JornalCana 327 (Junho 2021)

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Junho 2021

Série 2

Número 327

A CONSOLIDAÇÃO DA USINA 4.0

Mais de 60 usinas já se beneficiam de tecnologia única no mundo, que controla plantas inteiras de processos contínuos




CARTA AO LEITOR

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Junho 2021

índice MERCADO Apetite do mercado internacional pelo açúcar brasileiro é cada vez maior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 Receita de CBIOs gera impasse entre produtores e usinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 Copersucar ultrapassa marca de 5 mil CBIOs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Por que os biocombustíveis são estratégicos para os motores elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 e 11 Biocombustíveis apresentam resultados expressivos em 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Biocombustíveis são e serão o principal fator para a redução de emissões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Brasil tem condições de atender à demanda por etanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Célula de etanol é avaliada como opção mais sustentável para veículos elétricos no Brasil . . . . . . .15 Setor quer construir aliança do etanol com a indústria automotiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Nissan acelera pesquisa sobre uso de célula de combustível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Protocolo Etanol Mais Verde já evitou emissão de 11,8 milhões de toneladas de CO2 . . . . . . . . . . . . .18 Produção mundial de bioplásicos a partir do etanol deve crescer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 Quem será o novo dono da São Fernando? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 FIAgro vai beneficiar toda a cadeia do agro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

GENTE Marcos Landell é o novo diretor-geral do Instituto Agronômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

INDUSTRIAL A consolidação da Usina 4.0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 a 24

USINAS Agronegócio segue aquecido e abre portas de entrada para o mercado de trabalho . . . . . . . . . . . . .25 Biosev finaliza safra 20/21 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Atvos encerra safra 20/21 com moagem de 26,7 milhões de toneladas de cana . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Cocal recebe 1º Selo Nascentes concedido pela SIMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27 Usina Coruripe passa por auditoria e renova certificações internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 ACP Bioenergia emite novos certificados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 Unidade de biogás da Raízen é a primeira a receber certificação de energia renovável . . . . . . . . . . .29 CRV Industrial recebe carta de acreditação ESG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 BP Bunge Bioenergia lança o programa Allia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Zilor e Ascana lançam campanha de conscientização para ciclistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Trabalhadores da indústria de alagoas são vacinados contra a Covid-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 Viralcool doa mais de 5 mil cestas básicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

AGRÍCOLA Usinas investem em tecnologia para combater incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 Campanha contra incêndios busca reduzir prejuízos causados pelo fogo nas lavouras . . . . . . . . . . . .34 Usinas de Goiás reforçam prevenção a incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35 Tecnologia nacional combate incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35 Disco de troca rápida da HRC resolve problema de corte na colheita mecanizada . . . . . . . . . . . . . . . .36 Explante Biotecnologia amplia Biofábrica de Meristema para atender demanda de mudas . . . . . . .36 Bioestimulantes com tecnologia ítalo-japonesa fomentam produtividade e qualidade da matéria-prima da cana-de-açúcar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Herbicida revolucionário promete reduzir custos no cultivo da cana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38

TECNOLOGIA Conectividade no campo elevará produção agropecuária a novos paradigmas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 Usina implementa sistema de controle de ponto que oferece segurança e transparência . . . . . . . . .42

“... Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”

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Eletrificação surge como uma ótima oportunidade para o etanol A eletrificação dos carros com o uso do etanol vem ganhando cada vez mais torcida, inclusive com a declaração positiva da indústria automobilística. O desenvolvimento da célula de combustível à base do biocombustível já vem sendo feito por montadora japonesa em parceria com instituições brasileiras e chama cada vez mais a atenção do mundo. Diante do fato, o JornalCana traz uma série de matérias que abordam o assunto destacando a grande oportunidade que o Brasil e a indústria do etanol têm para gerar energia com célula de hidrogênio, tanto para estacionários, como para a mobilidade urbana, conforme declaração do presidente da Bosch na América Latina, Besaliel Botelho. Empresas também estão de olho no etanol para ser usado como matéria−prima para a produção de bioplásticos, a fim de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.A Braskem, que é a maior fabricante de resinas das Américas, informou que vai investir US$ 61 milhões na ampliação da sua produção de polietileno e resina EVA obtidos a partir do etanol de cana no Brasil. A edição destaca também que o Brasil tem potencial para exportar tecnologia do etanol em escala mundial como também possui condições plenas de atender à demanda internacional pelo biocombustível. Outro tema em destaque é o leilão da Usina São Fernando.A usina vem sendo disputada pelo Grupo Santa Helena e pela Millenium Bioenergia, que foi a vencedora do certame, mas por não cumprir os prazos estipulados pela justiça, pode perder a chance de ser a nova dona da massa falida da usina douradense.Ao que parece, infelizmente, essa disputa vai longe e nosso papel não é tomar partido, mas manter o setor informador sobre os fatos envolvidos. Nesta edição a matéria de capa ressalta que as empresas se renderam aos avanços tecnológicos da Transformação Digital, que têm contribuído para a redução de custos e a maximização da produtividade, da eficiência e, principalmente, dos lucros. Com evidência para uma tecnologia única no mundo, que controla plantas inteiras de processos contínuos e da qual mais de 60 usinas já se beneficiam. Ainda considerada em outras partes do mundo como um conceito futurista, a Otimização em Tempo Real (RTO) virou realidade e está consolidada no setor bioenergético.A aplicação mais abrangente dessa ruptura tecnológica mundial, inclusive, foi desenvolvida no Brasil e, especificamente, nas usinas de cana−de−açúcar. Falando ainda de tecnologia, a edição informa que as usinas têm avançado no processo de transformação digital também de suas áreas administrativas, especificamente no controle de ponto. Para isso, estão implantando o sistema DT Faceum, disponibilizado pela Dimastec. Na área agrícola, destacamos as ações que as empresas têm feito para combater os incêndios e evitar prejuízos que chegam a milhões de reais, além de prejudicar o meio ambiente e ceifar vidas valiosas. Para se ter uma ideia, 2020 foi um ano especialmente danoso para a região de Ribeirão Preto −SP, que registrou a queima de 19.739 hectares de cana além de 9.500 hectares de matas. Trazemos ainda informações preciosas sobre as ferramentas que contribuem para a produtividade e qualidade dos canaviais. É muito conteúdo interessante! Boa leitura!

Coríntios 2:9

ISSN 1807-0264

carta ao leitor

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MERCADO

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Apetite do mercado internacional pelo açúcar brasileiro é cada vez maior 80% da produção nacional do alimento na safra 2021/22, já foi comercializada

A pandemia impactou o mercado mundial de açúcar fazendo com que a commodity registrasse um déficit sig− nificativo no ano comercial 2020/21. “No entanto, a perspectiva é de recu− peração com o relaxamento das restri− ções sociais em importantes países consumidores e o avanço da vacinação contra a doença”, afirmou diretor da Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês), José Orive, durante participação na 14ª edição do Santander ISO DATAGRO NewYork Sugar & Ethanol Conference, realiza− da nos dias 18 e 19 de maio. De acordo com o Orive, a estima− tiva é de que a produção global de açú− car recue pelo terceiro ano consecuti− vo, alcançando 169 milhões de tonela− das. O executivo informou ainda que a

Covid−19 causou aumento nas impor− tações no ano comercial 2019/20, com países temendo diminuição na oferta e um eventual fechamento de fronteiras como medida sanitária para conter o avanço da doença. No evento, o economista sênior da ISO, Peter De Klerk, afirmou que a produção de açúcar na União Euro− peia (UE), predominantemente de be− terraba, tem potencial para atingir 14,7 milhões de toneladas na safra 2021/22, alta de 800 mil. De Klerk disse ainda que tanto as importações quanto as exportações de açúcar da UE deverão recuar para 1,45 milhão de toneladas e

700 milhões de toneladas no ciclo 2021/22, respectivamente. Representantes de grandes players do mercado sucroenergético também debateram sobre o ambiente macroe− conômico global e a sua relação com o setor. Jeff Dobrydney, vice−presidente sênior da JSG Commodities (Trum− bull, USA), afirmou que a possibilida− de de inflação nos Estados Unidos criou um ambiente favorável para as commodities e, caso a moeda norte− americana siga uma tendência de bai− xa ante as divisas rivais, mercados emergentes, como o do Brasil, podem receber mais dinheiro estrangeiro.

A dúvida é quanto à produção bra− sileira que enfrenta as adversidades cli− máticas desde o ano passado e tende a ter uma queda,ocasionando também na re− dução do total de açúcar disponível no mercado doméstico. Segundo publica− ção da DATAGRO,o apetite do merca− do internacional pela commodity brasi− leira está cada vez maior e 80% do açú− car previsto para ser exportado na safra 2021/22,já foi comercializado,ante 60% no mesmo período do ano passado. Quanto aos números para a safra em curso, o presidente da DATAGRO, Pli− nio Nastari, apresentou as estimativas da consultoria, projetando moagem de 623,0 milhões de toneladas de cana, montante 5,2% inferior ao processado no ciclo 2020/21, sendo 572,0 milhões de toneladas no Centro−Sul e 51,0 mi− lhões de toneladas no Norte/Nordeste. Em relação à produção de açúcar, há a expectativa de que o país produ− za 39,2 milhões de toneladas; 36,3 milhões de toneladas no Centro−Sul e 2,9 milhões de toneladas no Nor− te/Nordeste. Para o etanol, projeta− se 27,2 bilhões de litros; 25,1 bilhões oriundos do Centro−Sul e 2,1 bilhões do Norte/Nordeste.



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MERCADO

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Receita do CBIOs gera impasse entre produtores e usinas Lideranças debatem sobre progresso do RenovaBio

Com 243 usinas cadastradas, se− gundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombus− tíveis (ANP), o RenovaBio já faz par− te da nova realidade do setor sucroe− nergético. No ano passado, foram emitidos cerca de 15 milhões em Créditos de Descarbonização (CBIOs) e para este ano a meta está estipulada em 24,86 milhões. O pro− grama, embora já em operação, ainda carece de alguns ajustes e regulamen− tações. A divisão da receita do CBIOs entre produtores e usinas é um deles. A busca de acordo quanto ao percen− tual que cabe a cada um, vem movi− mentando as lideranças do setor. Para o diretor da Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba (Socicana), José Antonio de Souza Rossato Junior, existe aí uma grande discussão em torno dos percentuais, o que é legítimo. “Mas o que a gente entende também é que nós somos parte da cadeia produtiva. Temos um terço da matéria−prima nos produto− res. Então esse é um caminho que precisa ser construído em conjunto.A minha visão é que o que eu gerei de CBIOs na minha cana é um direito que eu tenho”, disse. Ele defende a realização de estu− dos sobre o tema. “Vamos fazer um estudo, trazer árbitros, mostrar quanto cada um está contribuindo e entregar ao produtor o que é dele – nada mais e nada menos.” Essa posição foi sus− tentada por Rossato, durante webinar, promovido pela Canaplan, que reuniu também representantes da indústria e pesquisadores, tendo o RenovaBio, como tema principal. Mário Campos Filho, presidente da Associação das Indústrias Sucroe− nergéticas de Minas (Siamig) disse du− rante o evento que já em 2020, todo o setor conseguiu dar um start no pro− grama com grande sucesso.“Boa par− te das distribuidoras cumpriram os seus compromissos nas compras de CBIOs, boa parte dos produtores conseguiram se certificar e vender os CBIOs e ter uma renda com relação esse CBIOs. Mas obviamente, ficaram ainda algu− mas partes para regulamentar”, disse. Com relação a divisão da receita, o presidente da Siamig, defendeu uma medida de consenso. “É preciso que

Jacyr Costa Filho

José Antonio Rossato Junior

Luciano Rodrigues

Mário Campos

indústria e fornecedores trabalhem em conjunto. Existem propostas dos dois lados. Precisamos sentar e criar uma solução para não abrirmos possibili− dade para que se apresente um de Projeto de Lei em que outros players entrem com propostas que podem até mudar o RenovaBio”. Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp, também acredita que o impasse requer uma solução conjunta.“Há problemas dos dois la− dos. Muitos industriais não querem compartilhar nada. O importante é pegar lideranças que buscam enten− dimento, que vejam que temos mais a ganhar juntos do que com o im−

passe.” O executivo disse ainda que poucas cadeias do agronegócio são tão unidas quanto a de cana−de− açúcar. “O milho, por exemplo, você compra de qualquer lugar; a cana não. Tive fornecedores que ficaram com a gente (Grupo Tereos) por 40 anos”, ressaltou. Luciano Rodrigues da União da Indústria de Cana−de−Açúcar (UNI− CA), falou que a receita do CBIOs para a área agrícola vem sendo condu− zida no Consecana. Ele explica que a parte técnica do processo de certifica− ção permite identificar o produtor mais eficiente e o menos eficiente. “A gente desenhou a metodologia e chegou no impasse sobre a participa−

ção dela quanto ao valor.A proposta do fornecedor foi da integralidade. Porém, a indústria não aceitou, porque enten− de que não tem CBIOs sem cana, mas também não tem CBIOs sem a indús− tria convertendo a cana em etanol. Lo− go, não faria sentido na nossa concep− ção 100% da receita. Mas acho que vai se chegar num consenso de partilha, inclusive várias usinas já estão come− çando a pagar”, argumentou. Segundo Rodrigues, para o setor produtivo, mais do que a receita, o que interessa é que o RenovaBio introdu− ziu de fato, o segmento num novo plano no mundo energético. Ele res− saltou que nos últimos dois anos, mais da metade da receita do setor vem de energia (etanol e bioeletricidade). “Esta é uma agro indústria que ultrapassou o canto da produção de alimento, de fibra. O RenovaBio trouxe para essa indústria uma série de conceitos que até então estavam desconectados da produção. Hoje você vê gente falando em grama de CO2 por megajoule, mais 240 em− presas já estão certificadas, 90% da produção, mercado de CBIOs, enfim uma dinâmica que até 4 a 5 anos atrás eram totalmente desconheci− das”, afirmou.

Tributação do CBIOs A questão da tributação também foi debatida pelos participantes. “Es− tamos ofertando um certificado de descarbonização. Então tributar o CBIOs é tributar a descarbonização. Estamos indo na contramão.Acho que a gente pode evoluir muito ainda nes− sa questão. Se não for possível a isen− ção, pelo menos que seja uma tribu− tação mínima”, argumentou. Opinião também compartilhada por Jacyr. “Você começa sobretaxan− do um mercado que ainda não existe? É uma coisa incrível, um produto nas− cente. O produto do futuro é o mer− cado de carbono, que vai dar para nossa indústria uma diversidade de re− ceita super importante. Hoje, temos quem atue no mercado de açúcar, no mercado de etanol, no mercado de energia elétrica. E nós vamos dar mais um passo, inserindo esse quarto mer− cado de uma maneira mais efetiva na receita das unidades produtoras e também dos produtores que é o car− bono, o mercado do futuro”, concluiu.


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Copersucar ultrapassa marca de 5 mi de CBIOs Volume equivale ao plantio de 36 milhões de árvores por 20 anos As usinas sócias da Copersucar, maior comercializadora e plataforma de negócios de açúcar e etanol do mundo, atingiram no dia 24 de maio, uma marca inédita: 5,2 milhões de créditos de descarbonização (CBios) escriturados. O número evidencia a eficiência da empresa na gestão dos seus indica− dores ambientais de produção e logís− tica, o compromisso de longo prazo com a sustentabilidade e o seu papel de liderança no RenovaBio, respon− dendo a 15,4% dos créditos de carbo− no emitidos no programa desde 2020. Como um CBio corresponde a uma tonelada de gases do efeito estufa (GEE) que deixaram de ser lançados na atmosfera, a Copersucar comprovada− mente evitou o lançamento de mais de 5,2 milhões de toneladas de carbono. Seriam necessárias 36,4 milhões de ár− vores, crescendo por 20 anos, para al− cançar um resultado semelhante. Para Luís Roberto Pogetti, presi− dente do Conselho de Administração

da Copersucar, este resultado mostra a aderência das usinas sócias da compa− nhia ao programa de descarbonização instituído pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). "A gestão dos indicadores am− bientais realizada pela Copersucar e por suas usinas sócias tem tornado mais notória a contribuição atual do etanol na luta contra a mudança do clima e o futuro papel deste combustível reno− vável na transição para uma mobilida− de de baixo carbono. Com um con− trole mais detalhado do ciclo de vida do produto, a Copersucar vem conse− guido melhorar as notas de eficiência energético−ambientais (NEEA) das

suas usinas, ampliando, assim, a oferta de CBios para o mercado", completa. No ano passado, a melhor nota a uma unidade de produção de etanol certificada no programa foi concedi− da à Usina São Francisco, uma das só− cias da Copersucar. Cinco usinas as− sociadas já passaram pela recertificação no programa, tendo evolução de até 25% em suas notas. Outras unidades devem também passar pelo processo nos próximos meses. Isso significa que a quantidade de CBios gerada por litro de etanol comercializado vai crescer, graças ao aumento do controle e da transparên− cia do ciclo de vida do etanol.

O sucesso da emissão e negocia− ção dos CBios reforça o amadureci− mento e a credibilidade do programa no mercado interno, além de contri− buir para que o País cumpra os com− promissos assumidos no Acordo de Paris, através de uma produção de biocombustíveis cada vez mais limpa e eficiente. "O programa é um excelen− te instrumento para colocar o Brasil em destaque durante a COP−26, en− contro que acontece em novembro, na cidade de Glasgow (Escócia), e que deve aprofundar a regulação da preci− ficação no mercado futuro, tornando o carbono uma commodity mundial", conclui Pogetti.


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ETANOL VERSUS HÍBRIDOS

Por que os biocombustíveis são estratégicos para os motores elétricos Entenda em detalhes na entrevista com Marcelo Gauto, especialista em petróleo, gás e energia

Recente artigo na publicação aca− dêmica Applied Energy destaca que os biocombustíveis são estratégicos para fazerem veículos híbridos não plug− in (HEV) ou plug−in (PHEV) poluí− rem menos que um 100% elétrico. O resultado vale para a Europa e chama a atenção geral diante o ce− nário de avanço dos motores elétri− cos ao mesmo tempo em que se anuncia a aposentadoria dos motores a combustão. Para destrinchar o assunto, o Jor− nalCana entrevista o químico indus− trial e doutorando em Bioenergia Marcelo Gauto. Especialista em pe− tróleo, gás e energia, ele é autor de li− vros e é referência nacional quando se trata de combustíveis. Jor nalCana − Em conteúdo a par tir de ar tigo publicado recente− mente na Applied Energy, o sr. desta− ca que um veículo híbr ido não plug− in (HEV) ou Plug−in (PHEV) movi− do a biocombustíveis polui menos que um 100% elétr ico na Europa. Esse re− sultado revela que o posicionamento europeu em relação aos 100% elétr i− cos pode ser direcionado aos híbr idos movidos a biocombustíveis? Marcelo Gauto − Observe que dado importante este artigo publica− do pelos pesquisadores suecos nos traz: um veículo puramente elétrico tem emissões de gases de efeito estufa maiores do que os híbridos movidos a biocombustíveis. Mesmo num cenário de matriz elétrica com baixíssima intensidade de carbono, simulado por eles no estudo, o resultado é o mesmo. Isso ocorre porque a fabricação da bateria de um veículo elétrico é in− tensiva em energia, que acaba se refle− tindo em emissões consideráveis quando se analisa o ciclo de vida completo da fabricação e uso do car− ro e dos combustíveis. Quanto maior a bateria, maior a emissão de gases poluentes para fabricá−la. Os veículos híbridos utilizam ba− terias menores que, associadas com os biocombustíveis, apresentam efeitos sinérgicos positivos, expressos num

melhor rendimento do biocombustí− vel em km/L rodado. Esse resultado vai, no mínimo, ge− rar muita discussão a respeito dos sub− sídios que os europeus dão hoje aos elétricos movidos puramente por ba− teria, se não seria melhor investir nos híbridos. Este mesmo estudo no Brasil ter ia resultado diferente, considerando que a matr iz elétr ica brasileira é mais lim− pa do que a europeia e que nosso eta− nol é de cana−de−açúcar? O grupo de pesquisa em Bio− energia da Unicamp, o qual faço par− te, fez uma simulação preliminar usando a intensidade de carbono média do nosso etanol, verificada nas usinas certificadas pelo RenovaBbio, e da nossa matriz elétrica, usando da− dos da Empresa de Pesquisa Energé− tica (EPE), e o resultado observado é o mesmo: um híbrido a etanol no Brasil possivelmente gera menos emissões do que um veículo pura− mente elétrico. Nós ainda estamos refinando e ampliando o estudo de modo a publi− car um artigo científico sobre o tema no segundo semestre de 2021.

A fabricação da bateria de um veículo elétrico é intensiva em energia. Quanto maior a bateria, maior a emissão de gases poluentes para fabricá−la

A observação preliminar, contudo, já demonstrou que um híbrido movi− do a biocombustíveis no Brasil tem vantagens similares às observadas no artigo dos pesquisadores suecos, o que reforça a importância dos biocombus− tíveis neste contexto de eletrificação da frota de veículos e da importância de se fazer uma análise completa do ciclo de vida do carro e do combus− tível para nortear as políticas públicas.

Em outra publicação, o sr. men− ciona dados em gCO2e/km. Qual é a diferença entre gCO2e/MJ (g rama de CO2 equivalente em megajoules) e gCO2e/km nas divulgações das emis− sões? O que cada conjunto de siglas significa? Joule é uma unidade de medida de quantidade de energia, então quando falamos em g CO2e/MJ estamos nos referindo a intensidade de emissões de carbono equivalente associadas a uma determinada quantidade de energia, no caso de 1 Mega Joule (1 MJ). Cada combustível tem uma quan− tidade de energia que lhe é intrínseca por unidade de massa ou volume. Exemplo: um litro de etanol hidrata− do tem 21,3 MJ de energia. Se você consome 10 litros de eta− nol para fazer uma viagem, terá con− sumido 213 MJ de energia. Neste percurso você terá emitido certa quantidade de CO2 para atmosfera associada a determinada quilometra− gem percorrida. Levando estes parâmetros em consideração, pode−se chegar nas emissões equivalentes por quilômetro rodado, g CO2e/km, cuja percepção para o usuário final é o que importa,

ou seja, é quanto você emite de gás carbônico para cada quilômetro roda− do com o seu automóvel. Em estudo do Argonne National Laborator y sobre as emissões dos combustíveis associadas ao ciclo de vida deles nos EUA, analisado pelo sr. recentemente, o uso de eletr icidade “vence”, têm menores emissões, se− guido pelo E85 (combustível com 85% de etanol de milho) em gCO2/km. Sig nifica que o ciclo de vida da eletr icidade que abastece o motor emite menos que o etanol de milho em seu ciclo de vida? É exatamente isso, como os mo− tores elétricos são muito mais eficien− tes do que os de combustão interna, considerando apenas uma análise so− bre os combustíveis, as emissões dos veículos elétricos são menores. Con− tudo, há uma “pegadinha” nesta aná− lise, pois ela não considera as emissões associadas à fabricação do automóvel em si. Como fora discutido anterior− mente, quando você leva em conside− ração a fabricação do carro, das bate− rias e demais componentes associados, o veículo elétrico passa a ter maiores


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emissões do que um com motor de combustão, segundo a literatura. A bateria de um Tesla S de 60 kWh, por exemplo, tem 24 quilogra− mas de lítio, 24 de níquel, 24 de man− ganês e 13,5 de cobalto, todos metais advindos da mineração e com grande necessidade de energia e emissões as− sociadas. Além disso, há outras questões so− cioambientais e geopolíticas negativas relacionadas à dependência destes metais. É por isso que se estuda mui− to a possibilidade de motores elétricos movidos a biocombustíveis (hidrogê− nio verde, etanol, entre outros) que não dependam de baterias como fon− te propulsora. Para fins de comparação, o sr. lembra que o etanol brasileiro emite "da f azenda à roda" 65 gCO2e/km (considerando rendimento de 9 km/L no motor). Como se chega a esse re− sultado? Observe que estamos falando apenas de emissões associadas ao ciclo de vida do combustível, não entra aqui as emissões relacionadas a fabricação do automóvel. Vale lembrar que, no caso dos bio−

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as emissões reduzem para 59 g CO2e/km, por exemplo. Observe que o etanol brasileiro emite muito menos do que o de milho norte americano ou do que a gasolina e até mesmo menos do que um carro elétrico rodando nos EUA, mesmo não compu− tando as emissões da bateria, ou seja, nos− so biocombustível é excepcional.

combustíveis, o gás carbônico emitido durante a sua queima é totalmente reabsorvido durante o crescimento do vegetal no campo, sendo assim as emissões seriam zero, correto? Porém, há emissões associadas ao uso de combustíveis fósseis nas má− quinas no campo (que usam diesel), nos insumos utilizados (fertilizantes, herbicidas, etc), entre outros, que fa− zem com que a emissão não seja to− talmente nula, pelo menos por en− quanto. Nas usinas certificadas pelo Re− novaBbio, em média, percebe−se que

a intensidade de carbono está próxi− ma dos 28 g CO2e/MJ. Aqui são necessárias algumas con− versões para expressar este número em “emissões por quilômetro rodado”: Intensidade de emissões de carbo− no no ciclo de vida do etanol no Bra− sil: 28 g CO2e/MJ Energia disponível em 1L de eta− nol hidratado: 21,3 MJ/L Rendimento do combustível no veículo: 9 km/L Emissões, em gCO2e/km = (28*21)/9 = 65 Se o carro a etanol fizer 10 km/L,

Pode−se dizer que, sendo assim, o etanol brasileiro emite menos 46 gCO2e/km que o motor elétr ico dos EUA? (Cheguei a esse número sub− traindo 65 de 111). O valor é um pouco menor, porque no número dos EUA estão incluídas as emissões de fabricação do veículo. Podemos dizer, grosso modo, que um veículo com motor a combustão no Brasil, utilizando etanol, emite 35% menos gases de efeito estufa do que um puramente elétrico nos EUA. Is− so reforça como o Brasil está bem po− sicionado na transição energética, com uma cadeia de biocombustíveis de baixa intensidade de carbono, gerado− ra de muito emprego e renda. Nós já temos o combustível do futuro, ele se chama etanol. É o Brasil dando bom exemplo ao mundo.


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Biocombustíveis apresentam resultados expressivos em 2020 RenovaBio, etanol, biodiesel, biogás e biometano são exemplos de sucesso O setor de biocombustíveis brasi− leiro apresentou resultados expressivos em 2020. Em números consolidados pela Secretaria de Petróleo, Gás Natu− ral e Biocombustíveis (SPG) do Mi− nistério de Minas e Energia (MME), é possível perceber os avanços do setor que demonstra a vocação brasileira pa− ra a produção de energias renováveis. Um dos exemplos de sucesso é o programa RenovaBio. Em 2020, fo− ram negociados 14,9 milhões de CBIOs, gerando o volume financeiro de R$ 650 milhões. Assim, as distri− buidoras cumpriram cerca de 98% da meta estabelecida. O balanço do MME também mostra que o Brasil tem 638 usinas de biogás em operação, que produziram cerca de 5 milhões de metros cúbicos por dia em 2020. As usinas utilizam re− síduos agroindustriais e coletam meta− no de aterros sanitários, contribuindo para preservação do meio ambiente e no combate ao aquecimento global. De 2019 para 2020, a produção de

biodiesel cresceu 8,7% e a capacidade de produção 9,4%. O setor também contribui para inclusão social, com 98,4% do volume comercializado sen− do de Usinas com Selo Biocombustí− vel Social, o que exige a inclusão de agricultores familiares na cadeia pro− dutiva. Como mais de 70% da produ−

ção de biodiesel usa óleo de soja, é produzido mais farelo, fundamental para indústria de proteína animal. No etanol, mesmo com a queda do volume comercializado por conta da pandemia, o setor mostrou resi− liência e a produção de etanol de mi− lho cresceu mais de 84% em 2020.

O Brasil possui atualmente três usinas de biometano, que produziram 330 mil metros cúbicos em 2020. As usinas utilizam resíduos industriais e coletam metano de aterros sanitários, contribuindo para preservação do meio ambiente e no combate ao aquecimento global.

Biocombustíveis são e serão o principal fator para a redução de emissões Estudo sobre o tema foi apresentado O estudo “O papel dos biocom− bustíveis para a descarbonização do transporte viário” aponta que os bio− combustíveis são e serão o fator de maior contribuição para a redução das emissões de carbono no segmento dos transportes até 2030, em pelo menos quatro países – Brasil, Estados Unidos, Suécia e Finlândia. Na Finlândia e na Suécia, o im− pacto deixa de ser o principal apenas em 2040, quando se prevê que os car− ros elétricos sejam majoritários na frota local. Na Alemanha, os biocom− bustíveis trariam maior impacto após 2030. Já, no Brasil, definitivamente, eles já se apresentam como o princi− pal fator e devem se manter na lide− rança até, pelo menos, 2050. Encabeçado por Dina Bacovsky, pesquisadora do centro de pesquisas BEST (Bioenergy and Sustainable Technologies), da Áustria, a pesquisa

conta com a participação de outros 20 pesquisadores dos Programas de Co− laboração Tecnológica em Bioenergia e em Combustíveis Avançados de Motores da Agência Internacional de Energia (IEA Bioenergy e IEA Ad− vanced Motor Fuels). O estudo foi tema de uma apre− sentação durante o Biofuture Summit II e Brazilian Bionergy Science and Technology Conference 2021 (BBEST2021), realizado em maio. Se− gundo a pesquisadora, para que as cinco economias estudadas (Brasil, Es− tados Unidos, Suécia, Finlândia e Ale− manha) atinjam as metas de redução de emissões de carbono no setor de transporte viário até 2050, será neces− sário que adotem várias medidas si− multaneamente. A redução da demanda por trans− porte viário, o aumento da eficiência dos veículos, a adição de biocombus− tíveis aos combustíveis fósseis, adoção de eletricidade gerada por fontes re− nováveis e o uso de hidrogênio obti− do a partir de fontes renováveis, como

o etanol, por exemplo, são apontadas como as mais promissoras para fazer frente às ambiciosas metas com as quais os governos desses países se comprometeram. O estudo contou com a partici− pação de 20 especialistas de sete paí− ses e se debruçou sobre o impacto de combustíveis como etanol, metanol, álcoois superiores diversos (a exemplo do butanol), éteres, biodiesel e meta− no, como, ainda, o impacto da redu− ção de hidrocarbonetos nos combus− tíveis vigentes. A partir do extenso levantamento nos cinco países, é possível afirmar que todos têm recursos em plantações su− ficientes para a produção de biocom− bustíveis em larga escala para substituir em até 30% a demanda de combustí− vel fóssil para o setor de transporte até, pelo menos, 2060. Entre os recursos possíveis, foram citadas plantações voltadas à produção de energia (como cana−de−açúcar e milho), resíduos de safras, resíduos orgânicos de processos diversos, biogás, lenha, resíduos de

construção e sobras de madeira. Segundo ela, o Brasil se destaca no cenário. Aqui, frente aos biocombus− tíveis, os carros elétricos não aparecem como uma contribuição significativa até 2050 em termos do seu impacto à matriz de energia do setor de trans− portes viários. Ela alerta, no entanto, que, apesar do uso intensivo de bio− combustíveis no transporte viário, da− da à frota flex e à adição de etanol na gasolina, as emissões do país deverão crescer até 2045. A pesquisadora explica que, po− tencialmente, o uso intensivo dos maxbios teria uma contribuição ex− pressiva a dar na redução das emis− sões. “Isso seria relativamente fácil, uma vez que a frota local já é flex. Partimos do pressuposto que todos passariam a usá−los, assim como o biodiesel na substituição ao diesel”, conta. Para Dina, o Brasil tem, sim, potencial para zerar suas emissões, mas isso implicaria na necessidade de se investir em uma grande produção local de biodiesel.



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Brasil tem condições de atender à demanda por etanol Lideranças ressaltam importância do biocombustível O Brasil tem potencial para ex− portar tecnologia do etanol em escala mundial como também possui condi− ções plenas de atender à demanda in− ternacional pelo biocombustível. Essa é a opinião de lideranças do setor su− croenergético, como Francis Queen, vice−presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen. “Temos expertise de sobra, 400 usinas e mais de 50 mil fornecedores de bens e serviços. O setor tem mui− to a oferecer para países que querem não só o etanol combustível, mas o destinado a outros fins como, por exemplo, para produzir plástico verde, o óleo para aviação SAF entre outros”, afirma. Para atender a demanda gerada, o vice−presidente da Raízen ressalta que será importante uma combinação de ações visando as condições necessárias para consolidar esse posicionamento de liderança. “Acreditamos que a tecnologia vai ajudar de forma significativa. Atual− mente, a Raízen possui tecnologia de etanol de segunda geração que tem o potencial de aumentar a produção em aproximadamente 50%. Temos tam− bém outros tipos de biomassa que po− dem ser utilizadas. Com o cenário que vemos pela frente, é fundamental que tenhamos no mercado empresas de bens e serviços no Brasil que estejam estruturadas e possam atender a de− manda que teremos”, comentou.

Francis Queen

Pablo Di Si

Paulo Montabone

O executivo participou do webi− nar “Como Potencializar o Uso de Bioenergia em Nível Global sem Transformar o Etanol em Commodi− ty?”, promovido pela Fenasucro & Agrocana TRENDS na terça−feira (25) e que contou com a participação de representantes dos governos do Brasil e da Índia. Na ocasião, o presidente & CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, afirmou que o etanol é o bio− combustível com maior potencial de implementação rápida em compara− ção com outras fontes de energia. “O etanol, se comparado com a gasolina, gera 86% menos emissões. A diferença é brutal.Você planta a cana e

quase (todo o processo de produção do etanol) é renovável. E a velocidade para continuar essa jornada é super− rápida se comparada com a implanta− ção de postos para abastecimento de carros elétricos. Eu colocaria essa ex− pansão em etanol/biofuel porque o etanol funciona bem no Brasil e fun− cionará bem com algum componen− te misturado em alguns outros países, embora a base seja sempre etanol“, observa Di Si. Diante desse cenário, ele disse que a tecnologia brasileira pode ser expor− tada facilmente para outros países por meio do avanço em pesquisas que permitam essa produção em escala. “Temos que pensar no etanol, na célula de combustível. Ela pode ser transportada em contêiner e exportada para a Europa, para a China. Como is− so se dará, eu não sei. O que sei é que temos muita gente competente para fa− zer pesquisas de como chegar a isso aqui mesmo no Brasil, e cito aqui algumas universidades, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) entre outros. Temos muita gente inteligente para buscar so− lução para isso aqui”, afirma. Pietro Adamo Sampaio Mendes, diretor de Biocombustíveis do Minis− tério de Minas e Energia, destacou o programa Combustível do Futuro, criado pelo Governo Federal em abril deste ano, propondo medidas para in− crementar o uso de combustíveis sus− tentáveis e de baixa intensidade de carbono. O etanol, biodiesel e o bio− metano aparecem como protagonistas deste programa que busca integrar políticas públicas relacionadas ao setor automotivo e de combustíveis. Assim,

Mendes comentou sobre a comoditi− zação do etanol. “Os veículos flex, híbridos e a cé− lula de combustível, todos abastecidos com etanol, devem ter espaço no fu− turo da mobilidade e na redução dos gases do efeito estufa. Outros países também podem adotar o etanol para promover a descarbonização do setor de transportes, levando à sua comodi− tização, sem fechar o mercado apenas para uma rota tecnológica”, diz. O diretor do MME ainda reforçou que o Brasil tem capacidade de expor− tar tecnologia para o mundo.“Somos o único país que possui a tecnologia que permite utilizar a proporção de 27,5% de etanol na gasolina e podemos levar isso para outros países.Temos o Reno− vaBio, que conta com cerca de 80% da indústria de etanol credenciada, e es− tratégias de cooperações bilaterais com outras nações como a Índia”. No webinar, o embaixador da Ín− dia no Brasil, Suresh Reddy, apontou o potencial dos dois países para suprir a demanda por etanol em escala mun− dial. “A cooperação entre Brasil e Ín− dia para a promoção do biocombus− tível e do etanol é muito importante. Para se ter uma ideia, duas empresas indianas começaram a atuar neste se− tor, em áreas que equivalem ao terri− tório de três ou quatro países euro− peus. O mercado na Índia busca por energia limpa para proteger o meio ambiente e a saúde das pessoas e ser cada vez mais sustentável. A energia renovável é um tópico presente em nossos debates e o etanol entra no ce− nário com um papel muito relevante”, aponta o embaixador.


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Célula de etanol é avaliada como opção mais sustentável para veículos elétricos no Brasil Tecnologia está em desenvolvimento por montadora japonesa em parceria com universidades brasileiras O automóvel elétrico tipo plug in, movido a baterias recarregáveis, um dos padrões que vem sendo adotado pela indústria automobilística ameri− cana e europeia, não é considerado a melhor alternativa para os países em desenvolvimento, em especial para os que são produtores de etanol. Espe− cialistas consideram que, entre as atuais tecnologias em desenvolvimento, ou− tras atendem melhor a especificidade de países como o Brasil, a exemplo do modelo de propulsor elétrico movido a hidrogênio gerado a partir de célula de etanol. Para o especialista em estudos energéticos do Núcleo Interdiscipli− nar de Planejamento Energético (NI− PE) da Unicamp, Luiz Augusto Hor− ta Nogueira, o veículo elétrico a hi− drogênio gerado a partir de célula de etanol apresenta uma série de vanta− gens para o Brasil e outros países pro− dutores de etanol quando comparado ao modelo elétrico à bateria. “Temos aspectos técnicos e estra− tégicos envolvidos nessa questão”, pondera. Segundo Nogueira, as ques− tões técnicas dizem respeito à maior autonomia, uma vez que o abasteci− mento do veículo com célula de eta− nol será de forma idêntica aos veícu− los movidos à combustão, ou seja, pa− rar no posto, encher o tanque de eta− nol e seguir adiante, sem ter de perder tempo recarregando as baterias. “Quando há previsibilidade de traje− to diário, o veículo elétrico tipo plug in pode até ser uma opção. Mas quan− do pensamos em grandes distâncias ou imprevistos, o abastecimento elétrico pode se tornar um problema”. “Quanto à estratégia, o Brasil é líder em tecnologia na produção de etanol a partir da cana. Vamos virar as costas a todo investimento, toda ex− pertise e toda tecnologia desenvolvi− da nos últimos quarenta anos?”, inda− ga. “Seria uma insensatez fazer isso e ainda precisamos de considerar todo o investimento que teremos de fazer na infraestrutura da rede elétrica”, con− sidera. Estudos da Empresa de Pesqui− sa Energética, do Ministério das Mi−

nas e Energia, apon− tam que a estrutura− ção da rede elétrica para abastecimento automotivo custaria ao país algo em torno de R$ 1,2 trilhão, cerca de 16% do PIB de 2020. Para Nogueira, o Brasil deveria optar por outras opções de mobilida− de que não o veículo elétrico à bate− ria. “Veículos híbridos, com motor elétrico e à combustão trabalhando conjuntamente, podem ser uma boa opção, mas o veículo elétrico utilizan− do a eletricidade gerada em uma cé− lula de combustível a hidrogênio, pro− duzido no próprio veículo a partir de etanol, é mais eficiente”, aponta.

Um caminho possível Nenhuma tecnologia de mobili− dade deve ser descartada, todas podem conviver e ser utilizadas de acordo com necessidades específicas de cada local e de cada país. Esse é o ponto de vista defendido por Ricardo Simões de Abreu, engenheiro, consultor da Bright Consulting e especialista em bioenergia. “Quando avaliamos as tecnologias em termos de emissões de CO2, tan− to veículos híbridos movidos à etanol, quanto veículos elétricos à bateria, ou mesmo motores elétricos movidos à hidrogênio têm um índice de emissões bem inferior aos movidos à gasolina. Se a questão for reduzir emissões pa− ra respeitar acordos climáticos, todas essas tecnologias contribuem para atender a essa demanda”, explica.

Luiz Augusto Horta Nogueira

Porém, segundo o consultor, a opção pela tecnologia de mobilidade depende do tipo de uso ou da estrutura instalada. “Veículo elétrico à bateria pode ser uma boa opção urba− na, em especial para transporte públi− co. No caso de outros usos, a geração interna de eletricidade a partir do hi− drogênio, com abastecimento em pos− tos de combustíveis, pode se configu− rar uma opção mais adequada”, argu− menta. Segundo ele, no caso do Brasil, que tem o setor de etanol bem desen− volvido, os híbridos a etanol ou a cé− lula de etanol são opções muito inte− ressantes, sendo que a célula de etanol tem maior eficiência. Ele frisa que a rede de distribuição já está pronta, o país tem grandes pesquisadores na área e, em havendo investimento, o resul− tado será uma tecnologia mais ade− quada à realidade nacional.

Tecnologia promissora A célula de etanol para mobilida− de já está em desenvolvimento no Brasil. USP e a Unicamp estão parti− cipando do desenvolvimento dessa tecnologia em parceria com uma montadora japonesa, além de outras iniciativas. O modelo em desenvolvi− mento retira o hidrogênio do etanol e depois o utiliza para gerar energia elé− trica, que aciona o motor elétrico e impulsiona o veículo.Toda a tecnolo− gia necessária para a mobilidade vai

embarcada. O abastecimento é feito com etanol nos postos de combustí− veis. Para os especialistas, o etanol é uma excelente opção porque é obti− do a partir de fontes renováveis e sua molécula possui muito hidrogênio. “Etanol é praticamente um cacho de hidrogênio”, brinca Abreu. Para Nogueira, do NIPE, os pri− meiros resultados do uso das células de etanol em carros elétricos são muito promissores. “O rendimento é muito superior ao dos carros a combustão movidos a álcool ou mesmo híbridos, sendo que os testes iniciais indicam que o veículo pode fazer, em média, 20 km por litro de etanol. Além disso, a emissão de gases de efeito estufa é 90% menor por quilômetro rodado quando comparado aos veículos mo− vidos à gasolina”, diz.

Passivo ambiental A tecnologia de carros elétricos movidos à bateria pode parecer limpa, mas não é bem assim. Há dois impor− tantes aspectos que devem ser consi− derados, alertam os especialistas: a ori− gem da energia elétrica utilizada na recarga e o descarte das baterias velhas. “Do ponto de vista ambiental, não adianta muito ter um veículo elétrico abastecido com energia gerada a par− tir de carvão, diesel ou outro combus− tível fóssil. Há um ganho de eficiência, mas na prática estamos apenas mudan− do o local da fonte poluidora”, expli− ca Nogueira. Ele lembra ainda que os metais hoje utilizados para a produção de baterias geram um importante pas− sivo ambiental de reciclagem.


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Setor quer construir aliança do etanol com a indústria automotiva Lideranças se reuniram com presidente da Bosch Diante de movimentos positivos da indústria automotiva em direção ao etanol e à redução de emissões veiculares, o setor sucroenergético apresenta suas externalidades ao seg− mento visando construir uma aliança do biocombustível com as montado− ras. Com essa intenção, o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool− PB) reuniu virtualmente, no início do mês, o presidente da Bosch da Amé− rica Latina, Besaliel Botelho, que também é presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automoti− va, com lideranças do segmento bio− energético. Entre elas, representantes de todos os estados produtores de etanol no Brasil e também dirigentes

Besaliel Botelho receberá homenagem do Sindalcool-PB

como o presidente da União da In− dústria da Cana−de−Açúcar (UNI− CA), Evandro Gussi, e o presidente do Fórum Nacional do Sucroener− gético, André Rocha. “A célula de combustível a hidro−

gênio é uma parceria de longo prazo que queremos construir com a Bosch, que hoje é uma empresa que fatura sete bilhões na América Latina. Com certeza, é uma marca que tem grande contribuição no mundo. Esperamos que a tecnologia de célula de com− bustível movida a etanol, desenvolvi− da aqui, alcance países como a Índia, que possui 9 das 10 cidades mais po− luídas do mundo”, disse o presidente do Sindalcool−PB, Edmundo Barbo− sa, ressaltando que um novo "salto de prosperidade" estar por vir. A Bosch é uma empresa que acre− dita na eletrificação dos carros com o uso do etanol. Isso será possível graças ao desenvolvimento da célula de combustível à base de etanol, que também está sendo desenvolvida pela Nissan e Volkswagen. Com essa tec− nologia, uma reação química que acontece dentro do motor do veículo retira o hidrogênio do etanol e gera a eletricidade capaz de movimentá−lo

com autonomia e sem gerar emissões poluentes. “Essa é uma grande oportunidade que o Brasil e a indústria do etanol têm para gerar energia com célula de hidrogênio, tanto para estacionários, como para a mobilidade urbana. Até 2050, sabemos que teremos uma mo− bilidade livre de dióxido de carbono (CO2) e o Brasil fez a decisão certa em prestigiar o etanol, pois é um bio− combustível que também impulsiona a economia local e gera empregos pa− ra o país”, disse o presidente da Bosch na América Latina, Besaliel Botelho. O executivo recebeu o Prêmio Prosperidade, um reconhecimento dado pelo Sindalcool−PB a pessoas e empresas que contribuem para a pros− peridade e o desenvolvimento através dos biocombustíveis, da redução de emissões e da preservação do meio ambiente. O prêmio foi anunciado pelo diretor−presidente da Usina Mi− riri, Gilvan Morais Sobrinho.

Brasil pode despontar como referência mundial com célula de combustível abastecida com etanol Após 18 anos do lançamento do motor bicombustível, o motor flex, que fez a indústria do etanol ganhar um novo fôlego no início dos anos 2000, o Brasil, e o setor sucroener− gético brasileiro, podem despontar agora como referência mundial no desenvolvimento da célula de combustível movida a etanol, que poderá ser uma nova revolução pa− ra a indústria automobilística, que precisa zerar as emissões de carbo− no até 2035. “No Brasil de hoje, precisamos de outro momento como protago− nistas. Precisamos de uma nova vi− rada. Acho que esse é um momento importantíssimo da nossa história, em fazer o etanol ser fonte de hidro− gênio. A indústria do etanol, que é muito forte, gera emprego e movi− menta a economia. Temos hoje o combustível do futuro, que nada mais é do que a valorização do nosso bio− combustível que já usamos”, disse na reunião o conselheiro da Associação Brasileira de Engenharia Automoti− va e Bright Consulting, Ricardo Si− mões Abreu. Basaliel Botelho também registrou a importância de priorizar o etanol como base da fonte de energia elétri−

Empresas como Bosch, Nissan e Volkswagen já desenvolveram protótipos da tecnologia Fuel Cell à base de etanol

ca e destacou que o governo federal precisa financiar essa tecnologia. “Precisamos colocar dinheiro fe−

deral aqui para que o hidrogênio não venha só através da eletrólise, mas, sim, através do etanol. Cerca de 80% da

energia do Brasil já é renovável, isso não é o caso da Europa e dos Estados Unidos. De onde vem a energia que movimenta o carro elétrico conven− cional? Não adianta em nada ter emissão zero no escapamento do veí− culo e gerar emissões de CO2 no pla− neta por outro lugar. Temos uma fro− ta de cerca de 1,2 bilhão de veículos rodando no mundo, não adianta man− ter essa frota e trabalhar com um combustível que não traz benefícios”, ressaltou Botelho. A indústria do etanol tem 40 anos de experiência no Brasil e possui abastecimento em todo o território brasileiro. Em 2019, o consumo de etanol alcançou 46% da frota nacional. O biocombustível evita cerca de 90% das emissões de gases do efeito estufa e é usado para reduzir as emissões em várias partes do mundo. Também estarão presentes na reu− nião de aprofundamento o Conse− lheiro da Associação Brasileira de En− genharia Automotiva e Bright Con− sulting, Ricardo Simões Abreu; e, na posição de mediadores, o presidente da União da Indústria da Cana−de− Açúcar (UNICA), Evandro Gussi, e o presidente do Fórum Nacional do Sucroenergético, André Rocha.


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Nissan acelera pesquisa sobre uso de Célula de Combustível Fabricante japonesa é pioneira no estudo da tecnologia A Nissan firmou, no dia 14 de junho, um novo acordo com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) visando a pesquisa do uso do eta− nol para modelos movidos a Célula de Combustí− vel. A nova parceria, que dá seguimento ao primei− ro acordo assinado em novembro de 2019, tem co− mo objetivo avaliar e viabilizar diferentes compo− nentes e torná−los adequados para uso em possíveis projetos em escala comercial. Um dos desafios, por exemplo, é estudar a pos− sibilidade de integrar o reformador – uma peça im− portante do sistema – à própria célula de combus− tível. Além disso, outros estudos buscam soluções para a redução do tamanho do sistema. "Seguimos avançando com as pesquisas e esse novo acordo representa um novo passo do projeto global de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan (SOFC), que também é muito interessan− te para o Brasil, por se encaixar perfeitamente na nossa matriz energética. Pelo conhecimento técni− co das instituições brasileiras, como o IPEN, as par− cerias locais são fundamentais para contribuir com a iniciativa global da marca", afirma Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil.

"Esse acordo é mais uma demonstração da nos− sa excelência e do nosso compromisso institucional em prol da sociedade, promovendo a transformação do conhecimento científico em produtos e serviços de valor agregado ao mercado. O IPEN/CNEN tem a inovação em sua visão. Além disso, abriga a Incu− badora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo (USP/IPEN−CIETEC) que conta, atual− mente, com 93 startups, consolidando um ecossis− tema de inovação e empreendedorismo", afirma Wilson Calvo, superintendente do IPEN. A Nissan é a primeira empresa a desenvolver e já testar protótipos que são abastecidos com etanol pa− ra gerar energia elétrica para carregar uma SOFC. A utilização deste tipo de sistema combinado com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de bateria garantem ao Nissan SOFC uma autonomia superior a 600 km com somente 30 litros de etanol. Por contar com uma ampla rede de abastecimento

de etanol – e ser um dos principais produtores do mundo –, o Brasil tem sido peça−chave para o de− senvolvimento e estudos de viabilidade do projeto. O primeiro período de testes com o protótipo real do sistema foi realizado no Brasil entre 2016 e 2017. Atualmente, os testes seguem em evolução conduzidos pela área de Pesquisa e Desenvolvimen− to da Nissan no Japão com constante colaboração da equipe brasileira e dos parceiros locais, como o IPEN/CNEN. A tecnologia da Nissan conta com sistema gera− dor de potência que se utiliza da reação química do íon oxigênio com diversos combustíveis, incluindo o etanol e o gás natural, que são transformados em hi− drogênio na célula, para gerar eletricidade. O sistema é limpo, altamente eficiente e funcio− na 100% com etanol ou água misturada ao etanol. Suas emissões são tão limpas quanto a atmosfera, se inserindo como parte do ciclo natural do carbono e sendo absorvido durante a plantação da cana−de− açúcar. Além disso, o veículo movido a Célula de Combustível oferece a forte aceleração e a condu− ção silenciosa de um veículo elétrico, juntamente com baixos custos de manutenção. Atualmente, a Nissan já tem o carro com emis− são zero ícone mundial entre os modelos elétricos, o Nissan LEAF, vendido no Brasil desde julho de 2019, que já superou a marca de mais de 500 mil unida− des comercializadas globalmente.


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Protocolo Etanol Mais Verde já evitou emissão de 11,8 milhões de toneladas de CO2 Iniciativa também contribuiu para a redução de 46% do consumo de água Desde a assinatura do “Protocolo Etanol Mais Verde”, firmado entre o Governo do Estado de SP e o setor su− croenergético em 2017, a mecanização da colheita da cana−de−açúcar no Es− tado evitou a emissão de mais de 11,8 milhões de toneladas de CO2 e de 71 milhões de toneladas de poluentes at− mosféricos. Neste período, houve a restauração de 132.285 hectares de áreas ciliares e 7.315 nascentes declaradas, com o plan− tio de mais de 46,7 milhões de mudas nativas. Os números foram apresentados no dia 20 de abril, durante o webinar “Resultados do Protocolo Etanol Mais Verde safra 20/21” realizado em come− moração ao Earth Day – Dia da Terra, movimento global de conscientização pela biodiversidade do planeta. “O Protocolo Etanol MaisVerde foi um marco histórico e inédito enquan− to iniciativa de parceria pela sustentabi− lidade com um setor produtivo. Foi sempre pautado no estabelecimento de um canal de diálogo com o setor su−

croenergético e na busca por soluções conjuntas pa− ra a superação dos desafios vivenciados durante e após a mecanização da colheita da cana−de−açúcar”, afir− mou o secretário de Agri− cultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira. Nos últimos anos, o Protocolo também contri− buiu para a redução de 46% do consu− mo de água, atingindo patamar médio de 0,82 m³/tonelada de cana moída e a cogeração de energia elétrica, com 17,43 MWh produzidos e 9,97 MWh expor− tados para a rede de distribuição elétri− ca na safra 20/21. No Protocolo, as 130 signatárias, sendo 117 usinas (84% das unidades operantes em SP) e 13 associações de fornecedores de cana, representando mais de 5.120 fornecedores (50% dos fornecedores de cana paulistas), se comprometem a implantar e cumprir Dez Diretivas Técnicas de Sustentabi−

lidade, e enviam anual− mente documentação de acompanhamento, com indicadores dessas direti− vas. No total, são 4,4 milhões de hectares compromissados com boas práticas agroam− bientais, com participa− ção de 91% da cana pro− cessada no Estado de SP e 43% da produção nacional de etanol. Na safra 20/21, além dos compro− missos já firmados, houve ainda a reali− zação de ações sociais, de prevenção e combate a incêndios e de enfrentamen− to à pandemia da Covid−19. As signa− tárias adimplentes em seus compromis− sos e Licença de Operação recebem o Certificado EtanolVerde, que reforça, de forma positiva, seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. De acordo com o relatório de re− sultados, as signatárias utilizam ampla− mente o controle biológico para evitar pragas na cana−de−açúcar e buscam o

constante aprimoramento das boas prá− ticas no uso de defensivos. Também foi informado que 90% das signatárias do Protocolo Etanol Mais Verde participam de estruturas regionais de prevenção e combate a incêndios flo− restais, como os Planos de Auxílio Mú− tuo (PAM) e Rede Integrada de Emer− gência (RINEM). Mais de 1.860 cami− nhões pipa e 11.700 brigadistas com− põem a força de prevenção e combate a incêndios florestais. As ações socioambientais realizadas pelas signatárias na comunidade em seu entorno beneficiaram mais de 500 mil pessoas. Para contribuir nos esforços de tomada de medidas sanitárias em razão da pandemia da Covid−19, as usinas signatárias se mobilizaram por meio do Programa É Por Todos, coordenado pela UNICA, para realizar a doação de qua− se 2 milhões de litros de álcool 70% pa− ra o Sistema Único de Saúde (SUS) e outros serviços de atendimento à po− pulação do estado de São Paulo, desde o início da pandemia.

os embarques para outros destinos au− mentaram até agora em 2021, com um novo destino importante, como a China”, disse a entidade. A organização lembrou ainda que, segundo a Braskem, é possível que uma parte da produção de etanol seja desviada para a produção de bioplás− ticos, a fim de diminuir as emissões de gases de efeito estufa. A companhia, que é a maior fa− bricante de resinas das Américas, in− formou que vai investir US$ 61 mi− lhões na ampliação da sua produção de polietileno e resina EVA obtidos a partir do etanol de cana no Brasil. Com previsão deste projeto de ex− pansão começar sua operação no final de 2022, a multinacional deverá ele−

var para 260 mil toneladas a capaci− dade da matéria−prima para a produ− ção dos biopolímeros. Mercado em expansão, que cha− mou atenção de grandes indústrias como a Coca−Cola e a Danone, en− tre outras, o plástico “verde” também está na mira de outras empresas como a Cosun Beet Company e a empresa holandesa Avantium, que formarão uma joint venture ainda este ano para produzir glicóis à base de beterraba sacarina para contribuir ativamente para um futuro livre de fósseis. Neste sentido, pretendem investir na construção de uma planta comercial a partir do primeiro semestre de 2023. A previsão é que a unidade inicie suas operações comerciais em 2025.

Produção mundial de bioplásticos a partir do etanol deve crescer Objetivo é a redução das emissões de gases de efeito estufa

A produção mundial de etanol em 2021 deverá ser de 103,9 bilhões de litros, o que representa uma recupera− ção de 3 bilhões de litros no nível de 2020 e deve aumentar para 109,7 bi− lhões de litros em 2022 de acordo com as estimativas revisadas da Organiza− ção Internacional do Açúcar (ISO). Apesar das perspectivas de recu− peração da produção global de etanol, a organização alega ser difícil ver a oferta e a demanda globais voltando a níveis pré−pandêmicos. Segundo a ISO, a produção do biocombustível nos EUA deve au− mentar, apesar dos custos de insumos

mais elevados. Já no Brasil, a queda do volume de matéria−prima para a safra 2021/22 e uma alocação reduzida de etanol na temporada passada significa− rão uma redução na produção de eta− nol de cana. “O aumento da produção de etanol de milho e uma redução nos estoques podem ser necessários para fechar o balanço”, avisa a entidade. Quanto ao consumo global de etanol em 2021, a ISO estima que o consumo se recupere para 103,4 bi− lhões de litros, um aumento de 8% em relação a 2020, mas ainda quase 6 bi− lhões de litros abaixo de 2019. Para 2022, é esperada uma recuperação pa− ra 107,3 bilhões de litros. “O comércio global de etanol, até março de 2021, diminuiu devido aos volumes reduzidos enviados dos Esta− dos Unidos, mais do que compensan− do os aumentos do Brasil. Embora os volumes inter−comércio entre os EUA e o Brasil representem uma par− te significativa do comércio mundial,


MERCADO

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Quem será o novo dono da São Fernando? Energética Santa Helena e Millenium Bioenergia disputam a usina de Dourados - MS

O Grupo Energética Santa Hele− na, de Nova Andradina−MS, poderá ser o novo dono da São Fernando, mesmo tendo sido o segundo colo− cado no leilão da usina, pagando pela massa falida da empresa douradense R$ 322,5 milhões, parcelados nos próximos 15 anos. A decisão do juiz César de Souza Lima, da 6ª Vara Cível de Dourados−MS, foi publicada no dia 14 de junho, após a multinacional Millenium Bioenergia, declarada vencedora do certame no dia 17 de maio, não cumprir os prazos defini− dos pela Justiça. A Millenium Bioenergia tinha até 31 de maio para efetuar o depósito ju− dicial no valor de R$ 351 milhões ou apresentar fiança bancária de institui− ções financeiras de primeira linha pa− ra o pagamento em até 180 dias. Co− mo não pagou à vista, a multinacional apresentou carta fiança de instituições não citadas no Juízo, como a Líder Afiançadora (garantia lastreada em imóveis), Ativos Bank (carta de fiança no valor total da proposta) e Lions− Bank (carta de fiança no valor total da proposta), que foram recusadas pelos credores, entre eles, o principal, o BNDES (Banco Nacional de Desen− volvimento Econômico e Social). “Não fosse o suficiente, as em− presas que se propõem a ofertá−las (fianças) não são instituições regula− das, supervisionadas ou autorizadas pelo Banco Central, conforme se ve− rifica no sítio eletrônico do Banco Central”, afirmou o juiz, citando, ain− da, outros motivos para a reprovação da multinacional, como o interesse da maioria dos credores, que optaram por vender os bens para a Santa He− lena, inclusive com manifestação fa− vorável do BNDES. “Em condições mínimas de acei− tabilidade, principalmente preço e garantias, a proposta seria aceita; con− tudo, com tantas divergências em re− lação à garantia e viabilidade, não há como aceitar as ofertas da Millenium Holding Ltda.”, decidiu o magistra− do, que intimou a Santa Helena a apresentar o reforço de garantia. A usina ofereceu seu parque industrial para a formalização do contrato de alienação dos bens da massa falida da São Fernando. Inaugurada em 2009, na época um dos maiores projetos de produção de açúcar e etanol do país, a usina entrou

Usina Santa Helena ofereceu parque industrial como garantia

Usina São Fernando tem dívidas de R$ 2 bilhões

em recuperação judicial em 2013 e, quatro anos depois, teve sua falência decretada. Desde então, o empreendi− mento, que pertencia à família do empresário José Carlos Bumlai, é ge− renciado pela administradora judicial VCP (Vinícius Coutinho Consultoria e Perícia). Mesmo falida e com dívidas na ordem de R$ 2 bilhões, a São Fer− nando tem cerca de 500 funcionários diretos, funcionando com 25% de sua capacidade, moendo 1 milhão de to− neladas de cana por ano.

Planos para a S. Fernando “O juiz não aceitou as garantias da Millenium e pede para a segunda co− locada, a Santa Helena, hipotecar a usina para dar como complemento de garantia. Só que a Santa Helena, que

estava saindo de uma RJ (recuperação judicial), está com recursos bloquea− dos judicialmente, por isso vamos re− correr a instâncias superiores, princi− palmente pelo pouco tempo que ti− vemos para apresentar nossas garantias, só 10 dias úteis; foi isso que atrapalhou muito”, afirmou Eduardo de Lima, presidente da Millenium. A multinacional, que tem escritó− rio em São Paulo e plantas de bio− energia sendo instaladas em Roraima, Amazonas e Mato Grosso, apresentou um plano estratégico robusto para a recuperação da São Fernando, com investimentos da ordem de R$ 1 bi− lhão. O montante será usado para a recomposição do canavial, reforma da indústria e a construção de uma uni− dade para a produção de etanol de milho anexa à atual usina de cana, tornando−a total flex.

De acordo com Lima, um dos pontos mais importantes e de maior destaque na proposta da Millenium é a manutenção dos empregos existen− tes e a garantia na priorização da re− contratação de ex−funcionários, com previsão de geração de mais 1.500 empregos diretos na implantação da usina e 200 empregos diretos na ope− ração dela. Já a Santa Helena garantiu que tem condições de arcar com a aquisição, ressaltando que é uma empresa que tem histórico no setor e não só man− teve a sua proposta como reforçou as garantias já formalmente em juízo, com matrículas e laudos de funciona− mento do seu parque industrial e es− clarecimentos de que a garantia está totalmente desonerada e pronta para ser utilizada na proposta da companhia. “Isso para que não houvesse ques− tionamentos, pois é um grupo que tem nome, tem quase 100 anos de operação e muita coisa a perder com qualquer leviandade”, afirmou Vitor Henriques, do Santos Neto Advoga− dos, que defende a companhia de MS. Segundo ele, no atual estágio em que o leilão se encontra, a venda do ativo para o Grupo Santa Helena é boa em todos os aspectos. Ele ressalta que é um comprador com uma pro− posta competitiva, com pagamento sólido dentro de um fluxo de caixa compatível com a sua realidade e com a própria operação da São Fernando. Para o advogado, a partir de ago− ra, é previsto somente adiamento por meio de ferramentas jurídicas, mas avisa que a Santa Helena não está dis− posta a ficar nesse leilão para sempre e já declarou em juízo que se resguarda o direito de retirar a proposta se a ne− gociação se estender mais do que o necessário, pois a Santa Helena é um grupo que tem um planejamento es− tratégico e existem outras oportuni− dades de investimento. “O objetivo do Grupo Santa He− lena é voltar a gerar emprego e renda o mais rápido possível, com planos de otimizar a planta em até 8 anos, sem descartar uma ampliação com etanol de milho, aproveitando a aptidão da região, sabendo do grande desafio em disponibilidade de terras devido ao avanço da soja”, informa. Discordando da última decisão da justiça, a Millenium protocolou em− bargo ao impedimento de compra da Usina São Fernando. Ao que parece, infelizmente, essa disputa vai longe…


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MERCADO

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FIAgro vai beneficiar toda a cadeia do agro Lideranças comemoram derrubada de vetos do presidente Jair Bolsonaro Após o Congresso Nacional der− rubar os vetos do presidente Jair Bol− sonaro ao Projeto de Lei (5191/2020) que cria os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (FIAgro), o relator da proposta na Câmara, de− putado Christino Áureo (PP−RJ), afirmou, na sequência de lives da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizadas na segunda semana de junho, que a nova legislação vai modernizar os fundos de captação de recursos para o agronegócio no mer− cado financeiro e, com isso, beneficiar toda a cadeia produtiva no país. “Os trechos vetados tiravam a atratividade dos novos fundos. Hoje ele vai poder beneficiar toda a cadeia produtiva desde o grande, médio e pequeno produtor. É um fator de grande orgulho ver um projeto como esse se transformar em lei e, principal− mente, agora com a regulamentação ao mercado,” disse. Áureo explicou que a necessidade de financiamento do setor a cada safra está na ordem de R$ 750 bilhões, só que o crédito oficial com todo esfor− ço que o Congresso tem buscado,

Renovação da agricultura

através do orçamento, chega a R$ 250 bilhões. “O FIAgro tem todas as con− dições de ser a grande vertente do mercado: seja pela porta do investidor e, especialmente por tudo aquilo que nós vamos poder fazer pelo produtor rural de todos os portos,” disse. A proposta de autoria do depu− tado Arnaldo Jardim (Cidadania−SP), transformada na lei 14.130/2021, teve vetos do Governo Federal, em

dois pontos−chaves: um que cria o tratamento jurídico−tributário dife− rente do que é dado a outros fundos, como o Fundo de Investimento Imobiliário (FIIs), e o outro a retira− da do adiamento do Imposto de Renda (IR) sobre o ganho de capi− tal. A justificativa do Executivo era de que a lei geraria renúncia fiscal – mas foram derrubados pelo Con− gresso Nacional.

Aprovado em tempo recorde na Câmara e no Senado, o FIAgro vai se− guir os moldes dos FIIs. João Henrique Hummel, engenheiro agrônomo e con− sultor da FPA, destacou que o Fundo vai beneficiar o antes, dentro e depois da porteira. “Todo cidadão interessado em investir no agronegócio poderá obter rendimentos do setor. O Fundo é a re− novação da agricultura brasileira e vai poder buscar fontes de financiamento mais barato, direto, com prazo mais aces− sível e garantias mais executáveis e rea− listas dentro desse processo.” O sócio da XP Investimentos, Bruno Novo, reforçou que o FIAgro vai ser uma alternativa de garantia pa− ra operações financeiras entre bancos e o setor agropecuário. “Faltava um veículo institucional que ligasse a poupança da pessoa física com o pro− dutor rural. O FIAgro vem nessa li− nha.” Para ele o destaque do Fundo “vai ser dar acesso pro pequeno e pa− ra o médio ao dinheiro da pessoa físi− ca, da mesma forma que a gente viu acontecer com o fundo imobiliário. Estamos muito felizes que os vetos te− nham sido derrubados”. Para Nilson Leitão, presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), “o FIAgro vai ser uma grande irman− dade do agro para ter mais dinheiro no mercado, custo mais barato e fazer o Brasil destravar”.

Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) O Congresso Nacional derrubou também dois vetos do presidente da República sobre a Lei 14.119/2021, que cria a Política Nacional de Paga− mento por Serviços Ambientais (PNPSA). Com a decisão, os valores recebidos em pagamento por serviços ambientais ficarão livres de tributação A lei foi sancionada em janeiro com 23 vetos, sendo que a maioria foi mantida pelo Congresso. Os parla− mentares, porém, devolveram à lei a isenção tributária prevista original− mente. Com a medida, os valores re− cebidos a título de pagamento por serviços ambientais não integrarão a base de cálculo do Imposto de Ren− da, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribui− ção para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) A PNPSA é destinada a fomentar medidas de manutenção, recuperação

e melhoria da cobertura vegetal em áreas de preservação. Ela prevê incen− tivos para que produtores rurais, índios, quilombolas e comunidades tradicio− nais prestem serviços que ajudem a conservar essas áreas. Um deles é um programa federal de pagamento pelos serviços ambientais, com foco em ações de manutenção ou recuperação

de cobertura vegetal em áreas de con− servação. O pagamento poderá ser di− reto (inclusive em dinheiro), ou na forma de outras compensações, como melhorias sociais em comunidades, certificado de redução de emissões por desmatamento e degradação, ou títu− los verdes (green bonds). De acordo o deputado Arnaldo

Jardim, após grande mobilização dos setores produtivo e ambientalista, foi possível recuperar as regras relativas à governança, mas faltava, ainda, resta− belecer o que muitos consideram o dispositivo mais importante para a implementação da PNPSA: os instru− mentos econômicos, importantíssimos para reduzir os custos de transação dos contratos. “Após um acordo com a Lideran− ça do Governo no Congresso Nacio− nal, conseguimos derrubar o veto à isenção tributária do PSA. Essa isen− ção contribuirá para que alcancemos o volume de contratos necessários para desejada proteção do meio ambiente. Uma vitória maiúscula de todos”, dis− se o deputado. Segundo ele, a Política de Pagamento por Serviços Ambien− tais − PNPSA pode ser, a partir de agora, “um dos cartões de visitas do Brasil, especialmente na COP26, em Glasgow, demonstrando o nosso firme compromisso com desenvolvimento sustentável”, conclui.


GENTE

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Marcos Landell é o novo diretorgeral do Instituto Agronômico Pesquisador tem grande reconhecimento junto ao setor sucroenergético O Instituto Agronômico (IAC) tem novo diretor−geral desde 2 de junho de 2021. O pesquisador e líder do Progra− ma Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell, assume a gestão do Instituto, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Pau− lo. Landell atua há 38 anos no IAC, on− de construiu e mantém modernizado um dos quatro programas brasileiros de melhoramento genético da cana−de− açúcar, junto à equipe por ele liderada. Referência no setor sucroenergético nacional pela competência científica, capacidade de gestão e interação com a cadeia de produção, o novo diretor− geral trará essa experiência para a ad− ministração geral do IAC. Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", onde também fez

mestrado e doutorado, Landell substitui Marcos Antônio Machado, que assumiu a diretoria−geral do IAC em janeiro de 2019, após atuar como diretor−técnico do Centro de Programação de Pesqui− sa do IAC e tendo sido diretor do Centro de Citricultura "Sylvio Morei− ra" do IAC por 15 anos. Respeitado dentro do IAC e das demais instituições de ciência nacional, Landell tem grande reconhecimento junto ao setor sucroenergético. Rece− beu, representando o seu grupo de tra− balho, inúmeros prêmios pelas contri− buições feitas para que São Paulo se tornasse referência mundial em canavi− cultura sustentável. Há reconhecimen− tos também em caráter nacional, como o Prêmio Norman Borlaug de Susten−

tabilidade 2019, oferecido pela Associa− ção Brasileira do Agronegócio (ABAG), que representa todo o agronegócio e não apenas o segmento da cana−de− açúcar. O Conselho de Diretores da ABAG indicou nomes de dois pesqui− sadores brasileiros e Landell foi escolhi− do pela grande maioria. Ele faz uma média de 60 palestras e treinamentos por ano, mantidas no sistema remoto durante a pandemia. Na criação do Programa Cana IAC, em 1989, Landell elaborou um mode− lo de integração para as múltiplas áreas de conhecimento dos pesquisadores do Instituto. Diversos projetos foram cria− dos, com interface entre as muitas áreas envolvidas e enriquecimento da abor− dagem da investigação dos pontos pros− pectados junto ao setor de produção. A condução da pesquisa considera tam− bém a prospecção de demandas junto às usinas e às associações do estado de São Paulo e de outros dez estados do Brasil, principalmente das regiões Sudeste, Centro−Oeste e Nordeste. Com esse perfil, o IAC passou a ser referência em tecnologia na canavicultura no Brasil e em outros países.

Considerando o Instituto Agronô− mico como um todo, esse mesmo mo− delo pode ser expandido, respeitando as peculiaridades de cada área de pesquisa e valorizando as competências científi− cas e técnicas, que são muitas e de ex− celente nível dentro da ciência nacional e internacional. O Programa Cana IAC tem cerca de 630 ensaios ativos na atualidade ape− nas na sua rede de experimentação pa− ra seleção e caracterização de novas va− riedades. Esse modelo de pesquisa re− quer ação contínua e dinâmica da equi− pe de cientistas e técnicos, que chegam a cumprir distâncias anuais superiores a 500 mil quilômetros no Brasil. A equi− pe transfere os resultados da ciência nas diversas áreas do conhecimento, que proporcionam saltos de produtividade, com sustentabilidade ambiental na ca− navicultura. Dentre as áreas de atuação estão os estudos de ambientes de pro− dução, a seleção de variedades com per− fis regionais e para uso forrageiro, o de− senvolvimento do Sistema de Mudas Pré−Brotadas (MPB), a realização do maior censo varietal de cana−de− açúcar no Brasil, dentre outros.


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INDUSTRIAL

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A CONSOLIDAÇÃO DA USINA 4.0 Mais de 60 usinas já se beneficiam de tecnologia única no mundo, que controla plantas inteiras de processos contínuos Os avanços tecnológicos e a glo− balização arremetem, cada vez mais, para um mercado competitivo, que visa a redução de custos e a maximi− zação da produtividade, da eficiência e, principalmente, dos lucros. As ca− racterísticas do setor bioenergético, como a instabilidade da matéria− prima, dependência das condições climáticas, oscilações do mercado, diversidade de mão de obra e restri− ções legais e ambientais, dificultam o atingimento destes objetivos. Para fazer frente a esses desafios,

amplificados pelas demandas geradas pela pandemia da Covid−19, está acontecendo uma aceleração do processo de transformação digital na indústria bioenergética, rumo à Quarta Revolução Industrial, con− ceito mais conhecido como Indús− tria 4.0. A proposta da Indústria 4.0 é re− volucionar a maneira com que pro− dutos e serviços são gerados. Isso através da conexão e otimização de toda a cadeia de valor — informa− ções, pessoas e equipamentos — com

uso intensivo de tecnologia digital. O conceito Indústria 4.0 já está presente nas usinas e tem feito dife− rença na performance, sobretudo industrial, das plantas. Uma das ra− zões pelo interesse dos gestores, de− ve−se a levantamentos de consulto− rias internacionais, como a Mckin− sey, que indicam um potencial de redução de até 40% no custo de manutenção, em até 20% no consu− mo de energia, ao passo que também se pode aumentar a eficiência da operação em até 25%.

Ruptura tecnológica desenvolvida em usinas brasileiras Ainda considerada em outras par− tes do mundo como um conceito fu− turista, a RTO virou realidade e está consolidada no setor bioenergético. A aplicação mais abrangente dessa rup− tura tecnológica mundial, inclusive, foi desenvolvida no Brasil e, especifi− camente, nas usinas de cana−de− açúcar. Chama−se S−PAA e suas funcionalidades e benefícios, inclusi− ve, já podem ser medidos e compar− tilhados por gestores de mais de 60 usinas brasileiras O S−PAA, único software de RTO para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo e, inclusive, o úni−

co que controla de forma integral uma planta de processo contínuo, foi de− senvolvido pela Soteica do Brasil, em− presa especializada em otimização de processos e excelência operacional, e implantado na primeira unidade pro− dutora em 2009. Como um software de RTO de última geração, o S−PAA funciona através de 4 componentes principais: 1−aquisição e tratamento matemático dos dados de laboratório e processos (big data); 2− modelo representativo da planta real, engenharia, processos e procedimentos (gêmeo digital); 3− si− mulação e otimização de cenários, a

partir de balanços de massa e energia e aplicação de algoritmo genético hí− brido (machine learning); e 4− atua− ção na planta real, através de laços fe− chados ou recomendações aos opera− dores (integração de sistemas e IoT). “O S−PAA integra 8 das 10 tec− nologias que compõem o conceito de Indústria 4.0 e, por essa razão, vem expandindo sua atuação para além do setor bioenergético, sendo adotado recentemente por indústrias de ci− tros, químicas e de geração de vapor e de energia elétrica a partir de bio− massa”, explica Nelson Nakamura, diretor da Soteica.

Otimização global e gestão inteligente da planta A técnica de Indústria 4.0 que vem recebendo destaque como diferencial nas usinas é a Otimização em Tempo Real (RTO), que possibilita uma oti− mização global da planta e uma gestão industrial inteligente e avançada, que passou a ser co− nhecida como Usina 4.0. As usinas de açúcar e etanol são plantas de processo contínuo, com grande variabilidade no processo, no qual cada setor de produção depende e interfere diretamente na eficiência dos demais setores. O papel da equipe industrial é reduzir as perdas, decidindo a todo mo− mento quais trade−offs resulta− rão em perdas menores e na melhor eficiência global da planta, maximizando a produção. Para lidar com estes desafios constantes − como variações na quantidade e na qualidade da ma− téria−prima; quebras ou perdas de eficiência em equipamentos; diver− sidade da mão de obra e restrições econômicas, ambientais e de segu− rança −, três premissas determinam o gerenciamento eficaz da indústria. A primeira é que as decisões devem ser em tempo real, uma vez que o processo é contínuo e dinâmico, recupera−se pouco ou nada do que se perdeu. Segundo, as decisões devem ser baseadas em engenharia, considerando os ba− lanços de massa e energia, as res− trições e limites operacionais, e não apenas em feelings ou dados históricos. Por fim, as decisões devem ter foco global, definindo os trade−offs, ou seja, quais atua− ções locais vão permitir alcançar a meta global de produção. Neste cenário dinâmico e desafiador, a única tecnologia existente capaz de cumprir essas três premissas no gerenciamen− to da indústria é a Otimização em Tempo Real (RTO). Ela permite explorar regiões próxi− mas da operação para encontrar com rapidez os set−points ade− quados para atingir a meta de produção, e isso, quaisquer que sejam as condições da planta.


INDUSTRIAL

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A tecnologia que conquistou uma legião de fans Implantado em mais de 60 usinas brasileiras, o software RTO S-PAA vem gerando mais do que benefícios operacionais ou econômicos, vem conquistando cases de sucesso e uma legião de usuários integrados e satisfeitos. Isto pode ser constatado a partir dos diversos depoimentos, que reproduzimos a seguir: “Começamos na safra passada com o SPAA na extração, desenvolvendo o piloto do S−PAA Milling, através do qual colhemos resultados positivos e estamos finalizando mais um laço fechado com o objetivo de aumentar esse ganho. Já para esta safra, ampliamos a utilização do sistema com laços fechados nos setores de vapor e de fluxo de caldo. Com isso, estamos fechando uma parte expressiva da usina, com o objetivo de maximizar estes processos.Vejo o S−PAA com bons olhos porque já temos conseguido resultados positivos na extração e que demonstra que existe um potencial ainda maior a ser explorado por nossa equipe, junto com a Soteica, que pode trazer ganhos para a companhia”. André Teixeira, gerente industrial da Usina Lins

“O SPAA é a solução para a busca da melhor performance na indústria. Operando em tempo real conseguimos corrigir os desvios de produção e, assim, obter os melhores resultados”. Hugo Cagno Filho, diretor executivo da Usina Vertente

“O S−PAA é ‘categoria’, pois fica 24 horas controlando o processo industrial, tarefa que é difícil devido às oscilações e as variáveis que são muitas e nosso papel é controlar ao máximo essas variáveis e diminuir essa oscilação. O grande diferencial do S−PAA é que ele nos dá a oportunidade de controlar o processo o melhor possível, tendo referências online para atuação quando ocorrer os desvios”. Gilmar Galon, gestor executivo industrial da Bevap

"Através do S−PAA estamos tendo uma visão estratégica de todo o processo com a possibilidade de simular o melhor cenário de operação da planta, considerando aspectos econômicos, técnicos, de segurança e qualidade nas nossas operações. Com tudo isso estamos alavancando nossa eficiência energética trazendo ganhos consideráveis para a Companhia". Maurício Peixoto, gerente industrial corporativo da Clealco

“A Cevasa, por usar difusores em seu processo de extração, iniciou a operação do S−PAA na área de energia e embebição e tornou−se evidente a atuação do sistema garantindo equilíbrio e controle dos geradores, maior estabilidade no vapor e redução no consumo de processos, permitindo melhorar os índices de eficiência industrial e de exportação de energia, além da economia de bagaço, o que sempre foi o limitante preocupante na Cevasa”. Alberto Antônio da Silva, gerente industrial da Cevasa

“A Usina Santa Lúcia está instalando uma nova destilaria de capacidade de 500 m³/dia com concentrador de vinhaça acoplado e peneira molecular de 300 m³/d. O novo sistema utiliza apenas vapor vegetal que sofre instabilidades devido ao processo de cozimento de açúcar em bateladas. O SPAA está sendo implementado visando uma maior estabilidade da caldeira e do vapor no processo, reduzindo as variações para uma melhor operação da nova destilaria”. Rafael Ometto do Amaral, engenheiro de produção industrial da Usina Santa Lúcia

“Depois de alguns anos utilizando o sistema SPAA, e aprendendo todas as possibilidades desse Sistema de Otimização em Tempo Real, nossa planta está muito mais estável operacionalmente, trazendo grandes resultados com diminuição de perdas industriais e ganhos de qualidade da Gestão de todos os setores da indústria. A cada ano que passa a usina implementa mais automação nos setores e aumenta as possibilidades de uso do sistema em Laço Fechado. Com isso deixamos os operadores com muito mais tempo para fazerem Gestão de melhoria contínua nos processos, trazendo ainda mais resultado a cada ano que passa”.

“Baseado na experiência de alguns anos operando com o S−PAA em outra usina, contar com uma planta virtual modelada e inteligente, que possibilite o tempo todo comparar a forma de operação da usina versus o ponto ótimo, ou seja, encontrar o delta, traz um ganho muito significativo de eficiência. Além disso, com o S−PAA possui um tempo de resposta excelente, pois o software fica o tempo todo analisando e fazendo ajustes nas operações. Portanto, aquilo que um operador levaria um bom tempo para fazer manualmente, é processado pela ferramenta em milésimos de segundo. Isso traz um retorno financeiro muito interessante. Utilizar o S−PAA é um ciclo virtuoso de aprendizado e crescimento”.

“Nos últimos anos a unidade produtora amadureceu muito em relação à eficiência energética, com ações operacionais, condições dadas pela diretoria com equipamentos, treinamentos e a sua mais recente aquisição: o S−PAA. Estamos a cada ano buscando superar e entrar no ranking das melhores em eficiência energética do setor. Em relação ao S−PAA, com o controle de geração de energia, otimizamos ainda mais os vapores secundários, evitando desperdício e nos tornando mais eficientes em energia”.

João Henrique de Andrade, vice-presidente da Usina Pitangueiras

Walter Di Mastrogirolamo, gerente industrial da Usina Da Mata

Hamilton de Ângelo Antônio, gerente industrial da Usina Rio Vermelho

“O S−PAA tem sido uma ferramenta fundamental para consolidação dos resultados da unidade Rio Dourado, com o amadurecimento no uso da ferramenta estamos ampliando a atuação do S−PAA no processo da URD, aperfeiçoando o laço da unidade Processadora de Grãos e nesta safra iniciaremos os laços de vapor e energia na unidade São Francisco, ampliando assim os ganhos em toda SJC Bioenergia”. Marcus Lages, gerente industrial Corporativo da SJC Bioenergia

"Estamos no segundo ano de utilização do software aqui na Alta Mogiana e em desenvolvimento de vários laços, incluindo os laços fechados de caldo, vapor, embebição e energia. Posso dizer que a contribuição forte do S−PAA é a estabilidade operacional da planta". Fernando Vicente, diretor industrial da Usina Alta Mogiana

“Em busca de uma maior eficiência operacional e ganho de produtividade, o Grupo Maringá ampliou e intensificou o uso do sistema de inteli− gência artificial e otimização dos processos de produção em tempo real, S−PAA, com ganhos obtidos na média de R$ 1,00 por tonelada de cana moída”. Humberto Anghinoni, gerente corporativo de TI da Usina Jacarezinho

“Implantamos o S−PAA nas unidades Palestina e Santa Albertina. Decidimos pelo projeto acreditando no ganho de eficiência e no melhor gerenciamento dos dados de processo. Nas visitas que fizemos em usinas que já utilizam o sistema, vimos os resultados. Estamos confiantes que o SPAA nos ajudará muito no aumento produtividade e nas tomadas de decisão”. Hélio Pavani, diretor industrial da Colombo Agroindustrial


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INDUSTRIAL

Um gerente virtual que trabalha 24h na indústria “O S−PAA é um gerente virtual que traba− lha por 24h na indústr ia. Ele realiza uma varre− dura a cada 5 minutos nos equipamentos e parâ− metros de eficiência da planta e aponta quais in− dicadores estão dentro e fora do ponto ótimo de operação naquele momento. O sistema atua de forma proativa de duas for mas: automaticamente nos laços fechados, sob a supervisão dos operado− res; e nos laços abertos, rodando o PDCA junto aos operadores do chão de fábr ica e equipe do COI, de acordo com as tratativas pré−definidas para cada desvio ou falha no processo”, explica Gilmar Galon, gestor executivo industr ial da Be− vap e um dos pioneiros a implantar o sistema. O sistema começa atuando em laço fechado, ou seja, altera diretamente os pr incipais set− points, em conjunto com os sistemas super visó− r ios e de automação. “A atuação em laço fecha− do é um diferencial exclusivo do S−PAA que atua em pontos estratég icos da planta, garantin− do um rápido retor no do investimento. Além disso, estabelece um impor tante benchmarking para os operadores confiarem nas recomendações do sistema”, explica Douglas Castilho Mar iani, consultor da Soteica. Para que a planta toda seja ajustada ao cená− r io otimizado, o S−PAA também atua em laço aber to, recomendando aos operadores quais ações devem ser tomadas quando as var iações ocor rem no processo. “A atuação em laço aber− to for nece uma visão de engenhar ia aos opera− dores e líderes operacionais, rodando o PDCA Online e per mitindo uma gestão intelig ente e integrada de toda a planta”, explica Mar iani. Pelas funcionalidades e benefícios gerados o S−PAA ficou conhecido como ‘o anjo da guar− da das operações industr iais’, gerando ganhos su− per iores a R$ 1,00 por tonelada de cana nas usi− nas instaladas, com payback infer ior a 90 dias. “O retor no financeiro é apenas um dos be− nefícios mais visíveis do RTO. Através do empo− deramento e integ ração das equipes possibilita− dos pela ferramenta, as usinas vem implementan− do outras valiosas funcionalidades, tais como Se− gurança Operacional, com a cr iação de alertas dinâmicos; Otimização da Manutenção, que pas− sa ser dinâmica a par tir da realidade aumentada dos equipamentos; Decisões Econômicas, basea− das nas var iáveis de custos e margens e não ape− nas de eficiência; Otimização Cor porativa, con− siderando planejamento do cluster, polo ou do g rupo; e Otimização do Plano Diretor de Auto− mação, pois o S−PAA per mite automatizar pon− tos chaves do processo com menor investimen− to”, explica Josias Messias, diretor da Pró−Usi− nas, empresa que comercializa o software.

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Quem desenvolveu o S-PAA Douglas Castilho Mariani

Doutor em engenharia química na área de modelagem ma− temática de processos industriais. Desde 2006, é consultor da Soteica do Brasil e especialista de aplicações da empresa na área de modelagem e otimização em tempo real. Trouxe ex− periência de implementação de RTO em outros setores pa− ra o bioenergético. Responsável pelo desenvolvimento das interfaces que per− mite ao S−PAA se comunicar com todos os sistemas de contro− le e bancos de dados utilizados no setor. Líder técnico no desenvolvimento do S−PAA e responsável pelas implementações da ferramenta no setor bioenergético.

Nelson Juniti Nakamura Sócio fundador da Soteica do Brasil (1987) é graduado em en− genharia mecânica de produção e curso de mestrado em enge− nharia de produção pela Escola Politécnica da USP. Possui es− pecialização em engenharia química e em redes de computa− dores e doutorado em Administração. Iniciou sua carreira profissional nas áreas de Simulação e Oti− mização de Processos Químicos na Rhodia e de manufatura na Sca− nia. Experiência no desenvolvimento de sistemas voltados para mi− nimização de perdas no processo de corte de filme de poliéster, deslo− camento do equilíbrio de reações utilizando técnica denominada Ope− ração Evolutiva, cálculo científico para determinação do solvente ideal, de− terminação do mix ótimo de produção envolvendo mais de 20 unidades pro− dutoras; integração de sistemas de controle / automação com simulação. Ex−consul− tor em sistemas de otimização para IBM e Kienbaum. Gerenciou equipes responsáveis pelo desenvolvimento de sistemas voltados para Treinamento de Ope− radores, Reconciliação de Dados e Otimização em Tempo Real nas principais empresas de Óleo & Gas, pe− troquímicas e bioenergéticas do Brasil.

Pedro Martins Alves Iniciou a carreira como engenheiro de processos químicos na Rhodia, assumindo depois a Gerência Geral de Engenha− ria em 1983, com especialização em cálculo científico apli− cado a processos químicos e têxteis, além de toda cadeia produtiva do fenol. Sócio fundador da Soteica do Brasil em 1987. Engenheiro químico especialista em aplicações de modelagem e simulação de processos químicos, que foram pioneiras no Brasil em plata− formas de computação pessoal nos anos 1980 e 1990. Como sócio da Soteica, teve relacionamento técnico e de ne− gócios com empresas globais na área de processos químicos, como Hy− protech (Modelagem de Processos − Hysys) − Canadá, Linnhoff March (Pinch Technology − Energy) − UK, HTFS (Heat Transfer) – UK, HTRI (Heat Transfer) – USA e vários outros parceiros internacionais com tecnologias baseadas em software que foram adotadas no Brasil por empresas como Petrobras, Braskem, petroquímicas e químicas além de fabricantes de equipamentos e inúmeras empresas de engenharia de projetos e processos. Na Aspentech (USA) atuou como country manager por dez anos na década de 2000 – com gestão das contas corporativas da Petrobras e Braskem e administração do escritório da empresa no Brasil. Em função do crescimento da demanda no Brasil por soluções especificas, promoveu o investimento no desenvolvimento de tecnologia da Soteica do Brasil voltada a processos industriais nas áreas de reconcilia− ção de dados (S−DVR) e RTO − Otimização em Tempo Real (S−PAA).

Soteica do Brasil Empresa fundada em 1987, que introduziu no Brasil os conceitos de simulação de processos utili− zando microcomputadores, desenvolvendo na década de 1980 o software denominado ENGEQUIM. Ao longo dos anos firmou parcerias com empresas canadenses, inglesas e americanas, introduzindo no Brasil tecnologias voltadas para (i) simulação de processos petroquímicos (Hysys / Aspen Plus), (ii) projeto de Trocadores de Calor (HTRI); (iii) Integração energética (Linhoff); (iv) sistemas de Planeja− mento e Controle da Produção de Termoplásticos (Wan System).


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Agronegócio segue aquecido e abre porta de entrada para o mercado de trabalho A Tereos Açúcar & Energia Brasil, subsidiária do Grupo Tereos, com sete unidades industriais no estado paulista, é uma das empresas que contri− buem para a geração de empregos no agronegó− cio. Com mais de 8 mil colaboradores no país, é uma porta de entrada no mercado de trabalho pa− ra muitos profissionais do setor, que fechou 2020 representando 26,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com a Confederação Na− cional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e gerou 61.637 vagas. Uma dessas profissionais é a gestora de labora− tórios e qualidade Priscila Sevilha Ferreira Parra, que iniciou sua carreira na Tereos em 2010. "Havia aca− bado de me formar em química ambiental e busca− va minha primeira oportunidade profissional.Tive o privilégio de conquistar a vaga neste setor que tan− to admiro. Comecei de forma temporária, como au− xiliar de laboratório safrista, e no fim da safra já es− tava efetivada", conta. Priscila aproveitou as oportunidades para se de− senvolver até que, em outubro de 2019, foi promo− vida a gestora da sua área. "Sempre fui curiosa e gos− tei de aprender, com isso foram surgindo as opor− tunidades. A Tereos é uma empresa repleta de opor− tunidades que nos trazem um leque de possibilida− des de aprendizado", diz ela, que conduz uma equi− pe de 27 colaboradores. Já para Heverton Henrique Custódio o agro− negócio sempre esteve presente em sua vida. Seu pai trabalhou por 28 anos na Tereos como trato− rista e o dia a dia da profissão era compartilhado em casa com o filho todos os dias. "As histórias que meu pai me contava sempre me encantaram e ali se formou a vontade de trabalhar na Tereos também", relembra ele que passou a trabalhar na em 2007. "Ingressei no setor de Fertirrigação como auxi− liar de serviços gerais da Unidade Andrade, em Pi− tangueiras, mas já pensando em me tornar tratoris− ta. No final da safra do mesmo ano, fui efetivado e atuei como operador de motobomba enquanto bus− cava tirar a CNH, requisito para trabalhar com tra− tor, como meu pai", explica. Pouco depois, no entanto, Heverton mudou suas perspectivas. "Em 2010, decidi ingressar em

Priscila Sevilha Ferreira Parra

Heverton Henrique Custódio

um curso de técnico em química. Com a forma− ção, tive a oportunidade de estagiar no laboratório industrial da unidade, mas notei que aquilo não era

www.youtube.com/canalProcanaBrasil

para mim. A paixão era forte pela área agrícola. Neste momento, fui convidado a fazer um teste no setor de Desenvolvimento Técnico e Tratos Cul− turais e permaneci responsável por todo planeja− mento, acompanhamento e desenvolvimento da área até o fim de 2016". Ao longo da experiência na área agrícola, He− verton foi incentivado a participar de um proces− so seletivo para cursar engenharia agronômica e recebeu uma bolsa de 50% custeada pela Tereos. "Em 2017, já formado, voltei ao campo como lí− der de tecnologia agrícola, onde tive um grande desafio: alavancar o uso de piloto automático. Em 2020, após um período com o time de engenhei− ros, implantando melhorias e modificando as for− mas de trabalho, fui convidado a assumir o cargo de supervisor de produção nas unidades Andrade e São José, sendo responsável por toda produção de cana−de−açúcar e a equipe de combate de in− cêndio. No mesmo ano, assumi o posto de super− visor de herbicida, cargo em que tenho muitas oportunidades de aprendizado", afirma.


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Biosev finaliza safra 20/21 com lucro líquido de R$ 216,4 milhões Eficiência Industrial aumenta 2,1% e atinge 1,031 no período A Biosev anunciou lucro de R$ 216,4 milhões no ano safra 20/21. O encerramento positivo do ciclo, mar− cado por diversos recordes em produ− ção e resultado operacional, a exem− plo de alta de 9,6% no ATR Produto (141,7 kg ATR/ton) e de 3,1% no TCH (85,6 ton/ha) em comparação à safra passada, reflete o compromisso com o programa de melhoria opera− cional que a companhia tem desen− volvido nos últimos anos. No período, outro crescimento importante ocorreu no resultado operacional positivo em R$ 1,6 bilhão, impulsionado, entre outros fatores, por uma receita líquida ex−HACC/ou− tros produtos de R$ 6,8 bilhões, 37,7% superior à safra 19/20. Os índices EBITDA também ti− veram expressivo crescimento em ra− zão da melhor qualidade da cana, maior eficiência industrial, comercia− lização de produtos de valor agregado, oportunidades de exportação e preços médios mais competitivos. O EBITDA Ajustado ex−reven− da/HACC atingiu R$ 2,5 bilhões, crescimento de 40,1%, enquanto o EBITDA Unitário ficou em R$ 93,1 por tonelada, 42,8% acima da safra anterior. O EBITDA menos CAPEX foi de R$ 1,1 bilhão. “Estamos muito felizes em entre− gar um resultado tão positivo como esse, com lucro e boas perspectivas de crescimento, mesmo com uma safra

desafiadora, por conta do cenário de pandemia no país e variações climáti− cas em algumas regiões. Nossos índi− ces de produtividade estão em um pa− tamar bastante elevado e são, hoje, re− ferências no mercado nacional. O empenho de nossa área comercial também foi essencial para encontrar as melhores oportunidades no período. Em linhas gerais, construímos um tra− balho em equipe que deu muito cer− to” afirma Juan José Blanchard, presi− dente da Biosev. Nos canaviais, que concentram boa parte dos recordes históricos da empresa, a produtividade medida pe− lo TCH consolidado atingiu 85,6 ton/ha, 3,1% superior à safra passada. O bom resultado é explicado principalmente pela continuidade da aplicação das melhores práticas agro− nômicas na renovação do plantio e nos tratos dos canaviais. Outro fator posi−

tivo foi a condição climática mais fa− vorável no período de formação do canavial (mais chuvas entre janeiro e março/20) nos polos Ribeirão Preto Sul e Mato Grosso do Sul. Os impactos da alta produtividade agrícola também foram percebidos no teor de ATR Produto de 141,7 kg ATR/ton, 9,6% acima da safra ante− rior. Olhando a produção total, o ATR Produto foi de 3.765 mil tone− ladas, crescimento de 7,6%, conse− quência da evolução do canavial e da eficiência industrial, que subiu 2,1%, alcançando 1,03. O mix açucareiro foi predomi− nante na safra, atingindo 52,7%, 18 p.p superior ao ano anterior, devi− do ao maior direcionamento de ATR para a produção de açúcar, que este− ve mais forte e rentável em relação ao etanol no período. Além disso, a des− valorização cambial tornou o produ−

to mais valorizado no mercado exter− no, resultando em preços médios mais elevados quando comparados com a safra passada. Em relação à moagem, o volume total foi de aproximadamente 26,5 milhões de toneladas. O montante é ligeiramente inferior (1,9%) ao regis− trado na safra passada e foi consequên− cia da decisão de postergar o início da safra em março/21, já que o clima mais seco na região resultou em um desen− volvimento mais lento do canavial. No 4T21, não houve moagem nos Polos de Ribeirão Preto. – SP. “Olhando a trajetória desenvolvi− da até aqui, acreditamos que a Biosev está fortalecendo cada vez mais o seu legado no setor sucroenergético. Para esta safra, nosso compromisso é dar continuidade a essa evolução e apre− sentar um desempenho ainda mais competitivo”, reforça Juan.

Atvos encerra safra 20/21 com moagem de 26,7 milhões de toneladas de cana Companhia produziu 82% a mais de açúcar em comparação ao ciclo anterior A Atvos encerrou a safra 2020/2021 com uma moagem de 26,7 milhões de toneladas de cana− de−açúcar, volume em linha com a safra anterior. Com rendimento industrial ele− vado (RTC − Recuperado Total Corrigido de 94,3%), a empresa al− cançou 3,65 milhões de toneladas processadas de massa de ATR (Açúcar

Total Recuperável), um aumento de 1,7% em relação à safra 2019/2020. Esse volume possibilitou a produção de mais de 2 bilhões de litros de eta− nol para comercialização no mercado doméstico brasileiro, sendo 83% eta− nol hidratado e 17% etanol anidro. Parte de nossa massa de ATR foi também convertida na produção de 426 mil toneladas de açúcar VHP, 82%

acima do ciclo anterior, com sua to− talidade destinada à exportação. Com um período seco prolonga− do, a disponibilidade climática foi 5,4% maior em relação à safra passada, o que contribuiu para baixa umidade no bagaço da cana−de−açúcar e re− sultou em maior eficiência na geração de energia elétrica, cuja produção re− gistrou um aumento de 2% em rela−

ção ao ciclo anterior. Foram cogera− dos 2,8 mil Gwh de energia elétrica, sendo 69% exportada, um crescimen− to de 4,4% em relação à safra anterior. A companhia ainda encerrou o período como a maior emissora de CBIOs (créditos de descarbonização do programa Renovabio), com 2,4 milhões de títulos emitidos e 1,8 mi− lhão comercializados.


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Cocal recebe 1º Selo Nascentes concedido pela SIMA Reconhecimento inédito foi devido à restauração voluntária de 10,17 hectares de vegetação nativa A Cocal é a primeira empresa a re− ceber o Selo Nascentes, concedido pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SI− MA), em reconhecimento inédito pela restauração voluntária de 10,17 hecta− res de matas com 16.953 mudas de es− pécies nativas plantadas desde 2018. A área, localizada dentro da propriedade da Cocal, em Paraguaçu Paulista − SP, excede as faixas marginais de nascentes e cursos d’água cuja recomposição é obrigatória em lei. O projeto reconhecido foi o “Águas Claras e Pedreira”, conduzido pela Co− cal durante um período de três anos. “Nos orgulhamos muito desse projeto e ele mostra o pioneirismo da Cocal e o seu compromisso com o meio am− biente nesses 40 anos de história. Ainda

reforça a parceria da Cocal com a Se− cretaria da Infraestrutura e Meio Am− biente e demonstra o quanto a empre− sa está engajada no aspecto de conser− vação e preservação ambiental”, decla− rou Ruben Guimarães, diretor Pessoas e responsável pela área de Meio Am− biente da Cocal. O Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, lembrou que o programa está ligado também à segurança hídrica e, em tempos de instabilidade ambiental e mudanças climáticas, a falta da água é responsabilidade de todos e projetos como esse fazem com que a água vá para o seu local natural e seja mantida. “Poder comemorar a entrega do selo por uma ação voluntária nos dá uma alegria ainda maior por entender

que empresas como a Cocal assumem essa responsabilidade socioambiental. É fundamental que ações como essa possam ser replicadas e sirvam de exemplo para outras empresas”, decla− rou o secretário. Criado em 2014, o Programa Nas− centes visa otimizar e direcionar inves− timentos para a recuperação e proteção de recursos hídricos e biodiversidade, como matas ciliares, nascentes e olhos− d’água. O projeto também tem o ob− jetivo contribuir para o atingimento de metas dos Objetivos de Desenvolvi− mento Sustentável (ODS), da Organi− zação das Nações Unidas (ONU). O Selo Nascentes é destinado às pessoas físicas e jurídicas que financiam, execu− tam ou disponibilizam áreas para pro− jetos no âmbito do programa. O diretor técnico da União da In−

dústria da Cana−de−açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, come− morou o selo recebido pela Cocal e re− lembrou os ideais sustentáveis do setor. “Iniciamos a Semana do Meio Am− biente com a entrega do primeiro Selo do Projeto Nascentes à uma de nossas associadas. O fato ilustra o comprome− timento do setor sucroenergético com a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade”, afirmou Rodrigues. A coordenadora de Gestão Am− biental da Cocal, KarenYumiYoshimo− to, considera que o recebimento do se− lo “reafirma o compromisso da empresa com o meio ambiente e reforça as ações voltadas à proteção de recursos hídricos, abrigo da fauna silvestre, e conservação da biodiversidade”, além do reconheci− mento das ações de responsabilidade so− cioambiental promovidas pela empresa.


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Usina Coruripe passa por auditoria e renova certificações internacionais Unidades da empresa em Minas Gerais alcançaram excelência em auditoria externa dos selos ISO 9001, 14001 e 45001 As práticas de gestão em qualidade, meio ambiente, saúde e segurança da Usina Coruripe, uma das maiores do setor sucroenergético no país, foram re− conhecidas, mais uma vez, com a reno− vação das certificações ISO 9001 (que atesta a qualidade do produto e padro− nização e otimização de processos) e a ISO 14001 (que demonstra que a em− presa, em todo seu processo produtivo, garante as questões de preservação e proteção ao meio ambiente). As unidades da empresa em Minas Gerais passaram por uma rigorosa audi− toria externa e, além dessas certificações, a unidade de Iturama conseguiu realizar a migração da norma de saúde e segu−

rança OHSAS 18001 para a ISO 45001. As certificações comprovam que a Coruripe está alinhada aos parâmetros internacionais de qualidade, meio am− biente, saúde e segurança de seus cola− boradores. Segundo Allan Henrique Pedrosa da Silva, coordenador corpo− rativo da área de Sistema de Gestão In− tegrado da Usina Coruripe, não houve registros de não conformidades duran− te a auditoria, realizada ao longo de uma semana pela ABS Quality. "Isso nos beneficia de forma direta e positiva, atingindo a confiança e a sa−

tisfação não apenas do mercado e de nossos clientes, mas de todos os stake− holders." Ele explica que, a cada três anos, a empresa passa por uma audito− ria de recertificação e, nesse intervalo, anualmente, é submetida também a au− ditoria de supervisão. Na avaliação de Silva, a conquista demonstra o quanto a companhia tem evoluído na busca pela excelência dos processos. "Temos um time focado em contribuir e disseminar todas as infor− mações necessárias, fazendo um elo en− tre as normas e as áreas da empresa, ex−

traindo o máximo das diretrizes dessas normas para aprimorarmos a qualidade de todos os nossos processos e produ− tos, desde produção no campo até a chegada do produto no cliente final", destaca. Para disseminar essa cultura na em− presa, a Coruripe investe em treina− mentos, reuniões de análise crítica, en− tre outras ações de comunicação com os colaboradores. "Nós trabalhamos para mostrar aos colaboradores a importân− cia de cada atividade e do trabalho de cada um, para que a empresa conquiste e mantenha essas importantes certifica− ções", diz. Ele também destaca o potencial dessa conquista, mesmo em tempos ad− versos. "Em um cenário tão desafiador, em que a saúde e segurança dos nossos colaboradores se tornou ainda mais prioritária, a conquista dessas certifica− ções nos mostra que estamos realmen− te alinhados e permanecemos no cami− nho correto", avalia. "A renovação, mais uma vez, comprova a eficácia de um bom trabalho em equipe", comple− menta Allan Silva.

ACP Bioenergia emite novos certificados Companhia emitiu seu primeiro CRA em 2013 Após a venda de 20% do capital para a Marksbro, holding de Dimitrios Markakis, no final do ano passado, a ACP Bioenergia emitiu com sucesso um novo CRA − Certificados de

Recebíveis do Agronegócio − de R$ 68 milhões. Foi uma emissão 476 com prazo de cinco anos e demanda 13% superior ao volume originalmente previsto para a operação. "Nosso primeiro CRA de R$ 40 milhões foi emitido em 2013 e de− pois disso ficamos um longo perío− do longe do mercado de capitais

brasileiro. Agora estamos de volta e esperamos contar com esta captação de recursos como uma parte funda− mental de nossa estratégia de cresci− mento.", diz Alexandre Candido, CEO da ACP. Os recursos serão usados para in− vestir na estratégia de crescimento da produção agrícola da empresa. Com

sede corporativa em Ribeirão Preto, a ACP cultiva atualmente 40 mil hectares de cana e 12 mil hectares de grãos, em quatro polos canavieiros, sendo em Teodoro Sampaio (SP), Nova Alvorada do Sul (MS), Rio Brilhante (MS), e em Edéia (GO), além do polo de grãos em Marianó− polis (TO).


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Unidade de biogás da Raízen é a primeira a receber certificação de energia renovável Planta já fornece energia gerada ao grid A unidade de biogás da Raízen, a UTE Biogás Bonfim localizada em Guariba − SP, acaba de ser certificada pelo I−REC Standard. Uma das maiores plantas de biogás do mundo, com 21 MW de capacidade instalada, a usina é a primeira entre as 200 usi− nas já certificadas pelo I−REC Stan− dard que utiliza biogás para geração de energia elétrica. O I−REC Service é um sistema global de rastreamento de atributos am− bientais de energia projetado para faci− litar a contabilidade confiável de carbo− no, para Escopo 2, compatível com vá− rios padrões internacionais de contabi− lidade de carbono. A certificação, que no Brasil é emi− tida pelo Instituto Totum, confere à em− presa a permissão para emissão e trans− ferências de I−RECs (cada I−REC equivale a 1MWh de energia gerada) e permite aos usuários de eletricidade fa− zer uma escolha consciente e baseada em evidências para a energia renovável, em qualquer país do mundo. Segundo o diretor do Insituto To− tum, Fernando Lopes, a Certificação I− REC da UTE Biogás Bonfim é um marco para o Programa Brasileiro de Certificação de Energia Renovável. "Agora, o programa conta com um

portfólio completo de opções ao con− sumidor de energia renovável: dentro das 200 usinas já certificadas, além da energia eólica, hídrica, solar e de bio− massa, agora temos também uma usina que usa como combustível o biogás. Pe− lo desenvolvimento do mercado, acre− ditamos ser a primeira de muitas outras que ainda virão”, afirmou. Fruto da joint venture entre Raízen e Geo Energética, a Raízen Geo Bio− gás S.A., a unidade foi inaugurada em outubro passado, e fica localizada junto à usina Bonfim, da Raízen, com uma moagem de mais de 5 milhões de to− neladas de cana por ano que gera ele− vado volume de vinhaça e torta de fil− tro e atendem às necessidades de um projeto de biogás em escala comercial, a

CRV Industrial recebe carta de acreditação ESG Certificação afirma que a empresa adota melhores práticas de gestão ambiental A CRV Industrial, usina em Carmo do Rio Verde − GO, recebeu neste mês de em junho, a carta de acreditação ESG, que representa, em inglês, o tripé da sustentabilidade aplicado às empresas: Enviromental, (meio ambiente), Social (socioeconô− mico) e Governance (práticas de gestão). O ESG é um desdobramento

das preocupações das nações em todo o mundo com os efeitos ad− versos da acelerada degradação ambiental e da necessidade de se promover o desenvolvimento econômico de forma mais igua− litária. Trata−se de um movi− mento global, que envolve con− sumidores, investidores e seg− mentos organizados da sociedade. Edna Almada, coordenadora de gestão de certificações, afirma que ter uma acreditação ESG já recomendada por uma auditoria independente, significa que a em− presa adota melhores práticas de gestão ambiental, promove o de− senvolvimento sócio econômico e possui um processo de gestão res− ponsável e transparente.

vinhaça será operada na safra, e, a torta, ao longo do ano inteiro. A unidade recebeu autorização da CPFL e ANEEL para comercializar energia. Com a autorização, a planta passou a fornecer a energia gerada ao grid. Dos 138 mil MWh por ano de ca− pacidade instalada, 96 mil MWh serão vendidos dentro de um contrato nego− ciado em leilão em 2016 do qual a Raí− zen foi a vencedora. O valor excedente de energia poderá ser negociado no mercado livre ou outros contratos. Para o CEO da Geo Energética e presidente da Abiogás, Alessandro Gar− deman, a certificação da primeira usina de biogás no Brasil aponta para o cres− cimento do mercado e consolida o energético entre as fontes de energia re−

novável com maior potencial de cresci− mento na matriz brasileira. “É a hora do biogás. Estamos cres− cendo e conquistando marcos impor− tante, como a certificação I−REC para a primeira usina do energético no país. O Brasil tem o maior potencial para o aproveitamento do biogás no mundo, mas não utilizamos nem 2%. Acredito que o momento é de virada, com mais usinas certificadas, e novos empreendi− mentos surgindo. A energia gerada por biogás pode ser produzida durante o ano inteiro, o que oferece estabilidade ener− gética para o sistema elétrico nacional e impacta o desenvolvimento econômico do País de maneira sustentável”, co− mentou. A diretora de Transição Energética da Raízen e CEO da Raízen Geo Bio− gás, Raphaella Gomes, reforça que o re− conhecimento contribui para a conso− lidação da tecnologia no tratamento dos resíduos agroindustriais de forma reno− vável e sustentável. “A certificação da planta de biogás da Raízen para emissão de I−RECs é mais um marco importante na nossa jornada de liderar a transição energética e apoiar os nossos clientes e parceiros a descarbonizar as suas atividades.A planta de Guariba é uma das maiores do mun− do e representa uma revolução no tra− tamento dos resíduos agroindustriais por meio do uso mais eficiente dos recursos naturais, contribuindo assim para des− carbonização e economia circular”.


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BP Bunge Bioenergia lança o programa Allia Plataforma de negócios é exclusiva para fornecedores de cana-de-açúcar A BP Bunge Bioenergia lança neste mês de maio o programa Allia. A iniciativa tem o objetivo de promover eficiência e produtividade para os for− necedores de cana−de−açúcar e construir relacionamentos de longo prazo. Entre os benefícios oferecidos pelo programa estão a fixação do ATR para o açúcar, repasse de diesel e aces− so a crédito. Como relacionamento e parceria com os fornecedores de cana−de− açúcar é essencial para a companhia, o programa Allia foi estruturado em três pilares: meritocracia, reconhe− cendo os fornecedores de acordo com o que ele cria de valor; fideliza− ção das parcerias, por meio das par− cerias com incentivos comerciais de longo prazo; e garantia de sustenta− bilidade aos fornecedores, o que per− mite mais estabilidade para o plane− jamento dos negócios.

“O Allia é um programa de rela− cionamento, incentivo e fidelização para ampliar a sustentabilidade das parcerias. Temos o objetivo de que a BP Bunge Bioenergia e os seus for− necedores de cana−de−açúcar evo− luam juntos. Buscamos para eles ser− viços e benefícios para criar alianças de longo prazo, que vão além da transferência de tecnologia, agenda técnica e reconhecimento. Oferece− mos itens que reduzem o risco e ge− ram maior previsibilidade para o ne− gócio. Somos aliados nessa jornada. O

sucesso do programa é o sucesso do fornecedor de cana.”, explica Adria− no Dalbem, diretor de Originação, Logística e Suprimentos da BP Bun− ge Bioenergia. Entre as vantagens do programa, o destaque é para o acesso a crédito para tratos culturais e plantio da ca− na com taxas de juro atrativas; sele− ção e disponibilização de mudas de varietais selecionados para plantio de linha−mãe das lavouras; repasse de diesel com valores competitivos; convênio com parceiros fornecedo−

res de insumos e de serviços com benefícios obtidos pela compra em grande escala; parceria Barter que possibilita o pagamento dos benefí− cios com cana; promoção de even− tos de capacitação técnica para todas as etapas de manejo da lavoura; e premiações de reconhecimento pa− ra os fornecedores que atingirem critérios de qualidade e cumpri− mento das metas. Para conhecer melhor o programa Allia da BP Bunge Bioenergia, acesse: https://www.allia.bpbunge.com.br .

Zilor e Ascana lançam campanha de conscientização para ciclistas Iniciativa visa incentiva a prática de atitudes seguras nas rodovias A Zilor Energia e Alimentos e a Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Mé− dio Tietê) lançam a partir deste mês de maio a campanha “Pedal bom é pedal seguro – Vamos juntos na mesma estrada!” que tem como ob− jetivo a educação e conscientização de ciclistas e motoristas para uma convivência harmoniosa e segura no compartilhamento das estradas e vias públicas das cidades paulistas, Lençóis Pau− lista, Macatuba, Pederneiras, Quatá e região. Com o início da safra canavieira, o tráfego de caminhões e máquinas nas estradas rurais tem um aumento expressivo já que a produção da cana−de−açúcar é escoada pelos carreado− res e estradas vicinais até a indústria. E é por estes caminhos que muitos ciclis− tas que curtem aventura e natureza transitam. Por isso, os cuidados devem ser redobrados pa− ra que os acidentes sejam evitados. “O projeto “Pedal bom é pedal seguro!” é mais uma campanha que estamos realizando trazendo informa− ções para que os ciclistas e os motoristas, quer seja de

veículos de grande porte ou automóveis e também os operadores de equipamentos agrícolas, saibam como se comportar quando usam as mesmas estradas. Hoje a gente vê muitas famílias pedalando com crianças e é

preciso que os cuidados sejam redobrados para que eles se divirtam e a gente trabalhe com se− gurança”, disse Pedro Luís Lorenzetti, presi− dente da Ascana. A responsabilidade no trânsito tem que ser compartilhada e a Campanha “Pedal bom é pedal seguro!” está sendo lançada neste mês em que é realizada a mobilização Maio Amarelo, que chama a sociedade para refletir sobre o res− peito e a responsabilidade no trânsito. Para o presidente da Zilor, Fabiano Zillo, a iniciativa busca promover a conscientização e a prática de atitudes seguras nas rodovias, tanto dos condutores de veículos quanto dos ciclis− tas, ao compartilharem a mesma estrada. “A rodovia é de todos e acidentes de trân− sito podem e precisam ser evitados. Estamos no Maio Amarelo, mês de conscientização para um trânsito mais seguro: portanto devemos estar sempre atentos para perceber, evitar os riscos e proteger a vida!”, ressalta, Fabiano. A campanha “Pedal bom é pedal seguro – Vamos juntos na mesma estrada!” vai levar in− formações aos motoristas canavieiros e aos ci− clistas das cidades onde a Ascana e a Zilor atuam. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as ações serão feitas por plataformas digitais, distribuição de material impresso, outdoor e veiculação de anúncios nas rádios.


USINAS

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Trabalhadores da Indústria de Alagoas são vacinados contra a Covid-19 Vacinação começou no dia 26 de maio na Usina Caeté Os mais de 10 mil trabalhado− res de 15 usinas localizadas no es− tado de Alagoas começaram a ser vacinados contra a Covid−19. O grupo compõe a lista dos priori− tários, de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Já temos as doses suficientes para vacinar todos”, informou o secretário de Saúde do Estado, Alexandre Ayres, na última sema− na de maio, durante reunião com o presidente do Sindicato dos Traba− lhadores da Indústria do Açúcar do Estado de Alagoas (STIA/AL), Jackson Lima Neto. Lima Neto, que havia solicita− do o encontro para tentar agilizar a imunização contra o novo coro− navírus para os trabalhadores da indústria, afirmou que o secretário se colocou à disposição para cobrar

das prefeituras o início imediato da vacinação em todas as cidades que têm usinas. Em São Miguel dos Campos, por exemplo, a prefeitu− ra local deu início à vacinação pa− ra este grupo, no dia 26 de maio. “Agradecemos ao prefeito George Clemente e a secretária de Saúde, Adeline Carvalho, pelo iní− cio da imunização dos trabalhado− res do município, que exercem uma atividade essencial para toda a sociedade”, salientou o diretor Administrativo e de Suprimentos da Usina Caeté, Paulo Couto Ra− malho de Castro. O prefeito George Clemente e a secretária municipal de Saúde, Adeline Carvalho, visitaram o lo− cal de vacinação na Usina Caeté, sendo recebidos pelo Diretor Ad− ministrativo e de Suprimentos, Paulo Couto, pelo gerente admi− nistrativo, Gerenaldo Sabino, pela gerente de Gestão de Pessoas, Marta Luciana dos Santos e pelo enfermeiro do Trabalho, Gessivan Veríssimo.

Colaboradores da Usina Caeté começaram a ser vacinados no dia 26 de maio

Visita à usina: George Clemente, Marta Luciana; Gerenaldo Sabino; Adeline Carvalho e Paulo de Castro

Viralcool doa mais de 5 mil cestas básicas Iniciativa visa amenizar as dificuldades enfrentadas em tempos de pandemia

Cestas entregues pela unidade de Castilho

Marquinho Soriano, prefeito de Pitangueiras recebe as cestas doadas pelo grupo

Desde o início da pande− mia da Covid−19, o Grupo Viralcool, que tem três unida− des localizadas nas cidades paulistas de Castilho, Pitan− gueiras e Sertãozinho, tem se mantido presente e solidário junto às comunidades onde atua. Ao todo, já fez doações de aproximadamente 50 mil litros de álcool 70% às prefeituras e entidades sociais. Além de via− bilizar cilindros para a Santa Casa de Pitangueiras armaze− nar oxigênio. Agora, a companhia está

distribuindo 5.400 mais cestas básicas, sendo que a distribui− ção ocorre em duas etapas e atenderá cidades localizadas no entorno das usinas. De acordo com a empresa, as cestas foram repassadas para as prefeituras das cidades de acordo com cadastro social de famílias vulneráveis e em risco alimentar, elaborado e mantido pelas Secretarias de Assistência Social, que ficarão responsáveis pela distribuição das mesmas. Para a região de Castilho, por exemplo, foram enviadas 1.600 cestas que vão contem− plar as cidades de Nova Inde− pendência, São João do Pau D’Alho, Nova Guataporanga, Monte Castelo e a própria ci− dade de Castilho. “O Grupo Viralcool está sensível aos problemas das co− munidades do entorno de suas unidades e esta, entre outras ações, visa contribuir para su− peração dos efeitos terríveis dessa pandemia”, concluiu a diretora de Recursos Humanos do grupo, Claudia Tonielo.


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Usinas investem em tecnologia para combater incêndios Intenção é evitar prejuízos que chegam a milhões de reais

Aliar prevenção e tecnologia é o grande desafio do setor agrícola para combater o fogo, um dos grandes vi− lões dos canaviais, responsável por perdas de vidas humanas e por eleva− dos prejuízos financeiros. Estimativas de um grande grupo do setor, apon− taram que em 2020, as áreas atingidas por incêndios apresentaram perda de massa de cana (toneladas), da ordem de 15%. Isso implica em prejuízo de R$ 40 milhões de reais. Diante desse potencial rombo, as usinas buscam tecnologias e metodo− logias para prevenir e controlar incên− dios, além de contribuir para a gestão e defesa ambiental. Em recente webi− nar promovido pelo JornalCana, es− pecialistas traçaram um cenário do que já vem sendo feito e de possíveis ações para aprimorar esse combate. Partici− param deste encontro Carlos Daniel Berro Filho, diretor agrícola da Bio− sev; Israel Silva, orientador Agrícola Ambiental da Usina São José da Esti− va; Marcelo Schneider, meteorologis− ta no Instituto Nacional de Meteoro− logia INMET; Rafael dos Santos Sil− va, coordenador de Novas Tecnologias da usina Vale do Paraná e Ricardo Imai, diretor da Cyan Agroanalytics. Sob a mediação do jornalista e di− retor do ProCana, Josias Messias, o evento online contou com o patrocí− nio da AxiAgro; GDT by Pró−Usinas; HRC; Project Builder; S−PAA Sotei− ca e Cyan Agroanalytics. Carlos Daniel Berro Filho, da Biosev, destacou a relevância do de−

bate, lembrando que se avizinha uma crise hídrica que aumenta exponen− cialmente o risco de surgimento de focos de incêndio. “Tivemos um se− gundo semestre muito seco no ano passado e estamos encarando de novo, uma safra com bastante déficit hídri− co”, afirmou. Para o diretor, a preven− ção, treinamento, envolvimento da comunidade e ferramentas tecnológi− cas são pontos fundamentais que de− vem ser levados em consideração na hora de enfrentar o problema. Com usinas no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, o gru− po Biosev prioriza em seu relatório

de sustentabilidade a questão da pre− venção de incêndio, que é tratada em todas as áreas da companhia. “Apesar de parecer um pouco óbvio, é sem− pre bom lembrar que não trabalha− mos com queima controlada. Priori− zamos as ações preventivas, com aceiros, aleiramentos e ações que possam reduzir as proporções das ocorrências”, elucidou. Ele também destacou o trabalho de treinamento intensivo das equipes que integram as brigadas de combate. Para tornar o trabalho de toda es− sa equipe mais eficiente entra em ce− na a tecnologia com programas que

Marcelo Schneider

Carlos Daniel Berro Filho

processam as informações coletadas e transforma em mapas de criticidade, que fornecem informações que orientam todas as ações de combate. “Ferramentas como Cyan, que abas− tecem a nossa Central de Inteligência Agrícola. Estamos aprendendo bas− tante com essas novas ferramentas com o objetivo de estarmos prepara− dos para enfrentar os desafios que nos aguardam. A educação ambiental também faz parte deste conjunto de medidas preventivas e envolvem a participação da comunidade, que pas− sa a ser inserida no processo de pre− venção”, reforçou.

Israel Silva

Ricardo Imai

Rafael dos Santos Silva


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Comprometimento de ponta a ponta Mas para que a tecnolog ia possa de f ato auxiliar, é preciso que na outra ponta existam pessoas preparadas e comprometidas para f azer uso e tam− bém para alimentar os dados que vão dar subsídios para que o sistema possa ser apr imorado. Para Israel Silva, or ientador ag rícola ambiental da Usi− na São José da Estiva, esse trabalho vem sendo feito e já tem sur tido im− portantes resultados. Além do treina− mento que envolve toda equipe de funcionár ios, ele ressaltou a impor− tância do Plano de Ação Mutua (PAM) que reúne diver sas br igadas que atuam em parceira no combate a diver sas ocor rências. Silva destacou também a implan− tação de um sistema de resfr iamento que protege a vida dos combatentes de incêndio. Para o profissional, a utiliza−

ção do sistema Cyam, também trouxe g randes avanços e melhoras no com− bate das ocor rências, possibilitando acompanhar o deslocamento das equipes em tempo real, per mitindo dar maior ag ilidade no atendimento aos incêndios. As equipes contam com rádio e integ ram um g r upo de Teleg ram, on− de são compartilhadas as infor mações, f avorecendo uma ação mais rápida, a partir do instante em que é acionado alar me de incêndio. O sistema tam− bém per mite ar mazenar infor mações para emissão de relatór ios que auxi− liam no combate e prevenção. Raf ael dos Santos Silva, coorde− nador de Novas Tecnolog ias da Usina Vale do Paraná, também falou sobre a impor tância da platafor ma Cyan no trabalho de or ientar as diretr izes para

elaboração de um plano de ação e de controle aos incêndios. Segundo Sil− va, um dos fatores que contr ibui para se implantar o sistema é seu nível de precisão, que possibilita a localização do eventual incêndio, garantindo maior ag ilidade no seu controle. Ele acrescenta que o reg istro dessas ações também contr ibui para respaldar a usina quanto a possíveis processos ambientais, pois ar mazena as infor ma− ções e todos procedimentos que fo− ram adotados. O diretor da Cyan Ag roanalytics, Ricardo Imai, apresentou as pr incipais funcionalidades da fer ramenta Cyan, que utiliza uma rede de satélites para fazer a detecção dos incêndios e emi− tir os alertas assim que ele estiver pró− ximo de alguma f azenda. O sistema também produz relatór ios com r iscos

de incêndio por fazenda, levando em considerações f atores como tempera− tura, umidade, vento, entre outros que possibilitam uma distr ibuição estraté− g ica das equipes de combate. Imai também destacou o monito− ramento das equipes em tempo real, entre outras funcionalidades. O dire− tor explicou que uma das vantagens é a comunicação do sistema com mui− tas tecnolog ias que já estão disponíveis nos smartphones, são g ratuitas e estão à disposição de todos. “Então são fer− ramentas que estão aí e não vão em− bora. Logo, deixar de fazer uso delas é perder eficiência”, afir mou. O execu− tivo infor mou ainda que o Cyan pos− sui uma sér ie de f acilidades que per− mite aos br igadistas elaborarem seus relatór ios com muito mais precisão, e com o menor g rau de dificuldade.

Boa notícia: chuvas vem aí Uma das boas notícias do webinar foi dada na participação do meteorologista no Instituto Nacional de Meteorologia INMET, Marcelo Schneider: A previsão é de que as chuvas para os meses de ju− nho, julho e agosto, devem voltar aos ín− dices normais e em alguns casos, até um pouco acima da média, em relação ao mesmo período do ano anterior. A notícia anima, não só pelo combate aos focos de incêndios, mas também para produção agrícola como um todo, cuja estiagem em período recente, trazia expectativas sombrias de redução, caso as chuvas não viessem até o mês de junho. Vinculado ao Ministério da Agri− cultura e Abastecimento, o Inmet tem em seu portal https://portal.inmet. gov.br, diversas informações que in− cluem previsões climáticas e dados

meteorológicos do Brasil inteiro. O órgão conta com mais de 500 estações meteorológicas automáticas que mo− nitoram a temperatura do ar, a umi− dade, a condição do vento, precipita− ção e todas as variáveis que vão entrar diretamente na previsão de focos de incêndio. Schneider apresentou mapas e gráficos que apontam uma melhora nas condições climáticas.“Então a no− tícia boa é que a tendência nesses próximos três meses em média, é de que as chuvas até possam ficar normais ou até mesmo em alguns pontos, aci− ma da média”, concluiu.

Leia o QR Code para ter acesso ao webinar


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Campanha contra incêndios busca reduzir prejuízos causados pelo fogo nas lavouras Iniciativa realizada desde 2015, ganhou novos parceiros A Campanha de Conscientização, Prevenção e Combate aos Incêndios, parceria entre a ABAG/RP, Usinas e Produtores Rurais, que é realizada desde 2015, ganhou novos parceiros dos setores público e privado. Com isso o alcance será ampliado, impac− tando positivamente tanto o público urbano quan− to o rural. No evento de lançamento, ocorrido em 7 de ju− nho, Otávio Okano, gerente Regional da Cetesb, em Ribeirão Preto − SP, lembrou que a grande preo− cupação hoje é o elevado número de queimadas ur− banas, pois no campo o setor produtivo tem sido proativo na prevenção e no combate ao fogo, e no engajamento em prol da educação e conscientiza− ção, como a Campanha. O promotor público de São Carlos, Flávio Oka− moto, comentou a respeito dos mapas de calor, di− vulgados pela Coordenadoria de Fiscalização e Bio− diversidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente. Os levantamentos mostram que de 2014 a 2020, os incêndios na cidade ocorreram mais próximos ao perímetro urbano, o que pode significar a ação ou omissão do homem nessas ocor− rências. Ele é um entusiasta da união de forças para trabalhar a prevenção dos incêndios. Outro importante parceiro é a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A grande capilaridade das coordenadorias permitirá a disseminação das informações de edu− cação e prevenção da Campanha. Além das peças publicitárias, que mostram as principais causas de incêndios, a SAA fará chegar aos produtores rurais e cooperativas os mapas do “Indicativo de Incên− dios”, que mostram diariamente as áreas mais sus− cetíveis ao fogo. Esse levantamento foi contratado junto à So− mar Meteorologia, e correlaciona as condições ob− servacionais e de previsão de chuva em curto e médio prazo, umidade relativa, balanço hídrico e outras variáveis meteorológicas, apontando, com mais precisão, as áreas e regiões com maior poten− cial de risco de ocorrência e propagação de fogo. Essa informação é primordial para a prevenção, conforme mencionado no evento por Alexandre Grassi, da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável. Segundo ele, os técnicos da SAA serão os multiplicadores. O “Indicativo de Incêndios” reforçará também as informações da Operação Corta Fogo, da Secre− taria de Infraestrutura e Meio Ambiente, e passarão a fazer parte dos links da Operação. Segundo Sérgio Murilo, especialista ambiental da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, essa articulação com o setor produtivo é fundamental para alcançar as me− tas de prevenção e mitigação dos impactos do fogo. Os mapas serão disponibilizados, diariamente, durante cinco meses, no hotsite da Campanha: https:// www.incendiosprevina.com.br/indicativo− de−incendios/ e nas mídias sociais da ABAG/RP e dos parceiros. Com previsões de um ano extremamente seco,

Mônika Bergamaschi

tanto o setor público quanto o privado anteciparam os trabalhos de prevenção. A Polícia Ambiental, por exemplo, fiscalizou mais de 4 mil quilômetros, em 52 cidades da região de Ribeirão Preto, além de 60 mil hectares monitorados por satélite. O tenente Patrick Candido Barbosa, da 4ª Companhia de Policiamen− to Ambiental, falou sobre a importância da fiscali− zação e orientação para evitar que o ano repita ou aumente o número de ocorrências de 2020. No ano passado foram registrados 6.123 focos de incêndios no Estado de São Paulo. Foi o segundo com maior número de focos desde o início dessa di− vulgação pelo INPE, em 1998, foram atingidos

111.295 hectares, só perde para 2010, quando o Es− tado registrou 7.292 focos de incêndios. O ano de 2020 foi especialmente danoso para a região de Ri− beirão Preto que registrou a queima de 19.739 hec− tares de cana além de 9.500 hectares de matas. O fogo representa prejuízos agronômicos e fi− nanceiros para o setor produtivo. As perdas ocorrem nas áreas naturais, conservadas ou reflorestadas; na queima das culturas antes do ponto de colheita, ou em áreas de rebrota, especialmente nas áreas de ca− na−de−açúcar. Em muitos casos exigem novos e vultosos investimentos em plantio. Há também os prejuízos ambientais, com a perda de anos de traba− lho voltados para o reflorestamento de áreas de pro− teção, que que abrigam importante fauna silvestre. A prevenção dos incêndios por parte das usinas só tem crescido nos últimos anos, segundo números do Etanol Mais Verde. As 110 usinas signatárias e os produtores rurais têm contratados pouco mais de 11.100 brigadistas, todos treinados e capacitados, sendo 1.300 por fornecedores de cana e 10.402 por usinas. De equipamentos dedicados são 1.800 cami− nhões pipa, 475 de fornecedores e 1.387, de usinas. Segundo o Indicador de Investimento em Pre− venção, divulgado em reunião do Grupo Fitotéc− nico do Centro de Cana, em outubro de 2020, o investimento do ano para a prevenção foi da ordem de R$ 221 milhões. As informações foram obtidas com 92 unidades produtoras totalizando 3,3 mi− lhões de hectares. Mônika Bergamaschi, presidente do Conselho da ABAG/RP, e em nome de todos os parceiros, lembrou que a Campanha é realizada durante o pe− ríodo mais seco do ano, quando historicamente a ocorrência de focos de incêndio é maior, sendo es− te o momento ideal para disseminar as informações. “Conscientizar e engajar toda a sociedade urbana e rural é o nosso grande objetivo. Este ano temos a sa− tisfação de ter ao nosso lado, além dos nossos par− ceiros do setor privado, a Secretaria Estadual da Agricultura. Com todos engajados na prevenção aos incêndios, minimizaremos os prejuízos ambientais, sociais e econômicos”, disse. Mônika lembrou que, graças aos parceiros, a Campanha extrapola o Estado de São Paulo, já que os grupos econômicos, que possuem unidades em outros estados, a própria Abag e a Orplana (Orga− nização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), com suas 32 associações fazem com que a conscientização e o trabalho de prevenção cheguem até os para os Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. São essas as companhias parceiras da campanha: ABAG/RP; Biosev; COFCO Internacional; Ester Agroindustrial; Grupo Pedra Agroindustrial; Grupo São Martinho; Grupo Tracan; Ipiranga Agroindus− trial; Orplana; Socicana − Associação dos Fornece− dores de Cana de Guariba; Tereos; Usina Alta Mo− giana; Usina Batatais; Usina Santa Fé; Usina Santo Antônio/Grupo Balbo; Usina São Francisco/Gru− po Balbo e Usina São João.


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Usinas de Goiás reforçam prevenção a incêndios Inverno chega e traz preocupação maior com fogo acidental e criminoso Tempo seco, ventanias e umidade do ar quase sempre em torno dos 12%. Clima típico do inverno em Goiás e que faz aumentar muito a incidência de incêndios rurais, tanto os provocados por ação criminosa como também aqueles acidentais, que na maioria das vezes, são fruto da imprudência. As 35 usinas sucroenergéticas que atuam no estado fazem um trabalho constante para prevenir e combater os incêndios. São mais de mil colabora− dores e cerca de 900 caminhões pipa envolvidos nas ações. Uma estrutura que implica em elevados investimentos financeiros e de recursos humanos. As equipes de combate às chamas ficam posicionadas em locais estratégi− cos, próximos às rodovias, onde as pes− soas descartam lixo e jogam tocos de cigarro. Várias usinas usam inclusive aviões e drones neste trabalho preven− tivo. Todas as usinas possuem brigadas

de combate a incêndios com profissio− nais capacitados e dezenas de cami− nhões pipas. “As usinas, em parceria com as unidades do Corpo de Bombeiros e prefeituras, trabalham constantemente para diminuir os prejuízos materiais gerados por esses incêndios criminosos e também para colaborar efetivamente para a preservação de vidas e a conser− vação da fauna e da flora”, afirma An− dré Rocha, Presidente−Executivo do SIFAEG/SIFAÇUCAR, sindicatos que representam os produtores de etanol, açúcar e bioeletricidade em Goiás. Na BP Bunge Bioenergia são 108 caminhões pipas, sendo que em três unidades já foram implementados em 100% da frota caminhões equipados

com jato de água automatizados, con− trolados pelo operador por joystick de dentro da cabine do caminhão, o que evita a exposição do brigadista.“Temos também um sistema de monitoramen− to de incêndios por imagens de satéli− te, com acompanhamento em tempo real.” explica Nadia Gama, diretora de HSSE da BP Bunge Bioenergia. Na Usina Caçu, no sudoeste goia− no, as campanhas de prevenção são constantes e nesta época de seca são intensificadas. Outdoors espalhados pelos municípios da região passam mensagens de alerta para os riscos de incêndios. Além disso, é feito um tra− balho diário nos canaviais com patru− lhamento constante das fazendas, in− clusive com videomonitoramento de

longo alcance. Na CRV Industrial, no município de Carmo do Rio Verde, visando cons− cientizar a população sobre a necessi− dade de prevenção de incêndios clan− destinos ou acidentais, que também prejudicam a qualidade do ar, são ins− taladas placas de alerta contra o uso do fogo nas áreas rurais, em locais com maior incidência do problema. Na usina Cooper−Rubi, situada em Rubiataba, a ampliação das medi− das preventivas desenvolvidas pelo De− partamento de Meio Ambiente tem dado resultados positivos. Houve uma queda nas ocorrências de incêndio no último ano na região da usina. Em 2019, foram registradas 164 ocorrên− cias, já em 2020 foram 99, uma redu− ção de 39,63%. Na Denusa, no Município de In− diara, é feito um mapeamento das áreas de reincidência de incêndio. Além dis− so, após a colheita, é realizado o enlei− ramento, amontoando a palha, deixan− do espaços de terra entre os montes. Is− so permite que equipes ganhem tem− po se houver necessidade de combater focos de incêndio. Essas medidas tam− bém têm resultado em número menor de ocorrências.

Tecnologia nacional combate incêndios FIROUT é de cinco até oito vezes mais eficiente que a água no combate ao fogo e promove controle mais eficaz das queimadas em canaviais e em ecossistemas agroflorestais. Os incêndios em lavouras e flo− restas geram prejuízos irreversíveis pa− ra os produtores e para o meio am− biente. Com o início das estações de seca, esse problema se intensifica, dei− xando os agricultores e a população em alerta. FIROUT é uma tecnologia com comprovada eficácia no combate di− reto e indireto a incêndios, em que atua como retardante e supressor do fogo. Desenvolvido pela EURO− FORTE e avaliado em parceria com a UFPR−Curitiba, FIROUT compro− vou sua eficácia em todos os testes científicos e práticos conduzidos pela

equipe Prof. Dr. Antônio Carlos Ba− tista e do Prof. Dr. Alexandre Beutling no Laboratório do Fogo e na Fazen− da Experimental Rio Negro da pró− pria universidade. Como retardante do fogo, é uma ferramenta eficiente para preparo de aceiros químicos. Como supressor, é forte aliado no combate ao fogo, por−

que reduz rapidamente a altura das chamas e sua velocidade de dispersão natural. No combate direto, a solução a 5% de concentração reduziu a altu− ra das chamas em mais de 68% e a ve− locidade de dispersão natural em mais de 70%. A consequência imediata é a me− lhoria da eficiência da água em mais

de 500% e grande economia no seu transporte e aplicação. No combate indireto, na concentração de 10%, foi oito vezes mais eficaz do que a água. Possui composição 100% susten− tável, é biodegradável, atóxico, não corrosivo e sem restrições de aplica− ção. FIROUT é uma solução verda− deira miscível em água em qualquer proporção, facilitando o preparo das caldas homogêneas sem necessidade de agitação contínua e pode ser usado em bombas e mochilas costais, cami− nhões−tanque, aeronaves agrícolas e apropriadas ao combate de incêndios agroflorestais. FIROUT é uma alternativa segura e sustentável para o combate de incên− dios em palhadas e resíduos de colheita, sendo uma arma eficaz contra incêndios que ocorrem em canaviais, lavouras e florestas, melhorando a segurança do brigadista e a eficiência do planejamen− to para combate de incêndios. A inovação tecnológica faz parte do portfólio de produtos da EURO− FORTE, indústria que é referência em inovações para nutrição avançada de plantas, que se preocupa com a sustentabilidade para o melhor mane− jo agroflorestal e canavieiro.


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Disco de troca rápida da HRC resolve problema de corte na colheita mecanizada Jairo Rúben, gerente operacional oferece mais explicações

A HRC Metalização, de Piracica− ba −SP, trouxe grandes inovações tec− nológicas para a área agrícola das usi− nas, como metalização, laser cladding e pós metálicos, aços de alta resistên− cia (AR). Mas dentre tantas novidades a que ganhou maior relevância atual− mente é o Clean Cut, programa de desenvolvimento de alta performance da colheita mecanizada. “Aliás, o Clean Cut já consolidou no ano de 2020 excelentes resultados e teve grandes investimentos no início deste ano, aumentando a projeção do programa e sua abrangência”, informa Jairo Rubem, gerente operacional do programa Clean Cut. De acordo com Rubem, o desta− que está em detalhes do disco de tro−

ca rápida “Locker”. O especialista ex− plica: “O disco de troca rápida é um sistema de facas que dispensa a fixação através de parafusos e permite fazer a troca das facas por cima do disco. É um sistema de fácil manejo operacional − comprovado por vários usuários − e seguro, que faz o travamento da faca de maneira bem ajustada e simples”. Detalhando sobre a segurança e a permanência da faca no disco de tro− ca rápido, o gerente operacional da

HRC Metalização assegura que a pró− pria força centrífuga colabora para que a fixação do equipamento fique per− feita. “Outro detalhe importante des− se sistema é que além da velocidade da troca, ele soluciona um grave proble− ma de corte em relação à colheita me− canizada, que é o fazer o abalo de so− queiras com um sistema de cunhas so− cado por baixo”, revela Rubem. Ele argumenta que a solução de− riva do fato de que as castanhas de

encaixe das facas no disco, foram de− senvolvidas de forma robusta, de mo− do que além de serem práticas na montagem, também permite a troca rápida das facas por peças que estejam tortas. “Isso evita aquele transtorno de ter que usar um maçarico no disco para retirada das facas. Além disso, o operador ganha mais segurança, pois não precisa mais colocar a peça debai− xo de uma chave ou alguma outra coisa que esteja escapando, uma vez que não há mais necessidade de colo− car a mão embaixo do disco”, detalha. Essa segurança se dá também − se− gundo ele − graças à uma mudança onde tanto o destravando da castanha quanto a retirada da faca é feita somen− te por cima do disco.“Isso deixa o alo− jamento todo liberado para se fazer a limpeza e a troca de fixação de forma fácil. Outro detalhe importante − pon− tua Rubem − é que a castanha agora também vem com um pino de fixação na mesma posição que se teria um dis− co natural e uma área de reforço para se evitar quebras”, conclui gerente ope− racional do programa Clean Cut.

Explante Biotecnologia amplia Biofábrica de Meristema para atender demanda de mudas A EXPLANTE que completa 20 anos na produção de mudas in vitro, vem se especializando ao longo dos últimos anos em novos processos pa− ra viabilizar a produção em larga es− cala de mudas de meristema para o setor. O processo de produção in vi− tro, exige alta mão de obra especia− lizada, infraestrutura com laborató−

rio e ambientes para aclimatização das mudas, visando a formação de mudas de alto padrão. “Sabemos que com o cultivo in vitro para produção de mudas de ca− na é a melhor solução para se produ− zir muda livre de doenças, maior vi− gor e melhores rendimentos, onde o setor vem buscando esta tecnologia.”

Tivemos uma mudança rápida no setor de mudas, com a saída das mul− tinacionais que também investiam na tecnologia do cultivo in vitro para a produção de mudas de qualidade. Diante do aumento na demanda pa− ra atender ao rápido crescimento a Explante já em 2021 ampliou o la− boratório com nova sala de cresci−

mento, uma nova área de plantio de com capacidade média de 100.000 mudas/dia, novo pátio de rustifica− ção com 8.000 m² para armazena− mento da produção e já estamos tra− balhando para 2022 com novos pro− jetos, a fim de atendermos este cres− cimento do mercado junto aos nos− sos clientes.


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Bioestimulantes com tecnologia ítalojaponesa fomentam produtividade e qualidade da matéria-prima da cana-de-açúcar Análises e estudos realizados, recentemente, na fronteira agrícola da cana−de−açúcar brasileira, apontam que insumos bioestimu− lantes produzidos pela Sipcam Nichino Brasil entregam resulta− dos robustos à produtividade da cultura. Uma companhia criada em 1979, a Sipcam Nichino re− sulta da união entre a italiana Sip− cam Oxon, fundada em 1946, es− pecialista em agroquímicos pós− patentes e a japonesa Nihon No− hyaku (Nichino). A Nichino tornou−se a pri− meira companhia de agroquími− cos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centra− da na inovação e no desenvolvi− mento de novas moléculas para proteção de cultivos. Importante lembrar ao leitor do JornalCana, para contextualizar nossa análise a seguir, que o po− tencial produtivo de cultivos com relevância econômica ao País, co− mo a cana−de−açúcar, tem sido comprometido ano após ano, em virtude de condições ambientais adversas. O déficit hídrico, por exem− plo, transfere perdas potenciais de produtividade da ordem de 70% a 75% às áreas de cana−de−açúcar, pois ocasiona a deficiência nutri− cional de plantas. A boa notícia para a cadeia produtiva é que a tecnologia de ponta dos bioestimulantes segue em evolução e permite ao produ− tor, nos dias de hoje, minimizar danos, colher mais e assegurar uma boa relação custo−benefício fren− te aos investimentos realizados na safra. Incorporados ao manejo do produtor, bioestimulantes tornam os processos fisiológicos mais efi− cientes no ciclo do canavial. A Sipcam Nichino trouxe ao Brasil os bioestimulantes de mar− ca Blackjak® e Abyss®. Blackjak® embute uma tecnologia de última geração. O produto é 100% natu− ral, composto por ácidos húmicos, fúlvicos e minerais e é altamente

Imagem da esquerda, sistema radicular de plantas de cana-de-açúcar que não receberam os bioestimulantes no sulco e imagem da direita, sistema radicular de plantas de cana-de-açúcar que receberam o bioestimulante Blackjak®

eficiente, mesmo sendo aplicado a baixas doses. Quando utilizado diretamente no sulco da cana−de−açúcar, mostram estu− dos, Blackjak® amplia a retenção de nu− trientes, eleva a disponibilidade de fósfo− ro, aumenta o sistema radicular e a reten− ção de água. A ação deste bioestimulante ativa ainda os chamados ‘promotores da

síntese de auxina’ e permeia o desenvol− vimento de microrganismos. (figura no topo da página). Já o bioestimulante Abyss® tem entre seus diferenciais a composição à base de um extrato puro de algas marinhas, acres− cido de micronutrientes como ferro, manganês, boro e zinco. Conforme pes−

quisas a campo da Sipcam Nichi− no, aplicado na etapa de plantio da cana−de−açúcar Abyss® interfere rapidamente no aumento do sis− tema radicular e proporciona uni− formidade na emergência da planta. Na fase de perfilhamento da cultura, o produto promove au− mento da parte aérea e da eficiên− cia fotossintética da cana, um efei− to que favorece o surgimento de plantas mais resistentes a adversi− dades ambientais, durante todo o ciclo reprodutivo da cultura. (fi− gura à esquerda). Matéria−prima e indústria − Os estudos a campo da Sipcam Ni− chino Brasil avaliaram ainda a apli− cação integrada dos bioestimulan− tes Blackjak® e Abyss®. Nesta etapa da análise, pesquisadores constata− ram que o uso combinado das duas soluções amplia significativamente o potencial de desenvolvimento do sistema radicular da cana. A inserção de ambos produtos ao manejo do canavial resultou em ganhos como maior volume de solo explorado, elevada absorção de nutrientes pelas plantas e obtenção de plantas mais eficientes sob o as− pecto fotossintético. Blackjak® e Abyss®, conforme atestam os dados das pesquisas realizadas pela em− presa, fortalecem o potencial pro− dutivo da cana−de−açúcar e en− tregam ao produtor ganhos rele− vantes em ATR e TCH. Os resultados desses estudos, em resumo, posicionam os bioes− timulantes da Sipcam Nichino en− tre os insumos estratégicos para a competitividade do setor sucroe− nergético. Blackjak® e Abyss® agregam valor ao manejo da cana− de−açúcar: da melhora da quali− dade da matéria−prima colhida até o maior rendimento industrial da produção de açúcar, etanol e ener− gia. (fotos à esquerda).

Fabiano Rosa Meyer é engenheiro agrônomo da Sipcam Nichino Bra− sil e membro da equipe técnica de desenvolvimento de produtos her− bicidas e bioestimulantes da compa− nhia de origem ítalo−japonesa *


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AGRÍCOLA

Junho 2021

Herbicida revolucionário promete reduzir custo no cultivo da cana Especialistas apontam viabilidade do uso do Alion nas lavouras

A utilização do herbicida desen− volvido pela Bayer, o Alion, aparece como um dos fatores que pode mini− mizar o impacto da quebra da safra 2021/22 da cana−de−açúcar. A eficá− cia do produto foi tema da primeira superlive realizada pelo JornalCana, que reuniu um seleto grupo de pes− quisadores e produtores para debater sobre a sua viabilidade. “Alion, Am− plamente Eficaz: Fatos e Mitos” foi o tema do encontro online. Ao longo de quase duas horas em que durou a super live, pesquisadores e produtores foram esclarecendo dú− vidas e apontando características que ressaltam a versatilidade da molécula da Bayer, que vai conquistando a con− fiança dos produtores rurais. Sob a mediação do jornalista e di− retor da Procana, Josias Messias, par− ticiparam da surperlive Caio Carbo− nari, professor associado do Departa− mento de Proteção de Plantas da UNESP/Botucatu; Luis Gustavo Nu− nes, gerente de Desenvolvimento Agrícola da Usina Alta Mogiana; Pau− lo Donadoni, líder de desenvolvimen− to de mercado Brasil e América Lati− na para Cana da Bayer; Pedro Chris− tofoletti, PhD, ex professor da ESALQ/USP na área de Biologia e Manejo de Plantas Daninhas e Ricar− do de Larco, produtor de cana. Durante o evento virtual foram apresentados fatos e mitos que envol− vem o Alion, tratamento herbicida e inovador da Bayer para a gestão da matocompetição na cana. Recente− mente as recomendações do Alion se tornaram mais amplas com aumento das indicações de uso para outras plantas daninhas, a partir de uma fai− xa maior de dosagem por hectare, permitindo ao produtor mais possibi− lidade de manejo das plantas invasoras. Segundo o professor Caio Carbo− nari, a cada dia o Alion vem se con− solidando como uma das principais ferramentas para o produtor de cana no manejo da erva daninha, com uma série de aspectos positivos no espectro residual, na seletividade nos mais di− versos cenários. O produtor Ricardo Delarco

também tem sido um dos entusiastas como o novo herbicida. “Quando o Alion nasceu e foi para o campo eu estava junto. Fiquei muito entusias− mado com essa nova molécula que está nos trazendo grandes avanços na parte de herbicida. E quando nós te− mos algo de bom, isso tem que apa− recer. E onde ele aparece? Ele apare− ce no campo. Por isso que o Alion es− tá presente em todos os nossos cana− viais já há três safras”, disse.

O Alion pode ser aplicado em qualquer regime hídrico, pois o produto tem capacidade de sobrevivência na seca e em qualquer ambiente de produção

De acordo com Paulo Donadoni, estudo realizado pela Bayer junto aos produtores, aponta que o principal fa− tor que vem sendo destacado pelo uso do Alion é a redução de repasses, se−

guido pelo seu amplo espectro, poste− riormente a seletividade, depois a efi− ciência, facilidade de mistura, entre outros fatores. Com relação a aplicação, Donado− ni explicou que o Alion pode ser usa− do em pré e pós−emergência das plantas de cana até o surgimento do tempo ideal para tratar a cana planta ou cana soca, sem interferir no desenvol− vimento do canavial. O Alion se en− caixa realmente de uma forma bastan− te perfeita nos manejos das canas plan− ta com seletividade.

Seletividade absoluta Com relação ao plantio em soquei− ras úmidas, o professor Pedro Christo− foletti, afirmou que o produto pode ser aplicado na seca, na chuva, em cana planta e cana soca. O professor expli− cou que a seletividade depende de três fatores: a dose do produto a ser aplica− da; a condição da cultura e o conheci− mento do comportamento do herbici− da nos diversos ambientes de produção. Christofoletti ressalta a existência de duas formas principais de seletividade: a primeira é que o herbicida é absorvido pela planta. A planta precisa metaboli− zar, ela tem que quebrar esse herbicida para não causar efeito. E o segundo ti− po de seletividade é quando se aplica o

herbicida e ele não chega a ser absor− vido pela planta. “Nós chamamos de seletividade de posicionamento, ou se− ja, o herbicida fica no perfil do solo aonde o sistema radicular não se en− contra e essa é talvez a forma principal que o Alion tem para sua seletividade”, explica. O professor enfatiza que quando se fala de seletividade em que o produto não chega no sistema radicular e não é absorvido pela planta, trata−se de uma seletividade total, absoluta. O que faz com que o Alion não chegue no siste− ma radicular da cana é a capacidade ab− sortiva que ela tem no solo. De acordo com o profissional, o Alion tem um índice de capacidade absortiva igual a 1000, o que significa que 1 grama de carbono orgânico é su− ficiente para absorver 1 litro de Alion. Então, isso quer dizer que quando se aplica 100, 120 ml de Alion, por exem− plo, em 10 mil hectares, a habilidade desses herbicidas em descer é muito pequena e ela não chega no sistema ra− dicular da cana. Portanto, o Alion pode ser aplicado em qualquer regime hídri− co, mesmo na chuva ou na seca, pois o produto tem capacidade de sobrevi− vência também na seca e em qualquer ambiente de produção, quer seja um ambiente de alta fertilidade ou de bai−


AGRÍCOLA

Junho 2021

Caio Carbonari

Luis Gustavo Nunes

Paulo Donadoni

Pedro Christofoletti Ricardo Delarco

xa produtividade. “Eu entendo que o Alion pode ser aplicado em cana planta e em cana soca”, explicou o professor. Um dos mitos quebrados durante a superlive, foi com relação a alegação de que o perfil técnico do Alion não per− mitiria seu uso antes ou depois do que− bra lombo. De acordo com Luís Gus− tavo Nunes, gerente de Desenvolvi− mento Agrícola da Usina Alta Mogia− na, isso é mito. “Mesmo não utilizando a aplicação no quebra lombo, acredita− mos que trata−se de um mito. O perfil técnico característica do produto, pro− porciona trabalhar tanto quanto no pós plantio, que é o maior volume de uso nosso hoje, quanto no quebra lombo ou pós quebra lombo. Desde que respeite− mos a dosagem correta, textura de solo e o principal fator o time da lavoura, o time da cana. Portanto, respeitando as características da plantação, existe total liberdade e uso”, explica Nunes. Já entrando no quarto ano de sua utilização pela Usina Alta Mogiana, o produto tem contribuído bastante para o aumento da produtividade dos cana− viais da empresa.“É uma excelente fer− ramenta para compor e para comple− mentar o nosso manejo. O produto, com demais associações, vem nos aju− dando”, disse. O produtor Ricardo Delarco, tam− bém destacou que a utilização do Alion, num período de seca como o atual,

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permite manter o canavial limpo, pois trata−se de um herbicida com alto es− pectro e que tem um longo período de controle. O professor Christofoletti explicou que o Alion é um produto de amplo espectro, pega todas as gramíneas, ajuda na folha larga e eventualmente precisa de um parceiro em situação específica que cada unidade de produção pode utilizar inteligentemente. “As plantas daninhas sempre ocorrem em comuni− dades com um mix de espécies”, escla− receu. Ao final o professor lembrou as di− ficuldades que o produtor vem enfren− tando em razão do clima, impactando a produtividade dos canaviais e deu dicas para amenizar os prejuízos. “Evite as perdas por matocompetição. Utilize inovações e ferramentas modernas. O Alion com certeza é uma inovação, é um produto seletivo eficaz de longo efeito no controle de plantas daninhas até o fechamento do canavial. É susten− tável economicamente, não−volátil, não necessita retrabalho, e acima de tudo, promove a mitigação do banco de se− mentes ao longo dos anos”, finalizou Christofoletti.

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TECNOLOGIA

Junho 2021

Conectividade no campo elevará produção agropecuária a novos paradigmas

Confira dados de Estudo desenvolvido pela Esalq/USP Apenas 23% do espaço agrícola brasileiro possui algum nível de co− bertura por internet e, mesmo assim, o Brasil consolidou−se como potência agroambiental no cenário mundial. Com a iluminação das áreas rurais ainda sem conectividade, o Brasil pas− sará por grande transformação na for− ma de produzir no campo e criará novos paradigmas para o setor. É o que demonstra estudo divul−

gado na última semana pelo Ministé− rio da Agricultura, Pecuária e Abaste− cimento (Mapa), que balizará ações inéditas para ampliação da conectivi− dade rural a partir de tecnologias de internet banda larga como o modelo satélite, cabo de fibra ótica e telecom, que inclui a nova geração 5G. “Nosso produtor rural demanda tecnologia e está apto para continuar recebendo mais inovação. A conecti− vidade promove o avanço tecnológi− co no campo. E também promove uma aproximação real do meio rural com os grandes centros urbanos”, de− clarou a ministra Tereza Cristina, em cerimônia virtual de anúncio das ações

do Mapa. Ela também destacou que o aumento da conectividade será um grande estímulo para fixarmos o jo− vem no campo. Desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o estudo “Cenários e Perspectivas da Conectividade para o Agro” apresenta cenários para a co− bertura de internet no modelo tele− com (sinal 2G, 3G, 4G) em um hori− zonte até o ano 2026. Em um primeiro cenário seria aproveitada a capacidade de transmis− são de 4.400 torres já existentes no Brasil. Isso permitiria ampliar a cober− tura atual de 23% nas áreas rurais pa−

ra 48% de iluminação de sinal no ter− ritório agrícola nacional, proporcio− nando um aumento de 4,5% do Valor Bruto de Produção (VBP). Um segundo cenário compreen− de a instalação de 15.182 novas torres, que seriam suficientes para suprir uma cobertura final de 90% da demanda de conectividade no campo e traiam um acréscimo de 9,6% no VBP. Com o VBP projetado de R$ 1,057 trilhão, atualmente, a conecti− vidade rural pelo modelo telecom contribuiria para o incremento de R$ 47,56 bilhões e R$ 101,47 bilhões para o primeiro e segundo cenários, respectivamente.

Conectividade em áreas remotas De acordo com o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricul− tura, Fernando Camargo, a garantia da conectividade em áreas estrita− mente rurais possibilitará, além de maior produtividade e geração de ri− queza no campo, difusão do conhe− cimento a partir da prestação de as− sistência técnica e capacitação online, especialmente, a pequenos e médios produtores. É uma oportunidade, também, de manter o jovem no campo ao proporcionar, cada vez

mais, acesso de qualidade a Ater 5.0, modalidade educacional em cresci− mento no país. A tecnologia satelital permite a comunicação de dados em banda lar− ga a partir de faixa dedicada a essa transmissão com alta velocidade e qualidade para locais remotos e de difícil acesso. É o caso da região ama− zônica, onde cabo de fibra óptica e antenas não chegam ou sua viabili− dade é remota. Como alternativa para a interio− rização da banda larga no país, outro

modelo de conectividade é apresen− tado como opção pelo Mapa. São os chamados white spaces ou espaços ociosos, que estão disponíveis no es− pectro da radiodifusão e poderiam ser ocupados por empresas operadoras de rede de internet. O secretário−adjunto de Inova− ção, Desenvolvimento Rural e Irri− gação do Ministério da Agricultura, Cléber Soares, esclarece que essa co− nexão permite o tráfego de dados em baixa frequência, atendendo a uma comunicação “básica” como mensa−

gens de texto e voz por meio de aplicativos e redes sociais. “Essa pode ser a necessidade de um pequeno agricultor do interior do país, por exemplo. O ministério é agnóstico ao modelo de conectividade. Nosso pa− pel é fomentar, incentivar e disponi− bilizar a tecnologia ao produtor ru− ral. Ele que vai decidir qual usar”. A tecnologia, no entanto, ainda depende regulamentação pela Agên− cia Nacional de Telecomunicações (Anatel), que colocou o tema em consulta pública em maio de 2020


TECNOLOGIA

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5G e Internet das Coisas Em outro panorama, no qual a agricultura digital já é realidade, o uso da internet das coisas demanda um si− nal de internet 5G para conexão entre coisas (principalmente objetos) e orga− nismos biológicos como é o caso de plantas e animais. Sensores permitem, assim, a captação de informações de componentes de solo, de componentes de plantas e de desempenho animal. Os dados capturados são proces− sados em plataformas e sistemas, sub− sidiando o produtor na tomada de de− cisão dentro da porteira, no sistema produtivo; e fora dela, quando a pro−

dução vai para o varejo, processamen− to, indústria, distribuição, até a mesa do consumidor. Para começar a ser utilizada no Brasil, a tecnologia 5G aguarda leilão da nova geração de internet, previsto para o segundo semestre deste ano. Enquanto isso, 20 projetos−pilotos serão implementados pelo Ministério das Comunicações, sendo sete deles em áreas rurais. O primeiro já foi inaugurado em Rondonópolis (MT), no último dia 11. As demais instala− ções estão previstas para as seguintes localidades: Padef (DF), Londrina

(PR), Uberaba (MG), Ponta Porã (MS), Rio Verde (GO), Petrolina (PE), Bebedouro (SP). O secretário do Mapa Cléber Soa− res explica que, antes mesmo do sinal 5G, as empresas que participarão do leilão, devem garantir, como contra− partida, a conectividade em 4G para localidades com até 600 habitantes e nas principais rodovias do país, por on− de escoa a produção agropecuária. “A conectividade é o elemento de infra− estrutura primordial para a agricultura digital. Essas comunidades são essen− cialmente rurais e receberão sinal para

poder incrementar suas produções”. A conectividade é apenas a infra− estrutura para a chegada da internet às comunidades rurais. A partir desse ca− minho pavimentado outras camadas como aplicações e serviços digitais se− rão a alavanca para o agro digital. As− sim, o desenvolvimento de platafor− mas e programas de internet das coi− sas no campo; a integração de bancos e plataformas de dados para prover painéis estratégicos; o desenvolvimen− to de marketplaces digitais dentre ou− tras aplicações se tornam fundamen− tais para o segmento.


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TECNOLOGIA

Junho 2021

Usina implementa sistema de controle de ponto que oferece segurança e transparência Quem conta os detalhes é o gerente corporativo de recursos humanos

A Usina São José da Estiva, de Novo Horizon− te (SP), avançou no processo de transformação di− gital de sua área administrativa, especificamente no controle de ponto. A unidade produtora imple− mentou nesta safra o sistema DT Faceum, dispo− nibilizado pela Dimastec. Quem informa os deta− lhes é Bruno Lima, gerente corporativo de recur− sos humanos da usina. “Começamos os testes em janeiro deste ano, no período de entressafra. Nesse período envolvemos aproximadamente 100 pessoas até que passamos a usar oficialmente o sistema em toda a empresa, en− volvendo cerca de 1100 pessoas”, conta Lima. Se− gundo ele, a usina desejava fazer sua coleta de pon− to via reconhecimento facial e obteve ganhos ex− ponenciais através do DT faceum. “Em primeiro lugar, o sistema oferece maior se− gurança na coleta de ponto, uma vez que usávamos crachá − nem era biometria. Queríamos certeza de que o colaborador que fizesse o ponto tinha real− mente passado seu crachá e que não havia outra pes−

Bruno Lima, gerente de recursos humanos

soa que passou a identificação por ele”, elenca. Para Lima, a transparência no processo de loca− lização onde foi feito o ponto foi outro ganho im− portante. “Queríamos saber se o funcionário estava no local designado. Por exemplo, se o colaborador estava escalado para ir à frente de corte da cana de número um, não sabíamos com certeza se ele se des− locou para lá. Agora conseguimos delimitar onde e quando o colaborador registrou o ponto, se ele es− tava em movimento ou parado. Enfim, temos con−

trole absoluto sobre isso”, destaca o gerente corpo− rativo de RH da usina. Ele acrescenta que agora não precisa mais im− primir os comprovantes de ponto, um benefício a mais para a empresa e os colaboradores. “Enviamos direto para o e−mail do funcionário, onde ele pode, inclusive, escolher se quer receber ao final do mês, ou ao final do dia, e até ao longo do dia”, explica. Quanto ao processo de implementação, Lima faz uma relevante avaliação. “Essa foi a questão que mais nos preocupou. Temíamos, porque era algo novo e nós estávamos em um processo de compartilhar mais responsabilidades com nossos líderes, que já ficavam com um celular da empresa, mas que era utilizado basicamente para comunicar algum apontamento de trabalho”, comenta. Mas esse temor se transformou em segurança, graças à robustez do DT Faceum. Hoje os líderes da usina têm o app instalado em seus celulares e se tornaram − como diz o gerente corporativo de RH − os guardiões do controle do ponto. Benefí− cio, que segundo ele, evita filas, aglomerações e pode ser realizado em qualquer lugar, horário e até off−line. “Sem contar que o sistema é simples e in− tuitivo tanto para o líder, quanto para o funcioná− rio. Vale dizer, que a Dimastec foi excelente no processo de implantação dando um suporte de muita qualidade e atenção gerando em nós satisfa− ção completa”, conclui Lima.




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