− ções liquidas de GLP (+1,79%) de− vido ao aumento da demanda de− corrente das medidas de isolamento e mudanças de hábitos e padrões de consumo. O aumento das importa− ções líquidas de etanol (+ 259,38%), por sua vez, decorreu do desloca− mento da produção de etanol para outros fins, o que ensejou aumento nas importações desse produto. Em 2020 houve um acréscimo no número de distribuidores e de revendedores de combustíveis. O ano fechou com 239 distribuidores (contra 232 em 2019); com 41.673 postos de combustíveis líquidos (eram 40.990 em 2019); e com 61.097 revendas de GLP (compara− do com 59.885 em 2019).


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ANP divulga metas individuais de descarbonização das distribuidoras Distribuidoras terão que adquirir 24,86 milhões de CBIOs este ano A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou as metas de descarbonização que as distribuidoras de combustíveis terão que atender em 2021. As metas determinam de quanto deve ser a re− dução, este ano, de emissões de gases causadores do efeito estufa por cada distribuidora que comercializou com− bustíveis fósseis no ano de 2020. O des− pacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 29 de março. De acordo com a agência, as dis− tribuidoras listadas deverão adquirir 24,86 milhões de créditos de descar− bonização (CBIOs) em 2021. As me− tas são cumpridas pelas distribuidoras por meio da aposentadoria (retirada de circulação) de CBIOs, em quantidade correspondente à sua meta. Os CBIOs são ativos ambientais emitidos por produtores de biocom− bustíveis em quantidade proporcional

à sua produção e o quanto ela contri− buiu, por meio da substituição de combustíveis fósseis, para evitar emis− sões de gases causadores do efeito es− tufa. Um CBIO equivale a uma to− nelada de emissões evitadas ou a sete árvores, em termos de captura de car− bono. Os CBIOs são comercializados por produtores na Bolsa de Valores brasileira (B3), podendo ser adquiri− dos pelas distribuidoras, para cumpri− mento de suas metas individuais, ou mesmo por terceiros não obrigados interessados nessa comercialização. Uma vez adquirido esses créditos, as distribuidoras de combustíveis po− dem aposentá−los, ou seja, retirá−los definitivamente do mercado, impe− dindo qualquer negociação futura. Apenas os CBIOs aposentados con− tam para o cumprimento das metas individuais anuais.

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Geração de CBios atinge 50% da meta Dados de 2021 podem ser acompanhados diariamente A quantidade de Créditos de Descarbonização disponibilizados no primeiro trimestre já equivale a quase 50% da meta do RenovaBio para 2021. De janeiro até o dia 9 de abril, as unidades produtoras de biocom− bustíveis disponibilizaram 12,1 mi− lhões de CBios na bolsa de valores, B3. Deste total, 282.595 foram aposenta− dos, restando mais de 11,8 milhões para serem negociados. A meta de ge− ração de CBios para este ano é de 24,86 milhões de CBios. Os dados sobre o mercado de CBios foram publicados pelo Obser− vatório da Cana com informações e estudos fornecidos pela UNICA, o

Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o Conselho de Produtores de Cana−de−açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo (CONSECA− NA−SP), o CEPEA−ESALQ/USP e o Laboratório de Análise de Dados (LINEAR). A iniciativa visa apresen− tar um panorama geral sobre o setor sucroenergético em um único local. De acordo com a UNICA, além do mercado de CBios, é possível acompanhar a Nota de Eficiência Energético−Ambiental (NEEA) das participantes do programa, o volume de biocombustível certificado comer− cializado e a meta de compra de cré− ditos de descarbonização pelas distri− buidoras de combustíveis. “O Observatório da Cana traduz a colaboração que sempre existiu en− tre centros de pesquisa e o setor pro− dutivo no Brasil. Trata−se de uma re− de envolvendo entidades representa−

tivas, setor privado e academia em prol de uma maior transparência e disse− minação de conhecimento sobre o setor. Ao longo do tempo pretende− mos incluir estudos e análise sobre te− mas setoriais, além de contar com o apoio de novos parceiros”, explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.

Centro-Sul concluiu a safra 20/21 com moagem de 605,46 milhões de toneladas de cana Produção de açúcar cresce 43,73% em relação ao ciclo anterior A região Centro−Sul do Brasil concluiu a safra 20/21 com 605,46 milhões de toneladas de cana−de− açúcar processadas, crescimento de 2,56% sobre as 590,36 milhões de to− neladas registradas na temporada 19/20. “Essa expansão da moagem, si− multânea a melhora da qualidade da matéria−prima, refletiu na maior dis− ponibilidade de produto, com avanço de 7,11% na produção de açúcar e etanol frente ao ciclo passado”, afir− mou Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria da Cana−de−Açúcar (UNICA). De fato, a qualidade da matéria− prima atingiu 144,72 kg de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tone− lada de cana−de−açúcar no atual ciclo, contra 138,57 kg na safra 2019/2020 (+4,44%). Esse crescimento, alinhado com a maior moagem, resultou em um incremento de 7,11% na quantidade global de produtos disponíveis, que somou 87,62 milhões de toneladas de ATR.“Em oferta total de produto, es− sa é a maior safra da história do setor”, concluiu Rodrigues

Dados preliminares apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam que a produtividade da lavoura colhida na safra 2020/2021 atingiu 77,9 toneladas de cana−de− açúcar, ante 76,1 toneladas verificadas no ciclo 2019/2020 (crescimento de 2,3%). A estimativa de área colhida no Centro−Sul na safra 2020/2021 tota− lizou 7,77 milhões de hectares, contra 7,76 milhões estimados para o ciclo 2019/2020. A despeito da grande incerteza de− rivada da crise sanitária provocada pela Covid−19, a expansão da produção e o abastecimento dos mercados de açúcar e etanol não foram prejudicadas. O mix de produção da safra 20/21 representou 46,07% do total de ma− téria−prima processada para a fabri− cação de açúcar. Com isso, a fabrica− ção da commodity alcançou 38,46

milhões de toneladas, acréscimo de 43,73% em relação à produção de 26,76 milhões de toneladas do ciclo anterior. Por outro lado, como resultado das medidas de restrição a mobilidade e menor demanda por combustíveis, observou−se um recuo na produção de etanol na safra 20/21. A produção total do biocombustível alcançou 30,37 bilhões de litros, recuo de 8,70% em relação à safra 19/20. Deste total, 9,69 bilhões de litros foram de etanol anidro (−2,65%) e 20,68 bilhões de litros de etanol hidratado (−11,31%). Apesar da queda, o volume produzido ainda é o terceiro maior registrado na história do setor. Rodrigues esclarece que,“do ATR total processado na safra, 46,1% foram destinados à produção de açúcar, 18,0% à fabricação de etanol anidro e

35,9% à produção de etanol hidrata− do. Apesar da produção recorde de açúcar, a maior parcela da cana foi di− recionada para a fabricação do bio− combustível”, concluiu. O etanol proveniente do milho al− cançou 2,57 bilhões de litros de produ− ção no atual ciclo, registrando avanço de 58,13% em relação à safra 2019/2020. A participação do etanol de milho na fabricação total de biocombustível no Centro−Sul totalizou 8,45%. “A safra 20/21 pôs à prova mais uma vez a resiliência do setor perante adversidades e reforçou o comprome− timento que temos com a sociedade e nossos colaboradores. Doamos 1 mi− lhão de litros de álcool 70 para as se− cretarias de saúde de nove estados e reorganizamos processos seguindo protocolos de sanidade para manter o abastecimento da população ao mes− mo tempo que preservamos a saúde dos colaboradores”, ressalta Evandro Gussi, presidente da UNICA. “Nesse período também incor− poramos uma nova operação à rotina, a de emissão de CBIOs, honrando nossos compromissos de descarboni− zação. Contribuímos, assim, para que o primeiro ano do RenovaBio fosse bem−sucedido, estabelecendo bases sólidas e confiabilidade para essa que é umas das maiores políticas de des− carbonização dos transportes do mundo”, complementa.



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Safra 2021/22 de cana inicia com queda nos preços do açúcar Mercado está atento à quebra da produção de cana no Brasil

As exportações de açúcar indiano, início da safra 2021/22 na região Cen− tro−Sul do Brasil e a redução da posição comprados dos fundos especulativos fize− ram os preços do açúcar caírem afirmou o ItaúBBA, em seu boletim Agro Men− sal. Assim, os preços do alimento saíram dos patamares do cUSD 16/lp para cUSD 14/lp, tendo a tela de maio/21 finalizado o mês em cUSD 14,71/lp, queda de 9,2% comparado com fevereiro de 2021. De acordo com o banco, a retoma− da das exportações de açúcar na Índia, após enfrentar problemas logísticos, adicionado à especulação de que o vo− lume exportado pudesse ser maior do

que os 5 milhões de toneladas estima− dos pelo mercado, fizeram com que a percepção de conforto na oferta mun− dial no curto prazo aumentasse. A chegada da safra brasileira 2021/22 na região Centro−Sul tam− bém colocou no mercado o sentimen− to de oferta suficiente durante o perío− do de moagem, principalmente com a expectativa de produção de açúcar maximizada e grande volume do pro− duto já fixado. “No Brasil, os preços de adoçante continuam apresentando pa− tamares favoráveis com valores ao re− dor dos BRL2.000/t, sendo que cerca de 85% do açúcar da safra 2021/22 já está travado na bolsa”, disse o ItaúBBA. Segundo o banco, mesmo com os spreads (diferença dos preços entre os contratos de NY com datas de expi− rações distintas) demonstrando um conforto no balanço de O&D nos próximos meses, alguns pontos podem mudar essa tendência.

O primeiro deles é a Índia, que mesmo com boas expectativas dos vo− lumes das exportações, até o final de março, só embarcou 2,2 milhões de toneladas de açúcar. O fato é preocu− pante, visto que o embarque no volu− me remanescente tem que ocorrer em breve, pois a chegada do período chu− voso no país dificulta a saída do açúcar. Outro ponto importante é o de− senvolvimento da safra brasileira na região Centro−Sul, que por ser o fo− co do mercado neste momento, al− guns fatores de grande relevância po− dem impactar positivamente no pre− ço do adoçante. “A questão da produtividade da cana a ser colhida será um ponto im− portante a ser acompanhado, pois im− pactará no volume de cana disponível para moagem. É válido recapitular que em 2020 trouxe um período seco, que atrasou o desenvolvimento da cana e nos meses de fevereiro e março de 2021

o volume de chuvas em grande parte das regiões canavieiras foi abaixo da média histórica, ou seja, se cana for co− lhida antes de completar seu ciclo de desenvolvimento apresentará quebra na produtividade”, alerta o banco. O balanço de O&D do mercado interno mais enxuto pode afetar os preços de etanol − concorrente direto do açúcar pelo ATR − que podem fi− car mais elevados durante a safra. “A virada de mix de produção não é viá− vel economicamente, mas parte do ATR que não estiver contratado pode virar para o biocombustível caso seja mais remunerador”, afirma o banco. No entanto, o ItaúBBA ressalta que, caso a safra tenha produção maximiza− da de açúcar, poderá apertar para o hi− dratado durante a temporada. Além disso, a arbitragem para exportação de etanol para os EUA está aberta, o que pode enxugar ainda mais a oferta do produto no mercado interno.

Produção de açúcar deverá cair 3,254 milhões de toneladas na safra 2021/22 Queda na produção de cana é a causa

A Archer Consulting estima que a produção de cana na safra 21/22 no Centro−Sul tenha uma redução de 4.35%, em relação ao ciclo 20/21, to− talizando 574.5 milhões de toneladas de cana. A previsão feita anteriormen− te pela consultoria era de uma queda de 3,75%, com produção de 578 mi− lhões. A quebra na produção é devida ao clima seco que afetou o desenvol− vimento dos canaviais. De acordo com a Archer, a pro− dução de açúcar deverá ser de 35,056 milhões de toneladas, o que represen− ta uma redução de 3,254 milhões em relação à safra anterior. Já a produção de etanol prevista é de 24,735 bilhões de litros a partir da cana e mais 3,2 bi− lhões de litros a partir do milho, ou seja, 2,06 bilhões de litros abaixo da produção do ciclo passado.

Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting

As estimativas de que a quebra na produção de cana seja maior do que se previra anteriormente, além de uma ATR aquém do esperado, tem sido motivo de preocupação para o setor. Isso se deve por que, com o Centro− Sul praticamente fixado para a tem− porada atual, algumas usinas temem não ter cana de qualidade suficiente para atender a demanda de ATR que seus compromissos assumidos em vo− lumes de açúcar exigem.

Para Arnaldo Luiz Corrêa, da Ar− cher Consulting, a redução esperada na produção pode, então, ter menor im− pacto, pois vai coincidir com um con− sumo menor.“Podemos estar redonda− mente enganados, mas é difícil ver uma recuperação no Brasil tão animadora quanto os números de outros países. Com lockdown continuado, a redução de consumo de gasolina, a estagnação na venda de veículos novos e a menor mobilidade que vai continuar ainda por

muito tempo, levam−nos a crer que vai sobrar produto”, disse o consultor. Para Corrêa, outros fatos podem atrapalhar o suporte de preços do açúcar como a possível interferência na Petrobrás. “Não é difícil vislumbrar que a paridade de preços internacio− nais − praticada pela Petrobras desde que Pedro Parente assumiu a estatal − está sempre a um fio”, lembrou. O consultor ressalta que, depois de ver que num mercado invertido, co− mo foi o do açúcar no início do ano, o recebedor do físico na expiração do contrato de março ainda tem navios a nomear, é difícil permanecer constru− tivo. “Os fundos sustentaram o mer− cado de alta além do razoável em ter− mos de fundamentos, os spreads en− fraqueceram refletindo o sentimento dos operadores do físico e o petróleo se esforça bravamente para se manter acima dos 60 dólares por tonelada. A própria Agência Americana de Ener− gia estima que o preço médio do pe− tróleo WTI para este ano é de 57 dó− lares por barril e 54.75 dólares por barril para 2022”, conclui.



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MERCADO

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Lideranças apontam os desafios da safra da região Norte/Nordeste Executivos falaram sobre moagem e dinâmica de preços, entre outros

Aspectos importantes da safra no Nordeste foram apresentados no dia 7 de abril, durante o Encontro de Lide− ranças “A safra e os desafios da região Norte/Nordeste”, realizado pelo Jor− nalCana. No evento online, mediado por Josias Messias, jornalista e diretor da ProCana, líderes do setor revelaram números da produção de safra 20/21 e sinalizaram os principais obstáculos para a nova temporada, entre eles o impacto do déficit hídrico e da pan− demia. O webinar contou com patro− cínio da AxiAgro; da GDT by Pró− Usinas; HRC; Project Builder e da S− PAA Soteica. Alexandre Andrade Lima, presi− dente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), alertou que os custos para a produção da cana na próxima safra deverão ser mais altos do que na temporada atual.“O dólar aju− dou, elevando os preços do açúcar, mas aumentou demais e será um de− safio para a próxima safra”, avaliou. Como exemplo, Lima citou os insu− mos dolarizados, como os fertilizantes, que estão com preços altos. Além dis− so, há escassez da matéria−prima para a fabricação dos produtos, o que atra− palha o planejamento agrícola das usi− nas e dos produtores. O presidente da Feplana ressaltou, ainda, os esforços feitos para a criação da primeira central de unidades su− croenergéticas cooperativadas do país, que reunirá as usinas Coaf (Timbaú− ba/PE), CooafSul (Ribeirão/PE), Pindorama (Cururipe/AL) e Coo− pervales. O projeto pioneiro irá po− tencializar o plano de negócios das quatro unidades, que continuarão com autonomia na gestão interna, mas pas− sarão a atuar em bloco no mercado, otimizando sua filosofia cooperativis− ta nesse setor. Alexandre citou também a neces− sidade do pagamento dos Créditos de Descarbonização (CBios) para os pro− dutores, condição ainda ausente no RenovaBio enquanto não for aprova− do o Projeto de Lei (PL) que busca essa inclusão.

Alexandre Lima

Edmundo Barbosa

Pedro Robério

Renato Cunha

Edmundo Barbosa, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool−PB), contou que houve redução na moa− gem na safra atual em relação à tem− porada anterior e existe a preocupa− ção em relação à queda ainda maior na produção para a temporada 21/22. Segundo Barbosa, a Paraíba fecha a safra moendo 5,8 milhões de tone− ladas de cana contra 6,2 milhões to− neladas do ciclo passado. A produção de etanol caiu 6%, já a do açúcar cres− ceu 2%, inclusive cresceu a exporta− ção do alimento: de 8,6 mil toneladas para 14 mil toneladas na safra atual. “Foi uma safra muito difícil, mas teve suas compensações. O RenovaBio possibilitou ganhos de gestão e isso trouxe mais eficiência para a produ− ção”, alegou. O presidente do Sindalcool infor− mou, ainda, que a Paraíba estuda pro− jetos de biogás que devem trazer no− vos avanços para o estado. De acordo com levantamento feito, a produção de biogás na região chega a 346 mi− lhões de m3 por ano. “A Paraíba está trabalhando a favor de uma legislação que torne obrigatório no estado que a companhia distribuidora de gás distri− bua, pelo menos, 5% do biometano que será produzido”, contou, dizendo que a essa nova vertente do setor po− de−se incrementar a receita das usinas.

Pedro Robério Pedro Robério, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçucar/AL) comentou sobre os desafios enfrentados com a pandemia e da resiliência das usinas, que “man− tiveram a força de trabalho em pé e o grau de demissão por dificuldade mercadológica a zero”. Citou também o fim das cotas de importação isentas de tarifa do etanol, que seriam preju− diciais à região caso tivessem sido re− novadas. Robério divulgou ainda que, ape− sar de esperar processar 18 milhões de toneladas de cana, o estado alagoano fechará a safra com volume próximo a 17 milhões de toneladas, o que já é bem mais do que foi processado no ciclo anterior. “Há 3 anos, fizemos 13 milhões de toneladas de cana e tive− mos duas safras com produção de 16 milhões de toneladas. O volume pro− cessado agora é maior e tem perfor− mance financeira melhor do que a sa− fra passada”, disse. Segundo ele, não há desafio con− creto ainda para a próxima tempora− da, visto que, até o momento, o com− portamento climático é bom para a cana que está se desenvolvendo. “O desafio de mercado sempre é um grau de incerteza. Nós não sabemos o que irá acontecer no mundo, com essa pandemia. Há expectativa da vacina−

ção em massa e de não termos novas variantes da Covid−19, assim come− çaremos a controlar, pelo ponto de vista sanitário, a economia”, analisou. Renato Cunha, presidente−exe− cutivo da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (Nova− Bio) e presidente do Sindicato da In− dústria do Açúcar e do Álcool no Es− tado de Pernambuco (Sindaçúcar− PE), destacou o impacto da conjun− tura climática sobre os canaviais e da volatilidade de preços, que está atrela− da ao nível de produção. “A precificação pluvial no Nor− deste é fundamental e é isso que nor− teia os níveis de produção. Nós tive− mos ciclos de safras recentes com 65 milhões de toneladas, portanto cerca de 13 milhões a mais do que o volume dessa temporada, que deve encerrar com 52 milhões de toneladas”, disse. O executivo afirmou também que, embora seja cedo para estimar a pro− dução do próximo ciclo, que se ini− ciará na região em agosto, esta mesma produção poderá ter seu volume au− mentado, caso o déficit hídrico não piore. Ele lembrou, ainda, que a irri− gação é a ferramenta usada na região e contribui nesse sentido, mas é um mecanismo muito mais acessível para grandes fornecedores de cana e para usinas, sendo que uma considerável massa que produz não tem acesso à tecnologia. Cunha falou, ainda, sobre a flexi− bilização da venda direta do etanol, das usinas que o produzem para os postos de abastecimento, sem, necessariamen− te, depender apenas da estrutura clás− sica de distribuição. “É um tema que circula com intensidade há mais de dois anos nas instâncias decisórias, agora com apoio e interesse mais visíveis do governo e do parlamento”, lembrou. Para o executivo, a venda direta favorece consumidores e produtores, amplia a sinergia positiva na cadeia do etanol e reduz a distância entre seus elos. “A comercialização direta vai re− duzir custos com fretes, garantindo maior rapidez no fornecimento de etanol. Importante ressaltar que, logi− camente, não haverá descontinuidade na arrecadação tributária. As usinas se− guem como grandes contribuintes da União e dos estados”, concluiu.

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MERCADO

Abril 2021

Copersucar assumirá 100% do capital da Alvean Empresa passará a atuar com gestão autônoma A Copersucar e a Cargill fir− maram acordo definitivo por meio do qual a Alvean, joint venture (50−50) entre as duas companhias, passará a ser inte− gralmente controlada pela Co− persucar. A operação está sujeita à aprovação da autoridade con− correncial brasileira. Após a con− clusão da transação, a Alvean se− guirá atuando como empresa independente, tendo gestão au− tônoma e governança própria, mantendo suas atividades e a força da sua marca, além de pre− sença e escala globais. “A Copersucar fortalece ainda mais o seu posicionamen−

to estratégico no mercado mun− dial de açúcar, diante da neces− sidade de expansão de oferta do produto, e reforça o seu portfó− lio ao adquirir a Alvean”, co− menta Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Ad− ministração da Copersucar. A Alvean é a líder global no mercado de açúcar. A empresa atende com excelência a clientes em todo o mundo por meio de escritórios nos principais centros de originação, venda e comércio (Genebra, Hong Kong, Bangcoc, Xangai, Bilbao e Miami), con− tando com uma logística inte− grada. O negócio de açúcar é pilar essencial do crescimento da Co− persucar. Com a aquisição da Alvean, a companhia consolida a sua relevante posição no merca− do internacional.

BNDES apoia modernização de unidades do Grupo Tereos Financiamento será usado na compra de máquinas e equipamentos O Banco Nacional de Desenvol− vimento Econômico e Social (BNDES) apoiará a modernização das unidades operacionais da Tereos Açú− car e Energia Brasil e da sua coligada Usina Vertente Ltda. Essas são duas das principais produtoras de açúcar e eta− nol do país. Os recursos também se− rão utilizados na aquisição de mate− riais industrializados para o processo de cultivo de cana−de−açúcar. O financiamento total será de R$ 370 milhões − R$ 330 milhões para a Tereos e R$ 40 milhões para a Ver− tente − e ocorre no âmbito do BNDES Finame Direto, que permi− te a contratação de uma linha de cré− dito para máquinas, equipamentos, materiais industriais e capitais de gi− ro associados. "O Finame Direto foi um produ−

R$ 40 milhões serão direcionados para a Usina Vertente

to pensado para ser uma alternativa de financiamento na aquisição de má− quinas, equipamentos e materiais, de forma mais flexível e mais ágil, ofere− cendo, portanto, uma melhor expe− riência para clientes com menor cus−

to de transação”, explica Marcos Ros− si, superintendente da área de Indús− tria, Serviços e Comércio Exterior do BNDES. Por meio do Finame Direto, em− presas e municípios obtêm uma linha

de crédito para adquirir máquinas, equipamentos, sistemas industriais, componentes e bens de informática e automação, além de outros materiais e capital de giro associado aos equi− pamentos. “O BNDES é um grande parcei− ro da Tereos e teve participação fun− damental nos principais programas de investimento da companhia nos últi− mos 10 anos, desde investimentos para expansão do nosso parque de cogeração até o crescimento da nos− sa capacidade de moagem e produção de açúcar e etanol,” conta Pierre Santoul, CEO da Tereos Açúcar & Energia Brasil. “Este novo financiamento de R$ 370 milhões reforça ainda mais a nossa parceria de longo prazo, com um suporte importante para nossa aquisição de máquinas, equipamen− tos e materiais, além de contribuir para o capital de giro da operação. Agradecemos ao BNDES pela con− fiança na Tereos e por mais esta eta− pa na nossa história juntos”, com− pleta o executivo.


GENTE

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Jacyr Costa Filho

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Pierre Santoul

Jacyr Costa Filho deixa comando do Grupo Tereos Mudança foi anunciada pela companhia na primeira semana de abril O executivo Jacyr Costa Filho, lí− der da região Brasil e membro da Di− retoria do Grupo Tereos, deixou o comando da companhia na primeira semana de abril. Com a saída de Jacyr, Pierre Santoul assume como diretor da Unidade de Negócio Brasil. Em comunicado, a Tereos infor− mou que Santoul continuará a lide− rar a unidade de negócio Tereos Açúcar & Energia Brasil. Ele tam−

bém liderará a unidade de negócio Tereos Amido & Adoçantes Brasil, em consequência, Kwami Correia, Diretor da divisão de Amido & Adoçantes, se reportará diretamente ao executivo e funcionalmente a Christophe Lescroart, Diretor da unidade de negócios Tereos Amido & Adoçantes Europa. As equipes corporativas também se reportarão a Pierre e funcionalmente

às suas respectivas equipes na matriz, localizada na França. A saída de Jacyr, de comum acor− do, acontece após 15 anos no Grupo. A empresa ressalta, no entanto, que o executivo dará suporte a Tereos como consultor nos próximos seis meses. Jacyr iniciou na Tereos em de− zembro de 2006, ocupou as posições de diretor Geral e presidente da Açú− car Guarani até 2013, quando assumiu

a posição de diretor da Tereos Região Brasil. Desde 2019, atuava como membro da Diretoria do Grupo e di− retor da Tereos Internacional. Ao JornalCana o executivo decla− rou: “A Tereos é uma referência no setor sucroenergético e no ano passa− do apresentou resultados bastantes ex− pressivos. Eu tive a honra de poder participar do seu crescimento nos úl− timos 15 anos”.

Setor perde Marcelo Wirgues, presidente da Usina Caçu

Arthur Tavares morre aos 64 por complicações da Covid-19

Empresário não resistiu a complicações da Covid-19

Empresário teve atuação fundamental no setor em MS

O empresário Marcelo Wirgues faleceu no dia 25 de março, aos 52 anos, vítima de complicações da Co− vid−19. Wirgues era presidente da Usina Caçu, localizada em Vicentinó− polis (GO). Deixa a esposa e um casal de filhos. “Marcelo era um sujeito alegre, ético, responsável e leal. Um exemplo de trabalho. Decidiu vir para Goiás para montar uma usina sem nunca ter “tocado” uma. Em uma semana esco− lheu a área, comunicou a família em Paraguaçu Paulista (SP) e mudou pa− ra Goiás. Em 13 meses construiu a usina e fez a primeira safra. Cresceu, fez uma fábrica de etanol de milho também. E nesses 13 anos se tornou uma boa referência aqui em Goiás”, afirmou André Rocha, presidente do

O empresário Arthur Tavares da Costa Carvalho, 64, faleceu no dia 6 de abril, em Campo Grande – MS, ví− tima de complicações da Covid−19. Carvalho deixa esposa, dois filhos e um neto. A Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) lamentou o falecimento do empresário. “Todos os que fazem a Biosul vêm manifestar profundo pesar com o falecimento de Artur Tavares da Costa Carvalho. O empresário teve atuação fundamental na consolidação do setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul e participação sempre ativa no então Sindicato da Indústria da Fabricação de Álcool (SINDAL), entidade que representava o segmen− to no Estado e que chegou a presidir”,

Fórum Nacional Sucroenergético e do Sifaeg O corpo do presidente da Usina Caçu foi cremado e suas cinzas espalha− das pela área da companhia como ho− menagem. “Ele que estava presente no dia a dia da usina agora fica literalmen− te espalhado nela”, concluiu Rocha.

afirmou em comunicado. O Grupo Tavares de Melo (GTM) está presente em quatro Estados e tem as usinas Passa Tempo e Maracaju, em Mato Grosso do Sul; a Olho D’água, em Pernambuco; a Estivas, no Rio Grande do Norte; a Destilaria Giasa, na Paraíba e a Agroarte, pela qual ad− ministrava a área agrícola do grupo. Além disso, é dono de grandes marcas de sucesso como sucos Maguary, Sor− vane, sandálias Dupé, entre outros, nos setores de calçados, embalagens, gera− ção de energia e combustíveis.


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USINAS

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DIANA COMPLETA 40 ANOS E ESTIMA TER MAIS UMA SAFRA EXCELENTE Companhia irá realizar a 35ª safra na temporada 2021/22

A Diana Bioenergia completa, no dia 7 de maio, 40 anos. A história da empresa familiar teve início em 1981, pela iniciativa de Armando Viana Egreja, que, há mais de dez anos, já trabalhava no setor su− croenergético. O município de Avanhandava, no in− terior de São Paulo, foi escolhido para receber a des− tilaria, que começou a ser construída em 1983 e realizou a sua primeira safra em 1987/88, com 312 funcionários, sendo que alguns destes estão traba− lhando e participando do crescimento da empresa até os dias atuais. Em agosto de 1998, a empresa ampliou seu portfólio, com a inauguração da fábrica de açúcar com capacidade de produção de 3.000 sacos por dia, transformando a pequena destilaria em uma usina, conforme sonho do seu fundador. Ao longo de sua história, a Diana passou por vá− rios cenários, viu usinas maiores e mais antigas fe− chando as portas, mas se manteve firme e de pé ao longo das adversidades do setor sucroenergético. Ricardo Junqueira, CEO, ressaltou que a usina celebrou resultados recordes na safra 2020/21, sen− do que as performances de excelência começaram na moagem, com a produção de 1,375 milhão de toneladas de cana. O volume superou em 20% a moagem média das duas últimas safras (2019/20 e 2018/19). Outro recorde foi a produção de açúcar VHP, que chegou a 115 mil toneladas, maior volu− me já produzido pela Diana em sua história. Já a produção de etanol hidratado foi de 50 mil metros cúbicos, com exportação de 2,6 mil megawatts de energia e comercialização de 55.409 mil CBIOS. “Vivemos um momento complicado devido à pandemia; é preciso ter cuidado redobrado. Além da atenção contra acidentes, precisamos ter mais atenção contra esse vírus. Nem toda a produção de açúcar e etanol da Diana vale a vida de nenhum de nós”, alertou. Junqueira afirmou, ainda, que sente muito or− gulho da trajetória da usina até o momento e os resultados positivos vêm se repetindo porque todos trabalham com um objetivo comum, como uma equipe. “Estou muito otimista em relação à perfor− mance para esta safra. Eu acho que a Diana vai atravessar as dificuldades e voltar a ser uma refe− rência no mercado, como foi no passado”, disse o empresário, que, ao lado da acionista e conselheira, Renata Junqueira, filha do fundador da usina, vem modernizando a companhia para mantê−la com− petitiva no mercado. Nesse contexto, investiram em tecnologia, me− lhorias no setor industrial, agrícola e em profissio− nais capacitados. “Em 2020, concluímos a reforma de 70% do nosso canavial, trabalho iniciado em 2018, o que nos possibilitou, em 2020, resultados excelentes e, em 2021, esperamos um incremento de TCH em relação a 2020, na contramão do merca− do, que espera uma retração”, afirmou Leonardo de

Ricardo Junqueira, CEO da Diana e sua esposa, Renata Junqueira, acionista da companhia

Leonardo de Freitas Perossi, diretor administrativo da usina

Freitas Perossi, diretor administrativo da usina. Na área agrícola, ainda, a companhia investiu também R$ 7 milhões em renovação da frota agrícola, com a compra de novas colhedoras e tratores, e na reforma de frente de colheita, o que irá possibilitar colher com melhor qualidade e redução de custo do CTT. De acordo com Perossi, na indústria, além de ter

sido feita uma manutenção industrial robusta, que abrangeu todas as áreas industriais, foram feitos tam− bém investimentos pontuais, para melhorar a efi− ciência industrial e para aumentar a produção de açúcar. Também foram feitos investimentos em uma coluna de hidratado, vislumbrando uma produção mais agressiva no futuro.


USINAS

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Diana estima moer 1,60 mi de toneladas na safra 21/22 Volume é muito próximo de sua capacidade máxima

Diana doou também uma UTI completa e respiradores para Santa Casa de Misericórdia de Penápolis - SP

Sempre comprometida com Nesta temporada 2021/22, a a comunidade onde está instala− Diana realiza a sua 35ª safra e es− da, a usina criou vários projetos tima moer quase 1,60 milhão de sociais – ao todo são 15 projetos toneladas, valor muito próximo –, e sete deles já foram premia− de sua capacidade máxima. A dos no Mastercana. produção de açúcar deverá ser de Além disso a empresa auxi− mais de 125 mil tons de açúcar lia a comunidade com doações. VHP e a de etanol hidratado Ao longo de sua trajetória, a deverá ultrapassar os 54 mil me− tros cúbicos. A empresa deverá, Usina fez doação de álcool 70% Diana já doou equipamentos hospitalares para Santas Casas, ainda, exportar 5,6 mil mega− tablets para escolas, uniforme, bolas, tênis para o watts de energia e comercializar 59 mil CBIOS. A Diana vem evoluindo também na governan− projeto de vôlei da cidade de Avanhandava, quimo− ça, com a implementação, até outubro/2021, do nos para o projeto de jiu−jítsu, alimentos para pa− Conselho de Administração, introduzindo, aos róquias, açúcar para entidades. Com a pandemia, a poucos, a terceira geração da família no comando empresa doou litros de álcool para cidades vizinhas e uma UTI completa para um hospital. da empresa.

Ações que fazem a diferença Para Jéssica Cagliari Soléra, assessora de impren− sa da Diana, que está na usina há quatro anos, um fa− to marcante neste tempo de trabalho prestado foi a doação de uma UTI completa para a Santa Casa de Misericórdia de Penápolis−SP, feita recentemente pela usina. “No momento atual que estamos vivendo, aju− dar o próximo é essencial. Para mim, é de grande sa− tisfação fazer parte dessa empresa, que sempre aju− dou a comunidade com diversos projetos e doações. Sinto orgulho de fazer parte dessa história linda que a Diana Bioenergia construiu e espero que possa comemorar muitos aniversários da usina”, ressaltou. Ela informou, ainda, que a Diana Bioenergia tem como premissa básica a inclusão de todos os gêne− ros na empresa: “Somos uma usina que não faz dis− tinção das pessoas, seja por raça, deficiência ou gê− nero; a inclusão faz parte da nossa história”, alegou. O sentimento de parceria e comprometimento

com a empresa também é motivo de orgulho para Maria Aparecida de Almeida Sarraceni. “Trabalhar nesta empresa é um privilégio. É um lugar acolhe− dor, uma empresa familiar, que formou a família Diana. É uma felicidade fazer parte dessa família, que me acolhe por tantos anos”, disse. Cidinha, como é conhecida, começou a tra− balhar na usina em 6 de junho de 1988, com 27 anos, e construiu sua trajetória profissional na companhia, sendo hoje a funcionária mais antiga da Diana. Seu primeiro cargo foi na balança, mas passou por diversos setores, como RH. Hoje, faz parte da equipe de Medicina do Trabalho, como auxiliar de enfermagem. “Quando eu comecei a trabalhar, era uma destilaria ainda e a gente sem− pre sonhou ver e participar do seu desenvolvi− mento. Eu vi a pequena destilaria se transformar em usina. É uma alegria imensa ver que tudo prosperou”, ressaltou.

Maria Aparecida de Almeida Sarraceni

Jéssica Cagliari Soléra


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USINAS

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Reconhecimento facial segue revolucionando a marcação de ponto nas usinas DT Faceum vem se consolidando como tecnologia fundamental para a gestão de recursos humanos

O reconhecimento facial deixou de ser ficção científica e agora faz par− te da rotina de várias usinas, graças às suas características de avanço arrojado diante da marcação tradicional, e o mais importante: possibilitando às em− presas ganhos significativos. Desenvol− vido pela Dimastec, uma empresa de− dicada à gestão de pontos e controle de acesso, sediada em Ribeirão Preto (SP), o DT Faceum é um ótimo exemplo de inovação neste sentido.Trata−se de um revolucionário aplicativo que leva mobilidade à marcação do ponto on− de quer que o colaborador esteja. O aplicativo pode ser instalado em qualquer gadget, como smartphone ou tablet, para fazer a gestão da jornada de trabalho. Funciona como um relógio de ponto na plataforma digital, que utiliza inteligência artificial e integra− se com qualquer sistema ERP do mercado ou que a empresa já esteja utilizando.

"Sistema de reconhecimento facial foi implantado em 100% da Diana"

Registro no home-office Na Diana Bioenergia, o DT FA− ceum foi implantado em novembro de 2020. Antes disso, foi feito um período de experimentação. Wesley Monteiro, gerente de recursos humanos da usina, oferece mais informações. "A equipe da Dimastec fez a instalação na usina e testamos por pouco mais de mês. Per− cebemos que a implantação foi tran− quila e feita de forma simples, não deu trabalho algum. Logo nos primeiros dias, percebemos que um dos proble− mas que tínhamos anteriormente era uma certa morosidade dos registros e até a falta deles, além de outras dificul− dades com a marcação de ponto em todos os relógios e em todas as frentes. Mas rapidamente percebemos que po− deríamos sanar esses problemas usando o DT Faceum", explica Monteiro. O gerente de recursos humanos da Diana, conta que o sistema foi im− plantado em 100% da empresa e os operadores reconhecem que é muito mais funcional que o antigo relógio. "Primeiramente, o celular fica com o líder. Isso é ótimo porque às vezes tem troca de turno que não acontece em pontos unificados, mas como o celu− lar pode ficar dentro do carro ou den− tro do ônibus na troca do turno, o lí− der ou o fiscal, pode fazer o registro no

Dimas Fausto, presidente da Dimastec

local e ninguém deixa de ter sua mar− cação de ponto registrada". Monteiro destaca também que a tecnologia mitigou a ausência de marcações e agilizou o processo. "Pa− ra se ter uma ideia, o tempo de fecha− mento do ponto que antes demorava quase uma semana hoje leva no má− ximo dois dias, por conta da consis− tência das marcações. Enfim, uma tec− nologia fantástica", elogia o gerente de recursos humanos da Diana. "Outro ponto que merece desta− que é que o sistema tem nos ajudado até na questão do home−office. De− vido a pandemia da Covid−19 temos alguns colaboradores trabalhando nes− se regime e nós colocamos o sistema de reconhecimento facial para o re− gistro deles do início ao fim da jorna− da de trabalho", afirma.

Facilidade no dia a dia O aplicativo de reconhecimento facial da Dimastec, está sendo utilizado em fase de testes, na Clealco Açúcar e Álcool e demonstra trazer grandes fa− cilidades para o dia a dia operacional, em razão de sua tecnologia avançada

que permite agilidade no registro das informações de jornada, mesmo em áreas agrícolas distantes, aperfeiçoando o controle de ponto. "Agora, nessa fase de avaliação, estamos buscando mapear os ganhos de economia que a imple− mentação definitiva da solução poderá trazer ao nosso negócio. Mas, já consi− deramos um avanço muito importante o que constatamos na fase prévia”, afir− ma o vice−presidente de Pessoas e Ju− rídico da Clealco, Carlos Furlaneti.

Tecnologia revolucionária A tecnologia por trás do DT Fa− ceum é que o torna revolucionário. O sistema oferece precisão, transparência e praticidade à marcação de ponto, pois salva as informações de geolocalização no momento exato do registro. Tam− bém possibilita, através de uma demar− cação, que o administrador limite áreas onde o ponto pode ser batido, evitan− do assim que o colaborador esteja em outro local durante o expediente. As− sim como possibilita dar as entradas e saídas de ponto do colaborador, por dispositivo e times e relatórios AFD (Arquivo Fonte de Dados) no mesmo

dia, para auditoria fiscal do trabalho. “É um processo muito preciso e rápido. Com o DT FACEUM, o re− conhecimento facial é feito em dois segundos, o que implica em menos tempo perdido. A tecnologia possibi− lita ter uma série de informações so− bre a jornada de cada colaborador em tempo real, com a marcação de ponto feita de qualquer lugar, como no campo, mesmo no turno noturno ou até se o funcionário estiver em home office. É um ganho muito grande de produtividade e de gestão”, garante Dimas Fausto, presidente da Dimastec. Para fazer o reconhecimento facial, algoritmos de inteligência artificial são usados para detectar diferentes pontos faciais como olhos, sobrancelhas, con− tornos dos lábios, ponta do nariz, entre outros. Com a plataforma de inteligên− cia artificial desenvolvida pela Dimas− tec, o aplicado reconhece os pontos mapeados e registra.Também acompa− nha as mudanças do dia a dia do cola− borador, como corte de cabelo, uso de óculos ou até mesmo envelhecimento. De acordo com Fausto, não há ne− cessidade da empresa investir em infra− estrutura para a implantação da solução. O aplicativo pode funcionar no modo corporativo, implantado em um dispo− sitivo que fica na mão de um líder para fazer os registros ou no modo indivi− dual, sendo acessado pelo próprio fun− cionário. Além disso, é leve e o banco de dados é armazenado na nuvem, com toda a segurança da Lei Geral de Pro− teção de Dados Pessoais (LGPD). Evita também outro problema encontrado no campo, como a falta de conectividade, já que a marcação é feita no módulo offline.“As informações são armazena− das no cache de memória do celular e quando tiver sinal, a informação é en− viada para o banco de dados”, explicou. O sistema representa ainda redu− ção de custo, pois elimina investimen− tos na aquisição e manutenção dos re− lógios de ponto. “Cada relógio tem um custo de R$ 6 mil, imagina uma usina que tem mil colaboradores, tem que ter no mínimo 50 relógios para fazer a marcação no campo. Estamos falando de R$ 300 mil no mínimo de investimento, fora a manutenção, que é altíssima. Com a interação digital, os tíquetes não precisam ser impressos, pois são eletrônicos e vão direto para o e−mail do colaborador”, detalha o presidente da Dimastec.


USINAS

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Pindorama supera 1 milhão de ton produzida Resultado de cana moída representa aumento de 10% em relação ao ciclo passado A Usina Pindorama, localizada na região sul da Alagoas, bateu o recorde histórico de produção ao contabilizar o total de um milhão de toneladas de cana processada na safra 20/21, repre− sentando crescimento de 10% em re− lação ao ciclo passado. Batizado de “caminhão do mi− lhão”, a entrada do veículo na usina foi comemorada pelos moradores e colo− nos durante sua passagem pela comu− nidade de Pindorama, em Coruripe – Alagoas. O ato simbólico foi festejado pelo presidente da Cooperativa Pin− dorama, Klécio Santos, que dedicou a conquista aos colonos, colaboradores, fornecedores e produtores parceiros. “Agradecemos a participação de− cisiva de todos nesse projeto, onde se teve como foco e grande sonho a su− peração dessa marca. Parabenizamos a todos e compartilhamos essa alegria com toda a Região e com aqueles que

acreditam no cooperativismo”, decla− rou Santos.

Parceria com a Coruripe Na reta final da moagem, no final do mês de fevereiro, a Pindorama ain− da recebeu o excedente de 80 mil to−

neladas de canas vindas pela Coruripe conforme parceria firmada com a usi− na e que na avaliação de Santos, real− ça o potencial produtivo da região. “Obtivemos, nesse finalzinho, certa− mente um incremento com a partici− pação da Coruripe, que ajudou a ba−

ter a nossa meta”, comemorou. De acordo com o presidente da Coruripe, Mário Lorencatto, a par− ceria foi estabelecida por sugestão do prefeito de Coruripe, Marcelo Bel− trão. Na safra 20/21, a indústria, maior do Nordeste em produção e capacidade, precisou direcionar ex− cedentes de cana−de−açúcar para outras unidades. “Estabelecemos inicialmente parceria com a Impacto (antiga Usi− na Seresta, em Teotônio Vilela) para moagem do excedente e, atendendo uma sugestão do prefeito, direciona− mos também parte da cana para a Pindorama. Essa iniciativa fortalece− rá a economia do município de Co− ruripe”, aponta Lorencatto. O presidente da Coruripe expli− ca que a necessidade de moagem de parte de sua produção agrícola em outras unidades se deu a partir da ampliação da fábrica. “Para a safra 20/21, fizemos investimentos numa nova caldeira e numa refinaria. Co− mo houve atraso de alguns fornece− dores de equipamentos, começamos a safra um pouco mais tarde. A par− ceria com outras unidades foi pon− tual em função desse processo”, pondera.


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USINAS

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Jalles Machado recebe autorização para exportar açúcar aos EUA Companhia foi certificada pela FDA A Unidade Otávio Lage (UOL) da Jalles Ma− chado foi certificada pela FDA (Food and Drug Administration), no dia 1º de abril, de acordo com a lei federal de medicamentos, cosméticos e se− gurança alimentar norte−americana. Com o certificado, as duas unidades indus− triais da Jalles Machado, localizadas em Goiás, es− tão aptas a exportar açúcar para os EUA. A com− panhia produziu nos primeiros nove meses da temporada 20/21, 5,3 milhões de sacas açúcar. “A chancela é resultado de um longo e tra− balhoso processo de certificação e garante que a UOL está totalmente regular perante o órgão máximo de controle de qualidade de alimentos dos EUA, gerando maior visibilidade para nossos produtos, inclusive em outros países, e reforçan− do o compromisso da Jalles Machado com a qualidade, transparência e ética nas negociações”, afirmou a companhia em comunicado. Recentemente, a empresa fez sua estreia no pregão da B3 e captou R$ 594 milhões que se− rão utilizados para investimentos no aumento da produção de cana−de−açúcar e possíveis novas aquisições no setor, como a compra de uma ter− ceira unidade industrial.

Atvos investe R$ 2 milhões em Corredor Ecológico de Mata Atlântica Parte do cultivo de cana foi otimizado para disponibilizar um trecho para a conexão entre as áreas verdes A Atvos deverá concluir, em parceria com o IPÊ − Instituto de Pesquisas Ecológicas, o plantio de mais de 300 mil de mudas até 2022, para viabilizar o maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica no interior do estado de São Paulo. Mais de 184 mil árvores nativas já foram plan− tadas em 110 hectares, o que representa seis quilô− metros adicionais aos 12 quilômetros do maior cor− redor já reflorestado no bioma, no Brasil. A empre− sa também está disponibilizando uma área de 619 hectares para reflorestamento. Com a conclusão da restauração florestal, o tre− cho será transformado em área de conservação para que integre oficialmente a Estação Ecológica Mi− co−Leão Preto. “O plantio das árvores nativas esti− mula a regeneração natural da região e torna reali− dade o Mapa dos Sonhos. Esta é uma prova de que o agronegócio pode coexistir com as questões am− bientais e contribuir para a fauna e flora”, reforça

Marcelo Annes, superintendente da Atvos. O Mapa dos Sonhos, criado pelo IPÊ, corres− ponde a um mapa com as áreas estratégicas a serem plantadas na Mata Atlântica local, promovendo a re− conexão da floresta e conservando animais ameaça− dos como o mico−leão−preto e a anta brasileira. Muitas das áreas identificadas como importantes es− tão localizadas dentro de propriedades privadas, por isso, a importância de realizar parcerias para os plan− tios florestais. O mapa orienta o plantio dos chamados Cor− redores para a Vida. Um dos corredores, com 2,4 milhões de árvores, interliga as duas maiores unida− des de conservação da Mata Atlântica do interior paulista, o Parque Estadual do Morro do Diabo e a

Estação Ecológica do Mico−Leão Preto. “O projeto Corredores para a Vida, que foi inte− grado ao Programa Nascentes do Governo do Estado de São Paulo, melhora o trânsito dos animais, amplia a área disponível para que a população de micos−leões pretos possa crescer. Também contribui para o clima, para a conservação da biodiversidade e para geração de renda de comunidades que prestam serviços florestais e de comercialização de mudas de viveiros comuni− tários para a realização da ação”, detalha Laury Cullen Jr., coordenador de projetos e pesquisa do IPÊ. A Atvos otimizou parte do cultivo de cana−de− açúcar de forma a disponibilizar um trecho funda− mental para a conexão entre as áreas verdes. Além da restauração florestal com 81 espécies diferentes de flo− ra nativa, a empresa está realizando a conservação do solo, totalizando um investimento de R$ 2 milhões. O processo de recuperação se inicia com a loca− lização e o mapeamento da área e, após o diagnóstico ambiental, o solo começa a ser preparado juntamente com a infraestrutura logística e acondicionamento de mudas. Somente então é feito o plantio e irrigação das mudas, seguida de uma manutenção que inclui con− trole de plantas competidoras e de insetos, como for− migas. Quando necessário, é feito o replantio e, na fa− se final, a equipe monitora a regeneração durante pe− lo menos três anos.



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USINAS

Abril 2021

CRV Industrial deverá moer 1,8 milhão de toneladas de cana na safra 2021/22 Já Unidade de Capinópolis – MG tem como expectativa esmagar mais de 1,3 milhões de toneladas de cana A CRV Industrial, usina localizada em Carmo do Rio Verde (GO), iniciou a safra 21/22 no último dia 8 de abril com a expectativa de moer 1,8 milhão de toneladas de cana−de−açúcar. O volume representa 5,2% a mais do que foi processado no ciclo 20/21 quando a companhia esmagou 1,76 milhão de toneladas. A unidade produz álcool anidro e hidratado, açúcar e gera ener− gia a partir de resíduos da cana para o autoconsumo. Para evitar aglomeração e conti− nuar mantendo os cuidados de pre− venção ao coronavírus, a cerimônia de abertura da safra foi simbólica, com um ato ecumênico, transmitido pelas redes sociais da unidade. Durante a cerimônia, Paula Morais, filha de Paulo Fernando Cavalcanti de Morais, um dos fundadores da usina,

que faleceu no último mês de março, fez uma homenagem ao pai. Ela lem− brou a história de toda a família e as conquistas de Morais, agradecendo aos irmãos e ao primo que dão continui− dade ao legado. Para manter a segurança em relação à Covid−19, a usina segue adotando medidas rigorosas de prevenção exigi− das e recomendados pelo Ministério da Saúde, iniciativa tomada desde o início da pandemia, no ano passado. Por isso, é obrigatório o uso de máscaras e é proi− bida a aglomeração de pessoas. O uso de álcool 70% e a aferição de temperatura de todos que acessam a empresa é uma rotina diária. A limpeza dos ambientes da usina foi reforçada. E no transporte

para o campo houve aumento da quantidade de ônibus. Além disso, para que os profissionais sempre exerçam as suas funções com mais segurança e qualidade, a usina de− senvolveu diversas capacitações, sendo que grande parte delas realizadas no pe− ríodo de entressafra.Ao todo, foram 150 cursos que somaram 15.602 horas, ofe− recidos aos colaboradores do campo e da indústria. A unidade conta também com o programa Jovens Aprendizes, uma estratégia que possibilita o acesso a um primeiro emprego para os jovens e pos− sibilita desenvolver novos profissionais para exercerem funções na companhia. Já a Unidade de Capinópolis – MG da companhia deu início à sua segunda

safra e tem como expectativa esmagar mais de 1,3 milhões de toneladas de ca− na−de−açúcar, superando a primeira em 30%. A unidade prevê a produção de 1.449.640 sacos de açúcar e mais de 60 milhões de litros de etanol. A primeira safra da usina foi finali− zada em dezembro de 2020. Após esse período, a unidade realizou as manu− tenções necessárias em todos os equi− pamentos, além de desenvolver cursos de capacitação e aperfeiçoamento para os colaboradores. Atualmente, mil pes− soas trabalham na usina, impulsionando a economia no Triângulo Mineiro. Para obter bons resultados, a CRV Industrial usa a tecnologia a seu favor. Conta com programa de variedades genéticas que busca por espécies mais produtivas, resistentes a pragas e doen− ças. Além disso, utiliza a agricultura de precisão para reduzir custos e aumentar a capacidade de produção. A abertura de temporada também foi simbólica com um ato ecumênico transmitido pelas redes sociais da usi− na. As ações de prevenção ao corona− virus continuam na CRV Industrial. A doação de álcool 70% para parceiros permanece.

Usina Uruaçu estima moer 1,2 milhão de toneladas de cana na safra 2021/22 Cerca de 200 mil toneladas serão processadas por uma usina parceira. A Usina Uruaçu, localizada em Uruaçu – GO, tem boas expectativas para a safra 2021/2022 e pretende au− mentar a sua produção e moer 1,2 milhão de toneladas de cana−de− açúcar até meados do mês de novem− bro de 2021. Deste total, cerca de 200 mil toneladas serão processadas por uma usina parceira. A companhia iniciou a tempora− da atual na segunda semana de abril, sendo que a produção da usina será dedicada à produção de etanol hidra− tado. A previsão é produzir 78 milhões de litros de etanol. Segundo o gerente geral da usina, Bartolomeu Ferreira, o rendimento agrí− cola esperado na safra é de 90 toneladas

de cana por hectare, com uma moagem média diária de 5 mil toneladas. A empresa gera emprego e ren− da na região, diretamente são apro− ximadamente 800 funcionários. Para que os profissionais sempre exerçam

as suas funções com mais qualidade, a usina desenvolveu capacitações, grande parte foram realizados no período de entressafra. A abertura de safra este ano foi simbólica, com um culto ecumênico

transmitido pelas redes sociais da usina. Além disso, a empresa segue adotando medidas rigorosas de pre− venção exigidas em tempos de pan− demia. Todas as normas de seguran− ça para proteger a saúde dos colabo− radores são prioridade, seguindo os protocolos recomendados pelo Mi− nistério da Saúde. O uso de máscaras é obrigatório e não há aglomeração de pessoas. O uso de álcool 70% e a aferição de temperatura de todas as pessoas que acessam a empresa é uma rotina diá− ria. E a limpeza de todos os ambien− tes da usina é reforçada e o compar− tilhamento de objetos pessoais não é permitido. Também houve aumento da quantidade de ônibus para trans− porte dos trabalhadores para evitar aglomerações. A usina Uruaçu segue apoiando as prefeituras da região com a doação de álcool 70% para a descontaminação dos prédios, veículos e ambulâncias da rede pública de saúde.


USINAS

Abril 2021

Cooper-Rubi espera moer 2,1 milhões de toneladas de cana na safra 2021/22 Previsão é produzir 5 mil quilowatts para autoconsumo e exportação de excedente para o SIN A Cooper – Rubi, usina localizada em Rubiataba (GO), espera moer 2,1 milhões de toneladas de cana−de−açúcar na safra 21/22, o que representa quase 4% a mais que a safra an− terior e, consequentemente, um aumento de toneladas por hectare colhido. Devido à pandemia a abertura da tempo− rada foi simbólica com a transmissão de um ato de Ação de Graças nas redes sociais. A unidade produz etanol, açúcar e energia por biomassa e emprega, atualmente, 1.600 co− laboradores. E desenvolve capacitações no campo e na indústria, que possibilitam o cres− cimento profissional. A unidade ainda prioriza a contratação de mão de obra da região, assim é a maior geradora de emprego de Rubiataba e das cidades próximas, colaborando para ex− pansão da economia local e o bem estar da so− ciedade. Um bom exemplo é a parceria com pre− feitura de Nova América. O município arca com o transporte diário de 25 profissionais que

foram contratados para trabalhar na usina. A Cooper−Rubi acredita que este tipo de coo− peração é benéfica para toda a sociedade. Os jovens também têm oportunidades na empresa. Por meio do Programa Jovem Apren− diz, eles podem ingressar na empresa. A unida− de conta com vários exemplos que ao termi− narem o contrato de aprendizes e foram efeti− vados. A empresa ainda desenvolve um trabalho social, colaborando com as prefeituras em ações de manutenção com o fornecimento de ma− quinário e mão de obra. Para a companhia, o meio ambiente mere− ce atenção especial. As parcerias firmadas com as secretarias de Meio Ambiente permitem a realização de projetos de reflorestamento das nascentes e área degradas, com a disponibiliza− ção doações de mudas para a comunidade. A unidade também gera energia limpa e renovável por meio da biomassa. Este ano a previsão é produzir cinco mil quilowatts para autoconsumo e exportação de excedente para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Todas as recomendações dos órgãos de saúde continuam sendo rigorosamente segui− das. A empresa segue fornecendo álcool 70% às prefeituras da região para a descontaminação dos prédios, veículos e ambulâncias.

Cooper – Rubi tem 1600 funcionários

Usina vai moer quase 4% a mais

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INDUSTRIAL

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Mesmo com desafios climáticos, Da Mata investe em busca de novos recordes Usina se mantém competitiva e sustentável

A Usina Da Mata está em busca de alcançar a marca de 5 milhões de to− neladas de cana. Mas essa conquista depende, e muito, das condições cli− máticas. Por estar localizada na região de Araçatuba, com área agrícola cor− respondente a aproximadamente 65 mil hectares, sofreu como todas as unidades da região com a estiagem ocorrida ano passado. "Choveu muito menos que o es− perado e os canaviais sofreram demais com o efeito da isoporização, preju− dicando a colheita e o atingimento das metas de TCH. A quebra de safra foi inevitável", informou a superinten− dência da usina. Apesar da meta de moagem esti− pulada para a última safra não ter sido alcançada, a usina teve bons números financeiros, conforme divulgado na imprensa. O balanço da companhia mostra um resultado líquido recorde no ano passado, com lucro de 80,93 milhões de reais — aumento de 123,7% ante os 36,18 milhões de reais contabilizados em 2019. Na safra 2021/22 a expectativa é positiva apesar dos desafios. Aliás, essa é uma característica inerente a Da Mata, de cujos números podemos observar um constante crescimento em sua moagem. Isso se confirma, porque além de pos− suir uma planta industrial moderna e totalmente automatizada, a diretoria da usina investe sempre no sentido do crescimento da indústria como um to− do, em especial, na agrícola buscando aumento de produção e performance, focados em formação de canavial e tra− tos culturais e em maximizar seus pro− cessos de produção de etanol e açúcar.

Para se ter uma ideia, em 2020 fo− ram plantados 10,5 mil hectares de cana−de−açúcar, sendo 2,94 mil em áreas de expansão de lavouras. Para 2021, a expectativa é que sejam plan− tados mais de 9,5 mil hectares, dos quais 2,2 mil em áreas de expansão. Além disso, a usina segue com mix mais voltado para a produção de açú− car (70%). Inclusive, com o objetivo de otimizar a cogeração e os processos de produção de açúcar e etanol, a Usina Da Mata avançou no processo de transformação digital da indústria com a implantação do software S−PAA, que é o único RTO (Otimização em Tempo Real) do setor bioenergético mundial. Assim, a usina é a 60ª unidade pro− dutora a adotar o software S−PAA – único RTO (Otimização em Tempo Real) do setor bioenergético no mundo.

Usinas e grupos que recentemente adotaram o software S-PAA O utras us in as e g r upos avan− ç a r a m n o p ro c e s s o d e t r a n s f o r − ma ç ão d i g i ta l e e s tã o en tre as 6 0 u s i n a s q u e a d o t a r a m o s o f t wa r e S − PA A . E n t re a s m a i s re c e n t es e s t á a Te re o s , qu e e s te n d e u a te c no l og i a par a as s et e un i da des

do G r u po, c om a s uni d ad es A n− dr ad e e Severí n i a; a Bi o s ev, c o m a s u n i d a d e s S a n t a E l i s a , Va l e d o R o s á r i o e L e m e ; a C ol o m b o, c o m a s u n i d ad e s Pa l e s t i n a e Sa n t a A lb e r t in a ; e a U si n a Sã o D om i ng o s .

“Baseado na minha experiência de alguns anos operando com o S−PAA em outra usina, contar com uma planta virtual modelada e inteligente, que possibilite o tempo todo compa− rar a forma de operação da usina ver− sus o ponto ótimo, ou seja, encontrar o delta, traz um ganho muito signifi− cativo de eficiência”, afirmou Walter Di Mastrogirolamo, gerente industrial da Da Mata. De acordo com o gerente indus− trial, com o S−PAA existe um tem− po de resposta excelente, pois o soft− ware fica o tempo todo analisando e fazendo ajustes nas operações. Por− tanto, aquilo que um operador leva− ria um bom tempo para fazer ma− nualmente, é processado pela ferra− menta em milésimos de segundo. Is− so traz um retorno financeiro muito interessante.

Mastrogirolamo destaca também as atuações automáticas do software — os laços fechados. “Inicialmente co− meçaremos com os laços de energia e depois avançaremos para laços de va− por, inclusive fechando os vapores de baixa,V1 e V2”. Por fim o profissional celebra os ganhos que serão obtidos. “Nossa expectativa é ter uma integração maior entre as áreas, com tempo de resposta mais rápido nas atuações, o que redundará em ganhos de estabi− lidade operacional e, em decorrên− cia, ganhos nos produtos finais – açúcar, etanol e energia. Além do aprimoramento da equipe, que terá um novo olhar sobre o potencial de cada equipamento, de cada setor e, portanto, da usina. Utilizar o S−PAA é um ciclo virtuoso de aprendizado e crescimento!”, ressaltou.

NÚMEROS 100 milhões de toneladas de cana por safra 4,8 bilhões de litros de etanol por safra 140 milhões de sacas de açúcar (50kg) 7,7 GWh de bioenergia por ano Retorno médio de R$ 2.800.000,00 por projeto


AGRÍCOLA

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Bactéria nos vasos condutores

Etapa extração meristema

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Etapa de multiplicação em bit

Biotecnologia como ferramenta de incremento da produtividade nos canaviais Já entramos em uma nova era no uso da biotecnologia verde, como um grande aliado para atuar no incre− mento da produtividade para o setor, seja no desenvolvimento de novas va− riedades geneticamente modificadas, para o desenvolvimento de plantas mais resistentes a fitopatógenos, na se− leção dos melhores indivíduos, clona− gem larga escala e limpeza de doenças presentes nas plantas. A tecnologia vem sendo ampla− mente utilizada no mundo, como o Departamento de Agricultura dos EUA, já possui o programa National Clean Plant Network (NCPN), Re− de Nacional de Plantas Limpas para fornecer material vegetal propagado assexuadamente, livre de fitopatóge− nos e pragas. A Europa possui pro− gramas semelhantes que visam o mesmo conceito na segurança da ca− deia de fornecimentos de mudas pa− ra os produtores, garantindo sua competitividade global. No Brasil podemos dividir em duas fases, o passado onde tivemos a expansão de laboratórios dentro das usinas, porém praticamente quase to− dos fecharam devido aos custos de produção das mudas in vitro, devido a tecnologia existente na época. Já na segunda fase, nesta última década, ti− vemos a entrada de multinacionais, empresas privadas e órgãos governa− mentais que com a modernização da tecnologia para produção em larga escala, conseguiram viabilizar a tec− nologia para atender a uma demanda crescente na renovação e introdução de novas variedades, com mudas de qualidade. A tecnologia do cultivo de meris− tema é conhecida mundialmente com uma das principais tecnologias para

formação de mudas sadias e vigorosas comparado com o sistema de multi− plicação convencional. Como exem− plo, na imagem, podemos observar na foto tirada no microscópio eletrônico, mostrando as bactérias (seta) que oca− sionam doenças nos vasos condutores de um colmo de cana−de−açúcar impedindo o crescimento da planta e consequentemente redução da pro− dutividade. Há vários artigos científicos abor− dando as principais doenças e os im− pactos das bactérias Leifsonia xyli subsp. Xyli (Raquitismo da soqueira) e Xanthomonas albilineans (Escalda− dura das folhas) na produtividade dos canaviais. Doenças que podem trazer impactos na ordem de 5% a 30%, em determinada época do ano ou região e podendo chegar a níveis muitos al− tos infectando toda o canavial. Com os métodos tradicionais de propagação utilizando seguimento das plantas, gemas ou brotos para a for− mação das mudas, temos a opção de fazer o tratamento térmico dos mate− riais. Porém é conhecido que esse método ajuda a eliminar o abaixar a concentração do inóculo no caso do Raquitismo da soqueira. Mas para a doença da Escaldadura das folhas, o

tratamento térmico não é eficiente e ainda não existe nenhum tratamento químico para o controle da doença. Como alternativa, a produção de muda in vitro de cana−de−açúcar é o único caminho para a eliminação dos patógenos e oferecer uma rota segura para a formação de novos campos li− vres de doenças. Diante deste cenário, a Biofabri− ca da Explante, vem produzindo mu− das há mais de 20 anos para diferen− tes setores e oferecendo através da es− pecialização no cultivo de meristema em cana−de−açúcar, soluções seguras e rastreabilidade na cadeia de produ− ção de mudas. O processo de produção das mu− das exige conhecimento e o desen− volvimento de protocolo de produ− ção para garantir segurança na cadeia de produção para cada etapa, como por exemplo, a técnica de extração de meristemas. A região meristemática é uma região em intensa atividade ce− lular e com baixa concentração de patógenos como bactérias e vírus. Com isso, quando extraímos o meris− tema com poucos primórdios foliares temos uma garantia que as mudas produzidas estarão sadias e vigorosas. Vide a imagem.

Na etapa de multiplicação, com a modernização e a introdução de no− vas tecnologias, como os Biorreatores de Imersão Temporária (BIT), visan− do redução de custo e a produção em larga escala, aumentamos a capacidade produtiva da biofábrica e ajudou a viabilizar a tecnologia. A tecnologia também oferece outros benefícios na formação de viveiros como a cantose e/ou meiose, oferecendo maiores ta− xas de desdobra superiores aos méto− dos convencionais. As mudas in vitro, além de garantir mudas com sanidade, apresentam incremento do vigor ve− getativo da planta que garante uma padronização e um excelente perfi− lhamento dos materiais e como con− sequência contribui para um maior número de colmos e gemas por tou− ceira, conforme foto acima. Estes números podemos observar através da experiência que a Explante vem avaliando junto aos clientes, ao longo destes últimos anos, com mais de 30 milhões de mudas plantadas para atender a formação de novas áreas e na longevidade que a tecnologia está tra− zendo para canaviais saudáveis e produ− tivos. O investimento em pesquisa e novas soluções irão contribuir para a re− dução do custo da tecnologia, visando oferecer soluções seguras para a cadeia de fornecimento de mudas de cana. A Biotecnologia trouxe grandes benefícios para o setor canavieiro ao longo desses últimos anos, colocando o Brasil em destaque na produção e no uso da tecnologia do cultivo in vitro, porém a continuidade nos investi− mentos e a avaliação nos resultados positivos que a tecnologia oferece se− rão fundamentais para colocarmos os índices de produtividade, nos patama− res que o setor necessita para conti− nuarmos competitivos.

Alexandre Landgraf, diretor comercial da Explante Biotecnologia


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AGRÍCOLA

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Raízen investe R$ 345 milhões em renovação de frota para a safra 2021/22 Investimento é destinado a maquinário agrícola e caminhões com alta performance

A nova frota vem para entregar às operações agrícolas da companhia ainda mais segurança, performance e qualidade, além de proporcionar uma significativa redução do con− sumo de combustível, onde, para os caminhões que passarão a operar na frente de colheita, por exemplo, es− sa redução pode chegar a cerca de 40% em relação a operação atual. Todas estas tecnologias possibilita− rão à Raízen um ganho de produ− tividade nos canaviais além de um consumo menor de recursos, con− solidando uma cadeia produtiva ca− da vez mais eficiente, responsável e sustentável.

DIVULGAÇÃO RAÍZEN

A Raízen se prepara para dar iní− cio a safra 21’22 com uma renovação robusta de frota e maquinários agrí− colas na ordem de R$ 345 milhões. O montante foi destinado a mais de 500 equipamentos, entre eles, colhedoras, carretas e caminhões (cavalo mecâni− co) canavieiros, além de caminhões semiautônomos − uma novidade na operação agrícola, que passará a utili− zá−los no transbordo da cana−de− açúcar. De acordo com a companhia, o investimento reforça o seu trabalho intenso para o desenvolvimento e fo− mento de novas soluções e tecnologias nas mais diversas frentes de sua atua− ção e que possam vir a revolucionar o agronegócio ou etapas da produção como um todo. Os novos equipa− mentos serão destinados à renovação da frota de todos os polos de operação da companhia. "Na busca pela otimização de re− cursos e maior eficiência na operação e custos como um todo, investimos em frotas e equipamentos que entreguem alta performance e tecnologia. Para is− so, buscamos nos mais diversos par− ceiros o que há de mais inovador no mercado e os estimulamos com o in− tuito de maximizarmos sinergias complementares ao negócio, uma vez que cada fornecedor da Raízen tam− bém é parte fundamental em toda a cadeia produtiva e um parceiro estra− tégico dentro da nossa jornada", afir− ma Henrique Nakamura, diretor de Suprimentos da Raízen.

Henrique Nakamura, diretor de Suprimentos da Raízen

"Com esta negociação, a Raízen conta com a máxima eficiência na área agrícola de suas 26 unidades de produção de etanol, açúcar e bio− energia, além da alta tecnologia embarcada nos equipamentos, o que também nos possibilitará reduzir o consumo de combustível e colabo− rar com a promoção de impactos positivos no meio ambiente, na ro− tina, qualidade de vida e produtivi− dade da mão de obra de todo o pro− cesso produtivo, bem como na so− ciedade impactada pelo negócio", destaca Rodrigo Morales, gerente corporativo de Operações Agrícolas da Raízen.

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AGRÍCOLA

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Produtor recorre ao uso de adubo biológico para obter canaviais de excelência Uso da tecnologia contribui para aumento da biodiversidade do solo Cada dia mais a atividade agrícola exige novas práticas de manejo e ino− vações para aumentar a eficiência agrí− cola. Seja para agricultura, pecuária ou reflorestamento, pesquisas comprovam que restabelecer o microbioma do so− lo garante benefícios que atuam no condicionamento das propriedades fí− sicas, químicas e biológicas. Por esse motivo, o produtor Bru− no Rangel, proprietário da Fazenda São Rafael, que fica em Guariba (SP), inaugurou uma Biofábrica CLC − Compostagem Líquida Contínua, de 50 mil litros, para a produção de adu− bo biológico com uso da Biotecno− logia Microgeo. “Nós conhecemos a Microgeo através de outro produtor. A partir daí buscamos nos aprofundar em estudos e baseado em análises da microbiolo−

Equipe da Fazenda São Rafael e representantes da Microgeo na inauguração da Biofábrica CLC

gia do solo, principalmente realizadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e no relato de produtores que estavam muito satis− feitos, optamos pela instalação da Biofábrica”, conta Rangel. Devido ao monocultivo, a diver− sidade de microrganismos é reduzida no solo, tornando o sistema menos produtivo e gerando uma maior de− manda de insumos para a nutrição e proteção das plantas. “Incluir a aduba− ção biológica produzida com a Bio− tecnologia Microgeo no manejo pa− drão da propriedade, é essencial para devolver a biodiversidade ao solo e as−

sim, recuperar a saúde ecológica do solo e da planta”, explica Marco Fa− rias, Coordenador de Desenvolvi− mento de Mercado da Microgeo. A adubação biológica oferece multibenefícios como a agregação do solo, diminuindo a compactação, a erosão e aumenta a infiltração e re− tenção de água. Com o uso da Bio− tecnologia Microgeo, fica evidente uma maior eficiência nos resultados agronômicos de forma gradual, inde− pendente da cultura tratada. O adubo biológico é fácil de ser manejado e pode ser aplicado em conjunto com defensivos químicos,

fertilizantes, biológicos, insumos fo− liares e vinhaça. Além disso, condições como temperatura, luminosidade e umidade, não interferem na aplicação e resultados do insumo. Rangel acredita que já na próxi− ma colheita, em 2022, será possível obter uma redução de custos, au− mento na produtividade e, principal− mente, longevidade do canavial. O adubo biológico será utilizado em toda a área da fazenda, um total de 455 hectares cultivados. Inicialmente a aplicação acontecerá na cultura de cana−de−açúcar e posteriormente no plantio da soja.




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AGRÍCOLA

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BP Bunge investe em alternativas biológicas para controle de pragas e doenças Objetivo é reduzir utilização de defensivos químicos em suas lavouras Para reduzir a utilização de defen− sivos agrícolas de base química, a BP Bunge Bioenergia tem investido em pesquisa, desenvolvimento e na aqui− sição de alternativas para o uso de controle biológico de pragas ou de variedades de cana−de−açúcar resis− tentes às ameaças à cultura vegetal. Esse é o caso da vespa Cotesia Fla− vipes, utilizada nos canaviais para o controle biológico da broca−da−cana, espécie de larva de mariposa que pro− voca grandes perdas de produtividade na cultura da cana−de−açúcar. Inclu− sive, as larvas da cotesia, que combatem a praga se alimentando da broca−da− cana, são depositadas em recipientes e lançadas no canavial por Drones, a par− tir de um planejamento georreferen− ciado para a melhor eficiência de loca− lização, garantindo resultados adequa− dos ao manejo biológico. Já para o combate à cigarrinha, in− seto que suga a seiva das raízes da cana, injetando uma toxina que reduz a pro− dutividade da planta, a empresa utiliza o fungo Metarhizium Anisopliae. Também um outro grande desafio é combater o Sphenophorus levis, ou bicudo da cana−de−açúcar. Para en− frentar esta praga, a BP Bunge é pio− neira no uso da tecnologia dos nema− toides entomopatogênicos (Heteror− habditis bacteriophora), com resulta− dos promissores. “Sempre que possível, priorizamos as alternativas biológicas para comba− ter as pragas que causam perdas às la− vouras de cana−de−açúcar. A evolução das pesquisas tem ampliado o leque de alternativas aos tradicionais defensivos agrícolas, o que é bom para o setor e melhor para o meio ambiente”, afirma Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia.

Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia

Alternativas para a broca gigante O combate à broca gigante vem sendo estudado e a BP Bunge, junta− mente com outros parceiros, está na linha de frente dessas pesquisas. Uma das linhas de estudo utiliza os nema− tóides entomopatogênicos, um tipo de verme do solo, no combate à broca gigante, já que se alimentam das larvas da broca, interrompendo seu ciclo de desenvolvimento. Outra alternativa que vem sendo testada pela companhia para o con− trole da broca gigante é a utilização de variedades de cana−de−açúcar de− senvolvidas pelo CTC − Centro de Tecnologia Canavieira, adotadas nes− sa fase de testes na Unidade Pedro Afonso (TO).

Mudas Pré-Brotadas Outra alternativa para reduzir a ocorrência de pragas e doenças em seus canaviais, com menor uso de de− fensivos de base química, está no ma− nejo do plantio, pelo uso de Mudas Pré−Brotadas (MPB) a partir de va− riedades desenvolvidas especificamen− te para cada uma das 11 unidades da companhia, de acordo com as carac− terísticas geográficas, geológicas e cli− máticas de cada região. Para isso, a BP Bunge possui o Núcleo de Produção de MPB na uni− dade Moema, em Orindiúva (SP), que produz cerca de 3,4 milhões de mu− das de cana−de−açúcar ao ano. Essa produção própria tem inú− meras vantagens para garantir: a sani− dade da planta, que foi produzida em um ambiente controlado; a rastreabi− lidade e confiança da origem do ma− terial e da produção de qualidade a partir de testes feitos no viveiro; e a tendência de crescimento mais rápi− do, pois, caso a muda MPB seja plan− tada em um regime adequado de chuvas, a evolução chega a ser 20% maior em comparação a outros mé− todos de plantio. Em terras próprias, a companhia também promove o manejo e a rota− ção com outras culturas vegetais, co− mo crotalária, soja, amendoim etc., além de outras práticas mecânicas pa− ra eliminação das pragas de solo, o que contribui no combate a pragas e na renovação do solo para o replantio da cana−de−açúcar.



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AGRÍCOLA

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Estudo do IAC mostra como a produtividade de cana varia no mesmo tipo de solo Pesquisa mostra as interferências das condições climáticas no resultado toneladas por hectare As lavouras instaladas em um mesmo tipo de solo, porém com con− dições de temperaturas e disponibili− dade hídrica diversas, terão produtivi− dades variadas destacam pesquisas do Instituto Agronômico (IAC). De acordo com os estudos é importante conhecer a produtividade do ambien− te de produção para saber qual é o mínimo possível para produzir em determinada localidade. “Por exemplo: o Nitossolo eutró− fico, textura argilosa, enquadra−se no ambiente A1, onde a produtividade média é de cinco cortes é de 100 to− neladas por hectare, no manejo con− vencional e na colheita do meio de safra”, explica o pesquisador do IAC, Hélio do Prado. Esse mesmo solo, em Goianésia, Goiás, onde ocorre seca durante cinco meses seguidos, o ambiente de produ− ção muda para o chamado C1, com produtividade média de cinco cortes de 84 a 87 toneladas por hectare, também no manejo convencional e na colheita do meio de safra. “A maior deficiência hídrica em Goiás é responsável pela menor produtividade”, resume. Outro exemplo que comprova es− se fenômeno: o Latossolo com teor de argila relativamente baixo atinge cinco cortes de cana no Estado de São Pau− lo. Porém, o mesmo solo na Paraíba atinge apenas dois cortes. “No terceiro corte nem compensa insistir porque nada produz”, garante o pesquisador. Segundo Prado, se o ambiente for restritivo, a produtividade é tão baixa que, para alcançar produtividade a partir de 100 toneladas, por hectare, será preciso muito investimento. “No entanto, se o ambiente de partida for favorável, com pouco recurso já é possível atingir os três dígitos”, diz. No Estado de São Paulo existem locais com clima muito diferentes. Considerando as regiões paulistas ca− navieiras de Assis e Ribeirão Preto, na primeira a distribuição da chuva é bem melhor do que na segunda. “A região de Piracicaba possui área representativa com solo origina− do da rocha folhelho, muito pobre em cálcio, elemento que estimula o cres− cimento radicular. Além disso, esse so− lo é naturalmente muito duro, o que dificulta a exploração radicular em profundidade”, explica. Por esse motivo, os ambientes de produção paulistas mais restritivos estão

Hélio do Prado

Marcos Landell

em Piracicaba, exceto nos locais geo− graficamente direcionados para Cam− pinas e para Rio Claro, que correspon− dem a 25% da região, no máximo. O pesquisador relata que em suas pesquisas já encontrou o solo mais ri− co do mundo, chamado Vertissolo, em Juazeiro, na Bahia. Lá, a cana−de− açúcar com manejo de irrigação por gotejamento atinge quase 200 tone− ladas, por hectare. Em Goiás, na usina Jalles Macha− do, onde o solo é tipo Latossolo acri− co, tem−se produtividade média de cinco cortes de 68 a 71 toneladas, por hectare, na colheita de meio de safra. Este mesmo solo, na usina Santa Julia− na, em Minas Gerais, tem produtivi− dade média de cinco cortes de 84 a 87 toneladas, por hectare, também com colheita no meio de safra. Prado explica que isso ocorre porque na Jalles Machado a altitude é de 780m, já na Santa Juliana é de 1.100m. De novo é o clima mudando

um ambiente de produção. “Em Goianésia, na usina Jalles Machado es− se solo enquadra−se no ambiente E2, mas na Santa Juliana enquadra−se no ambiente C1, ambas no manejo con− vencional, com colheita no meio de safra”, disse. O pesquisador classificou os am− bientes por letras: G2, G1, F2, F1, E2, E1, D2, D1, C2, C1, B2, B1, A2, A1, A+1, A+2, A+4 , A+5. São muito fa− voráveis os ambientes A+1, A+2, A+3, A+4, A+5; favoráveis A1, A2, B1, B2; médios C1, C2, D1; desfavoráveis D2, E1, E2, muito desfavoráveis os am− bientes F1, F2, G1 e G2. No G2 a produtividade média é inferior a 52 toneladas, por hectare, no A+4 é próxima de 200 toneladas, por hectare. “Um solo muito rico pode ser ambiente G2, isto é, muito desfavorá− vel, se a deficiência hídrica for extre− ma, tal como em Juazeiro, na Bahia, onde não chove durante oito meses do ano”, explica.

O Programa Cana IAC estabele− ceu ao longo dos últimos 20 anos uma grande rede experimental, apoiado principalmente por empresas do setor sucroenergético da região Centro−Sul: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Para− ná, Mato Grosso do Sul e Mato Gros− so. Essa ação permitiu identificar va− riedades IAC com excelente adapta− ção e performance em outros estados. É o caso da IAC91−1099, muito adaptada a Goiás e a outros estados do Centro−Oeste brasileiro. Destaca−se também a IACSP95−5094 com gran− des performances no Paraná, Goiás, Mi− nas Gerais e Mato Grosso do Sul.“Nesta network estamos tendo oportunidade de identificar variedades de excepcional desempenho para nichos específicos”, resume o líder do Programa Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell. Assim acontece com as variedades que estão em processo de lançamento: a IACCTC05−9561, muito adaptada a Goiás, e a IACSP04−6007, desenvolvi− da inicialmente na região de Assis e que se encontra em franca expansão nos es− tados do Paraná e Mato Grosso do Sul. “O desenvolvimento de micro redes regionais, em nichos extremos, como é o caso do “site” de seleção que temos há 20 anos no norte de Goiás, em Goianésia, nos permitiu, identificar genótipos de acentuada tolerância à seca, como a IACCTC07−8008“, explica Landell. As informações geradas nessa loca− lidade possibilitam prever quais as varie− dades apresentam maior tolerância ao estresse hídrico. Dessa forma é possível indicá−las para outras regiões do Brasil. “O uso dessas variedades poderia con− tribuir para a sustentabilidade econômi− ca e ambiental da atividade”, conclui.


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Usinas da Paraíba entregam cestas básicas a famílias carentes Vulnerabilidade social cresceu com a pandemia As usinas de açúcar e etanol da Paraíba entregaram cestas básicas para famílias carentes que residem nas co− munidades próximas às suas áreas de atuação. O objetivo das empresas é le− var alimentação nutritiva às pessoas que estão em situação de vulnerabili− dade social, fato agravado ainda mais pela pandemia. As usinas também es− tão conscientizando a comunidade para a redução de riscos de infecção através do uso de máscaras. As empresas que participam da ação humanitária são a Tabu, Miriri, GIASA, Japungu, D’Pádua e Monte Alegre, que juntas integram o Sindi− cato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool−PB). A Usina Miriri, situada na Região Metropolitana de João Pessoa, fez suas entregas no distrito de Tavares, no município de Rio Tinto. “A comuni− dade de Tavares está situada em região de relevante interesse ecológico. O

Campanha de valorização do etanol

apoio da Miriri é complementado por noções de educação ambiental. A li− gação da usina com essa região vem desde a sua fundação, em 1976, sem− pre com práticas sustentáveis. As ações de educação ambiental estão direcio− nadas para a preservação do mangue no estuário do rio Mamanguape”, disse o presidente do Sindalcool−PB, Edmundo Barbosa. Segundo o dirigente, a usina de− senvolve um projeto que visa contri−

buir na formação do caráter de crianças de 1 a 7 anos de idade que residem nas comunidades próximas da empresa. A companhia tem uma escola com 100 crianças que utilizam a metodologia do “Movimento Abraçar”, no qual paralelamente ao conteúdo didático ensinado, as crianças também aprendem “valores da essência humana” (amor, paz, ver− dade, ação correta e não violência) e praticam meditação.

As cestas básicas doadas pelas usi− nas têm o selo “Completa com Eta− nol”. O “Completa com etanol” é uma iniciativa criada pelo Sindalcool− PB para elevar a imagem do biocom− bustível etanol, conseguir mais adep− tos e reunir apoiadores da causa. Através do perfil no Instagram @completacometanol e da landing page “completa.com” os usuários en− contram dicas de como economizar e fazer o etanol render mais, informações sobre a mecânica do veículo, razões para optar pelo etanol, esclarecimentos sobre dúvidas, mitos e verdades, entre outras informações relevantes sobre o combustível mais limpo do planeta. “Essa iniciativa vai além do digi− tal. Além de gerar emprego e renda para os trabalhadores do campo e produtores rurais da Paraíba, o uso do etanol ajuda na redução da poluição atmosférica e contribui para melhoria da qualidade de vida de todos”, con− clui Barbosa.

Usina Cerradão doa totens de álcool gel para SINE A Usina Cerradão, localizada em Frutal – MG, realizou, em março, a en− trega de três totens de álcool gel, além de 2 mil máscaras descartáveis para o SINE (Sistema Nacional de Emprego) do município. De acordo com a companhia, a parceria foi estabelecida para levar mais segurança a todas as pessoas que buscam a instituição. Os aparelhos ficarão ex− postos nas entradas do Centro de Eventos Yara Lins, local onde o órgão está em funcionamento. “O SINE é uma entidade muito importante e parceira em nossos proces− sos de captação, desenvolvimento e ca− pacitação de candidatos e futuros cola− boradores. Nós, da Usina Cerradão, te−

mos como objetivo primordial poder apoiar nas medidas de contenção à Co− vid−19. São ações e parcerias como esta que nos faz ainda mais fortes para juntos vencermos com saúde”, disse Laila Pe− res, coordenadora de RH da companhia. Para Aline Luiza Nunes, coordena− dora do SINE, a parceria é fundamental e os equipamentos chegaram em um mo− mento necessário. “Essa é uma parceria muito importante que mantemos com a usina, que é uma das maiores geradoras de empregos da região. Estamos num mo− mento tão delicado, e nada mais funda− mental que manter as pessoas minimante seguras quando estão nesse espaço comu− nitário. Então, agradecemos muito a Usi− na Cerradão por isso”, concluiu.

Usina Batatais faz doação de álcool e jalecos Companhia também participa de campanha para aquisição de respira− dores Para contribuir com a prevenção à Covid−19, a Usina Batatais vem se dedicando em inúmeras ações inter− nas e à produção de álcool 70% para doar aos serviços de saúde, órgãos pú− blicos e entidades beneficentes. A companhia também realiza a desin− fecção com hipoclorito das vias pú− blicas utilizando os caminhões de bombeiros para conter o avanço da pandemia na região. Recentemente, a empresa realizou a doação de 175 litros de álcool 70% e

jalecos descartáveis para os profissio− nais de saúde da cidade que estão na linha de frente no enfrentamento do coronavírus. Doou ainda máscaras, aventais, cestas básicas, mantas, e entre os diversos apoios. Além disso, também participou da campanha “Ajude a Sal− var Vidas”, organizada pela Associação Comercial e Empresarial de Batatais − SP, que contribuiu para a aquisição de dois respiradores para a Santa Casa do município. “A Usina Batatais irá continuar de forma incansável com as práticas ne− cessárias para preservar a vida de to− dos”, informou a companhia.


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Cosan une esforço a outras empresas para contratar 386 profissionais de saúde Iniciativa visa dar apoio ao tratamento de pacientes com o novo coronavírus Diante do aumento do número de casos e de internações em decorrên− cia da pandemia da Covid−19, a Co− san uniu forças com o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina; a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico; e a Eurofarma, multinacional farmacêutica, para apoiar o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici− na da USP (HCFMUSP) na contra− tação de profissionais da saúde para o atendimento de pacientes infectados com o novo coronavírus. Juntas, as empresas vão viabilizar a contratação de 386 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem. O reforço irá permitir o aumento da capacidade de atendimento a pacientes com Covid− 19. A expectativa é que os novos fun−

Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan

cionários, que terão a folha de paga− mento custeada pelas quatro empresas, comecem a trabalhar no Hospital das Clínicas já nas próximas semanas. De acordo com o BTG Pactual esta é mais uma de uma série de suas ini− ciativas coordenadas no combate à pandemia. Desde o ano passado, o ban− co e seus sócios doaram R$ 50 milhões para projetos de combate ao coronaví− rus que, somados ao apoio de parceiros, clientes e colaboradores, já totalizam mais de R$ 70 milhões em doações. “O BTG Pactual segue mobiliza− do no apoio a medidas de combate ao

coronavírus. Desde o ano passado já beneficiamos mais de 2,5 milhões de pessoas em 16 estados brasileiros por meio da iniciativa #NumerosQueIm− portam. Seguiremos trabalhando para que estas iniciativas de apoio à saúde e à sociedade cheguem o mais rápido possível às pessoas”, afirma o CEO do banco, Roberto Sallouti “Desde o início da pandemia nós do Grupo Cosan, junto aos nossos ne− gócios – Raízen, Compass Gás e Ener− gia, Comgás, Moove, Rumo e Trizy – reforçamos o compromisso que temos com a sociedade e colocamos nossa ca−

pacidade de contribuição, gestão e exe− cução a serviço do país e das pessoas para ajudar a mitigar os impactos da Covid19. Cada atitude conta nesta jor− nada. Seguimos prestando nossos ser− viços essenciais e mobilizando diferen− tes recursos para ajudar a sociedade a combater essa pandemia, contribuindo com esta frente de saúde que realiza o trabalho mais importante deste mo− mento que estamos vivendo, que é o de salvar vidas”, afirma Luis Henrique Guimarães, CEO da companhia. “O investimento da iniciativa pri− vada em saúde tem sido fundamental para garantir o atendimento à popu− lação nessa fase tão crítica da pande− mia. Esse recurso, especificamente, chega num momento importantíssi− mo para o HC e tornará possível o custeio de plantões dos profissionais da saúde recrutados para o atendimento Covid−19, num momento em que os casos crescem exponencialmente. Es− tamos muito satisfeitos com essa par− ceria em prol da vida”, afirma o supe− rintendente do HCFMUSP, Antonio José Rodrigues Pereira.

Raízen também participa de ação emergencial para importar medicamentos para intubação Empresas vão doar 3,4 milhões para compra de insumos da China Diante do momento de agrava− mento da pandemia da Covid−19 no Brasil e da consequente escassez de insumos para o atendimento a pa− cientes em UTIs, a Raízen se uniu a Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petro− bras e Vale para a doação ao Ministé− rio da Saúde de 3,4 milhões de me− dicamentos, como sedativos, neuro− bloqueadores musculares e analgési− cos opioides para auxiliar na intuba− ção de pacientes com coronavírus. A quantidade doada é suficiente para a gestão de 500 leitos pelo pe− ríodo de um mês e meio e os medi− camentos serão distribuídos em di− versos Estados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O pool de empresas, liderado pe− los seus presidentes, já se mobilizou e começou os trâmites para importar da China os medicamentos, sendo que

Ricardo Mussa, CEO da Raízen

chegada do primeiro lote está previs− ta para chegar ainda em abril. Os itens são certificados pela Anvisa, além da agência chinesa, e serão integralmen− te doados ao governo federal, que cuidará também da distribuição pelos Estados por meio do SUS−Sistema Único de Saúde.

“Estamos mobilizados desde o início da pandemia em uma verda− deira rede de solidariedade – desde a produção e doação massiva do tão es− sencial álcool 70, até parcerias com esta, que somam esforços e compe− tências a serviço da sociedade e do País. Afinal, cada vida salva é uma vi−

tória coletiva”, enfatiza Ricardo Mussa, CEO da Raízen. Roberto Castello Branco, presi− dente da Petrobras, também afirmou que a empresa se manifestou logo no início da pandemia e permanece empenhada em ajudar a sociedade brasileira contra os efeitos devastado− res da Covid−19. "Acreditamos ser fundamental unir esforços para salvar vidas, não podemos ficar inertes diante do sofrimento imposto pela Covid−19“, disse. O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, comentou que a com− panhia segue acompanhando atenta− mente o agravamento da pandemia no Brasil e entende que é urgente uma nova mobilização das empresas, agora para apoiar o governo federal na recomposição de insumos para UTIs. “É importante destacar que es− sa ação só tem essa força porque conta com adesão de empresas de di− versos setores. O momento pede união e esperamos contribuir para o sistema de saúde em todo território brasileiro”, ressaltou.


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Usina Açucareira Guaíra doa cestas básicas aos municípios de Guaíra e Ipuã Companhia também cedeu cilindros de oxigênio à Santa Casa de Guaíra

A Usina Açucareira Guaíra, em parceria com a Coopercitrus, arreca− dou 411 cestas básicas no valor de R$ 30 mil, que serão doadas às pessoas carentes, que vem enfrentando ainda mais dificuldades financeiras devido à pandemia da Covid−19. A ação, rea− lizada através da campanha “Corren− te do Bem Agro”, contou com a doa− ção de 274 cestas pela usina e 137 cestas pela Coopercitrus, que serão distribuídas nos municípios de Guaí− ra e Ipuã − SP. “Através da campanha Corrente do Bem Agro esperamos poder con− tar com mais parceiros, inclusive ou− tras usinas que possam também soli− darizar se com esse movimento tão

importante em suas regiões. São ges− tos como esse que podem ajudar aqueles que mais precisam nesse mo− mento delicado”, afirmou Eduardo Junqueira da Motta Luiz, sócio dire− tor da usina. A companhia também vem con−

tribuindo para amenizar os impactos da pandemia em outras frentes, por exemplo, com a doação de álcool etí− lico hidratado 70%, álcool em gel e máscaras acrílicas a hospitais e entida− des da região. Recentemente, a usina comprou e cedeu mais 10 cilindros de

oxigênio para a Santa Casa de Miseri− córdia de Guaíra, totalizando 18 cilin− dros cedidos até o momento, que fica− rão à disposição da instituição pelo pe− ríodo necessário. Os cilindros foram recebidos por Jorge Uatanabi do Pra− do, secretário da Saúde, Márcio Jose Bento, interventor Santa Casa e Naya− ra Della Valentina, administradora Hospitalar, que agradeceram a doação. A ação visa minimizar a situação crítica que o interior do Estado de São Paulo tem passado em função do agravamento da pandemia. Com isso, as unidades de saúde públicas e priva− das vêm enfrentando mais dificulda− des para receber o oxigênio hospitalar, principalmente devido à falta do nú− mero necessário de cilindros para transporte desse gás, insumo funda− mental para o atendimento a pacien− tes da Covid−19. “O momento é complicado e te− mos que contribuir como podemos. A Santa Casa é o único hospital da ci− dade e queremos que possa atender seus pacientes com qualidade”, con− clui a diretoria da usina.

UISA cede cilindros de oxigênio e doa respiradores em Mato Grosso Doações articuladas pelo Florescer movimentam iniciativas no combate à Covid-19 A Biorrefinaria UISA forneceu 45 cilindros de oxigênio com capacidade de 10m³. para a rede pública de saúde de Mato Grosso. Articulada pelo Flo− rescer, braço social da companhia, junto ao Sindalcool−MT, a iniciativa conta com a participação das usinas do estado, empresas e empresários, e já al− cançou um total de 103 cilindros pa− ra reposição do estoque de oxigênio, beneficiando as redes estaduais, muni− cipais, filantrópicas e privadas de saú− de de MT. Desde o início da pandemia, a empresa tem colaborado no combate à pandemia, com doações ao Gover− no do Estado de Mato Grosso e pre− feituras dos municípios localizados na região de atual da usina. As doações foram feitas também ao Sindalcool− MT e para várias entidades locais, ul−

trapassando a marca de mais de 70 mil litros de álcool 70º doados. “A pandemia trás desafios enor− mes para todos. A coordenação dos esforços entre empresas, cidadãos e autoridades públicas é fundamental para dar agilidade e efetividade às ações”, destaca José Arimatea Calsa−

verini, presidente do Conselho Con− sultivo da UISA. O presidente do Sindalcool e di− retor executivo da Usina Barralcool, Silvio Rangel, reforça que o setor su− croenergético está unido, atento e dis− posto a ajudar. “Acho que é muito importante realizarmos esse tipo de

apoio à saúde neste momento e ten− tar, de alguma forma, diminuir esse sofrimento e a pressão da pandemia na saúde e na vida das pessoas”, desabafa. Para José Fernando Mazuca Filho, CEO da UISA, a parceria entre ini− ciativa privada e a pública é essencial no atual cenário pandêmico. “No iní− cio do mês, a UISA também fez a doação de três ventiladores pulmona− res para a rede de saúde pública dos municípios de Nova Olímpia e Deni− se. Boa parte da nossa força de traba− lho lá reside e nada mais justo do que contribuir e participar do bem−estar e da saúde dos nossos funcionários da região”, disse. A atuação do Florescer no inter− médio dessas ações, possibilitou tam− bém a doação de mais de 37 mil to− neladas de Açúcar Itamarati Cristal para a composição de cestas básicas entregues a mais de 18 mil famílias em situação de vulnerabilidade socioeco− nômica na região. A ação faz parte do projeto “Um Por Todos e Todos Con− tra a Covid−19” da Fundação André e Lucia Maggi (FALM).


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Segunda onda da Covid-19: como as usinas garantem prevenção e segurança nas operações Profissionais apresentam as melhores estratégias

O cenário de pandemia trouxe um novo olhar sobre a área de Saú− de, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) das usinas. Isso ressaltou o papel estratégico dessa área nas ope− rações, garantindo a sustentabilida− de do negócio. A Covid−19 ade− quou as usinas de cana aos padrões exigidos por lei para saúde e segu− rança do trabalho. Além disso, a ação estratégica de SSMA garantiu o pla− nejamento inicial de safra e ainda permitiu que as operações se tor− nassem mais eficientes. Agora, com a segunda onda, os desafios continuam, porém, mais uma vez, o setor mostra ser um exemplo competente contra o co− ronavírus, por meio de ações de prevenção e segurança nas opera− ções. Essas ações foram destacadas no webinar “A Covid−19 e a nova safra nas usinas”, promovido pelo JornalCana, no dia 24 de março. Dinael Veiga, supervisor de RH da Vale do Paraná, afirmou que a usina, localizada em Suzanópolis− SP, vem criando rotinas diferentes e se ajustando com o intuito de pro− teger os funcionários e terceiros, além de levar informações para a comunidade. Um Comitê de Crise gerencia as estratégias a serem usa− das a partir de um monitoramento da pandemia na região de atuação da companhia, que engloba 17 muni− cípios onde funcionários residem. “Através desse boletim temos condições de saber em qual região a pandemia está mais crítica e qual irá ficar mais crítica. Com o monitora− mento, criou−se um banco de da− dos, que passou a ser um norte para as ações de prevenção”, contou.Vei− ga informou, ainda, que, além de manter as medidas de prevenção, a usina também continua com as doa− ções de álcool 70%, sendo que, até o momento, 30 mil litros de álcool fo− ram fornecidos à área de saúde. Karen Volpato, gerente executiva de Saúde e Segurança da Tereos, afirmou que a empresa soube se adaptar e até mesmo quebrar alguns tabus, como o do trabalho remoto,

Dinael Veiga

José Darciso Rui

Karen Volpato

Sérgio Machado

sistema facilitado pelo fato de já es− tar atuando na indústria 4.0. “O compromisso da Tereos é preservar a saúde e segurança de todos. Isso é possível através das regras de ouro que foram adotadas nesse período, chamado de novo normal”, disse. Segundo ela, a companhia entrou com recursos, disponibilizou condi− ções de trabalho e infraestrutura de apoio para o colaborador desempe− nhar o trabalho na própria residên− cia, inclusive com ajuda de custo e subsídios para internet e energia, por exemplo. Além disso, oferece supor− te psicológico e médico de avalição, que faz diretamente a conexão com o médico responsável e consultor do comitê de crises. “Não recebemos ainda os reflexos de todos os pro− blemas psicológicos que a pandemia vai trazer. Eles vão começar a vir de forma mais intensa com a continui− dade do que estamos vivendo”, res− saltou. Sérgio Machado, coordenador de RH da São Domingos, comentou que as medidas implementadas pela usina desde o início da pandemia passaram por revisões conforme a pandemia progredia. “Uma grande questão positiva é a aceitação dos nossos funcionários para essas medi− das, que também tiveram resultados externos”, disse.

O coordenador ressaltou que a empresa monitorou os colaborado− res que apresentaram algum tipo de sintoma ou tiveram contato com uma pessoa com Covid−19, sendo que aconteceram, desde março de 2020, poucos casos de afastamento pela doença. A comunicação foi in− tensificada, com distribuição de folders aos colaboradores, dissemi− nando informações úteis a respeito do vírus, da importância de higie− nização e do uso adequado da más− cara e álcool, entre outras ações, que visavam também a orientar familia− res e a comunidade. “A usina teve que mexer na sua estrutura, melhorar as questões de cuidado, tomar várias ações e isso envolve investimento, envolve mu− dança de comportamento, mudan− ça de hábito e uma série de ações. Pelo menos na nossa realidade, conseguimos alcançar e continua− mos alcançando o nosso objetivo, que é ter o mínimo de pessoas contaminadas porque as ações estão surtindo efeito”, alegou Machado. José Darciso Rui, diretor exe− cutivo e fundador do Grupo de Es− tudos em Recursos Humanos na Agroindústria Canavieira (Gerhai), abordou algumas medidas tomadas para conseguir amenizar os impac− tos do cenário de crise imposto pe−

la pandemia para as empresas, como a Medida Provisória 936. A MP, as− sinada em abril de 2020, permitiu reduções de jornada e de salário, além de suspensão de contratos du− rante a pandemia. “Muitas usinas utilizaram essa metodologia, prin− cipalmente aquelas empresas que tinham casos de colaboradores de risco”, lembrou. Rui afirmou que a medida ajudou também a prorrogação dos acordos coletivos e a maioria das empresas fez a prorrogação ou um novo acordo coletivo, sendo que 99% delas não deram aumento de salários. Outras ofereceram bene− fícios e isso ajudou o setor a man− ter empregos e a estabilidade da empresa. Agora, de acordo com o diretor, com a nova safra em andamento, é preciso ter uma legislação para aju− dar na questão trabalhista. “Temos que imaginar que teremos alguns pontos de conflito neste início de safra e de negociação coletiva, por− que passar um ano dando zero de aumento é uma coisa, dois anos é completamente diferente. Acredito que as empresas vão ter que nego− ciar alguma coisa com trabalhado− res e acredito que alguma coisa se− rá atribuída por legislação até por− que, com o Comitê da Covid−19 montado pelos governadores e mi− nistério, eu creio que todos irão procurar algo que seja salutar para as empresas e para os trabalhado− res”, ponderou. Ruy lembrou, ainda, que todas as ações implementadas durante a pandemia não vieram de graça. “Levantamento feito mostra que a grande maioria das empresas elevou seu custo de transporte em 35%, com a inclusão de mais ônibus pa− ra o transporte dos funcionários. Tem a questão das máscaras tam− bém, que representam um custo de R$ 45 mil por mês. Tomamos pro− vidências necessárias que precisa− rão ser usadas ainda por muito tempo”, disse, ressaltando, ainda, que as empresas continuam com as doações de álcool, cilindros de oxigênio e cestas básicas ao longo da pandemia.

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