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Etanol permite motores híbridos elétricos até na coleta de lixo . . . . . . . . . . . . . . . .16 e
Co om mo assim?
Poderia ser dada prioridade para ônibus urbanos, vans, cami− nhões de entregas urbanas e cami− nhões de serviços, como coleta de lixo, segmentos que inclusive já contam com oferta de modelos 100% a bateria.
Veículos de duas rodas de baixa potência, frequentemente usados em trajetos de curta distância, e que apresentam custo relativamente bai− xo, também se constituem em seg− mento que poderia ser objeto de eletrificação.
Esse tipo de abordagem, que po− de ser induzida por políticas públi− cas, possibilitaria que o Brasil se in− tegrasse nas novas tendências de ele− trificação sem, contudo, abrir mão do uso do etanol.
Significa que o et ta anol l t te erá so− − brevida?
É importante lembrar que en− quanto a eletrificação demora déca− das para trazer resultados substanciais no abatimento de emissões, o uso do etanol possibilita isso hoje.
Basta um veículo flex substituir o uso da gasolina pelo etanol e teremos imediatamente um abatimento de GEE superior a 60% segundo os cál− culos mais conservadores.
O e et tan nol tem espaço garantido co om as s tecn nologias em desenvolv vi i− men nt to o de e célula de e combustível?
O etanol vem sendo objeto de vários estudos para uso em sistemas com células de combustível, que podem gerar eletricidade para di− versas aplicações, além de seu uso em veículos. Vale lembrar que um veículo com célula de combustível é, na verdade, um veículo elétrico que, ao invés de ser carregado com eletricidade, gera a sua energia a partir do hidrogênio ou de subs− tâncias que contenham hidrogênio, como o etanol, o metanol ou o gás natural.
A Nissan é a empresa que neste momento está mais avançada na aplicação veicular da célula de com− bustível a etanol, tendo já construí− do protótipos testados no Brasil e no Japão.
Outras empresas estão igual− mente desenvolvendo suas pesquisas embora ainda não as declararam pu− blicamente.
Em qua anto o t tem mp po teremos a tecno olo og gi ia a n no merca ado?
Trata−se de tecnologia que ain− da está em fase de aperfeiçoamento e que, se tiver viabilidade comercial, poderá chegar ao mercado por volta de 2030.
Contudo existe uma série de aplicações não veiculares, como sis− temas de backup elétricos, ou gera− ção elétrica em hospitais e escolas, que poderiam vir a utilizar células de combustível a etanol e suprir as ne− cessidades energéticas sem emissões, ruído e vibração.
Em termos ambientais, caso caia o consumo de etanol corremos o risco de ampliar as emissões de GEE, já que o consumo de gasolina segue em alta?
O etanol é o combustível que deve ter a preferência do público, es− pecialmente por ser renovável e de baixo carbono, além dos outros be− nefícios que traz para a sociedade e economia. A substituição do etanol por gasolina é certamente indesejá− vel nos tempos atuais, pois resulta no aumento de GEE. emissões de GEE Es pe elo hidra atado o. . Como é com o ani idro e com o o eta− − nol de mil lho?
Em termos de emissão de GEE ao longo do ciclo de vida do com− bustível, o etanol anidro resulta nu− ma redução de mesma ordem de grandeza ao do hidratado.
Obviamente, como seu uso é parcial, em mistura com a gasolina, a redução é proporcional ao volume utilizado, que atualmente é de 27%.
No caso do etanol de milho produzido no Brasil, dependendo do processo produtivo e utilização in− tensiva de biomassa na geração energética da usina, o resultado po− de ser próximo ao obtido com o etanol de cana.
Motores a combustão: o senho or r ajudou a empreender o P Proconve. Temos também o Rota 2030. Ainda é possível melhorar a eficác cia desses moto ores? C Como?
O Rota 2030 é um bom progra− ma, mas poderia ter objetivos mais amplos e ambiciosos em termos de melhoria da eficiência energética dos motores a combustão.
É possível avançar na tecnologia de motores, mas isso requer mais in− vestimentos em engenharia e desen− volvimento.
Como as decisões sobre investi− mentos das montadoras instaladas no país são em geral tomadas pelas ma− trizes, justificar investimentos no Brasil nem sempre é tarefa fácil, es− pecialmente quando o foco de mui− tas matrizes passa a ser eletrificação.
E o gove erno?
Todavia, o governo federal po− deria contribuir de forma mais efe− tiva nesse esforço utilizando diversas formas de estímulos em suas políti− cas voltadas para o desenvolvimento industrial e energético.
Há também outras medidas que poderiam ser consideradas e que faci− litariam o desenvolvimento industrial.
Cite um ex xemplo, por r favor r.
Uma delas é a redução do teor de água do etanol hidratado, para cerca de 2%, o que resultaria no au− mento energético do combustível em torno de 3%.
O consumidor de um veículo flex faz a sua opção de compra no− tadamente com base no preço rela− tivo dos combustíveis e a paridade desses em termos da autonomia do veículo.
Portanto, avançar numa agenda objetivando um melhor rendimento do etanol é jogar a favor da susten− tabilidade ambiental e da perenidade do setor sucroenergético.
Setor bioenergético vive expectativa de expansão após COP-26
Segmento se esforça para apresentar a viabilidade econômica da cana-de-açúcar como importante alternativa de matriz energética renovável
Encerrada no dia 13 de novembro, a 26ª edição da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP−26, serviu como im− portante vitrine para o setor bioener− gético brasileiro destacar as potencia− lidades do etanol como relevante al− ternativa para reduzir a emissão de CO2 do setor automotivo, ressaltando também sua capacidade de geração de energia limpa e renovável.
Muitas são as expectativas do se− tor em relação aos desdobramentos das negociações pós COP−26, uma das poucas certezas, no entanto, é que não será uma tarefa fácil. Ao término da reunião, na assinatura do texto final, aprovado por seus quase 200 países membros, o segmento dos combustí− veis fósseis, mostrou seu peso e força que ainda exerce na economia mun− dial, embora conste no documento, a redução gradativa de subsídios para este tipo de combustível e, também do uso de carvão.
Três rascunhos haviam sido divul− gados no decorrer dos últimos dias. O segundo deles suavizou as expectati− vas relacionadas a este tipo de com− bustível: antes, se falava em acelerar "a eliminação do carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis ” ; depois, o documento passou a prever "a elimi− nação progressiva do uso sem restri− ções" do carvão e dos "subsídios ine− ficientes para os combustíveis fósseis" . Por último, na versão final, a Índia pe− diu de última hora para trocar o ter− mo "eliminação" por "redução" do uso do carvão.
A neutralidade zero (ou emissões líquidas zero) é alcançada quando to− das as emissões de gases de efeito es− tufa que são causadas pelo homem al− cançam o equilíbrio com a remoção desses gases da atmosfera, que aconte− ce, por exemplo, restaurando florestas. Isso significa mudar a matriz energé− tica para fontes sustentáveis que não dependem de queima de combustíveis fósseis, em setores como transporte, geração de energia e na indústria.
O presidente da Associação Na− cional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, ressalta a necessidade de ampliação da participação dos bio− combustíveis na matriz energética de transportes, além de um trabalho de educação com os consumidores so− bre os benefícios dos combustíveis renováveis no combate às mudanças do clima. “O Brasil tem um ativo que é muito importante, precisamos combinar esses ativos, essas qualida− des, essas vantagens, para poder tal− vez avançar de forma diferente dos outros países ” , afirmou.
“O etanol é apenas uma parte da solução para esse desafio. É a mensa− gem que levamos para Glasgow. Pa− ra atingirmos uma mobilidade ver− dadeiramente sustentável, todas as soluções efetivas para redução de emissões são bem−vindas e estamos aqui para mostrar como podemos contribuir nesse esforço mundial” , destacou o presidente da União da Indústria de Cana−de−Açúcar (UNICA), Evandro Gussi.
O etanol pode, por exemplo, ser complementar à adoção do modelo de transporte elétrico, porque pode ser usado em carros elétricos capazes de produzir a própria energia e ajudar na renovação da frota mundial rumo ao fim do uso de combustíveis fósseis.
Um exemplo da receptividade do combustível é a quantidade de países interessados, como Canadá,Vietnã, Lí− bano e Coreia do Sul.A Índia está em fase de negociação adiantada com o governo brasileiro e empresas do setor como a Raízen, estão oferecendo apoio tecnológico aos asiáticos. Na América do Sul, o presidente da Co− lômbia, Iván Duque Márquez, visitou o Brasil em busca de parcerias para desenvolver a produção no seu país.
Segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componen− tes paraVeículos Automotores), o Bra− sil tem a sexta maior frota de veículos