JornalCana 344 (Abril/Maio 2023)

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Abril/Maio 2023

Série 2

Número 344

Drul: provando que experiência, juventude e pioneirismo podem caminhar juntos

Empresa é destaque no setor e vem assumindo o protagonismo através de suas soluções e sua forma moderna de entregar resultados




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CARTA AO LEITOR

Abril/Maio 2023

índice

carta ao leitor

MERCADO JornalCana há 35 anos registrando a evolução do mundo da cana . . . . . . . . . . . . . .6, 7 e 8 Senta que lá vem história . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 e 11 Carro Felx “Made in Brazil” completa 20 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Por que o etanol é estratégico para a eletrificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 e 15 Empresa disponibiliza alternativas em sistemas de desmineralização de água . . . . . . .16 Drul: provando que experiência, juventude e pioneirismo podem caminhar juntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 e 19

ROAD SHOW Indústria 4.0 é destaque em evento da DATAGRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 Ingenio La Unión, da Guatemala, trabalha para evoluir ainda mais sua planta industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 Ingenio Madre Tierra, da Guatemala, quer aumentar eficiência industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Ingenio San Diego busca mais eficiência industrial através da Otimização em Tempo Real (RTO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Diretor industrial do Ingenio Magdalena recebe Road Show da Transformação Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Cenicaña e Ingenios da Colombia preparam projeto que visa transformar plantas industriais em Indústria 4.0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27 Aguaí e El Ángel têm cases bem-sucedidos apresentados em seminário na Bolívia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 ATACBOL discute digitalização, diversificação e sustentabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 Brasileiro tem a missão de “dobrar a meta” de usina na Bolívia . . . . . . . . . . . . . . . . .30 e 31 Bambuí Bioenergia quer tecnologia e inovação para aumentar a eficiência da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 Usina Agropéu recebe Road Show da Transformação Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 Grupo Cassa, de El Salvador, quer RTO para alcançar máxima performance . . . . . . . . . . .36 Bioenergética Aroeira aumenta moagem na safra 2023/24 e moderniza o COI . . . . . . . .38

LOGÍSTICA Logística de Suprimentos Agroindústriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 e 41 Com investimento de 15 milhões em pesquisas, Grunner lança novo equipamento para o mercado de grãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

GESTÃO “Conseguimos triplicar nosso faturamento em 5 anos” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

SOLIDARIEDADE Usina do Bem investe em crianças em um dos maiores campos de refugiados do mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.¨ Jó 42:2

Andréia Vital - redacao@procana.com.br

Celebrando 35 anos de compromisso com o setor Em um mercado tão dinâmico e competitivo quanto o setor sucroenergético, alcançar a marca de 35 anos de atuação ininterrupta é um feito digno de celebração. O JornalCana tem a honra de festejar esta importante conquista, como um veículo de comunicação especializado no setor, que vivenciou a evolução da agroindústria canavieira ao longo dessas décadas, levando informação de qualidade e contribuindo para a sua consolidação e desenvolvimento. Desde a sua fundação em 1988, o JornalCana vem cumprindo com a sua missão de levar ao público informações relevantes sobre o setor, tanto no Brasil quanto no mundo, cobrindo temas relacionados a produção, mercado, tecnologia, inovação, gestão e sustentabilidade, entre outros. Ao longo desses 35 anos, o JornalCana acompanhou de perto o desenvolvimento, passando pelas mais diversas fases, desde o ápice da produção de açúcar e álcool até a diversificação dos produtos, com a produção de energia elétrica, etanol de segunda geração, bioquímicos, biogás, entre outros. Nesta edição especial, destacamos a trajetória do JornalCana, que registrou esses momentos importantes do segmento, sempre se mantendo atualizado e relevante para os seus leitores. Inclusive com um relato emocionante do jornalista Josias Messias, que comanda o Grupo ProCana & Pró−Usinas, do qual o jornal faz parte. Além disso, com muita satisfação apresentamos a matéria de capa desta edição, que traz uma empresa jovem e inovadora, a Drul, que vem se destacando no setor como um exemplo de sucesso em gestão e tecnologia. Com apenas 5 anos de fundação, a companhia já se tornou referência em processos produtivos e está se expandindo rapidamente, com projetos ambiciosos e uma visão de futuro que a coloca à frente de muitas empresas tradicionais. Outro tema relevante que não poderia ficar de fora desta edição é o processo de transformação digital das usinas, que estão se preparando para a Indústria 4.0, investindo em automação, robótica, inteligência artificial, análise de dados e outras tecnologias avançadas, como o S−PAA, da Soteica, um sistema de otimização de processos industriais em tempo real que vem contribuindo com a produtividade e rentabilidades das empresas dentro e fora do país. Temos uma série de matérias que abordam esses investimentos e as oportunidades e desafios que a Indústria 4.0 traz para a indústria canavieira. Por fim, destacamos a importância da gestão eficiente e sustentável para o sucesso das empresas do setor sucroenergético.Temos matérias que abordam os desafios e oportunidades da gestão de pessoas, gestão ambiental, gestão de riscos e outros temas relevantes para as empresas que buscam se destacar no mercado. Em resumo, essa edição especial é uma celebração da nossa caminhada e do setor como um todo e é com grande honra e satisfação que celebro esses 35 anos do JornalCana, onde tenho a oportunidade de trabalhar como editora e contribuir para a divulgação de informações importantes para a cadeia sucroenergética, em uma trajetória gratificante como jornalista. Parabéns aos nossos leitores e parceiros por fazerem parte dessa história e por acreditarem no potencial do nosso setor. Boa leitura.

ISSN 1807-0264

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NOSSA MISSÃO “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis"

Diagramação Porão das Idéias Murad Badur - (19) 9 8173.3268 diagramacao@procana.com.br

Financeiro Renata Macena financeiro@procana.com.br

MÍDIAS

Artigos assinados (inclusive os da seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores (ou das empresas citadas). Jornal Cana: direitos autorais e comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126 da Lei 5.988 de 14/12/1973).

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MERCADO

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JornalCana há 35 anos registrando a evolução do mundo da cana Mídia especializada luta para disseminar as boas-práticas do setor bioenergético e contribuir com o seu desenvolvimento

RB966928, RB867515, CTC4. Se você é leitor do JornalCana, certa− mente sabe o significado desse con− junto de letras e números. Pois tradu− zir para você em linguagem simples, clara e objetiva toda complexidade do universo da cana−de−açúcar, tem si− do o compromisso desse veículo de comunicação que neste ano completa 35 anos. Assim como as variedades de cana acima mencionadas, que se destacam como referência em produtividade, o JornalCana, ao longo dos seus 35 anos de história, vem se consagrando como um veículo de grande influência e credibilidade do setor que começou sucro mas, hoje, devido a sua maior amplitude, atende pelo nome de bio− energético. Nesses 35 anos, nos especializamos em contar a história das mais tradicio− nais e centenárias usinas de açúcar, que investiram em novas tecnologias, se modernizaram e ao longo deste pro− cesso estão transformando suas plan− tas industriais em complexos parques

Para estimular a conversão de veículos, o JornalCana adquiriu, em parceria com a antiga Concessionária Vané, uma S10 convertida a álcool para rodar nas usinas e eventos

de bioenergia, ofertando muitos ou− tros produtos além do açúcar e etanol. Com a missão de disseminar co− nhecimentos, estreitar relacionamen− tos e gerar gerar negócios sustentáveis, regis− trar toda essa transformação e contri− buir para a solidificação dos conceitos de inovação, desenvolvimento e sus− tentabilidade, é o que tem movido a nossa equipe de profissionais nesses 35 anos de existência. E isso vai muito além da nossa versão impressa e de nossas páginas na internet. O jornal é uma das vertentes do Grupo ProCana & Pró−Usinas, responsável pela pro− dução de seminários e webinares com os conteúdos mais relevantes, e por premiações como o Masterca− na, muito cobiçado pelos integran− tes do setor. Do JornalCana nasceu a divisão Pró−Usinas, empresa de Transforma−

ção Digital responsável pela inserção do software S−PAA nos mercados bioenergético, agroindustrial, energia, suco−cítrico, soja, madeireiro e quí− mico. Trata−se do único sistema de Otimização em Tempo Real Global (G−RTO) para plantas de processos contínuos em todo o mundo. Recentemente, o portfólio foi ampliado com a AxiAgro − platafor− ma de otimização das operações agrí− colas a partir de telemetria e monito− ramento em tempo real com Inteli− gência Artificial.

O primeiro e o Mais Lido A caminhada do JornalCana tem sido marcada por fatos importantes, consolidando−o como uma fonte confiável de notícias, opiniões, cases e tendências do mercado de cana−de− açúcar. Lançado em fevereiro de 1988, o

JornalCana nasceu como o primeiro jornal especializado no setor, demo− cratizando o conhecimento para to− dos os níveis das usinas, desde a ope− ração até a presidência. Por essa razão conquistou o hábito de leitura do pú− blico, hábito este que o mantém co− mo única publicação impressa que circula em todas as áreas do setor, em todo o Brasil. Como pioneiro, acabou forman− do boa parte dos profissionais de co− municação atuantes no setor. E, inte− ressante notar, que a maioria das pes− soas, marcas, empresa e usinas que se tornaram referências no mercado, fo− ram lançadas ou impulsionadas pelo JornalCana. Ao longo dos anos, o JornalCana acompanhou de perto as transforma− ções do mercado, sempre com uma visão isenta e proativa, as vezes crítica, visando o bem maior do setor, mas nunca de forma negativa ou tomando partido de algum grupo, organização ou pessoa. Seus artigos, reportagens e análises contribuíram para a formação de consciência e tomada de decisões estratégicas para as empresas e órgãos governamentais. Em um momento em que a pro− dução de biocombustíveis se torna cada vez mais relevante para a econo− mia global e para a preservação do meio ambiente, acompanhado o mo− vimento em prol da descarbonização do mundo e a mudança da matriz energética, o JornalCana segue sendo um veículo relevante para o acompa− nhamento e a compreensão desse mercado.

Alguns parceiros parabenizaram o jornal pelos seus 35 anos “O JornalCana, ao longo dos seus 35 anos de trabalho, sempre foi um veículo importante de disseminação das ações que contribuíram para o desenvolvimento do setor sucroenergético bra− sileiro que se transformou muito neste espaço de tempo. E todas as mudanças ocorridas, quer seja de políticas governamentais, de legislação e, principal− mente, técnicas de variedades de cana, do preparo do solo, plantio, colheita, logística, sistema de extração de cal− do, industrialização do açúcar, do etanol, etanol 2G, energia elétrica, biogás e outros produtos da cana−de−açúcar, estiveram e foram acompanhadas com a leitura deste ícone da comunicação do setor. Importante ressaltar que o JornalCana goza de grande credibilidade em ra− zão de sua conduta editorial ética e absolutamente profissional. Merece nosso reconhecimento”. Rosana Amadeu Silva, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Se− tor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br)

“É inegável que o JornalCana seja um dos pro− tagonistas no desenvolvimento do setor sucroe− nergético. O veículo de comunicação, carrega um papel fundamental na disseminação de informações so− bre o setor. Por meio delas, o setor sucroenergé− tico ganha cada vez mais destaque, consequente− mente, diferentes pessoas e setores, se interessam por ele e por sua importância. Esse conjunto de atividades e informações, contribui para o seu desenvolvimento, que busca aprimorar suas atividades cada vez mais e auxiliar no crescimento do país. Desejo muita prosperidade para o Jornal Ca− na, grande aliado do setor e que continue fornecendo informações de qualida− de e confiança!”. Már io Campos, presidente da presidente da Associação da Indústria Sucroe− nergética de Minas Gerais (Siamig), do Sindicato da Indústria do Açúcar no Es− tado de Minas Gerais e do Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais e do Fórum Sucroenergético Nacional


MERCADO

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“Uma história de 35 anos de sucesso só é pos− sível com muito empenho, dedicação, comprome− timento e amor pelo que faz. Tenho certeza que toda a equipe do Jornal− Cana vem se empenhando com estes propósitos e hoje podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que o atual estágio de desenvolvimento de nosso setor se deve, em grande parte, aos esforços abne− gados na área de comunicação de pioneiros como Jo− sias Messias e toda a sua equipe. Parabéns pelos 35 anos de sucesso e que venham mais e mais décadas de boas notícias”. Hugo Cagno Filho, presidente da União Nacional da Bioenergia (UDOP) “Com quase 60 anos de existência, a DMB Máquinas e Implementos Agrícolas sabe muito bem a importância da tradição. Mas entende que a tradição para ser exal− tada, deve estar acompanhada pela busca constante em desenvolver tecnologias inova− doras que possibilitarão aos seus clientes pro− duzirem mais, melhor e com menor custo. A tradição e a inovação se completam ao serem permeadas pela credibilidade e parceria. Esse é o jeito de ser da DMB. É o jeito de ser do setor bioenergético. O que faz com a DMB seja a Marca da Cana. Por isso tudo, a DMB parabeniza o JornalCana por seus 35 anos de atividade e agradece por poder contar com um importante canal de co− municação para levar suas soluções para todos os cantos do universo ca− navieiro”. Eng. ag r. Auro Pereira Pardinho, gerente de Marketing da DMB Má− quinas e Implementos Agrícolas Ltda “Sou testemunha do incrível crescimento edi− torial que teve o JornalCana ao longo desses 35 anos. Acompanhou com brilhantismo a evolução e avanço do setor sucroenergético em nosso país, subsidiando com informações extremamente re− levantes os agentes desta próspera cadeia que é o nosso Agro. Dá luz à novas ideias, enaltece boas práticas e traz dados importantes para a tomada de decisões. De− sejo que essa história de sucesso prossiga por muitos anos, contando sempre com o nosso apoio e empenho pelo desenvolvimento do setor. Parabéns, JornalCana, o trabalho que realizam é fantástico!” Ar naldo Jardim, Deputado Federal Vice−presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) Presidente da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo)

www.youtube.com/canalProcanaBrasil

“O Programa Cana IAC parabeniza o Jor− nalCana pelos seus 35 anos! Um veículo que desde o seu nascimento tem um grande comprometimento com o setor sucroener− gético, contribuindo muito para a divulga− ção de tecnologias e conhecimentos, tão ne− cessários como ferramentas de trabalho para esse setor que depende da informação de qua− lidade e de credibilidade para o andamento de suas atividades. Nós, do Programa Cana IAC, agradecemos pela parce− ria longeva com o Jornal Cana, que sempre divulgou os nossos resultados de pesquisa, tais como as novas varieda− des de cana IAC e também as nossas conquistas. Em nome do Programa Cana Instituto Agronômico (IAC), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, parabenizamos o Jornal Cana e desejamos vida longa e frutífera a este importantíssimo veículo de sociali− zação do conhecimento do setor”. Marcos Guimarães de Andrade Landell, líder do Programa Cana IAC e diretor−geral do Instituto Agronômico (IAC) “O JornalCana é um jornal que efetua, com to− tal afinco, as mais densas e precisas análises setoriais da indústria da cana−de−açúcar. Uma referência científica do setor sucroenergetico. Parabéns a Josias e sua valorosa equipe”. Renato Cunha, presidente da NOVABIO e do SINDAÇÚCAR PE

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MERCADO

“Nossa história de parceria com o Jornal Cana é de longa data. Há mais de uma década confia− mos ao Jornal a divulgação da nossa marca, dos nossos valores e compartilhamos as nossas inova− ções. Pois acreditamos no trabalho que desenvol− vem e na presença dentro das usinas, mercado no qual a Caltec é referência. A seriedade com que o JC promove as infor− mações de fornecedores e usinas, amplia as possibili− dades, gera novas ideias e fortalece o setor Sucroenergéti− co, que é tão importante e representativo à economia. Além disso, a valoriza− ção e o reconhecimento com o Prêmio Master Cana, instiga a melhoria cons− tante e contribui com o desenvolvimento do setor. Parabéns pelos 35 anos de sucesso!”. Ana Marques, Gerente Comercial Caltec “O JornalCana acelerou nestes 35 anos o desen− volvimento do setor sucroenergetico. Continua sendo hoje o vetor do que existe de melhor, da inovação, das boas práticas, da gestão responsável, das relações de amizade e parceria, da paixão pe− lo trabalho e por melhores indicadores de resul− tados. Como mídia especializada, o JornalCana sem− pre circulou entre os formuladores do planejamento estratégico nas usinas, nas mãos tomadores de decisões. Como veículo de comunicação, os fatos sempre foram apresentados com in− dependência para o crescimento e a resiliência do setor sucroenergético. A apresentação dos produtos e serviços sempre vieram engrandecer o tra− balho na produção do etanol, do açúcar e da bioeletricidade. O JornalCana é a melhor e mais idônea publicação sobre os avanços da indústria de base e das ati− vidades vividas entre todas as usinas para a geração crescente de riquezas através da bioenergia”. Edmundo Barbosa, presidente do Sindalcool−PB

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“Os 35 anos do JornalCana merece ser co− memorado de forma ampla e destacada pelo se− tor bioenergético nacional. Afinal, nessas três décadas, o seu comprometimento em destacar as virtudes da produção, evolução e distribui− ção de bioenergia se transformou num vetor muito importante na formação da opinião pú− blica nessa matéria, além de transforma−se num motivador qualificado para os que integram esse importante setor – acionistas, executivos, técnicos e co− laboradores. A sua plena cobertura jornalística e a didática divulgação das transformações que vem consolidando o setor, a defesa das políticas públicas necessárias e a crí− tica construtiva das ações políticas erráticas transformou o Jornal da Cana no parceiro presente e transformador. Parabéns, JornalCana”. Pedro Robér io, presidente do Sindaçúcar−AL “Os 35 anos do Jornal Cana é motivo de mui− to orgulho para todo o setor e, pra mim, é uma honra poder homenagear essa jornada! Sempre à frente do seu tempo, o jornal construiu uma his− tória de sucesso em nosso segmento e se destaca como fonte de informação para todo o Brasil, com as principais notícias, inovações e conteúdos de qualidade. Grande parceiro da Fenasucro & Agrocana, o jor− nal promove o Prêmio Master Cana, que abre a semana da feira há 33 anos. Com a vocação de reconhecer os mais influentes do setor bioenergético, ao premiar o trabalho das usinas e profissionais deste mercado. Assim, a grandeza do trabalho trilhado até agora faz do Jornal Cana uma en− ciclopédia. Por isso, reafirmamos nosso reconhecimento a toda sua equipe pe− los 35 anos de atuação ímpar frente ao setor de bioenergia, que nos enche de orgulho mundo afora.Vida longa ao Jornal Cana!” Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana



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MERCADO

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SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA Sobre como a minha história se mistura com a do JornalCana

Ao completar 35 anos do Jornal− Cana, vou contar uma passagem inte− ressante que pouquíssimas pessoas sa− bem sobre como a minha história se mistura com a do jornal. Em fevereiro de 1988, com apenas 18 anos, eu atendia a área de marke− ting da Hidrautec, uma empresa de equipamentos hidráulicos de Ribeirão Preto, que recebeu um jornalzinho de poucas páginas, impresso em preto e branco naquele papel antigo que era inferior ao papel de pão. Era a 1ª edição do JornalCana e parecia promissor para publicidade. Fechamos um anúncio e no meio da conversa o dono do jornal me per− guntou se eu não queria representar o jornal, já que a editora ficava em Franca, cidade que na época não tinha um pé de cana. Topei e sai e saí para vender

anúncios para a 2ª edição, a qual seria em homenagem à Sopral, entidade que representava as destilarias autôno− mas em paralelo à AIAA, que reunia as tradicionais usinas de açúcar, inclusive

aquelas que implantaram as destilarias anexas. A edição foi um sucesso, sendo que 80% de todos os anúncios foram fechados por mim. A partir daí, o do−

no me contratou como vendedor e passei a atender as regiões de Ribei− rão Preto, Piracicaba, Campinas e Grande São Paulo. Como naquela época não havia


MERCADO fax ou e−mail e só algumas empresas tinham Telex, meu papel não era ape− nas vender, mas pegar todo o conteú− do e material gráfico dos anunciantes para produzir o anúncio no fecha− mento de cada edição em Franca. Com este trabalho, passei a atender mais 80% dos clientes do JornalCana, do JornalCanaTV (pro− grama semanal na Rede Record) e do Prêmio JornalCana, lançados pela editora. No final de 1989, o setor enfren− tou uma crise de falta de álcool nos postos e vi uma entrevista do Maurí− lio Biagi Filho − aliás um grande em− preendedor ao qual o setor deve mui− tas conquistas −, na qual ele falava que a culpa e disso não era dos produtores, mas do Governo, pois as usinas tinham álcool nos tanques, mas a Petrobrás se recusava a retirá−lo. Como na época era a Petrobrás quem tinha essa con− cessão do Governo, os produtores não podiam fazer nada. Uma semana depois fomos na confraternização da Zanini, em Ser− tãozinho, e dei uma ideia ao Maurílio: criar uma associação de consumidores de álcool para pressionar a opinião pública e o governo. Ele achou fan− tástica a ideia, anotou algo num pa− pelzinho assinou um cheque e me disse: “Quem tem a ideia deve ser o responsável por sua execução”.

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Voltei para ribeirão de carona com o patrão e ele não falou uma palavra sequer. No papel estavam alguns no− mes que eu deveria convidar para compor a associação e o cheque era para as despesas de formalização. Em menos de um mês estava formalizada a Abrálcool – Associação dos Consu− midores de Álcool Combustível, co− migo na presidência, e fomos ao Rio de Janeiro e Brasília pra lutar pela li− beração do álcool nas usinas e tam− bém, momentaneamente, do metanol para abastecer os carros álcool. Em janeiro de 1991, recebo o Jor− nalCana com uma chamada na capa informando que eu não fazia parte da empresa e não estava autorizado a re− presentá−la. Um absurdo! Devido aos investimentos na Abrálcool e o não recebimento sequer da rescisão e nem das comissões, pas− sei por um período de grandes difi− culdades. Porém, sem meu trabalho e com o ex−proprietário tomando par− tido contra a maior cooperativa do setor, o JornalCana parou de circular três meses depois. Pondo fim a uma demanda trabalhista, recebi a marca e relancei o JornalCana junto com a 1ª Fenasucro, em setembro de 1993. Confesso que nem tudo foram flores, mas o vírus da paixão pela cana me dominou e vem contagiando muita gente nestes 35 anos.


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MERCADO

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Carro Flex “Made in Brazil” completa 20 anos Setor caminha para emissão negativa e etanol desponta como melhor opção para mobilidade no Brasil

Há 20 anos, uma dúvida muito comum entre os consumidores auto− motivos brasileiros era: comprar um carro a álcool ou a gasolina. Até que alguém se perguntou. Por que não os dois? E no dia 22 de março de 2003 era lançado o primeiro modelo flex no mercado brasileiro, o Gol Total Flex, da Volkswagen do Brasil, que podia usar etanol e gasolina no tanque, em qualquer proporção. Um mês depois chegou o Fiat Palio Flex, e em mea− dos do ano, o Chevrolet Corsa Flex− power. A Associação Nacional dos Fabri− cantes de Veículos Automotores (AN− FAVEA) recorda que a invenção da tecnologia foi dos norte−americanos, mas a viabilização comercial só ocor− reu após o trabalho da engenharia brasileira, que criou um modelo ma− temático de pós−combustão. Isso eli− minou uma série de sensores, reduziu o custo da tecnologia e permitiu a produção em larga escala. E assim se deu início a fabricação de veículos flex no país. Em 2003 fo− ram vendidos 39 mil automóveis flex no Brasil, o equivalente a 3,2% do mercado. Em apenas 6 anos os flex já tinham superado a marca de mais de 90% das vendas totais de automó− veis/ano, patamar em que permane− cem há 14 anos. Em fevereiro deste ano, o Brasil atingiu a marca de 40 milhões de veículos flex produzidos e comercializados. Hoje esses modelos representam 85% da frota de veículos leves circulante no país. Além dos automóveis, também há uma série de comerciais leves flex no mercado, como picapes, vans e furgões. Mais de 7,1 milhões desses modelos foram vendidos nesses 20 anos, o que representa em média 57% do total de vendas do segmento. O ano de maior participação de automóveis flex no share de vendas no país foi 2019, com 93,9%. Para os co− merciais leves foi 2007, com 66,1% Para o engenheiro e empresário Besaliel Botelho, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia flex fuel, essa marca só foi possível graças a resiliências de poucos que

acreditavam nessa tecnologia. “Após 10 anos de desenvolvi− mento conseguimos sensibilizar Go− verno e Indústria a fazer um teste de mercado em 2003, quando o IPI do motor Flex foi equiparado ao IPI do motor a Álcool. Ali foi dada a largada de um novo mercado que transfor− mou nossa indústria como a mais descarbonizada do planeta”, recorda Botelho. “Grandes investimentos fo− ram feitos em toda a cadeia de valor do etanol, e hoje, somos primeiro mundo na descarbonização e contri− buímos como nenhum país com a re− dução de CO2 na mobilidade”, des− taca o engenheiro. “O carro flex foi uma enorme conquista tecnológica do Brasil, que avança cada vez mais para outros paí− ses, sobretudo no continente asiático, a começar pela Índia”, disse o presi− dente da DATAGRO, Plinio Nastari,

que entregou troféus a algumas per− sonalidades do setor em comemora− ção à data, na abertura da sétima edi− ção da Santander DATAGRO Aber− tura de Safra de Cana, Açúcar e Eta− nol 2023/24, realizada no dia 8 de março, em Ribeirão Preto – SP. Ao rever a sua trajetória, lembra− mos que no início os carros flex ti− nham tanque auxiliar de partida a frio. Em 2009 esse tanquinho extra de ga− solina começou a ser abolido, com a entrada de tecnologias de pré−aque− cimento dos bicos injetores. Ao longo do tempo as fabricantes incrementam o aproveitamento calorífico de ambos os combustíveis e introduziram tec− nologias como o turbo e a injeção di− reta, o que melhorou sensivelmente a eficiência energética. Em 2019 foi lançado no Brasil o primeiro carro híbrido flex do mun− do, com um motor elétrico e outro a

etanol/gasolina. O feito foi da Toyota do Brasil, com o sedã Corolla. “Se há 20 anos eles surgiram com uma lógica de oferecer ao consumi− dor uma opção do combustível mais econômico na bomba, hoje eles agre− gam uma importante função ambien− tal, dado o reconhecimento do etanol como um combustível renovável que elimina a pegada de carbono, no cál− culo do poço à roda. Por isso, são mais importantes e estratégicos hoje do que no próprio lançamento”, ressalta a ANFAVEA. Levantamento feito pela associa− ção, mostra que na América do Sul, apenas o Paraguai utiliza em larga es− cala os veículos flex produzidos no Brasil. Já os modelos híbridos flex es− tão sendo exportados para vários mercados da América Latina. “Países como a Índia e outros do sudeste asiático demonstram grande interesse na tecnologia flex, já que so− frem pressão por descarbonização no âmbito da ONU, mas não têm con− dições de eletrificar rapidamente a sua frota”, afirma a entidade. “A evolução do etanol pode pro− porcionar um novo salto na qualidade dos veículos flex. Nosso etanol ainda tem 7% de água, elemento sem fun− ção alguma no processo de combus− tão. Os próximos 20 anos do flex são muito promissores no sentido de pro− piciar mais eficiência, redução de emissões e uma importante ferramen− ta de transição para uma frota mais eletrificada”, conclui a ANFAVEA.



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MERCADO

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SÉRIE BIOCOMBUSTÍVEIS

Por que o etanol é estratégico para a eletrificação Desde 2021, o JornalCana destaca entrevistas com especialistas sobre o tema

O setor sucroenergético atesta sua estratégia como participante do avan− ço da indústria de motores eletrifica− dos (híbridos). Prova disso é a série de entrevistas sobre o tema publicadas entre maio de 2021 e dezembro de 2022 pelo JornalCana. Ao longo do período, 15 espe− cialistas foram entrevistados e com− provam porque, sim, a eletricidade moverá os veículos também no Bra− sil, mas com a participação do bio− combustível. Reunimos aqui avalia− ções das entrevistas, cujos especialis− tas ajudam a consolidar o setor su− croenergético na rota de eletrificação no Brasil. Confira a seguir. “Etanol tem mercado para mais 30 anos no Brasil” − Maio de 2021 Jaime Finguerut, diretor do Institu− to de Tecnologia Canavieira (ITC), inaugurou a série do JornalCana sobre o etanol e os motores eletrificados. Se− gundo ele, apesar do rápido avanço da eletrificação, a substituição dos veículos a combustão ainda levará longos anos. Finguerut lembra que o Brasil tem a sexta maior frota de veículos (e o quarto maior consumo de combustí− veis) do mundo, com mais de 40 mi− lhões de automóveis em circulação, todos eles com motor a combustão e a imensa maioria flex. “Motor elétrico pode emitir mais que motor a combustão” − Junho de 2021 Marcelo Gauto, químico indus− trial, especialista em petróleo, gás e energia, doutorando do programa interinstitucional de Bioenergia USP, UNICAMP, UNESP, disse que “a eletrificação é bem−vinda e a redu− ção das emissões de carbono pode ser potencializada quando esse movi−

mento é associado a biocombustíveis, o que reduziria inclusive a necessida− de de metais. É por isso que se estu− da muito a possibilidade de veículos elétricos movidos indiretamente a biocombustíveis, onde você gera a eletricidade no próprio veículo a partir dos biocombustíveis (biometa− no, etanol, entre outros). “Etanol f ará o motor elétr ico funcionar” − Julho de 2021 Para Gonçalo Pereira, professor da Unicamp, “o motor elétrico não precisa de ser alimentado por uma bateria mi− neral, como as baterias de lítio e cobal− to. Elas precisam ser alimentadas por uma corrente elétrica, mas essa pode ser pro− duzida de outras formas.A principal for− ma seria exatamente as Células Com− bustível, cuja aplicação automobilística é hoje de dois tipos: PEM e SOFC. Car− ros equipados com célula PEM já estão no mercado, sendo o Mirai, da Toyota, o modelo mais famoso”, diz. “Infraestr utura do etanol deverá ser mantida” − Setembro de 2021 Hudson Zanin, professor na Fa− culdade de Engenharia Elétrica da Unicamp e pesquisador principal no Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) no Programa de Armazenamento de Energia (AES), afirmou que “o veículo usará a in− fraestrutura do Brasil do jeito que está. Ou seja, vai ao posto e carrega com etanol, como se faz hoje em dia. A diferença é que o veículo será ele− trificado, com o motor não mais a combustão, quando o etanol vai lá dentro e queima. “Eletr ificação chega, mas com ajuda do etanol” − Outubro de 2021 Luiz Augusto Horta Nogueira, pesquisador da Unicamp e consultor em temas energéticos de agências da ONU como FAO, CEPAl e PNUD, afirma que a eletrificação chegou pa− ra ficar também no Brasil, mas sua viabilidade, terá ajuda do etanol, a ser adotado em tecnologias nas quais o biocombustível é transformado em hidrogênio no próprio carro, alimen− ta a célula de combustível que gera eletricidade e movimenta o veículo.

“Com célula, etanol chega até aos ônibus” − Novembro de 2021 “Com o emprego da tecnologia de célula de combustível a etanol será possível gerar eletricidade no próprio veículo, sem a necessidade da recarga de baterias em tomadas, como ocorre com os veículos 100% elétricos”, res− salta Alfred Szwarc, engenheiro mecâ− nico e consultor de emissões e tecno− logia da ÚNICA. “Não podemos olhar só o merca− do inter no” − Março de 2022 “O Brasil tem tudo para exportar a tecnologia dos biocombustíveis”, disse Besaliel Botelho, engenheiro ele− trônico que presidiente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) e atual, CEO da Robert Bosch na América Latina. Ele destaca que o futuro do etanol no universo da ele− trificação será ‘ditado’ por tecnologias como a de células de combustível a etanol e chips para híbridos. “Motores a combustão e elétr ico são complementares” − Abr il de 2022 “Os elétricos e eletrificados (no qual a energia chega na roda com motor elétrico) não irão prejudicar o etanol porque eles são comple− mentares”, afirma o engenheiro mecânico de formação, Ricardo Si− mões de Abreu, consultor da UNI− CA para assuntos de mobilidade. Segundo ele existe nicho em que faz sentido usar veículo elétrico ou hí− brido que seja flex.” “Brasil pode liderar indústr ia de híbr idos a etanol” − Abr il de 2022 “O Brasil tem um super potencial de se consolidar como um líder na industrialização dos híbridos flex e no

uso dos motores elétricos junto com o etanol”, disse Adalberto Felicio Maluf Filho, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), na ocasião da entrevista e que agora ocupa o cargo de secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Quali− dade Ambiental do Ministério de Minas e Energia. “Cana vai virar o novo petróleo” − Maio de 2022 Thiago Lopes é professor da PO− LI/USP e está à frente do Laborató− rio de Células a Combustível, que in− tegra o Centro de Pesquisa para Ino− vação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Shell e pela Fapesp “As usinas de cana caminham pa− ra substituir a petroquímica”. O sub− produto da cana possui 95% de água em sua composição e a proposta é promover a quebra de moléculas do líquido para gerar oxigênio e hidro− gênio verde. Essa operação é possível por meio de um reator eletrolítico em desenvolvimento. “É preciso expor tar a tecnolog ia do etanol” − Junho de 2022 O etanol tem papel fundamental diante a transição energética e como redutor de emissões de CO2, “mas é preciso aproveitar estas estratégias e exportar a tecnologia brasileira do biocombustível”, afirma o enge− nheiro eletricista, Wanderlei Mari− nho da Silva, que integra a Socieda− de de Engenheiros Automotivos (SAE Brasil). “Etanol deve fazer parte da matr iz energética” − Julho de 2022 “Há restrições de custo e de tecnologia, estas últimas talvez sejam


MERCADO

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Vem aí uma nova etapa de des− carbonização do etanol de cana−de− açúcar. Trata−se da captura de dió− xido de carbono (CO2) durante a combustão da matéria−prima do etanol. "Em fase de pesquisa, essa tecno− logia acelera o ritmo de descarboni− zação do setor sucroenergético, levan− do em conta que a cana já sequestra carbono na fase de cultivo, via fotos− síntese. Com o sequestro de CO2 também na fase de combustão, o eta− nol irá alcançar novo patamar no uni− verso da descarbonização, em favor, por exemplo, do emprego de fontes limpas também para a eletrificação", afirmou Marcelo Martins Seckler, en− genheiro químico, é professor da Es− cola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli−USP).

mais rapidamente superadas do que a que implica a definição do preço dos veículos elétricos, que são sabi− damente mais caros, embora mais econômicos”, disse o professor do Departamento de Engenharia de Produção da POLI/USP, Roberto Marx, atual Head de Educação da Fundação Vanzolini. “O etanol é relevante e deve fazer

parte da nossa matriz energética, mas não podemos ficar somente com ele”, e questiona. “Qual o destino dos combustíveis fósseis explorados e pro− duzidos no Brasil? Ainda serão muito utilizados nos próximos anos, não há perspectiva de abandono”. “Nova tecnolog ia acelera descar− bonização do etanol” − Agosto de 2022

“Micror reator que gera hidrogê− nio do etanol está pronto” − Outubro de 2022 Considerado pai de reator quími− co compacto (microrreator), que já está em escala e integra processo de− senvolvido no Laboratório de Otimi− zação, Projeto e Controle Avançado (LOPCA), Rubens Maciel Filho é professor de Engenharia Química da Unicamp, onde também coordena o (LOPCA). Com apenas cinco centímetros de

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comprimento, ele produz hidrogênio embarcado a partir de etanol dentro do veículo por meio de célula com− bustível e gera eletricidade para fun− cionar o motor. “A tecnologia já está pronta para entrar no mercado brasileiro. Temos pleno domínio da tecnologia de im− pressão 3D em metais, polímeros e cerâmica e temos trabalhado neste as− sunto desde o ano 2000, quando ain− da não se falava desta tecnologia”, afirma. “Motor híbr ido também pode chegar aos trens” − Dezembro de 2022 Para Peter Ludwig Alouche, engenheiro eletricista, consultor, com muitos anos de experiência em se tratando de metrô, afirmou que os motores híbridos já estão nas ruas e essa tecnologia também entrará no radar das companhias de trens e de metropolitanos e lem− brou dos investimentos em ônibus elétricos. “De fato, um ônibus elétrico che− ga a custar o dobro de um similar a diesel. Em compensação, a vida útil dos ônibus elétricos é de 15 anos, en− quanto dos ônibus a diesel, é de 10 anos e, ao final deste período, os ôni− bus elétricos revelam que o investi− mento compensa.”


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Empresa disponibiliza alternativas em sistemas de desmineralização de água FILTRANDO Tratamento de Água e Efluentes Industriais, especia− lizada nesse segmento, oferece diver− sas alternativas em sistemas de desmi− neralização de água, processo que consiste na remoção de sais minerais e impurezas da água com sistemas de diferentes tecnologias. A osmose reversa possui uma membrana semipermeável para re− mover os sais e moléculas inorgânicas e orgânicas dissolvidas. Após a passa− gem da água pela membrana, o pro− cesso irá gerar dois fluxos: permeado (água desmineralizada) e rejeito (água concentrada). É um processo aplicado na fabri− cação de produtos químicos, eletrô− nicos, bebidas, caldeiras, indústrias farmacêuticas, indústria de açúcar e

álcool entre outras. A FILTRANDO oferece o siste− ma de desmineralização de água por troca iônica é projetado em função das características da água bruta, com instrumentos de processo e de medi− ção dos parâmetros de contaminação da água, via controladores e tomadas de amostra na entrada e saída do sis− tema. O sistema de ultrafiltração remo− ve partículas suspensas e sais minerais da água, tem baixo consumo de ener− gia e é fácil de operar e assim como os anteriores, também se aplica ao setor sucroenergético. Os profissionais da Filtrando au− xiliam na escolha do sistema mais adequado para atender a necessidade da empresa interessada.



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MERCADO

Drul: provando que experiência, juventude e pioneirismo podem caminhar juntos Empresa é destaque no setor e vem assumindo o protagonismo através de suas soluções e sua forma moderna de entregar resultados

A Drul, localizada em Sertãozinho, no interior do estado de São Paulo, vem ganhando destaque no setor su− croenergético como uma empresa que, mesmo jovem, tem o know−how de empresas “experientes”. A companhia tem avançado de maneira progressiva no mercado bioenergético, principal− mente no que tange ao fornecimento de soluções químicas para processos industriais, tratamentos de água e diagnósticos avançados de processos e engenharia. Todavia é importante dizer que o Grupo Drul vai muito além disso: formado por outras três empresas, o grupo atende o mercado de ponta a ponta, seja com as soluções integradas de transporte e logística oferecidas pela Decoli Cargo, seja através da agro− ciência e nanotecnologia presentes na BioRhiza – a empresa de nutrição ve− getal do grupo. Completando o portfólio de so− luções do grupo está a Kleek: uma empresa que – através de uma grande rede de business partners que são re− ferência em toda a América Latina – atua com diagnósticos operacionais, consultoria, assessoria operacional e de gestão que envolvem os processos agrícolas, industriais e estratégicos pa− ra usinas de cana−de−açúcar. Desde sua fundação a Drul tem trabalhado para estabelecer uma pre− sença sólida e confiável no mercado, podendo−se hoje afirmar que a em− presa tem sido uma das protagonistas das últimas safras, crescendo de ma−

neira exponencial desde suas primei− ras operações. Segundo Guilherme Moroço, CEO da Drul, isso tem sido possível graças “a um modelo de negócio que soma compliance, governança, confia− bilidade e entrega de resultados à ino− vação e o pioneirismo de uma em− presa jovem e atualizada com o que há de mais moderno”. São estes os princípios que per− mitiram que a Drul se posicionasse de forma natural frente aos maiores players do mercado. “Fomos pegos pela pandemia no começo de nossa trajetória e mesmo diante das dificuldades alcançamos importantes marcos de crescimento no período, uma vez que soubemos nos adaptar, criando ferramentas de gestão e informação que nos auxiliasse inter− namente e produzindo soluções que faziam com que nossos clientes pro− duzissem mais e com mais qualidade, entregando resultados reais e mensu− ráveis”, diz Moroço. Segundo o diretor executivo da empresa, Fábio Ramos, “a Drul im− plementou, desde seu nascimento, as melhores práticas do mercado, in− cluindo um modelo de governança corporativa e práticas de ESG, que são pilares fundamentais em nossa atuação (...) Estamos ainda desen− volvendo vários projetos que são de grande importância para nosso futu− ro, entre eles a nossa nova sede ad− ministrativa (CSC), a construção da segunda unidade fabril, o lançamen− to da divisão de tecnologia da infor− mação e a ampliação do departa− mento de pesquisa e desenvolvi− mento para soluções industriais e biotecnologia”. Querendo manter esta trajetória de crescimento, a Drul lançou em maio de 2022, durante sua 2ª Confe− rência Anual, o programa #Go− Drul2025 – “É um programa que prevê uma série de iniciativas estraté− gicas que podem ser resumidas em se− te grandes pilares: crescimento, trans− parência, fortalecimento da marca, ser

Fábio Ramos, diretor da Drul e Guilherme Moroço, comemoram o sucesso do grupo

referência em qualidade e complian− ce, gestão e inovação, consolidação de práticas de ESG e tornar−se referên− cia em gestão de patrimônio humano” disse Guilherme. Aliados ao time de jovens diri− gentes estão dois grandes nomes do setor sucroenergético: Walter Biagi Becker, diretor presidente da Zanini Renk, e Fausto Eduardo Fonseca Ter− ra, consultor em assuntos regulatórios e relações institucionais. Os dois foram recém−empossados integrantes do Conselho Consultivo da Drul. Fausto Terra lembra que “em− preender no Brasil não é tarefa fácil (...) Estou convicto e confiante que posso agregar e somar junto ao time Drul e aos planos de crescimento das empresas que compõem o grupo”. Já

Walter Biagi Becker ressaltou a evo− lução da empresa e o seu potencial: “Espero poder contribuir para o cres− cimento do grupo”, disse.

Parceria com a Usina Cerradão na maior turbina a vapor de contrapressão da América Latina Um grande exemplo da atuação da empresa no setor, fica na Usina Cerradão, que conta com a maior turbina a vapor de contrapressão do setor e o maior gerador 4 polos do se− tor sucroenergético. A Drul participou deste projeto, fornecendo todo o complexo de tratamento de águas pa−

Guilherme Moroço recebe da câmara de vereadores da cidade uma moção de aplausos à Drul


MERCADO

César Salibe

Jairo Menesis Balbo

ra a unidade, desde engenharia, siste− mas de filtração, osmose reversa e lei− tos de troca iônica, que garantem água limpa e tratada para geração de vapor e energia.

tãozinho – SP. No evento, a DRUL destacou o trabalho desenvolvido por clientes e parceiros e anunciou a sua parceria com a IFF, líder global em soluções para o mercado de processa− mento de alimentos, bebidas, saúde, biociências e fragrâncias. Com a parceria com a IFF, a Drul fará a distribuição de FermaSure® XL no mercado bioenergético brasileiro: um aditivo antimicrobiano para fer− mentação, que ataca e diminui rapi−

1º encontro Drul de abertura de safra No último dia 3 de março a com− panhia promoveu o “1° Encontro Drul de abertura de safra”, em Ser−

Guilherme Moroço e Mario Cacho, diretor de Grain Processing para a América Latina na IFF

damente as bactérias nocivas, permi− tindo que os produtores de etanol au− mentem as taxas e a eficiência no pro− cessamento, tecnologia bastante efi− ciente tanto para o mercado de Cana− de−açúcar quanto para o processa− mento de grãos. Para Mario Cacho, diretor de Grain Processing para a América La− tina da IFF “a aliança com a Drul aju− dará a aprimorar os serviços no país e a fornecer suporte ainda mais integra− do aos clientes”. A noite também foi marcada por homenagens a personalidades do setor como o jornalista e diretor da ProCa− na, Josias Messias, e pelo engenheiro formado pela Esalq/USP, Antônio César Salibe, presidente executivo da União Nacional da Bioenergia (UDOP). E também a Geraldo No− bile Holzhausen acionista da Usina Água Bonita, pelos seus feitos em prol do setor. Para Jairo Menesis Balbo, diretor Industrial Usina Santo Antônio e Usina São Francisco, presente na oca− sião, trata−se de “um Grupo jovem, inovador, que despontou e avançou pela idoneidade, empreendedorismo, desenvolvimento de tecnologias e processos, além da valorização do fa− tor humano e de seus colaboradores”. A Drul destacou ainda, com uma premiação especial, os resultados ob− tidos pelos clientes durante a safra an− terior: o Grupo Moreno foi reconhe− cido na categoria “Agricultura Sus− tentável”. A Usina Cucaú ganhou destaque na categoria “Fermentação Isenta de ácido sulfúrico”. O Grupo BP Bunge foi destaque na categoria “Modelo de Gestão integrada de in− sumos”. A Usina Santa Rita foi ho− menageada na categoria “Mix de So− luções do Grupo Drul”. A Usina Cerradão foi destaque na categoria “Cogeração de energia”. Usina Água Bonita, que foi reconhecida na cate− goria “Controle e Gestão de Insumos Industriais”. E o Grupo CMAA, que foi reconhecido na categoria “Gestão de Risco na aplicação de químicos industriais”.

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Com a experiência de quem está há 57 safras no setor, Geraldo Holz− hauzen, diretor industrial da Usina Água Bonita, afirma: “Posso dizer com convicção e propriedade, que o gran− de diferencial da Drul é a qualidade do produto e o acompanhamento diário do seu desempenho”. Para o presidente Executivo da União Nacional da Bioenergia (UDOP), Antonio Cesar Salibe, trata− se de “um grupo sólido que produz e entrega soluções químicas para o mercado sucroenergético. A Drul é muito importante para o setor e é uma empresa que acredita no desenvolvi− mento de nosso segmento”, afirmou Salibe. Já Murilo Moreno, que é assessor da diretoria da Usina Moreno, disse que “em função dos altos custos dos fertilizantes químicos e visando apro− veitar as novas tecnologias que vem de encontro com o apelo ambiental, op− tamos por soluções mais sustentáveis, dentre elas a redução do aporte de ni− trogênio mineral à cultura da cana. As tecnologias da BioRhiza têm nos atendido; e por isso estamos investin− do no desenvolvimento delas no Grupo Moreno”.

Futuro Quando perguntado sobre o pla− no de crescimento do grupo, Gui− lherme destaca: “Nosso plano de in− vestimentos foi elaborado de forma estratégica e responsável, sempre com o objetivo de promover um cresci− mento sustentável e alinhado aos nos− sos valores”. A companhia também tem anali− sado o mercado a fim de encontrar possibilidades de negócio que tenham sinergia com o grupo, buscando solu− ções que possam agregar valor e, so− bretudo, melhorar a experiência de seus clientes. “Uma frase que eu constante− mente repito é que nosso trabalho não é sobre ser a maior, mas sim sobre ser a melhor” diz Moroço. “Ser a melhor não depende de nada além de nós mesmos”, completa o CEO.

Geraldo Holzhauzen, diretor industrial da Usina Bonita, foi um dos homenageados pela empresa


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Indústria 4.0 é destaque em evento da DATAGRO Douglas Mariani, engenheiro Sênior, da Soteica, moderou o painel Indústria 4.0 duran− te o Santander DATAGRO Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol 2023/24, realizado em Ribeirão Preto – SP, no dia 9 de março. Na ocasião, o avanço das usinas na implantação de processos cada vez mais automatizados no elo da operação industrial, com o suporte de fer− ramentas de tecnologia da informação, foi tema da discussão entre especialistas. Segundo os participantes, a jornada em direção a usinas 4.0 tem apresentado diversos "cases", com resultados de ganhos de eficiên− cia, redução de custos, bem como apontado novas oportunidades e negócios. É preciso atrelar estas mudanças à estratégia geral de negócios da empresa e entender que não existe uma solução de prateleira − customi− zar e calibrar os processos é item−chave para o sucesso da operação. No mesmo dia, Josias Messias, presidente da Procana e Pró−Usinas, moderou, o painel Excelência Operacional na produção de açú− car, que destacou os fundamentos da fabrica− ção do alimento de alta performance. “Um time capacitado que entenda o processo, as ferramentas adequadas otimizando o processo. Desta forma se atinge o estado de exce− lência operacional, necessário para a fabricação de açúcar de alta performance”, destaca o consultor sênior da DATAGRO Alta Performance, Eduardo Calichman.

Calichman elencou alguns princípios básicos, que ele considera serem fundamentais: conseguir extrair o máximo de açúcar da matéria−prima, a qualidade do adoçante começa no tratamento do caldo; realizar o procedimento de cristalização com eficiência; fazer o cozimento com maior

eficácia, obtendo mais produto com o equipamento já disponível; e executar cen− trifugações eficazes. “Temos sempre que recordar que nosso objetivo é conseguir cada vez mais sacos de açúcar por tonelada de cana, com o uso do mesmo volume de insumos ou até menos”, afirmou Calichman, citando a importância da utilização dos avançados sistemas de automa− ção, que hoje se encontram à disposição. A política do mais com menos também prevalece no Grupo Zilor. “Sempre buscamos otimizar os equipamentos, para fazer mais com menos”, ressaltou Gustavo Leda Minetto, ge− rente global de processos e engenharia do Grupo. Segundo ele, é importante manter um mix e recuperação elevado. “Primeiro é preciso focar na produtividade. E com ela estável, aí sim, vamos para a qualidade do açúcar”, destacou. Ele informou que nas usinas do grupo foi feita uma mudança conceitual no cozimento, pensando na pro− dutividade da fábrica. “Cana tem que ser tratada dentro da usina”, afirmou citando a importância da rastreabilidade do processo e da utilização dos laboratórios, para subsidiar as ações e procedimentos. Na oportunidade, Josias Messias destacou que seja pela diversidade, pela estabilidade e pela quali− dade dos produtos, há sempre oportunidades de me− lhoria e otimização.



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Ingenio La Unión, da Guatemala, trabalha para evoluir ainda mais sua planta industrial O Ingenio La Unión, da Guatema− la, nasceu como uma empresa familiar que adquiriu uma fazenda chamada Los Tarros em 1950, com um pequeno Trapiche. Anos depois, com novas ins− talações e equipamentos mais moder− nos, foi construída a usina que iniciou sua operação na safra 1969−1970. De lá para cá a usina ela moderni− zou−se ainda mais e hoje esmaga em torno de 3,2 milhões de toneladas de cana−de−açúcar das quais produz cer− ca de 350 mil toneladas de açúcar, 123 mil toneladas de melaço e comercializa 201.500.000 KWh de energia elétrica. A empresa, que exporta seus pro− dutos para mais de 30 países, busca as melhores práticas em suas operações agrícolas, apostando em técnicas atuais como manejo integrado de pragas, por exemplo. Já na área industrial a usina investe em sua equipe através de melhorias bem exclusivas para o bem−estar dos profis− sionais que trabalham na indústria co− mo, por exemplo, estações ergonômi− cas no COI, que sobem e descem tan− to a mesa quantos as telas por aciona− mento elétrico.

Josias Messias, CEO da Pró-Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia, foram recebidos na última semana pelos profissionais do Ingenio La Unión, Minor Estrada, Elfego Arturo, Sergio Cabrera, Luiz Nájera e Edwin Delgado

Também vale destacar que a unida− de produtora faz uso de um silo, um equipamento francês, especialmente voltado para açúcar refinado. Contando também com equipa− mentos modernos em sua planta, os gestores da unidade avaliam agora os benefícios que a Otimização em Tempo Real (RTO) podem proporcionar. Isso

através do S PAA, que é atualmente o único software de Otimização em Tem− po Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo e, inclusive, o único que controla de forma integral plantas de processo contínuo. Esse foi um dos temas levantados na passagem do Road Show da Transfor− mação Digital que desde a segunda se−

mana de janeiro deste ano excursionou pela América Latina. Os representantes do Road Show, Josias Messias, CEO da Pró−Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Enge− nharia, foram recebidos na última se− mana pelos profissionais da usina Minor Estrada, Elfego Arturo, Sergio Cabrera, Luiz Nájera e Edwin Delgado.



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Ingenio Madre Tierra, da Guatemala, quer aumentar eficiência industrial O Ingenio Madre Tierra, da Gua− temala, é o legado de um guatemal− teco descendente de espanhóis, cha− mado Ramón Campollo López. Um empresário que na década de 1950 comercializava e exportava café para os mercados europeus e que anos depois expandiu para outros negócios dando origem ao Grupo Campollo. A usina iniciou sua primeira pro− dução em 23 de novembro de 1963 e na primeira safra moeu 54.810,56 to− neladas de cana−de−açúcar. Foi em 1966, que o grupo Campollo com− prou 50% da Usina Madre Tierra, lo− calizada na Costa Sul da Guatemala e em 1976 a adquiriu por completo. Atualmente, a usina cultiva 14 mil hectares de cana−de−açúcar dos quais produz cerca de 500 mil toneladas de açúcar e cogera 1200 MW de energia elétrica. Além disso, investe em boas práticas nas áreas agrícolas e industrial juntamente com um trabalho dedica− do nas áreas social e ambiental. Agora, o foco do grupo está em avançar no processo de transformação digital de sua já eficiente planta indus− trial. Para tanto, os profissionais da in−

Josias Messias, CEO da Pró-Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia, foram recebidos por Rene Morales, gerente industrial e Juan Manuel, supervisor de automação do Ingenio Madre Tierra

dústria do Ingenio Madre Tierra re− ceberam o Road Show da Transfor− mação Digital em suas dependências na última semana. Os representantes do Road Show, Josias Messias, CEO da Pró−Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia, foram rece−

bidos em janeiro por Rene Morales, gerente industrial e Juan Manuel, su− pervisor de automação. Em pauta, a capacidade de esta− bilização 24/7 dos processos indus− triais, a maximização da produção e aumento na eficiência que a Otimi− zação em Tempo Real (RTO) pode

proporcionar. Isso através do S−PAA, que é atualmente o único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e eta− nol em todo o mundo, uma tecno− logia que está avançando em alta ve− locidade nas unidades produtoras da América Central.



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Ingenio San Diego busca mais eficiência industrial através da Otimização em Tempo Real (RTO) O Ingenio San Diego é uma empresa líder em produção de açú− car e energia com sede na Guate− mala e com mais de 130 anos de operação. Possui capacidade de moagem de 2,5 milhões de tonela− das de cana−de−açúcar, produzindo mais de 250 mil toneladas de açúcar por ano para o mercado local e para exportação para todo o mundo. Tem capacidade operacional para produ− zir 120 MW de eletricidade para o mercado regional. Integrando mais de 5.000 cola− boradores que, com um firme com− promisso com a qualidade, melhoria contínua dos processos e otimização dos recursos, buscam diariamente

alcançar níveis mais elevados de produtividade, contribuindo para o crescimento integral da empresa e da Guatemala. Seu grande objetivo atualmente é posicionar−se entre as três usinas mais eficientes e de menor custo da região da América Central. Como parte dessa estratégia, o grupo quer inicialmente desenvolver a trans− formação digital de sua planta in− dustrial através da Otimização em Tempo Real (RTO) proporcionada pelo S−PAA. Essa foi a pauta dis− cutida durante a passagem do Road Show da Transformação Digital durante o mês de janeiro no Inge− nio San Diego.

Marvin Estrada, subgerente de PMO; Josué Santiz, subgerente de manutenção industrial; Manuel Lepe, engenheiro de automação e energia e Germán Gutiérrez, engenheiro de desenvolvimento industrial, receberam os representantes do Road Show, Josias Messias e Décio Freitas

O CEO da Pró-Usinas e da ProCana, Josias Messias e o consultor da Solution Engenharia, Décio Freitas, foram recebidos por Julio Morales, diretor industrial e Saul Godoy, gerente de automação

Diretor industrial do Ingenio Magdalena recebe Road Show da Transformação Digital O Ingenio Magdalena tornou−se a primeira Usina 4.0 da América Central ao contar com a Otimização em Tempo Real (RTO) em seus pro− cessos industriais. Com capacidade de moagem de mais de 40 mil toneladas de cana por dia a unidade produz cer− ca de 13 milhões de sacas de açúcar por safra. Além disso, possui a maior refinaria do mundo anexada à uma usina e exporta seu açúcar principal− mente para a Ásia. A usina recentemente integrou o S−PAA aos seus sistemas de controle industrial atuando em Laços fechados nas áreas de Controle de Caldeiras e

Vapor e Energia. Contando com uma equipe com excelente capacidade técnica e profundo conhecimento so− bre a planta os resultados começam a surgir de forma significativa. O time industrial pôde compar− tilhar suas impressões e expectativas com os representantes do Road Show da Transformação Digital que estive− ram presentes na usina. O CEO da Pró−Usinas e da ProCana, Josias Messias e o consultor da Solution Engenharia, Décio Freitas, foram re− cebidos por Julio Morales, diretor in− dustrial e Saul Godoy, gerente de au− tomação.

www.youtube.com/canalProcanaBrasil


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Cenicaña e Ingenios da Colombia preparam projeto que visa transformar plantas industriais em Indústria 4.0 O setor canavieiro da Colômbia liderado pela Cenicaña e incluindo as usinas Castilla e Sancarlos está prepa− rando um projeto que visa transformar as plantas industriais das usinas colom− bianas em Indústria 4.0. Os benefícios da utilização da Otimização em Tempo Real (RTO), tecnologia que integra e faz com que plantas industriais obtenham máxima performance e estabilidade, e os recur− sos necessários por parte das usinas pa− ra a implementação da tecnologia fo− ram discutidos durante a passagem do Road Show da Transformação Digital que esteve presente na Colômbia du− rante a última semana. O líder de projetos e investigação da Cenicaña, Julio Calpa, encampará os detalhes do projeto e foi um dos que receberam os representantes do Road Show, Josias Messias, CEO da Pró− Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia. Em entrevista ele ofereceu deta− lhes. “A partir do projeto de agrone− gócio 4.0 liderado pelo Cenicaña, o objetivo é o desenvolvimento, ado− ção e massificação eficiente e rentá− vel das tecnologias da indústria 4.0

Luis Carabali, Alexander Montoya, Julio Calpa e Adiela Ortiz, receberam Josias Messias e Décio Freitas no Ingenio Castilla

John Tierradentro, Fabian Arias e Luis Eduardo Vargas, juntamente com Julio Calpa, da Cenicaña receberam os representantes do Road Show, Josias Messias e Décio Freitas

no vale do rio Cauca, na Colômbia”, explicou Calpa. Os profissionais do Ingenio Castil− la, Luis Carabali, Alexander Montoya e Adiela Ortiz também receberam os re− presentantes do Road Show da Trans− formação Digital para alinhar detalhes do projeto. A usina faz parte do Grupo Riopaila Castilla, que possui mais de 100 anos de experiência no mercado colombiano e internacional, focado no cultivo da cana, na produção de açúcar, etanol, eletricidade e óleo de palma bruto. Suas plantas agroindustriais estão localizadas nos departamentos de Valle (plantas Riopaila e Castilla) e Puerto López (Meta). O Ingenio Sancarlos foi fundado em 1945 no município de Tuluá, No Valle Del Cauca, na Colômbia. No ano de 2014 o Grupo Mayaguez adquiriu cerca de 90% das ações da usina e de lá pra cá tem sido responsável por um desenvolvimento acelerado, realizando investimentos no campo e na indústria e segue em busca de tecnologias de ponta para tornar seus processos mais eficientes. O grupo possui duas unida− des, o Ingenio San Carlos e o Ingenio Mayaguez.


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Aguaí e El Ángel têm cases bem-sucedidos apresentados em seminário na Bolívia Resultados mostram ganhos na eficiência energética e estabilidade do processo industrial gerando aumento da cogeração de energia e máxima extração Os cases bem−sucedidos nas áreas industriais deVa− por e Processos dos ingenios Aguaí, da Bolívia e El Án− gel, de El Salvador, foram apresentados na tarde de 23 de março pelo consultor da Pró−Usinas e da Soteica do Brasil, Décio Freitas durante o XVI Simpósio ATAC− BOL, que acontece na sede da União de Canavieiros Guabira Montero, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. O simpósio reúne empresas especialistas em etanol, bio− eletricidade e biotecnologia do país sede, Brasil e outros países da América Latina. Freitas, que desenvolveu o tema “Optimización en tiempo real de los procesos de cogeneración, azúcar y etanol”, abriu sua palestra explicando o que é e a im− portância da Indústria 4.0 para o contexto das usinas de cana−de−açúcar. Ele descreveu qual é o objetivo e os resultados que os profissionais da área industrial das usinas esperam da Indústria 4.0.“A expectativa é o aumento da eficiência através da otimização de toda a cadeia de produção,

analisando dados complexos e trocando informações entre sistemas físicos e digitais para permitir ajustes de produção em tempo real através da utilização de má− quinas inteligentes interligadas e ligadas à internet”, de− finiu Freitas. Para ilustrar o potencial desses ganhos o consultor da Pró−Usinas citou a Plataforma de Gestão Industrial Inteligente capaz de transformar plantas industriais em Ingenio 4.0 (Usina 4.0 em português) que é o S−PAA, única inteligência artificial que controla plantas inteiras de processo contínuo integrando as principais tecno− logias da Indústria 4.0. A ferramenta está presente em mais de 90 plantas no Brasil e no exterior. Freitas comprovou a eficácia da ferramenta através

dos cases da Aguaí, da Bolívia e da Él Angel, de El Sal− vador. No primeiro caso, ele destacou a utilização da Otimização em Tempo Real (RTO) na planta indus− trial do ingenio com foco no Controle de Processos. De acordo com a apresentação os resultados da Él Angel mostram um ganho na eficiência energética do processo com a melhora do consumo de vapor na fá− brica e consequente aumento da cogeração de ener− gia. Além disso, houve uma estabilidade no processo industrial que proporcionou uma melhor condição operacional para todo o ingenio, o que em decorrên− cia disso, fez com que os gestores decidissem implan− tar um novo gerador para aproveitar tanto a eficiência no consumo de vapor, quanto a maior estabilidade e precisão de controle que o S−PAA incrementou à planta industrial. No case da boliviana, Aguaí, foram exibidos os re− sultados que mostram como o ingenio focou no Pro− cesso, desde o Controle de pH, com maior estabilida− de e redução do desvio padrão garantindo que o pH atingisse o set−point desejado tanto no Controle de Embebição, onde o sistema conseguiu colocar a água no processo no momento ideal garantindo a máxima ex− tração e eficiência industrial e aumentando o fluxo de moagem. “Complementando esse trabalho de Embe− bição, o Fluxo de Caldo estabilizou o processo e redu− ziu perdas industriais. O balanço de vapor na Aguaí ga− rantiu a máxima moagem da planta”, ressaltou Freitas encerrando a apresentação.


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ATACBOL discute digitalização, diversificação e sustentabilidade A XVI Edição do Simpósio ATACBOL reali− zado em Montero, na Bolívia contou com uma palestra sobre a importância da inteligência artifi− cial nas operações agrícolas. O evento reuniu pro− fissionais das usinas e produtores de cana do país para discutir sobre Digitalização, Diversificação e

Sustentabilidade. Proferida por Josias Messias, CEO da Pró− Usinas e da ProCana Brasil o tema da palestra foi "Cana 4.0: Otimização das operações agrícolas por meio de telemetria e inteligência artificial". Mes− sias compartilhou conhecimento e experiências a

partir dos cases da Axiagro, plataforma de soluções de tecnologia e inteligência para extrair a máxima performance das operações agrícolas. Além disso, o evento também foi uma opor− tunidade para encontrar profissionais das usinas bolivianas e de outras partes da América Latina.


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Brasileiro tem a missão de “dobrar a meta” de usina na Bolívia Já que o objetivo inicial de dobrar a moagem para 2 milhões de toneladas de cana foi alcançado, a meta agora foi dobrada: moer 4 milhões em 2025/26

De qualquer ponto que se obser− ve o Ingenio Aguaí, construído na planície do departamento de Santa Cruz, na Bolívia, se destaca o design de uma das plantas mais bonitas e modernas do mundo. Quando se adentra na unidade, a ordem e a lim− peza também chamam a atenção. Desde 2017, essa planta industrial é gerenciada por Pedro Collegari, um brasileiro da região de Piracicaba – SP, que neste ano completa sua 47ª safra trabalhando em usinas. “Comecei aos quinze anos no laboratório e aos vin− te anos já era subgerente da indústria”, relembra. Collegari começou na Usina Bom Jesus, em Rio das Pedras − SP, e a par− tir daí foi para Destilaria Moura An− drade, em Nova Andradina − MS, hoje Energética Santa Helena e seguiu sua trajetória de gerência passando por importantes usinas em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, tendo conduzido a implantação da moderna Vale do Pa− ranaíba. “Usina é cheia de surpresas e desafios que te envolve 24h por dia que sempre se depara com coisas boas e por vezes ruins, mas graças a Deus, as conquistas são as melhores”. Nesta entrevista, Collegari fala so− bre os diferenciais e a evolução da Aguaí, e como pretende dobrar a moagem nas próximas safras. Jor nalCana – O Ingenio Aguaí foi o último g reenfield na Bolívia e em 2013 esmagou cerca de 800 mil tone− ladas de cana em sua pr imeira safra. Atualmente moe cerca de dois mi− lhões de toneladas. Qual foi a estraté− g ia para alcançar esse crescimento? Pedro Collegar i – Aguaí começou como destilaria. Algo completamente diferente no setor boliviano, já que o álcool aqui era para exportação, não havia mercado interno. Éramos a úni−

Nosso difusor é um projeto da Bosch/Dedini, com sistema de pistas deslizantes, não tem eixo, nem corrente. São pistas com acionamento por pistões hidráulicos. É o modelo modular, po− dendo ser ampliado lateralmente até 20mt. Confesso que tinha dúvidas sobre ele no começo, mas agora, seis safras de− pois, admito que é formidável.

ca destilaria no país. Então, em deter− minado momento em que os preços do álcool estavam baixos, fomos ob− rigados a produzir açúcar. Mas acres− centamos um diferencial competitivo e exclusivo: produzir açúcar sem en− xofre através da carbonatação. Como funciona esse processo? Trata−se de dissolver o VHP transformando em licor e, ao invés de tratar com descolorante e flotação, ou uma sulfitacão, adicionamos leite de cal para elevar o pH para logo em se− guida baixarmos com CO2 oriundo da fermentação. Isso forma uma flo− culação que retira as substâncias que dão cor e estes flocos são retidos em filtros especiais, gerando um licor de baixa cor no final. Após o cozimento, o resultado é um açúcar de cor ICUMSA 35, raro no mercado. Isso nos fez crescer no mercado. Há outros diferenciais tecnológicos? Sim, as demais usinas da Bolívia

moem cana queimada inteira, en− quanto 95% da cana da Aguaí é co− lhida mecanicamente. Incluindo boas práticas agrícolas, conseguimos uma produtividade da cana 40% acima da média. Também preciso destacar que nossa estrutura industrial é mais par− ruda e mais moderna do que a maio− ria das usinas, inclusive as brasileiras. Para se ter uma ideia, nossa geração de vapor e energia nasceu e opera com alta pressão (67 bar), muito mais eficiente. Na destilaria, os aparelhos foram projetados por Florenal Zarpelon e construídas aqui na Bolívia e o siste− ma de desidratação oferece mais qua− lidade, obtendo−se um álcool quase neutro (aqui chamado de Buen Gus− to), que é utilizado para bebidas, per− fumaria, farmacêutico e boa parte de− le é exportado. Mais recentemente o país começou a misturar o etanol na gasolina e isso também colaborou com nosso crescimento.

Existem outros diferenciais da planta industrial? Sim, na moenda de secagem, por exemplo, temos motores hidráulicos. Todos os nossos acionamentos grandes são por motores hidráulicos: na mesa, na esteira de cana, no hilo do tombador, no desaguador e principalmente na moen− da de secagem. São ótimos equipamen− tos. Inclusive, vamos colocar um terno de moenda antes do difusor para ampliar a moagem e, possivelmente, utilizaremos motor hidráulico. Além disso, no ano passado instalamos o maior turbogera− dor da Bolívia em condensação e extra− ção com 60MW de capacidade. Uma máquina enorme com tensão e pressão alta. A usina impressiona também por seu alto índice de automatização. Por outro lado, com todas essas ex− pansões e alterações da planta, não é um desafio trabalhar com máxima eficiên− cia? Realmente é um grande desafio. Principalmente levando em considera− ção as mudanças constantes no mix, além de pensar no balanço térmico ideal para a cogeração e processos, é difícil encontrar os melhores set−points. Mas conseguimos isso quando otimizamos o


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processo usando o S−PAA, da Soteica, Usina 4.0. Depois que implementamos os laços fechados de Vapor e Energia e Processos, nossa equipe obteve o norte exato que precisa para operar com efi− ciência. No início, minha equipe e eu está− vamos receosos. Afinal, estávamos am− pliando a produção e trocando equipa− mentos com bons resultados e colocar uma operação que está dando certo pa− ra operar no automático deixa a gente apreensivo. Passados dois meses, porém, percebemos que não é mais possível trabalhar sem o S−PAA. Avançamos para o laço de Extração e depois o de Fluxo de Caldo e fui per− cebendo que os encarregados não vi− nham mais reportar coisas como, por exemplo,“o pol do bagaço está com ní− vel baixo e o volume de caldo está mui− to forte”. O S−PAA administra tudo is− so perfeitamente. No início, preferimos deixar o sistema indicar os set−points para que os operadores alterassem, mas depois fechamos os laços, e a ferramenta passou a controlar tudo automatica− mente. Em breve, os próximos laços en− trarão na fábrica de açúcar, que já está mais automatizada. O COI da Aguaí é impressionan− te, um ambiente aber to com uma vi− são ampla da planta. Isso faz diferença para a eficiência?

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De fato, o COI está no centro da operação e é muito eficiente. Para se ter uma ideia, temos seis pessoas ope− rando a planta toda. Com a Otimiza− ção em Tempo Real (RTO) do S− PAA, aí a margem de erro pratica− mente não existe. Elas só precisam es− tipular o que deve aumentar ou dimi− nuir no processo. Isso é fantástico. E olha que essa foi a primeira safra em que utilizamos e estou muito tranqui− lo em relação a garantia dos resultados.

Josias Messias, Pedro Collegari e Décio de Almeida Freitas

E quais são os desafios futuros? Nos próximos três anos queremos dobrar novamente nossa capacidade. Queremos chegar a 4 milhões de tone− ladas de cana, considerando que temos equipamentos de grande porte, nossa destilaria tem uma certa ociosidade e, com o mercado de açúcar aquecido, planejamos produzir mais refinado. Neste sentido, visitamos usinas no Brasil para avaliar a instalação de uma moenda antes do difusor e constata− mos a viabilidade. Nosso difusor já moe 30% acima de sua capacidade nominal. Acredito que com esse terno de moenda esmagaremos mais e tere− mos ganhos também na parte de va− por, teremos mais caldo para produzir mais etanol, principalmente porque o governo boliviano sinalizou positiva− mente a favor de ampliar a mistura de etanol na gasolina.


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Bambuí Bioenergia quer tecnologia e inovação para aumentar a eficiência da produção A Bambuí Bioenergia é uma das mais importantes usinas de cana−de− açúcar do estado de Minas Gerais, Brasil. Localizada na cidade de Bam− buí, a usina é responsável pela pro− dução de etanol e energia elétrica. Desde sua fundação em 1952, a Bambuí tem investido em tecnologia e inovação para se tornar uma refe− rência na produção de cana−de− açúcar no Brasil. Recentemente, a Usina Bambuí tem enfrentado desafios como a re− dução da área cultivada de cana−de− açúcar. No entanto, a empresa tem investido em tecnologias e inovação para aumentar a eficiência da produ− ção e superar esses desafios, especial− mente na área industrial. Essa foi o tema discutido duran− te a passagem do Road Show da Transformação Digital que esteve presente na unidade produtora du− rante o mês de janeiro. Os benefícios da Otimização em Tempo Real (RTO) através do S−PAA estiveram em pauta. Na ocasião, o representante do Road Show, Josias Messias, CEO da

Antonio Coelho, Maicon Frizzone, Marina Pimenta e Josias Messias

Pró−Usinas e da ProCana foi rece− bido por Antônio Coelho, diretor agrícola, Maicon Frizzone, diretor industrial e por Marina Pimenta Madeira, diretora presidente.

Formada em direito, a executiva é reconhecida por ser a única dire− tora−presidente de usina da região Centro/Sul do Brasil. Como líder, ela é conhecida por sua visão estra−

tégica, ética e comprometimento com a sustentabilidade. Sob sua lide− rança, a Bambuí Bioenergia tem se destacado como uma das principais usinas do Estado.



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Usina Agropéu recebe Road Show da Transformação Digital A Usina Agropéu, situada em Pompéu, Minas Gerais, foi fundada há mais de 40 anos. É uma das mais an− tigas usinas de cana−de−açúcar do estado e desde então tem cumprido seu papel na produção de açúcar, ál− cool e etanol. O histórico da usina remonta ao início do século XX, quando foi fundada por João Evan− gelista de Oliveira. A partir daí, a usi− na foi ampliada para aumentar sua produção e capacidade produtiva. Atualmente, a usina possui três linhas de produção, que produzem açúcar, álcool e etanol. A usina possui capacidade ins− talada de 500.000 litros de etanol dia 15.000 sacas de açúcar dia e ge− ração de 51,6 MWH. Estes produ− tos são vendidos para diversas in− dústrias e para o consumo interno. Também é possível encontrar di− versos produtos derivados da cana− de−açúcar na usina. A Usina Agropéu é um exemplo notável de como uma empresa pode prosperar quando existe determina− ção, criatividade e inovação. Mas não para pôr aí. Agora, a direção da uni−

Josias Messias, Otacílio Cordeiro e Ademario Filho

dade produtora quer mais tecnologia para aumentar sua eficiência produ− tiva nas áreas agrícola e industrial. Essa foi a pauta da passagem do

Road Show da Transformação Digi− tal que esteve presente na usina no início de fevereiro. Na ocasião, o Di− retor Presidente na Agropéu, Geral−

do Otacílio Cordeiro e o diretor agrícola Ademario Filho, receberam o CEO da Pró−Usinas e da ProCana Brasil, Josias Messias.



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Grupo Cassa, de El Salvador, quer RTO para alcançar máxima performance O Grupo Cassa (Compañía Azu− carera Salvadoreña) é um dos mais importantes produtores de açúcar e energia de El Salvador. Possui duas unidades produtoras: a Central Izalco e o Ingenio Chaparrastique. A Usina Central Izalco leva o no− me do vulcão mais jovem da paisagem salvadorenha. Está localizada no mu− nicípio de Izalco, no oeste de El Sal− vador. Sua capacidade de moagem diária é de 13.000 toneladas de cana− de−açúcar. O Ingenio prepara diversos tipos de açúcar para os mercados nacional, industrial e de consumo direto. Desde a sua fundação, a produção de cana− de−açúcar tornou−se uma das prin− cipais atividades econômicas da região. Já o Ingenio Chaparrastique, no− me que também alude a um vulcão próximo, está localizado no departa− mento de San Miguel na parte orien− tal do país e é uma das regiões mais importantes de El Salvador. Tem ca− pacidade de moagem diária de 8 mil toneladas de cana. O ingenio é uma referência na− cional para a agroindústria açucarei−

Josias Messias, CEO da Pró-Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia, foram recebidos por Marcos Gallegos, supervisor de automação; José Miguel Morán, supervisor de geração de vapor e energia; Alvaro Moises, diretor industrial e Dany Reyes, gerente de energia do Grupo Cassa

ra salvadorenha em termos de inova− ção, processos e eficiência. Mas o grupo quer ir além e para isso enten− de que a Otimização em Tempo Real (RTO) é uma necessidade para se al− cançar a máxima performance de suas plantas industriais. O grupo recebeu o Road Show

da Transformação Digital em suas de− pendências e pôde avaliar a capacida− de de estabilização 24/7 dos processos industriais, a maximização da produ− ção e aumento na eficiência que a Otimização em Tempo Real (RTO) através do S−PAA pode proporcionar. Os representantes do Road Show,

Josias Messias, CEO da Pró−Usinas e da ProCana e Décio Freitas, consultor da Solution Engenharia, foram rece− bidos por Marcos Gallegos, supervisor de automação; José Miguel Morán, su− pervisor de geração de vapor e ener− gia; Alvaro Moises, diretor industrial e Dany Reyes, gerente de energia.



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Bioenergética Aroeira aumenta moagem na safra 2023/24 e moderniza o COI A Bioenergética Aroeira, de Tupa− ciguara, MG, iniciou nesta semana a safra 2023/24. Uma safra com previsão de moagem de 3 milhões e duzentos e cinquenta mil toneladas de cana−de− açúcar. Um salto significativo, já que no ano anterior, a unidade processou 2 milhões oitocentos e sessenta mil. Um dos destaques para essa nova safra é a reforma no prédio do COI, mais especificamente na sala de ope− ração industrial. COI nas usinas de cana significa Centro Operacional Integrado. É um local onde são reu− nidas equipes operacionais de uma usina para monitorar e controlar os processos de produção de açúcar, eta− nol e energia a partir da cana−de− açúcar. O COI visa aumentar a efi− ciência, a qualidade e a segurança das operações nas usinas. Luis Fernando Murakami, geren− te industrial da usina oferece mais in− formações sobre a remodelação do COI. “A sala foi toda reformada e modernizada. Além disso, incluímos um encarregado de COI por turno para acompanhar em tempo real todo o balanço de massa, vapor e energia da planta e a utilização do software S− PAA, implantado nas safras anteriores trazendo bons resultados, assim como a aumentar a efetividade de utilização dos laços e acompanhar toda a opera− ção mais de perto”. Ainda de acordo com Murakami, durante o ano serão executadas algu− mas ampliações na planta industrial como preparo para safra 2024/25 on−

Luis Fernando Murakami, Rafael Paulino, Camilla Maria, Danilo Massuli e Fábio Castellani apresentam o novo COI para Josias Messias

de se prevê esmagar 4 milhões de to− neladas de cana. “Dentre elas está a construção de uma nova caldeira e a inserção de tratamento de água para a caldeira. Além disso, a construção de mais uma dorna de fermentação, a ins− talação de mais uma caixa de evapora− ção, uma torre de resfriamento e am−

pliação de um decantador de caldo”, comentou Murakami. O diretor−presidente, Gabriel Fe− res, juntamente com Francisco Feres, Luis Fernando Murakami e Marcos Rodrigues, receberam o Road Show da Transformação Digital e seu repre− sentante, Josias Messias, CEO da Pró−

Usinas e ProCana Brasil. Durante a vi− sita, Messias pôde conhecer o novo COI e acompanhar de perto os deta− lhes do crescimento na produção, esta− bilidade e eficiência da planta e equipe industrial da unidade, graças a utiliza− ção da Otimização em Tempo Real proporcionada pelo S−PAA.

CMAA terá novo escritório corporativo

SJC Bioenergia recebe Road Show

O Road Show da Transformação passou pela CMAA − Companhia Mi− neira de Açúcar e Álcool. Os profissionais Álisson Venturini Colonhezi, João Braulio de Morais e André Braga dos Reis da CMAA. A ocasião proporcio− nou um excelente bate−papo sobre os desafios e expectativas para a safra 2023/24 além da oportunidade de conhecer o futuro endereço do escritório corporativo da empresa.

Road Show da Transformação Digital passou pela SJC Bioenergia − Uni− dade São Francisco, em Quirinópolis (GO). O grupo SJC encerrou a safra 2022/23 comemorando uma excelente performance. Agora, prepara−se para na 2023/24 avançar ainda mais. Marcus Lages e Marcos Vinícios Tontini mais uma vez me receberam Josias Messias com muita hospitalidade para um bate−papo produtivo sobre os desafios e expectativas para essa nova temporada.


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Logística de Suprimentos da Agroindústria Estratégias que movimentam e alavancam o mercado O Brasil passa por um momento ímpar em sua história, onde oportunidades no mercado de bio− combustíveis têm sido enormes tanto no âmbito nacional, como no internacional. Além das pautas ambientais, discutidas no mundo todo em prol da necessidade de preservação do planeta, as demandas projetadas para o mercado de etanol e biocombus− tíveis levaram novamente nosso país ao holofote mundial. Com a expansão da agroenergia, as portas de acesso a novos recursos se abrem, gerando maior ri− queza, renda e a produção de alimentos. Tais con− dições permitirão que distâncias sociais e econômi− cas sejam reduzidas, contribuindo para o saneamen− to da fome e sobretudo, a minimização do aqueci− mento global. Após a crise instalada pelo cenário pandêmico atrelado às constantes mudanças climáticas, apesar das inseguranças e instabilidades, a busca por combustí− veis renováveis ficou ainda mais latente. O etanol, quando comparado com combustíveis de origem fósseis, possui em sua produção cerca de 90% a menos de poluentes. Do mesmo modo, seus subprodutos originados de matérias naturais como milho e cana de açúcar, produzem biomassa e ali− mentos riquíssimos para a demanda alimentar, assim como suplementos para a agricultura e pecuária,

Roberto Léllis

proporcionando benefícios como: menor espaço de pastagem, com maior produtividade e alta perfor− mance. Tudo isso, atrelado a sustentabilidade e res− ponsabilidade social e ambiental, contribuindo para a geração de milhares de empregos em todo país. Ficamos felizes por poder acompanhar entidades de classe e o excelente trabalho promovido pela União da Indústria da Cana−de−Açúcar e Bioener− gia (UNICA), pelo Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CeiseBR), sindicatos e grandes empresários extremamente de− dicados, que souberam demonstrar, defender e pro− mover a importância dos biocombustíveis, garantin− do ainda nos momentos de instabilidade setorial, le− vantaram nossas bandeiras e hoje já colhem frutos só− lidos do trabalho realizado, comenta Rosana Amadeu da Silva, diretora Administrativa da Telog Logística.

Roberto Léllis, diretor comercial compartilha que a Telog, sempre esteve na vanguarda do seg− mento logístico, tendo em seu DNA os biocombus− tíveis, carregando em sua essência, intitulados filhos de Usinas, hoje acionistas, que desde a década de 70 viveram e promoveram o Agro nacional. Neste grande ciclo de evolução e revolução dos biocombustíveis, buscamos ser protagonistas e participar ativamente, promovendo uma logís− tica de qualidade e viabilizando grandes trans− formações para a economia sustentável, inovan− do e entregando ano a ano, cada vez mais tecno− logia, performance, e resultados com risco zero para todo nosso nicho de mercado. São mais de duas décadas de uma história construída com muita paixão e dedicação, e é motivo de orgu− lho estar presente nos grandes players do agro


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O planejamento estratégico Telog, leva em con− sideração questões voltadas ao clima organizacional, governança corporativa e responsabilidade social na estruturação de novos projetos, estando totalmente comprometidos com os propósitos e resultados de nossos clientes. Com toda história da Telog edificada no Agro, é com um sentimento de satisfação, vemos o se− tor entrar em 2023 com amplas perspectivas po− sitivas, com a desoneração dos tributos sobre o etanol, com projeções afirmativas de que o Brasil possa ser autossuficiente na produção, que traga maior visibilidade ao Etanol nacional e que em poucos anos possamos dobrar nossa capacidade produtiva, atendendo a crescente demanda global. A Telog acredita que sólidas parcerias entre os po− deres público e privado destravarão o desenvolvi− mento de nosso país, rumo a um futuro de gran− des oportunidades. Fazer parte de um segmento tão importante pa− ra nossa economia, e ter a oportunidade de levar to− do conhecimento construído ao longo dos mais de 20 anos para o mercado agro, colaborando para re− sultados de grandes indústrias, são razões de muito orgulho. Assim, desde sua fundação a Telog fortalece dia− riamente o compromisso de contribuir com o de− senvolvimento de nosso país, levando maior tecno− logia, inovação e proporcionando maiores resulta− dos em todas as esferas de nossa atuação corporati− va, social e ambiental.

nacional, atuando com pioneirismo e agregando valor à logística. A Telog trouxe ao mercado, um novo formato para a logística de suprimentos das usinas, com gran− de know−how, a formatação de cargas antes incom− patíveis, hoje são transportadas para nossos clientes de forma paletizada, sistêmica e personalizada, tra− zendo maior produtividade nos processos de rece− bimento e estocagem, melhor acomodação de itens no veículo e com um sistema online integrado, pos− sibilita total visibilidade operacional, trazendo maior segurança, previsibilidade e registrando cases com até 20% de economia. Com mais de 400 colaboradores e com 11 filiais distribuídas em 6 Estados, a Telog tem focado em ações constantes mirando as melhores práticas de gestão em negócios e desenvolvimento humano,

buscando desenvolver o transporte cada vez mais em linha com os princípios da agenda ESG. Além disso, a companhia tem investido forte− mente na capacitação e na geração de conheci− mento, aprimorando o capital humano e a inova− ção da atividade de transporte e logística. Esfor− ços que têm gerado grandes resultados, tendo co− mo exemplo a certificação GPTW (Great Place to Work), conquistada pela Telog por dois anos con− secutivos, colocando a empresa na lista de melho− res empresas para trabalhar. A metodologia “GPTW for All” contribui e re− percute em resultados positivos e de crescimento pa− ra pessoas, negócios e sociedade. A dimensão da cer− tificação busca uma cultura onde os colaboradores tenham confiança na liderança, gostem das pessoas com que trabalham e que tenham orgulho do fazem.

Rosana Amadeu Silva


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LOGÍSTICA

Abril/Maio 2023

Com investimento de 15 milhões em pesquisas, Grunner lança novo equipamento para o mercado de grãos Companhia apresenta nova máquina agrícola especializada na aplicação de corretivos e compostos orgânicos, buscando se fixar na produção de grãos Utilizando sua expertise no de− senvolvimento de soluções para a co− lheita de cana−de−açúcar e aplicação de fertilizantes líquidos e vinhaça, a Grunner apresenta ao mercado uma novidade. Com quatro anos de atua− ção, a companhia lançou, no último mês de março, sua mais nova máqui− na agrícola que é focada no setor de grãos para proporcionar uma melhor distribuição de compostos orgânicos e corretivo sólidos. A novidade é fruto de um investi− mento de R$ 15 milhões em pesqui− sas e levantamentos a campo, realiza− dos durante dois anos, que resultaram na atualização do modelo ADS das Smart Machines. Com a capacidade de aplicar de calcário, gesso e compostos orgânicos de forma mais localizada e específica, a máquina chega ao merca− do com uma importante ferramenta na produção de soja e milho. “A partir das impressões que tive− mos no mercado e das dores que identificamos junto aos produtores, o ADS oferece maior capacidade de carga − sendo o único no mercado com o poder de transportar 30 tone− ladas −, rusticidade, resistência e pre− paro, além de eficiência com veloci− dade”, destacou o CEO da Grunner, Denis Arroyo. Na parte operacional, a ferramen− ta conta com um abafador, que ofere− ce uma linha de 12 metros de aplica− ção e proporciona aos produtores maiores distribuições de corretivos e compostos orgânicos em mais hecta− res por dia. Além disso, o consumo de diesel é menor, gerando menos para− das para abastecimento. “Fomos para o campo em uma incursão na cidade de Rio Verde e também no Mato Grosso para ouvir produtores e ter a certeza do que eles realmente precisam. Fomos entender o mercado, apresentamos o projeto para vários clientes e com esse dese−

nho construímos essa aplicação em cima do ADS, que é um Smart Machine já existente, mas que migra agora para um mercado novo”, explica Arroyo.

Alta demanda Com esse cenário de elevação, a procura de produtores e indústrias por ganhos tecnológicos em suas linhas de produções é algo recorrente no mer− cado de grãos. Denis enfatiza que o trabalho mecanizado é necessário por conta da rapidez exigida entre plantio e a colheita na atividade. “Quando se olha para o mercado de grãos, as ja− nelas entre o plantio e a colheita são muito mais apertadas e não dá para perder tempo. Por isso, o produtor in− veste mais em frotas”, detalha o CEO da Grunner. Se o crescimento nos investimen− tos dos produtores em novas máqui− nas aumenta a cada ano, a busca por oferecer mais ganhos de produtivida− de com milho e soja segue nas obser− vações da companhia. “Só na produção de milho e soja, nós temos a possibilidade de explorar 70 milhões de hectares no país. Nos− sos investimentos representam a di− versificação de mercado com mais produtos e durante maiores períodos no ano”, completa o Dennys Arroyo.

Novas culturas Suportada pela expertise e o reco− nhecimento no mercado de cana−de− açúcar, o que já rendeu um cresci−

mento de 5% no mar− ket share anual da companhia, a Grunner tem trabalhado com outras culturas, com destaque para o mercado de cereais, que se comple− menta muito em épocas de co− lheita e plantio. Para o gerente comercial da em− presa, André do Amaral, além identifi− car um crescimento na demanda por equipamentos neste setor, os investi− mentos representam a afirmação de que a Grunner pode atuar com milho e so− ja, por meio de vários tipos de produ− tos e em várias épocas de compras. “Queremos fazer com os merca− dos de grãos e florestal o mesmo ca− minho que trilhamos com a cana, ex− plorando seus 80 milhões de hectares e seguindo esse play book de começar em novas culturas, com grandes par− ceiros, para sermos referência”, enfa− tiza o André. CEO da Grunner, Denis Arroyo explica que boa parte dos investimen− tos da companhia estão ligados as par− ceiras realizadas nestes quatro anos de atividades. Uma delas é com a Mer− cedes−Benz, que tem exclusividade com a empresa. “O nosso crescimento também está ligado aos grandes parceiros nos negó− cios, e foi dessa forma que a compa− nhia cresceu na cana−de−açúcar. Pode parecer que já estamos com o merca− do 100% atendido, mas temos um ho− rizonte de crescimento muito grande, atendendo clientes de usinas que têm um potencial de substituição de 90%

nas frotas das quais a Grunner já atua”, ressalta o CEO da Grunner

Capacidade de produção Iniciando 2023 com 878 modelos Smart Machines em operação em to− do o país, entre os meses de janeiro e março, a companhia atingiu 42% da meta de vendas projetada para o ano. Atendendo sete dos 10 maiores gru− pos do setor sucroenergético do país, a Grunner traça para este ano a produ− ção de mais 420 modelos Smart Ma− chines que estarão nas lavouras de ca− na, soja, milho e no segmento flores− tal de todo o país. “Temos outros produtos e passa− mos a enxergar o mercado de soja, florestal e agora citrus. Sabemos que temos capacidade de gerar futuro, por isso estamos crescendo e dobrando a cada ano com atuação em mercados que o mundo quer entrar”, pontua Denis Arroyo. Ele ainda reitera que os resultados são frutos do preparo que a empresa tem em seus diversos setores. “A Grunner se preparou para ser uma empresa de grande porte. Quando a companhia estava vendendo seus 17 primeiros produtos, já se falava de compliance, porque o nosso time é muito forte e sabe o que o mercado vai precisar. Começamos pela base, com a governança, compliance, suas garantias e como fazer. A competição é grande, a missão é promover um impacto e os investimentos foram para que o nosso potencial seja grande. A mentalidade é de sempre olhar para frente”, encerra o CEO da Grunner.



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GESTÃO

Abril/Maio 2023

“Conseguimos triplicar nosso faturamento em 5 anos” Depois de tentar diversos treinamentos teóricos, Rafael de Andrade Neto conta o que fez para gerar excelentes resultados para o seu negócio

Muitos do setor me consideram um grande vendedor. Eu também me considerava, até que participei, em dezembro de 2019, da Experiência Negócio Sustentável, empresa que oferece um método inovador que fa− cilita ao líder aprender a negociar de maneira sustentável. Confesso que participei muito mais pelo tema abordado e pelo rela− cionamento com o Rafael Andrade, mas me surpreendi ao ser confronta− do com a necessidade de me abrir pa− ra novas vertentes de entendimento e novas possibilidades de negociação ganha−ganha geradas pela dinâmica do “jogo”. Se eu era um bom vende− dor, a partir dali passei a ser mais es− tratégico e ganhei mais empatia pelas expectativas e necessidades dos agen− tes envolvidos. Devido à essa experiência enri− quecedora com o Negócio Sustentá− vel, e tendo conhecimento de que al− gumas usinas estão fazendo uso do treinamento, entrevistei o Rafael An− drade, atualmente conselheiro da Usi− na Pitangueiras. Engenheiro Agrônomo e com conhecimento também da área indus− trial, Rafael passou por diversas áreas, inclusive administrativas, e atuou co− mo diretor Agrícola até seguir para o Conselho da Pitangueiras. Jor nalCana − Quais os desafios da usina que motivaram a exper iência? Raf ael Andrade − Acredito que muitos irão se identificar, pois outras empresas passam pela mesma situação. A interação entre as áreas é muito bai− xa e cheia de conflitos. Nas usinas, as áreas industrial e agrícola competem muito, criando mais problemas do que soluções, e a empresa acaba perdendo. Acredito que não buscar uma solu− ção para os problemas era uma espécie de defesa, um medo inconsciente que eu tinha da mudança. Com a Expe−

Experiência de dezembro de 2019, com a participação de Josias Messias e Rafael de Andrade

riência Negócio Sustentável quebrei em mim algumas verdades e pude enxergar que estava me limitando, aceitando as coisas como se fossem definitivas. Por que você decidiu levar a Ex− per iência Negócio Sustentável para a usina? Na verdade, eu não sabia o que es− perar desta experiência, era algo muito novo e já tínhamos tentado outras coi− sas, mas foi surpreendente. Acertamos na decisão. Queríamos aproximar as pessoas e destravar a maneira como elas agiam no dia a dia.Algo novo tinha que acontecer. Sinto que conseguimos. Eu aprendi que adulto aprende muito mais fazendo do que ouvindo ao outro, e esse é o diferencial da Experiência Ne− gócio Sustentável, que oferece um no− vo caminho de aprendizado. Quais os profissionais da empresa participaram da Exper iência? Iniciamos uma primeira turma com a diretoria, gerentes e superviso− res, pois tínhamos que fazer a lição de casa, mudar primeiro as lideranças. E demos continuidade com uma segun− da turma onde encarregados de diver− sas áreas e profissionais da área admi− nistrativa participaram. Ao todo foram cerca de 80 pessoas. Como foi passar por essa imer são em negociação? Você se senta ao redor de uma mesa, diante de um tabuleiro, com mais 5 pessoas, todos recebem metas e desafios para atingir os objetivos e dis− põem de recursos como conheci− mento, tecnologia, pessoas, dinheiro e recursos naturais. Além de nos mover

para aprender a buscar melhores re− sultados para nossos negócios, ali na hora, juntos. A experiência nos ajudou a perceber como nossos sentimentos e emoções podem nos ajudar ou atra− palhar na liderança. Tivemos que aprender a negociar com as pessoas e buscar soluções realmente sustentáveis. Crescemos juntos. Posso dizer que foi um divisor de águas. Quais foram os resultados alcan− çados após a Exper iência? Conseguimos diminuir gastos com áreas e máquinas que estavam ociosas e fazer algo muito mais lucrativo em todos os aspectos, inclusive consegui− mos triplicar nosso faturamento nes− tes últimos 5 anos. A integração das áreas foi o ponto alto. Hoje as pessoas pensam e agem cooperando entre as áreas, geram melhores resultados para a empresa e, portanto, para os colabo− radores também. Todos se uniram em um só objetivo − o resultado da em− presa. O ambiente de trabalho me− lhorou muito. Mudamos a maneira de olhar para as situações. Quais projetos e soluções surg iram a partir do aprendizado? Nasceram muitos projetos indus− triais, agrícolas, administrativos, troca− mos sistemas, diminuímos e melhora− mos o quadro de pessoas, com muito mais produtividade. Ampliamos nossa cogeração de energia, ficamos bem mais eficientes na produção de cana e dos produtos finais, como açúcar, eta− nol, levedura seca e energia elétrica. Nesta safra 23/24, chegaremos a 2,8 milhões de toneladas de cana, numa

região com muita concorrência por áreas de produção. Utilizamos muito mais tecnologias e fizemos muito benchmarking, implantamos auditoria através de processos bem estruturados, onde todos participam e se sentem ouvidos e considerados. Por que outros empresár ios deve− r iam levar a Exper iência Negócio Sustentável para as empresas? Depois de olhar o que temos no mercado em relação a capacitação de equipes, acredito que essa metodolo− gia única e presencial, proporciona mudanças reais e efetivas. Não é uma simples capacitação, é realmente uma experiência que abre nossa mente pa− ra enxergar diferente e fazer melhor do que antes. As pessoas absorvem um conhecimento que faz a diferença ne− cessária para alcançar o grande obje− tivo, que é melhorar os resultados de forma sustentável. “Acredito que não buscar uma solução para os problemas era uma es− pécie de defesa, um medo incons− ciente que eu tinha da mudança. Com a Experiência Negócio Sustentável quebrei em mim algumas verdades e pude enxergar que estava me limitan− do, aceitando as coisas como se fossem definitivas”.



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SOLIDARIEDADE

Abril/Maio 2023

Usina do Bem investe em crianças em um dos maiores campos de refugiados do mundo A iniciativa mantém cerca de cem crianças sendo educadas em inglês e que estão sendo preparadas para um melhor futuro social e profissional

O programa social Usina do Bem, liderado pela ProCana Brasil, foi ideali− zado e criado há mais de dez anos com o objetivo de proporcionar crescimen− to e qualidade de vida para crianças, adolescentes e jovens em situação vul− nerável em países africanos. Como acontece todos os anos, em fevereiro uma comitiva que contou com a participação de Josias Messias, CEO da ProCana & Pró−Usinas, foi supervisionar o trabalho com as crian− ças nas bases de acolhimento de Kobo− ko, Uganda, e de Kalobeyei, dentro de um dos maiores campos de refugiados do mundo: o Kakuma Camp, na região noroeste do Quênia. O campo foi criado em 1992 após a chegada dos “Meninos Perdidos do Su− dão”. Atualmente, segundo informações do órgão responsável por refugiados da ONU (UN Refugee Agency), o cam− po de refugiados de Kakuma e o Assen− tamento integrado de Kalobeyei, abri− gam quase 200 mil refugiados e solici− tantes de asilo. A maioria oriundos do Sudão do Sul. Batizado de “Pequeninos do Sudão”, o programa apoiado pela Usina do Bem prioriza o atendimento de crianças ca− rentes, em sua maioria órfãos gerados pela guerra civil no país vizinho, com foco prioritário em garantir a sobrevi− vência e educação de qualidade para eles. Devido à precariedade de infraestrutura das localidades, desde o início, em 2015, os Pequeninos foram acolhidos em es− colas onboard, no regine de internato, que inclui além das aulas, alimentação, higiene, saúde e esportes, sendo educa− das em inglês, o que os prepara em con− dições de atender às demandas do mer− cado de trabalho africano. No início eram 13 crianças no ma− ternal e primário (nursery and primary school) os quais cresceram na idade, e na quantidade com o acolhimento de no− vas crianças, estimulando a expansão também das escolas, que agora monta−

Josias Messias, CEO da ProCana & Pró-Usinas, supervisionando o trabalho com as crianças na base de acolhimento acolhimento de Kalobeyei

crianças órfãs nestas escolas, sendo edu− cadas em inglês, além das línguas locais, árabe e swahili. Elas estão sendo prepa− radas para o futuro com esperança”.

Pequeninos do Sertão

Crianças de Kalobeyei, dentro de um dos maiores campos de refugiados do mundo: o Kakuma Camp

Crianças da base de Koboko, Uganda

Usina do Bem apoia crianças no sertão nordestino (Paraná- RN)

ram as escolas de ensino médio (secon− dary school). Nesse momento, tanto a Corners− tone School, em Kalobeyei, quanto a Global Eden School, em Koboko, pas− sam por uma nova expansão que conta

com a colaboração do programa Usina do Bem. Josias Messias, que acompa− nhou pessoalmente o investimento nas ampliações, oferece mais informações. “Temos o privilégio de fazer parte dessa expansão. Nós mantemos cerca de cem

Nascido para atender órfãos de guerra do Sudão do Sul, o programa acabou estendendo sua atenção para as crianças carentes do sertão nordestino, implantando uma base de atendimento na cidade de Paraná, no interior do Rio Grande do Norte.A obra teve início em plena pandemia, no final de 2021, com a reforma da escola da cidade, cedida pela prefeitura local, e atendendo cerca de 30 crianças com reforço escolar e cuidados de higiene e saúde. Messias, que há 35 anos persegue a missão de apoiar o desenvolvimento sus− tentável do setor bioenergético, seja atra− vés das mídias e eventos da ProCana Brasil, e da otimização operacional nas áreas agrícola e industrial de diversas usi− nas no Brasil e exterior, através da Pró− Usinas, reconhece o apoio dos clientes para o sustento da Usina do Bem.“Que− ro agradecer nossos parceiros do setor bioenergético que, direta ou indireta− mente, contribuem para que a Usina do Bem cuide de crianças carentes e órfãs no Brasil, no Quênia e em Uganda. Nosso objetivo também é mostrar que as usinas realizam ações sociais não apenas nas ci− dades e regiões onde estão instaladas, mas também onde há grandes carências, co− mo a África, Sertão nordestino e, se Deus permitir, na capital Paulista, com os Pequeninos de São Paulo”, conclui Messias com oti− mismo.




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